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Caldeirão da Bolsa

Off-topic - Acidente com avião da Air France (actualizações)

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Flying Turtle » 4/6/2009 8:12

BYPASS Escreveu:Pode ser só coincidência mas dá que pensar...


Provavelmente será mais do que coincidência. É admissível que os procedimentos recomendados não tenham sido suficientes, ou que algo ainda não coberto por estes tenha sobrevindo (esse ADIRU parece ser teimoso, já tendo originado a emissão de 3 EADs pela EASA porque parece que se recusa a ser desligado por mais que se faça...), situação possivelmente agravada por eventuais condições atmosféricas particularmente adversas.

Em todos os casos precedentes, designadamente os verificados na Qantas, as tripulações sempre foram capazes de dar conta das situações e resolvê-las, tendo também em todos os casos emitido imediatamente as comunicações apropriadas.

Continuo à espera de uma explicação plausível para o silêncio da tripulação neste caso da AF.

FT
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por BYPASS » 4/6/2009 5:52

Pode ser só coincidência mas dá que pensar...


http://avherald.com/h?article=412a7663

Incident: Qantas A333 near Perth on Dec 27th 2008, navigation system problem
By Simon Hradecky, created Thursday, Jan 1st 2009 14:29Z, last updated Friday, Jan 2nd 2009 10:12Z

The crew of a Qantas Airbus A330-300, registration VH-QPG performing flight QF-71 from Perth,WA (Australia) to Singapore (Singapore) with 277 passengers, decided to return to Perth due to a cockpit alert suggesting problems with the navigation systems of the airplane following intermittent power supply interruptions. The power supply problems started about 2 minutes after takeoff at 07:51Z. The landing about two hours after takeoff was safe.

The airplane remained on the ground for about two hours before it was cleared to depart again. The airplane reached Singapore with a total delay of just over 4 hours.

The ATSB reported on Friday (Jan 2nd 2009), that an ECAM message indicating a problem with ADIRU #1 (Air Data Inertial Reference Unit) showed at 08:29Z and the autopilot disconnected while the aircraft was enroute about 260nm northwest of Perth at FL360. The airplane returned to Perth and performed an overweight landing. The ATSB says, that due to the similiarities with another Qantas A330 inflight upset on Oct 7th 2008, this incident will become part of the earlier investigation.


As a result of this incident the European Aviation Safety Agency (EASA) issued an updated Emergency Airworthiness Directive (EAD) requiring crews experiencing failures of one of their Air Data Inertial Reference Units (ADIRU) to not only turn that ADIRU off, but to de-energize that ADIRU under all circumstances.

The EAD suggests, that the crew followed the earlier version of the EAD requiring the crews to verify, whether the OFF light illuminates after disengaging the ADIRU, did receive the OFF light, however the ADIRU did not disconnect and continued to provide false data.
 
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por PIKAS » 3/6/2009 22:20

.


Esta é a melhor análise que li, tendo em conta os dados que são conhecidos.

Ver aqui: http://www.weathergraphics.com/tim/af447/

Cumprimentos,
 
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por mrvibe » 3/6/2009 22:17

Já estou a viver no Brasil há mais de um ano e tenho acompanhado de bastante perto todos os desenvolvimentos desta história e queria dizer duas ou três coisas. O empenho e comportamento das autoridades brazucas tem sido impecável, o acidente ocorreu numa zona em que não existem radares que detectassem o avião na altura da queda.

Encontrar os destroços tem sido muito difícil, pois o avião terá caído a mais de 500 km de Fernando de Noronha, numa área onde só existe o arquipélago (na verdade, um conjunto de rochas no meio do nada) de São Pedro e São Paulo, o que diminui bastante a autonomia de aviões que façam vôos de reconhecimento, quando chegam lá, já estão quase sem combustível.

O que me assusta mais é que já fiz um percurso semelhante diversas vezes e, pelo que especulam, foi um conjunto de condições climatéricas que deitaram abaixo um avião preparado para quase tudo. Ainda por cima, como será muito difícil resgatar as caixas pretas, é provável que nunca se fique a saber o que aconteceu, logo não sabe quando voltará a acontecer.

