LISNAVE
Lisnave passa da falência aos lucros em nove anos
Lisnave passa da falência aos lucros em nove anos
Estaleiros de Setúbal voltaram à rota da reparação naval internacional.
A Lisnave ultrapassou o cabo das Tormentas e está a regressar aos bons velhos tempos que a tranformaram num exemplo de excelência da reparação naval em todo o Mundo. Depois de ter encerrado as portas no início deste século e de ter mudado de donos, o estaleiro naval da margem Sul do Tejo tem vindo a recuperar o terreno perdido.
E o bom nome acumulado tem-se reflectido na facturação e nos lucros. Desde 2005, registou-se uma melhoria consecutiva do volume de negócios e dos resultados líquidos. De 2007 para o ano passado, o volume de negócios da Lisnave passou de 118,3 para 145,5 milhões de euros, só na reparação naval. Os lucros subiram de 10,2 para 15,3 milhões de euros.
Estes indicadores são fruto de uma crescente procura vinda dos quatro cantos do Mundo. Só no ano passado, em que o volume de trabalho cresceu cerca de 13% em relação a 2007, o número de navios reparados também foi superior, se bem que mais ligeiramente - 138 no ano passado contra 135 em 2007.
http://economico.sapo.pt/noticias/lisna ... 72210.html
Editado pela última vez por pisão em 11/9/2010 22:25, num total de 1 vez.
Uma das maiores dificuldades é saber esperar. A impaciência é inimiga do êxito.
José Manuel de Mello, empresário sem medo
Morreu o "Pai" da Lisnave!
Quando Alfredo da Silva faleceu, a 22 de Agosto de 1942, ano da fundação da seguradora Império, e em plena guerra mundial, foi D. Manuel de Mello que assumiu a presidência do conselho de administração. Tinha 47 anos, 33 dos quais passados nas empresas ao lado do sogro. Nessa altura, O Século, uma espécie de orgão dos interesses económicos, defendeu estar a continuidade assegurada, com Manuel de Melo, Eduardo Madail, Jorge Botelho de Moniz, Fernando Ulrich (Tabaqueira), eng. Aulânio Lôbo (Tabaqueira e estaleiro naval); gerentes da Henriques Totta: Luiz Silva, Eugênio de Almeida e Lôbo Antunes. E tanto assim foi que em 21 de Março de 1949, o Estaleiro Naval de Lisboa lançou à água " um navio-motor com 5.342 toneladas de arqueação que foi baptizado com o nome de Alfredo da Silva. Os outros negócios continuaram acrescentando poder à prosperidade. A Sociedade Geral adquiriu e mandou construir outros, passando a ter uma tonelagem total de 200 mil toneladas. A Empresa do Cobre de Angola é constituída a 6 de Setembro de 1944, a 12 de Agosto de 1948 surgem a Companhia Portuguesa do Cobre (Porto) e a Empresa Fabril de Máquinas Eléctricas (Porto). União Fabril do Azoto (UFA) a 23 de Julho de 1948 e a União Fabril Farmacêutica (UNIFA) a 12 de Março de 1951.
Devido à doença do pai, Jorge de Mello e o seu irmão José assumem cargos de liderança efectiva, desde muito cedo. Jorge de Mello que começou nos adubos e que em 1947 já era administrador, sempre gostou de fábricas, por isso preferiu manter-se à frente da Sociedade Geral, da CUF e da Tabaqueira, enquanto José Manuel foi o banqueiro da família.
Mas a paixão pelo mar levou-o a ser o principal responsável pelos estaleiros navais da Lisnave. Como confessou o azul é a sua cor preferida, por isso talvez tenha pena de não ter dado a volta ao Mundo num barca à vela, envolto em azul do mar, do céu e porque não "o azul dos fatos-macaco dos operários da Lisnave, que há pouco mais de 15 anos estiveram prestes a decretar a nacionalização da empresa numa reunião geral de trabalhadores", como escreveu Manuel Goucha Soares num seu perfil.
