Comprar casa ou arrendar?
Dada a definicao usada pelo Tiago para "valor de mercado" (e assumindo que a bolsa realmente é um cenario de "competitive Walrasian auction") também estaria inclinado a dizer que as accoes nao se podem "vender ao desbarato", enquanto o imobiliario pode. Digo "estaria" pois, como ele referiu, as accoes tambem podem ser vendidas fora de bolsa.
O ponto fulcral penso ser que, como o mercado em que o imobiliario é negociado nao esta "under conditions of market efficiency, equilibrium, and rational expectations", entao os precos neste mercado nao correspondem ao seu actual valor de mercado.
O ponto fulcral penso ser que, como o mercado em que o imobiliario é negociado nao esta "under conditions of market efficiency, equilibrium, and rational expectations", entao os precos neste mercado nao correspondem ao seu actual valor de mercado.
Editado pela última vez por nunovc em 10/2/2009 18:25, num total de 1 vez.
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goncalonr Escreveu:E pela tua definição, uma acção que é transaccionada fora de bolsa não representa valor de mercado, nem sequer é mercado! Duas entidades não podem, de acordo com a tua definição, definir um preço para compra e venda de acções. Ponto final. Só se for em bolsa. É o que tens dito. Não sou eu.
Não Gonçalo!
Claro que essas duas entidades podem, devem e fazem-nos todos os dias! E por quanto quiserem e bem entenderem. As únicas condições a observar são a legalidade, liberdade e boa-fé da transacção.
Visto que é um negócio particular até podem recorrer a uma permuta. 1.000 acções da empresa E por um terreno de M m2 localizado em L, por exemplo. Feito o negócio qual é o valor de mercado? 1 acção da empresa E vale quantos metros quadrados do terreno em L?
Avalia-se? Claro...
Estás a ver onde quero chegar? Numa economia de mercado a moeda de troca é o dinheiro e o valor de mercado é determinado por competição entre potenciais interessados e nunca por avaliação.
Não sei como te posso explicar melhor o meu ponto de vista. Mas acho que tu já disseste tudo quando escreveste que "eu uso uma definição anglo-saxónica bastante diferente da nossa realidade". Deve ser isso. Em todo o caso era interessante reflectir qual das duas definições prevalece uma vez que os mercados tendem a ser globais...
Um abraço,
Tiago
Bocciardi Escreveu:tmms Escreveu:Não Baccardi! Efectivamente existe uma e uma só casa.
Essa é, precisamente, a característica que confere uma particular especificidade aos activos imobiliários!
Um abraço,
Tiago
Então assumes que tem de ser aquela casa e que caracterísitcas como o número de quartos e localização não existem mais!!!~É só aquela casa que tem aquelas caracterísitcas, o comprador não tem mais opções...
Portanto eu vou às Twin Towers e lá há 2 T1's à venda, iguais em características mas simétricos entre si. Um custa 200k e outro 180k eu não tenho direito de escolha?!?!?
Para mim eu assumo que isto é mercado e a minha escolha seria, de facto o mais barato... Para mim é o mercado a funcionar...
Podem não ser comparáveis. Esta é uma (das muitas) características do imobiliário: 2 imóveis no mesmo prédio, com as mesmas assoalhadas e a mesma área, não são forcosamente iguais. Os acabamentos, a exposição/orientação solar, o piso, etc., tudo elementos que conferem particularidade a um imóvel.
Mas atenção, não se deixem levar: só nisto é que concordo com o tmms



Mas como é óbvio, o comprador tem opções, tem escolha, negoceia, analisa ofertas... o que é que posso dizer? É o mercado!
tmms Escreveu:Não Baccardi! Efectivamente existe uma e uma só casa.
Essa é, precisamente, a característica que confere uma particular especificidade aos activos imobiliários!
Um abraço,
Tiago
Então assumes que tem de ser aquela casa e que caracterísitcas como o número de quartos e localização não existem mais!!!~É só aquela casa que tem aquelas caracterísitcas, o comprador não tem mais opções...
Portanto eu vou às Twin Towers e lá há 2 T1's à venda, iguais em características mas simétricos entre si. Um custa 200k e outro 180k eu não tenho direito de escolha?!?!?
