Obrigações
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Boas,
De facto, essa é uma das grandes questões: se estas instituições não conseguirem pagar, quem é que pode?
Até considero a emissão Obrigacionista da EDP igualmente interessante, dado ser uma empresa quase-monopolista em áreas fundamentais do nosso país, não sendo de prever uma derrocada nos próximos 5 anos, ou uma nacionalização. A CGD seguramente terá muito sucesso também ao tentar se recapitalizar desta forma.
Mas mais uma vez, é muito interessante este tipo de investimento sobretudo para quem está disposto a ir até à maturidade dos papéis, que é de 5 anos. O juro oferecido incorpora um risco razoável no atual ambiente financeiro, sem exageros.
Mas, sobre o assunto que acabou por ser um pequeno desvio da questão do tópico, estas taxas de juro, sinalizam já o que pode ser o futuro próximo.
O exemplo que dei sobre o Brasil, aplica-se a qualquer país, caso não exista crédito abundante. Não tenhamos duvidas sobre isso.
É que agora ainda temos os Bancos Centrais a aguentarem o choque da bolha do crédito. Mas isso esgota-se e só agora começamos a ter uma ideia sobre as necessidades reais de financiamento dos Estados, empresas, etc...
Então, e se os BC`s não monetizarem os défices públicos ? E se não comprarem títulos soberanos de longo prazo - também uma forma de monetização?
Já viram bem quantos BILIÕES em dívida nova serão emitidos pela totalidade dos Estados do mundo, só em 2009 ? Há recursos no mercado para isso tudo ??
E se houver, sobram verbas para investir nas empresas e para outros tipos de crédito ? Ou será que os investidores vão exigir um prémio maior, por via do risco acrescido e da escassez de recursos ??
Pela evolução da crise, quer parecer que teremos períodos como os que descrevi antes. Aliás, empresas fidedignas pagam mais de 5% ao ano pelas suas Obrigações num ambiente de preços estagnados (que levariam as ditas a render muito menos). Assim sendo, não parece descabido uma renda fixa de juro a 6, ou 8% ao ano. O dinheiro é uma mercadoria. E como disse antes, juros cobrados pelos Bancos poderiam "explodir" em alta.
Hoje, os Bancos já cobram entre 20 a 30% ao ano, pelo "revolving" dos cartões de crédito. Quem diz que isso não pode vir a ser muito acima.
Não sendo muito pessimista, tenho que encarar este cenário como possível. Aliás, não admitir este cenário, pode implicar num alternativo, igualmente desagradável: não existência de crédito, pura e simplesmente.
E se "eles" querem restabelecer níveis de poupança como no período pré-bolha, não podem negar este cenário.
Boa noite
dj
De facto, essa é uma das grandes questões: se estas instituições não conseguirem pagar, quem é que pode?
Até considero a emissão Obrigacionista da EDP igualmente interessante, dado ser uma empresa quase-monopolista em áreas fundamentais do nosso país, não sendo de prever uma derrocada nos próximos 5 anos, ou uma nacionalização. A CGD seguramente terá muito sucesso também ao tentar se recapitalizar desta forma.
Mas mais uma vez, é muito interessante este tipo de investimento sobretudo para quem está disposto a ir até à maturidade dos papéis, que é de 5 anos. O juro oferecido incorpora um risco razoável no atual ambiente financeiro, sem exageros.
Mas, sobre o assunto que acabou por ser um pequeno desvio da questão do tópico, estas taxas de juro, sinalizam já o que pode ser o futuro próximo.
O exemplo que dei sobre o Brasil, aplica-se a qualquer país, caso não exista crédito abundante. Não tenhamos duvidas sobre isso.
É que agora ainda temos os Bancos Centrais a aguentarem o choque da bolha do crédito. Mas isso esgota-se e só agora começamos a ter uma ideia sobre as necessidades reais de financiamento dos Estados, empresas, etc...
Então, e se os BC`s não monetizarem os défices públicos ? E se não comprarem títulos soberanos de longo prazo - também uma forma de monetização?
Já viram bem quantos BILIÕES em dívida nova serão emitidos pela totalidade dos Estados do mundo, só em 2009 ? Há recursos no mercado para isso tudo ??
E se houver, sobram verbas para investir nas empresas e para outros tipos de crédito ? Ou será que os investidores vão exigir um prémio maior, por via do risco acrescido e da escassez de recursos ??