Saudações,

NS

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por Capitão Nemo » 3/6/2009 22:08

Queda livre e sistema em pane são únicas certezas do Voo 447

Atentado e queda por tempestade elétrica são 'improváveis'; avião emitiu sinais de problemas por 4 minutos


SÃO PAULO - Um avião em queda livre com seus sistemas eletrônicos em pane. É isso o que os investigadores já têm certeza de que aconteceu com o A330-200 do voo 477 da Air France. As dúvidas, no entanto, persistem. Clima, granizo e perda do controle estão no centro do mistério sobre o Airbus 330-200, que partiu do Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, com destino a Paris e desapareceu no Oceano Atlântico. As mensagens automáticas recebidas pela sede da Air France, em Paris, indicam que a tragédia do voo 447 se desenhou em apenas 4 minutos, segundo informa o Estado na edição desta quarta-feira.


O que já se sabe sobre o Voo 447


O primeiro sinal de um possível problema a bordo chegou às 23h10 (hora de Brasília) do domingo, dando conta de que o piloto automático do Airbus A330-200 havia se desconectado. As mensagens seguintes apontam para uma sucessão de graves panes em alguns dos principais computadores do jato. O último alerta foi emitido às 23h14: "cabin vertical speed" (cabine em velocidade vertical, na tradução do inglês). Sem gravações de diálogos com o comandante do voo, as dúvidas só poderão ser dirimidas a partir das caixas pretas da aeronave, ainda perdidas no meio do oceano.

A aeronave não seguiu a altitude prevista pelo plano de voo quando o aparelho foi detectado pela última vez pelos radares de Fernando de Noronha, segundo informa o jornal Folha de S. Paulo. O Voo 447 deveria subir de 35 mil pés (10,7 km) para 37 mil pés (11,3 km), o que não foi feito. As causas são desconhecidas, inclusive se os controladores de voo autorizaram a manutenção da altura.

As autoridades francesas afirmaram que não há dados para afirmar que o avião da Air France da apresentava problemas antes de decolar do Rio de Janeiro com destino a Paris. O Escritório de Pesquisas e Análise (BEA, na sigla em francês) comunicou que "nenhum fator leva a pensar que o avião tinha um problema antes de partir do Rio".

Houve falta de comunicação com o controle aéreo do Recife, mas ainda não há explicação sobre as causas. Isso pode indicar que o problema que afetou o avião foi repentino e severo, sem dar tempo para que a tripulação entrasse em contato por rádio com os controladores de voo. Sabe-se que, minutos antes do acidente, uma comunicação por rádio com a base do Recife informou que não havia problemas climáticos por volta das 23 horas (horário de Brasília).

Momentos depois, às 23h10, o próprio avião enviou comunicado à Air France de que o piloto automático havia sido desligado e o sistema fly-by-wire também teria sido desligado. Isso pode ter sido feito pelos pilotos em uma tentativa de controlar manualmente a aeronave durante uma forte turbulência, o que seria algo desaconselhado a fazer. Além disso, a tripulação em um momento de crise concentraria a atenção na tentativa de recuperar o controle do jato. Os sinais automáticos emitidos pelo A330 continuaram informando que outros sistemas de controle do jato deixaram de funcionar até que as 23h14, após uma série de panes elétricas, o avião mandou uma mensagem indicando que estava, possivelmente, em queda vertical.

Uma das hipóteses levantadas por pilotos e experts em segurança de voo é a possibilidade de o avião ter ficado sem instrumentos de navegação e ter se acidentado. Não há explicação para o início desses problemas que teriam provocado pane nos instrumentos. Tanto pode ser um raio como outro problema gerado na chamada "baia eletrônica", onde ficam os computadores que controlam os equipamentos do avião. Nos anos 90, curtos-circuitos em sistemas elétricos podem ter derrubado aviões como um MD-11 da Swissair e um Boeing 747 da TWA no litoral da América do Norte.

Em caso de percurso errático, o acionamento do controle automático pode ser detonado, retirando o comando da tripulação e levando a aeronave a desvios súbitos de trajetória, com ganho ou perda radical de altitude e aceleração superior à suportada pelo equipamento. Jean Serrat, ex-comandante e membro do Sindicato Nacional de Piloto da França lembra ainda que, caso o piloto tenha decidido alterar a rota do avião elevando de forma brusca sua altitude, com o intuito de evitar a instabilidade, o desempenho do aparelho pode ter sido insuficiente. "Nem todos os aviões são capazes, seja por seu peso, seja por seu desempenho, de passar por sobre as tempestades que se formam na região da linha do Equador", explica.

