Off-topic - Acidente com avião da Air France (actualizações)
Aqui está um artigo que achei interessante:
http://www.time.com/time/world/article/ ... orld-yahoo
Nesta eventualidade continuaria, no entanto, inexplicado o total silêncio da tripulação. A menos que tudo tenha sido tão rápido que esta nem teve tempo de soltar um "ai" durante a sequência de acontecimentos, estando totalmente concentrada em corrigir o erro de atitude do avião. Difícil, mesmo assim, de comprender. Mas, sendo verdade os erros aqui relatados em situações anteriores, parece-me ser uma hipótese a considerar.
FT
Time.com Escreveu:A Past Flight May Offer Clues to Air France 447
By Mark Thompson / Washington Tuesday, Jun. 02, 2009
We'll never know what it was like to be aboard Air France Flight 447 as it plunged into the Atlantic Ocean on May 31, apparently killing all 228 aboard. For now, the closest we may get is listening to the passengers on a similar Airbus 330 jet whose flight computer put it into an uncommanded dive over northwestern Australia last October.
Qantas Flight 72 had been airborne for three hours, flying uneventfully on autopilot from Singapore to Perth, Australia. But as the in-flight dinner service wrapped up, the aircraft's flight-control computer went crazy. The plane abruptly entered a smooth 650-ft. dive (which the crew sensed was not being caused by turbulence) that sent dozens of people smashing into the airplane's luggage bins and ceiling. More than 100 of the 300 people on board were hurt, with broken bones, neck and spinal injuries, and severe lacerations splattering blood throughout the cabin. (Read a Q&A on how to survive a plane crash.)
"It was horrendous, absolutely gruesome, terrible," passenger Jim Ford told Australian radio. "The worst experience of my life." Passenger Nigel Court said he was terrified to watch people not wearing seat belts — including his wife — fly upward. "She crashed headfirst into the roof above us," he told a reporter. "People were screaming," said Henry Bishop of Oxford, England. A Sri Lankan couple said they were thrown to the ceiling when their seat belts failed. "We saw our own deaths," said Sam Samaratunga, who was traveling with his wife Rani to their son's wedding. "We decided to die together and embraced each other."
After seemingly an eternity — in reality, the nosedive lasted 20 very long seconds — the flight crew wrested control of the plane from its wayward computer and made an emergency landing at a remote military and mining airstrip 650 miles short of Perth.
Following an investigation of the A330's uncommanded dive, Australian aviation officials, assisted by U.S. and French authorities, blamed a pair of simultaneous failures for the near disaster. The plane has three air data inertial reference units (ADIRUs), which are designed to help the plane's flight-control computer fly the plane safely. The system is intended to eliminate the possibility of electronic error: the flight computer, which is always monitoring the trio, can disregard one ADIRU if it begins relaying information that conflicts with the other two.
But that's not what happened when one of them went awry on Oct. 7 and began sending erroneous data spikes on the plane's angle of attack (AOA) — the angle between its wings and the air flowing over them — to the flight-control computer. "For some reason, the damn computer disregarded the healthy channels," says Hans Weber, an aviation expert who heads Tecop International, an aviation-consulting firm in San Diego. "Instead, it acted upon the information from the rogue channel." The computer, responding to the faulty data, put the plane into a dive. (Read "Is There a Cause for Fear of Flying?")
In its preliminary investigative report, released on March 6, the Australian Transport Safety Bureau said Airbus had initially said it didn't know of any other similar events. But when the same thing happened again, involving a different aircraft, on Dec. 27, Airbus combed its computerized flight files and found data fingerprints suggesting similar ADIRU problems had occurred on a total of four flights. One of the earlier instances, in fact, included a September 2006 event on the same plane that entered the uncommanded dive in October (the other three flights had continued safely on). The same VCR-sized ADIRU was to blame in both those cases, although it had supposedly undergone a needed realignment following the 2006 event. All three planes carried the same brand and model of ADIRU, as do 397 of the 900 330s and 340s in the Airbus fleet.
It is not yet known whether Air France 447, an A330, carried the troublesome variety of ADIRU. But if it did, and if the Air France plane plummeted into an uncommanded dive while traveling through a downdraft generated by storms — a common occurrence over the region of the Atlantic Ocean where the plane went down — it could have been doomed as it entered a steep dive and likely broke up.
