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Caldeirão da Bolsa

GALP/combustiveis - Desmontando o mito (analise semanal)

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por MarcoAntonio » 22/4/2009 17:57

nunofaustino Escreveu:para além disso, sem estes lucros, a Galp nunca poderá explorar nada no Brasil...

Um abr
Nuno


Exacto. Eu já estava a pensar nisso e já está implícito quando eu no texto falo da expansão que a GALP tem vindo a realizar...

Sem lucros e sem uma situação financeira saudável, a Empresa não pode fazer investimentos de relevo e competir de igual para igual com as multinacionais estrangeiras num sector tão estratégico.
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por nunofaustino » 22/4/2009 17:54

para além disso, sem estes lucros, a Galp nunca poderá explorar nada no Brasil...

Um abr
Nuno
Pluricanal... não obrigado. Serviço péssimo e enganador!!!
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por MarcoAntonio » 22/4/2009 17:47

Sobre esta matéria dos lucros (e devo dizer que não li sequer o texto acima) as pessoas parecem esquecer-se que vivemos numa Economia de Mercado.

A GALP compete com as outras petrolíferas e como empresa, visa o lucro.

Se não fosse a GALP, que felizmente tem tido uma performance interessante, tem-se expandido e tem-se fortalecido, seria outra multinacional estrangeira. O que para nós seria certamente pior...

Uma GALP fraca num sector estratégico como este seria para mim um erro crasso!


Portugal já é energético-dependente. Agora imaginemos um país energético-dependente cujo sector era explorado por multinacionais estrangeiras


Basta olhar aqui para o lado para o exemplo Espanhol onde a Repsol e a Cepsa estão fortissimamente implantadas no seu mercado. E os espanhois, que apesar de terem dos preços mais baixos da Europa ao nível dos combustíveis, também se queixam do preço, de hipotéticos cartéis (até já houve por lá uma sanção) e etc. É só uma questão de ler as notícias!

Por isso, é para mim bastante claro que nesta matéria a dor na carteira - porque custa pagar combustíveis a preços elevados - leva a que as pessoas confundam o que não devia ser confundido...

Como empresa a GALP tem de ter uma posição forte. Ou definhará e amanhã os portugueses não se queixam da GALP. Queixam-se da BP ou de outra qualquer que tome de assalto o mercado nacional!


Vivemos numa Economia de Mercado e não na Economia da Santa Casa da Misericórdia...
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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por Elias » 22/4/2009 17:09

ok já aparece

abraço
 
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por mcarvalho » 22/4/2009 17:04

mcarvalho Escreveu:www.democraciaportuguesa.org


NOTA SOBRE A GALP


O ano de 2008 foi um ano de grandes dificuldades para os portugueses e para 2009 estão previstos sacrifícios considerados no limite da nossa resistência.


Todos seremos chamados a participar num esforço muito grande para atingir um ponto de saída para a situação crítica em que nos encontramos.


Também a nível do Estado se conhecem medidas para racionalizar as possibilidades da política de segurança social, de fiscalidade e de acção social.


Contudo, temos, entre nós corpos estranhos. A GALP aproveitou o período de maior dificuldade de todos nós para aumentar os lucros, atingindo valores em 2008 que se tornam obscenos.


A GALP está na rota para a privatização total, com o fundamento de se tornar uma companhia mais rentável a prestar um melhor serviço; no entanto, aproveita o facto de disponibilizar um produto essencial para a vida do País e que é consumido pela totalidade da população, por via directa ou indirecta.


Se, em cenário, considerarmos que um automóvel familiar percorre 20.000km por ano gastando 10 litros/100km de combustível, nos 2.000 litros de combustível gastos por ano a GALP, representa várias centenas de euros por automóvel de lucro excessivo à custa do cidadão.


A GALP dispõe das duas únicas refinarias em território nacional às quais os outros retalhistas adquirem o grosso dos produtos que vendem no mercado interno.


E a Autoridade da Concorrência leva 6 meses para concluir aquilo que todos os portugueses já sabiam, ou seja, que as estações de serviço não são culpadas do preço do combustível nem existe cartelização. Existe sim monopólio do produto que é vendido aos retalhistas!



Portugal concedeu à GALP o monopólio de refinação sendo que o preço de venda dos produtos não leva em linha de conta os reais custos de produção (os ordenados dos trabalhadores não será idêntico aos da Holanda e Bélgica p. ex.) mas sim pela aplicação de uma disposição do Governo Durão Barroso, que permite ou obriga a seguir um preço concertado a nível internacional.