Para mim eu assumo que isto é mercado e a minha escolha seria, de facto o mais barato... Para mim é o mercado a funcionar...
tmms Escreveu:goncalonr Escreveu:Quanto ao facto de, como referes, o valor de mercado ser «definido precisamente pelo mercado através do consenso entre compradores e vendedores», estou de acordo. E perdoa-me, mas estas 2 afirmações dão-me razão: o VM resulta de um acordo entre comprador e vendedor, ao que acrescento, «ambos tendo conhecimento de todos os factos relevantes e sem agirem, em caso algum, sob pressão indevida ou desigualdade de circunstâncias».
Gonçalo,
Coloquei em negrito a nossa divergência conceptual.
Por outras palavras, eu não considero válido (como valor de mercado do activo em questão) o preço P que decorre da venda particular entre V e C. Supõe, só por acaso, que V e C são completamente irracionais e acordam um preço P 100 vezes superior ao que seria atingido em qualquer leilão realizado. Achas lógico aceitar P como valor de mercado? A referência serve para quê?
O cerne da questão é mesmo um vender/um comprador ou muitos vendedores/muitos compradores. Temos uma noção conceptual muito diferente do que é uma economia de mercado, efectivamente.
PS - E, já agora, as acções não se negoceiam exclusivamente em bolsa... Talvez isto esteja, também, relacionado com a nossa divergência conceptual.
Abraço,
Tiago
Não me parece que seja divergência conceptual, não estás a querer ler o que tenho escrito. Aquilo que aqui descreves, já o disse, não é Valor de Mercado.
E nada desta discussão tem a ver com orientações económicas ou políticas nem muito menos com aquilo que cada um acredita ser uma economia de mercado. Não vale a pena procurares distorcer esta discussão.
Gostaria de ver, numa economia fechada, 2 pessoas a transaccionarem particularmente um imóvel, em total liberdade! Por isto mesmo é que nós só temos mercado imobiliário há cerca de 15 anos, antes disso não havia mercado.
E pela tua definição, uma acção que é transaccionada fora de bolsa não representa valor de mercado, nem sequer é mercado! Duas entidades não podem, de acordo com a tua definição, definir um preço para compra e venda de acções. Ponto final. Só se for em bolsa. É o que tens dito. Não sou eu.
Corrijo o que disse acima: talvez tenhamos, sim, alguma divergência conceptual. Parece-me a tua definição de economia de mercado algo redutora. Ou se sabe o preço e ele é conhecido por todos e todos transaccionam àquele preço, ou então se for particularmente combinado... lá se foi o mercado!
Não há mercado automóvel, não há mercado imobiliário, não há mercado de arte, não há mercado de peças antigas. Só há mercado de bens cujo preço se conhece no segundo e que não é alterável por condições nenhumas. No teu conceito de mercado, não há lugar a negociação.
É verdadeiramente redutor...
goncalonr Escreveu:Quanto ao facto de, como referes, o valor de mercado ser «definido precisamente pelo mercado através do consenso entre compradores e vendedores», estou de acordo. E perdoa-me, mas estas 2 afirmações dão-me razão: o VM resulta de um acordo entre comprador e vendedor, ao que acrescento, «ambos tendo conhecimento de todos os factos relevantes e sem agirem, em caso algum, sob pressão indevida ou desigualdade de circunstâncias».
Gonçalo,
Coloquei em negrito a nossa divergência conceptual.
Por outras palavras, eu não considero válido (como valor de mercado do activo em questão) o preço P que decorre da venda particular entre V e C. Supõe, só por acaso, que V e C são completamente irracionais e acordam um preço P 100 vezes superior ao que seria atingido em qualquer leilão realizado. Achas lógico aceitar P como valor de mercado? A referência serve para quê?
O cerne da questão é mesmo um vender/um comprador ou muitos vendedores/muitos compradores. Temos uma noção conceptual muito diferente do que é uma economia de mercado, efectivamente.
PS - E, já agora, as acções não se negoceiam exclusivamente em bolsa... Talvez isto esteja, também, relacionado com a nossa divergência conceptual.
Abraço,
Tiago
tmms Escreveu:Claro que até podemos desviar-nos ainda mais e levar a discussão para o markting e para o valor aparente, etc, etc, etc... Mas eu, pessoalmente, só tenho interesse no valor de mercado. Mas podemos não estar de acordo. Também é saudável.![]()
Um abraço,
Tiago
Então, mas se formos por aqui, para ti qual era o verdadeiro valor de mercado das EDP ren quando foram lançadas para o mercado? Será que a venda àqueles preço foi puro Marketing? Ou achas que houve uma relação entre vendedor e comprador num mercado aberto?
