"TAP não sobrevive se se mantiver pública", garante Pinto Luz

[MarcoAntonio]

Outra coisa, não faz grande sentido considerar o preço todo do combustível. O nível de desconto deve ser comparado com a margem de manobra das empresas, isto é, a margem bruta contabilizando o efeito do IVA de que eu falo no outro tópico. O que representa grosso modo cerca de 20 centimos, uma pequena parte do preço final total junto do consumidor...

As marcas não têm margem de manobra no ISP nem no preço de custo do combustível refinado.

Portanto, estamos a falar de "descontos directos" de até 1 centimo nas auto-estradas e de até 5~6 centimos em muitos locais fora das auto-estradas (e muito pontualmente até mais) numa margem que é de cerca de 20 cêntimos.

Assim de repente parece-me perfeitamente razoável...


E não estou a considerar outras promoções como parcerias, descontos com cartão através de rebates de pontos, etc, etc.

[pedrom]

DECO alerta para fraca concorrência nos combustíveis Pedro Duarte
24/07/09 14:30

economico.pt


A DECO chama a atenção para o facto das diferenças entre os preços praticados nos postos de abastecimento das petrolíferas serem mínimas, reduzindo as escolhas dos condutores.

A Associação de Defesa dos Consumidores (DECO) controlou 18 painéis indicativos dos preços dos combustíveis em duas vias nacionais (a A1 e a A8) para verificar o seu funcionamento em relação aos preços da gasolina 95 e do gasóleo, ao mesmo tempo que comparavam a informação com a do site da Direcção-Geral de Energia e Geologia.

Assim, na A1 a DECO notou que, em 4 dos 12 painéis existentes, “faltava informação sobre um dos postos” de gasolina, sendoesta uma falha “a corrigir”.

Já a diferença do custo entre as diferentes petrolíferas “era mínima ou inexistente”, nota a DECO, precisando que na A1 “olitro de gasóleo na BP e Repsol custava 0,998 euros, contra 0,999 euros na Galp. Já o litro da gasolina 95 custava 1,298 euros na BP e 1,299 euros na Galp e Repsol. Quem abastecesse 50 litros pouparia apenas 5 cêntimos ao optar pelo preço mais baixo”, sublinha.

Já na A8, dois dos seis painéis existentes não funcionavam completamente, estando os painéis de pré-sinalização tapados e com o aviso “brevemente informação sobre preços”.

Em relação aos preços praticados na A8, tanto a Galp como a BP e a Repsol praticavam os mesmos preços que na A1, com uma diferença máxima de 0,001 euros por litro. Já na Cepsa havia alguma poupança, mas “pouco significativa”, nota a DECO.

“Na gasolina 95, podia ir até 0,01 euros por litro: entre 1,289 euros da Cepsa, na área de serviço de Óbidos, e 1,299 euros da Galp e Repsol, em Torres Vedras e Loures. Quem abastecesse o depósito com 50 litros na Cepsa poupava 50 cêntimos”, precisa a associação.

Já a informação no sítio da Direcção-Geral de Energia e Geologia encontrava-se desactualizada para os postos da BP, em ambos os sentidos, na área da Nazaré, com data de 18 de Abril. Na gasolina 95, o sítio indicava 1,229 euros por litro, quando o preço correcto era 1,298 euros. No gasóleo, figurava 0,999 euros contra 0,998 euros nos painéis. A falha é da BP, responsável por actualizar os preços.

“Até 9 de Junho, a situação mantinha-se”, lamenta a DECO.

Fraca concorrência

No mesmo dia, precisa a DECO, a associação comparou os preços da gasolina 95 e do gasóleo nos 116 postos presentes no site da Direcção-Geral de Energia e Geologia.

“Na Galp, Cepsa e Repsol não havia diferenças, independentemente do posto ou via. Só a BP variava o preço conforme a auto-estrada e, na A25, entre postos. A5, A7, A9, A11, A12, A13, A15, A17 e A21 sem diferenças no preço da gasolina 95 e gasóleo. Na A4, apenas registámos variação para o gasóleo e, na A29, para a gasolina 95. Nas restantes, a poupança era mínima: 0,50 euros se abastecesse 50 litros de gasolina 95 (A2, A3, A6, A8, A22, A23 e A28) ou apenas 0,05 euros (A1). Para a mesma quantidade de gasóleo, a poupança máxima oscilava entre 5 e 20 cêntimos”, nota a DECO.