O Governo, sempre lesto a criticar medidas de governos anteriores e a exigir dos cidadãos as suas obrigações fiscais, assiste impávido a este verdadeiro assalto à bolsa do cidadão. Certamente porque aumenta a já dupla tributação do ISC e IVA.


A GALP tem ainda um monopólio logístico, e condições de primazia na rede de distribuição, o que a beneficia como retalhista em prejuízo dos portugueses. É-lhe concedida, inexplicavelmente, a melhor rede de distribuição nas auto-estradas principais e nas circulares das maiores cidades. Dispõe das infra-estruturas de acostagem na orla costeira e dos parques de combustíveis.


A GALP alienou uma terceira refinaria, a de Cabo Ruivo, a mais valiosa de todas, na região de Lisboa, e que alimentava o aeroporto da Portela por pipeline, a troco de compensações que não redistribuiu.


Em 2006 o Governo prestou um serviço à GALP ao inviabilizar uma nova refinaria em Sines, mais moderna, que iria criar condições de real concorrência. E erguem-se agora argumentos contra a construção de uma nova refinaria em Badajoz, porque ameaça o monopólio da GALP em Portugal.


Nunca nenhum país conviveu muito tempo com corpos estranhos como esta empresa, sobrecarregando-nos aviltantemente com as infra-estruturas que a privatização lhe concedeu e com os reais impedimentos a uma concorrência.


E quando as sociedades têm corpos estranhos, que actuam ao arrepio dos seus esforços, algo tem de ser feito. Algo acaba sempre por acontecer que repõe a justiça social.


Se fracassou a criação de um mercado de concorrência neste sector, o Estado terá de adoptar medidas correctivas a algo que está a funcionar contra corrente, e contra a nossa vontade de melhorar o nível de vida.


Dessa forma, o IDP recomenda que o Estado inicie procedimentos tendo em vista:


1 - Controlar os preços praticados pela refinação, não permitindo o lucro desmedido e ajustando-os ao clima de crise que se vive, tendo em conta que o combustível é um produto que influencia determinantemente toda a actividade económica individual e empresarial;


2 - Terminar o monopólio de refinação que a GALP usufrui;


3 – Implantar parques logísticos concorrentes com a GALP no Algarve, Lisboa, e Porto assim como Infra-estruturas de acostagem na orla costeira, que sejam concorrentes com as da GALP


4 - Criação de uma rede complementar concorrencial de 100 novos postos nas principais auto-estradas do Litoral, e nas Circulares de Lisboa e Porto.


O IDP desafia os Partidos, com e sem assento parlamentar, a incluírem estas medidas nos respectivos programas para as eleições Europeias e Legislativas.


É uma obrigação do Estado garantir as condições de concorrência prometidas, e que foram a fundamentação oficial para as quatro fases de privatização da GALP já realizadas.


O mercado só é aceitável em condições de concorrência. Se ela se revelar impossível neste sector, que se imponha uma estratégia para a GALP como empresa pública. A actual situação de monopólio, mesmo sem cartel, é inadmissível.


Nós, no IDP, estamos disponíveis para a apresentação de propostas concretas neste sector.



Lisboa, 22 de Abril de 2009


A Direcção do IDP




Caro Elias

fui agora ver e está na página cimo do lado esquerdo

se tiveres dificuldade recorda-me o teu mail por mp que eu reencaminho a mensagem enviada

mcarvalho
 
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por Elias » 22/4/2009 16:20

mcarvalho,

este texto não aparece no site da IDP...
 
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por mcarvalho » 22/4/2009 16:13

Obrigado Elias

tenho andado longe

um grande abraço

mcarvalho

ps. coloca a tua questão que é muito pertinente no site do IDP por favor

Só espero que quando já ninguém andar de carro, nem utilizar gás a Nação (nós todos e mais os vindouros)
não tenhamos que continuar a pagar.. milhões para estas empresas não irem à falencia por serem consideradas estratégicas.. E pagar como? Com o corpo... na escravidão.. nas guerras dos outros.. ou a vender" peças" (rins, sangue , pernas, olhos etc..para sobreviver )
 
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por Elias » 22/4/2009 16:00

mcarvalho,

O que este texto (e todos os que se escrevem sobre as petrolíferas) não diz é que os "lucros obscenos" da GALP vêm em grande parte do gás e não tanto dos combustíveis onde as margens são pequenas.