Pela evolução da crise, quer parecer que teremos períodos como os que descrevi antes. Aliás, empresas fidedignas pagam mais de 5% ao ano pelas suas Obrigações num ambiente de preços estagnados (que levariam as ditas a render muito menos). Assim sendo, não parece descabido uma renda fixa de juro a 6, ou 8% ao ano. O dinheiro é uma mercadoria. E como disse antes, juros cobrados pelos Bancos poderiam "explodir" em alta.
Hoje, os Bancos já cobram entre 20 a 30% ao ano, pelo "revolving" dos cartões de crédito. Quem diz que isso não pode vir a ser muito acima.
Não sendo muito pessimista, tenho que encarar este cenário como possível. Aliás, não admitir este cenário, pode implicar num alternativo, igualmente desagradável: não existência de crédito, pura e simplesmente.
E se "eles" querem restabelecer níveis de poupança como no período pré-bolha, não podem negar este cenário.
Boa noite
dj
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
é só 0.1%? parece-me muito pouco face às outras obrigações emitidas por eles. Tens a certeza que não é 1% acima da euribor?
Não sei se faz sentido vender, depende do preço!
O swap é o valor para o qual tens que olhar quando se está a falar em taxas de mais de um ano (é a taxa à qual estás disposto a trocar a taxa variavel por fixa).
Não sei se faz sentido vender, depende do preço!
O swap é o valor para o qual tens que olhar quando se está a falar em taxas de mais de um ano (é a taxa à qual estás disposto a trocar a taxa variavel por fixa).
Ola, Pata!
Desculpa mas não percebo isso do swap... Será que podes explicar melhor?
Se bem entendo o panfleto, no próximo pagamento de juros o cálculo vai ser feito com base na Euribor + 0,10% o que é francamente menos do que por exemplo as obrigações que estão a ser emitidas pela EDP ou pela REN.
Achas que vale a pena trocar.. ou com a penalização que vou ter por mudar não vale a pena?
Obrigado
JP
Desculpa mas não percebo isso do swap... Será que podes explicar melhor?
Se bem entendo o panfleto, no próximo pagamento de juros o cálculo vai ser feito com base na Euribor + 0,10% o que é francamente menos do que por exemplo as obrigações que estão a ser emitidas pela EDP ou pela REN.
Achas que vale a pena trocar.. ou com a penalização que vou ter por mudar não vale a pena?
Obrigado
JP
Boa Tarde
Eu subscrevi Obrigações do BPI em julho passado com este panfleto. Será possivel esclarecerem-me se de facto tenho o capital garantido ou se tenho risco associado às obrigações?
Como elas estão indexadas à Euribor, existem neste momento outras opções melhores ou devo deixar ficar-me por aqui?
Aqui fica o panfleto...
Obrigado
JP
Eu subscrevi Obrigações do BPI em julho passado com este panfleto. Será possivel esclarecerem-me se de facto tenho o capital garantido ou se tenho risco associado às obrigações?
Como elas estão indexadas à Euribor, existem neste momento outras opções melhores ou devo deixar ficar-me por aqui?
Aqui fica o panfleto...
Obrigado
JP
- Anexos
-
FT_Rvariavel15072008.pdf
- (64.55 KiB) Transferido 162 Vezes
djovarius Escreveu:
Por mim, dispenso, pois acredito que, devido à falta de recursos para a totalidade da brutal emissão de dívida pública + privada, os Bancos terão de pagar por DP e outras formas de captação de recursos juros muito acima do que pagam atualmente. Acredito piamente que se nada for feito, teremos a Banca a pagar 7, 8 ou mesmo 10% enquanto vai cobrar muito mais do que isso nos empréstimos que concede.
Eu já passei por isso nos meus tempos de São Paulo (oh, no, here we go again) onde a taxa de desconto do Banco Central não passava de 12% e inflação de 5% apenas, mas com certificados de depósito a renderem ao depositante cerca de 18% enquanto o crédito ao consumo atingia por vezes 150% ao ano, tendo mesmo atingido 180%. Na publicidade, nem falavam de juro anual, mas sim de juro mensal para não assustar...
Abraço
djovarius
Boa tarde ,
Fiquei curioso em relação a tua análise como podes acreditar que os bancos vão pagar 7 ou 8 % se cada vez mais estão a baixar a renumeração em dp´s ... comparar as taxas do brasil ou o prémio em relação a nós europa parece-me um pouco descabido pois a europa nada têm a ver com essa outra realidade .
Para mim seria bom pois tenho dps e vivo deles nem agora os do bpn (que eram os mais altos) se tornaram agora dos mais baixos ...
tou em crer que quem quiser assegurar uma maior rentabilidade do seu $$$ têm nestes produtos emissão de obrigacionista um bom investimento...
mas ... por isso é que pedi a opinião no topico anterior ...