Já agora,
No caso do imobiliário, como só existe um vendedor, os leilões são o mais próximo do mercado em funcionamento. Os acordos de venda particulares (legais e legítimos) entre as partes não ocorrem no mercado! Como decorre do próprio nome são particulares. Logo, este não é o valor de mercado.
Existe só um vendedor, mas existem vários players, pois não existe somente uma e uma só casa... Daí o preço das casas variar, pois o valor de mercado o justifica... Oferta e procura, não? Qualquer um pode fazer esse acordo, com certeza que um vendedor pode ter 10 possíveis compradores, aquele que lhe fizer a melhor oferta, ele escolhe vender ou não, certo? Não chamas a isto mercado?
tmms Escreveu:goncalonr Escreveu:O preço de uma acção é visível. E qual é o seu valor de mercado? O valor de cotação? Ou de avaliação?
O da cotação, Gonçalo. Querias que fosse qual? O do price-target (avaliação)? Se sim, já agora, qual dos vários price-target's?
Numa economia de mercado só existe um valor de mercado. Esse valor é definido precisamente pelo mercado através do consenso entre compradores e vendedores.
No caso do imobiliário, como só existe um vendedor, os leilões são o mais próximo do mercado em funcionamento. Os acordos de venda particulares (legais e legítimos) entre as partes não ocorrem no mercado! Como decorre do próprio nome são particulares. Logo, este não é o valor de mercado.
Isto já para não falar que existem técnicas de venda exercidas por profissionais com o intuito de condicionar quer compradores quer vendedores, logo, tenho sérias reservas relativamente à tua definição de que "o valor de mercado de um imóvel corresponde ao presumível valor da transacção entre um livre comprador e um livre vendedor, ambos tendo conhecimento de todos os factos relevantes e sem agirem, em caso algum, sob pressão indevida ou desigualdade de circunstâncias".
Claro que até podemos desviar-nos ainda mais e levar a discussão para o markting e para o valor aparente, etc, etc, etc... Mas eu, pessoalmente, só tenho interesse no valor de mercado. Mas podemos não estar de acordo. Também é saudável.![]()
Um abraço,
Tiago
E não conseguimos mesmo

Nesse caso, o mesmo problema se aplica no mercado dos carros usados, tb não existe valor de mercado, certo?
Quanto ao facto do valor de mercado ser o da cotação, estou de acordo. Quanto ao facto de, como referes, o valor de mercado ser «definido precisamente pelo mercado através do consenso entre compradores e vendedores», estou de acordo. E perdoa-me, mas estas 2 afirmações dão-me razão: o VM resulta de um acordo entre comprador e vendedor, ao que acrescento, «ambos tendo conhecimento de todos os factos relevantes e sem agirem, em caso algum, sob pressão indevida ou desigualdade de circunstâncias».
Ah, e nunca pensei que no imobiliário não existissem compradores mas só existissem vendedores! E tb não sabia que os acordos de compra/venda particulares não acontecessem no mercado.
As técnicas de venda que falas faz com que não estejamos, muitas vezes, perante um Valor de Mercado porque as permissas identificadas na sua definição não foram cumpridas, como por exemplo, conhecimento de factos relevantes, pressão indevida ou desigualdade de circunstâncias.
Acho, sinceramente, que estás a confundir as coisas. Só porque o imobiliário não é transaccionado num "mercado bolsista", não significa que não haja mercado. Também não há mercado de arte? Ou esse mercado só funciona nas galerias quando há leilões e licitações? Quando um Monet é vendido particularmente, não se está desde logo a definir um patamar de valor, um valor de mercado, para Monets e autores comparáveis?
goncalonr Escreveu:O preço de uma acção é visível. E qual é o seu valor de mercado? O valor de cotação? Ou de avaliação?
O da cotação, Gonçalo. Querias que fosse qual? O do price-target (avaliação)? Se sim, já agora, qual dos vários price-target's?
Numa economia de mercado só existe um valor de mercado. Esse valor é definido precisamente pelo mercado através do consenso entre compradores e vendedores.
No caso do imobiliário, como só existe um vendedor, os leilões são o mais próximo do mercado em funcionamento. Os acordos de venda particulares (legais e legítimos) entre as partes não ocorrem no mercado! Como decorre do próprio nome são particulares. Logo, este não é o valor de mercado.