1 abraço,
Elias
 
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por mcarvalho » 22/4/2009 15:47

www.democraciaportuguesa.org


NOTA SOBRE A GALP


O ano de 2008 foi um ano de grandes dificuldades para os portugueses e para 2009 estão previstos sacrifícios considerados no limite da nossa resistência.


Todos seremos chamados a participar num esforço muito grande para atingir um ponto de saída para a situação crítica em que nos encontramos.


Também a nível do Estado se conhecem medidas para racionalizar as possibilidades da política de segurança social, de fiscalidade e de acção social.


Contudo, temos, entre nós corpos estranhos. A GALP aproveitou o período de maior dificuldade de todos nós para aumentar os lucros, atingindo valores em 2008 que se tornam obscenos.


A GALP está na rota para a privatização total, com o fundamento de se tornar uma companhia mais rentável a prestar um melhor serviço; no entanto, aproveita o facto de disponibilizar um produto essencial para a vida do País e que é consumido pela totalidade da população, por via directa ou indirecta.


Se, em cenário, considerarmos que um automóvel familiar percorre 20.000km por ano gastando 10 litros/100km de combustível, nos 2.000 litros de combustível gastos por ano a GALP, representa várias centenas de euros por automóvel de lucro excessivo à custa do cidadão.


A GALP dispõe das duas únicas refinarias em território nacional às quais os outros retalhistas adquirem o grosso dos produtos que vendem no mercado interno.


E a Autoridade da Concorrência leva 6 meses para concluir aquilo que todos os portugueses já sabiam, ou seja, que as estações de serviço não são culpadas do preço do combustível nem existe cartelização. Existe sim monopólio do produto que é vendido aos retalhistas!



Portugal concedeu à GALP o monopólio de refinação sendo que o preço de venda dos produtos não leva em linha de conta os reais custos de produção (os ordenados dos trabalhadores não será idêntico aos da Holanda e Bélgica p. ex.) mas sim pela aplicação de uma disposição do Governo Durão Barroso, que permite ou obriga a seguir um preço concertado a nível internacional.


O Governo, sempre lesto a criticar medidas de governos anteriores e a exigir dos cidadãos as suas obrigações fiscais, assiste impávido a este verdadeiro assalto à bolsa do cidadão. Certamente porque aumenta a já dupla tributação do ISC e IVA.


A GALP tem ainda um monopólio logístico, e condições de primazia na rede de distribuição, o que a beneficia como retalhista em prejuízo dos portugueses. É-lhe concedida, inexplicavelmente, a melhor rede de distribuição nas auto-estradas principais e nas circulares das maiores cidades. Dispõe das infra-estruturas de acostagem na orla costeira e dos parques de combustíveis.


A GALP alienou uma terceira refinaria, a de Cabo Ruivo, a mais valiosa de todas, na região de Lisboa, e que alimentava o aeroporto da Portela por pipeline, a troco de compensações que não redistribuiu.


Em 2006 o Governo prestou um serviço à GALP ao inviabilizar uma nova refinaria em Sines, mais moderna, que iria criar condições de real concorrência. E erguem-se agora argumentos contra a construção de uma nova refinaria em Badajoz, porque ameaça o monopólio da GALP em Portugal.


Nunca nenhum país conviveu muito tempo com corpos estranhos como esta empresa, sobrecarregando-nos aviltantemente com as infra-estruturas que a privatização lhe concedeu e com os reais impedimentos a uma concorrência.


E quando as sociedades têm corpos estranhos, que actuam ao arrepio dos seus esforços, algo tem de ser feito. Algo acaba sempre por acontecer que repõe a justiça social.


Se fracassou a criação de um mercado de concorrência neste sector, o Estado terá de adoptar medidas correctivas a algo que está a funcionar contra corrente, e contra a nossa vontade de melhorar o nível de vida.


Dessa forma, o IDP recomenda que o Estado inicie procedimentos tendo em vista:


1 - Controlar os preços praticados pela refinação, não permitindo o lucro desmedido e ajustando-os ao clima de crise que se vive, tendo em conta que o combustível é um produto que influencia determinantemente toda a actividade económica individual e empresarial;


2 - Terminar o monopólio de refinação que a GALP usufrui;


3 – Implantar parques logísticos concorrentes com a GALP no Algarve, Lisboa, e Porto assim como Infra-estruturas de acostagem na orla costeira, que sejam concorrentes com as da GALP


4 - Criação de uma rede complementar concorrencial de 100 novos postos nas principais auto-estradas do Litoral, e nas Circulares de Lisboa e Porto.


