Teremos Escândalo? ("CGD - Fino")
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Re: Re
nunofaustino Escreveu:Cem pt Escreveu:My friends,
Não sou defensor de ninguém nem conheço o Sr. Manuel Fino de algum lado.
No entanto deixo aqui algumas pistas que poderão esclarecer o que se pode ter passado.
1)- Empréstimos de Bancos a grandes Empresas e grandes investidores privados:
É comum em Portugal os maiores Bancos emprestarem com um colateral adicional de mais 25%.
Isto é, se pedir 1.000 Euros para comprar acções o Banco que fornece o crédito ao cliente vai pedir de garantias um valor de activos de 1.250 Euros, que poderão ser os 1.000 Euros transformados em acções mais 250 Euros de outro qualquer activo elegível.
2)- O que se passou hipoteticamente é que o valor das acções mais o valor do colateral adicional de mais 25% já não cobria, a preços de mercado actuais, o total do empréstimo inicial.
3)- Nessa eventualidade o Banco emprestador tem de renegociar com o cliente novo colateral adicional para que cubra pelo menos o diferencial para a totalidade do empréstimo inicial que fez ao cliente.
Para simplificar, vamos supor um cliente X pediu por exemplo 100.000 Euros para comprar acções da empresa "Patulisses Caldeireiras", lol, confessem que este nome dos nossos amigos que não têm nada a ver com esta história está bem apanhado!
O que fez o Banco? Disse: " Ok, o seu pedido de empréstimo foi aprovado nas seguintes condições: o Banco vai comprar em seu nome com os 100.000 Euros as acções "PC" que vão ficar presas neste Banco enquanto não pagar o empréstimo e vai simultaneamente cativar da sua conta existente no Banco mais 25.000 Euros para efeitos de garantia adicional."
Se as acções "PC" passarem a valer 75.000 Euros, o Banco e o cliente obrigam-se a negociar novas condições: ou o cliente efectua novo reforço de colateral para cobrir sempre os 100.000 Euros do empréstimo inicial ou então o Banco executa-lhe as garantias!
4)- Com toda a probabilidade o sr. Fino não conseguiu fornecer, porque não conseguiu na altura ou não quis dar mais activos do seu património, novos colaterais para cobrir o valor do seu empréstimo.
Neste cenário o Banco só tinha um caminho: executar as garantias, ou seja, passar a ficar detentor das acções do cliente e do colateral inicial dos 25%.
5)- Daí que o Banco não esteja propriamente a fazer um negócio ruinoso, está apenas a dizer que a operação final foi neutra:
- Para o cliente o valor de mercado actual das acções que comprou com dinheiro do Banco mais o colateral inicial que deu como garantia do empréstimo deixaram de ser suas (na realidade perdeu na prática o colateral inicial dos 25%).
- Para o Banco o valor do colateral inicial e o valor actual das acções deverá ter rondado o valor do empréstimo concedido ao cliente e portanto não ganhou nem perdeu.
6)- Já menos clara me parece a operação da opção de compra da Cimpor, que pode ser exercida nos próximos 3 anos, ao preço de mercado actual da Cimpor acrescido de 25%.
Do meu ponto de vista esta situação equipara-se à compra de uma opção Call para o número de acções detidas pelo Sr. Fino do tipo out-of-the-money mas com uma maturidade bastante longa, enfim, barata pelo lado do strike mas cara pelo prazo.
Talvez esta "compra" de opções Call da Cimpor pelo Sr. Fino tenha sido a contrapartida oferecida pelo Banco pela troca do detentor correspondente à aquisição de uma posição estratégica do Sr. Fino na Cimpor.
Resta acrescentar que esta operação terá sido certamente feita em mercado OTC, uma vez que não existem opções Cimpor negociadas no mercado de derivados e este valor do brinde da opção tenha sido, estou a especular e pode não corresponder à verdade, o valor do "prémio" oferecido pela aquisição da posição estratégica detida pelo Sr. Fino na Cimpor.
Falta muita informação mas por aquilo que a notícia deu a entender poderá ser uma achega ou uma explicação possível.
Bons negócios a todos.
Cem
Cem, não percebi bem a tua resposta. Vamos imaginar que o Fino comprou 60 milhões de acções a 4.75€, tendo entregue 71M€ como colateral e pedido 214M€ à CGD para pagar esta compra.
Neste momento, as acções valem 215M€ ou seja, estava na altura de re-negociar o empréstimo pois estamos a chegar à altura em que as acções valem o que foi pedido emprestado.
Ou seja, pela lógica, se fosse eu ou tu, teríamos de repor 25% de colateral (ou seja, 50M€) ou as acções seriam vendidas para pagar a dívida. Mas não foi isto que ocorreu.
O que ocorreu foi que a CGD comprou as acções ao Fino a 4.75€ (ou seja, lucrou com isto os juros pagos), dando um bónus ao Fino de 71M€ (o que ele tinha entregue de colateral). Dá ainda uma opção de compra ao Fino que impede a CGD de vender as acções (ou seja, o risco da descida fica para a CGD) para os próximos 3 anos.
Quer dizer, o Fino pôde estar na CPR durante este tempo todo a custo 0 (apesar de ter perdido 70M€), tem uma opção de compra para 3 anos de graça, e a CGD fica exposta à descida (à subida estará limitada pelo valor da opção de compra do Fino) da Cimpor.
Onde é que eu posso assinar para fazer um negócio igual? Assim é impossível perder, porra!
Desculpem o desabafo, mas acho que estas re-negociações com Berardos, Finos, TDUs e afins que se endividaram para lutar por castelos de ar dão um exemplo fantástico para quem trabalha e paga impostos em Portugal. Dão tb um excelente exemplo do que é especular em Bolsa em Portugal e é mais uma razão pela qual eu acho que é desigual investir na bolsa em Portugal.
Um abr
Nuno
Oi, Nuno, estou cada vez mais convencido que o que ocorreu foi o cenário que referi.
Repara, procurando responder ao cenário que traçaste por ordem cronológica, do meu ponto de vista:
1) O Sr. Manuel Fino pede à Caixa um empréstimo de 285 M€ para comprar 60 milhões de acções da Cimpor a 4,75.
2) A Caixa satisfaz o pedido através de compra feita pelo Banco em nome do cliente e retém da conta do Sr. Fino mais 71 M€ para colateral adicional de segurança.
3) Evidentemente que antes das acções passarem a valer 285 M€ - 71 M€ = 214 M€ (ponto de alarme amarelo do Banco para renegociar a dívida) o cliente terá de ir pagando a taxa de juro do empréstimo acordado, que desconheço qual tenha sido mas temos de admitir que os juros estavam a ser pagos à parte.