BOA TARDE
O que acham destas emissões de obrigações quer da CGD quer da EDP são investimentos seguros ..?
Se estas não são quais serão ...!
Tou tentado a colocar parte do meu dinheiro nas obrigações da CGD
alguem já teve acesso ao prospecto ...?
agradeço opinião pois obrigações não são o meu forte...
O que acham destas emissões de obrigações quer da CGD quer da EDP são investimentos seguros ..?
Se estas não são quais serão ...!
Tou tentado a colocar parte do meu dinheiro nas obrigações da CGD
alguem já teve acesso ao prospecto ...?
agradeço opinião pois obrigações não são o meu forte...
Já agora, existem algumas obrigações que são emitidas pelos bancos sobre a dívida de empresas. O risco nestes produtos é cumulativo, ou seja, há o risco da empresa que tomou a dívida não pagar e há o risco do banco que emitiu a obrigação.
É sempre necessário ler muito bem o prospecto e perceber exactamente os riscos associados a um investimento (em particular estes que são de médio/longo prazo e em que a saída em períodos intermédios é sempre muito complicada ou é efectuada a desconto).
Um abr
Nuno
É sempre necessário ler muito bem o prospecto e perceber exactamente os riscos associados a um investimento (em particular estes que são de médio/longo prazo e em que a saída em períodos intermédios é sempre muito complicada ou é efectuada a desconto).
Um abr
Nuno
Pluricanal... não obrigado. Serviço péssimo e enganador!!!
mais outra grande empresa
| Notícias |
EDP emite mil milhões de euros em obrigações
(10-02-2009 - 11:21)
A Energias de Portugal fixou hoje o preço de uma emissão de obrigações a 5 anos, no montante de mil milhões de euros remuneradas com um “spread” de 2,65%.
A EDP vai realizar uma emissão de obrigações no montante de mil milhões de euros, com vencimento em Fevereiro de 2014 e juros à taxa “mid swap” acrescida de um “spread” de 265 pontos base, anunciou a eléctrica em comunicado.
Na sessão de hoje, a taxa “mid swap” a cinco anos situa-se nos 2,99%, pelo que a remuneração das obrigações da EDP é de 5,64%.
A emissão destina-se a “refinanciar a dívida corrente da EDP, alongando o seu prazo de maturidade”, refere o comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
As obrigações serão admitidas à cotação na London Stock Exchange.
Os bancos responsável pela emissão são a ING, UBS, Morgan Stanley, Millennium Investment Banking, Santander e como “co-Leaders” participam o BES Investimento, Mitsubishi UFJ Securities International e a Société Générale.
fonte:
bigonline
| Notícias |
EDP emite mil milhões de euros em obrigações
(10-02-2009 - 11:21)
A Energias de Portugal fixou hoje o preço de uma emissão de obrigações a 5 anos, no montante de mil milhões de euros remuneradas com um “spread” de 2,65%.
A EDP vai realizar uma emissão de obrigações no montante de mil milhões de euros, com vencimento em Fevereiro de 2014 e juros à taxa “mid swap” acrescida de um “spread” de 265 pontos base, anunciou a eléctrica em comunicado.
Na sessão de hoje, a taxa “mid swap” a cinco anos situa-se nos 2,99%, pelo que a remuneração das obrigações da EDP é de 5,64%.
A emissão destina-se a “refinanciar a dívida corrente da EDP, alongando o seu prazo de maturidade”, refere o comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
As obrigações serão admitidas à cotação na London Stock Exchange.
Os bancos responsável pela emissão são a ING, UBS, Morgan Stanley, Millennium Investment Banking, Santander e como “co-Leaders” participam o BES Investimento, Mitsubishi UFJ Securities International e a Société Générale.
fonte:
bigonline
Ah, e esqueci-me de uma hipotese. A entidade pode ainda, se não estiver em condições, adiar o pagamento da dívida e alterar mesmo as condições de repagamento. Foi o que sucedeu recentemente à Argentina. Não é habitual, mas acontece. E o subscritor da dívida vê-se na situação de optar por não receber nada e assumir o default ou aceitar as novas condições de repagamento.
Naturalmente, quanto mais longa for a dívida, maior a probabilidade de isso suceder.
Naturalmente, quanto mais longa for a dívida, maior a probabilidade de isso suceder.
Já agora, e em complemento do post do djo, neste momento a maior parte das casas de investimento recomenda obrigações de corporate. Ao contrário das obrigações de governos, as yields estão fantásticas (porque o medo de falência e a falta de liquidez se reflectiu nos preços). Há mesmo quem recomende shortar obrigações de governos (a goldman gerou um mal estar grande quando fez essa recomendação relativamente à divida americana).
