Glossário dividendos
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Dividendos
Empresas entregam mais lucros aos accionistas
As empresas cotadas portuguesas sofreram em 2008 uma quebra acentuada nos resultados líquidos, mas a crise não as impediu de continuar a ser generosas na distribuição dos lucros aos accionistas.
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Nuno Carregueiro
nc@negocios.pt
As empresas cotadas portuguesas sofreram em 2008 uma quebra acentuada nos resultados líquidos, mas a crise não as impediu de continuar a ser generosas na distribuição dos lucros aos accionistas.
A conclusão é sobretudo válida se for excluída a banca da análise. As 10 companhias não financeiras do PSI-20 que já anunciaram quanto vão pagar em dividendos aumentaram a remuneração total. Juntas, vão entregar quase dois terços dos lucros, contra 57% no ano anterior.
As empresas não financeiras obtiveram lucros de 2,95 mil milhões de euros no ano passado, o que representa uma quebra de 8% face a 2007. Mas o valor que vão entregar aos accionistas, sob a forma de dividendos, aumentou 1%, ou 23,6 milhões de euros, para um total de 1,85 mil milhões de euros.
Este aumento resulta da política atractiva seguida por muitas empresas na remuneração aos seus accionistas e também aos compromissos que assumiram com os investidores. Entre estas 10 empresas não financeiras do PSI-20, sete viram os lucros baixar em 2008, mas apenas uma (Zon Multimédia) baixou o valor do dividendo unitário.
Mesmo os accionistas da dona da TV Cabo não têm razão de queixa, uma vez que a companhia vai distribuir a quase totalidade dos lucros obtidos. Entre as restantes cotadas, três aumentam o valor do dividendo por acção e seis mantêm.
Se há empresas que já se tinham comprometido com os accionistas quanto ao valor dos dividendos, como a Portugal Telecom e a EDP, há outras que surpreenderam o mercado com a manutenção da remuneração, apesar da queda nos lucros. É o caso da Sonae SGPS, que manteve o dividendo de 3 cêntimos, apesar dos lucros terem descido mais de 70%. Portucel, Semapa, PT, Brisa e REN são os outros exemplos.
As últimas duas empresas merecem especial destaque, uma vez que a concessionária de auto-estradas vai entregar aos accionistas mais do que obteve em lucros e a REN aumentou o dividendo apesar dos lucros terem caído.
JN
Empresas entregam mais lucros aos accionistas
As empresas cotadas portuguesas sofreram em 2008 uma quebra acentuada nos resultados líquidos, mas a crise não as impediu de continuar a ser generosas na distribuição dos lucros aos accionistas.
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Nuno Carregueiro
nc@negocios.pt
As empresas cotadas portuguesas sofreram em 2008 uma quebra acentuada nos resultados líquidos, mas a crise não as impediu de continuar a ser generosas na distribuição dos lucros aos accionistas.
A conclusão é sobretudo válida se for excluída a banca da análise. As 10 companhias não financeiras do PSI-20 que já anunciaram quanto vão pagar em dividendos aumentaram a remuneração total. Juntas, vão entregar quase dois terços dos lucros, contra 57% no ano anterior.
As empresas não financeiras obtiveram lucros de 2,95 mil milhões de euros no ano passado, o que representa uma quebra de 8% face a 2007. Mas o valor que vão entregar aos accionistas, sob a forma de dividendos, aumentou 1%, ou 23,6 milhões de euros, para um total de 1,85 mil milhões de euros.
Este aumento resulta da política atractiva seguida por muitas empresas na remuneração aos seus accionistas e também aos compromissos que assumiram com os investidores. Entre estas 10 empresas não financeiras do PSI-20, sete viram os lucros baixar em 2008, mas apenas uma (Zon Multimédia) baixou o valor do dividendo unitário.
Mesmo os accionistas da dona da TV Cabo não têm razão de queixa, uma vez que a companhia vai distribuir a quase totalidade dos lucros obtidos. Entre as restantes cotadas, três aumentam o valor do dividendo por acção e seis mantêm.
Se há empresas que já se tinham comprometido com os accionistas quanto ao valor dos dividendos, como a Portugal Telecom e a EDP, há outras que surpreenderam o mercado com a manutenção da remuneração, apesar da queda nos lucros. É o caso da Sonae SGPS, que manteve o dividendo de 3 cêntimos, apesar dos lucros terem descido mais de 70%. Portucel, Semapa, PT, Brisa e REN são os outros exemplos.