Isto já para não falar que existem técnicas de venda exercidas por profissionais com o intuito de condicionar quer compradores quer vendedores, logo, tenho sérias reservas relativamente à tua definição de que "o valor de mercado de um imóvel corresponde ao presumível valor da transacção entre um livre comprador e um livre vendedor, ambos tendo conhecimento de todos os factos relevantes e sem agirem, em caso algum, sob pressão indevida ou desigualdade de circunstâncias".
Claro que até podemos desviar-nos ainda mais e levar a discussão para o markting e para o valor aparente, etc, etc, etc... Mas eu, pessoalmente, só tenho interesse no valor de mercado. Mas podemos não estar de acordo. Também é saudável.

Um abraço,
Tiago
tmms Escreveu:Gonçalo, eu não conheço outra definição para valor de mercado de um activo... qualquer que ele seja.
Com base na tua definição de valor de mercado, mais um bocadinho, e conseguimos encaixar nela preços decretados pelo estado. Não está muito longe, acredita.
Se calhar também tens de nos definir o que é, para ti, o mercado!
Abraço,
Tiago
Pois... mas é que eu tb não conheço outra, qualquer que seja o activo! Não concebo como se define um valor para um activo que não seja com base na liberdade e disponibilidade total de informação. E tb não vejo o que é que isso terá a ver com regulação estatal!
goncalonr escreveu:
As acções tb se vendem ao desbarato, essa característica não é (só) do imobiliário.
Não, as acções não se vendem ao desbarato! Vendem-se ao valor do mercado pois é impossível vender abaixo disso.
Abraço,
Tiago
Mas esta é a questão principal da nossa "discussão" e a que verdadeiramente me interessa (o resto são definições e não vamos, nenhum de nós, sair delas

Continuo sem perceber porque é que o imobiliário pode ser vendido ao "desbarato" e as acções não. São activos financeiros, ambos. Têm características diferentes, é verdade, mas ambos têm valor de mercado e ambos têm preço.
O preço de uma acção é visível. E qual é o seu valor de mercado? O valor de cotação? Ou de avaliação?
P.S.- Aproveito para dizer que esta resposta foi proveitosa para mim, pois antes de ir ler isto na Wikipedia eu usaria estes dois conceitos como sinónimos Sempre aprendi qualquer coisa...
Preço e valor são conceitos claramente diferentes...
Pelo que li, parece-me que a vossa contradição de argumentos está relacionada com a definição dos conceitos. Usando as definições da Wikipedia, acho que o Gonçalo se refere a Market Price:
por comparação com Market Value, que o Tiago está a referir:
e como diz na mesma página:
Também adiciono que a definição:
é um pouco vaga, pois como se chega ao presumível valor? Até poderia ser através de um "competitive Walrasian auction setting"
Market price is (...) the price that a good or service is offered at, or will fetch, in the marketplace; (...)
por comparação com Market Value, que o Tiago está a referir:
Market value is the price at which an asset would trade in a competitive Walrasian auction setting
e como diz na mesma página:
Market value and market price are equal only under conditions of market efficiency, equilibrium, and rational expectations.
Também adiciono que a definição:
O valor de mercado corresponde ao presumível valor da transacção entre um livre comprador e um livre vendedo
é um pouco vaga, pois como se chega ao presumível valor? Até poderia ser através de um "competitive Walrasian auction setting"

Editado pela última vez por nunovc em 10/2/2009 15:42, num total de 1 vez.
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Gonçalo, eu não conheço outra definição para valor de mercado de um activo... qualquer que ele seja.
Com base na tua definição de valor de mercado, mais um bocadinho, e conseguimos encaixar nela preços decretados pelo estado. Não está muito longe, acredita.
Se calhar também tens de nos definir o que é, para ti, o mercado!
Abraço,
Tiago
Com base na tua definição de valor de mercado, mais um bocadinho, e conseguimos encaixar nela preços decretados pelo estado. Não está muito longe, acredita.
Se calhar também tens de nos definir o que é, para ti, o mercado!
Abraço,
Tiago
tmms Escreveu:goncalonr Escreveu:«Valor de Mercado de um Imóvel: O valor de mercado corresponde ao presumível valor da transacção entre um livre comprador e um livre vendedor, ambos tendo conhecimento de todos os factos relevantes e sem agirem, em caso algum, sob pressão indevida ou desigualdade de circunstâncias.»
Não, Gonçalo. Está errado...