O IDP desafia os Partidos, com e sem assento parlamentar, a incluírem estas medidas nos respectivos programas para as eleições Europeias e Legislativas.


É uma obrigação do Estado garantir as condições de concorrência prometidas, e que foram a fundamentação oficial para as quatro fases de privatização da GALP já realizadas.


O mercado só é aceitável em condições de concorrência. Se ela se revelar impossível neste sector, que se imponha uma estratégia para a GALP como empresa pública. A actual situação de monopólio, mesmo sem cartel, é inadmissível.


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Será por termos combustiveis caros?????

por rufa » 22/4/2009 9:12

Os analistas do UBS estimam que a petrolífera nacional terá registado entre Janeiro e Março um dos melhores resultados entre as empresas europeias do sector.

O UBS estima que a Galp tenha registado um lucro líquido ajustado de 69 milhões de euros nos três primeiros meses do ano, uma quebra de 37% face a igual período de 2008.

Esta descida será das menos acentuadas do sector, uma vez que o banco espera que a descida dos preços do petróleo faça com que as petrolíferas europeias vejam os seus lucros caírem, em média, 58% no trimestre.

Segundo as mesmas previsões, a dívida líquida da Galp deve aumentar para 1,94 mil milhões de euros e o EBITDA ajustado recuar 22% para 182 milhões de euros.

A Galp apresenta contas no próximo dia 13 de Maio.

Às 8h04, a Galp Energia perdia 0,51% para os 9,76 euros na Euronext Lisbon.

Cumps.
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por malakas » 21/4/2009 22:26

Marco,
Tenho acompanhado este tópico com regularidade e quero dar os parabéns e agradecer pela informação disponibilizada.

Não poderias publicar um artigo no jornal de negócios com esta informação? Ou então dizer aos jornalistas para lerem este tópico (do fórum do seu próprio jornal)para ver se aprendiam alguma coisa :evil: !

Estes jornalistas deviam ser um pouco mais profissionais e informarem-se junto de fontes credíveis e oficiais... mas dá muito trabalho ir à DGEG ou às gasolineiras saber como se forma o preço e depois já não podiam falar mal. :twisted:

Cumprimentos.
 
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por MarcoAntonio » 21/4/2009 17:51

Já agora, há um exercício mt simples que se pode fazer para mostrar o quanto o senso comum está errado.


Imaginemos que o petróleo passava a custar ZERO.

Imaginemos até que produzir (refinar) gasolina e gasóleo a partir do petróleo custava também ZERO.


A que preço encontrariamos os combustíveis nas bombas neste cenário?


Gasolina:

Matéria Prima - ZERO
Margem Distribuição+Retalho - 0.15 eur/litro
Imposto Sobre Produtos petrolíferos - 0.583 eur/litro
Total (antes do IVA) - 0.733 eur/litro
Total (com IVA) - 0.88 eur/litro


Gasóleo:

Matéria Prima - ZERO
Margem Distribuição+Retalho - 0.15 eur/litro
Imposto Sobre Produtos petrolíferos - 0.364 eur/litro
Total (antes do IVA) - 0.514 eur/litro
Total (com IVA) - 0.62 eur/litro




Este valor pode ser visto como o limite mínimo do preço dos combustíveis, por muito que baixe o petróleo.

Como se pode constatar, mesmo que o petróleo baixasse 100%, a Gasolina não baixava nem 50%...
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por carrancho » 21/4/2009 17:27

Qual TV, qual ADC, qual carapuça... toca é a governar o país que tens só mais potencialidades para o fazer bem que todos os que lá estão juntos! Melhor... todos os que lá estão e os que para lá querem ir.

Hoje estou com um pó aos políticos que nem os posso ver... espero que um amigo deputado não me entre hoje pela porta dentro... para bem dele!!! :x

Abraço,

Carrancho

PS- o jornalismo nacional também me anda a provocar vómitos
Abraço,
Carrancho
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por rmachado » 21/4/2009 17:11

Marco

E que tal ires para a TV ou para a ADC?