As últimas duas empresas merecem especial destaque, uma vez que a concessionária de auto-estradas vai entregar aos accionistas mais do que obteve em lucros e a REN aumentou o dividendo apesar dos lucros terem caído.
JN
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
AFBarros Escreveu:Bom dia:
Alguém me sabe dizer as datas de pagamento de dividendos da Brisa e EDP?
Obrigado e Bons negócios
Ainda não foram comunicadas as datas á CMVM.
Dividendos sempre actualizados é aqui: http://www.widgetbox.com/widget/dividen ... ext-lisbon
Cumprimentos.
" Existem pessoas tão sumamente pobres que só têm dinheiro "
" Existem pessoas tão sumamente pobres que só têm dinheiro "
Estratégia para ganhar com dividendos
Com o arranque das apresentações de resultados de 2008 começa também a ser revelado o valor dos dividendos que as cotadas vão distribuir aos accionistas. E esta é, por "tradição", uma altura propícia ao surgimento dos "caça-dividendos".
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Jornal de Negócios Online
negocios@negocios.pt
Com o arranque das apresentações de resultados de 2008 começa também a ser revelado o valor dos dividendos que as cotadas vão distribuir aos accionistas. E esta é, por "tradição", uma altura propícia ao surgimento dos "caça-dividendos". São investidores que procuram ganhar dinheiro rápido, encaixando a "fatia" dos lucros das empresas distribuída aos accionistas, procurando, ao mesmo tempo, valorizar a aplicação, após o ajuste ao dividendo.
É uma estratégia especulativa - os investimentos nos mercados accionistas devem sempre ser efectuados com uma perspectiva de longo prazo - mas que nos últimos anos tem sido bastante rentável. Quem a adoptou, assumindo os riscos inerentes, conseguiu, nos últimos quatro anos, valorizar o investimento, em média, em 4,5%, além de absorver várias centenas de euros com dividendos.
A rendibilidade apresentada resulta da evolução das acções entre as 20 sessões anteriores, e as 20 posteriores ao destaque do dividendo de cinco cotadas: Portugal Telecom (PT), Portucel, Brisa, Banif e EDP. Estas foram as empresas consideradas pelo Negócios como amostra, já que são as que apresentam a remuneração accionista mais atractiva, ou seja, o maior "dividend yield".
Um exemplo elucidativo do bom desempenho desta estratégia é o da PT, em 2008. No ano passado, e apesar de os mercados accionistas já estarem a ser fortemente penalizados pela crise financeira, as acções da operadora liderada por Zeinal Bava garantiram retornos de dois dígitos a quem "jogou" na "caça" aos dividendo.
Praticamente um mês antes de destacar o dividendo de 0,575 euros, cada título da PT valia 6,895 euros. Uma aplicação de dois mil euros permitia comprar 290 títulos e embolsar 167 euros em dividendos. Vinte sessões depois de ter entregue parte dos lucros aos accionistas, os títulos da PT tinham já recuperado do ajuste, e até superado o valor de aquisição. A 7,93 euros, a mais-valia ascendia a 299 euros, perfazendo um total de 466 euros no espaço de pouco mais de dois meses. A rendibilidade desta estratégia especulativa foi, neste período, de 23,3%.
Mas nem sempre é assim e, por vezes, a "caça" ao dividendo dá prejuízos. Não é líquido que os títulos corrijam em alta na proporção da remuneração destacada. E é isso que se tem verificado na EDP. Nos últimos quatro anos, apenas em 2007 a estratégia resultou com a empresa liderada por António Mexia. Nos outros anos, o encaixe com o dividendo não foi suficiente para compensar a queda das acções.
JN
Com o arranque das apresentações de resultados de 2008 começa também a ser revelado o valor dos dividendos que as cotadas vão distribuir aos accionistas. E esta é, por "tradição", uma altura propícia ao surgimento dos "caça-dividendos".
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Jornal de Negócios Online
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Com o arranque das apresentações de resultados de 2008 começa também a ser revelado o valor dos dividendos que as cotadas vão distribuir aos accionistas. E esta é, por "tradição", uma altura propícia ao surgimento dos "caça-dividendos". São investidores que procuram ganhar dinheiro rápido, encaixando a "fatia" dos lucros das empresas distribuída aos accionistas, procurando, ao mesmo tempo, valorizar a aplicação, após o ajuste ao dividendo.