4) Ao atingir os 214 M€, como bem disseste, a Caixa chamou o Sr. Fino que transmitiu ao Banco que não tinha hipóteses de reforçar a sua garantia colateral dos 71 M€.
5) Restou à Caixa executar as garantias do empréstimo: o Banco passou para novo titular dos 60 milhões das acções que eram do sr. Fino e tomou como sua nova propriedade o colateral da garantia inicial de 71 M€.
6) Para registar esta operação no balanço teve de ser feita uma operação equivalente maquilhada, isto é, é como se a Caixa comprasse ao Sr. Fino a sua dívida de 285 M€ pelo somatório de 60 milhões de acções ao preço de:
A) 3,57 cada (= 214 M€)
B) Acrescida do valor do colateral inicial de 71 M€, que equivalem a um preço adicional por acção da Cimpor de 71 M€ / 60 milhões de acções = 1,18 €/acção
7) Ou seja, por um preço total equivalente por acção de 4,75 €/acção = preço a que foram compradas inicialmente as acções, perfazendo o empréstimo inicial de 285 M€! Um nota final: como esta operação de mudança de titular das acções ocorreu fora de Bolsa, pelo facto das garantias das acções terem mudado de dono e se tratar de uma posição qualificada, o novo adquirente (a Caixa) é obrigado a informar o mercado.
8) A opção Call de compra oferecida ao sr. Fino será talvez, como afirmei, o único bónus que o Banco concedeu ao cliente para poder exercer no prazo de 3 anos, provavelmente pelo facto de ter adquirido a preços actuais de mercado a sua posição anterior qualificada que tinha na Cimpor.
Para isso a Caixa o que terá feito para cobrir este risco foi comprar em mercado feito à medida uma Call de 3 anos da Cimpor para 60 milhões de acções com o strike de 4,75 €/acção e registar como detentor dessas opções o Sr. Manuel Fino.
Se o Sr. Fino exercer a respectiva opção dentro de 3 anos, no caso das acções da Cimpor cotarem supostamente nessa altura a 6 Euros, o Sr. Fino beneficia com o diferenial da cotação acima dos 4,75 € através da mais-valia da opção Call tendo no entanto o Sr. Fino de pagar ainda à Caixa mais 285 M€ com capital vindo de outros lados, agora onde vai arranjar o dinheiro para isso se calhar vai pedir ao Totta, ou até poderá contrair novo empréstimo na Caixa para o efeito se tiver um colateral suficiente!
9) Para todos os efeitos o actual detentor ou novo titular dos 60 milhões de acções da Cimpor à data presente deixou de ser o Sr. Fino, passou a ser a Caixa!
10) O Sr. Manuel Fino portanto deixou de ser detentor de um empréstimo, terminado com a execução das garantias! Para os media e para salvar a face do Sr. Fino chamam-lhe pomposamente um "acordo de venda de acções ao Banco"!
11) À data presente o Sr. Manuel Fino é apenas detentor de opções Call de compra de 60 milhões de acções a 4,75 €/acção, isto é, só tira algum proveito desta situação se a cotação da Cimpor dentro de 3 anos estiver acima dos 4,75 € por acção, quanto mais melhor, estamos perante um simples negócio de opções ou warrants que nos habituámos a ver todos os dias.
Não sei se desta forma expliquei melhor a forma como os Bancos contabilizam nos créditos dos seus balanços as execuções deste tipo de garantias quando os clientes deixam de pagar ou reforçar as novas garantias que lhes seriam devidas.
Esta é a minha interpretação do que se passou mas admito perfeitamente estar errado!
Abraço para ti e também para o Crómio, Marco António ligeiramente mais rico e Majomo,
Cem
O autor não assume responsabilidades por acções tomadas por quem quer que seja nem providencia conselhos de investimento. O autor não faz promessas nem oferece garantias nem sugestões, limita-se a transmitir a sua opinião pessoal. Cada um assume os seus riscos, incluindo os que possam resultar em perdas.
Citações que me assentam bem:
Sucesso é a habilidade de ir de falhanço em falhanço sem perda de entusiasmo – Winston Churchill
Há milhões de maneiras de ganhar dinheiro nos mercados. O problema é que é muito difícil encontrá-las - Jack Schwager
No soy monedita de oro pa caerle bien a todos - Hugo Chávez
O day trader trabalha para se ajustar ao mercado. O mercado trabalha para o trend trader! - Jay Brown / Commodity Research Bureau
Citações que me assentam bem:
Sucesso é a habilidade de ir de falhanço em falhanço sem perda de entusiasmo – Winston Churchill
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Re: Re
nunofaustino Escreveu:Desculpem o desabafo,
Um abr
Nuno
Moço, tu desabafa à vontade, mas atenção que eu e o Cem somos mais pequeninos do que tu. Se estás a lutar pela igualdade, vai desabafar para cima do Ulisses.
Nuno, meu amigo, um rapaz com a tua formação, a tua inteligencia e a tua experiencia de vida ainda acredita que o mundo é justo? Não, não é. E como de costume, seja na bolsa, na banca, no futebol ou no IRS, quem se lixa é o mexilhão. Tenta lá dever dinheiro a um banco e dar os trabalhos em ponto cruz da tua esposa como garantia. Ou eu dar as chuteiras do meu filho. E no entanto são coisas super valiosas para nòs (atenção,que estou a falar das chuteiras do futuro guarda redes da selecção nacional)
Mas Berardos, Rendeiros, Salvadores Caetanos, Finos, Pedros Teixeira Duarte e tantos outros mexem-se num universo paralelo, uma 4ª dimensão financeira onde só entram os escolhidos (isto dava argumento para um filme).
Tal como os ordenados dos desportistas, já não me escandaliza. Limito-me a tentar digerir o que não posso mudar. Porque, meu amigo, por dividas que representam uma fracção infima das que estamos a falar, há familias sem casa. Mas são apenas Zés Ninguém, não é?
Olha, vamos mas é seguir a ideia do Cem, fechar os olhinhos e imaginar que estamos nas areias quentes da Ponta do Ouro (pronto, tou deprimida! a serio! vou salgar o jantar de uns portistas para me vingar!)
Beijocas a ambos ("trambos", incluindo o Crómio)
Esta é a vantagem da ambição:
Podes não chegar á Lua
Mas tiraste os pés do chão...
Podes não chegar á Lua
Mas tiraste os pés do chão...
Eu faço a mesma interpretação que o Nuno...
Mas quero acreditar que esta história está mal contada... só pode!

