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Caldeirão da Bolsa

"Esta crise tem aspectos positivos"

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Açor3 » 16/2/2009 21:38

China tem de assumir as suas responsabilidades
Trichet mantém todas as opções em aberto no combate à crise
2009/02/16 20:24Redacção / RPVAAAA
Presidente do BCE diz que não exclui nenhum cenário à partida
O presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, manteve esta «todas as opções estão em aberto» na política monetária para o combate à crise financeira internacional.

«A experiência mostrou-me que temos de nos preparar para situações excepcionais e eu não excluo nada à partida, da mesma forma que não posso comprometer-me com nada antes da altura certa», disse Jean-Claude Trichet, citado pela agência Lusa, em entrevista ao serviço de dados financeiros China Finance.

O Banco Central Europeu já reduziu as taxas de juro em 2,25 por cento desde Outubro, estando agora nos dois pontos percentuais.

Este valor é o mais baixo da última década e os analistas estimam que novas descidas nas taxas de juro possam acontecer no próximo mês.

Na mesma entrevista, o presidente do Banco Central Europeu disse que a China tem de «assumir as responsabilidades globais que tem pela influência económica e financeira que ganhou», sem comentar os apelos para que Pequim permita a valorização do yuan em relação a outras moedas mundiais, o que permitiria a redução dos excedentes comerciais chineses.

Os analistas norte-americanos acusam o governo chinês de estar a manter o yuan artificialmente fraco, o que dá aos exportadores chineses uma vantagem de mercado injusta.

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por Açor3 » 12/2/2009 9:10

Quem sobreviver à crise estará muito melhor"


ROBERTO DORES
Crise. A solução não é aumentar salários, assume economista
Aos 60 anos o economista Daniel Bessa está a assistir à maior crise económica de sempre. Contudo recusa-se a aceitar que a actual recessão sirva de pretexto para que as empresas procedam a despedimentos quando apresentam margens de lucro. Numa conferência que ontem teve lugar em Azeitão (Setúbal) até fez questão de deixar um alerta aos empresários deste país: "Este é um tempo de sofrimento, mas a regra de ouro é sobreviver. Quem sobreviver, no final disto tudo, estará muito melhor."

A crise é "particularmente dura", assume Daniel Bessa que se insurgiu contra a proposta apresentada pelo secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, que apontou os aumentos salariais como uma saída para a recessão em Portugal, melhorando o poder de compra dos portugueses.

Aliás, o economista sublinhou que os 2,9% anunciados para a função pública "estão em cima da cabeça de toda a gente, mesmo no privado", mas recuou à década de 90 para classificar de "erro" e "disparate" os aumentos salariais. Já em relação à proposta de Francisco Louçã, do Bloco de Esquerda, o ex-ministro da Economia de António Guterres não podia estar mais de acordo. "Este é o pior dos momentos para despedir. Não estou a falar de quem tem credores à porta e não tem um cêntimo para lhes pagar, nem de quem para não morrer mata, porque isso é a vida. Até porque não me importo de receber algum em Certificados de Aforro, ou que me cortem uma parte do vencimento. Eu não posso é aceitar que a crise seja um pretexto para agravar a vida seja a quem quer que seja."

Daniel Bessa não arrisca apontar o fim da crise, a qual Portugal tem resistido sem quebras no consumo, sublinhou, mas não tem dúvidas que quem resistir vai colher dividendos. "As empresas não dão lucros suficientes para remunerarem os accionistas aos preços a que estão capitalizadas em Bolsa." Entre as previsões, o economista admite que no final da recessão, os banqueiros passem a "andar atrás" dos clientes para venderem crédito.

"As taxas já estão a cair e com os spreads também vão baixar." Daniel Bessa comparou a actual crise a uma espécie de "purga que elimina um conjunto de erros e desconformidades", admitindo que ficam criadas condições que favorecem "salários mais baixos e produtividades mais altas".|


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por Açor3 » 6/2/2009 10:57

Análise BPI
Previsões do FMI revistas a reboque de condições económicas muito débeis
Lara Wemans, do Departamento de Estudos Económicos e Financeiros do BPI
06/02/09 08:33


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Collapse Comunidade
Partilhe: O FMI apresentou recentemente uma segunda revisão do cenário traçado em Outubro para as principais economias mundiais.

A publicação de duas actualizações intercalares, uma em Novembro e outra em Janeiro, espelha consequente incapacidade das principais instituições de anteciparem o impacto da crise a médio prazo num contexto de instabilidade nos mercados financeiros e de forte contágio da economia real.