A Lisnave surgiu em 1961 e a posterior decisão de localizar um novo grande estaleiro na margem sul do Tejo na Margueira tinha por objectivo como se refere no II Plano de Fomento (1958-1964) "criar uma instalação que pudesse em futuro mais ou menos próximo reparar e construir navios dos maiores, mas que, numa primeira fase a realizar o mais depressa possível, fosse dimensionada para docar e reparar eficientemente a quase totalidade dos navios que passam ao largo das costas de Portugal". As obras de construção iniciaram-se em 1964 e o novo estaleiro começou a funcionar em 1967 quando, em consequência da Guerra israelo-árabe, o canal do Suez foi encerrado e a rota do Cabo ganho novo fôlego e amplitude que levou pouco tempo depois a uma ampliação do estaleiro.
http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stori ... ies/536119
Editado pela última vez por pisão em 11/9/2010 22:21, num total de 1 vez.
Uma das maiores dificuldades é saber esperar. A impaciência é inimiga do êxito.
Lisnave com ligeira diminuição da produção no primeiro semestre de 2009.
Entre janeiro e junho Lisnave foi contratada, para obras de reparação e manutenção de 62 navios, menos sete que no mesmo período de 2008.
http://www.lisnave.pt/recentrepairs.htm
Entre janeiro e junho Lisnave foi contratada, para obras de reparação e manutenção de 62 navios, menos sete que no mesmo período de 2008.
Lisnave with slight decrease of production in the first half of 2009
Between January and June Lisnave contracted, for maintenance and repair works 62 ships seven less than the same period of 2008, figure which reflect the effects of the global economic and financial crises in the maritime transport needs and consequently on the maintenance and repair work demand.
The 62 ships repaired in the first semester came from 40 clients of 17 countries. It’s important to refer that from Germany, Greece, Norway and Singapore were repaired seven ships each in Mitrena’s Yard and six came from Denmark.
It is of pointing out the continuation of the reinforcement of “repeated business” which illustrates the credibility and confidence relied on the Yard by a large group of shipownwers/managers. This period seeing such work coming from important clients as Norges’s Kristian Gerhard Jebsen, Singapore’s AET Ship Management and Cyprus Unicom Management that relied on Lisnave four ships each during this period. The South Africa’s Safmarine Technical Organization and the Anglo Eastern group relied on the Mitrena’s Yard three ships each one for maintenance/repair works.
Having an accumulated and diversified know-how, Lisnave receives all types of vessels. However, the activity of yard repairing continues to focus on traditional market segments, with the tankers to contribute significantly to the total activity with 44 repairs performed
http://www.lisnave.pt/recentrepairs.htm
Uma das maiores dificuldades é saber esperar. A impaciência é inimiga do êxito.
Comunicado da empresa:
"Lisnave Obteve a Certificação de Qualidade ISO 9001:2008
A Lisnave tem o prazer de informar que obteve neste mês de Junho a certificação ISO 9001:2008 emitido pelo Lloyd´s Regiter Quality Assurance, dando assim mais um passo no reconhecimento externo do seu moderno e eficaz modelo de gestão.
O seu Sistema de Qualidade certificado desde 1996 melhora permanentemente."
"Lisnave Obteve a Certificação de Qualidade ISO 9001:2008
A Lisnave tem o prazer de informar que obteve neste mês de Junho a certificação ISO 9001:2008 emitido pelo Lloyd´s Regiter Quality Assurance, dando assim mais um passo no reconhecimento externo do seu moderno e eficaz modelo de gestão.
O seu Sistema de Qualidade certificado desde 1996 melhora permanentemente."
Uma das maiores dificuldades é saber esperar. A impaciência é inimiga do êxito.
SMALL1969 Escreveu:Tenho que verificar.
É possível que tenhas razão, porque já nem sei quantos títulos tenho. Limitei-me a dividir de cabeça.
É irrelevante para o caso. Apenas queria transmitir que foi uma óptima nociciata na altura, para quem ficou com aquilo tudo ao preço da uva mijona.
Fui agora ver a minha conta e também me foram creditados hoje os meus.
Recebi €9,48 líquidos por cada papel.

Uma das maiores dificuldades é saber esperar. A impaciência é inimiga do êxito.
Tenho que verificar.
É possível que tenhas razão, porque já nem sei quantos títulos tenho. Limitei-me a dividir de cabeça.