Aviation authorities around the world have ordered inspections and procedures to try to eliminate the problem. "In these fly-by-wire systems, one never really knows if one has checked out all possible combinations of events to make sure that the computer properly reacts," Weber says of modern flight control. Fly-by-wire systems use computers and wires instead of mechanics and hydraulics to control a plane's flight. The electronic systems are reliable but prone to software errors that can't always be anticipated. "There could be some other sequence of events that could cause another bad software reaction," says Weber.
The Australians' March report concluded that the October dive was due to a series of events that, when combined, was "close to the worst possible scenario that could arise from the design limitation in the AOA processing algorithm." Airbus also told investigators that this particular mathematical formula for flying the plane is found only on its A330 and A340 models. "Different algorithms were in use on other Airbus types, which were reported to be more robust to AOA spikes," the report said. "The manufacturer advised that AOA spikes matching the above scenario would not have caused a pitch-down event on Airbus aircraft other than an A330 or A340."
http://www.time.com/time/world/article/ ... orld-yahoo
Nesta eventualidade continuaria, no entanto, inexplicado o total silêncio da tripulação. A menos que tudo tenha sido tão rápido que esta nem teve tempo de soltar um "ai" durante a sequência de acontecimentos, estando totalmente concentrada em corrigir o erro de atitude do avião. Difícil, mesmo assim, de comprender. Mas, sendo verdade os erros aqui relatados em situações anteriores, parece-me ser uma hipótese a considerar.
FT
"Existo, logo penso" - António Damásio, "O Erro de Descartes"
Apenas gostava de questionar o porquê das accões da AirFrance-KLM não terem sido afectadas com este acidente.
O impacto negativo na imagem da companhia, a perda de um avião + pilotos e todos os custos inerentes a um acidente deste tipo deveriam desvalorizar a cotacao de uma companhia aerea.
Com esta minha pergunta não estou a ser cinico ou apenas a ver números nesta tragédia, mas é uma questão interessante de se colocar.
O impacto negativo na imagem da companhia, a perda de um avião + pilotos e todos os custos inerentes a um acidente deste tipo deveriam desvalorizar a cotacao de uma companhia aerea.
Com esta minha pergunta não estou a ser cinico ou apenas a ver números nesta tragédia, mas é uma questão interessante de se colocar.
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Atomez Escreveu:elgenedy Escreveu:Jornalismo sensacionalista ou realidade?
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Isso é uma treta completa.
Os telemóveis para funcionar precisam de ter estações de rede ao alcance, que é de alguns km. No meio do mar não há nada disso.
Só poderia ser no caso de telefones via satélite e isso quase ninguém usa.
Algumas companhias aéreas inauguraram há pouco tempo um serviço que permite a comunicação via satélite directamente a partir de um telemóvel comum. Nestes casos, o avião é uma antena de recepção que capta o sinal e o redirecciona para um satélite.
Não sei se este avião tinha este serviço que, regra geral, é disponível gratuitamente para os ocupantes da primeira classe.
"Es gibt keine verzweifelten Lagen, es gibt nur verzweifelte Menschen" - Heinz Guderian
Trad. "Não existem situações desesperadas, apenas pessoas desesperadas"
Cartago Technical Analysis - Blog
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elgenedy Escreveu:Jornalismo sensacionalista ou realidade?
Passageiros enviaram SMS aos familiares - Jornal de Noticias
Isso é uma treta completa.
Os telemóveis para funcionar precisam de ter estações de rede ao alcance, que é de alguns km. No meio do mar não há nada disso.
Só poderia ser no caso de telefones via satélite e isso quase ninguém usa.

As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
Niccolò Machiavelli
http://www.facebook.com/atomez
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Um dado a reflectir
Só um dado:
Caso tenha sido derivado de uma descarga eléctrica, é verdade que o núcleo do avião é imune à descarga (na realidade as cargas eléctricas distribuem-se apenas pela superfície).
Mas se essa condução originou-se no nariz do avião, O raio (a sua luz), era visível e muito próximo do cockpit do avião.
Os pilotos poderiam ter morrido ou desmaiado com a situação (a luz intensa).
Assim o avião poderia ter ficado sem controlo (e se estivesse em piloto manual...)...
Enfim, acho que devem ser colocadas todas as hipóteses...
Conclusão:Deveria o cockpit (pelo menos o comandante) estar sem qualquer visibilidade para o exterior ?