Actualmente as previsões do FMI apontam para que 2009 seja o ano de menor crescimento do PIB mundial no período pós II GG. O crescimento de apenas 0.5% previsto para a economia global resulta no cenário do FMI, não só de uma contracção muito significativa nas economias desenvolvidas (-2%) como de uma brusca travagem dos países emergentes (crescimento de 3.3% contra 6.3% em 2008), que têm mostrado sinais de fraqueza inesperados como consequência, nomeadamente, da queda abrupta do comércio internacional, sinal claro da profundidade da crise que vivemos.

No que toca ao Japão, EUA e Zona Euro as previsões do FMI para 2009 são para que esta última seja a mais penalizada contraindo 2%, enquanto que os EUA e o Japão deverão contrair respectivamente 1.6% e 1.7%. Estas estimativas vão essencialmente de encontro às que foram divulgadas pela Comissão Europeia dias antes. Denota-se apenas que a Comissão é mais pessimista relativamente à economia japonesa, para a qual prevê uma contracção de 2.4% este ano. De facto, os dados que têm sido divulgados no que toca ao último trimestre de 2008 indicam, não só um adensar da crise financeira, como uma contracção significativa no comércio mundial. Neste contexto fortemente recessivo, o FMI avisa que os riscos de deflação em algumas economias estão a aumentar apontando para um crescimento dos preços no conjunto das economias desenvolvidas muito anémico, embora positivo (0.3%) em 2009.

Os sinais de que as economias emergentes estão a ser também fortemente fustigadas pela crise têm-se multiplicado desde o início do ano e os agentes económicos tornam-se mais pessimistas o que, num contexto de elevada aversão ao risco, deverá afastar os investidores dos mercados emergentes. De facto, o Institute of International Finance (IIF) publicou recentemente um relatório em que prevê que os fluxos líquidos de capitais para as economias emergentes caiam este ano para cerca de metade face ao pico atingido em 2007, com impactos nocivos, principalmente nas economias que apresentam elevados défices externos. Mesmo as economias que se mostravam melhor preparadas para enfrentar a crise, como a China ou o Brasil, têm apresentado sinais de rápida desaceleração.

Apesar do cenário negro traçado para 2009, as principais organizações a nível mundial continuam a apontar o segundo trimestre de 2009 para o início da retoma, embora tímida, dos indicadores de actividade como corolário das intervenções muito significativas das autoridades a nível monetário e fiscal. É precisamente a singularidade da actuação pública em curso, que aumenta a incerteza quanto ao comportamento da economia a médio prazo tornando as previsões económicas, principalmente para além de 2009, num exercício condenado a rápida desactualização.
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por Açor3 » 6/2/2009 10:52

Empresas
Média de 10 em cada dia
Quase 300 empresas fecharam portas em Janeiro
2009/02/06 08:56Redacção / CPSAAAA
Sector da construção civil foi dos mais afectados
Dez empresas, em média, fecharam as portas em cada dia de Janeiro ou entraram em processo de insolvência.

O sector da construção civil foi dos mais afectados, com mais de 60 firmas a encerrar. Assim, o número de processos de empresas insolventes e falências aumentou 2% no último mês.

Plano do Governo apaga 57 mil desempregados
Governo lança 400 unidades de apoio a desempregados

Os dados, da Informa D&B, empresa que recolhe informação económica, citados pela rádio TSF, mostram que 299 empresas fecharam as portas em Janeiro, ou seja, mais seis do que em igual período do ano passado. Destas 90 são fábricas.

O distrito do Porto continua a ser o local com mais falências, representando 28% do total do país. Seguem-se Lisboa (24%), Braga (16%) e Aveiro (8%).

A maioria abriu há menos de 10 anos e são Pequenas e Médias Empresas (PME), sendo que 70% tem menos de 10 empregados.
A verdade é que as fábricas são o sector económico que tem sido mais afectado pela crise. Perto de 90 fecharam as portas, mais 22% do que em igual período do ano passado.

A construção civil é outro sector em crise com mais de 60 falências registadas no mês de Janeiro.

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Re: "Esta crise tem aspectos positivos"

por pedrom » 6/2/2009 10:05

Açor3 Escreveu:"Esta crise tem aspectos positivos"


MARIA JOÃO ESPADINHA
Entrevista. Luiz Moutinho, professor catedrático de Marketing na Universidade de Glasgow, fala da necessidade de as empresas anteciparem o futuro para não serem engolidas pela mudança. E diz que a crise pode ser benéfica, pois as empresas precisam de ajudar os consumidores para sobreviverem

Há uns anos afirmou que as empresas empurravam os seus produtos para os consumidores a tentar convencê-los de que são adequados. Ainda acontece?