Para a associação, este cenário “confirma as ineficiências no sector, agravadas nas auto-estradas, onde a concorrência não tem expressão real sobre o preço. A diferença entre postos é mínima ou inexistente. Fica mesmo mais barato fora das auto-estradas: na semana de 25 de Maio a 1 de Junho, o preço médio da gasolina 95 no País rondava 1,263 euros por litro e, o do gasóleo, 0,965 euros. Quando possível, ateste o depósito antes de entrar”.

Podiam também analisar os preços dos outros artigos (cafe, bebidas, comidas, etc) e assim passavam mais umas boas horas no passeio!!!!

Se calhar queria que o pessoal em cada abastecimento de 50€ poupasse 25€.....!!!!!!

Poupem-me mas não poupem nos combustiveis!!!!

[MarcoAntonio]

No artigo só surgem referências às Auto-Estradas.

Fora das auto-estradas existem diferenças de uma ordem de grandeza de 5 e 6 vezes superior, de uma forma relativamente generalizada. E depois ainda existem promoções localizadas ou temporárias...


Por exemplo, há postos que fazem desconto num determinado dia da semana. Há postos que fazem descontos em parceria com outras entidades.


Não é feita qualquer referência (pelo menos em termos de valores e pelo menos neste texto) a esses pontos ou exemplos. De certa forma, artigo parece centrar-se nos piores cenários ignorando ou não fazendo menção concreta a variações de uma ordem de grandeza bem superior em muitos outros casos.

[Elias]

DECO alerta para fraca concorrência nos combustíveis Pedro Duarte
24/07/09 14:30

economico.pt


A DECO chama a atenção para o facto das diferenças entre os preços praticados nos postos de abastecimento das petrolíferas serem mínimas, reduzindo as escolhas dos condutores.

A Associação de Defesa dos Consumidores (DECO) controlou 18 painéis indicativos dos preços dos combustíveis em duas vias nacionais (a A1 e a A8) para verificar o seu funcionamento em relação aos preços da gasolina 95 e do gasóleo, ao mesmo tempo que comparavam a informação com a do site da Direcção-Geral de Energia e Geologia.

Assim, na A1 a DECO notou que, em 4 dos 12 painéis existentes, “faltava informação sobre um dos postos” de gasolina, sendoesta uma falha “a corrigir”.

Já a diferença do custo entre as diferentes petrolíferas “era mínima ou inexistente”, nota a DECO, precisando que na A1 “olitro de gasóleo na BP e Repsol custava 0,998 euros, contra 0,999 euros na Galp. Já o litro da gasolina 95 custava 1,298 euros na BP e 1,299 euros na Galp e Repsol. Quem abastecesse 50 litros pouparia apenas 5 cêntimos ao optar pelo preço mais baixo”, sublinha.

Já na A8, dois dos seis painéis existentes não funcionavam completamente, estando os painéis de pré-sinalização tapados e com o aviso “brevemente informação sobre preços”.

Em relação aos preços praticados na A8, tanto a Galp como a BP e a Repsol praticavam os mesmos preços que na A1, com uma diferença máxima de 0,001 euros por litro. Já na Cepsa havia alguma poupança, mas “pouco significativa”, nota a DECO.

“Na gasolina 95, podia ir até 0,01 euros por litro: entre 1,289 euros da Cepsa, na área de serviço de Óbidos, e 1,299 euros da Galp e Repsol, em Torres Vedras e Loures. Quem abastecesse o depósito com 50 litros na Cepsa poupava 50 cêntimos”, precisa a associação.

Já a informação no sítio da Direcção-Geral de Energia e Geologia encontrava-se desactualizada para os postos da BP, em ambos os sentidos, na área da Nazaré, com data de 18 de Abril. Na gasolina 95, o sítio indicava 1,229 euros por litro, quando o preço correcto era 1,298 euros. No gasóleo, figurava 0,999 euros contra 0,998 euros nos painéis. A falha é da BP, responsável por actualizar os preços.

“Até 9 de Junho, a situação mantinha-se”, lamenta a DECO.

Fraca concorrência

No mesmo dia, precisa a DECO, a associação comparou os preços da gasolina 95 e do gasóleo nos 116 postos presentes no site da Direcção-Geral de Energia e Geologia.