É uma estratégia especulativa - os investimentos nos mercados accionistas devem sempre ser efectuados com uma perspectiva de longo prazo - mas que nos últimos anos tem sido bastante rentável. Quem a adoptou, assumindo os riscos inerentes, conseguiu, nos últimos quatro anos, valorizar o investimento, em média, em 4,5%, além de absorver várias centenas de euros com dividendos.
A rendibilidade apresentada resulta da evolução das acções entre as 20 sessões anteriores, e as 20 posteriores ao destaque do dividendo de cinco cotadas: Portugal Telecom (PT), Portucel, Brisa, Banif e EDP. Estas foram as empresas consideradas pelo Negócios como amostra, já que são as que apresentam a remuneração accionista mais atractiva, ou seja, o maior "dividend yield".
Um exemplo elucidativo do bom desempenho desta estratégia é o da PT, em 2008. No ano passado, e apesar de os mercados accionistas já estarem a ser fortemente penalizados pela crise financeira, as acções da operadora liderada por Zeinal Bava garantiram retornos de dois dígitos a quem "jogou" na "caça" aos dividendo.
Praticamente um mês antes de destacar o dividendo de 0,575 euros, cada título da PT valia 6,895 euros. Uma aplicação de dois mil euros permitia comprar 290 títulos e embolsar 167 euros em dividendos. Vinte sessões depois de ter entregue parte dos lucros aos accionistas, os títulos da PT tinham já recuperado do ajuste, e até superado o valor de aquisição. A 7,93 euros, a mais-valia ascendia a 299 euros, perfazendo um total de 466 euros no espaço de pouco mais de dois meses. A rendibilidade desta estratégia especulativa foi, neste período, de 23,3%.
Mas nem sempre é assim e, por vezes, a "caça" ao dividendo dá prejuízos. Não é líquido que os títulos corrijam em alta na proporção da remuneração destacada. E é isso que se tem verificado na EDP. Nos últimos quatro anos, apenas em 2007 a estratégia resultou com a empresa liderada por António Mexia. Nos outros anos, o encaixe com o dividendo não foi suficiente para compensar a queda das acções.
JN
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Ganhe 7% com os dividendos
A queda acentuada das cotações, conjugada com a política de remuneração atractiva das empresas portuguesas, torna a actual época de pagamento de dividendos ainda mais apetecível
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Jornal de Negócios Online
negocios@negocios.pt
As empresas vão entregar, este ano, menos dinheiro aos accionistas, reflectindo em parte a queda dos lucros de 2008 provocada pela crise económica. O que não significa que o rendimento dos dividendos vá baixar. A queda das cotações permite pagar um preço mais baixo para ter direito à remuneração, aumentando a rendibilidade dos dividendos.
A grande maioria das empresas portuguesas já anunciou o valor do dividendo a pagar este ano aos accionistas, referente ao exercício do ano passado. Entre estas, são oito as que apresentam uma remuneração cuja rendibilidade supera os 4%. Para os investidores que seguem uma estratégia de "caça" ao dividendo, o Negócios seleccionou uma carteira de cinco acções portuguesas que apresentam a remuneração mais atractiva. Esta é composta pela Portugal Telecom, Portucel, Brisa, Banif e EDP.
Um investimento de 10 mil euros nestas empresas oferece um retorno acima de 700 euros, o que representa um rendibilidade do dividendo superior a 7% e uma remuneração líquida próxima de 6%, o que compara, de forma favorável, com o valor das taxas de juro dos depósitos, apesar de o investimento em acções comportar um risco bem mais elevado.
Deve ter em conta que no dia em que as acções deixam de dar direito ao dividendo a cotação ajusta no mesmo montante, o que pode obrigar a esperar que o preço esteja pelo menos idêntico ao que pagou pelos títulos.
Seguir esta estratégia com um investimento de 10 mil euros na época de pagamento de dividendos - inicia em Abril e prolonga-se por Maio e Junho - resulta num retorno bruto superior a 700 euros, não tendo em conta a variação das cotações das acções, que historicamente é positiva (ver pág. VIII).
No ano passado, as acções portuguesas perderam cerca de metade do valor em bolsa, uma queda bem mais acentuada do que o verificado nos lucros. Entre as empresas que já anunciaram as contas do ano passado, os lucros desceram 31%. Nos dividendos o corte é também inferior, com a remuneração a cair cerca de 16%.