Mas quero acreditar que esta história está mal contada... só pode!


Como se ganha dinheiro na bolsa?!
-Devo usar STOP's
-A tendência é minha amiga
-Não posso transformar um lucro em perda
-Devo cortar as perdas e deixar correr os ganhos
-As ações podem subir/descer mais do que penso e mais rápido
-Cumprir as regras anteriores...
-Devo usar STOP's
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-Não posso transformar um lucro em perda
-Devo cortar as perdas e deixar correr os ganhos
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-Cumprir as regras anteriores...
Re: Re
nunofaustino Escreveu:(...)
Onde é que eu posso assinar para fazer um negócio igual? Assim é impossível perder, porra!
Desculpem o desabafo, mas acho que estas re-negociações com Berardos, Finos, TDUs e afins que se endividaram para lutar por castelos de ar dão um exemplo fantástico para quem trabalha e paga impostos em Portugal. Dão tb um excelente exemplo do que é especular em Bolsa em Portugal e é mais uma razão pela qual eu acho que é desigual investir na bolsa em Portugal.
Agora, o contraste...
Os "outros" são tratados assim:
Negocios Escreveu:DGCI implementa novo sistema informático
Administradores podem ser chamados a pagar dívidas das empresas que dirigem
Os administradores e gerentes de empresas podem vir a ser chamados a pagar as dívidas fiscais das companhias que dirigem quando o seu património for insuficiente para garantir a cobrança em execução fiscal. Para isso, a Direcção-Geral dos Impostos (DGCI) implementou um novo sistema informático.
A Direcção-Geral dos Impostos (DGCI), implementou um novo sistema informático para gerir e efectivar a responsabilidade tributária subsidiária, nomeadamente de administradores e gerentes, por reversão da dívida em processo de execução fiscal, informou o Ministério das Finanças e da Administração Pública em comunicado.
Segundo a mesma fonte, com o novo sistema informático denominado SIGER – SISTEMA DE GESTÃO DE REVERSÕES, os administradores, directores e gerentes de sociedades e outras pessoas colectivas “podem ser chamados a pagar as dívidas fiscais dessas entidades, quando o património destas seja insuficiente para garantir a cobrança em execução fiscal”.
A lei “prevê igualmente reversão contra os membros dos órgãos de fiscalização e revisores oficiais de contas nas pessoas colectivas que deles disponham, desde que se demonstre que a violação dos respectivos deveres tributários resultou do incumprimento das suas funções de fiscalização”, acrescenta o comunicado.
A mesma fonte revela ainda que este regime “aplica-se igualmente aos técnicos oficiais de contas, desde que se demonstre a violação dos respectivos deveres de assunção de responsabilidade pela regularização técnica nas áreas contabilística e fiscal ou de assinatura de declarações fiscais, demonstrações financeiras e seus anexos”.
“A responsabilidade tributária subsidiária dos administradores, gerentes e outros responsáveis acima enunciados, implica a possibilidade de serem efectuadas penhoras e vendas coercivas, extinção de benefícios fiscais e inclusão desses responsáveis na lista de devedores publicitada na internet, sempre que tal se justifique”, conclui o comunicado.
Há coisas que são mesmo difíceis de engolir!
Há dias alguém comentava nos Média: "ah e tal corre-se o risco de se acabar com as elites".

Infelizmente esse é um risco que está mais do que visto que não corremos. Antes se corresse, que andamos todos a pagar para as manter. E depois, o resultado do suposto benefício de termos elites está à vista, no lugar onde nos situamos em comparação com os outros países, nomeadamente os Europeus.
.
Editado pela última vez por MarcoAntonio em 17/2/2009 20:36, num total de 1 vez.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Re: Re
Cem pt Escreveu:My friends,
Não sou defensor de ninguém nem conheço o Sr. Manuel Fino de algum lado.
No entanto deixo aqui algumas pistas que poderão esclarecer o que se pode ter passado.
1)- Empréstimos de Bancos a grandes Empresas e grandes investidores privados:
É comum em Portugal os maiores Bancos emprestarem com um colateral adicional de mais 25%.
Isto é, se pedir 1.000 Euros para comprar acções o Banco que fornece o crédito ao cliente vai pedir de garantias um valor de activos de 1.250 Euros, que poderão ser os 1.000 Euros transformados em acções mais 250 Euros de outro qualquer activo elegível.
2)- O que se passou hipoteticamente é que o valor das acções mais o valor do colateral adicional de mais 25% já não cobria, a preços de mercado actuais, o total do empréstimo inicial.
3)- Nessa eventualidade o Banco emprestador tem de renegociar com o cliente novo colateral adicional para que cubra pelo menos o diferencial para a totalidade do empréstimo inicial que fez ao cliente.
Para simplificar, vamos supor um cliente X pediu por exemplo 100.000 Euros para comprar acções da empresa "Patulisses Caldeireiras", lol, confessem que este nome dos nossos amigos que não têm nada a ver com esta história está bem apanhado!
O que fez o Banco? Disse: " Ok, o seu pedido de empréstimo foi aprovado nas seguintes condições: o Banco vai comprar em seu nome com os 100.000 Euros as acções "PC" que vão ficar presas neste Banco enquanto não pagar o empréstimo e vai simultaneamente cativar da sua conta existente no Banco mais 25.000 Euros para efeitos de garantia adicional."
Se as acções "PC" passarem a valer 75.000 Euros, o Banco e o cliente obrigam-se a negociar novas condições: ou o cliente efectua novo reforço de colateral para cobrir sempre os 100.000 Euros do empréstimo inicial ou então o Banco executa-lhe as garantias!
4)- Com toda a probabilidade o sr. Fino não conseguiu fornecer, porque não conseguiu na altura ou não quis dar mais activos do seu património, novos colaterais para cobrir o valor do seu empréstimo.
Neste cenário o Banco só tinha um caminho: executar as garantias, ou seja, passar a ficar detentor das acções do cliente e do colateral inicial dos 25%.
5)- Daí que o Banco não esteja propriamente a fazer um negócio ruinoso, está apenas a dizer que a operação final foi neutra:
- Para o cliente o valor de mercado actual das acções que comprou com dinheiro do Banco mais o colateral inicial que deu como garantia do empréstimo deixaram de ser suas (na realidade perdeu na prática o colateral inicial dos 25%).
- Para o Banco o valor do colateral inicial e o valor actual das acções deverá ter rondado o valor do empréstimo concedido ao cliente e portanto não ganhou nem perdeu.
6)- Já menos clara me parece a operação da opção de compra da Cimpor, que pode ser exercida nos próximos 3 anos, ao preço de mercado actual da Cimpor acrescido de 25%.
Do meu ponto de vista esta situação equipara-se à compra de uma opção Call para o número de acções detidas pelo Sr. Fino do tipo out-of-the-money mas com uma maturidade bastante longa, enfim, barata pelo lado do strike mas cara pelo prazo.
Talvez esta "compra" de opções Call da Cimpor pelo Sr. Fino tenha sido a contrapartida oferecida pelo Banco pela troca do detentor correspondente à aquisição de uma posição estratégica do Sr. Fino na Cimpor.
Resta acrescentar que esta operação terá sido certamente feita em mercado OTC, uma vez que não existem opções Cimpor negociadas no mercado de derivados e este valor do brinde da opção tenha sido, estou a especular e pode não corresponder à verdade, o valor do "prémio" oferecido pela aquisição da posição estratégica detida pelo Sr. Fino na Cimpor.
Falta muita informação mas por aquilo que a notícia deu a entender poderá ser uma achega ou uma explicação possível.
Bons negócios a todos.
Cem
Cem, não percebi bem a tua resposta. Vamos imaginar que o Fino comprou 60 milhões de acções a 4.75€, tendo entregue 71M€ como colateral e pedido 214M€ à CGD para pagar esta compra.
Neste momento, as acções valem 215M€ ou seja, estava na altura de re-negociar o empréstimo pois estamos a chegar à altura em que as acções valem o que foi pedido emprestado.
Ou seja, pela lógica, se fosse eu ou tu, teríamos de repor 25% de colateral (ou seja, 50M€) ou as acções seriam vendidas para pagar a dívida. Mas não foi isto que ocorreu.
O que ocorreu foi que a CGD comprou as acções ao Fino a 4.75€ (ou seja, lucrou com isto os juros pagos), dando um bónus ao Fino de 71M€ (o que ele tinha entregue de colateral). Dá ainda uma opção de compra ao Fino que impede a CGD de vender as acções (ou seja, o risco da descida fica para a CGD) para os próximos 3 anos.
Quer dizer, o Fino pôde estar na CPR durante este tempo todo a custo 0 (apesar de ter perdido 70M€), tem uma opção de compra para 3 anos de graça, e a CGD fica exposta à descida (à subida estará limitada pelo valor da opção de compra do Fino) da Cimpor.
Onde é que eu posso assinar para fazer um negócio igual? Assim é impossível perder, porra!
Desculpem o desabafo, mas acho que estas re-negociações com Berardos, Finos, TDUs e afins que se endividaram para lutar por castelos de ar dão um exemplo fantástico para quem trabalha e paga impostos em Portugal. Dão tb um excelente exemplo do que é especular em Bolsa em Portugal e é mais uma razão pela qual eu acho que é desigual investir na bolsa em Portugal.
Um abr
Nuno
Pluricanal... não obrigado. Serviço péssimo e enganador!!!
Até lá o melhor é continuar a gozar a vida, esquecer a Bolsa por uns meses e voltar saudosamente a tirar umas belas férias naquelas magníficas praias moçambicanas de Bazaruto, Bilene, Chongoene ou da Inhaca, ou, para quem não se afaste muito da capital, da Ponta do Ouro ou mesmo da Catembe!
Ai que saudades...........
Mas olha Cem... a viagem Maputo/Bilene vs Maputo/Ponta do Ouro fica quase ela por ela... apesar de Ponta do Ouro ser "já ali", a picada que se tem de fazer para lá chegar é um mastiga rins que vou ao Bilene e já venho...