Sim, continua. Todo o paradigma do sistema económico é coordenado pela empresa, que tenta controlar os mercados, impor os seus valores e a sua oferta. Hoje em dia, as coisas mudaram. Com a alavanca tecnológica, há cada vez menos o mercado da empresa para o consumidor, mas sim do consumidor para a empresa. Somos nós que decidimos quais são as marcas e produtos que queremos adoptar. O marketing e a marca, que foram sempre agentes da empresa, são cada vez mais agentes do consumidor. Aí é que o marketing é verdadeiro.

As empresas já perceberam isso?

As empresas continuam sem perceber. Há algumas que estão preocupadas com a mudança e em antecipar o futuro. A sociedade está a mudar. As que não antecipam, que não influenciam o futuro e que só reagem vão realmente ser engolidas pela mudança.

Consegue identificar casos de empresas em Portugal com boas estratégias de marketing?

Não vivo cá há muitos anos, não estou dentro da estratégia das empresas. Mas as multinacionais, por exemplo, fazem um marketing mais tradicional, têm muitos recursos e alocam-nos para convencer, para vender, quando os produtos são cada vez menos vendidos a alguém, mas sim comprados por alguém. Há muitos outros paradigmas de mudança, vivemos numa economia de experiência, de emoções. Hoje em dia, as pessoas têm conhecimento do realismo do que está por detrás de uma marca que não podem ser enganadas com aquilo que nós estamos habituados. As pessoas querem coisas com autenticidade emocional. A maior parte das empresas não, querem maximizar os seus objectivos, têm uma visão de muito curto prazo, tomam as decisões. Estamos cada vez mais a falar de uma sociedade de co-criação, em que os consumidores vão criar valor, os produtos e as mensagens. Veja-se o exemplo da Apple, que a última campanha do iTouch foi criada a partir de um blogue de um consumidor que era tão bom que a empresa pagou-lhe para o usar.

Um dos primeiros impactos de uma crise numa empresa é cortar custos, e um dos primeiros sítios é o marketing...

Sem dúvida, isso demonstra como as empresas vêem o papel e a relevância do marketing. Vêem-no como uma ferramenta de fazer mensagens, campanhas publicitárias, com as quais a maior parte das pessoas são bombardeadas e que não actuam. Ora, cada vez mais o marketing devia ser um agente do consumidor. Em que há produtos que até podem ser inovadores, mas há hipóteses de comunicar um para um. Esta crise até tem aspectos positivos, vemos quase uma definição correcta do marketing - resolver as necessidades das pessoas com lucro. Tem de haver lucro para os dois lados. Até agora, o marketing tem sido enviesado para beneficiar um lado, a empresa.

A opção de cortar no marketing é válida?

São empresas que estão a proceder mal e estão a pagar. Há muitas empresas, não vou citar nomes, que dizem: "O ano passado foi para esquecer." Isto são sinais de que, para além da crise, os consumidores não estão muito contentes.

O consumidor está a mudar com a crise?

No caso português não tenho dados. Mas no caso da Grã-Bretanha, durante as crises nos anos 90, verificámos que os consumidores compravam os mesmos produtos, com a mesma qualidade, mas compravam menos. Agora, os indicadores mostram que estão a comprar produtos mais baratos. Mas também pode estar ligado ao consumo em excesso, as pessoas estão quase asfixiadas... Se for comprar um champô, há um para o caracol da esquerda, para cima, há para tudo. Mas de facto é praticamente a mesma coisa. E as pessoas sabem isso, quando vão comprar um champô vêem 220 marcas, ficam confusas e acabam por sair de lá sem comprar nenhum.

Muitas vezes a sensação é de que as campanhas tratam o consumidor como estúpido...

Exactamente, é um insulto à mente humana. Digo há anos que hei-de estar em Portugal às 21.00 para ver no prime-time os 20 minutos de publicidade. É uma loucura, é uma exposição negativa, uma intrusão. Há muitos estudos que mostram que as pessoas se sentem bombardeadas e não processam.

É possível uma empresa conseguir cativar mais consumidores em tempos de crise?

A estratégia tem de ser de senso comum. Se as pessoas estão em dificuldades, as empresas têm de arranjar uma arquitectura de serviços e de produtos para responder a essas condições. Têm de ajudar, não só olhar para o seu lado e para os seus objectivos, mas têm de ajudar seres humanos que estiveram lá quando as empresas tinham lucro.


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Para não me alargar muito :mrgreen: em comentários, concordo com algumas coisas.
De que vale a pena correr quando estamos na estrada errada?
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"Esta crise tem aspectos positivos"

por Açor3 » 6/2/2009 9:09

"Esta crise tem aspectos positivos"


MARIA JOÃO ESPADINHA
Entrevista. Luiz Moutinho, professor catedrático de Marketing na Universidade de Glasgow, fala da necessidade de as empresas anteciparem o futuro para não serem engolidas pela mudança. E diz que a crise pode ser benéfica, pois as empresas precisam de ajudar os consumidores para sobreviverem

Há uns anos afirmou que as empresas empurravam os seus produtos para os consumidores a tentar convencê-los de que são adequados. Ainda acontece?

