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Caldeirão da Bolsa

Plano Obama “vai ser caro, arriscado e demorado”

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Açor3 » 6/3/2009 9:19

Wall Street recua 20% desde a tomada de posse de Obama
As bolsas americanas acumulam uma queda de 20% desde o dia da tomada de posse de Barack Obama, um desempenho que é o pior de sempre no período inicial de um presidente dos Estados Unidos.

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Nuno Carregueiro
nc@negocios.pt


As bolsas americanas acumulam uma queda de 20% desde o dia da tomada de posse de Barack Obama, um desempenho que é o pior de sempre no período inicial de um presidente dos Estados Unidos.

Hoje as bolsas voltaram a afundar nos Estados Unidos, com os principais índices a cederam mais de 4%. Desde o início do ano o Dow Jones cai 25% e desde 20 de Janeiro, quando Obama tomou posse.

O arranque de anos está também a ser o pior de sempre nos Estados Unidos, devido ao agravar da crise económico e financeira, reflectida no escalar do desemprego e no avolumar das perdas dos bancos.

“É o ‘bear market’ de Obama”, comentou à Bloomberg um gestor de fundos. Os mercados atribuem esta performance negativa também ao cepticismo acerca dos planos do novo presidente para reanimar a economia, que está a sofrer a recessão mais acentuada desde 1982.

O Citigroup e a General Motors são as mais penalizadas desde a posse de Obama. O banco cai 71% e a construtora automóvel afunda 36%, devido às dúvidas quanto à sobrevivência das duas companhias.



JN
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O pecado original do "pacotão" Obama

por mandachuva » 28/2/2009 11:24

"O pacote Obama vai falhar", dispara o economista húngaro Antal Fekete, de 77 anos, numa entrevista ao Expresso a partir de Acapulco. O programa de emergência americano aprovado este semana no Senado por um voto sofre do mesmo pecado original de anteriores, ainda que as caras tenham mudado e várias alíneas sejam diferentes. Consiste na mesma crença de verter moeda fiduciária na economia sem suporte de valor real, denuncia o professor nascido em Budapeste.

Fekete, que é matemático de formação, ironiza com a nova equipa económica e financeira de Obama. "A Sala Oval está refém de uma clique viciada numa mesma mistura de paradigmas keynesianos e monetaristas (da corrente de Milton Friedman)", afirma. Pode parecer um paradoxo, mas este cocktail vive de duas ideias para a função da "mão visível" do Estado: intervenção do braço do Estado no mercado colmatando alegadas "falhas" da procura em tempo de crise e manipulação financeira pelos bancos centrais da taxa de juro.

Fekete é um dos sobreviventes da chamada escola económica austríaca nascida em Viena no final do século XIX e que teve como fundador Karl Menger e como seguidores economistas de renome como Ludwig von Mises, o Nobel Friedrich Hayek e o próprio Joseph Schumpeter. A esta corrente sempre provocou alergia esta concepção do Estado intervencionista. Mises tinha uma frase célebre: a primeira obrigação de um economista é a de dizer aos governos o que não podem fazer.

Políticas letais na Sala Oval
As convicções dominantes em Washington são duas políticas letais, observa o professor reformado da Memorial University of Newfoundland, no Canadá, onde leccionou desde que saiu da Hungria aquando da invasão soviética de 1956. "A principal raiz das depressões não é o afundamento da procura, como sugeriu Keynes, mas a destruição de capital provocada pela deliberada supressão política das taxas de juro", explica-nos Fekete, que é considerado um dos especialistas da teoria de formação e origem dos juros. Pelo que o problema central não está na procura, no consumo, mas na "destruição de capital" ocorrida ciclicamente durante as "bolhas" e estoiros financeiros, sublinha.

Por outro lado, o mito das taxas de juro tendencialmente para zero como medicina curativa - usada, em diversas alturas, quer por Alan Greenspan como por Ben Bernanke que ainda está em exercício na Reserva Federal americana - deriva da ideia que os políticos e banqueiros centrais têm de que podem "gerir" a massa monetária a seu bel-prazer sem que haja um "sustentáculo" com real valor. Fekete recorda que "os japoneses acreditaram nos conselhos dos doutores monetários americanos" quando se viram atirados para a crise dos anos 1990 e sabe-se os resultados (negativos) dessa experiência até hoje. A "lei" de Fekete tem funcionado (ver no final).

A prenda estratégica oferecida à China

Essa tentação fiduciária agravou-se sobretudo desde o "golpe Nixon" em Agosto de 1971. O presidente americano cortou a relação do dólar com o padrão ouro, seguindo o conselho de Milton Friedman contra a opinião, por exemplo, do Nobel Paul Samuelson que defendia a desvalorização do dólar. O fecho da "janela do ouro" trouxe a euforia de dar impunemente à manivela na impressão da "nota verde". Depois, a espiral de "crédito sintético" não mais parou, recorda o nosso interlocutor que escreveu nos anos 1980 uma série de textos sobre política monetária - 'Os Dez Pilares de uma Moeda e Crédito saudáveis'.

O que isso gerou foi uma bebedeira de liquidez assente na ideia de eternamente se ficar a dever refinanciando a dívida sem planos sérios de a pagar alguma vez, acreditando na capacidade política de manter os credores na convicção da bondade do esquema. Sem temer que um dia a corda parta.

Entretanto, irónica e paradoxalmente, a liquidez artificial do consumidor americano e do estado despesista yankee nadando em moeda fiduciária provocou o inesperado: a China aproveitou a janela de oportunidade. Foi a prenda estratégica para o boom chinês e a sua enorme liquidez em dólares.

Um cenário do gelado ao escaldante
Fekete é, por isso, muito crítico das sugestões, nos EUA, de se desenvolver uma política de flexibilização monetária quantitativa (tecnicamente chamada de quantitative easing), de criar recipientes financeiros para o "lixo" do sistema, designados por bad bank, ou de nacionalizar a banca socializando as asneiras. "Além do mais, isso terá efeito zero na economia, e levará à bancarrota do governo americano", diz peremptório.

O que poderá ter como consequência um cenário evolutivo que Fekete antecipa: "a economia passar de um período de deflação - em curso - para um de hiperinflação mais tarde". Ou seja passar de um banho gelado para um duche a escaldar. Uma oscilação selvagem que pode surgir de surpresa e para a qual "o mundo não está preparado", diz o professor. E em que os fantasmas de uma economia caótica como a da República de Weimar na Alemanha dos anos 1920 e 1930 vêm à lembrança.

A hipótese de um cenário desses foi, recentemente, relembrada por dois analistas londrinos da Morgan Stanley Smith Barney num relatório ambíguo intitulado "Poderá a hiperinflação acontecer de novo?" (29 de Janeiro de 2009) "Obviamente, este é um cenário extremo", dizem Joachim Fels e Spyros Andreopoulos, que o classificam como "um possibilidade distante", mas concluem: "Será avisado não ignorar este risco". Referem que "um evento do tipo cisne negro" relativo a inflação ou mesmo hiperinflação faz sentido em certas condições.

Fekete propõe, por isso, o regresso progressivo ao padrão-ouro e ao sistema de taxas de câmbio fixas "que o mundo abandonou tão loucamente em 1931 e depois em 1971". Sugere à China que seja pioneira neste plano alternativo, pois o que ela detém agora "é um pilha de títulos de dívida (americanos), que, no final, podem não valer mais do que o papel impresso em que estão". Basta que o dólar colapse e que o Governo americano seja obrigado a declarar incumprimento. Um cenário "argentino" que muitos já andam a prognosticar. Pelo que a China deveria colocar as barbas de molho - além do mais é hoje em dia o principal fornecedor de ouro do mundo, tendo ultrapassado a África do Sul em 2007, segundo a consultora inglesa GFMS.