Tinha que meter a colher já que me fizeste lembrar um mês inesquecível naquelas paragens (e outras...).
Abraço
There are two kinds of investors: those who don't know where the market is headed, and those who don't know that they don't know.
William Bernstein
William Bernstein
scpnuno Escreveu:Cem pt Escreveu:My friends,
Não sou defensor de ninguém nem conheço o Sr. Manuel Fino de algum lado.
Bem, não foi certamente por falta de disponibilidade da parte dele, que já cá anda desde a 1ª guerra mundial (desculpa, não resisti)Cem pt Escreveu:Resta acrescentar que esta operação terá sido certamente feita em mercado OTC, uma vez que não existem opções Cimpor negociadas no mercado de derivados e este valor do brinde da opção tenha sido, estou a especular e pode não corresponder à verdade, o valor do "prémio" oferecido pela aquisição da posição estratégica detida pelo Sr. Fino na Cimpor.
Cem
Isto quem sabe, sabe, e o Cem sabe. Como se comprova pelo comunicado em anexo(os sublinhados a verde-limão são da minha autoria, como de costume) a verdade é que o negocio foi feito em OTC.
( para os mais novos, OTC = Onde Todos Caem.)
Beijocas, Cem, e se queres mesmo conhecer o Fino, dá da perna, colega.
P.S. O resto do comunicado está lá no site da CMVM que dava muito trabalho copiar as 2 paginas
Lol, amiga Lagarta, hoje estás com a veia toda, larguei-me a rir com as tuas tiradas do Fino monárquico antigo combatente e do mercado OTC.
O teu Sporting é que não vai lá esta temporada mas deixa lá, fica a frase de sempre: para o ano há mais!
Até lá o melhor é continuar a gozar a vida, esquecer a Bolsa por uns meses e voltar saudosamente a tirar umas belas férias naquelas magníficas praias moçambicanas de Bazaruto, Bilene, Chongoene ou da Inhaca, ou, para quem não se afaste muito da capital, da Ponta do Ouro ou mesmo da Catembe!
Beijocas,
Cem
O autor não assume responsabilidades por acções tomadas por quem quer que seja nem providencia conselhos de investimento. O autor não faz promessas nem oferece garantias nem sugestões, limita-se a transmitir a sua opinião pessoal. Cada um assume os seus riscos, incluindo os que possam resultar em perdas.
Citações que me assentam bem:
Sucesso é a habilidade de ir de falhanço em falhanço sem perda de entusiasmo – Winston Churchill
Há milhões de maneiras de ganhar dinheiro nos mercados. O problema é que é muito difícil encontrá-las - Jack Schwager
No soy monedita de oro pa caerle bien a todos - Hugo Chávez
O day trader trabalha para se ajustar ao mercado. O mercado trabalha para o trend trader! - Jay Brown / Commodity Research Bureau
Citações que me assentam bem:
Sucesso é a habilidade de ir de falhanço em falhanço sem perda de entusiasmo – Winston Churchill
Há milhões de maneiras de ganhar dinheiro nos mercados. O problema é que é muito difícil encontrá-las - Jack Schwager
No soy monedita de oro pa caerle bien a todos - Hugo Chávez
O day trader trabalha para se ajustar ao mercado. O mercado trabalha para o trend trader! - Jay Brown / Commodity Research Bureau
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- Registado: 4/3/2008 17:21
- Localização: 16
Cem pt Escreveu:My friends,
Não sou defensor de ninguém nem conheço o Sr. Manuel Fino de algum lado.
Bem, não foi certamente por falta de disponibilidade da parte dele, que já cá anda desde a 1ª guerra mundial (desculpa, não resisti)
Cem pt Escreveu:Resta acrescentar que esta operação terá sido certamente feita em mercado OTC, uma vez que não existem opções Cimpor negociadas no mercado de derivados e este valor do brinde da opção tenha sido, estou a especular e pode não corresponder à verdade, o valor do "prémio" oferecido pela aquisição da posição estratégica detida pelo Sr. Fino na Cimpor.
Cem
Isto quem sabe, sabe, e o Cem sabe. Como se comprova pelo comunicado em anexo(os sublinhados a verde-limão são da minha autoria, como de costume) a verdade é que o negocio foi feito em OTC.
( para os mais novos, OTC = Onde Todos Caem.)
Beijocas, Cem, e se queres mesmo conhecer o Fino, dá da perna, colega.
P.S. O resto do comunicado está lá no site da CMVM que dava muito trabalho copiar as 2 paginas
- Anexos
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Esta é a vantagem da ambição:
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Mas tiraste os pés do chão...
Podes não chegar á Lua
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Re
My friends,
Não sou defensor de ninguém nem conheço o Sr. Manuel Fino de algum lado.
No entanto deixo aqui algumas pistas que poderão esclarecer o que se pode ter passado.
1)- Empréstimos de Bancos a grandes Empresas e grandes investidores privados:
É comum em Portugal os maiores Bancos emprestarem com um colateral adicional de mais 25%.
Isto é, se pedir 1.000 Euros para comprar acções o Banco que fornece o crédito ao cliente vai pedir de garantias um valor de activos de 1.250 Euros, que poderão ser os 1.000 Euros transformados em acções mais 250 Euros de outro qualquer activo elegível.
2)- O que se passou hipoteticamente é que o valor das acções mais o valor do colateral adicional de mais 25% já não cobria, a preços de mercado actuais, o total do empréstimo inicial.
3)- Nessa eventualidade o Banco emprestador tem de renegociar com o cliente novo colateral adicional para que cubra pelo menos o diferencial para a totalidade do empréstimo inicial que fez ao cliente.
Para simplificar, vamos supor um cliente X pediu por exemplo 100.000 Euros para comprar acções da empresa "Patulisses Caldeireiras", lol, confessem que este nome dos nossos amigos que não têm nada a ver com esta história está bem apanhado!
O que fez o Banco? Disse: " Ok, o seu pedido de empréstimo foi aprovado nas seguintes condições: o Banco vai comprar em seu nome com os 100.000 Euros as acções "PC" que vão ficar presas neste Banco enquanto não pagar o empréstimo e vai simultaneamente cativar da sua conta existente no Banco mais 25.000 Euros para efeitos de garantia adicional."
Se as acções "PC" passarem a valer 75.000 Euros, o Banco e o cliente obrigam-se a negociar novas condições: ou o cliente efectua novo reforço de colateral para cobrir sempre os 100.000 Euros do empréstimo inicial ou então o Banco executa-lhe as garantias!
4)- Com toda a probabilidade o sr. Fino não conseguiu fornecer, porque não conseguiu na altura ou não quis dar mais activos do seu património, novos colaterais para cobrir o valor do seu empréstimo.
Neste cenário o Banco só tinha um caminho: executar as garantias, ou seja, passar a ficar detentor das acções do cliente e do colateral inicial dos 25%.
5)- Daí que o Banco não esteja propriamente a fazer um negócio ruinoso, está apenas a dizer que a operação final foi neutra:
- Para o cliente o valor de mercado actual das acções que comprou com dinheiro do Banco mais o colateral inicial que deu como garantia do empréstimo deixaram de ser suas (na realidade perdeu na prática o colateral inicial dos 25%).