"Market value is the price at which an asset would trade in a competitive Walrasian auction setting. Market value is often used interchangeably with open market value, fair value or fair market value, although these terms have distinct definitions in different standards, and may differ in some circumstances." in Wikipedia
Por outras palavras. A média de preço de venda de todos os imóveis herdados e vendidos por forma a converter a herança em liquidez é inferior ao preço médio caso os mesmos fossem vendidos em leilões.
Estás a ver a ideia?
Um abraço,
Tiago
Não, não está errado. Provavelmente tu tens uma definição, eu tenho outra.
A definição que te dou é o conceito de Valor de Mercado de um Imóvel para qualquer avaliador. É assim que é definido um valor de mercado: ambas as partes estão cientes do negócio e têm toda a informação em seu poder e hajem se qq tipo de pressões.
Mais ainda, usas uma definição anglo-saxónica bastante diferente da nossa realidade. Ainda mais, nem o RICS apresenta essa definir Market Value... por curiosidade, essa definição vem de onde? Wikipédia? Qual a fonte, bibliografia, qual a Associação que usa esse conceito?
Não vale a pena complicarmos aquilo que não é complicado nem sequer inventar a roda quando ela já existe há anos sem fim...
Eu posso estar muito enganado mas em mais de 10 anos de mercado nunca vi essa definição para Valor de Mercado de um Imóvel nem tão pouco a vi aplicada em nenhuma avaliação.
goncalonr Escreveu:«Valor de Mercado de um Imóvel: O valor de mercado corresponde ao presumível valor da transacção entre um livre comprador e um livre vendedor, ambos tendo conhecimento de todos os factos relevantes e sem agirem, em caso algum, sob pressão indevida ou desigualdade de circunstâncias.»
Não, Gonçalo. Está errado...
"Market value is the price at which an asset would trade in a competitive Walrasian auction setting. Market value is often used interchangeably with open market value, fair value or fair market value, although these terms have distinct definitions in different standards, and may differ in some circumstances." in Wikipedia
Por outras palavras. A média de preço de venda de todos os imóveis herdados e vendidos por forma a converter a herança em liquidez é inferior ao preço médio caso os mesmos fossem vendidos em leilões.
Estás a ver a ideia?
Um abraço,
Tiago
tmms Escreveu:goncalonr Escreveu:As acções tb se vendem ao desbarato, essa característica não é (só) do imobiliário.
Não, as acções não se vendem ao desbarato! Vendem-se ao valor do mercado pois é impossível vender abaixo disso.
Abraço,
Tiago
«Valor de Mercado de um Imóvel: O valor de mercado corresponde ao presumível valor da transacção entre um livre comprador e um livre vendedor, ambos tendo conhecimento de todos os factos relevantes e sem agirem, em caso algum, sob pressão indevida ou desigualdade de circunstâncias.»
Pela sua lógica, uma acção vende-se ao "valor de mercado", mesmo quando há pressão ou desigualdade de circunstãncias. Nunca é "ao desbarato".
A diferença é que o preço de uma acção é conhecido e do um imóvel não, tem de ser cotado por um avaliador. Mas isso não quer dizer que uns sejam vendido "ao desabarato" e outros não. Se uma avaliação de uma empresa indicar X para o valor de uma acção mas o mercado transaccionar a outra, qual é o valor de mercado neste caso?
E se um avaliador indicar Y para o valor de um imóvel e ele for transaccionar por outro valor, isso é vender ao desbarato?
Não me parece, com sinceridade...
Procura superior à oferta
Rendas vão voltar a aumentar
2009/02/10 09:08Sónia Peres PintoAAAA
Associação de mediadores não acredita nesta subida porque diz que valores praticados são demasiados elevados
As rendas vão voltar a aumentar este ano. A explicação é simples: a procura é muita e a oferta é pouca, revelam as mediadoras contactadas pela Agência Financeira Era e Remax, sem adiantarem qual vai ser o valor desta subida.
Também o aumento dos «spreads» por parte das instituições financeiros, assim como a restrição ao crédito levam grande parte dos consumidores a optar pelo arrendamento, em vez da compra de casa. Uma tendência já verificada nos últimos meses do ano passado.
«A oferta ainda está muito desajustada e há certas zonas em que a procura é muito grande, nesses casos é quase inevitável que se assista a um aumento dos preços», refere o relações públicas da Era, Jorge Garcia.