Penso que seria melhor do que os que lá andam... :)
 
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por MarcoAntonio » 21/4/2009 16:58

Já agora, este tópico faz esse trabalho exaustivo e com actualizações semanais, nada que se compare (nem por aproximação) ao trabalho que algum jornalista neste país alguma vez dedicou ao tema (escrever peças com meia duzia de caracteres, que nada dizem e nada expicam é muito mais fácil). Mas aqui vai um resumo um muito mais completo da informação que ela deturpou:

Entre Julho de 2008 (altura do pico do crude) e a semana passada (o preço mais actualizado que podemos utilizar neste momento, uma vez que qualquer alteração ao preço da matéria prima que entretanto tenha existido ainda não se reflectiu no preço final) temos o seguinte:


11 de Julho de 2008

Crude
Média do barril na semana anterior em Euros - 90.5

Gasolina 95
Preço final em euros por litro - 1.525
Preço base (antes de impostos) - 0.687

Gasóleo
Preço final em euros por litro - 1.428
Preço base (antes de impostos) - 0.826


17 de Abril de 2008

Crude
Média do barril na semana anterior em Euros - 38.1 (-58%)

Gasolina 95
Preço final em euros por litro - 1.209
Preço base (antes de impostos) - 0.425 (-38%)

Gasóleo
Preço final em euros por litro - 0.977
Preço base (antes de impostos) - 0.450 (-48%)



Contabilizados os impostos (que obviamente para uma comparação honesta entre variações têm de ser excluídos do cálculo) a diferença já se reduziu.

O crude (seja o Brent ou o Light Sweet Crude) é uma mera referência uma vez que os combustíveis refinados são um derivado do petróleo e não o petróleo em si. Têm o seu próprio preço e têm o seu próprio mercado (mais adiante comparam-se estes preços com os dos combustíveis refinados nas mesmas datas nos mercados internacionais).


É necessário ainda explicar que o preço base não vai nunca acompanhar directamente o preço da matéria prima pois o preço base inclui ele já custos que, por muito que varie a matéria prima, eles pouco variam. Custos como transporte, com pessoal, etc. Aquele preço base, além de uma componente que está muito directamente ligada ao preço da matéria prima (ou seja, o preço à saída da refinaria) vai levar em cima com cerca de 15 centimos onde esse valor terá de cobrir quer o lucro quer todos os custos até fazer chegar o combustível ao depósito. Portanto, só depois de retirados novamente o preço de custo do combustível podemos ver como têm variado as margens (o que já tem sido feito neste tópico).

Quem quiser, pode consultar o site da EIA e converter de galões para litros e de dolares para euros. Aqui fica, em tom de resumo tal com atrás, o preço dos combustíveis refinados nas mesmas datas (ou mais exactamente, a média da semana anterior):


11 de Julho de 2008

Gasolina 95 - 0.689
Diferença para o P.B. praticado em Portugal - 0.137

Gasóleo - 0.552
Diferença para o P.B. praticado em Portugal - 0.125




17 de Abril de 2009

Gasolina 95 - 0.281
Diferença para o P.B. praticado em Portugal - 0.169

Gasóleo - 0.267
Diferença para o P.B. praticado em Portugal - 0.157


Imagem


Note-se (como se pode ver no gráfico da evolução das margens) que nessa altura no Verão de 2008 as margens estavam reduzidas face ao normal (a razão porque estavam reduzidas já foi aqui aflorada diversas vezes no tópico).

A diferença em finais de 2006 rondava os 14 centimos.

Hoje, em Abril de 2009, ronda os 16.5 centimos.


Descontado o efeito da inflação e passados 2 anos e meio, os combustíveis praticamente não inflacionaram face à matéria prima.



Estes são os dados com o tratamento correcto e que qualquer um pode confirmar, nomeadamente através do site da DGEG e do site da EIA, verificando o valor dos impostos e os preços das matérias primas nas mesmas datas.

O resto... é ficção!
Editado pela última vez por MarcoAntonio em 21/4/2009 17:13, num total de 1 vez.
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por MarcoAntonio » 21/4/2009 16:35

scpnuno Escreveu:Pergunto eu:

Porquê que o pessoal (nós e os jornalistas) não começam a acompanhar os futuros do café e a questionar quando é que as oscilações se reflectem na bica (ou expresso, consoante o ponto do país onse se encontrarem)?


A resposta é óbvia e está na peça anterior que eu citei: ao contrário do que acontece com o preço dos combustíveis, o preço do café não é algo que as pessoas tenham muita dificuldade em digerir.

Se um dia vierem a ter, por certo os jornalistas estarão em cima do assunto, a maior parte deles prontíssimos para deturpar a verdade e não informar ninguém.