“Na Galp, Cepsa e Repsol não havia diferenças, independentemente do posto ou via. Só a BP variava o preço conforme a auto-estrada e, na A25, entre postos. A5, A7, A9, A11, A12, A13, A15, A17 e A21 sem diferenças no preço da gasolina 95 e gasóleo. Na A4, apenas registámos variação para o gasóleo e, na A29, para a gasolina 95. Nas restantes, a poupança era mínima: 0,50 euros se abastecesse 50 litros de gasolina 95 (A2, A3, A6, A8, A22, A23 e A28) ou apenas 0,05 euros (A1). Para a mesma quantidade de gasóleo, a poupança máxima oscilava entre 5 e 20 cêntimos”, nota a DECO.

Para a associação, este cenário “confirma as ineficiências no sector, agravadas nas auto-estradas, onde a concorrência não tem expressão real sobre o preço. A diferença entre postos é mínima ou inexistente. Fica mesmo mais barato fora das auto-estradas: na semana de 25 de Maio a 1 de Junho, o preço médio da gasolina 95 no País rondava 1,263 euros por litro e, o do gasóleo, 0,965 euros. Quando possível, ateste o depósito antes de entrar”.

[Flying Turtle]

Eu acho que os painéis devem existir por motivos de transparência

FT, tu achas que quando não havia painéis os preços não era transparentes?

Os painéis não influenciam a fixação dos preços nem a sua transparência no caso concreto. A referência que fiz tem um carácter geral e aplicação muito mais vasta do que exclusivamente ao caso em apreço: Quanto mais divulgares preços, processos, decisões, etc., e os/as submeteres ao escrutínio público, mais transparentes se tornam necessariamente os factos e os actos publicitados.

Por isso falei em princípios - que são por natureza regras gerais que enformam decisões, actos e processos - e não em objectivos específicos.

FT

[MarcoAntonio]

Não é bem essa a minha conclusão mas tb não quero estar a prolongar o debate pois por esta altura dá-me a sensação que estamos a falar os dois sozinhos e deixar o resto do forum de fora. A minha visão e abordagem a este tipo de questão penso que já está clara atrás e de uma forma ou de outra ia acabar por me repetir, mesmo que o meu objectivo fosse dizer o que é que eu concluo desta nossa troca de opiniões...

[Elias]

Eu tb acredito. Mas a questão realmente importante é perceber o que é que é preciso ser feito, o que merece (justifica) ser feito e não o que é que pode ser feito...

Eu detestaria um mundo onde, para as coisas estarem mais de acordo com os padrões de exigência de todos, menos coisas fossem feitas e este acabasse menos funcional.

Bem, o que se conclui daqui é que eu e tu temos níveis de exigência diferentes.

Mas no fundo o que interessa é o nível de exigência da sociedade como um todo (seja em relação a isto ou a outra coisa qualquer), pois esse nível de exigência é que vai determinar a "qualidade" final do serviço prestado, se assim se pode dizer.

1 abraço,
Elias

[MarcoAntonio]

Evidentemente. Se calhar é por ser engenheiro

Não penso que seja realmente essa a razão (eu tb sou e vejo a questão de forma completamente diferente).

Mas eu acredito que é possível fazer as coisas bem feitas.

Eu tb acredito. Mas a questão realmente importante é perceber o que é que é preciso ser feito, o que merece (justifica) ser feito e não o que é que pode ser feito...

Eu detestaria um mundo onde, para as coisas estarem mais de acordo com os padrões de exigência de todos, menos coisas fossem feitas e este acabasse menos funcional.

Bem, mas repara que o que se deu até aqui é quase irrelevante. Gastou-se este dinheiro todo para se concluir aquilo que todos já sabíamos:
1 - os hipermercados vendem mais barato
2 - fora dos hipermercados os preços são praticamente iguais

A "utilidade" do sistema é saberes quais os postos onde podes encontrar os combustíveis mais baratos sem teres de andar a percorrê-los todos...

De qq das formas nem concordo nada com o ponto 2 (isso pode ser na tua área porque aqui na minha área existem montes de postos que não pertencem a hipermercados e têm o combustível mais barato). Sem sites como este ou o maisgasolina.com eu não chegaria a saber de uma boa parte deles (a menos que andasse a percorrer a zona toda de carro a fazer o reconhecimento dos postos).

Olha em Espanha existe (já há vários anos) um sistema semelhante e não encontro nele as aberrações que se vêem por cá relativamente a preços desactualizados.