Uma opinião partilhada pelo responsável da Remax, Manuel Alvarez , ao afirmar que «os preços podem subir, se a procura aumentar sem o proporcional aumento da oferta». O que no entender do mesmo, está a acontecer actualmente.
Contraria opinião
Já a Century 21 mostra-se mais optimista e acredita que os valores vão-se manter.
O responsável desta última, Ricardo Sousa, diz, no entanto, que se está a verificar um aumento da procura por rendas mais baratas. «Se no ano passado a média das rendas rondava os 800 euros, este ano procura-se valores mais perto dos 600 euros, ou seja, está-se a optar por tipologias mais pequenas porque apresenta mensalidades mais baixas», salienta.
Uma opinião partilhada pelo novo presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (Apemip), Luís Lima, ao considerar que os actuais valores praticados no mercado de arrendamento «ainda são muito elevados e já não há margem para aumentar mais».
IOL
Rendas vão voltar a aumentar
2009/02/10 09:08Sónia Peres PintoAAAA
Associação de mediadores não acredita nesta subida porque diz que valores praticados são demasiados elevados
As rendas vão voltar a aumentar este ano. A explicação é simples: a procura é muita e a oferta é pouca, revelam as mediadoras contactadas pela Agência Financeira Era e Remax, sem adiantarem qual vai ser o valor desta subida.
Também o aumento dos «spreads» por parte das instituições financeiros, assim como a restrição ao crédito levam grande parte dos consumidores a optar pelo arrendamento, em vez da compra de casa. Uma tendência já verificada nos últimos meses do ano passado.
«A oferta ainda está muito desajustada e há certas zonas em que a procura é muito grande, nesses casos é quase inevitável que se assista a um aumento dos preços», refere o relações públicas da Era, Jorge Garcia.
Uma opinião partilhada pelo responsável da Remax, Manuel Alvarez , ao afirmar que «os preços podem subir, se a procura aumentar sem o proporcional aumento da oferta». O que no entender do mesmo, está a acontecer actualmente.
Contraria opinião
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O responsável desta última, Ricardo Sousa, diz, no entanto, que se está a verificar um aumento da procura por rendas mais baratas. «Se no ano passado a média das rendas rondava os 800 euros, este ano procura-se valores mais perto dos 600 euros, ou seja, está-se a optar por tipologias mais pequenas porque apresenta mensalidades mais baixas», salienta.
Uma opinião partilhada pelo novo presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (Apemip), Luís Lima, ao considerar que os actuais valores praticados no mercado de arrendamento «ainda são muito elevados e já não há margem para aumentar mais».
IOL
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Comprar casa a crédito é mais barato em Portugal que na Europa
As famílias portuguesas estão a pagar menos pelos empréstimos à habitação do que a média da Zona Euro. As instituições financeiras têm vindo a descer os juros cobrados nos créditos, para reflectir a evolução dos juros nos mercados internacionais e isso está a reduzir os encargos das famílias com os empréstimos. Portugal está entre os países com juros mais baratos para os particulares.
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Sara Antunes
saraantunes@negocios.pt
As famílias portuguesas estão a pagar menos pelos empréstimos à habitação do que a média da Zona Euro. As instituições financeiras têm vindo a descer os juros cobrados nos créditos, para reflectir a evolução dos juros nos mercados internacionais e isso está a reduzir os encargos das famílias com os empréstimos. Portugal está entre os países com juros mais baratos para os particulares.
A taxa de juro média cobrada pelas instituições financeiras nacionais nos empréstimos à habitação fixou-se nos 5,03%, em Dezembro de 2008, o que compara com uma média de 5,10% praticada na Zona Euro, de acordo com as estatísticas divulgadas ontem pelo Banco Central Europeu (BCE). Entre os 14 países que revelaram dados, Portugal surge como o sexto país com os juros no crédito à habitação mais elevados. Mas, ainda assim, abaixo da média da região.
Jornal Negócios
As famílias portuguesas estão a pagar menos pelos empréstimos à habitação do que a média da Zona Euro. As instituições financeiras têm vindo a descer os juros cobrados nos créditos, para reflectir a evolução dos juros nos mercados internacionais e isso está a reduzir os encargos das famílias com os empréstimos. Portugal está entre os países com juros mais baratos para os particulares.
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Sara Antunes
saraantunes@negocios.pt
As famílias portuguesas estão a pagar menos pelos empréstimos à habitação do que a média da Zona Euro. As instituições financeiras têm vindo a descer os juros cobrados nos créditos, para reflectir a evolução dos juros nos mercados internacionais e isso está a reduzir os encargos das famílias com os empréstimos. Portugal está entre os países com juros mais baratos para os particulares.