Antes meramente a escrever aquilo que muitos gostariam de ouvir..
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por scpnuno » 21/4/2009 16:28

Pergunto eu:

Porquê que o pessoal (nós e os jornalistas) não começam a acompanhar os futuros do café e a questionar quando é que as oscilações se reflectem na bica (ou expresso, consoante o ponto do país onse se encontrarem)?

Ou o preço do trigo e questionar o preço da carcaça (ou papo seco, pelo mesmo critério do ponto anterior)?

E porquê que num país tão pequenino temos nomes diferentes para coisas tão basicas como "pão" e "café"?

Mas isto são duvidas que se me atravessam no espirito, levada, sei lá, pelos vapores da gasolina (95 e do Jumbo, que eu sou poupadinha)
Esta é a vantagem da ambição:
Podes não chegar á Lua
Mas tiraste os pés do chão...
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por MarcoAntonio » 21/4/2009 16:18

Por façar em peças de ficção, essa é última "peça" é um bom exemplo de ficção e por acréscimo de deturpação da informação.

Nesta matéria, é por certo para muitos mais agradável ler a mentira do que a verdade. Portanto não faltará quem, para caçar votos, audiências ou simpatias não se canse de escrever a mentira, mentira essa que de resto muitos poucos se darão ao trabalho de contestar...

:roll:


Gasolina desce 3 vezes menos que o petróleo

Ana Maria Gonçalves
21/04/09 00:05

Os consumidores chegam a esperar seis semanas para ver reflectida na bomba a descida dos preços do ‘brent’.

A esmagadora maioria dos automobilistas continua a ter dificuldade em digerir a crueza dos números.

E os jornalistas, também.

Desde o pico histórico alcançado em Julho de 2008, o preço do barril do crude que serve de referência ao mercado nacional já caiu 65,9%. No mesmo intervalo de tempo, até 10 de Abril último, o gasóleo rodoviário tinha descido apenas 32,1% para 0,967 euros por litro, ao passo que a gasolina se ficou por uma queda de 22%, para 1,188 euros.

Não refere o que se passou na subida nem explica o porquê desta diferença.

O já tradicional desfasamento temporal entre as alterações do barril de petróleo nos mercados internacionais e o preço pago à saída das bombas é outra das realidades que os consumidores têm dificuldades em compreender. Sobretudo quando a tendência do crude é de descida.

Ficção completa. O desfasamento dos preços é actualmente e desde o início de 2008 de uma semana. Este tópico mostra-o, com actualizações e análise semanal, há quase um ano.

Chega-se a esperar cinco a seis semanas para ver nas bombas o reflexo dessa queda. O que não acontece, em situações inversas.

A tudo isto, acresce a complexidade da estrutura dos preços dos combustíveis.

Escrever esta peça que não contém nenhuma informação útil, faz-se em cinco minutos. Mostrar essa complexidade (que até parece saber que existe) e explicar a evolução dos preços por certo dará imensamente mais trabalho.




O que muitos poucos estarão interessados em fazer (até porque dá trabalho) é informar realmente as pessoas e em esclarecê-las. Essa Ana Maria Gonçalves por certo não estará interessada em fazê-lo.

Provavelmente, a ver por esta amostra, nunca o fará na vida!
Editado pela última vez por MarcoAntonio em 21/4/2009 16:31, num total de 1 vez.
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por Major_Alvega » 21/4/2009 14:33

há pouco, no noticiario do canal 1 , e se percebi bem o que foi dito pelo jornalista, estaria neste relatorio reconhecido o facto de as subidas do preço do crude serem mais rapidamente reflectidas nas bombas que as descidas, e que tal teria sido comsiderado "normal" por o mesmo acontecer tambem em outros paises.... mas alguem pode achar isto normal seja onde for ?
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por Elias » 21/4/2009 14:27

Gasolina desce 3 vezes menos que o petróleo

Ana Maria Gonçalves
21/04/09 00:05

Os consumidores chegam a esperar seis semanas para ver reflectida na bomba a descida dos preços do ‘brent’.

A esmagadora maioria dos automobilistas continua a ter dificuldade em digerir a crueza dos números. Desde o pico histórico alcançado em Julho de 2008, o preço do barril do crude que serve de referência ao mercado nacional já caiu 65,9%. No mesmo intervalo de tempo, até 10 de Abril último, o gasóleo rodoviário tinha descido apenas 32,1% para 0,967 euros por litro, ao passo que a gasolina se ficou por uma queda de 22%, para 1,188 euros.