A conjugação destes factores explica a forte subida da rendibilidade dos dividendos e mostra que as cotadas portuguesas estão cada vez mais amigas dos accionistas. Resultado de compromissos antigos e também da política das cotadas de cativarem os investidores, numa altura de forte queda nas cotações.
A Portugal Telecom é a cotada portuguesa que paga o dividendo mais atractivo. A remuneração de 57,5 cêntimos, prometida aos accionistas no âmbito da OPA da Sonaecom, traduz-se num "dividend yield" de 9,76%. A Portucel surge em segundo lugar na lista, pois apesar de ter descido os lucros, manteve a remuneração aos accionistas, que apresenta uma rentabilidade superior a 7%.
O caso da Brisa (surge em terceiro lugar do "ranking") é ainda mais evidente do esforço das cotadas portuguesas em remunerarem os accionistas. A concessionária também manteve o dividendo apesar da queda nos resultados e vai entregar mais aos accionistas do que obteve em lucros. O "payout" da concessionária é de 122%, o mais elevado entre as cotadas portuguesas. Nas restantes duas empresas que integram a carteira dividendos, a justificação é distinta. Se a Portucel apresenta um elevado "dividend yield" devido à queda acentuada das cotações (-8,97%), a rendibilidade atractiva da EDP é sobretudo justificada pelo aumento do dividendo.
A eléctrica é das poucas que consegue aumentar a remuneração aos accionistas este ano. Um facto raro, não só em Portugal mas também na Europa e EUA. Devido ao forte impacto da crise nos resultados, muitas empresas optaram por cancelar o dividendo, com o objectivo de "guardarem" o dinheiro para enfrentar os tempos difíceis que se avizinham.
Como ganhar com um investimento de 10.000 euros
Para seleccionar as acções que devem integrar a sua carteira dividendos, o Negócios escolheu, entre as cotadas nacionais as que já anunciaram a remuneração aos accionistas, as cinco que apresentam o dividendo mais rentável, tendo em conta as cotações actuais. Investindo um total de 10 mil euros em partes iguais pelas cinco empresas, a remuneração bruta em dividendos é de 716 euros, o que representa uma rendibilidade de 7,16%. Descontando os impostos, a remuneração líquida é de 573 euros, ou 5,7%. Uma taxa que compara de forma bastante favorável com a rendibilidade de outros produtos, como os depósitos a prazo e os certificados de aforro. Contudo, o nível de risco nas acções é muito mais elevado e, apesar do recebimento dos dividendos ser garantido, a cotação das acções pode desvalorizar. Entre as cinco cotadas, a Portugal Telecom a maior rendibilidade.
Conheça as diferentes políticas de renumeração
Quem aumenta dividendos?
Só duas empresas do mercado de capitais nacional vão aumentar o valor do dividendo. São elas a EDP e a Jerónimo Martins, reflectindo o crescimento dos lucros em 2008. A Galp Energia aumentou lucros, mas vai deixar inalterada a remuneração accionista. Ibersol, Portucel, Semapa e Portugal Telecom também mantêm o dividendo.
EDP: +12%
Jerónimo Martins: +12,6%
Quem corta na remuneração accionista?
A queda dos resultados líquidos, durante o ano passado, levou um total de seis empresas da bolsa de Lisboa a anunciar uma descida na remuneração aos accionistas. Os investidores do sector financeiro são os mais penalizados, mas ao "rol" das cotadas que vão entregar menos lucros junta-se ainda a Zon Multimédia e também a Media Capital.
CP: -48,9%
BES: -66,7
BPI: -62,8%
Banif: -46%
Media Capital: -68,1%
Zon Multimédia: -68%
Quem não distribui lucros aos accionistas
Seis cotadas da bolsa de Lisboa não vão remunerar os seus accionistas, decisão justificada quer pelos resultados líquidos negativos, quer pela política das próprias empresas, como acontece no caso da EDP Renováveis. A Teixeira Duarte e a Sonae Indústria não deverão pagar, assim como a Sonaecom, apesar dos lucros. A Corticeira Amorim e a Toyota Caetano anunciaram a suspensão da remuneração.
EDP Renováveis
Corticeira Amorim
Sonae Indústria
Sonaecom
Teixeira Duarte
Toyota Caetano
Quem ainda não anunciou o dividendo?