Desculpa mas eu conheço o site espanhol há pelo menos uns dois anos, cheguei a consulta-lo por diversas vezes (algumas vezes até coloquei aqui no forum printscreens) e sofria do mesmíssimo problema (e digo sofria porque já há algum tempo que não o visito e sei que há uns meses atrás ele foi bastante melhorado tendo mudado de endereço inclusivamente, tb se comentou aqui na altura sobre isso). Por isso, agora até pode estar diferente. Quando o conheci, tinha exactamente o mesmo problema, com postos com preços "de hoje" e outros com preços de várias semanas (e a valor bastante diferente e mt provavelmente desactualizado).

Mas como digo, entretanto isso pode ter sido alterado...

Mas no início escreveste que a maioria das pessoas provavelmente não dá importância às datas!

Eu disse que acho que a maior parte das pessoas não dá importância à questão das datas que tu estás a levantar e cito "eu estou certo que a maior parte das pessoas não dá importância a essa questão das datas, só algumas pessoas vão ficar incomodadas com essa questão".

[Elias]

Elias, estás a pegar com um pormenor (eu estou certo que a maior parte das pessoas não dá importância a essa questão das datas, só algumas pessoas vão ficar incomodadas com essa questão

Se não dão importância, provavelmente nem reparam.
Vão é reparar no preço e vão ser induzidos em erro (claro!)

Ou seja, quando olhas para esta questão, o que procuras é uma forma "perfeita" (ou mais perfeita possível) de disponibilizar a informação dos preços dos combustíveis.

Evidentemente. Se calhar é por ser engenheiro

Mas eu acredito que é possível fazer as coisas bem feitas.

E mais: se o sistema não estiver bem feito (como eu acho que não está), considero que perde a sua utilidade, porque eu deixo depoder confiar nele.

Mas neste país, em que se legisla sobre quase tudo e não se fiscaliza quase nada, os donos dos postos podem perfeitamente não actualizar a informação, porque isso não tem consequências

O problema é que tentar atingir um nível de perfeição onde ela não é realmente necessária pode fazer mais mal do que bem.
Nota o seguinte, tu dispões à partida de determinados recursos (humanos, financeiros, de tempo, etc) para um determinado fim. Gasta essa quantidade de "energia" digamos que atinges o teu fim a 90% e o mecanismo é funcional. Agora, para o melhorares para 95 ou 99% a energia necessária já não é na mesma proporção. Em termos propocionais, em qualquer investimento ou desenvolvimento tecnológico o que tende a acontecer é que essa melhoria tende a ser proporcionalmente mais "cara". Em determinadas áreas é absolutamente necessário (exemplos: um sistema que exige elevados níveis de segurança como a aeronáutica por exemplo ou um sistema que vive dos resultados como por exemplo uma equipa de formula 1), já noutras áreas não só não é necessário como pode acabar por ser prejudicial.

Os recursos são limitados e aquele montante de "energias" (recursos) ao serem gastos ali, não serão gastos noutro local onde poderiam por algo a funcionar a 50 ou 90%. Tudo para dar algo às pessoas que é quase irrelevante...

Bem, mas repara que o que se deu até aqui é quase irrelevante. Gastou-se este dinheiro todo para se concluir aquilo que todos já sabíamos:
1 - os hipermercados vendem mais barato
2 - fora dos hipermercados os preços são praticamente iguais

Quem está à frente dos projectos e dialoga com todas as partes (ou estuda todas as partes do problema) tem uma percepção mais abrangente e portanto tem de encontrar compromissos.

Estás a presumir ou a afirmar?

Nem sempre as coisas são feitas por "estupidez" ou falta de visão. Por vezes, aquilo que parece falta de visão é antes bom senso e boa visão...

Sabendo o que sei sobre a forma de resolver problemas neste país, tenho alguma dificuldade em aceitar essa tese...

Num mundo em que todos exigissimos tudo perfeito, o mais provável era quase nada ser feito e andarmos às turras uns com os outros o tempo todo.

Não é assim, Marco. É uma questão de atitude e brio profissional (coisa que parece faltar bastante neste país).

Olha em Espanha existe (já há vários anos) um sistema semelhante e não encontro nele as aberrações que se vêem por cá relativamente a preços desactualizados.