Caso tenha sido derivado de uma descarga eléctrica, é verdade que o núcleo do avião é imune à descarga (na realidade as cargas eléctricas distribuem-se apenas pela superfície).
Mas se essa condução originou-se no nariz do avião, O raio (a sua luz), era visível e muito próximo do cockpit do avião.
Os pilotos poderiam ter morrido ou desmaiado com a situação (a luz intensa).
Assim o avião poderia ter ficado sem controlo (e se estivesse em piloto manual...)...
Enfim, acho que devem ser colocadas todas as hipóteses...
Conclusão:Deveria o cockpit (pelo menos o comandante) estar sem qualquer visibilidade para o exterior ?
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As maquinas voadoras dos nossos dias são 99,99% seguras
e a AIRBUS é um dos melhores fabricantes de aviões do mundo neste momento o 1º já tive a oportunidade de ter formação dada por eles de um nível espectacular e posso afirmar que são maquinas maravilhosas.
O elo mais fraco de toda esta engrenagem são sempre os homens e as suas emoções e as estatísticas mostram que 80% dos acidentes se devem a erro humano.
Mas no entanto todos os dias, 365 dias por ano 24 horas por dia centenas de homens e mulheres trabalham sob os mais rigorosos padrões de qualidade para garantir que os nossos clientes (passageiros) chegam ao seu destino são e salvos com o melhor conforto
Eu voo a qualquer hora em qualquer dia em qualquer companhia portuguesa com a maior confiança
e a AIRBUS é um dos melhores fabricantes de aviões do mundo neste momento o 1º já tive a oportunidade de ter formação dada por eles de um nível espectacular e posso afirmar que são maquinas maravilhosas.
O elo mais fraco de toda esta engrenagem são sempre os homens e as suas emoções e as estatísticas mostram que 80% dos acidentes se devem a erro humano.
Mas no entanto todos os dias, 365 dias por ano 24 horas por dia centenas de homens e mulheres trabalham sob os mais rigorosos padrões de qualidade para garantir que os nossos clientes (passageiros) chegam ao seu destino são e salvos com o melhor conforto
Eu voo a qualquer hora em qualquer dia em qualquer companhia portuguesa com a maior confiança
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Pois, num dos episódios do National Geographic, onde falam sobre acidentes aéreos, apareceu um caso de um helicóptero atingido por um relampago e cujo rotor traseiro se despedaçou.
O problema foi precisamento o rotor ser em material compósito...
E alertaram para o problema de os aviões modernos cada vez mais usarem esses materiais, inclusivé nas asas
O problema foi precisamento o rotor ser em material compósito...
E alertaram para o problema de os aviões modernos cada vez mais usarem esses materiais, inclusivé nas asas

Cumprimentos,
Albérico Duarte
Albérico Duarte
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Amigo PIKAS,
Não viste o mr. green ?
"Ou entao esse Airbus tinha software portugues da Critical Software !!
"
Claro que estava apenas a brincar, claro que tenho orgulho em a Critical ser Portuguesa e dar cartas pelo mundo fora dentro da sua área.
Em relação ao raio foi apenas um pergunta, como disse, de leigo.
Acredito mais na hipotese de um simples curto-circuito.
Já agora ficam aqui as palavras de um Prof. em engenharia aeronáutica :
"Já para Eduardo Morgado Belo, professor de engenharia aeronáutica da USP de São Carlos, os raios que atingem aviões metálicos geralmente não afetam seu sistema elétrico, pelo princípio da Gaiola de Faraday --fenômeno em que um corpo dentro de um campo eletrizado não recebe nenhuma descarga elétrica.
"Mas hoje os aviões têm partes não metálicas, como a fibra de vidro, que não tem essa capacidade de isolamento. É pouco provável que o raio atinja o sistema do avião, mas máquina é máquina", explica o professor. "
Abraço.
Não viste o mr. green ?
"Ou entao esse Airbus tinha software portugues da Critical Software !!

Claro que estava apenas a brincar, claro que tenho orgulho em a Critical ser Portuguesa e dar cartas pelo mundo fora dentro da sua área.
Em relação ao raio foi apenas um pergunta, como disse, de leigo.
Acredito mais na hipotese de um simples curto-circuito.