A "lei" de Fekete
Há uma relação perversa entre a manipulação em baixa das taxas de juro pelos bancos centrais e a circulação de capital, diz o matemático Antal Fekete. Apesar de ao cidadão comum endividado parecer que os juros em queda livre lhe vão aliviar a vida, Fekete deduziu uma "lei" que os economistas keynesianos e monetaristas não gostam especialmente: "à medida que a taxa de juro decai, o valor de liquidação da dívida aumenta - em vez de o diminuir, uma taxa de juro em queda aumenta o fardo da dívida". Por isso, Fekete considera a lógica de manipulação de taxas de juro tendencialmente para zero como uma arma "letal". E, a partir do momento "em que o saldo entre o valor de liquidação da dívida e os activos ultrapassa o capital, as firmas tornam-se insolventes. É o que aconteceu aos bancos nos EUA e no Reino Unido. É o que aconteceu à indústria americana do automóvel, por exemplo", conclui.
A destruição de valor pode não ser logo óbvia a nível macroeconómico. Revela-se por outros dados chocantes em que a América actual é pródiga.

Os números falam por si:

- o agregado M3 (indicador da massa monetária total na economia, que a Reserva Federal americana deixou de publicar desde Março de 2006) no final de 2008 estava a crescer 11% ao ano, segundo a Shadowstats.com;

- por cada dólar de PIB americano é necessário "imprimir" 6 notas verdes de um dólar (ou seja, o valor real em paridade de poder de compra do actual dólar é 1/6 do seu valor nominal!);

- a pirâmide de instrumentos financeiros "derivados", em Junho de 2008 (último dado semestral conhecido), segundo o Banco Internacional de Pagamentos totalizava 683 biliões de dólares (cerca de 531000 mil milhões de euros), ou seja 11 vezes o PIB mundial. Um grupo de quatro bancos multinacionais - JP Morgan Chase, Citibank, Bank of America e HSBC - detém 24% dessa pirâmide, segundo Andrew Hughes, da Global Research. Para alguns analistas, esta pirâmide poderá ser o fósforo que incendeia a floresta em 2009;

- o défice orçamental poderá rondar os 10% do PIB americano em 2009 e 2010 e manter-se em níveis vermelhos por vários anos (muitíssimo acima do que é proibido pelas regras da Zona Euro), segundo revelou o Borrowing Advisory Committee do Departamento do Tesouro.

Actualizado do artigo publicado na edição impressa de 7/02/2009 EXPRESSO.PT


O sublinhado a bold é meu. Alguém poderia desenvolver e explicar a ideia do parágrafo? (Branc0 andas por aí?) Obrigado
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por Açor3 » 27/2/2009 8:14

Obama prevê défice recorde para salvar os EUA da crise


HELENA TECEDEIRO
Orçamento. A curto prazo, aumentar o défice para salvar as famílias americanas mais carenciadas e relançar a economia. Numa segunda fase, mais disciplina fiscal para um crescimento sustentável. Estes são os objectivos da Administração Obama, que ontem apresentou as previsões económicas para 2010
Os pormenores só serão conhecidos em Abril, mas nas 134 páginas do orçamento americano que Barack Obama ontem entregou ao Congresso, o Presidente prevê terminar este ano fiscal - em Setembro - com um défice de 1,75 biliões de dólares (1,37 biliões de euros), o maior em relação ao produto interno bruto desde a II Guerra Mundial.

Com o país mergulhado na pior crise financeira desde a Grande Depressão dos anos 1930, Obama apresentou o orçamento para 2010 como "um ponto da situação honesto de onde estamos e para onde queremos ir". O Presidente renovou o compromisso de trabalhar para uma governação "mais aberta e mais transparente". Intitulado "Uma Nova Era de Responsabilidade", o orçamento, de capa azul, pretende surgir como um corte com o passado. "Durante muito tempo, os nossos orçamentos não disseram toda a verdade sobre o preço que teríamos de pagar por cada dólar gasto", garantiu Obama.

Apesar dos investimentos previstos em áreas como a educação, a saúde e as energias renováveis, Obama disse estar empenhado em reduzir o défice para metade até 2013. E explicou: "Se temos de aumentar o défice a curto prazo para aliviar as famílias e manter a economia em movimento, só através da disciplina fiscal é que poderemos produzir crescimento sustentável a longo prazo."

O défice recorde com que os Estados Unidos vão terminar o ano foi ainda agravado por um reforço de 250 mil milhões de dólares para salvar os bancos americanos da falência. E também pelos 75,5 mil milhões aprovados para enviar mais militares para o Afeganistão.

Segundo o jornal online The Politico, "mesmo que todas as medidas de Obama sejam bem sucedidas o défice previsto para 2019 é de 712 mil milhões de dólares e a dívida nacional terá praticamente duplicado para 23,1 biliões". O Presidente não hesita em usar o orçamento para transferir a riqueza dos americanos mais ricos para os mais pobres, aumentando os impostos aos primeiros e usando esse dinheiro para reduzir a carga fiscal dos segundos.

Uma nova política no sector da energia - onde até 2012 Obama espera conseguir 80 mil milhões de dólares graças às trocas de quotas de emissões de gases poluentes - e cortes nas despesas com operações militares no estrangeiro são duas das formas apontadas no orçamento para poupar dinheiro num período de crise financeira.

"Sei que estas medidas não vão cair bem entre os lobbyistas aqui em Washington, para quem o nosso sistema financeiro está muito bem como está", admitiu Obama. Mas o Presidente está convencido que os EUA "não podem continuar neste caminho" e disse-se disposto a "trazer a mudança na qual os americanos votaram em Novembro".

No que toca a despesas, o orçamento prevê um total de 3,55 biliões de dólares em 2010, ligeiramente menos do que no ano fiscal que termina em Setembro.

Os impostos prometem ser o assunto mais controverso do primeiro orçamento da Administração Obama. "O Presidente promove um Governo federal ainda maior e mais gastador", disse ao The Politico o congressista republicano Paul Ryan. Para este membro da comissão dos assuntos orçamentais o aumento dos impostos aos mais ricos "vai ser usado para alimentar os planos de gastos adicionais da Administração e do Congresso. E o líder da minoria republicana, John Boehner também deixou claro que "a era do governo omnipotente está de volta e os democratas exigem que sejam os americanos a pagar as despesas".

Para os media americanos, o orçamento de Obama é no mínimo "ambicioso", como definia o Wall Street Journal antes de acrescentar que resta ao Presidente encontrar uma forma de o aplicar.|


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por Açor3 » 26/2/2009 12:37

Proposta de orçamento de Obama prevê ajuda adicional de 750 milhões para a banca


26/02/2009


A primeira proposta de orçamento apresentada pela administração de Barack Obama inclui uma ajuda adicional de 750 milhões de dólares para a indústria financeira assim como uma análise ao sistema de saúde e um programa para reduzir as emissões de dióxido de carbono.

Segundo uma fonte do governo, citada pela Bloomberg na condição de anonimato, a Casa Branca ainda não decidiu se será preciso utilizar a ajuda de 750 milhões de dólares à indústria financeira apesar de a ter incluído no orçamento para o caso de ser necessário.

O programa de despesa que será enviado hoje ao Congresso antecipa um défice governamental de 1,75 biliões de dólares, correspondente a 12% do produto interno bruto norte-americano, no ano que termina a 30 de Setembro.

Obama prometeu reduzir o maior défice orçamental desde a Segunda Guerra Mundial para metade no final da sua primeira administração.

A proposta de orçamento de Obama prevê financiar o défice em parte reduzindo a deduções fiscais para casais que ganhem mais de 250 mil dólares por ano, aumentar os impostos sobre os gestores de “hedge funds”, reduzir as despesas da defesa e retirar os subsídios para as empresas de seguros que participem no sistema de saúde do governo.








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por Açor3 » 26/2/2009 8:54

EUA: Obama quer novo "código de conduta" para o sector financeiro
26 de Fevereiro de 2009, 04:55

Washington, 26 Fev (Lusa) - O presidente norte-americano Barack Obama indicou quarta-feira que a sua administração vai aplicar com o Congresso um novo "código de conduta" para o sector financeiro a fim de impedir uma nova crise.