PS: Quanto à questão das datas não servirem para nada, é claro que não é assim e é o suficiente para o que apontas deixar de ser um problema significativo; basta olhar para outras datas e outros valores para se tirar uma conclusão que a maior parte das vezes é óbvia.

Mas no início escreveste que a maioria das pessoas provavelmente não dá importância às datas!

[MarcoAntonio]

Elias, estás a pegar com um pormenor (eu estou certo que a maior parte das pessoas não dá importância a essa questão das datas, só algumas pessoas vão ficar incomodadas com essa questão, é a minha percepção, até posso estar errado) mas acima de tudo o que penso que a tua posição mostra é algo que eu noto com bastante frequências: alguma falta de sensibilidade para ver as questões numa perspectiva mais abrangente. Ou seja, quando olhas para esta questão, o que procuras é uma forma "perfeita" (ou mais perfeita possível) de disponibilizar a informação dos preços dos combustíveis.

O problema é que tentar atingir um nível de perfeição onde ela não é realmente necessária pode fazer mais mal do que bem.

Nota o seguinte, tu dispões à partida de determinados recursos (humanos, financeiros, de tempo, etc) para um determinado fim. Gasta essa quantidade de "energia" digamos que atinges o teu fim a 90% e o mecanismo é funcional. Agora, para o melhorares para 95 ou 99% a energia necessária já não é na mesma proporção. Em termos propocionais, em qualquer investimento ou desenvolvimento tecnológico o que tende a acontecer é que essa melhoria tende a ser proporcionalmente mais "cara". Em determinadas áreas é absolutamente necessário (exemplos: um sistema que exige elevados níveis de segurança como a aeronáutica por exemplo ou um sistema que vive dos resultados como por exemplo uma equipa de formula 1), já noutras áreas não só não é necessário como pode acabar por ser prejudicial.

Os recursos são limitados e aquele montante de "energias" (recursos) ao serem gastos ali, não serão gastos noutro local onde poderiam por algo a funcionar a 50 ou 90%. Tudo para dar algo às pessoas que é quase irrelevante...

Tu provavelmente achas que é simples ou que não custa nada. Mas isso, na minha opinião, acontece apenas porque estás a pensar apenas nos consumidores e em mais nada. Mas, para as coisas serem como pretendes, indirectamente os consumidores acabariam a sair a perder. Para lhes fornecer algo com uma qualidade de que eles não precisam (estamos a falar na disponibilização de preços online) outras coisas de que eles precisam deixariam de ser feitas - ou demorariam mais tempo a ser feitas - ou mesmo os preços acabariam ligeiramente mais inflaccionados (se uns qnts postos precisassem de mais pessoal para cumprir determinadas exigências indirectamente quem o pagaria era o consumidor).

Quem está à frente dos projectos e dialoga com todas as partes (ou estuda todas as partes do problema) tem uma percepção mais abrangente e portanto tem de encontrar compromissos. Nem sempre as coisas são feitas por "estupidez" ou falta de visão. Por vezes, aquilo que parece falta de visão é antes bom senso e boa visão...

Se me estou a dar ao trabalho de escrever isto é porque acho que é uma questão importante e recorrente e provavelmente as pessoas não se dão conta dela muitas vezes.

Num mundo em que todos exigissimos tudo perfeito, o mais provável era quase nada ser feito e andarmos às turras uns com os outros o tempo todo.




PS: Quanto à questão das datas não servirem para nada, é claro que não é assim e é o suficiente para o que apontas deixar de ser um problema significativo; basta olhar para outras datas e outros valores para se tirar uma conclusão que a maior parte das vezes é óbvia.

[Elias]

Isso é complicado e é um entrave a que os postos possam "entrar" no sistema.

Oh pá nós vivemos na era da informática e das comunicações! Adicionar ou retirar um posto é do mais simples que há (digo eu baseado no pouco que sei mas ainda me lembro de programação)

Só vem complicar

Nao se trata de complicar. Ou queremos fazer as coisas bem feitas ou não.

(por exemplo, o que é que se faz se um posto "entra" mas depois não actualiza e sai fora e volta a querer entrar?). Eu já acho que há burocacracia a mais e essa era uma boa forma de burocratizar um processo que deveria ser simples...

Aqui não estamos de acordo. Não é suposto os postos andarem sempre a entrar e a sair... Mas mesmo que seja, então que se criem os mecanismos necessários (e não é preciso burocracia nenhuma).