Já agora ficam aqui as palavras de um Prof. em engenharia aeronáutica :
"Já para Eduardo Morgado Belo, professor de engenharia aeronáutica da USP de São Carlos, os raios que atingem aviões metálicos geralmente não afetam seu sistema elétrico, pelo princípio da Gaiola de Faraday --fenômeno em que um corpo dentro de um campo eletrizado não recebe nenhuma descarga elétrica.
"Mas hoje os aviões têm partes não metálicas, como a fibra de vidro, que não tem essa capacidade de isolamento. É pouco provável que o raio atinja o sistema do avião, mas máquina é máquina", explica o professor. "
Abraço.
"Sofremos muito com o pouco que nos falta e gozamos pouco o muito que temos." Shakespeare
PIKAS Escreveu:Sendo completamente leigo na materia, fico com a sensação que todo o sistema electrico/electronico ficou inactivo. Mesmo que teoricamente sendo imunes a raios, será que devido a algum defeito, um raio não possa ter causado essas avarias ?
Ou entao esse Airbus tinha software portugues da Critical Software !!
Carf:
Vamos por partes.
2ª parte: A critical software é uma excelente empresa, que produz software que orgulha qualquer português. Ponto final, parágrafo. Qualquer coisa que possas dizer leva-nos para outra discussão e aí tenho que ir à procura de elementos que me permitam afirmar que essa empresa está entre as 5 melhores europeias na sua área, área que por si só já é de topo.
É a excelência europeia que ali está. Ainda bem que é portuguesa e que a inteligência nacional também lá está.
1ª parte: Já que não há incêndios florestais activos, o caso da menina russa já cansa, a casa pia não vale a pena e a campanha eleitoral para o parlamento europeu vai dar 50 ou mais por cento de abstenção, para onde se viraram os media: para este acidente.
Isto é com um avião da AF, embora numa rota que nos é familiar.
Imagina se o caso fosse com a TAP. Sim, com a TAP!!! A TAP opera aviões iguaizinhos ( o último veio da fábrica há seis meses, cheira a novo é o CS-TOP ) e faz esta rota, mais milha menos milha, várias vezes por dia. Neste preciso momento há 3 A330 da TAP em voo no atlântico a ir ou a vir do Brasil.
Não há nas vitimas um único português. Agora imagina se estivessem lá 150!!! e convém esclarecer que a TAP faz esta rota, normalmente, com lotação esgotada. É a " galinha dos ovos de ouro ".
Até hoje um raio, ou até mesmo vários, nunca fizeram despenhar um avião. É a célebre gaiola de Faraday, o que uma aeronave é perante uma corrente electrica, como os raios o são.
A tecnologia e a electronica não são afectadas, nunca o foram.
Um dos casos mais embelemáticos, ainda mais que este pelo interesse dos média, foi o voo 800 da TWA.
O filme que foi: terroristas, um missil disparado acidentalmente por um cruzador americano em exercícios, etç, etç, e lá foi um Boeing 747 parar ao fundo do mar.
Recuperaram-se as " caixas negras ", reconstrui-se o avião com os destroços recuperados do fundo do mar ( milhões e milhões de dolares gastos ) e chegou-se a uma conclusão simples: um fio eléctrico de ligação ao depósito de combustível na asa direita, por fricção, descarnou e quando se formaram vapores de combustível nos depósitos esses vapores inflamaram por ese fio, dá-se a explosão, o avião é cortado a meio, a parte que tinha propulsão subiu muitas centenas de metros e acabou por cair tudo no mar.
Moral da história: não foi nenhum missíl nem nada de maquiavélico que se apontava. Foi tão simples como um fio revestido a plástico que descarnou. E paz para umas centenas de almas.
Os acidentes acontecem.
É inerente à condição humana e à tecnologia que desenvolvemos.
E se mais não acontecem é porque também há um factor chamado sorte.
Vê este relatório oficial de Set. 83 em que o TAP L1011 CS-TED saíu também do Galeão com 75 toneladas de combustível, com 260 almas a bordo, atravessou o atlântico e morreu no U5, porque já só tinha 50 litros de combustível. Não chegou sequer a taxiar. Os depósitos já nem fumos de combustível tinham.
Se tiveres paciência vê este site:
http://www.gpiaa.gov.pt/tempfiles/20090529130601.pdf
Graças a Deus que voar continua a ser a mais segura forma de transporte, para além do gozo enorme que é.
Cumprimentos,
Bolas!!!


Imaginar o que tão perto esteve este avião de despenhar-se em plena Lisboa!!!