É irrelevante para o caso. Apenas queria transmitir que foi uma óptima nociciata na altura, para quem ficou com aquilo tudo ao preço da uva mijona.
É possível que tenhas razão, porque já nem sei quantos títulos tenho. Limitei-me a dividir de cabeça.
É irrelevante para o caso. Apenas queria transmitir que foi uma óptima nociciata na altura, para quem ficou com aquilo tudo ao preço da uva mijona.
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SMALL1969 Escreveu:Por mim está bem assim.
Acabei de receber mais 14,5€ de dividendos por cada acção com que fiquei (na altura da opa, tipo VAA ficaram a valer apenas uns centimos).
Tenho apenas uma mão cheia de acção e recebo mais dividendos do que de muitas outras, em que tenho mihlares de acções.
14,5€ de dividendos??!!
Não foram 12€ iliquidos?

Uma das maiores dificuldades é saber esperar. A impaciência é inimiga do êxito.
Por mim está bem assim.
Acabei de receber mais 14,5€ de dividendos por cada acção com que fiquei (na altura da opa, tipo VAA ficaram a valer apenas uns centimos).
Tenho apenas uma mão cheia de acção e recebo mais dividendos do que de muitas outras, em que tenho mihlares de acções.
Acabei de receber mais 14,5€ de dividendos por cada acção com que fiquei (na altura da opa, tipo VAA ficaram a valer apenas uns centimos).
Tenho apenas uma mão cheia de acção e recebo mais dividendos do que de muitas outras, em que tenho mihlares de acções.
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Fantástico comunicado.
Qual a empresa hoje que tem argumentos e factos como:
e ainda investe?
De números não percebo nada e se 130 milhões são muito pouco ou nada não sei, mas parece-me que estão com gestores muito competentes.
Assim sou eu quem pergunto também:
LISNAVE, para quando o seu regresso à bolsa???
e paralelos com PADs e afins não me parecem de todo sóbrios.
Abraço
Qual a empresa hoje que tem argumentos e factos como:
A LISNAVE não tem dívidas de qualquer natureza, nem aos Trabalhadores, nem aos prestadores de serviços, nem ao Estado nem sequer à banca.
e ainda investe?
De números não percebo nada e se 130 milhões são muito pouco ou nada não sei, mas parece-me que estão com gestores muito competentes.
Assim sou eu quem pergunto também:
LISNAVE, para quando o seu regresso à bolsa???
e paralelos com PADs e afins não me parecem de todo sóbrios.
Abraço
There are two kinds of investors: those who don't know where the market is headed, and those who don't know that they don't know.
William Bernstein
William Bernstein
Lisnave em braço de ferro com o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Metalúrgicas e Metalomecânicas do Sul.
Comunicado da empresa:
Comunicado da empresa:
"Com efeito, a Administração da LISNAVE não crê, em consciência, que os seus Trabalhadores possam acusar a Empresa do que quer que seja, se não de uma gestão responsável, profissional, prudente e estrategicamente orientada para a sua viabilidade e sustentabilidade futura. Boa Gestão, numa palavra.
Que haja quem assim não pense, poderá ser natural, mas só mesmo num País em que se privilegia a demagogia!
De facto, a LISNAVE, depois de uma acentuada crise económica e financeira, em que no ano 2000 esteve iminente o seu encerramento voltou a ser uma Empresa importante do Distrito, do País e do Mundo, sucesso que parece incomodar algumas forças sociais.
Sem falsa modéstia, é de sucesso que realmente se deve falar.
Em boa verdade, a LISNAVE é, actualmente, o maior e mais conceituado estaleiro de Reparação Naval da Europa e um dos cinco maiores do mundo na sua franja dimensional de mercado.
A LISNAVE reparou, no período pós-reestruturação, mais de 1.500 navios, provenientes de todos os países do mundo, com vendas de mais de 1.300 milhões de Euros, pagou salários globais de mais de 750 milhões de Euros e entregou ao Estado em impostos e taxas quase 130 milhões de Euros.
E investiu! Mais de 125 milhões de Euros, desde o ano 2000, tendo recentemente aprovado mais um Plano de Investimentos de 29 milhões de Euros para os próximos 7 anos.
A LISNAVE não tem dívidas de qualquer natureza, nem aos Trabalhadores, nem aos prestadores de serviços, nem ao Estado nem sequer à banca.