Para ter a certeza que o seu investimento é recuperado, há que manter esses títulos durante o período em causa, neste caso é uma Obrigação a 5 anos.
Caros,
Este assunto das obrigações torna-se no momento actual uma questão interessante dado que tanto a CGD como a REN vão emitir dívida a cerca de 5.5%
um valor sem dúvida melhor que os DP existentes na actualidade.
Agora o que não entendi foi:
Existe a possibilidade de perda de capital no final do prazo das obrigações? (5 anos) não pelas empresas desaparecerem mas sim pelas obrigações desvalorizarem??
Muito obrigado pela atenção,
JR
- Mensagens: 30
- Registado: 20/5/2008 21:01
Exatamente Pata,
Isso é muito relevante. Eu anteciparia que pode haver, após esta fuga em massa inicial para os Depósitos a Prazo e veículos equivalentes, uma procura por Obrigações, já que as ações não equivalem a um investimento de retorno absoluto. Nesse caso, as Obrigações do Tesouro de prazos mais curtos podem ser uma opção, no caso, títulos entre 1 a 3 anos. Para um Estado como o português, isso pode ser útil à medida que os investidores institucionais vão se afastando ou pedindo um "yield" maior. Já os certificados de aforro parecem ser um veículo interessante para prazos mais longos.
Mas até isto implica em menor disponibilidade de crédito pra as as empresas e particulares.
Penso que ainda veremos neste país coisas como crédito direto das lojas ao consumidor, sem juros no muito curto prazo ou com juros em prazos maiores, sem intervenção da Banca ou de entidades financeiras. Em parte isso já ocorre, podendo vir a ser uma prática comum no comércio.
Haveria até a possibilidade de desconto da prestação diretamente do salário do consumidor, situação boa sobretudo para funcionários públicos ou para quem possa comprovar um rendimento estável.
Nem todos poderiam beneficiar disto, tal como só cadeias fortes podem optar por isto, devido ao poder negocial com os fornecedores.
Já me estou a desviar do tema, mas fica o essencial. No futuro, só aceito investir em certos ativos se o rendimento proposto for claramente acima do que se pratica atualmente. Um desses ativos seria claramente uma Obrigação não-soberana como é o caso da que levou a este tópico.
Xau
dj
Isso é muito relevante. Eu anteciparia que pode haver, após esta fuga em massa inicial para os Depósitos a Prazo e veículos equivalentes, uma procura por Obrigações, já que as ações não equivalem a um investimento de retorno absoluto. Nesse caso, as Obrigações do Tesouro de prazos mais curtos podem ser uma opção, no caso, títulos entre 1 a 3 anos. Para um Estado como o português, isso pode ser útil à medida que os investidores institucionais vão se afastando ou pedindo um "yield" maior. Já os certificados de aforro parecem ser um veículo interessante para prazos mais longos.
Mas até isto implica em menor disponibilidade de crédito pra as as empresas e particulares.
Penso que ainda veremos neste país coisas como crédito direto das lojas ao consumidor, sem juros no muito curto prazo ou com juros em prazos maiores, sem intervenção da Banca ou de entidades financeiras. Em parte isso já ocorre, podendo vir a ser uma prática comum no comércio.
Haveria até a possibilidade de desconto da prestação diretamente do salário do consumidor, situação boa sobretudo para funcionários públicos ou para quem possa comprovar um rendimento estável.
Nem todos poderiam beneficiar disto, tal como só cadeias fortes podem optar por isto, devido ao poder negocial com os fornecedores.
Já me estou a desviar do tema, mas fica o essencial. No futuro, só aceito investir em certos ativos se o rendimento proposto for claramente acima do que se pratica atualmente. Um desses ativos seria claramente uma Obrigação não-soberana como é o caso da que levou a este tópico.
Xau
dj
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
Djo, acrescenta que o spread aumenta ou diminui conforme a senioridade das ditas, que o preço pode também diminuir se o clima de instabilidade se mantiver (em média as obrigações cairam em preço mais de 30% no último ano), que é um mercado com liquidez por vezes muito reduzida (tendo um efeito equivalente no preço), etc, etc, etc.
Boa tarde amigos/as,
Muito cuidado com isso. As Obrigações não são isentas de risco. No caso, sendo da CGD, a preocupação não é tanto pelo risco de insolvência da empresa que faz a emissão, já que a Caixa é um Banco do Estado.