Incrível, como um conjunto de factos circunstanciais levam ao desastre!

Estatisticamente até pode ser a forma mais segura de viajar, mas as estatísticas valem o que valem, se eu comer um frango e tu não comeres nenhum, estatisticamente comemos 1/2 frango cada um, mas eu engordo e tu morres de fome..

Embora não tenha medo de voar, faço-o 2 ou 3 vezes por ano, não deixo de ter algum "respeito" pelo facto. Lembro-me que a seguir ao 11 de Setembro, viajei com um árabe ao lado e confesso que fiquei um pouco apreensivo, uma parvoíce, eu sei,

"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
Governo do Brasil: Destroços encontrados são mesmo do Airbus da Air France
fonte: http://ultimahora.publico.clix.pt/notic ... idCanal=11
fonte: http://ultimahora.publico.clix.pt/notic ... idCanal=11
"Os padrões gráficos relevantes são como o surf. Não é preciso saber muito sobre física das marés, ressonância e dinâmica de fluidos; há apenas que ver o que se está a passar". Ed Seykota.
PIKAS Escreveu:Sendo completamente leigo na materia, fico com a sensação que todo o sistema electrico/electronico ficou inactivo. Mesmo que teoricamente sendo imunes a raios, será que devido a algum defeito, um raio não possa ter causado essas avarias ?
Ou entao esse Airbus tinha software portugues da Critical Software !!
Carf:
Vamos por partes.
2ª parte: A critical software é uma excelente empresa, que produz software que orgulha qualquer português. Ponto final, parágrafo. Qualquer coisa que possas dizer leva-nos para outra discussão e aí tenho que ir à procura de elementos que me permitam afirmar que essa empresa está entre as 5 melhores europeias na sua área, área que por si só já é de topo.
É a excelência europeia que ali está. Ainda bem que é portuguesa e que a inteligência nacional também lá está.
1ª parte: Já que não há incêndios florestais activos, o caso da menina russa já cansa, a casa pia não vale a pena e a campanha eleitoral para o parlamento europeu vai dar 50 ou mais por cento de abstenção, para onde se viraram os media: para este acidente.
Isto é com um avião da AF, embora numa rota que nos é familiar.
Imagina se o caso fosse com a TAP. Sim, com a TAP!!! A TAP opera aviões iguaizinhos ( o último veio da fábrica há seis meses, cheira a novo é o CS-TOP ) e faz esta rota, mais milha menos milha, várias vezes por dia. Neste preciso momento há 3 A330 da TAP em voo no atlântico a ir ou a vir do Brasil.
Não há nas vitimas um único português. Agora imagina se estivessem lá 150!!! e convém esclarecer que a TAP faz esta rota, normalmente, com lotação esgotada. É a " galinha dos ovos de ouro ".
Até hoje um raio, ou até mesmo vários, nunca fizeram despenhar um avião. É a célebre gaiola de Faraday, o que uma aeronave é perante uma corrente electrica, como os raios o são.
A tecnologia e a electronica não são afectadas, nunca o foram.
Um dos casos mais embelemáticos, ainda mais que este pelo interesse dos média, foi o voo 800 da TWA.
O filme que foi: terroristas, um missil disparado acidentalmente por um cruzador americano em exercícios, etç, etç, e lá foi um Boeing 747 parar ao fundo do mar.
Recuperaram-se as " caixas negras ", reconstrui-se o avião com os destroços recuperados do fundo do mar ( milhões e milhões de dolares gastos ) e chegou-se a uma conclusão simples: um fio eléctrico de ligação ao depósito de combustível na asa direita, por fricção, descarnou e quando se formaram vapores de combustível nos depósitos esses vapores inflamaram por ese fio, dá-se a explosão, o avião é cortado a meio, a parte que tinha propulsão subiu muitas centenas de metros e acabou por cair tudo no mar.
Moral da história: não foi nenhum missíl nem nada de maquiavélico que se apontava. Foi tão simples como um fio revestido a plástico que descarnou. E paz para umas centenas de almas.
Os acidentes acontecem.
É inerente à condição humana e à tecnologia que desenvolvemos.
E se mais não acontecem é porque também há um factor chamado sorte.