- Para o Banco o valor do colateral inicial e o valor actual das acções deverá ter rondado o valor do empréstimo concedido ao cliente e portanto não ganhou nem perdeu.
6)- Já menos clara me parece a operação da opção de compra da Cimpor, que pode ser exercida nos próximos 3 anos, ao preço de mercado actual da Cimpor acrescido de 25%.
Do meu ponto de vista esta situação equipara-se à compra de uma opção Call para o número de acções detidas pelo Sr. Fino do tipo out-of-the-money mas com uma maturidade bastante longa, enfim, barata pelo lado do strike mas cara pelo prazo.
Talvez esta "compra" de opções Call da Cimpor pelo Sr. Fino tenha sido a contrapartida oferecida pelo Banco pela troca do detentor correspondente à aquisição de uma posição estratégica do Sr. Fino na Cimpor.
Resta acrescentar que esta operação terá sido certamente feita em mercado OTC, uma vez que não existem opções Cimpor negociadas no mercado de derivados e este valor do brinde da opção tenha sido, estou a especular e pode não corresponder à verdade, o valor do "prémio" oferecido pela aquisição da posição estratégica detida pelo Sr. Fino na Cimpor.
Falta muita informação mas por aquilo que a notícia deu a entender poderá ser uma achega ou uma explicação possível.
Bons negócios a todos.
Cem
Não sou defensor de ninguém nem conheço o Sr. Manuel Fino de algum lado.
No entanto deixo aqui algumas pistas que poderão esclarecer o que se pode ter passado.
1)- Empréstimos de Bancos a grandes Empresas e grandes investidores privados:
É comum em Portugal os maiores Bancos emprestarem com um colateral adicional de mais 25%.
Isto é, se pedir 1.000 Euros para comprar acções o Banco que fornece o crédito ao cliente vai pedir de garantias um valor de activos de 1.250 Euros, que poderão ser os 1.000 Euros transformados em acções mais 250 Euros de outro qualquer activo elegível.
2)- O que se passou hipoteticamente é que o valor das acções mais o valor do colateral adicional de mais 25% já não cobria, a preços de mercado actuais, o total do empréstimo inicial.
3)- Nessa eventualidade o Banco emprestador tem de renegociar com o cliente novo colateral adicional para que cubra pelo menos o diferencial para a totalidade do empréstimo inicial que fez ao cliente.
Para simplificar, vamos supor um cliente X pediu por exemplo 100.000 Euros para comprar acções da empresa "Patulisses Caldeireiras", lol, confessem que este nome dos nossos amigos que não têm nada a ver com esta história está bem apanhado!
O que fez o Banco? Disse: " Ok, o seu pedido de empréstimo foi aprovado nas seguintes condições: o Banco vai comprar em seu nome com os 100.000 Euros as acções "PC" que vão ficar presas neste Banco enquanto não pagar o empréstimo e vai simultaneamente cativar da sua conta existente no Banco mais 25.000 Euros para efeitos de garantia adicional."
Se as acções "PC" passarem a valer 75.000 Euros, o Banco e o cliente obrigam-se a negociar novas condições: ou o cliente efectua novo reforço de colateral para cobrir sempre os 100.000 Euros do empréstimo inicial ou então o Banco executa-lhe as garantias!
4)- Com toda a probabilidade o sr. Fino não conseguiu fornecer, porque não conseguiu na altura ou não quis dar mais activos do seu património, novos colaterais para cobrir o valor do seu empréstimo.
Neste cenário o Banco só tinha um caminho: executar as garantias, ou seja, passar a ficar detentor das acções do cliente e do colateral inicial dos 25%.
5)- Daí que o Banco não esteja propriamente a fazer um negócio ruinoso, está apenas a dizer que a operação final foi neutra:
- Para o cliente o valor de mercado actual das acções que comprou com dinheiro do Banco mais o colateral inicial que deu como garantia do empréstimo deixaram de ser suas (na realidade perdeu na prática o colateral inicial dos 25%).
- Para o Banco o valor do colateral inicial e o valor actual das acções deverá ter rondado o valor do empréstimo concedido ao cliente e portanto não ganhou nem perdeu.
6)- Já menos clara me parece a operação da opção de compra da Cimpor, que pode ser exercida nos próximos 3 anos, ao preço de mercado actual da Cimpor acrescido de 25%.
Do meu ponto de vista esta situação equipara-se à compra de uma opção Call para o número de acções detidas pelo Sr. Fino do tipo out-of-the-money mas com uma maturidade bastante longa, enfim, barata pelo lado do strike mas cara pelo prazo.
Talvez esta "compra" de opções Call da Cimpor pelo Sr. Fino tenha sido a contrapartida oferecida pelo Banco pela troca do detentor correspondente à aquisição de uma posição estratégica do Sr. Fino na Cimpor.
Resta acrescentar que esta operação terá sido certamente feita em mercado OTC, uma vez que não existem opções Cimpor negociadas no mercado de derivados e este valor do brinde da opção tenha sido, estou a especular e pode não corresponder à verdade, o valor do "prémio" oferecido pela aquisição da posição estratégica detida pelo Sr. Fino na Cimpor.
Falta muita informação mas por aquilo que a notícia deu a entender poderá ser uma achega ou uma explicação possível.
Bons negócios a todos.
Cem
O autor não assume responsabilidades por acções tomadas por quem quer que seja nem providencia conselhos de investimento. O autor não faz promessas nem oferece garantias nem sugestões, limita-se a transmitir a sua opinião pessoal. Cada um assume os seus riscos, incluindo os que possam resultar em perdas.
Citações que me assentam bem:
Sucesso é a habilidade de ir de falhanço em falhanço sem perda de entusiasmo – Winston Churchill
Há milhões de maneiras de ganhar dinheiro nos mercados. O problema é que é muito difícil encontrá-las - Jack Schwager
No soy monedita de oro pa caerle bien a todos - Hugo Chávez
O day trader trabalha para se ajustar ao mercado. O mercado trabalha para o trend trader! - Jay Brown / Commodity Research Bureau
Citações que me assentam bem:
Sucesso é a habilidade de ir de falhanço em falhanço sem perda de entusiasmo – Winston Churchill
Há milhões de maneiras de ganhar dinheiro nos mercados. O problema é que é muito difícil encontrá-las - Jack Schwager
No soy monedita de oro pa caerle bien a todos - Hugo Chávez
O day trader trabalha para se ajustar ao mercado. O mercado trabalha para o trend trader! - Jay Brown / Commodity Research Bureau
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AMR-bolsa Escreveu:nunofaustino Escreveu:... fica sem pagar juros dos 300M€ que recebe derivado a uma posição que vendeu, mas que pode re-comprar quando quiser (serão cerca de 40M€) e a CGD ainda fica com o risco das acções descerem... Gda negócio!
Um abr
Nuno
Nuno,
Muito bem acrescentado esse detalhe dos juros.
É um detalhe importantíssimo, e por isso coloquei a bold na citação do Nuno.
Foi uma "venda" 25% acima do valor de mercado e que permite deixar de pagar juros sobre esse mesmo montante.....
Já agora alguém sabe detalhes sobre as condições da renogociação da parte que restou da dívida? Temo que devam ter sido condições "engraçadas" para o Sr. Fino....