Mas a gestão da Empresa não se ficou por aqui: a LISNAVE começou a ter lucros, crescentes, começou a dar dividendos, começou a dar gratificações de resultados e desempenho aos seus Colaboradores, como nunca havia efectuado no passado.
Note-se que, nos últimos anos, a LISNAVE deu aos seus Colaboradores, em termos médios, para além dos aumentos de salários anuais, gratificações correspondentes a mais de 10% dos seus salários, por ano.
E fez mais!
Decidiu investir na Formação qualificante e altamente profissionalizante de mais de 200 Jovens entre o 9º e 12º anos, residentes no Concelho, mais de 6 milhões de Euros a expensas suas, estando actualmente a promover a criação de emprego para muitos destes Jovens, numa altura em que grande parte das empresas, quer a nível nacional, quer a nível mundial, estão a desenvolver processos de redução de efectivos.
A Administração da Lisnave lamenta, pois, que haja, ainda hoje, num Mundo cheio de ameaças e dificuldades, quem, em nome de direitos e regalias, se incomode com a criação de novos projectos e empresas.
A Administração da Lisnave lamenta, igualmente, que quem não a quer acompanhar no renovado vanguardismo da sua gestão, se sirva de argumentos de desinformação e calúnia, para continuar a condicionar a postura daqueles a quem a Lisnave tem vindo a proporcionar trabalho e dos demais ou de todos aqueles a quem, além de ferramentas de conhecimento, concede, em contraciclo, a possibilidade de obterem um emprego digno, qualificado e com perspectivas de futuro.”
Editado pela última vez por pisão em 11/9/2010 22:09, num total de 1 vez.
Uma das maiores dificuldades é saber esperar. A impaciência é inimiga do êxito.
Deixo aqui uma Análise Técnica da Lisnave em 26/01/2001
Para percebermos melhor do que é que estamos a falar.
Sim é verdade que deu muitas dores de cabeça, os pequenos accionistas foram corridos do seu capital mas eu como sou muito teimoso e desconfiei da atitude da actual administração que queria ficar com a empresa quase que oferecida não vendi.
Este ano estão a propor aos accionistas um dividendo de €12 por acção.
Acho que valeu a pena ser teimoso.
Quanto à baixa perfomance: no seu tempo era um titulo muito movimentado e é sem dúvida uma das acções históricas da nossa praça.
Um abraço.
Para percebermos melhor do que é que estamos a falar.
"Análise Técnica: Lisnave 26/01/2001
"Amor de Perdição" ou "Atracção Fatal" para alguns, "Eldorado" para outros! Historicamente, muitos portugueses sempre tiveram uma grande afinidade com a Lisnave, pelo seu significado emblemático próprio de outros tempos mais românticos que os que atravessamos. Há três meses que não falamos deste papel e este período de acalmia pode ser o momento ideal para chamar a atenção para alguns aspectos que podemos classificar de, no mínimo, "estranhos" e que não têm muito a ver com análise técnica.
Desde a passagem dos estaleiros da Gestnave para a Lisnave, a cerca de 15 euros (3.007 escudos), que muitos pequenos investidores (e não só) se perguntarão porque motivo terão acreditado no papel... Desde essa altura foi (quase) sempre a descer, num reflexo da crise na construção e reparação naval, com uma ajudinha das condições que ligavam a Lisnave à Gestnave e (em nossa opinião) também de alguma imprensa. São muito mais as histórias de terror que as de sucesso.
A CMVM obrigou a que fosse lançada uma OPA antes da operação harmónio, com a intenção de melhor proteger os pequenos investidores. Os responsáveis pela empresa "responderam" com um preço de compra das acções de 0.25 euros, que sem fazer aqui juízos de intenção mais nos parecia servir para prejudicar os pequenos investidores! Se não houvesse dinheiro envolvido dava vontade de rir! Claro que em termos contabilísticos o preço até será justificável e a CMVM sem dúvida cumpriu todos os preceitos legais (e talvez até nem pudesse ter feito muito mais). Mas quando se fala da possível, eventual e hipotética entrada de novos parceiros no capital da Lisnave, será que estes vão pagar por acções equivalentes uma quantia semelhante? Será que a avaliação que a administração das empresas fez contempla a possibilidade de a construção de submarinos para a Armada portuguesa vir a ser adjudicada em parte à Lisnave? Toda a documentação que vimos, emanada da empresa, apontava para o caos e a desgraça. O papel de uma Administração é anunciar a falência técnica da empresa, ou lutar contra ela? Para o futuro, é dizer que a empresa nada vale, ou explicar as perspectivas de que venha a valer alguma coisa?