Vê este relatório oficial de Set. 83 em que o TAP L1011 CS-TED saíu também do Galeão com 75 toneladas de combustível, com 260 almas a bordo, atravessou o atlântico e morreu no U5, porque já só tinha 50 litros de combustível. Não chegou sequer a taxiar. Os depósitos já nem fumos de combustível tinham.
Se tiveres paciência vê este site:
http://www.gpiaa.gov.pt/tempfiles/20090529130601.pdf
Graças a Deus que voar continua a ser a mais segura forma de transporte, para além do gozo enorme que é.
Cumprimentos,
Excelent post pikas!
Abraço,
Dwer
There is a difference between knowing the path and walking the path
Dwer
There is a difference between knowing the path and walking the path
Sendo completamente leigo na materia, fico com a sensação que todo o sistema electrico/electronico ficou inactivo. Mesmo que teoricamente sendo imunes a raios, será que devido a algum defeito, um raio não possa ter causado essas avarias ?
Ou entao esse Airbus tinha software portugues da Critical Software !!
Carf:
Vamos por partes.
2ª parte: A critical software é uma excelente empresa, que produz software que orgulha qualquer português. Ponto final, parágrafo. Qualquer coisa que possas dizer leva-nos para outra discussão e aí tenho que ir à procura de elementos que me permitam afirmar que essa empresa está entre as 5 melhores europeias na sua área, área que por si só já é de topo.
É a excelência europeia que ali está. Ainda bem que é portuguesa e que a inteligência nacional também lá está.
1ª parte: Já que não há incêndios florestais activos, o caso da menina russa já cansa, a casa pia não vale a pena e a campanha eleitoral para o parlamento europeu vai dar 50 ou mais por cento de abstenção, para onde se viraram os media: para este acidente.
Isto é com um avião da AF, embora numa rota que nos é familiar.
Imagina se o caso fosse com a TAP. Sim, com a TAP!!! A TAP opera aviões iguaizinhos ( o último veio da fábrica há seis meses, cheira a novo é o CS-TOP ) e faz esta rota, mais milha menos milha, várias vezes por dia. Neste preciso momento há 3 A330 da TAP em voo no atlântico a ir ou a vir do Brasil.
Não há nas vitimas um único português. Agora imagina se estivessem lá 150!!! e convém esclarecer que a TAP faz esta rota, normalmente, com lotação esgotada. É a " galinha dos ovos de ouro ".
Até hoje um raio, ou até mesmo vários, nunca fizeram despenhar um avião. É a célebre gaiola de Faraday, o que uma aeronave é perante uma corrente electrica, como os raios o são.
A tecnologia e a electronica não são afectadas, nunca o foram.
Um dos casos mais embelemáticos, ainda mais que este pelo interesse dos média, foi o voo 800 da TWA.
O filme que foi: terroristas, um missil disparado acidentalmente por um cruzador americano em exercícios, etç, etç, e lá foi um Boeing 747 parar ao fundo do mar.
Recuperaram-se as " caixas negras ", reconstrui-se o avião com os destroços recuperados do fundo do mar ( milhões e milhões de dolares gastos ) e chegou-se a uma conclusão simples: um fio eléctrico de ligação ao depósito de combustível na asa direita, por fricção, descarnou e quando se formaram vapores de combustível nos depósitos esses vapores inflamaram por ese fio, dá-se a explosão, o avião é cortado a meio, a parte que tinha propulsão subiu muitas centenas de metros e acabou por cair tudo no mar.
Moral da história: não foi nenhum missíl nem nada de maquiavélico que se apontava. Foi tão simples como um fio revestido a plástico que descarnou. E paz para umas centenas de almas.
Os acidentes acontecem.
É inerente à condição humana e à tecnologia que desenvolvemos.
E se mais não acontecem é porque também há um factor chamado sorte.
Vê este relatório oficial de Set. 83 em que o TAP L1011 CS-TED saíu também do Galeão com 75 toneladas de combustível, com 260 almas a bordo, atravessou o atlântico e morreu no U5, porque já só tinha 50 litros de combustível. Não chegou sequer a taxiar. Os depósitos já nem fumos de combustível tinham.
Se tiveres paciência vê este site:
http://www.gpiaa.gov.pt/tempfiles/20090529130601.pdf
Graças a Deus que voar continua a ser a mais segura forma de transporte, para além do gozo enorme que é.
Cumprimentos,
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mutley Escreveu:Isso é especular...
Falha dos 3 ADIRUS?