Um abraço a todos e BN

nunofaustino Escreveu:... fica sem pagar juros dos 300M€ que recebe derivado a uma posição que vendeu, mas que pode re-comprar quando quiser (serão cerca de 40M€) e a CGD ainda fica com o risco das acções descerem... Gda negócio!
Um abr
Nuno
Nuno,
Muito bem acrescentado esse detalhe dos juros.
Vencer na bolsa (Livro online): http://vencernabolsa.blogspot.com/
A busca da liberdade financeira: http://vencernabolsa.blogspot.com/2008/10/procura-da-liberdade-financeira.html
Em carteira: SEM ACTIVOS.
A busca da liberdade financeira: http://vencernabolsa.blogspot.com/2008/10/procura-da-liberdade-financeira.html
Em carteira: SEM ACTIVOS.
scpnuno Escreveu:Vamos lá com calma
1º O acordo não foi bem esse. Segundo a edição de hoje do jornal de negocios, é um bocadinho diferente
A noticia (que anexo a este post com sublinhados rosa-choque de minha autoria) esclareçe isso.
A CDG estava na posição dificil de optar por uma mão cheia de nada ou outra cheia de coisa nenhuma. Assim, tentou "segurar" algo mais palpavel. Não me pareçe mal. Já não gosto muito do que a opção da CGD pelas acções da Cimpor representa. Porque presumo que poderia optar também pelas do BCP ou SCO. Ao optar pela Cimpor foi as que achou mais seguras - mau sinal para BCP e SCO.
O facto de poderem ser recompradas durante 3 anos, fiquei na duvida de a que preço. Ao de mercado? ao da venda? é que se for ao de mercado, e a Cimpor subir, pode ser um bom negocio para a CGD. Mas tanto isto como a renegociação do remanescente do emprestimo para 7 anos se diluem um bocadinho no facto de Manuel Fino ter cerca de 90 anos (mais um, menos um). Ou ele tem um seguro de vida com cobertura para investimentos, emprestimos e recompras ou uma garantia de que vai viver até aos 120 (Deus queira, que não desejo mal nenhum ao sr. em causa).
Mas continuo a defender o mesmo da semana passada. Quer dizer, os borrões e mamarrachos do Berardo estão bem, as acções da Cimpor não? Apesar da crise, ainda acho uma cimenteira mais valiosa que um quadro, mas são opiniões.
A noticia
(Fonte: Jornal de negocios, que desta vez não comprei, pedi emprestado)
Concordo com o que dizes, no entanto acho que a cor escolhida não tem nada a ver com o assunto!!!

De que vale a pena correr quando estamos na estrada errada?
nunofaustino Escreveu:Quer dizer, ele recebe cerca de 60M de Euros a mais do que devia por uma posição que seria muito complicada de vender dada a conjuntura internacional e a estrutura accionista da CPR, uma opção de compra durante 3 anos mas explicada, fica sem pagar juros dos 300M€ que recebe derivado a uma posição que vendeu, mas que pode re-comprar quando quiser (serão cerca de 40M€) e a CGD ainda fica com o risco das acções descerem... Gda negócio!
Já agora, eu posso beneficiar das mesmas condições? É que se puder, eu compro já 10% da Cimpor e vendo-as à CGD por mais 25%!!!
Isto, na mho, se for como está descrito é um roubo de 100M €!.
Um abr
Nuno
Olá Nuno

Concordo a 200% contigo.
Isto é uma "golpada", um heist, um roubo ao contribuinte.
Mas o que me perturba mais é imaginar.... que tipo de contactos e conexões tem este Sr. (e outros) para sacar negócios destes, e ainda por cima andar tudo meio "abafado" ? É muito perturbador na minha humilde opinião.....
Um abraço a todos e BN