Falha humana também surge como uma das hipóteses para o acidente com o Airbus. Especialistas ouvidos pelo jornal francês Le Figaro afirmam que 70% das catástrofes aéreas acontecem por falha humana, principalmente nos casos em que os procedimentos não são respeitados.


Hipóteses praticamente descartadas


As duas das primeiras hipóteses levantadas - a de que raios pudessem ter abatido isoladamente a aeronave e a de um ataque terrorista - foram praticamente descartadas. Para o diretor-geral do Departamento de Aviação Civil da França, Patrick Gandil, a sequência de uma dezena de mensagens automáticas enviadas em um intervalo de quatro minutos a partir de 4h13min (23h13min de Brasília) indicam que não houve "despressurização explosiva", a destruição, parcial ou total, do aparelho - o efeito mais plausível provocado pela explosão de uma bomba.

Especialistas indicam que uma das hipóteses seria de que a área de instabilidade climática que transitava a faixa equatorial do oceano Atlântico no momento do voo possa ter levado à alteração súbita e imprevista da rota, possivelmente fruto de um processo de congelamento e dano dos principais mecanismos de orientação da aeronave. Porém, o jato é equipado com radares capazes de prever condições meteorológicas adversas na rota e escapar do núcleo de cumulus nimbus, onde a instabilidade é ainda maior. Os técnicos do BEA da França não acreditam na chance de uma tempestade elétrica ter sido decisiva para a sorte dos passageiros.

De acordo com o instituto Méteo France, as condições no momento do trânsito do avião pelo Atlântico não eram as piores possíveis. Prova disso: outras aeronaves atravessaram a mesma região de instabilidade sem sobressaltos. O certo é que sem a caixa preta do aparelho, poucas das dúvidas que cercam a queda do Airbus poderão ser esclarecidas.



http://www.estadao.com.br/noticias/cida ... 1535,0.htm
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por artista_ » 3/6/2009 21:45

Não estou com tempo, abri o site da FoxNews mas não tive muito tempo para procurar... a ameaça acho que foi à Air-France sim! Aliás ela diz-me que lá já desde ontem que falam disso, acho estranho não dar cá nada!? se calha está delirar, ou ela ou eu :|

jinho

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por Capitão Nemo » 3/6/2009 21:44

artista Escreveu:A minha Maria está nos states e está agora a dizer-me que parece que houve uma ameaça de bomba 4 dias antes... aqui ainda não vi nada mas ela está a ver na FOX News!?

abraços

artista



Se é esta a noticia foi uma ameaça falsa...


Air France recebeu ameaça falsa de bomba no dia 27
03 de Junho de 2009, 17:01

A Air France informou que a companhia aérea recebeu uma ameaça de bomba no último dia 27 de um voo que seguia de Buenos Aires para Paris, avança o jornal brasileiro Estadão. Depois de uma confirmação, segundo o porta-voz da empresa, Nicolas Petteau, foi provado que a ameaça era falsa e o avião pôde seguir o seu destino.

Segundo Petteau, uma agência em Buenos Aires recebeu um telefonema anónimo a avisar que o Voo 415 teria uma bomba. O Boeing 777 da companhia aérea, ainda de acordo com o porta-voz, foi passado a pente fino pelo serviço de segurança, que não achou nenhum explosivo no seu interior. Em seguida, o avião foi autorizado a deixar a capital argentina.



Fonte Sapo http://noticias.sapo.pt/info/artigo/997901.html
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por Pata-Hari » 3/6/2009 21:36

Mas ameaça aos franceses e à air france?
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por artista_ » 3/6/2009 21:24

A minha Maria está nos states e está agora a dizer-me que parece que houve uma ameaça de bomba 4 dias antes... aqui ainda não vi nada mas ela está a ver na FOX News!?

abraços

artista
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por Flying Turtle » 3/6/2009 16:25

Elias Escreveu:O disparate já chega ao ponto de dizer que o avião estava a sobrevoar Cabo Verde, quando já no dia da notícia (dia 1) era sabido que ele nem se tinha aproximado da costa africana!