A falha dos dois computadores não implica a perda dos comandos de voo. Foi alternate law nem foi direct law a mensagem.
Relativamente à despressurização, já concordo mais apesar de não sabermos o tipo de mensagem enviada.O "alternate LAW" significa o quê concretamente?
claro que é especulação, mas a continua degradação dos sistemas leva-me a apontar para isso, e verdadeiramente relevante é a perca do ISIS que é um standby alimentado directamente do barramento de emergência, logo se este já foi os ADIRUS não devem de estar famosos, bem como o barramento o que nos levam a noticias saidas nas primeiras horas sobre um curto-circuito.
Se foi no barramento de emergencia... não é nada bom
Quanto ao facto de estar em alternate Law pode ter sido mas como não temos a mensagem completa especulo que não tenha sido só os computadores do sistema 1.
quanto a Direct law já se sabe são só dois cabos numa tempestade violenta é o mesmo que nada
mas como certamente deves saber (porque acredito que não és leigo na matéria) estamos só a especularNormal, Alternade, e Direct Laws são modos de operação do fly by wire em que cada um deles está consebido para trabalhar com todos os computadores de voo, alguns computadores de voo e nenhum computador de voo
Ao contrário mas fez-se luz.
Vendo bem as coisas retiro o que disse.
Se a falha significar que perderam totalmente o ISIS, provavelmente o EIS (electronic instrument system, basicamente os ecrans de monitorização do avião e do vôo) podem já tinham ficado sem eles.
A perda dos dois numa tempestade é capaz de não ser fácil... Deixa de haver referência espacial, entre outras coisas.
Cego é aquele que não quer ver. Tem toda a razão, bem visto.
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Sendo completamente leigo na materia, fico com a sensação que todo o sistema electrico/electronico ficou inactivo. Mesmo que teoricamente sendo imunes a raios, será que devido a algum defeito, um raio não possa ter causado essas avarias ?
Ou entao esse Airbus tinha software portugues da Critical Software !!
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"Sofremos muito com o pouco que nos falta e gozamos pouco o muito que temos." Shakespeare
Isso é especular...
Falha dos 3 ADIRUS?
A falha dos dois computadores não implica a perda dos comandos de voo. Foi alternate law nem foi direct law a mensagem.
Relativamente à despressurização, já concordo mais apesar de não sabermos o tipo de mensagem enviada.O "alternate LAW" significa o quê concretamente?
claro que é especulação, mas a continua degradação dos sistemas leva-me a apontar para isso, e verdadeiramente relevante é a perca do ISIS que é um standby alimentado directamente do barramento de emergência, logo se este já foi os ADIRUS não devem de estar famosos, bem como o barramento o que nos levam a noticias saidas nas primeiras horas sobre um curto-circuito.
Se foi no barramento de emergencia... não é nada bom
Quanto ao facto de estar em alternate Law pode ter sido mas como não temos a mensagem completa especulo que não tenha sido só os computadores do sistema 1.
quanto a Direct law já se sabe são só dois cabos numa tempestade violenta é o mesmo que nada
mas como certamente deves saber (porque acredito que não és leigo na matéria) estamos só a especularNormal, Alternade, e Direct Laws são modos de operação do fly by wire em que cada um deles está consebido para trabalhar com todos os computadores de voo, alguns computadores de voo e nenhum computador de voo
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mutley Escreveu:"New information provided by sources within Air France suggests, that the ACARS messages of system failures started to arrive at 02:10Z indicating, that the autopilot had disengaged and the fly by wire system had changed to alternate law. Between 02:11Z and 02:13Z a flurry of messages regarding ADIRU and ISIS faults arrived, at 02:13Z PRIM 1 and SEC 1 faults were indicated, at 02:14Z the last message received was an advisory regarding cabin vertical speed. That sequence of messages could not be independently verified"
fonte:www.avherald.com
Esta cronologia é deveras interessante :
1-02:10 ZULU falha do piloto automático passa a alternate law (talvez falha de computadores de voo como se pode ver mais abaixo)
2-02:11 ZULU falha do ou dos ADIRU E ISIS (perca de referencias espaciais do avião e tripulação) MUITO GRAVE num voo nocturno
3-02:13 ZULU PRIM1 (ELAC) e SEC em falha o avião está a perder comandos de voo a tripulação pode perder controlo do avião que provavelmente já teria uma atitude fatal
4-02:14 ZULU cabin vertical speed ou falha da estrutura ou descida violenta (fatal pelos vistos)
O que pode ter causado tudo isto?
certamente uma falha que se estendeu a todo o sistema de controlo de voo e navegação do avião o que é muito raro
Isso é especular...