Sim, continua. Todo o paradigma do sistema económico é coordenado pela empresa, que tenta controlar os mercados, impor os seus valores e a sua oferta. Hoje em dia, as coisas mudaram. Com a alavanca tecnológica, há cada vez menos o mercado da empresa para o consumidor, mas sim do consumidor para a empresa. Somos nós que decidimos quais são as marcas e produtos que queremos adoptar. O marketing e a marca, que foram sempre agentes da empresa, são cada vez mais agentes do consumidor. Aí é que o marketing é verdadeiro.

As empresas já perceberam isso?

As empresas continuam sem perceber. Há algumas que estão preocupadas com a mudança e em antecipar o futuro. A sociedade está a mudar. As que não antecipam, que não influenciam o futuro e que só reagem vão realmente ser engolidas pela mudança.

Consegue identificar casos de empresas em Portugal com boas estratégias de marketing?

Não vivo cá há muitos anos, não estou dentro da estratégia das empresas. Mas as multinacionais, por exemplo, fazem um marketing mais tradicional, têm muitos recursos e alocam-nos para convencer, para vender, quando os produtos são cada vez menos vendidos a alguém, mas sim comprados por alguém. Há muitos outros paradigmas de mudança, vivemos numa economia de experiência, de emoções. Hoje em dia, as pessoas têm conhecimento do realismo do que está por detrás de uma marca que não podem ser enganadas com aquilo que nós estamos habituados. As pessoas querem coisas com autenticidade emocional. A maior parte das empresas não, querem maximizar os seus objectivos, têm uma visão de muito curto prazo, tomam as decisões. Estamos cada vez mais a falar de uma sociedade de co-criação, em que os consumidores vão criar valor, os produtos e as mensagens. Veja-se o exemplo da Apple, que a última campanha do iTouch foi criada a partir de um blogue de um consumidor que era tão bom que a empresa pagou-lhe para o usar.

Um dos primeiros impactos de uma crise numa empresa é cortar custos, e um dos primeiros sítios é o marketing...

Sem dúvida, isso demonstra como as empresas vêem o papel e a relevância do marketing. Vêem-no como uma ferramenta de fazer mensagens, campanhas publicitárias, com as quais a maior parte das pessoas são bombardeadas e que não actuam. Ora, cada vez mais o marketing devia ser um agente do consumidor. Em que há produtos que até podem ser inovadores, mas há hipóteses de comunicar um para um. Esta crise até tem aspectos positivos, vemos quase uma definição correcta do marketing - resolver as necessidades das pessoas com lucro. Tem de haver lucro para os dois lados. Até agora, o marketing tem sido enviesado para beneficiar um lado, a empresa.

A opção de cortar no marketing é válida?

São empresas que estão a proceder mal e estão a pagar. Há muitas empresas, não vou citar nomes, que dizem: "O ano passado foi para esquecer." Isto são sinais de que, para além da crise, os consumidores não estão muito contentes.

O consumidor está a mudar com a crise?

No caso português não tenho dados. Mas no caso da Grã-Bretanha, durante as crises nos anos 90, verificámos que os consumidores compravam os mesmos produtos, com a mesma qualidade, mas compravam menos. Agora, os indicadores mostram que estão a comprar produtos mais baratos. Mas também pode estar ligado ao consumo em excesso, as pessoas estão quase asfixiadas... Se for comprar um champô, há um para o caracol da esquerda, para cima, há para tudo. Mas de facto é praticamente a mesma coisa. E as pessoas sabem isso, quando vão comprar um champô vêem 220 marcas, ficam confusas e acabam por sair de lá sem comprar nenhum.

Muitas vezes a sensação é de que as campanhas tratam o consumidor como estúpido...

Exactamente, é um insulto à mente humana. Digo há anos que hei-de estar em Portugal às 21.00 para ver no prime-time os 20 minutos de publicidade. É uma loucura, é uma exposição negativa, uma intrusão. Há muitos estudos que mostram que as pessoas se sentem bombardeadas e não processam.

É possível uma empresa conseguir cativar mais consumidores em tempos de crise?

A estratégia tem de ser de senso comum. Se as pessoas estão em dificuldades, as empresas têm de arranjar uma arquitectura de serviços e de produtos para responder a essas condições. Têm de ajudar, não só olhar para o seu lado e para os seus objectivos, mas têm de ajudar seres humanos que estiveram lá quando as empresas tinham lucro.


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