Quer dizer, ele recebe cerca de 60M de Euros a mais do que devia por uma posição que seria muito complicada de vender dada a conjuntura internacional e a estrutura accionista da CPR, uma opção de compra durante 3 anos mas explicada, fica sem pagar juros dos 300M€ que recebe derivado a uma posição que vendeu, mas que pode re-comprar quando quiser (serão cerca de 40M€) e a CGD ainda fica com o risco das acções descerem... Gda negócio!
Já agora, eu posso beneficiar das mesmas condições? É que se puder, eu compro já 10% da Cimpor e vendo-as à CGD por mais 25%!!!
Isto, na mho, se for como está descrito é um roubo de 100M €!.
Um abr
Nuno
Já agora, eu posso beneficiar das mesmas condições? É que se puder, eu compro já 10% da Cimpor e vendo-as à CGD por mais 25%!!!
Isto, na mho, se for como está descrito é um roubo de 100M €!.
Um abr
Nuno
Pluricanal... não obrigado. Serviço péssimo e enganador!!!
Olá a todos
Amigos do caldeirão, a sério, estamos a assistir mais um episódio completamente surreal.... eu não tenho palavras.... completamente nojento..... não vi relevância nenhuma ser dada a este escândalo maciço no telejornal..... temos minutos e minutos a falar sobres a entrega dos prémios do FCP e sobre este roubo descarado ao contribuinte nada!!!!!
..... afinal os romanos tinham razão.... pão e circo...
Começo a chegar a um ponto de descrença total.... alguma coisa tem de ser feita pois isto ultrapassa todos os limites.
Eu não me importo de descontar e contribuir para um bom funcionamento da sociedade... mas não pra este tipo de palhaçadas.....
Como é que a CGD fornece um "brinde" desta magnitude ao Sr. Fino? O que ele tem a perder neste acordo? Na minha humilde opinião nada.
Um abraço a todos os amigos do caldeirão

Amigos do caldeirão, a sério, estamos a assistir mais um episódio completamente surreal.... eu não tenho palavras.... completamente nojento..... não vi relevância nenhuma ser dada a este escândalo maciço no telejornal..... temos minutos e minutos a falar sobres a entrega dos prémios do FCP e sobre este roubo descarado ao contribuinte nada!!!!!



Começo a chegar a um ponto de descrença total.... alguma coisa tem de ser feita pois isto ultrapassa todos os limites.
Eu não me importo de descontar e contribuir para um bom funcionamento da sociedade... mas não pra este tipo de palhaçadas.....
Como é que a CGD fornece um "brinde" desta magnitude ao Sr. Fino? O que ele tem a perder neste acordo? Na minha humilde opinião nada.
Um abraço a todos os amigos do caldeirão

Vamos lá com calma
1º O acordo não foi bem esse. Segundo a edição de hoje do jornal de negocios, é um bocadinho diferente
A noticia (que anexo a este post com sublinhados rosa-choque de minha autoria) esclareçe isso.
A CDG estava na posição dificil de optar por uma mão cheia de nada ou outra cheia de coisa nenhuma. Assim, tentou "segurar" algo mais palpavel. Não me pareçe mal. Já não gosto muito do que a opção da CGD pelas acções da Cimpor representa. Porque presumo que poderia optar também pelas do BCP ou SCO. Ao optar pela Cimpor foi as que achou mais seguras - mau sinal para BCP e SCO.
O facto de poderem ser recompradas durante 3 anos, fiquei na duvida de a que preço. Ao de mercado? ao da venda? é que se for ao de mercado, e a Cimpor subir, pode ser um bom negocio para a CGD. Mas tanto isto como a renegociação do remanescente do emprestimo para 7 anos se diluem um bocadinho no facto de Manuel Fino ter cerca de 90 anos (mais um, menos um). Ou ele tem um seguro de vida com cobertura para investimentos, emprestimos e recompras ou uma garantia de que vai viver até aos 120 (Deus queira, que não desejo mal nenhum ao sr. em causa).
Mas continuo a defender o mesmo da semana passada. Quer dizer, os borrões e mamarrachos do Berardo estão bem, as acções da Cimpor não? Apesar da crise, ainda acho uma cimenteira mais valiosa que um quadro, mas são opiniões.
A noticia
(Fonte: Jornal de negocios, que desta vez não comprei, pedi emprestado)
1º O acordo não foi bem esse. Segundo a edição de hoje do jornal de negocios, é um bocadinho diferente
A noticia (que anexo a este post com sublinhados rosa-choque de minha autoria) esclareçe isso.
A CDG estava na posição dificil de optar por uma mão cheia de nada ou outra cheia de coisa nenhuma. Assim, tentou "segurar" algo mais palpavel. Não me pareçe mal. Já não gosto muito do que a opção da CGD pelas acções da Cimpor representa. Porque presumo que poderia optar também pelas do BCP ou SCO. Ao optar pela Cimpor foi as que achou mais seguras - mau sinal para BCP e SCO.
O facto de poderem ser recompradas durante 3 anos, fiquei na duvida de a que preço. Ao de mercado? ao da venda? é que se for ao de mercado, e a Cimpor subir, pode ser um bom negocio para a CGD. Mas tanto isto como a renegociação do remanescente do emprestimo para 7 anos se diluem um bocadinho no facto de Manuel Fino ter cerca de 90 anos (mais um, menos um). Ou ele tem um seguro de vida com cobertura para investimentos, emprestimos e recompras ou uma garantia de que vai viver até aos 120 (Deus queira, que não desejo mal nenhum ao sr. em causa).
Mas continuo a defender o mesmo da semana passada. Quer dizer, os borrões e mamarrachos do Berardo estão bem, as acções da Cimpor não? Apesar da crise, ainda acho uma cimenteira mais valiosa que um quadro, mas são opiniões.
A noticia
(Fonte: Jornal de negocios, que desta vez não comprei, pedi emprestado)
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Esta é a vantagem da ambição:
Podes não chegar á Lua
Mas tiraste os pés do chão...
Podes não chegar á Lua
Mas tiraste os pés do chão...
Mas daqui a 3 anos se ele recomprar pelo valor de mercado foi um negócio menos mau para a CGD (partindo do principio que o mercado já recuperou)