É que as Obrigações, após a emissão, são também um activo negociado em mercado aberto, podendo, tal como as ações, perder ou ganhor valor.
Para ter a certeza que o seu investimento é recuperado, há que manter esses títulos durante o período em causa, neste caso é uma Obrigação a 5 anos. No final do período, recupera-se o capital investido, tendo já beneficiado dos juros anuais durante 5 anos, os quais deverão ser superiores a 5% ao ano, o que dá mais de 25% em todo o período.
Há a hipótese de melhoria dos mercados e do regresso da confiança. Nesse caso, o mercado poderia atribuir um maior valor aos ditos títulos, uma vez que estes, actualmente incorporam um nível de risco acima do normal (se é que isto existe), pois "pagam" 225 pontos base acima da taxa de mercado.
Esse "spread" sinaliza clara dificuldade em captar recursos no mercado interbancário, pelo que o Banco prefere emitir dívida para se financiar perante os investidores que, nos últimos tempos, preferem títulos de dívida soberana. Mau sinal para as Empresas.
Ainda assim, este parece ser um interessante investimento se acreditarmos que não haverá subidas significativas do IPP/IPC e se acreditarmos que o ambiente económico estará melhor dentro de alguns anos.
Por mim, dispenso, pois acredito que, devido à falta de recursos para a totalidade da brutal emissão de dívida pública + privada, os Bancos terão de pagar por DP e outras formas de captação de recursos juros muito acima do que pagam atualmente. Acredito piamente que se nada for feito, teremos a Banca a pagar 7, 8 ou mesmo 10% enquanto vai cobrar muito mais do que isso nos empréstimos que concede.
Eu já passei por isso nos meus tempos de São Paulo (oh, no, here we go again) onde a taxa de desconto do Banco Central não passava de 12% e inflação de 5% apenas, mas com certificados de depósito a renderem ao depositante cerca de 18% enquanto o crédito ao consumo atingia por vezes 150% ao ano, tendo mesmo atingido 180%. Na publicidade, nem falavam de juro anual, mas sim de juro mensal para não assustar...
Abraço
djovarius
Muito cuidado com isso. As Obrigações não são isentas de risco. No caso, sendo da CGD, a preocupação não é tanto pelo risco de insolvência da empresa que faz a emissão, já que a Caixa é um Banco do Estado.
É que as Obrigações, após a emissão, são também um activo negociado em mercado aberto, podendo, tal como as ações, perder ou ganhor valor.
Para ter a certeza que o seu investimento é recuperado, há que manter esses títulos durante o período em causa, neste caso é uma Obrigação a 5 anos. No final do período, recupera-se o capital investido, tendo já beneficiado dos juros anuais durante 5 anos, os quais deverão ser superiores a 5% ao ano, o que dá mais de 25% em todo o período.
Há a hipótese de melhoria dos mercados e do regresso da confiança. Nesse caso, o mercado poderia atribuir um maior valor aos ditos títulos, uma vez que estes, actualmente incorporam um nível de risco acima do normal (se é que isto existe), pois "pagam" 225 pontos base acima da taxa de mercado.
Esse "spread" sinaliza clara dificuldade em captar recursos no mercado interbancário, pelo que o Banco prefere emitir dívida para se financiar perante os investidores que, nos últimos tempos, preferem títulos de dívida soberana. Mau sinal para as Empresas.
Ainda assim, este parece ser um interessante investimento se acreditarmos que não haverá subidas significativas do IPP/IPC e se acreditarmos que o ambiente económico estará melhor dentro de alguns anos.
Por mim, dispenso, pois acredito que, devido à falta de recursos para a totalidade da brutal emissão de dívida pública + privada, os Bancos terão de pagar por DP e outras formas de captação de recursos juros muito acima do que pagam atualmente. Acredito piamente que se nada for feito, teremos a Banca a pagar 7, 8 ou mesmo 10% enquanto vai cobrar muito mais do que isso nos empréstimos que concede.
Eu já passei por isso nos meus tempos de São Paulo (oh, no, here we go again) onde a taxa de desconto do Banco Central não passava de 12% e inflação de 5% apenas, mas com certificados de depósito a renderem ao depositante cerca de 18% enquanto o crédito ao consumo atingia por vezes 150% ao ano, tendo mesmo atingido 180%. Na publicidade, nem falavam de juro anual, mas sim de juro mensal para não assustar...
Abraço
djovarius
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
Obrigações
http://www.jornaldenegocios.pt/index.ph ... &id=353402
Quem pode, como e onde é que se podem adquirir obrigações deste genero??
Quem pode, como e onde é que se podem adquirir obrigações deste genero??
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