É o delírio. Razão tenho eu quando insisto em que falta (demasiadas vezes, pelo menos) profissionalismo no exercício da profissão jornalística. Muitas vezes, limitam-se a retransmitir e amplificar as asneiras que recebem, sem qualquer espécie de critério - só para fazer mais bartulho do que o vizinho...

:evil:

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por Elias » 3/6/2009 16:17

FT, curte esta notícia:

Passageiros enviaram mensagens de telemóvel às famílias
01 Junho 2009

Alguns dos 12 tripulantes e 216 passageiros que seguiam a bordo do avião Airbus A330 que desapareceu hoje, durante o voo, entre o Rio de Janeiro e Paris, enviaram mensagens escritas por telemóvel aos familiares.

Segundo uma notícia avançada pelo Jornal de Notícias, frases como "eu te amo" ou "estou com medo" foram recebidas por familiares de algumas das vítimas quando se aperceberam de que havia algum problema com o avião.

O JN cita um o presidente do sindicato das empresas aeronáuticas do Brasil, Ronald Jenkins, que confirma que as SMS foram enviadas quando a aeronave estava a sobrevoar a Ilha do Sal, em Cabo Verde.

Entretanto, em França e no Brasil, foram criados gabinetes de crise para receber os familiares das vítimas.



Fonte: http://dn.sapo.pt/inicio/globo/interior ... id=1250551


O disparate já chega ao ponto de dizer que o avião estava a sobrevoar Cabo Verde, quando já no dia da notícia (dia 1) era sabido que ele nem se tinha aproximado da costa africana!
 
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por Flying Turtle » 3/6/2009 15:47

Mais um destroço, com cerca de 7 metros, alegadamente pertencendo ao avião encontrado no oceano:

http://hosted.ap.org/dynamic/stories/B/ ... TE=DEFAULT

FT
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por PIKAS » 3/6/2009 14:24

Pelo que se consta por aí pela web, a AirFrance já se começa a engasgar.

Air France sabe mais do que divulgou, dizem especialistas
O avião que desapareceu no Atlântico tem um sistema que transmite por satélite à empresa aérea dados sobre os principais componentes da aeronave no decorrer do voo. Isso leva alguns especialistas a crer que a Air France tem mais informações do cenário da queda do A330 do que as que já divulgou

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u575828.shtml

Por outro lado, a Air France sabe muito bem que normalmente os acidentes se devem a um conjunto de factores e não dispondo de dados, porque será que são logo os primeiros a apontar a estúpida teoria do raio?

Também já se referiu que procuraram descartar-se e atirar tudo para cima da airbus, embora com factos não consistentes.

Não sei se o chauvinismo gaulês não irá sair mal neste filme!!! Não sou desconfiado, mas???

Cumprimentos,
 
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por Elias » 3/6/2009 11:57

sim, de facto sabemos que foi lançado em 2007 mas depois parece que não houve grandes desenvolvimentos...
 
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por Flying Turtle » 3/6/2009 11:53

Mais detalhes, retirados do site da On Air, mais precisamente das suas Q&A em http://www.onair.aero/index.php?pid=19:

On Air Escreveu:OnAir - Customers
Currently in service
Q43 Who is currently offering OnAir services?
A43 Air France started a commercial trial on 17 December 2007 which will ran for seven months.
In July, TAP Portugal started a six months trial of Mobile OnAir on one A319.
bmi launched in December 2008 on their London to Moscow route.
The new Kuwait based Watainya Airways launched in early 2009.
In February 2009, Ryanair started offering Mobile OnAir on 20 of its
aircraft flying out of Dublin, and continues to equip their fleet with a
plan to offer it on all the 170 aircraft.
Royal Jordanian has equipped their A320s and entered into service in February 2009.

Planned launches for 2009
Q44 Who is next to launch with OnAir?
A44 Air Asia will start rolling out Mobile OnAir on its A320s in mid-2009.
British Airways will offer Mobile OnAir on its new all business class route from London City to New York City starting
in September 2009.
Jazeera Airways will have Mobile OnAir onboard their A320 aircraft starting in 2009.
Shenzhen Airlines is will start introducing Mobile OnAir later in 2009 on its A320 and B737 fleet.