A taxa de juro média cobrada pelas instituições financeiras nacionais nos empréstimos à habitação fixou-se nos 5,03%, em Dezembro de 2008, o que compara com uma média de 5,10% praticada na Zona Euro, de acordo com as estatísticas divulgadas ontem pelo Banco Central Europeu (BCE). Entre os 14 países que revelaram dados, Portugal surge como o sexto país com os juros no crédito à habitação mais elevados. Mas, ainda assim, abaixo da média da região.
Jornal Negócios
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Preços das casas podem cair até 20%
2009/02/10 09:11Sónia Peres PintoAAAA
Redução das taxas de juro com pouco impacto na procura de casa
Para as mediadoras contactadas pela Agência Financeira: Century 21, Era e Remax, esta é uma boa altura para comprar casa, já que os preços poderão vir a baixar ao longo deste ano.
O relações públicas da Era, Jorge Garcia, acredita mesmo que é possível assistir a uma redução dos valores entre os 5 e os 20%, consoante a localização do imóvel e sua procura.
«Neste momento o mercado oferece uma boa oportunidade de encontrar casa a bom preço», salienta o director da Remax, Manuel Alvarez.
Crédito mais apertado
A verdade é que a opinião das mediadoras é unânime: os bancos estão a apertar mais o crédito e, ao mesmo tempo, estão a subir os spreads. Isso significa que, no entender das três marcas, a redução da taxa de juro do Banco Central Europeu (BCE) para os 2% «pouco ou nada se tem reflectido nas mensalidades das casas», o que de acordo com as mesmas, «não está a levar ao aumento da procura de casas».
«Só a redução das taxas de juro por parte do BCE não é suficiente, porque isso não se tem reflectido nas prestações que as famílias portuguesas pagam aos bancos. Por outro lado, as instituições financeiras estão a subir os preços e as comissões, o que leva muitos consumidores a optar pelo arrendamento», refere à AF Jorge Garcia.
O administrador da Century 21, Ricardo Sousa, diz, no entanto, «que apesar de tudo, a procura em Janeiro já registou um acréscimo, principalmente tendo em conta o último semestre».
IOL
2009/02/10 09:11Sónia Peres PintoAAAA
Redução das taxas de juro com pouco impacto na procura de casa
Para as mediadoras contactadas pela Agência Financeira: Century 21, Era e Remax, esta é uma boa altura para comprar casa, já que os preços poderão vir a baixar ao longo deste ano.
O relações públicas da Era, Jorge Garcia, acredita mesmo que é possível assistir a uma redução dos valores entre os 5 e os 20%, consoante a localização do imóvel e sua procura.
«Neste momento o mercado oferece uma boa oportunidade de encontrar casa a bom preço», salienta o director da Remax, Manuel Alvarez.
Crédito mais apertado
A verdade é que a opinião das mediadoras é unânime: os bancos estão a apertar mais o crédito e, ao mesmo tempo, estão a subir os spreads. Isso significa que, no entender das três marcas, a redução da taxa de juro do Banco Central Europeu (BCE) para os 2% «pouco ou nada se tem reflectido nas mensalidades das casas», o que de acordo com as mesmas, «não está a levar ao aumento da procura de casas».
«Só a redução das taxas de juro por parte do BCE não é suficiente, porque isso não se tem reflectido nas prestações que as famílias portuguesas pagam aos bancos. Por outro lado, as instituições financeiras estão a subir os preços e as comissões, o que leva muitos consumidores a optar pelo arrendamento», refere à AF Jorge Garcia.
O administrador da Century 21, Ricardo Sousa, diz, no entanto, «que apesar de tudo, a procura em Janeiro já registou um acréscimo, principalmente tendo em conta o último semestre».
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Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Parece-me obvio que a resposta para a pergunta, arrendar casa ou comprar, depende do projecto de vida de cada um, não existe uma resposta universal.
A realidade um casal com filhos é diferente de um casal sem filhos ou de alguem que vive sozinho, depois temos a profissão, os objectivos profissionais, etc...
Um abraço,
Alexandre Santos
A realidade um casal com filhos é diferente de um casal sem filhos ou de alguem que vive sozinho, depois temos a profissão, os objectivos profissionais, etc...
Um abraço,
Alexandre Santos
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