"Não podemos mais permitir que os mercados do século XXI sejam geridos por regulamentações que datam do século XX", disse Obama, após ter reunido com altos conselheiros e eminentes deputados na Casa Branca para iniciar o processo da nova regulação financeira.

"Para ter mercados financeiros sólidos, é necessário um código de conduta claro, não para obstruir as instituições financeiras, mas para proteger os consumidores e os investidores e, no fim de contas, fazer com que estas instituições financeiras permaneçam sólidas", referiu.

Obama indicou que a sua equipa está a desenvolver recomendações e vai trabalhar com os deputados de modo a que seja redigida uma legislação nas próximas semanas e nos próximos meses.

Para este código de conduta, Obama enunciou alguns princípios fundamentais.

De acordo com Obama, as instituições financeiras que apresentem riscos sistémicos "graves" devem ser submetidas a uma vigilância séria por parte do governo porque quando o Banco federal tiver de intervir em último recurso como fez nos últimos meses, essa atitude revela-se "uma garantia para o contribuinte norte-americano".

Segundo o presidente norte-americano, o sistema regulamentar e todos os mercados devem ser suficientemente sólidos para resistir às tensões que afectam todo o sistema e à falência de uma ou várias grandes instituições, o que reclama que a regulamentação seja modernizada e racionalizada e que seja controlada a extensão dos riscos que as instituições podem correr.

Para o chefe de Estado norte-americano é necessário "redobrar de esforços" para promover a transparência do sistema financeiro, sendo fundamental uma supervisão vigorosa e uniforme dos produtos financeiros.

As autoridades devem reclamar uma "estrita responsabilização, começando pelo alto" e pelos mais altos responsáveis no sistema financeiro.

"Os líderes que traem a confiança do público devem prestar contas", defendeu.

Ainda segundo Obama, o sistema regulamentar deve ser desprovido de falha e impedir a escolha do regulador conforme a sua conveniência.

Para além disso, os Estados Unidos devem conseguir que outros países procedam do mesmo modo porque estes problemas "não são não apenas norte-americanos, são mundiais".

Estas questões deverão ser abordadas na cimeira do G20 a 02 de Abril em Londres.

Os Estados Unidos são apontados como os grandes responsáveis pela crise financeira que se transformou rapidamente em crise económica, devido às insuficiências da sua regulação e à sua cultura do risco.

Desde que assumiu funções, Obama mostrou-se muito mais vigoroso que o seu antecessor George W. Bush relativamente aos mercados e às instituições financeiras, ao mesmo tempo que apresentou um plano de emergência para o sistema financeiro, onde a crise se continua a agravar.

"Esta crise financeira não era inevitável. Ocorreu quando Wall Street supôs erradamente que os mercados continuariam a subir, fazendo negócios com produtos financeiros cujos riscos não estavam completamente avaliados", disse.

Obama também apontou o dedo aos reguladores que, "demasiado frequentemente", não se serviram da sua autoridade.

Contudo, Obama preveniu que "construir um novo quadro regulamentar não será fácil e que a reforma não vai acontecer de um dia para o outro".

LMP

Lusa/Fim
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por Açor3 » 25/2/2009 8:45

«Vivemos tempos difíceis e incertos»
Obama diz que EUA sairão mais fortes depois da crise
2009/02/25 07:17Redacção / RPVAAAA
Presidente destaca necessidade de «sacrifícios»
O Presidente norte-americano tem confiança na capacidade dos Estados Unidos para superar a pior crise das últimas décadas.

Barack Obama garantiu que o país sairá «mais forte que antes», segundo trechos da intervenção que fez esta terça-feira no Congresso (02:00 de quarta-feira em Lisboa), citados pela agência Lusa.

«A nossa economia está enfraquecida e a nossa confiança está abalada; vivemos tempos difíceis e incertos; mas esta noite quero que todos os americanos fiquem a saber: vamos reconstruir, vamos recuperar, e os Estados Unidos da América vão sair mais fortes que antes», de acordo com os excertos do grande discurso que Barack Obama vai pronunciar perante as duas Câmaras do Congresso.

Obama quer nova lei para sistema financeiro

Obama destacou a necessidade «de sacrifícios» para reduzir para metade, até ao fim do seu mandato em 2013, um défice federal que poderá exceder o número faraónico de 1.500 mil milhões de dólares este ano.

Mas também utilizou esta tribuna excepcional e este discurso, que equivale para todos os novos presidentes à alocução anual sobre o estado da União, para manifestar a uma hora de grande audiência a sua vontade de efectuar este ano uma grande reforma da cobertura social.

Obama prometeu fazer com que a América volte a ter até 2020 a mais forte taxa de universitários diplomados em todo o Mundo e aumentar os impostos sobre os ricos.

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por Açor3 » 25/2/2009 8:44

Economia
E reafirma segurança no dinheiro que está depositado
Obama quer lei rápida para regulamentar sistema financeiro
2009/02/25 07:22Redacção / RPVAAAA
Plano de salvamento dos bancos pode ficar mais caro do que o previsto
O presidente norte-americano, Barack Obama, pediu terça-feira ao Congresso que adopte rapidamente uma lei para regulamentar o sistema financeiro, no seu primeiro grande discurso solene perante o Congresso.

«Peço a este Congresso que se junte a mim para fazer o que for necessário. E para nos assegurarmos que uma crise desta amplitude não voltará a acontecer, peço ao Congresso que aprove rapidamente uma lei que reforme finalmente o nosso ultrapassado sistema de regulação», indicou Obama, de acordo com a agência Lusa.

A crise financeira que quebrou a economia norte-americana e colocou grande parte dos bancos à beira do precipício deve-se largamente à acumulação de produtos financeiros sofisticados, cujo perigo inerente escapou totalmente às autoridades de regulação financeira, tal como as práticas de empréstimos demasiado largas.

Barack Obama preveniu também que o plano de salvamento dos bancos norte-americanos se arrisca a custar mais caro do que o previsto, mas assegurou aos cidadãos que os seus depósitos bancários estão em segurança.

Obama diz que EUA sairão mais fortes depois da crise

«Devem saber que o dinheiro que depositaram nos bancos do país está segurança, o vosso seguro está certo, podem continuar a contar com o sistema financeiro. Isto não é uma fonte de inquietação», assegurou.

O plano anunciado recentemente para salvar os bancos norte-americanos «vai requerer recursos importantes do governo federal».

«Provavelmente mais do que já colocámos de lado», declarou Obama no seu primeiro grande discurso solene, pronunciado perante as duas câmaras do Congresso reunidas.

«Mas se agir vai custar muito caro, posso assegurar que não agir custaria ainda mais caro», acrescentou Obama, considerando que a economia norte-americana pode levar mais de dez anos a recuperar.

O presidente norte-americano, que assumiu funções há pouco mais de um mês, prometeu velar para que os grandes bancos tenham dinheiro suficiente para emprestar, anunciando a criação de um fundo de empréstimos para consumidores e pequenas empresas.

«Vamos criar um novo fundo de empréstimos que será o mais importante esforço jamais efectuado para dar acesso a empréstimos automóveis, empréstimos escolares e empréstimos às pequenas empresas, (empréstimos) destinados aos consumidores e aos empresários que são o motor da nossa economia», disse o presidente.

A crise do sistema financeiro e em especial dos bancos, que precipitou os Estados Unidos para a sua mais grave recessão das últimas décadas, congelou o crédito, impedindo os consumidores de consumir e as empresas de obter financiamento e por conseguinte a economia de recuperar por falta de dinheiro fresco.

Quem inventou automóvel não o pode abandonar

O presidente dos Estados Unidos prometeu também defender os construtores automóveis actualmente em grandes dificuldades, considerando perante o Congresso que «o país que inventou o automóvel não o pode abandonar».