O já tradicional desfasamento temporal entre as alterações do barril de petróleo nos mercados internacionais e o preço pago à saída das bombas é outra das realidades que os consumidores têm dificuldades em compreender. Sobretudo quando a tendência do crude é de descida.

Chega-se a esperar cinco a seis semanas para ver nas bombas o reflexo dessa queda. O que não acontece, em situações inversas.

A tudo isto, acresce a complexidade da estrutura dos preços dos combustíveis.


Fonte: economico.sapo.pt
 
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por Elias » 21/4/2009 13:19

nunofaustino Escreveu:cerca de de 60% do preço final da gasolina são impostos


Nuno no caso da gasolina é de quase 70% (68% para ser exacto). No caso do gasóleo deve andar pelos 50%.

Quanto ao resto: é claro que ninguém consegue demonstrar cartel onde ele não existe.

1 abraço,
Elias
 
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por nunofaustino » 21/4/2009 12:05

o que me custa é que se façam afirmações como "é óbvio que houve cartelização" sem conseguir apresentar uma prova evidente dessa cartelização.

Uma vez que todas as empresas vão comprar a gasolina ao mesmo local e que cerca de de 60% do preço final da gasolina são impostos, é óbvio que a variação final entre duas gasolineiras não poderia ser muito grande.

Um abr
nuno
Pluricanal... não obrigado. Serviço péssimo e enganador!!!
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por Elias » 21/4/2009 11:53

BE diz que relatório sobre preços dos combustíveis é «peça de ficção»

21.Abr.09 às 10:09

O BE fala numa «peça de ficção» e o CDS em «conclusões inóquas» num comentário ao relatório da Autoridade da Concorrência que excluiu uma combinação de preços entre gasolineiras. O PS diz que estas conclusões suscitam dúvidas e o PSD considera que se devia ter ido mais longe.
É com desagrado que o BE e o CDS-PP os dois partidos comentam o relatório da Autoridade da Concorrência (AC) que reitera que não foi detectada qualquer ilegalidade e conclui que os operadores se limitam a seguir os preços uns dos outros.

Francisco Louçã não tem dúvidas de que há uma conjugação de preços entre as várias gasolineiras.

«O relatório da AC é uma maravilhosa peça de ficção. Os portugueses percebem que o simples facto da informação ser pública entre os principais distribuidores de combustíveis permite uma coordenação informal entre eles, o que configura uma situação de oligopólio, de convocação dos preços, o que devia a AC devia fazer era insistir nas medidas que proteger o contribuinte», afirma o líder bloquista.

Já o PS, junto de quem a TSF acaba de obter também um comentário, admite que o relatório suscita muitas dúvidas ao afastar um cenário de cartelização, mas não usa palavras tão duras como Francisco Louçã.



O deputado Jorge Seguro promete esclarecer essas interrogações na reunião que vai decorrer, esta tarde, na Assembleia da República.

«Essa é uma conclusão que está no relatório, mas que de qualquer forma mercerá esclarecimentos por parte da Autoridade da Concorrência, porque de certeza não foi fácil chegar a esta conclusão», adianta.

Hugo Velosa, vice-presidente da bancada parlamentar do PSD, confessa não ter ficado satisfeito: «Achamos na realidade se devia e poderia ir mais longe em relação a alguns dos aspectos na formação dos preços e no funcionamento do mercado».

O CDS lamenta que as conclusões da Autoridade da Concorrência não tenham qualquer consequência. Diogo Feio questiona ainda o facto de, tanto tempo depois, se voltar a afirmar o mesmo que já tinha dito no passado.

«As conclusões vão no mesmo sentido e por isso estranhamos o tempo que se demora a fazer relatórios e depois chegar-se a conclusões relativamente inócuas em relação a uma realidade que foi e é preocupante», afirma.



Fonte: tsf.sapo.pt
 
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por Elias » 21/4/2009 11:50

Não há cartel na fixação dos preços dos combustíveis

21.04.2009 - 08h31

A Concorrência irá propor que a Galp fique impedida de concorrer a novos depósitos de armazenamento de combustíveis previstos para Aveiro e Sines
A Autoridade da Concorrência diz que não encontrou sinais de cartelização na formação dos preços dos combustíveis, no relatório sobre o sector que é hoje entregue na Assembleia da República, segundo adianta hoje o "Diário Económico".

Mesmo assim, o organismo liderado por Manuel Sebastião vai apresentar um conjunto de sugestões que visam a melhoria do funcionamento do mercado dos combustíveis em Portugal.

