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Caldeirão da Bolsa

Justiça

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Fenicio » 16/2/2009 1:16

Há muito o que se pode falar sobre a responsabilidade social das empresas.

Na minha opinião, a responsabilidade social de uma empresa termina quando ela deixa de dar lucro.

Num mercado livre e aberto como o nosso, esperar responsabilidade social de empresas que estejam a dar prejuízo é, no mínimo, algo irreal.
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por LUSITO » 16/2/2009 1:08

Do meu ponto de vista, importa para o caso concreto, e refiro-me exclusivamente a esse caso, ter presente o seguinte :

1º A responsabilidade social ds Empresa
2º A situação financeira da Empresa e do Grupo em que se integra.
3ª O meio social e econ/ em que se insere

mas,igualmente importante e para o caso decisivo :

Que o Estado, uns anos atrás, vendeu 33% da GALP em condições ruinosas para o interesse público e para os contribuintes que proporcionaram a esse empresário chorudas mais valias e uma posição previlegiada nessa Empresa e nesse sector.

Ora , nada mais justo , que sancionar o dito empresário penalizando-o pelo seu comportamento oportunístico e anti-social , porque na verdade enqunto cidadão um empresário com este estofo suscita-me a maior das desconfianças.

De resto, nada a opor aos despedimentos como ùltima alternativa à sobrevivência do negócio e da Empresa.
A entrevista de Alexandre Soares dos Santos ( JM ) é a este respeito extremamente pedagógica -

1º Reduzo custos 2º reduzo encargos com a Adm e os quadros 3º redução generalizda dos vencimentos e só
em ùltima instância os crueis despedimentos
Um verdadeiro empresário...
 
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por Pata-Hari » 16/2/2009 0:33

smarq, por essa ordem de ideias, não é aceitável ter lucros (sim, porque no limite, e se cada um puder ter algo a dizer no que é aceitável ter-se como lucros, alguém vai sempre achar que qualquer lucro é imoral).

Explica-me então qual o objectivo de correr riscos, abir empresas e gerar empregos? explica-me como é que vão haver empresários a criar empresas e empregos?
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por SMarq » 16/2/2009 0:27

A questão é esta:

Não é aceitável despedir com o objectivo de maiores lucros!! :twisted:
Comprar ao som dos canhões vender ao som dos violões.
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por Fenicio » 16/2/2009 0:20

Concordo com a Pata.

O empresário que hoje é queimado vivo em praça pública ontem era aplaudido por criar empregos directos e indirectos (refiro-me à classe empresarial e não apenas ao empresário em questão).

A economia é muito dinâmica e em tempos de crise o consumo cai e, consequentemente, a produção tem que diminuir. O resultado são os despedimentos que desagradam a sociedade mas que agradam e acalmam os investidores.
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por Pata-Hari » 15/2/2009 21:18

Lusito, quando uma empresa não puder despedir pessoal quando necessita, deixará de fazer sentido começar qualquer empresa. Não existe nenhum modelo de negócio que possa fazer sentido se os empregados tiverem de ser considerados custos eternos. E no dia em que isso acontecer, não vai haver emprego para ninguém, em momento nenhum.
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por LUSITO » 15/2/2009 21:01

A propósito da intenção de proceder a uma
despedimento colectivo anunciada por uma Empresa do mais rico empresário português eu sugeria ao Governo e às autoridades que, como resposta imediata , nacionalizassem a participação que esse dito empresário comprou na GALP exactamente pelo mesmo valor que ele a adquiriu à data, com a prestigiosa colaboração de um antigo, mas nada saudoso, Ministro das Finanças.
Naturalmente com a necessária correcção monetária para não lhe causar qualquer penalização.

Só, toma lá, dá cá, que quem tem o que tu tens, quem extraiu da sociedade a riqueza que conseguiu e toma decisões destas, não se enxerga, não merece a sociedade de que faz parte, não merece o que conquistou .

Devo dizer que não sou adepto de nacionalizações nem me acredito no virtuosismo da gestão pública ( bem pelo contrário ) mas, neste caso, abria uma excepção muito legítima.

De outra forma, creio que a intervenção do Estado no BPN e no BPP foi precipitada, mal calculada e permitirá passar uma branca esponja sobre um conjunto de acções susceptíveis de penalização e ,pior de que isso, transferir para os contribuintes prejuízos de elevada monta que irão onerar futuras gerações.

Um olho no burro e outro no cigano ... bons negócios
 
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