Mais uma vez, nada indica que a Air France dispusesse daquele serviço, designadamente naquele tipo de aviões.

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por Flying Turtle » 3/6/2009 11:41

Elias, vê esta notícia que te dá uma ideia de onde estamos no que respeita à utilização de telemóveis nos aviões:

http://www.telegraph.co.uk/travel/trave ... lanes.html

Apenas reforça a minha convicção de que tal serviço não estava disponível a bordo daquele avião.

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por Flying Turtle » 3/6/2009 11:31

Elias, isso não altera em absolutamente nada o que eu comentei.

Não me consta que a possibilidade de utilizar telemóveis a bordo esteja já generalizada na Air France. A título de exemplo, deixo aqui os serviços tecnológicos anunciados pela companhia para a primeira classe:

Air France Escreveu:La technologie, en toute discrétion

Votre fauteuil-lit intègre en toute discrétion de multiples fonctionnalités :
- un écran vidéo interactif de 10,4 pouces,
- des écouteurs hi-fi compensateurs de bruit,
- un programme de vidéo à la carte,
- une prise d´alimentation PC,
- une fonction auto-massage,
- un téléphone individuel,
- un éclairage d´ambiance et une lampe de lecture à fibre optique.


http://www.airfrance.fr/FR/fr/common/gu ... =140ufuje8

Em lado algum fala de poder ser utilizado o telemóvel. E estamos a falar da primeira classe, que nem sei se a companhia disponibiliza nos voos para o Brasil, mas tendo a afirmar que não (ver o plano de cabine em http://www.airfrance.fr/common/image/Pl ... axi_fr.gif ).

Mesmo a Internet a bordo (utilização do wi-fi dos computadores e pda) está longe de ser um "standard" nas companhias comerciais: Vê por exemplo a citação seguinte:

Lufthansa Escreveu:O regresso de FlyNet®?

O Lufthansa Flynet®, o nosso serviço de Internet de banda larga, está suspenso desde 31.12.2006. O serviço de Internet fornecido pela Connexion by Boeing terminou a 31 de Dezembro não tendo ainda sido encontrada uma solução para a continuação do serviço. A Lufthansa está porém confiante de que os seus clientes poderão em breve voltar a poder usar este serviço e tem estado em negociações com potenciais parceiros.

A Lufthansa foi o primeiro parceiro mundial da Connexion by Boeing para o serviço de Internet de banda larga. A Lufthansa começou a oferecer o Flynet® a bordo em meados de Maio de 2004, um serviço que foi muito bem recebido pelos clientes. Dos seus 82 aviões da frota de longo curso, 66 estão equipados com Internet a bordo; a Lufthansa é assim a companhia aérea com a maior frota com ligação de Internet de banda larga. Os números em Dezembro do ano passado mostram a boa aceitação do produto: aprox. 30.000 utilizadores da Internet a bordo por mês - 94% de todos os clientes dizem que gostariam de utilizar o serviço de novo.


http://www.lufthansa.com/online/portal/ ... id=1000342

Mas, voltando à questão de base: Se os passageiros enviaram SMS em relação com a catástrofe, como diabo os pilotos se mantiveram em silêncio? Estavam todos inconscientes? De todos os meios de comunicação a bordo, só o que permitia aos passageiros enviar SMS ficou a funcionar? Para além das comunicações automáticas de avarias que, ao que se sabe, também funcionou durante pelo menos 4 minutos.

Continua a ser muito difícil de aceitar. E até prova em contrário continuo a duvidar muitíssimo da relevância e da veracidade factual dessas notícias sobre as mensagens dos passageiros, no que rerspeita à sua relação concreta com os eventos em causa.

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por Elias » 3/6/2009 11:09

FT, esta notícia já é antiga mas pode ser relevante para o caso:

Passageiros da Air France podem enviar SMS a bordo
21 de Dezembro de 2007

A Air France tornou-se uma das primeiras companhias aéreas do mundo a permitir a utilização dos telemóveis a bordo dos aviões para enviar SMS e MMS durante os voos internacionais. O período de testes ao serviço irá prolongar-se por seis meses.

Um comunicado da companhia indica que por enquanto esta possibilidade está apenas acessível num dos Airbus A318 ao serviço da empresa, que cobre os trajectos europeus. Caso os telemóveis dos passageiros possuam ligação à Internet, a companhia permite também que os utilizadores acedam à sua caixa de correio electrónico.