nunovc Escreveu:Xitonhane Escreveu:julgo que tenha haver com uma posição estratégica da CGD na cimpor...daí o prémio de 25%....
Se fosse pela posição estratégica, não vejo o sentido de haver a cláusula de possibilidade de recompra por parte do Manuel Fino. A mim parece-me mesmo um "favor" para ajudá-lo, prejudicando claramente os contribuintes. E acho que este assunto teria relevância para aparecer em primeiras páginas de jornais.
Editado pela última vez por MNFV em 17/2/2009 15:24, num total de 1 vez.
Na minha modesta opinião é que em Portugal se eu dever ao banco 1000€ eu tenho um problema pois irei ficar sem casa ,sem carro,sem parte do ordenado,sem moveis mas se a minha divida for de 1000 milhoes de € então eu ai já não tenho um problema quem o tem é o banco e terá que ser ele a resolver caso queira senão fica a arder com os € ,infelizmente é a nossa realidade e andamos nós todos que descontamos para o estado a pagar todos estes erros que os "nossos"doutoresecos fazem.Qualquer dia é a TDU,depois o BCP,o BPI,BPN,BPP,...E quem paga?O ZÉ!!!
Abraços
Abraços
Xitonhane Escreveu:julgo que tenha haver com uma posição estratégica da CGD na cimpor...daí o prémio de 25%....
Se fosse pela posição estratégica, não vejo o sentido de haver a cláusula de possibilidade de recompra por parte do Manuel Fino. A mim parece-me mesmo um "favor" para ajudá-lo, prejudicando claramente os contribuintes. E acho que este assunto teria relevância para aparecer em primeiras páginas de jornais.
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- Registado: 16/5/2008 12:01
- Localização: Moscovo/Alentejo
Açor3 Escreveu:AMR-bolsa
Sabe o que é isto??O desespero por parte da CGD em emendar um erro que cometeu com outro erro.É caso para dizer que preferem entre ficar sem nada fazer um mau acordo com este sr.Fino na esperança de ainda recuperar algum.Mas não é caso virgem estes maus negócios têm vindo a acontecer cada vez que um devedor com esta envergadura renogoceia a sua divida principalmente à CGD (ex.Berardos, Teixeiras Duartes e outros),espertos da nossa praça quando encontram por parte dos bancos gestores incompetentes e ainda mt tenrinhos na esperança de a todo o custo apresentarem trabalho ao chefe.Enfim o nosso Portugal no seu melhor.Abraço.
Não sei se tal é legal, mas justo não é.
Se fosse um investidor mais pequeno, digo se tivesse 10.000 ou 20.000 em vez desses milhões concerteza que o banco não as compraria ou não apoiaria e não ficaria como "FIEL DEPOSITÁRIO" durante 3 anos.
Neste caso o investidor pequeno, estaria tramado. Teria de liquidar posição ao preço de mercado ou desenrrascar-se de outra forma.
Disclaimer: Não detenho activos/acções em carteira.
Vencer na bolsa (Livro online): http://vencernabolsa.blogspot.com/
A busca da liberdade financeira: http://vencernabolsa.blogspot.com/2008/10/procura-da-liberdade-financeira.html
Em carteira: SEM ACTIVOS.
A busca da liberdade financeira: http://vencernabolsa.blogspot.com/2008/10/procura-da-liberdade-financeira.html
Em carteira: SEM ACTIVOS.
AMR-bolsa
Sabe o que é isto??O desespero por parte da CGD em emendar um erro que cometeu com outro erro.É caso para dizer que preferem entre ficar sem nada fazer um mau acordo com este sr.Fino na esperança de ainda recuperar algum.Mas não é caso virgem estes maus negócios têm vindo a acontecer cada vez que um devedor com esta envergadura renogoceia a sua divida principalmente à CGD (ex.Berardos, Teixeiras Duartes e outros),espertos da nossa praça quando encontram por parte dos bancos gestores incompetentes e ainda mt tenrinhos na esperança de a todo o custo apresentarem trabalho ao chefe.Enfim o nosso Portugal no seu melhor.Abraço.
Sabe o que é isto??O desespero por parte da CGD em emendar um erro que cometeu com outro erro.É caso para dizer que preferem entre ficar sem nada fazer um mau acordo com este sr.Fino na esperança de ainda recuperar algum.Mas não é caso virgem estes maus negócios têm vindo a acontecer cada vez que um devedor com esta envergadura renogoceia a sua divida principalmente à CGD (ex.Berardos, Teixeiras Duartes e outros),espertos da nossa praça quando encontram por parte dos bancos gestores incompetentes e ainda mt tenrinhos na esperança de a todo o custo apresentarem trabalho ao chefe.Enfim o nosso Portugal no seu melhor.Abraço.
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Teremos Escândalo? ("CGD - Fino")
Noticia retirada do negócios.pt:
Manuel Fino reduz para 10,67%
Caixa paga "prémio" de 25% na compra de acções da Cimpor (act)
A Caixa Geral de Depósitos anunciou hoje a compra de uma posição de 9,58% do capital da Cimpor, tendo pago ao empresário Manuel Fino um total de 305,9 milhões de euros, mais de 25% acima do valor de mercado desta participação financeira.
Sara Antunes
saraantunes@negocios.pt
A Caixa Geral de Depósitos anunciou hoje a compra de uma posição de 9,58% do capital da Cimpor, tendo pago ao empresário Manuel Fino um total de 305,9 milhões de euros, mais de 25% acima do valor de mercado desta participação financeira.
A Investifino, sociedade de Manuel Fino, vendeu hoje fora de bolsa 64.406.000 da Cimpor à Caixa Geral de Depósitos, a 4,75 euros cada uma, quando os títulos fecharam a sessão de hoje a valer 3,79 euros.
A venda desta posição, que totaliza 9,58% do capital da Cimpor, deve-se à liquidação de um empréstimo ao banco por parte do empresário Manuel Fino, que assim reduziu a sua posição no capital da cimenteira para 10,67%.
Esta informação foi veiculada em comunicados da CGD e da Cimpor, confirmam assim a notícia hoje avançada pelo Negócios, que apurou que o investidor vai saldar parte da dívida contraída para comprar acções através da entrega de cerca de 10% da cimenteira à CGD. No entanto, o acordo de reestruturação do financiamento dá a Fino o direito de, a qualquer momento nos próximos três anos, recomprar aquela participação. Durante este período, o banco não pode vender as acções, algo que também é assegurado pelo comunicado emitido esta tarde.
O entendimento entre a Investifino, "holding" pessoal de Manuel Fino, e a Caixa ficou fechado na semana passada e deverá ser formalizado através de um contrato de dação em pagamento, a celebrar nos próximos dias.
Após a aquisição das acções, a CGD passou a deter 64.825.894 acções da Cimpor, o que corresponde a 9,65% do capital da cimenteira.
As acções da Cimpor fecharam nos 3,79 euros, a subirem 1,07%.
Fim da Noticia
Então CGD (banco do "povo") agora apoia ou tenta salvar MANUEL FINO e ainda lhe compra acções com prémio de 25%?
Épa aqui algo está mal. Se Manuel Fino tinha empréstimo sobre os seus investimentos agora usa tais acções para as vender ao "seu credor" e com 25% DE LUCRO?(face ao fecho da cotação a 16 Fev 2009).
Não tem de as liquidar ao preço de mercado?

Aqui algo está errado, ou existem muitos jeitinhos/favores pelo meio.
E CGD NÃO PODE VENDE-LAS DURANTE 3 ANOS...



Ele tem opção de compra...


Esta gente só pode estar a brincar ao Carnaval.
Se durante esses 3 anos elas cairem mais 30% ele ainda por cima pode recompra-las mais baratas... e CGD PERDE 30% assim sem mais nem menos?
Sinceramente, ou estou a ver mal, devido à hora já avançada ou isto vai dar barraca nos próximos dias.
Esperem pelos próximos episódios, vai dar que falar.
Editado pela última vez por Vencer na Bolsa em 17/2/2009 15:55, num total de 1 vez.
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