O conteúdo do relatório final vai em linha com os três relatórios preliminares, onde a Concorrência defendia que não havia cartel e que os operadores limitam-se a seguir os preços uns dos outros. Problemas existem, segundo avança o organismo, no acesso a infraestruturas logísticas – portos, oleodutos e depósitos de armazenagem, o que coloca alguns entraves às importações de algumas companhias. Por isso é defendido, no relatório, que a Galp fique impedida de concorrer à concessão de novos depósitos nos portos de Aveiro e de Sines.


Fonte: publico.pt
 
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só alguns esclarecimentos sobre a alteração de preços que..

por MMaduro » 15/4/2009 23:30

..ocorreu por estes dias no preço do gasóleo.

disclaimer - trabalho numa empresa produtora de biocombustíveis, que foi abrangida pela portaria publicada a 3 de Abril.

1º o biodiesel só pode ser misturado em gasóleo rodoviário convencional. não se deve misturar bioetanol em gasóleo, sob pena de danificar seriamente o motor de combustão interna.o bioetanol é um substituto da gasolina, tal como o biodiesel é um substituto do gasóleo.

2º o biodiesel não está isento de ISP. devido à alteração que foi efectuada há 4/5 anos na legislação dos impostos especiais sobre o consumo (IEC), todo e qualquer produto energético está agora sujeito a ISP.por exemplo, se qualquer um dos colegas caldeireiros for ao Lidl (passe a publicidade) e comprar 5Lt de óleo alimentar e chegar ao parque de estacionamento e virar o conteúdo do garrafão para o depósito do seu carro a gasóleo (pode fazer isto sem grande perigo para o motor!), automaticamente fica sujeito a, caso seja controlado na estrada, ter de liquidar o ISP do óleo que utilizou como combustível!
o que existe é um benefício fiscal, atribuído a alguns produtores de biodiesel (que para obter esse benefício, tem de obedecer a determinadas regras estabelecidas em concurso), através do qual os produtores obtém uma isenção parcial de ISP, ou seja, embora esteja sujeito a ISP, o produto só paga uma parte do imposto.

3º o custo de produção do biodiesel é ainda muito superior ao custo de produção do gasóleo convencional.só para comparação, e considerando que o biodiesel suportaria uma carga fiscal (ISP + IVA)igual à do gasóleo, em Março, um litro de biodiesel custaria cerca de 1,25€/Lt, enquanto que o gasóleo andaria na casa dos 0,95€-0,96€/Lt.

4º criou-se igualmente o mito de que os biocombustíveis estão em concorrência com a alimentação humana. embora não negue que existem situações em que isso acontece - exemplo, nos EUA utiliza-se milho e trigo para produzir bioetanol (existiu um projecto para construir uma fábrica de bioetanol em Portugal, em que o produto seria obtido a partir de milho, cereal do qual Portugal é deficitário, ou seja, já importamos cerca de 55% do milho que consumimos!)- existem casos em que isso é um falsidade, podendo até os biocombustíveis contribuir para a diminuição do custo da alimentação humana!! por exemplo - através do incremento da produção de proteginosas para alimentação animal (caso do grão de soja, em que 82% do grão é convertido em farinha e somente 18% em óleo de soja, residualmente utilizado na alimentação humana - cerca de 5% do consumo total de óleos vegetais)

a PRIO quando comercializa B15, está a dizer que é um gasóleo em que 15% da sua composição é biodiesel. vender o biodiesel 5-6 cêntimos mais barato do que o gasóleo convencional deriva do que disse acima, devido ao facto de o biodiesel ter associado um benfício fiscal (embora o desconto oferecido ser bastante superior ao benefício obtido, mas isso são outras questões :lol: :mrgreen: )

a obrigatoriedade de incorporação de biocombustíveis surge como uma forma de dar cumprimento à Directiva 2003/30/CE sobre a utilização de bicombustíveis nos transportes rodoviários, Directiva essa que Portugal NUNCA cumpriu desde a sua entrada em vigor em 2005. como sempre, as gasolineiras, não querendo ser elas a suportar esse novo encargo, fizeram reflectir sobre os consumidores o acréscimo de custo derivado da obrigação, e não tiveram nenhum pejo em 'responsabilizar' na praça pública os biocombustíveis por essa subida de preço, sem explicar convenientemente todo o enquadramento desta acção.

caso pretendam mais algum esclarecimento sobre a questão dos biocombustíveis, terei todo o gosto em discutir o assunto em MP.
 
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