A situação em torno da Lisnave e a campanha de "informação" antes da OPA deixou-nos com uma sensação de profundo desconforto e insatisfação. Em vez de portugueses, sentimo-nos "bananeses"... e estamos longe de achar que os pequenos investidores terão sido protegidos ao longo de todo este processo. Muitos pormenores só serão esclarecidos depois da Lisnave cortar os laços incómodos com os pequenos accionistas que lhe devolveram várias vezes a vida. Com a informação que teima em não vir a público, estamos e estaremos até ao final no domínio da pura especulação.
A análise técnica acaba por ser um espelho de todas estas questões. Se fosse possível ter feito um "short" nas acções da Lisnave, o nosso sinal de venda de 7/6, quando a quebra do suporte de 4 euros (802 escudos) se verificou, no dia da primeira notícia sobre o harmónio, teria rendido mais de 400%! A Lisnave prosseguiu numa tendência de queda bem definida até atingir o preço proposto pela administração na OPA, que acabou por não ter êxito. Para os mais corajosos, o dia 14 de Novembro, com uma subida de 0.44 para 0.60 euros (de 88 para 120 escudos), foi um sinal de compra. O dia seguinte viu Lisnave a 0.95 euros (190 escudos), mas com o CCI em divergência negativa o papel corrigiu perto de 30%, para 0.66 euros (132 escudos) a 6/12. Contudo, o Money Flow de Chaikin continuou positivo, o que mostrava que a situação não era tão má como a pintavam. A linha descendente de curto prazo quebrou em alta no dia 11, com um fecho a 0.80 euros (160 escudos), bom volume (em termos relativos) e o Money Flow de Chaikin a subir.
Seguiu-se algo que nem nos sonhos de quem entrou se poderia esperar... A especulação em torno do papel atingiu níveis nunca vistos! No dia 14/12 começa uma série de subidas de perto de 30%, ajudadas por diversos períodos sem negociação. A procura não se esgotou nunca até ao dia 20/12, quando se atingiu finalmente o clímax comprador, com o papel a abrir a 4 euros, subir de imediato a 4.95 euros (992 escudos) e a partir daí só a descer até mínimos de 2.75 euros (551 escudos). Parece-nos que a Lisnave é um bom exemplo da necessidade que há de alterar as regras relativas a suspensões de cotação... Como em todos os clímaxes compradores, o resultado foi negro para os últimos a entrar. O dia seguinte abriu a 1.1 euros (221 escudos!) e a evolução após esse momento foi característica de um "ressalto de gato morto"... Recuperação, estabilização, retoma da queda.
Neste momento a Lisnave está desde dia 11 entre 1.1 e 1.2 euros (entre 221 e 241 escudos), com algo ou alguém a segurar o papel nesta região. Os indicadores de referência estão negativos, e não nos parece que depois do harmónio a cotação da empresa venha a atingir, em bolsa, os 7 euros (1.403 escudos) para os quais aponta a cotação actual (aliás, estatisticamente, os harmónios são quase sempre maus para a cotação em bolsa). Claro que se ocorrerem novidades a nível de parcerias ou submarinos a cotação pode disparar, mas para já não vemos o céu ao virar da esquina. Estamos neutros com inclinação negativa em relação a este papel.
Análise Técnica realizada por Bolsamais"
Sim é verdade que deu muitas dores de cabeça, os pequenos accionistas foram corridos do seu capital mas eu como sou muito teimoso e desconfiei da atitude da actual administração que queria ficar com a empresa quase que oferecida não vendi.
Este ano estão a propor aos accionistas um dividendo de €12 por acção.
Acho que valeu a pena ser teimoso.
Quanto à baixa perfomance: no seu tempo era um titulo muito movimentado e é sem dúvida uma das acções históricas da nossa praça.