«Comprometemo-nos a levar a cabo uma indústria automóvel renovada e recreada que possa apoiar a concorrência e ganhar», declarou Obama, durante o seu primeiro discurso perante o Congresso desde a sua investidura.

«Milhões de empregos daí dependem. Dezenas de cidades daí dependem. E penso que o país que inventou o automóvel não o pode abandona»¿, sublinhou.

Barack Obama pediu igualmente ao Congresso que institua um sistema de troca de quotas de emissão de gás carbónico para lutar contra o aquecimento climático.

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por Açor3 » 25/2/2009 8:25

Só estímulo poderá travar recessão, defende Bernanke
Recessão nos EUA pode prolongar-se até 2010, avisa presidente da Reserva Federal
24.02.2009 - 18h40
Por PÚBLICO
Jonathan Ernst/Reuters

Bernanke falou hoje para o Senado norte-americano
A recessão económica pode prolongar-se até 2010 se os esforços do Governo não forem suficientes para restabelecer a estabilidade financeira, anunciou hoje o presidente da Reserva Federal norte-americana, Ben Bernanke. Segundo o economista, o rápido encolhimento da economia do país arrisca-se a ser mais abrupto, devido ao fraco crescimento e à contenção do mercado financeiro.

"Para pararmos o ciclo negativo, é essencial que continuemos a implementar um estímulo fiscal com uma forte acção governamental para estabilizar as instituições e os mercados financeiros”, disse Ben Bernanke durante uma intervenção no senado norte-americano, citado pela Reuters.

Bernanke avisou que só se as acções levadas a cabo pela administração Obama, pelo Congresso, e pela Reserva Federal tiverem sucesso “é que há uma possibilidade razoável que a recessão termine em 2009, e que 2010 seja já um ano de recuperação”.

O norte-americano voltou a assegurar os legisladores de que estava “comprometido a utilizar todos os utensílios possíveis para que a actividade económica melhorasse e para que os mercados financeiros voltassem a funcionar”, explicou, citado pela BBC News.

E descreveu o círculo vicioso do desemprego que origina uma diminuição do preço das casas, e que força as pessoas a diminuírem no consumo, o que por sua vez aumenta o desemprego. Outro aviso que o norte-americano fez foi que o abrandamento económico global pode diminuir as exportações dos Estados Unidos, o que causará um dano extra às condições financeiras do país.

Estas declarações surgiram no dia em que a confiança dos consumidores norte-americanos caiu para o nível mais baixo desde 1967. O indicador de confiança, medido pelo Índice do Conference Board, recuou para 25 pontos, contra os 37,4 pontos registados em Janeiro.

Publico
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por Açor3 » 23/2/2009 9:21

NACIONALIZAR OS BANCOS AMERICANOS?


Manuel Queiroz
Jornalista
Barack Obama apresenta esta semana as linhas principais do seu primeiro orçamento - a ser levado ao Congresso em Abril - e, segundo o New York Times, o Presidente "quer cortar o défice para metade apesar do Plano de Estímulo para a Economia". O Washington Post diz o mesmo na capa, mas a verdade é que esses nobres objectivos são apenas para 2013, o último ano do mandato e sobretudo através de cortes nas despesas militares no Iraque e no Afeganistão e com aumento de impostos dos mais ricos. Para já o Daily News anuncia uma "Corrida ao ouro", porque Obama disse já que a partir de 1 de Abril começa a chegar aos americanos o dinheiro do seu plano de ajuda fiscal.

Mas neste contexto cada vez se discute mais outra questão - a possível nacionalização de bancos que sejam grandes de mais para falirem. As ajudas do Estado federal não têm dado resultado e o New York Times, no seu editorial de ontem, defende mesmo a nacionalização de forma clara.

"As acções dos bancos desceram muito na semana passada por causa do medo de o Governo ter que tomar conta de instituições como o Bank of America ou o Citigroup. Isso reduziria ao mínimo o valor dos accionistas - daí a fuga dos investidores", diz o jornal. "Os americanos têm horror à lavra nacionalização. Por isso chamem-lhe reestruturação ou propriedade da maioria. Ou chamem-lhe o que é devido aos contribuintes depois de lá terem posto centenas de biliões e estando dispostos a meter lá mais centenas de biliões. Nós cada vez mais achamos que é a solução menos má para uma situação realmente desesperada", sublinha o editorial do grande jornal de referência. "Na sexta-feira, o porta-voz de Obama tentou acalmar os mercados reafirmando a preferência da administração por um sistema bancário sólido e privado. Nós partilhamos essa preferência. Mas parece que o melhor caminho para ir daqui para aí é alguns bancos passarem algum tempo nas mãos do Governo."


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por Açor3 » 22/2/2009 20:09

Obama quer reduzir défice para metade até 2013
Plano incide num corte nas despesas da guerra no Iraque e eliminação de programas públicos dispensáveis

A primeira conferência de Obama na Casa Branca

O Presidente norte-americano Barack Obama quer reduzir o défice do país para metade até ao final do seu primeiro mandato, até 2013, afirmou este domingo um oficial da nova administração sob anonimato.

A mesma fonte afirmou que o plano de Obama incide num corte nas despesas da guerra no Iraque, da eliminação de programas públicos dispensáveis e do aumento dos impostos sobre os mais ricos.

O oficial explicou ainda que o défice herdado da administração de George W. Bush foi de 1300 mil milhões de dólares, o que representa 9,2 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos.

A proposta de orçamento, relativa ao ano fiscal de 2010 e que será enviada ao Congresso durante a próxima semana, propõe uma redução do défice para 533 mil milhões em 2013, ano em que termina o mandato presidencial.

Na passada terça-feira, Obama assinou um gigantesco plano de relançamento para aliviar uma economia norte-americana confrontada com uma crise profunda e com o risco iminente de falência das suas principais empresas da indústria automóvel.

A promulgação da já chamada «Lei da recuperação» vai permitir a aplicação de um plano de 787 mil milhões de dólares, feito de investimentos nas grandes obras públicas para criar empregos, e reduções fiscais para estimular o consumo.

Segundo Obama, o plano salvará ou criará mais de 3,5 milhões de empregos em dois anos e irá lançar igualmente as bases de uma nova economia de desenvolvimento duradouro.

Hoje, Obama afirmou que deu ordens ao Tesouro norte-americano para reduzir os impostos para 95 por cento dos norte-americanos.

«Nunca antes na nossa história, um corte nos impostos tinha tido efeitos tão rápidos ou se tinha dirigido a tantos trabalhadores árduos norte-americanos», disse o governante numa declaração gravada na Casa Branca. «No início desta semana assinei o plano de recuperação e investimento americano. Devido a este plano, três milhões de americanos vão agora começar a trabalhar naquilo que o país precisa que seja feito. Devido ao que fizemos, 95 por cento das famílias vão receber um corte nos seus impostos, cumprindo assim uma promessa».

Segundo Obama, a partir de Abril, «uma família normal vai receber, pelo menos, mais 65 dólares por mês».



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por Açor3 » 22/2/2009 11:06

Obama reduz retenções na fonte


O Departamento do Tesouro norte- -americano anunciou ontem a redução das retenções na fonte já a partir do mês de Abril, em aplicação do plano de estímulo económico promulgado terça-feira pelo Presidente Barack Obama no valor de 787 mil milhões de dólares (612 mil milhões de euros). Na sua alocução semanal, Obama indicou que uma família típica norte-americana iria ter um aumento no rendimento mensal de pelo menos 65 dólares (cerca de 50 euros). Segundo o Departamento de Tesouro, "95% de todas as famílias trabalhadoras vão beneficiar" desta redução. "Nunca antes na nossa história um corte de impostos entrou em efeito de forma tão rápida ou beneficiou tantos americanos trabalhadores", afirmou o Chefe do Estado norte-americano.