Há ainda 11 cotadas da bolsa de Lisboa que não revelaram o valor do dividendo a distribuir pelos accionistas. Destas, cinco são empresas do PSI-20, sendo que só a REN revelou, até ao momento, as contas relativas a 2008. Fora do índice principal falta conhecer a remuneração do Espírito Santo Financial, Estoril Sol, Orey Antunes, SAG, Finibanco e Cofina.
PSI-20: Altri, Cimpor,
Mota-Engil, REN
e Sonae SGPS.
PSI Geral: Cofina, Espírito Santo Financial, Estoril Sol, Finibanco, Orey Antunes, e SAG.
Quem entrega a maior "fatia" dos lucros?
Entre as cotadas da bolsa nacional, a Brisa destaca-se ao entregar mais lucros aos accionistas do que aqueles que, na realidade, obtém durante o exercício. Este ano, a concessionária apresenta um "payout" de 122,5%, enquanto a Zon Multimédia dá, em dividendos, praticamente a totalidade dos resultados líquidos de 2008.
Brisa: 122,5%
Media Capital: 100%
Zon: 98,5%
PT: 88,6%
Portucel: 61%
JN
A queda acentuada das cotações, conjugada com a política de remuneração atractiva das empresas portuguesas, torna a actual época de pagamento de dividendos ainda mais apetecível
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As empresas vão entregar, este ano, menos dinheiro aos accionistas, reflectindo em parte a queda dos lucros de 2008 provocada pela crise económica. O que não significa que o rendimento dos dividendos vá baixar. A queda das cotações permite pagar um preço mais baixo para ter direito à remuneração, aumentando a rendibilidade dos dividendos.
A grande maioria das empresas portuguesas já anunciou o valor do dividendo a pagar este ano aos accionistas, referente ao exercício do ano passado. Entre estas, são oito as que apresentam uma remuneração cuja rendibilidade supera os 4%. Para os investidores que seguem uma estratégia de "caça" ao dividendo, o Negócios seleccionou uma carteira de cinco acções portuguesas que apresentam a remuneração mais atractiva. Esta é composta pela Portugal Telecom, Portucel, Brisa, Banif e EDP.
Um investimento de 10 mil euros nestas empresas oferece um retorno acima de 700 euros, o que representa um rendibilidade do dividendo superior a 7% e uma remuneração líquida próxima de 6%, o que compara, de forma favorável, com o valor das taxas de juro dos depósitos, apesar de o investimento em acções comportar um risco bem mais elevado.
Deve ter em conta que no dia em que as acções deixam de dar direito ao dividendo a cotação ajusta no mesmo montante, o que pode obrigar a esperar que o preço esteja pelo menos idêntico ao que pagou pelos títulos.
Seguir esta estratégia com um investimento de 10 mil euros na época de pagamento de dividendos - inicia em Abril e prolonga-se por Maio e Junho - resulta num retorno bruto superior a 700 euros, não tendo em conta a variação das cotações das acções, que historicamente é positiva (ver pág. VIII).
No ano passado, as acções portuguesas perderam cerca de metade do valor em bolsa, uma queda bem mais acentuada do que o verificado nos lucros. Entre as empresas que já anunciaram as contas do ano passado, os lucros desceram 31%. Nos dividendos o corte é também inferior, com a remuneração a cair cerca de 16%.
A conjugação destes factores explica a forte subida da rendibilidade dos dividendos e mostra que as cotadas portuguesas estão cada vez mais amigas dos accionistas. Resultado de compromissos antigos e também da política das cotadas de cativarem os investidores, numa altura de forte queda nas cotações.
A Portugal Telecom é a cotada portuguesa que paga o dividendo mais atractivo. A remuneração de 57,5 cêntimos, prometida aos accionistas no âmbito da OPA da Sonaecom, traduz-se num "dividend yield" de 9,76%. A Portucel surge em segundo lugar na lista, pois apesar de ter descido os lucros, manteve a remuneração aos accionistas, que apresenta uma rentabilidade superior a 7%.
O caso da Brisa (surge em terceiro lugar do "ranking") é ainda mais evidente do esforço das cotadas portuguesas em remunerarem os accionistas. A concessionária também manteve o dividendo apesar da queda nos resultados e vai entregar mais aos accionistas do que obteve em lucros. O "payout" da concessionária é de 122%, o mais elevado entre as cotadas portuguesas. Nas restantes duas empresas que integram a carteira dividendos, a justificação é distinta. Se a Portucel apresenta um elevado "dividend yield" devido à queda acentuada das cotações (-8,97%), a rendibilidade atractiva da EDP é sobretudo justificada pelo aumento do dividendo.