Um abraço.
Editado pela última vez por pisão em 11/9/2010 22:04, num total de 2 vezes.
Uma das maiores dificuldades é saber esperar. A impaciência é inimiga do êxito.
pisão Escreveu:EuroVerde Escreveu:Não gostamos de empresas com baixa performance na bolsa.
O amigo EuroVerde já acompanhava os mercados na altura em que a LISNAVE era cotada em bolsa?
Como é que define: baixa performance na bolsa?
tipo Pararede
Não. Não acompanhava mas sei que a Lisnave deu grandes dores de cabeça na sua época. Não concorda?
Lembro-me de um tio meu que já faleceu, ter tambem investido na empresa que explorava a Torralta na altura, e que ouviu-se depois muita gente a queixarem-se da baixa performance, hoje Sonae capital.
Atomez Escreveu:
Como accionista, deveria fazer essa pergunta ao conselho de administração da empresa.
Eu sei que sim, mas eu sou um pequeno grão de areia num imenso deserto.
Como todos os anos por esta altura a administração da Lisnave costuma dar uma entrevista a um jornal, pode ser que algum jornalista lhes faça essa pergunta em nome dos pequenos accionistas.
Há regras e normas precisas para um empresa ser admitida à cotação em bolsa.
Como accionista, deveria fazer essa pergunta ao conselho de administração da empresa.
Como accionista, deveria fazer essa pergunta ao conselho de administração da empresa.
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
Niccolò Machiavelli
http://www.facebook.com/atomez
Niccolò Machiavelli
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LISNAVE
Esta é uma daquelas empresas que fazem parte da historia dos mercados de capitais em Portugal.
Representa um sector de actividade que não tem nenhuma representação na nossa Bolsa, como tal faz muita falta.
É uma empresa que depois de ter passado por uma fase muito delicada com um processo de reestruturação muito profundo que levou a ser retirada dos mercados de capitais, agora, apresenta uma pujança financeira invejável.
Está a ser comandada por pessoas que sabem mesmo de reparação naval e não como antes por gestores que ali aterravam de pára-quedas.
Sou accionista da LISNAVE e não escondo que gostaria de a ver de regresso aos mercados, como eu suponho que haverá muitos mais até provavelmente alguns aqui no forum visto que 4,21% do capital ainda se encontra disperso pelos pequenos accionistas.
Aqui ficam alguns excertos do Relatório de contas de 2008.
Representa um sector de actividade que não tem nenhuma representação na nossa Bolsa, como tal faz muita falta.
É uma empresa que depois de ter passado por uma fase muito delicada com um processo de reestruturação muito profundo que levou a ser retirada dos mercados de capitais, agora, apresenta uma pujança financeira invejável.
Está a ser comandada por pessoas que sabem mesmo de reparação naval e não como antes por gestores que ali aterravam de pára-quedas.
Sou accionista da LISNAVE e não escondo que gostaria de a ver de regresso aos mercados, como eu suponho que haverá muitos mais até provavelmente alguns aqui no forum visto que 4,21% do capital ainda se encontra disperso pelos pequenos accionistas.
Aqui ficam alguns excertos do Relatório de contas de 2008.
"Neste contexto de instabilidade dos mercados, a LISNAVE superou, com assinalável nível de
sucesso, o Exercício de 2008, tendo-o concluído com um volume de Vendas de Reparação
Naval de 145,5 milhões de Euros, cerca de 27 milhões mais do que no ano anterior,
correspondente à reparação/manutenção de 138 navios, provenientes de 70 Clientes,
localizados em 32 países.
O total dos Proveitos de Exploração fixou-se em 155,4 milhões de Euros, isto é, cerca de 29
milhões de Euros mais do que no ano de 2007.
Os Resultados Líquidos do Exercício atingiram os 15,3 milhões de Euros positivos, a que
corresponderam Resultados Operacionais de 23,7 milhões de Euros e um Gross Cash Flow de
cerca de 24 milhões de Euros.
Releve-se o facto de a Situação Líquida se situar em montantes que multiplicam várias vezes
o valor do Capital Social."
Editado pela última vez por pisão em 11/9/2010 22:07, num total de 4 vezes.
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