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por Açor3 » 18/2/2009 11:43

EUA podem não estar a fazer o suficiente para obter a recuperação


18/02/2009


Os Estados Unidos podem estar a fazer muito pouco para reparar o seu sistema financeiro e promover a desejada recuperação económica. Esta é a opinião de Alan Greenspan, antigo presidente da Reserva Federal norte-americana.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assinou ontem a lei de aprovação do pacote de estímulo económico no valor de 787 mil milhões de dólares (622 mil milhões de euros). O estímulo económico será dado através de reduções de impostos e mais investimento federal.

Obama comprometeu-se também a consagrar a maioria dos 315 mil milhões dedólares que restam do fundo de resgate da banca, aprovado pelo Congresso em Outubro, à revitalização da indústria financeira.

Mas Greenspan declarou à Bloomberg, em entrevista antes de um discurso no Clube Económico de Nova Iorque, que “a quantidade de dinheiro de ambos os pacotes poderá não ser suficiente para solucionar o problema”.

No discurso em Nova Iorque, o antigo presidente da Fed afirmou que a actual crise é algo que acontece uma vez num século e que acabará por passar. Recorde-se que a economia norte-americana registou a mais forte contracção desde 1982, ao desacelerar 3,8%, em ritmo anual, no quarto trimestre de 2008.

Greenspan, que dirige agora a sua empresa de consultadoria em Washington, advertiu para o facto de o impacto positivo que poderá advir do pacote de estímulo poder eclipsar-se se os EUA não conseguirem resolver os problemas do seu sistema financeiro. “À luz da experiência do Japão na década de 90, temos de garantir que a reparação do sistema financeiro precede qualquer grande estímulo orçamental”, comentou.

Aquele responsável considera também que, para se estabilizar o sistema bancário e restaurar os níveis habituais de concessão de crédito, são necessários mais fundos para o programa de compra de activos tóxicos (TARP).

Greenspan salientou igualmente a importância do reforço de capital na banca. “Os bancos não vão conceder mais crédito enquanto não se sentirem confortáveis com a quantidade de capital que detêm”, declarou.

O economista, com 82 anos, sublinhou também a importância de travar a queda dos preços das casas, situação que está a penalizar a banca. “Enquanto não conseguirmos estabilizar o segmento dos activos dos balanços da banca, esta crise não terminará”, disse.

Os bancos norte-americanos registaram 758 mil milhões de dólares de perdas com o crédito desde que a crise começou. Muitas dessas perdas estão relacionadas com investimentos hipotecários que perderam valor com o colapso do mercado imobiliário.

“Lamentavelmente, a perspectiva de preços estáveis das casas ainda está a muitos meses de se efectivar”, considerou Greenspan, adiantando que o declínio do mercado imobiliário e a forte queda dos mercados accionistas de todo o mundo já destruíram mais de 40 biliões de dólares de riqueza, o que equivale a dois terços do PIB mundial do ano passado.




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Banco BPI
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por Açor3 » 17/2/2009 23:01

terça-feira, 17 de Fevereiro de 2009 | 21:22 Imprimir Enviar por Email

Obama assina plano de relançamento para estimular a economia


O presidente Barack Obama assinou um gigantesco plano de relançamento para aliviar uma economia norte-americana confrontada com as duras realidades do momento e com a risco de falência dos seus construtores automóveis.
Foi em Denver, no Colorado, que Obama promulgou e assim permite a aplicação deste plano de 787 mil milhões de dólares, feito de investimentos nas grandes obras públicas para criar empregos, e reduções fiscais para estimular o consumo.

Segundo Obama, o plano salvará ou criará mais de 3,5 milhões de empregos em dois anos. Lançará também as bases de uma nova economia de desenvolvimento duradouro. Antes da assinatura, Obama visitou uma instalação solar para mostrar como é que o dinheiro pode ser canalizado a favor das energias renováveis.

A aprovação deste plano, a semana passada, pelo Congresso, representa um sucesso para Obama. Quase inteiramente absorvido pela mais grave crise económica em muitos anos vivida pelos EUA, Obama não poupou esforços para obter a sua aprovação. Obama apôs-lhe a sua assinatura na mesma cidade onde suscitou a esperança de mudança em milhões de norte-americanos ao aceitar representar o seu partido nas presidenciais de Novembro.

A economia norte-americana, que perdeu 3,6 milhões de empregos desde o início da recessão, está contudo longe de ter terminado o seu calvário. O próprio Obama insistiu que este plano seria apenas um dos componentes da acção governamental face ao que, segundo ele, pode tornar-se um desastre económico.

O seu secretário do Tesouro, Tim Geithner, apresentou a semana passada um plano de estabilização do sistema financeiro que fez tudo menos convencer os mercados.

Quarta-feira, no Arizona, o Estado do seu adversário derrotado nas presidenciais, John McCain, Obama deverá anunciar as medidas para o imobiliário, o sector de onde partiu esta crise para contaminar o resto da economia.

A ideia é fazer com que os proprietários, confrontados com a desvalorização dos seus bens ou no desemprego, não se encontrem numa situação sem saída e que os bancos evitem recorrer à arma última da execução da hipoteca, como fazem agora diariamente para centenas de americanos.

Ao percorrer o país e realizar reuniões públicas como fez na campanha eleitoral, o popular Obama mostra que está à escuta dos americanos e que tem a firme tenção de honrar as promessas feitas.

Obama, a quem os americanos parecem querer dar tempo face à amplitude da crise, diz esperar uma "melhoria importante" a partir do próximo ano. Até lá, previne, as coisas ainda podem piorar.

Os norte-americanos confrontam-se hoje com a gravidade do momento dada a situação dos seus emblemáticos construtores automóveis.

É hoje que dois dos três "grandes de Detroit", General Motors e Chrysler, vão informar o governo sobre a evolução dos seus planos de reconstrução, como se comprometeram a fazer para beneficiar da ajuda federal e escapar da falência.

Nas últimas semanas, a administração Bush consentiu em pagar-lhes 17,4 mil milhões de dólares. Deste total, a General Motors deverá receber hoje os últimos 4 mil milhões de dólares.

Mas General Motors e Chrysler têm de utilizar o dinheiro para regressar à viabilidade. Se não forem capazes de provar a sua viabilidade a longo prazo até 31 de Março, terão de devolver o dinheiro.

Diário Digital / Lusa
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por Açor3 » 16/2/2009 20:46

segunda-feira, 16 de Fevereiro de 2009 | 19:13 Imprimir Enviar por Email

Obama cria comissão intergovernamental para sector automóvel


O presidente norte-americano, Barack Obama, desistiu de designar um mediador todo-poderoso para dirigir a recuperação do sector automóvel, optando pela criação de uma comissão especial, noticiam hoje media locais.
O secretário do Tesouro, Timothy Geithner, e o presidente do Conselho Económico Nacional, Lawrence Summers, chefiarão a nova comissão, indicaram altos funcionários da administração de Obama, citados pelo Wall Street Journal, que não os identifica.

A decisão de Obama de renunciar à ideia do seu antecessor, George W. Bush, de nomear um “czar do automóvel” para mediar entre o governo, a indústria automóvel e as outras partes envolvidas, é conhecida na véspera da apresentação pelas companhias das suas propostas para a reestruturação do sector.

A administração Bush tinha-se já comprometido com a concessão de créditos de 17.400 milhões de dólares para dois dos três grandes fabricantes de automóveis dos Estados Unidos: a General Motors e a Chrysler.

Ambos, segundo a imprensa norte-americana, pedirão financiamentos adicionais para se salvarem da falência, incluídos nos planos empresariais que deverão apresentar terça-feira.

Obama reserva para si a última palavra quanto a um eventual acordo para o sector, de acordo com um alto funcionário não identificado citado pelo New York Times.

Diário Digital / Lusa
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por Açor3 » 16/2/2009 15:43

Geithner e Summers vão liderar programa de apoio à indústria automóvel
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama decidiu atribuir a responsabilidade de liderar o programa de apoio à indústria automóvel a dois membros da sua administração em vez de nomear um membro do sector. O secretário do Tesouro e o conselheiro económico da Casa Branca vão liderar a "task force" para relançar a indústria automóvel no país.