Esta oferta é possível graças ao sistema Mobile OnAir, que permite a ligação dos equipamentos a um dispositivo colocado a bordo do avião que, através de um modem, envia as comunicações para um satélite antes de estas serem reencaminhadas para uma estação terrestre.

As tarifas deste serviço são comparáveis às aplicadas pelos operadores quando o cliente se encontra fora do país de origem, frisou a Air France.

Ao que tudo indica, este é apenas o primeiro passo da companhia que, no futuro, pretende alargar o serviço a outro tipo de comunicações móveis, nomeadamente às chamadas telefónicas.


Fonte: http://tek.sapo.pt/noticias/telecomunic ... 83935.html
 
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por Flying Turtle » 3/6/2009 11:01

Elias Escreveu:
Flying Turtle Escreveu:só a falta de cuidado e critério jornalístico permitem que tenha virado "notícia".


FT, não percebi muito bem o que queres dizer com isto


Quero dizer que os jornalistas deveriam, antes de terem divulgado essa "informação" (para mim, e até prova em contrário, é mais um "sound-byte" que outra coisa), deveriam ter minimamente avaliado a sua razoabilidade. Repito: Até acredito que exista um fundo de verdade no que foi divulgado, só que essas eventuais SMS, se existiram, não foram quase certamente enviadas nos momentos antecedendo a catástrofe e nada tinham a ver com a mesma. Em todos os voos há passageiros com medo e não é de admirar que na maioria dos casos existam pessoas a mandar SMS e/ou a telefonar, momentos antes da partida, como se estivessem a despedir-se do mundo. O que neste caso, se aconteceu, acabou sendo tragicamente verdade, mas isso nada adianta em termos informativos.

Ontem, por exemplo, já via não sei em que canal português um psicólogo (são sempre chamados nestas ocasiões para nos dizerem coisas absolutamente de senso comum) a elaborar no facto de os passageiros terem enviado mensagens enquanto a tragédia se desenrolava :roll:

FT
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por Elias » 3/6/2009 10:44

Flying Turtle Escreveu:só a falta de cuidado e critério jornalístico permitem que tenha virado "notícia".


FT, não percebi muito bem o que queres dizer com isto
 
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por Flying Turtle » 3/6/2009 10:39

Fenicio Escreveu:
Atomez Escreveu:
elgenedy Escreveu:Jornalismo sensacionalista ou realidade?

Passageiros enviaram SMS aos familiares - Jornal de Noticias

Isso é uma treta completa.

Os telemóveis para funcionar precisam de ter estações de rede ao alcance, que é de alguns km. No meio do mar não há nada disso.

Só poderia ser no caso de telefones via satélite e isso quase ninguém usa.


Algumas companhias aéreas inauguraram há pouco tempo um serviço que permite a comunicação via satélite directamente a partir de um telemóvel comum. Nestes casos, o avião é uma antena de recepção que capta o sinal e o redirecciona para um satélite.

Não sei se este avião tinha este serviço que, regra geral, é disponível gratuitamente para os ocupantes da primeira classe.


Já antes neste tópico pus em causa a razoabilidade destas informações (ver, salvo erro, a página anterior do tópico). Também admiti que o aparelho dispusesse de equipamento permitindo a utilização de telemóveis a bordo, embora continue a duvidar de que seja o caso. Mas mesmo assim, caso tal fosse possível (enviar SMS e/ou fazer chamadas a partir de telemóveis a partir do meio do oceano), então ainda menos ficaria explicada a ausência de comunicações por parte dos pilotos. Até porque um passageiro teria de ter tido tempo de sentir medo, ligar o telemóvel (ok, poderia já o ter ligado), aceder à rede de bordo (e pagar, não voando em executiva), digitar e enviar a mensagem, tudo isto enquanto o avião caía aos pedaços e a tripulação se mantinha em silêncio...

Difícil demais para levar a sério, parece-me.

Admito, isso sim, que alguns passageiros tenham enviado mensagens, ou telefonado, momentos antes da partida - ou, quebrando as normas imperativas vigentes, enquanto ainda sobre terra - mas isso nada terá então tido a ver em concreto com a ocorrência em causa, porquanto se sabe já que muito depois disso, e já bem sobre o Atlântico, estava tudo a decorrer normalmente no voo.