O que poderia ser feito e era muito mais simples era disponibilizar um filtro para o utilizador (por exemplo, a opção de mostrar "só" os preços actualizados há menos de xis dias).

Essa é uma boa ideia.

De qq das formas não acho grave, desde que esteja lá a data da actualização (e está).

A data de actualização não te serve para nada se não tiveres a noção clara de como evoluíram os preços nas últimas semanas ou meses. Tu sabes essa evolução porque acompanhas o mercado em pormenor, mas a maioria das pessoas não sabe.

Não podemos/devemos pensar apenas na lógica do consumidor, é natural que as coisas não fiquem perfeitas para a parte A ou B, é necessário encontrar balanços de praticabilidade entre todas as partes envolvidas.

Epá, então mas não era suposto isto servir para beneficiar o consumidor?

Ó Marco, para que fique claro: eu não vejo qualquer interesse nem nos painéis nem no site da DGEG (porque acho que o que se retira dali é muito pouco), apenas me revolta um pouco queas coisas sejam mal feitas quando podiam ser bem feitas.

[MarcoAntonio]

Isso é complicado e é um entrave a que os postos possam "entrar" no sistema. Só vem complicar (por exemplo, o que é que se faz se um posto "entra" mas depois não actualiza e sai fora e volta a querer entrar? Se for automático caimos precisamente no mesmo, se estiver impedido é uma desvantagem e um entrave e se obrigar a uma nova autorização ou algo semelhante, não é prático e é um entrave também). Eu já acho que há burocracia a mais e essa era uma boa forma de burocratizar um processo que deveria ser simples...

O que poderia ser feito e era muito mais simples era disponibilizar um filtro para o utilizador (por exemplo, a opção de mostrar "só" os preços actualizados há menos de xis dias).

De qq das formas não acho grave, desde que esteja lá a data da actualização (e está).

Não podemos/devemos pensar apenas na lógica do consumidor, é natural que as coisas não fiquem perfeitas para a parte A ou B, é necessário encontrar balanços de praticabilidade entre todas as partes envolvidas.

[Elias]

Ó Marco eu até sou capaz de aceitar que os postos pequenos não sejam obrigados a actualizar. O que claramente está mal é permitir que preços colocados há 2 ou 3 meses e que nada têm a ver com os preços actuais continuem online.

Ou seja, os postos pequenos, a partir do momento em que se juntam à rede e colocam lá os seus preços, devem também ser obrigados a actualizar. Se não podem ou não querem actualizar, então que retirem a informação!

[MarcoAntonio]

Pois, bem, isso na verdade considero perfeitamente compreensível. Não vejo qualquer mal nisso também...

Tirando o facto do número de produtos ser menor do que noutras áreas (mas com a agravante de ter actualizações frequentes) basta imaginar o que seria colocar o comércio todo obrigado a disponibilizar os preços online o tempo todo. Para os postos maiores, os recursos necessários não são significativos. Mas para os postos mais pequenos (e há bastantes, alguns de dimensão familiar até) é despropositado e um peso desnecessário. Podem nem ter os recursos ou obrigar a algum investimento que para a sua dimensão é relevante. É uma questão de escala, naturalmente.

Na minha opinião faz todo o sentido que para os postos mais pequenos e com volumes de vendas reduzidos (e portanto com pouco peso comercial e logo menos importantes para o consumidor) seja facultativo. Aliás, se fizerem bom preço será no interesse deles publicar, se fizerem mau preço o publico em geral não perde nada em "não saber".

[Elias]

Já a disponibilização do novo site com preços da DGEG, ainda que não esteja perfeito, considero uma medida mais positiva e com mais utilidade (não tão evidente porque já havia um site de iniciativa privada que o fazia). De qq das formas é uma medida bem mais útil do que a dos paineis e eventualmente até mais barata!

Seria útil se todos os postos efectuassem as actualizações. No entanto, e como já aqui referi anteriormente, nota-se que alguns postos não actualizam os seus preços há um ou dois meses (e nalguns casos até mais).

Sobre este assunto contactei a DGEG, tendo-me sido informado que os postos mais pequenos (os que vendem abaixo de uma dada quantidade de combustível) não são obrigados a actualizar a informação.

[Elias]

Eu acho que os painéis devem existir por motivos de transparência

FT, tu achas que quando não havia painéis os preços não era transparentes?