Falha dos 3 ADIRUS?
A falha dos dois computadores não implica a perda dos comandos de voo. Foi alternate law nem foi direct law a mensagem.
Relativamente à despressurização, já concordo mais apesar de não sabermos o tipo de mensagem enviada.
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"New information provided by sources within Air France suggests, that the ACARS messages of system failures started to arrive at 02:10Z indicating, that the autopilot had disengaged and the fly by wire system had changed to alternate law. Between 02:11Z and 02:13Z a flurry of messages regarding ADIRU and ISIS faults arrived, at 02:13Z PRIM 1 and SEC 1 faults were indicated, at 02:14Z the last message received was an advisory regarding cabin vertical speed. That sequence of messages could not be independently verified"
fonte:www.avherald.com
Esta cronologia é deveras interessante :
1-02:10 ZULU falha do piloto automático passa a alternate law (talvez falha de computadores de voo como se pode ver mais abaixo)
2-02:11 ZULU falha do ou dos ADIRU E ISIS (perca de referencias espaciais do avião e tripulação) MUITO GRAVE num voo nocturno
3-02:13 ZULU PRIM1 (ELAC) e SEC em falha o avião está a perder comandos de voo a tripulação pode perder controlo do avião que provavelmente já teria uma atitude fatal
4-02:14 ZULU cabin vertical speed ou falha da estrutura ou descida violenta (fatal pelos vistos)
O que pode ter causado tudo isto?
certamente uma falha que se estendeu a todo o sistema de controlo de voo e navegação do avião o que é muito raro
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Na web já começa a aparecer a junção de alguns dados soltos que, quando lidos em conjunto, passam a ter interesse.
Não são notícias jornaleiras.
Recomendo este site:
http://www.avherald.com/h?article=41a81ef1&opt=0
As mensagens do acars é o que de mais importante há neste momento. Lembro que o acars é um sistema de comunicação em não fonia, cuja teclado está situado junto aos joelhos dos pilotos ( um de cada lado ) e permite enviar mensagens para o controlo ou para a cia, tipo sms, automáticas ou escritas pelos pilotos.
Cumprimentos,
Não são notícias jornaleiras.
Recomendo este site:
http://www.avherald.com/h?article=41a81ef1&opt=0
As mensagens do acars é o que de mais importante há neste momento. Lembro que o acars é um sistema de comunicação em não fonia, cuja teclado está situado junto aos joelhos dos pilotos ( um de cada lado ) e permite enviar mensagens para o controlo ou para a cia, tipo sms, automáticas ou escritas pelos pilotos.
Cumprimentos,
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mutley Escreveu:tavaverquenao2 "O que eu ainda não ouvi é se é comum, em voos "normais", este tipo de report sobre problemas eléctricos ou outros. Nós sabemos agora que houve este porque o avião não chegou ao destino, e qualquer dado pode ser importante para apurar o provável destino trágico."
são normais este tipo de mensagem até uma casa de banho desencadeia este tipo de mensagens
digo mais são cruciais para apurar a verdade dos factos.
"New information provided by sources within Air France suggests, that the ACARS messages of system failures started to arrive at 02:10Z indicating, that the autopilot had disengaged and the fly by wire system had changed to alternate law. Between 02:11Z and 02:13Z a flurry of messages regarding ADIRU and ISIS faults arrived, at 02:13Z PRIM 1 and SEC 1 faults were indicated, at 02:14Z the last message received was an advisory regarding cabin vertical speed. That sequence of messages could not be independently verified"
fonte:www.avherald.com
As mensagens foram de falha no PRIM 1 e SEC 1 posterior à passagem dos comandos de voo para alternate law. O PRIM1 e o SEC1 são computadores de comandos de vôo. Apesar disto o avião estava voável pois existem outros computadores que permitem a redundância. O advisory de vertical speed tem a ver com um possível problema de pressurização, grave ou não é cedo para especular. O ADIRU é um air data inertial reference unit, existem 3 no avião... O ISIS é um instrumento de indicação no cockpit.
Por aqui as mensagens não deduzem o motivo da queda, são mensagens aparentemente "normais".
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