De uma forma ou de outra trata-se, até prova em contrário, de uma "carta fora do baralho", que só a falta de cuidado e critério jornalístico permitem que tenha virado "notícia".

Dentro da minha ignorância, que não me canso de reiterar, mas sem abdicar do meu espírito crítico, a falta de comunicação por parte da tripulação continua a ser o factor que mais me baralha nesta história. Muito difícil de "encaixar" na maioria das hipóteses que vão aparecendo.

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por Razao_Pura » 3/6/2009 10:27

A teoria de erro humano na tomada de decisão em atravessar a massa de nuvens/ tempestade toma forma. O facto de as caixas negras puderem estar submersas a milhares de metros de profundidade não vai ajudar em nada a esclarecer este acidente.

De qualquer forma só mesmo uma combinação de acontecimentos infelizes explicaria este non-sense.
Como é que outras aeronaves que faziam o mesmo corredor áereo, inclusivé viram os destroços a arder no mar, e não passaram pelas mesmas contingência que este avião passou?
Porque é que um avião cai de 10.000 mts no meio do Atlântico sem um pio, nos dias que correm?
Muito estranho.
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por Elias » 3/6/2009 10:18

ruizzz Escreveu:Apenas gostava de questionar o porquê das accões da AirFrance-KLM não terem sido afectadas com este acidente.
O impacto negativo na imagem da companhia, a perda de um avião + pilotos e todos os custos inerentes a um acidente deste tipo deveriam desvalorizar a cotacao de uma companhia aerea.

Com esta minha pergunta não estou a ser cinico ou apenas a ver números nesta tragédia, mas é uma questão interessante de se colocar.


ruizzz, a pergunta faz sentido, mas a resposta é que os mercados não reagem como seria "lógico".

Por muito elevados que sejam os custos inerentes a um acidente deste tipo, trata-se de uma ocorrência isolada, que não deverá afectar os resultados dos anos futuros.

Quanto à questão da imagem, penso que ela afecta mais a opinião pública do que propriamente os investidores.
 
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por Elgenedy » 3/6/2009 9:57

Flying Turtle Escreveu:... estando totalmente concentrada em corrigir o erro de atitude do avião.


Boas,

Do que me lembro, umas das coisas bastante treinadas em instrução são as comunicações. Ou seja, assim que surge alguma coisa, deverá ser automática a reacção do piloto em comunicar, por vários motivos, mas o principal é que ficas com prioridade em tudo. Ou seja, ao transmitires um mayday (ou um pan - avaria), o controlo consegue desviar tudo o que esteja à tua volta de forma a poderes fazer o que quiseres sem risco de colisão com outro avião que esteja na zona.

Ora, 4 minutos é imenso tempo, sendo esse o tempo que o próprio avião esteve a transmitir mensagens de problemas.

Por isso não fico muito convencido com a possibilidade de ausência de comunicação por estarem atarefados.

Também por isso penso que o silêncio da tripulação é uma das principais incógnitas deste acidente.

Claro que, nesta fase, toda e qualquer ideia é pura especulação, indo de extremos tão opostos como uma colisão com um bloco de gelo que tenha colocado os pilotos inconscientes à possibilidade de estarem ambos os pilotos a beber uns copos com as colegas ou a dormir uma soneca...

Cumprimentos,

./elgenedy
 
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por Elgenedy » 3/6/2009 9:37

Ruizzz,

Falando apenas de números, um acidente deste género acaba por dar bastante mais "prejuízo" às companhias de seguros que à companhia em si. Todos estes aviões estão segurados em várias companhias de segros. Portanto, quando uma situação destas acontece, tens várias companhias de seguros a entrarem com os €€.

De facto, isto pode sempre desviar alguns passageiros, mas acredito que seja marginal, pelo menos enquanto não se souberem as causas do acidente. Se um acidente for causado por falhas de manutenção, por exemplo, é mais provavel que a empresa sofra perdas nas vendas.

Actualmente, a causa mais apontada é devido ao mau-tempo e falha electrica, por isso algo totalmente alheio à AF.

Cumprimentos,

./elgenedy
 
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