[pedrom]

Até tem e muita pois permite saber a quantos kms temos bombas.

LOL

Mas isso já havia paneis a informar...

Mas estes sao novos, maiores e mais bonitos!!!

[Flying Turtle]

Até tem e muita pois permite saber a quantos kms temos bombas.

LOL

Mas isso já havia paneis a informar...

Eu acho que os painéis devem existir por motivos de transparência e de informação ao consumidor como, aliás, sucede em diversos outros países europeus, nalguns há bem mais de uma década. A oportunidade da insistência na sua publicação, associada a um período de alta nos preços dos combustíveis, foi evidente areia política (suja, ainda por cima) atirada para os olhos dos patetas.

FT

[MarcoAntonio]

Até tem e muita pois permite saber a quantos kms temos bombas.

LOL

Mas isso já havia paneis a informar...

[MarcoAntonio]

Sim, eu nunca achei esta questão dos paneis minimamente relevante. Teria sido muito mais útil esclarecer as pessoas como realmente se formam os preços uma vez que contra a maior parte das coisas que as pessoas reclamam, não há nada a fazer porque não há nada de mal realmente com elas. Contudo dizer e explicar isso às pessoas não teria sido popular. Os paineis, possivelmente e apesar de inúteis, caçam mais uns quantos votos...

Já a disponibilização do novo site com preços da DGEG, ainda que não esteja perfeito, considero uma medida mais positiva e com mais utilidade (não tão evidente porque já havia um site de iniciativa privada que o fazia). De qq das formas é uma medida bem mais útil do que a dos paineis e eventualmente até mais barata!

[pedrom]

Creio que as pessoas não valorizam diferenças de preço dessa ordem de grandeza.

Concordo contigo, Marco.

Mas como as diferenças de preço ao longo das auto-estradas são dessa ordem de grandeza (quando existem!), concluímos aquilo que já sabíamos: estes painéis não têm grande utilidade.

Até tem e muita pois permite saber a quantos kms temos bombas.

[Elias]

Creio que as pessoas não valorizam diferenças de preço dessa ordem de grandeza.

Concordo contigo, Marco.

Mas como as diferenças de preço ao longo das auto-estradas são dessa ordem de grandeza (quando existem!), concluímos aquilo que já sabíamos: estes painéis não têm grande utilidade.

[MarcoAntonio]

Creio que as pessoas não valorizam diferenças de preço dessa ordem de grandeza.

Há dias aconteceu-me uma coisa "curiosa", estava um pouco afastado de casa e precisava de reabastecer. Passo por um posto com letras garrafais a dizer "-5cts" (por sinal, vazio) e quando paro o carro mesmo às bombas, o preço da gasolina era o normal. Foi qnd olhei de novo para o anúncio dos -5cts e reparei então nas letras mais pequeninas (em andamento praticamente não se repara nelas) onde completava... às quartas-feiras.

Como não gostei nada da brincadeira e não era quarta-feira, voltei a avançar e e abasteci noutra bomba.

[Elias]

Há uns dias percorri a A8 no sentido Lisboa-Leiria.

A certa altura, já depois de Torres Vedras, reparei nos painéis que comparavam os preços e notei que havia diferenças: o primeiro posto era da Cepsa de Óbidos e era mais barato (0,6 cêntimos salvo erro) que o posto seguinte que era o posto BP da Nazaré.

Quando passei no posto da Cepsa (o mais barato) estava lá apenas um carro estacionado nas bombas ou junto à loja.

40 km depois, ao passar no posto da BP (o mais caro), havia nada menos que seis veículos ligeiros estacionados nas bombas ou junto à loja.

Comentários?

[bolo]

Embora todos tenhamos que pagar a colocação dos paineis, mais tarde ou mais cedo, não é mau de todo, nem que seja para perceber a tão afinada concorrência.

Outra coisa interessante, e já que falamos de concorrência, é ver os paineis com os três postos da repsol, seguidos e únicos, nos 110 kms da A17, entre Leiria e Aveiro. Um delírio para quem gosta de se entreter com estas coisas do arco da velha!

Não diria "é só fazer as contas" mas diria "façam a vossa análise", antes que venha o Rui Santos da SIC dizer "quando é para sair bem, todos defendem a concorrência, quando é para aprovar concessões de gasolineiras na auto-estrada, ai ai ai, ui ui ui"!