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Jornal de Negócios Online
negocios@negocios.pt


O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama decidiu atribuir a responsabilidade de liderar o programa de apoio à indústria automóvel a dois membros da sua administração em vez de nomear um membro do sector. O secretário do Tesouro e o conselheiro económico da Casa Branca vão liderar a “task force” para relançar a indústria automóvel no país.

Timothy Geithner, secretário do Tesouro dos EUA, e Lawrence Summers, conselheiro económico da Casa Branca, vão liderar o programa de relançamento da indústria automóvel, avança a Bloomberg citando fontes familiares ao processo que pediram para não ser identificadas porque o anúncio ainda não é público.

O mercado especulava que Obama poderia ir buscar alguém conhecido de fora para acompanhar a reestruturação do sector automóvel.

A anterior administração norte-americana aprovou a concessão de créditos à indústria automóvel depois do Congresso não ter conseguido aprovar um plano de salvamento.

O actual secretário do Tesouro terá agora a responsabilidade supervisionar a reestruturação do sector.


JN
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por Açor3 » 16/2/2009 9:50

Ministros das Finanças do G7 pressionam Geithner a apressar plano de salvamento da banca
Os ministros das Finanças do Grupo dos Sete (G7) maiores países industrializados do mundo, que se reuniram em Roma este fim-de-semana, pediram ao secretário do Tesouro norte-americano, Timothy Geithner, para apressar o plano de salvamento para o sistema bancário.

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Patrícia Abreu
pabreu@negocios.pt


Os ministros das Finanças do Grupo dos Sete (G7) maiores países industrializados do mundo, que se reuniram em Roma este fim-de-semana, pediram ao secretário do Tesouro norte-americano, Timothy Geithner, para apressar o plano de salvamento para o sistema bancário.

Num momento em que esperam que a economia mundial continue a viver momentos difíceis em 2009, o G7 adiantou ao secretário do Tesouro norte-americano, presente pela primeira vez numa reunião do grupo, que, actualmente, a velocidade é o ponto principal.

Os responsáveis, que alertaram para um abrandamento “severo” ao longo do ano, pretendem que os EUA acelerem o processo de salvamento da banca. Desde o início do ano, o índice S&P 500 para o sector financeiro perde cerca de 30%.

“Nós vamos mover-nos rapidamente para delimitar um plano amplo”, garantiu Geihtner aos responsáveis do G7.

O grupo reúne-se novamente no próximo mês no Reino Unido, para um encontro do G20, que inclui algumas das maiores economias emergentes, como a China, a Índia e o Brasil.

“A estabilização da economia global e dos mercados financeiros permanecem a nossa prioridade”, realçaram os responsáveis no final do encontro.


JN
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por José_P. » 15/2/2009 11:31

ja repararam que o obama vai enviando a conta-gotas, a meu ver propositadamente, as acções que vão implementar para reabilitar o sistema financeiro?

e as bolsas americanas? numa primeira fase responderam com um descalabro. penso que seria sempre inevitável, pois não há varinha magica para os problemas... agora, considerando que o comboio prossegue, prognosticos para as acções americanas e em particular as financeiras?

a minha opinião é que alguma coisa de substancial vai acontecer nos proximos dias: ou caem para um nivel estupidamente historico, ou, e aposto nesta ultima, vao se posicionar em valores que espelhem o retorno e o desenvolvimento que estas medidas permitirão a medio/longo prazo nos principais grupos financeiros americanos e que as suas folhas de balanço actualmente não o espelham.

Resumindo: acredito num boom das financeiras nos proximos dias, e fica aqui o registro. Falamos no fim da proxima semana disto. ;)
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por Açor3 » 15/2/2009 10:06

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EUA
Plano só precisa de Obama para chegar à economia real
Mafalda Aguilar
15/02/09 02:03


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Obama consegue a primeira grande vitória legislativa com a aprovação do plano de estímulo económico.
Collapse Comunidade
Partilhe: O Congresso deu luz verde à versão final do pacote de 787 mil milhões de dólares para relançar a economia dos EUA. O documento segue agora para Barack Obama (na foto).

"O Congresso aprovou o meu plano de estímulo económico que vai permitir salvar ou criar 3,5 milhões de empregos nos próximos dois anos, estimular o consumo das empresas e das famílias e lançar uma nova base para um crescimento duradouro e próspero", disse Barack Obama, no seu discurso semanal.

O Senado deu o seu aval à versão final do plano com 60 votos a favor e 38 contra na madrugada de sexta-feira, depois de os democratas terem conseguido o apoio de três republicanos. Antes, a Câmara dos Representantes havida dado luz verde ao plano, apesar da oposição de todos os republicanos.

Com a aprovação do pacote de estímulo económico Barack Obama alcança a primeira grande vitória legislativa da sua presidência.

O documento, com mais de mil páginas, segue agora para a Casa Branca, para que as medidas sejam de novo analisadas pela administração.

É esperado que Obama transforme a proposta final em decreto-lei já esta terça-feira, um mês depois de ter tomado posse. Trata-se do último passo para que os 787 mil milhões de dólares cheguem à economia real.

"Este passo histórico não será o fim daquilo que iremos fazer para relançar a nossa economia, mas apenas o começo. Os problemas que nos conduziram a esta crise são mais profundos e abrangentes, e a nossa resposta deverá estar à altura da missão", sublinhou Obama.

Limite de bónus mais abrangente


Uma das novidades da legislação final aprovada é o facto de esta limitar os bónus dos executivos de todas as empresas que recebam ajuda do governo. A proposta avançada pela administração Obama era menos restritiva, limitando os prémios apenas a executivos de instituições que beneficiassem de ajudas estatais "extraordinárias".

Assim sendo, o limite de bónus será aplicado aos executivos seniores e 20 funcionários com os salários mais elevados de empresas que recebam mais de 500 milhões de dólares do Programa de Compra de Activos Tóxicos.

Já as instituições que recebam entre 250 e 500 milhões de dólares serão obrigadas a restringir os prémios dos executivos seniores e dos dez colaboradores mais bem pagos.

Nos casos em que a quantia recebida se situe entre 25 e 250 milhões de dólares, o limite de bónus só afectará os cinco empregados mais bem pagos.

Na semana passada, soube-se que o Merrill Lynch pagou 121 milhões de dólares em bónus a quatro executivos antes de a instituição ter sido comprada pelo Bank of America.

Segundo o procurador-geral de Nova Iorque, Andrew Cuomo, o Merrill Lynch atribuiu "secreta e prematuramente" 3,6 mil milhões em bónus com a "aparente cumplicidade" do Bank of America.




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por Açor3 » 14/2/2009 9:04

Crise: Barack Obama apresenta quarta-feira plano para apoiar proprietários de casas em dificuldades
13 de Fevereiro de 2009, 21:17

Washington, 13 Fev (Lusa) - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, apresenta quarta-feira um plano destinado a apoiar a renegociação das hipotecas de casas cujos proprietários se encontram em dificuldades económicas.

O anúncio foi realizado hoje pelo porta-voz de Barack Obama, Robert Gibs, após na terça-feira o secretário do Tesouro, Timothy Geithner, ter anunciado que o Estado iria gastar cerca de 50 mil milhões de dólares para apoiar os proprietários de casas que não conseguem pagar os seus empréstimos.

A crise no crédito imobiliário dos Estados Unidos que surgiu durante o Verão de 2007 está na base da actual crise económica e financeira, que se agravou em Setembro de 2008 com a falência do gigante bancário Lehman Brothers.

O número de casas apreendidas por falta de pagamento diminui 10 por cento no mês de Janeiro, em comparação com Dezembro, mantendo-se ainda 18 por cento acima dos número de Janeiro de 2008.

NM.