A eléctrica é das poucas que consegue aumentar a remuneração aos accionistas este ano. Um facto raro, não só em Portugal mas também na Europa e EUA. Devido ao forte impacto da crise nos resultados, muitas empresas optaram por cancelar o dividendo, com o objectivo de "guardarem" o dinheiro para enfrentar os tempos difíceis que se avizinham.
Como ganhar com um investimento de 10.000 euros
Para seleccionar as acções que devem integrar a sua carteira dividendos, o Negócios escolheu, entre as cotadas nacionais as que já anunciaram a remuneração aos accionistas, as cinco que apresentam o dividendo mais rentável, tendo em conta as cotações actuais. Investindo um total de 10 mil euros em partes iguais pelas cinco empresas, a remuneração bruta em dividendos é de 716 euros, o que representa uma rendibilidade de 7,16%. Descontando os impostos, a remuneração líquida é de 573 euros, ou 5,7%. Uma taxa que compara de forma bastante favorável com a rendibilidade de outros produtos, como os depósitos a prazo e os certificados de aforro. Contudo, o nível de risco nas acções é muito mais elevado e, apesar do recebimento dos dividendos ser garantido, a cotação das acções pode desvalorizar. Entre as cinco cotadas, a Portugal Telecom a maior rendibilidade.
Conheça as diferentes políticas de renumeração
Quem aumenta dividendos?
Só duas empresas do mercado de capitais nacional vão aumentar o valor do dividendo. São elas a EDP e a Jerónimo Martins, reflectindo o crescimento dos lucros em 2008. A Galp Energia aumentou lucros, mas vai deixar inalterada a remuneração accionista. Ibersol, Portucel, Semapa e Portugal Telecom também mantêm o dividendo.
EDP: +12%
Jerónimo Martins: +12,6%
Quem corta na remuneração accionista?
A queda dos resultados líquidos, durante o ano passado, levou um total de seis empresas da bolsa de Lisboa a anunciar uma descida na remuneração aos accionistas. Os investidores do sector financeiro são os mais penalizados, mas ao "rol" das cotadas que vão entregar menos lucros junta-se ainda a Zon Multimédia e também a Media Capital.
CP: -48,9%
BES: -66,7
BPI: -62,8%
Banif: -46%
Media Capital: -68,1%
Zon Multimédia: -68%
Quem não distribui lucros aos accionistas
Seis cotadas da bolsa de Lisboa não vão remunerar os seus accionistas, decisão justificada quer pelos resultados líquidos negativos, quer pela política das próprias empresas, como acontece no caso da EDP Renováveis. A Teixeira Duarte e a Sonae Indústria não deverão pagar, assim como a Sonaecom, apesar dos lucros. A Corticeira Amorim e a Toyota Caetano anunciaram a suspensão da remuneração.
EDP Renováveis
Corticeira Amorim
Sonae Indústria
Sonaecom
Teixeira Duarte
Toyota Caetano
Quem ainda não anunciou o dividendo?
Há ainda 11 cotadas da bolsa de Lisboa que não revelaram o valor do dividendo a distribuir pelos accionistas. Destas, cinco são empresas do PSI-20, sendo que só a REN revelou, até ao momento, as contas relativas a 2008. Fora do índice principal falta conhecer a remuneração do Espírito Santo Financial, Estoril Sol, Orey Antunes, SAG, Finibanco e Cofina.
PSI-20: Altri, Cimpor,
Mota-Engil, REN
e Sonae SGPS.
PSI Geral: Cofina, Espírito Santo Financial, Estoril Sol, Finibanco, Orey Antunes, e SAG.
Quem entrega a maior "fatia" dos lucros?
Entre as cotadas da bolsa nacional, a Brisa destaca-se ao entregar mais lucros aos accionistas do que aqueles que, na realidade, obtém durante o exercício. Este ano, a concessionária apresenta um "payout" de 122,5%, enquanto a Zon Multimédia dá, em dividendos, praticamente a totalidade dos resultados líquidos de 2008.