Lusa/fim
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por Açor3 » 14/2/2009 9:02

Câmara dos Representantes aprova plano Obama
A Câmara dos Representantes dos EUA aprovou o plano de estímulo económico apresentado por Barack Obama, no valor de 787 mil milhões de dólares, que visa ajudar a relançar a economia através da redução de impostos para as empresas e famílias e de investimento federal.

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Carla Pedro
cpedro@negocios.pt


A Câmara dos Representantes dos EUA aprovou o plano de estímulo económico apresentado por Barack Obama, no valor de 787 mil milhões de dólares, que visa ajudar a relançar a economia através da redução de impostos para as empresas e famílias e de investimento federal.

O programa teve 246 votos a favor e 183 contra na Câmara dos Representantes (câmara baixa do Congresso). O Senado planeia aprová-lo também hoje. Esta será a primeira grande vitória legislativa da Administração Obama, salienta a Bloomberg.

“Depois de todos os debates, esta legislação pode ser resumida numa única palavra: empregos”, afirmou a “speaker” da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi (Democrata eleita por Nova Iorque).

Este pacote financeiro visa criar ou salvar 3,5 milhões de postos de trabalho, segundo Obama.

O plano contempla um corte de impostos no valor de 400 dólares para os singulares e de 800 dólares para os casais. Os reformados, veteranos de guerra com incapacidade e outros cidadãos que não pagam impostos sobre os seus salários receberão 250 dólares.

A maioria dos Republicanos está contra este programa de estímulo, dizendo que prevê demasiados gastos e insuficientes reduções de impostos e que não será capaz de revitalizar a economia.

O plano, detalhado ao longo de 1.400 páginas, além das reduções de impostos, vai também providenciar 500 mil milhões de dólares (meio bilião de dólares) em investimento federal: subsídios de desemprego, projectos de energias renováveis, construção de infraestruturas rodoviárias, senhas de alimentação, banda larga, bolsas universitárias, projectos ferroviários de alta velocidade e muitos outros programas.

O pacote de ajudas restringe os bónus aos executivos de todas as empresas que obtenham assistência financeira ao abrigo do programa de compra de activos tóxicos levado a cabo pelo Departamento do Tesouro.


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por Açor3 » 13/2/2009 9:43

Judd Gregg, senador republicano do New Hampshire, retira-se
Secretário do Comércio de Obama recusa cargo em discordância com plano de estímulo económico
12.02.2009 - 23h16 Rita Siza, Washington
O Presidente dos Estados Unidos terá de voltar a procurar um dirigente para o Departamento do Comércio, depois do senador republicano do New Hampshire Judd Gregg, que aceitou para o cargo, ter constatado existirem “diferenças políticas irreconciliáveis” que o impedem de participar nesta Administração.

Dez dias depois de ter aceite o lugar, Gregg pediu à Casa Branca para retirar o seu nome de consideração para secretário do Comércio, citando a sua oposição ao Plano de Recuperação e Reinvestimento Económico defendido pelo Presidente como a principal causa da sua decisão. Na votação do pacote de estímulo no Senado, Gregg, já nomeado para o cargo, optou pela abstenção.

“A culpa foi minha. Nunca devia ter aceite o convite”, explicou o senador, elogiando, contudo, a disponibilidade do Presidente em trabalhar com o partido da oposição e integrar políticos republicanos no seu Governo. “Infelizmente, funcionamos num nível muito diferente naqueles que são os temas mais críticos em termos de definição de políticas”, informou.

A Casa Branca emitiu um breve comunicado reagindo à decisão de Gregg, no qual divulgava que foi o senador quem inicialmente abordou a Administração, oferecendo os seus serviços a Obama. “Ele foi muito claro, durante todo o processo de entrevista, que apesar das diferenças passadas, estava disposto a apoiar e promover a afenda do Presidente. Quando, já depois da sua nomeação, se tornou claro que não concordava com as principais prioridades económicas do Presidente, a separação tornou-se inevitável. Lamentamos a mudança de opinião do senador”, dizia a nota.

A linguagem utilizada pela Administração dava conta da evidente tensão provocada por este desenvolvimento. Nas parcas explicações que deu, Judd Gregg lamentou a situação, e disse que apesar do processo ser “uma vergonha” para ele, esperava que não se transformasse num embaraço para o Presidente. Mas esse era um desejo impossível de se concretizar.

A retirada de Gregg volta a pôr em causa a capacidade de julgamento e o processo de decisão de Obama na escolha do seu próprio gabinete. O Presidente começou por indicar para o cargo o governador do Novo México, Bill Richardson, que foi forçado a recusar o lugar por estar envolvido numa investigaçã federal por suspeitas de favorecimento ilegítimo e possível corrupção. Outras duas personalidades apontadas por Obama também tiveram de desistir da Administração por causa de problemas fiscais.

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por Açor3 » 13/2/2009 9:32

PLANO OBAMA ESTÁ DESCONTADO


Recessão. O clima de crise nos EUA deve manter-se nos próximos trimestres, até porque o efeito da aplicação do plano Obama ainda é uma incógnita. Lucro do BCP deve cair 50%
O plano financeiro que acaba de ser aprovado nos EUA tem impacto no mercado de capitais ou já foi devidamente descontado?

A aprovação pelo Senado do plano de estímulo à economia no valor global de 838 mil milhões de dólares já se encontrava relativamente descontado no mercado, tendo a economia registado uma quebra muito significativa dos níveis de actividade e de confiança, com um forte incremento do desemprego. Os efeitos que este plano terá sobre a economia permanecem uma incógnita, embora o clima recessivo deva manter-se nos próximos trimestres, sendo previsível que o PIB dos EUA possa contrair-se até 2% em 2009.

A época de resultados continua. Quais as grandes surpresas da semana a nível internacional?

A semana ficou marcada por um intenso newsflow de resultados empresariais, em particular no bloco europeu, com o maior destaque a recair sobre os prejuízos sofridos por alguns players do sector financeiro e automóvel, nomeadamente a UBS e Credit Suisse, bem como a Peugeot e Renault, o que espelha, de forma evidente, a fragilidade que se verifica nestes sectores em função do agravamento da crise. Refira-se que o Barclays, entre as financeiras, contrariou o sentimento negativo dominante, reportando lucros anuais de 4,38 mil milhões de libras, um valor idêntico face ao observado em 2007.

Em Portugal, há várias empresas a apresentar contas em breve. Quais a perspectivas para o BCP?

De acordo com o consenso de mercado, os lucros do BCP no ano de 2008 deverão ser reduzidos em mais de metade face ao obtido em 2007. A contribuir muito significativamente para esta evolução adversa esteve a forte desvalorização da posição detida no BPI, entretanto alienada. Antecipa-se uma degradação da carteira de crédito em virtude do actual clima económico recessivo, ainda que nos pareça bastante importante continuar a monitorar a evolução e a qualidade da carteira de crédito do BCP nos próximos trimestres.

Na Europa, a onda desemprego já levou a vários alertas da UE para que os empresários recorram mais à redução do horário de trabalho do que à figura do despedimento colectivo. O despedimento parcial terá de facto um impacto positivo?

Ainda que de um modo geral a redução do horário de trabalho seja benéfica, por permitir ajustar a força produtiva às necessidade da procura, o seu impacto junto dos investidores acaba por não ser muito significativo.|


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por Açor3 » 12/2/2009 18:20

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EUA
Banqueiros são alvo da fúria do Congresso
Eudora Ribeiro
12/02/09 15:53


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Banqueiros querem devolver as ajudas do Governo o mais depressa possível.
Collapse Comunidade
Partilhe: O Congresso não poupou críticas aos oito banqueiros que prestaram declarações no comité financeiro da Câmara dos Representantes.

Bónus e dúvidas em relação ao destino do dinheiro público foram os temas em cima da mesa no comité de ontem, em Washigton,

"Não acredito como não vos processaram", disse o congressista Michael Capuano.

Bank of America, JPMorgan, Morgan Stanley e Citigroup, são alguns dos bancos que receberam ajudas do Governo norte-americano.

As instituições financeiras têm sido alvo de duras críticas nas últimas semanas, acusações que se intensificaram devido aos receios de que tenham usado o dinheiro público para outros fins que não a concessão de empréstimos, numa altura em que os norte-americanos enfrentam grandes dificuldades para manter as suas casas e não perderem os empregos.

Extravagâncias dos bancos

O Wells Fargo, por exemplo, tinha planeada uma viagem de negócios para Las Vegas para alguns dos seus colaboradores, até que a notícia veio a público e o banco foi acusado de desperdiçar o dinheiro dos contribuintes. Resultado? A viagem foi cancelada.

O Citigroup, por sua vez, tencionava comprar um novo avião para o grupo antes da Casa Branca o ter dissuadido.

Os CEO's garantiram que estão a conceder empréstimos, apesar da restrição dos critérios. "Estamos a emprestar mais dinheiro, o que não seria possível sem o programa de ajuda do Governo", disse o presidente executivo do Bank of America, Ken Lewis.

Mas o Congresso não pareceu ficar convencido. De acordo com a CNN, os responsáveis até trautearam histórias de empresários locais que não conseguiam obter empréstimos por nenhuma via.

Fugir às restrições do Governo

"Comecem a emprestar o dinheiro que vos demos. Ponham-no na rua!" sublinhou o republicano Michael Capuano.

Face às críticas, os banqueiros do JPMorgan, Morgan Stanley e Goldman Sachs, entre outros, disseram que querem devolver o dinheiro ao Governo o mais depressa possível. E, mais do que isso, o CEO do BB&T disse numa conferência com investidores que quer ser o primeiro a sair do programa de ajuda do Governo para escapar às restrições que lhe estão subjacentes.


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por Açor3 » 12/2/2009 17:21

Carlos Ferreira dos Santos
Análise do plano de Timothy Geithner

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O plano Geithner foi anunciado como de ruptura face ao TARP de Henry Paulson. E Geithner insistiu, na conferência de imprensa desta terça-feira, nessas diferenças, entendendo que o seu era um plano mais compreensivo e menos casuístico que o do seu antecessor.


O plano Geithner foi anunciado como de ruptura face ao TARP de Henry Paulson. E Geithner insistiu, na conferência de imprensa desta terça-feira, nessas diferenças, entendendo que o seu era um plano mais compreensivo e menos casuístico que o do seu antecessor. E que pretendia devolver confiança aos mercados.

Nesse ponto há que lhe dar alguma razão. A forma como Paulson geriu a primeira tranche do TARP passou pela distribuição de verbas consoante as dificuldades das instituições financeiras, sem nenhum critério de selecção. No meu livro "E agora, Obama?" discrimino os destinos, mas basta frisar que 168 mil milhões de dólares foram distribuídos sob a forma de cheques enviados pelo tesouro a 116 bancos! Ao definir um critério de alocação de fundos no novo plano, baseado num "stress test", para aferir quais os bancos com capital próprio suficiente para suportarem um agravamento sério das condições económicas, encontrou-se um mecanismo de definição dos bancos que precisam de reforço de capital. Os bancos com capital superior a 100 mil milhões de dólares e que falharem o "stress test" terão acesso a capital proveniente do Tesouro para passarem a dispor de um "buffer" de segurança face a essas circunstâncias económicas adversas. Geithner afirmou que tais bancos deveriam procurar o "buffer" no mercado, mas que o Tesouro estaria disponível para o disponibilizar, designadamente com verbas do TARP, como contrapartida de acções preferenciais convertíveis.

Onde este primeiro vértice do plano merece ser criticado é na indefinição de dois aspectos fundamentais para os contribuintes: os dividendos a pagar por essas acções preferenciais, e o preço de conversão em acções comuns (embora se indique como referência um desconto modesto face ao preço em 9 de Fevereiro de 2009).

O ponto mais débil do programa de Geithner passa pela sua obsessão em não criar um "bad bank" público que comprasse activos tóxicos às instituições financeiras e os revendesse no mercado. Em lugar disso, o Tesouro propõe-se criar um fundo com capitais públicos e privados que comprará esses activos aos bancos. São três os problemas que se identificam aqui. Por um lado, parece claro que a dificuldade de avaliação destes activos, que já existia no plano Paulson, permanece. Estes activos só raramente são hoje em dia transaccionados. E a falta de mercado impede que tenham um preço de referência. O que nos conduz ao segundo problema: os bancos com activos tóxicos tipicamente discordarão dos preços que são oferecidos, por os acharem demasiado baixos. Diversos analistas, como David Rubenstein, co-fundador do grupo Carlyle, temem que daqui resulte um mercado onde os vendedores podem demorar vários meses a surgir - tornando a medida pouco operacional porque os activos tóxicos permaneceriam nos bancos. O terceiro problema resulta da falta de precisão de termos dessa parceria com os privados. A questão não passa por saber se existe dinheiro privado disponível. Passa antes por muitos se perguntarem se o dinheiro privado se atreverá a embarcar numa aventura destas, num contexto em que a avaliação de activos assentes em créditos é pura adivinhação. Nesse sentido, a parcela de financiamento público poderá acabar por ser muito elevada. Uma solução de nacionalização temporária, como na Suécia nos anos 90, tenderia a ser mais eficaz.

O terceiro vértice do programa com um custo estimado de um milhão de milhões de dólares passa por revitalizar o crédito comercial. Entendendo que este só é concedido a empresas e particulares quando existe um vibrante mercado secundário que compre crédito titularizado, o Tesouro propõe-se participar nesse mercado secundário. Esta medida não comporta títulos referentes a crédito hipotecário. Esse será o quarto vector do plano: 50 mil milhões de dólares, com o intuito de compensar os bancos por alterarem as condições de créditos individuais existentes, em termos ainda a definir, mas que se antecipa passem pela alteração de taxas e prazos de pagamento.

Os principais problemas macroeconómicos do plano são claros. Em primeiro lugar, a quantidade de títulos do tesouro, que inundará o mercado, significará uma queda dos preços desses títulos e uma subida das taxas de juro a longo prazo. Alternativamente, a possibilidade de financiamento do Estado pela Reserva Federal é historicamente perigosa. Ademais, o problema de saber quem comprará os títulos está por resolver. A solução proposta no meu livro, envolvendo o FMI, parece provável, já que os credores externos usuais dos EUA estão eles próprios em crise financeira. Por fim, a medida que maior apoio suscitou, o terceiro vértice, exige muito mais que uma regulação bancária. Só títulos com "rating" AAA deverão ter, segundo Geithner, compra assegurada pelo Tesouro, mas como discuto em "E agora, Obama?", algumas MBS com essa classificação provaram não a merecer. Para evitar uma nova crise do crédito, os mecanismos de supervisão sobre as próprias agências de "rating" têm que ser melhorados, evitando fraudes passadas. O plano Geithner é omisso neste ponto.


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por Açor3 » 12/2/2009 9:47

análise da economia
Plano Obama não salva banca
Martin Wolf
12/02/09 00:05


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Collapse Comunidade
Partilhe: A estratégia dos Estados Unidos para recuperar o sistema financeiro é errada.

Será que a administração Obama já falhou? Em tempos normais esta seria uma pergunta grotesca, mas os tempos que hoje vivemos não são propriamente normais. São tempos que encerram grandes perigos. Hoje a nova administração americana ainda pode alegar que não é responsável pela herança que recebeu. Amanhã já não poderá fazê-lo. Hoje pode propor soluções. Amanhã fará parte do problema. Hoje controla os acontecimentos. Amanhã serão os acontecimentos a controlá-la. Fazer pouco tem maiores riscos do que fazer demasiado. Se o novo presidente não actuar vigorosa e firmemente corre o risco de ser aniquilado, como o seu antecessor. Importa, por isso, ponderar os custos de mais uma presidência desastrosa, tanto para os Estados Unidos como para o resto do mundo.


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