Brisa: 122,5%
Media Capital: 100%
Zon: 98,5%
PT: 88,6%
Portucel: 61%
JN
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
QUADRO-Pagamento dividendos brutos exercício 2008
18/03/2009
EMPRESA RIC EX-DIV DIA PAGAMENTO DIVIDENDO
BES 24 Mar 26 Mar 0,160
BPI - - 0,0668
J.MARTINS - - 0,110
EDP - - 0,140
PT - - 0,575
ZON - - 0,160
BRISA - - 0,310
SEMAPA - - 0,255
PORTUCEL - - 0,105
GALP ENERGIA - - 0,320
BANIF - - 0,065
IBERSOL - - 0,055
MEDIA CAPITAL - - 0,230
Valores em euros
- Datas ainda não divulgadas
((---Lisboa Editorial 351 21 3509205,
lisbon.newsroom@reuters.com))
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Banco BPI
18/03/2009
EMPRESA RIC EX-DIV DIA PAGAMENTO DIVIDENDO
BES 24 Mar 26 Mar 0,160
BPI - - 0,0668
J.MARTINS - - 0,110
EDP - - 0,140
PT - - 0,575
ZON - - 0,160
BRISA - - 0,310
SEMAPA - - 0,255
PORTUCEL - - 0,105
GALP ENERGIA - - 0,320
BANIF - - 0,065
IBERSOL - - 0,055
MEDIA CAPITAL - - 0,230
Valores em euros
- Datas ainda não divulgadas
((---Lisboa Editorial 351 21 3509205,
lisbon.newsroom@reuters.com))
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Banco BPI
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Glossário dividendos
Glossário dividendos
Veja aqui os principais termos sobre os dividendos
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O que é o dividendo?
É a fracção dos lucros da empresa cotada que é distribuída aos seus accionistas. Normalmente, sempre que uma empresa obtém lucros num determinado exercício, decide distribuir, no ano seguinte, uma parte destes aos detentores de acções. O montante distribuído é proposto pelo Conselho de Administração e aprovado pela Assembleia Geral, sendo pago habitualmente numa base anual. Para os accionistas, o dividendo constitui uma importante fonte de rentabilidade, para além da valorização do preço do título. O dividendo líquido corresponde à remuneração já descontando o imposto a pagar pelo investidor.
Quanto pago de imposto?
Os dividendos são tributados a uma taxa de 20%, sendo o imposto pago na altura em que recebe a remuneração. Pode optar antes pelo englobamento dos dividendos, incluindo este rendimento na sua declaração anual de IRS. Esta opção só é favorável caso a sua taxa de imposto seja inferior a 20%.
Qual a diferença entre dividendo complementar e intercalar?
O dividendo intercalar é aquele que é pago quando ainda decorre o exercício a que este diz respeito. O dividendo complementar é o que é pago no ano seguinte. A Galp Energia é uma das empresas que opta por dividir o pagamento do dividendo em duas fases. Em Novembro de 2008 pagou uma parte e o restante referente ao exercício de 2008 será entregue este ano. A maioria das empresas portuguesas opta por pagar o dividendo de uma só vez. Entre as cotadas internacionais, há várias que pagam os dividendos em quatro fases (uma por trimestre)
O que representa o “dividend yield”?
Resulta da divisão do dividendo pela cotação da empresa e determina a rendibilidade da remuneração. Apresentado em percentagem, este é um importante indicador da atractividade do dividendo, devendo ser comparado com as restantes cotadas, especialmente as do mesmo sector.
O que é o “payout”?
É percentagem dos lucros que a empresa distribui pelos seus accionistas sob a forma de dividendos. Quanto maior é este rácio, mais atractiva é a política de remuneração da empresa aos accionistas. O “payout” pode superar os 100%, caso a empresa distribua aos accionistas um valor superior aos lucros obtidos (é o caso da Brisa este ano).
Quando é que recebo os dividendos?
Tendencialmente, a remuneração accionista é feita durante os meses de Abril e Maio, sendo anunciado valor a receber pelos investidores aquando da apresentação das contas do último exercício, ou nas semanas seguintes. É também determinado pela cotada a data a partir da qual será entregue o dividendo.
Como é que recebo?
Os dividendos são creditados directamente na conta bancária do investidor, sendo o valor já líquido de impostos (a menos que o investidor opte pelo englobamento).
Como posso ter direito aos dividendos?
Para ter direito à remuneração accionista, o investidor terá de ter na sua carteira os títulos da empresa antes da data do destaque dos dividendos. As acções entram em ex-dividendo três dias úteis antes da data de pagamento. Ou seja, a partir desse dia deixam de dar direito ao dividendo. Para receber os dividendos basta comprar os títulos no dia anterior à data ex-dividendo, podendo os títulos ser vendidos na sessão em que entram em ex-dividendo.
O que acontece às minhas acções?
No dia em que as acções entram em ex-dividendo passam a negociar sem direito à remuneração accionista. No mercado de capitais, os títulos das empresas ajustam negativamente de forma a reflectir o valor do dividendo. A queda do valor das acções não tem obrigatoriamente que ser na mesma proporção do dividendo, sendo o mercado a determinar qual a cotação das mesmas após o destaque da remuneração.
JN
Veja aqui os principais termos sobre os dividendos
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O que é o dividendo?
É a fracção dos lucros da empresa cotada que é distribuída aos seus accionistas. Normalmente, sempre que uma empresa obtém lucros num determinado exercício, decide distribuir, no ano seguinte, uma parte destes aos detentores de acções. O montante distribuído é proposto pelo Conselho de Administração e aprovado pela Assembleia Geral, sendo pago habitualmente numa base anual. Para os accionistas, o dividendo constitui uma importante fonte de rentabilidade, para além da valorização do preço do título. O dividendo líquido corresponde à remuneração já descontando o imposto a pagar pelo investidor.
Quanto pago de imposto?
Os dividendos são tributados a uma taxa de 20%, sendo o imposto pago na altura em que recebe a remuneração. Pode optar antes pelo englobamento dos dividendos, incluindo este rendimento na sua declaração anual de IRS. Esta opção só é favorável caso a sua taxa de imposto seja inferior a 20%.
Qual a diferença entre dividendo complementar e intercalar?
O dividendo intercalar é aquele que é pago quando ainda decorre o exercício a que este diz respeito. O dividendo complementar é o que é pago no ano seguinte. A Galp Energia é uma das empresas que opta por dividir o pagamento do dividendo em duas fases. Em Novembro de 2008 pagou uma parte e o restante referente ao exercício de 2008 será entregue este ano. A maioria das empresas portuguesas opta por pagar o dividendo de uma só vez. Entre as cotadas internacionais, há várias que pagam os dividendos em quatro fases (uma por trimestre)
O que representa o “dividend yield”?
Resulta da divisão do dividendo pela cotação da empresa e determina a rendibilidade da remuneração. Apresentado em percentagem, este é um importante indicador da atractividade do dividendo, devendo ser comparado com as restantes cotadas, especialmente as do mesmo sector.
O que é o “payout”?
É percentagem dos lucros que a empresa distribui pelos seus accionistas sob a forma de dividendos. Quanto maior é este rácio, mais atractiva é a política de remuneração da empresa aos accionistas. O “payout” pode superar os 100%, caso a empresa distribua aos accionistas um valor superior aos lucros obtidos (é o caso da Brisa este ano).
Quando é que recebo os dividendos?
Tendencialmente, a remuneração accionista é feita durante os meses de Abril e Maio, sendo anunciado valor a receber pelos investidores aquando da apresentação das contas do último exercício, ou nas semanas seguintes. É também determinado pela cotada a data a partir da qual será entregue o dividendo.
Como é que recebo?
Os dividendos são creditados directamente na conta bancária do investidor, sendo o valor já líquido de impostos (a menos que o investidor opte pelo englobamento).
Como posso ter direito aos dividendos?
Para ter direito à remuneração accionista, o investidor terá de ter na sua carteira os títulos da empresa antes da data do destaque dos dividendos. As acções entram em ex-dividendo três dias úteis antes da data de pagamento. Ou seja, a partir desse dia deixam de dar direito ao dividendo. Para receber os dividendos basta comprar os títulos no dia anterior à data ex-dividendo, podendo os títulos ser vendidos na sessão em que entram em ex-dividendo.
O que acontece às minhas acções?
No dia em que as acções entram em ex-dividendo passam a negociar sem direito à remuneração accionista. No mercado de capitais, os títulos das empresas ajustam negativamente de forma a reflectir o valor do dividendo. A queda do valor das acções não tem obrigatoriamente que ser na mesma proporção do dividendo, sendo o mercado a determinar qual a cotação das mesmas após o destaque da remuneração.
JN
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
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