Off-Topic-Sócrates «recomenda» filme sobre gays
Assunto sensível...
Difícil de comentar sem asneirar. Tentando não baixar o nível diria que a defesa do casamento de homossexuais por parte do Primeiro Ministro se trata de mais um caso de corrupção.
Porquê? Porque o Exmo. Sr. pseudo-engenheiro José Sócrates está a agir em proveito próprio!
Cumprimentos
JoJay
Difícil de comentar sem asneirar. Tentando não baixar o nível diria que a defesa do casamento de homossexuais por parte do Primeiro Ministro se trata de mais um caso de corrupção.
Porquê? Porque o Exmo. Sr. pseudo-engenheiro José Sócrates está a agir em proveito próprio!
Cumprimentos
JoJay
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Re: Sócrates é Gay
Pedro73 Escreveu:
...discutir paneleirisses nesta altura do campeonato só podia vir mesmo da cabeça de um perfeito idiota (sem ofensa).



É-me impossível discordar...



Sócrates é Gay
Cá para mim o Sócrates tem dois problemas:
1) Quer desviar as atenções do caso freeport
2) Está a ver a maioria absoluta a fugir-lhe e quer dar um presente aos seus amigos e amigas invertidas. É bem possivel que se trate de um recalcamento de juventude.
Eu sugeria-lhe que se coligasse com o Paulo Portas que concerteza esse também alinhava no farrobadó !
Quanto aos mais discutir paneleirisses nesta altura do campeonato só podia vir mesmo da cabeça de um perfeito idiota (sem ofensa).
1) Quer desviar as atenções do caso freeport
2) Está a ver a maioria absoluta a fugir-lhe e quer dar um presente aos seus amigos e amigas invertidas. É bem possivel que se trate de um recalcamento de juventude.
Eu sugeria-lhe que se coligasse com o Paulo Portas que concerteza esse também alinhava no farrobadó !
Quanto aos mais discutir paneleirisses nesta altura do campeonato só podia vir mesmo da cabeça de um perfeito idiota (sem ofensa).
Re: Off-Topic-Sócrates «recomenda» filme sobre gays
Açor3 Escreveu:Já sobre a regionalização, José Sócrates, disse almejar que o PS lute, primeiro «por um consenso político» e também por um referendo que institua cinco regiões administrativas em Portugal.
Jobs for the boys (& girls & gays) X 5 !!!!

As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
Niccolò Machiavelli
http://www.facebook.com/atomez
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Re: Off-Topic-Sócrates «recomenda» filme sobre gays
Não sou homosexual mas aconselho o filme "Milk" a qualquer apreciador de bom cinema e já agora, a quem gostar de saber um pouco mais de História (nomeadamente de História política e social) pois tanto quanto sei o filme é relativamente preciso no seu retrato.
Para mim é possivelmente o melhor filme do ano e claramente o melhor filme de Gus Van Sant até agora na sua já de si interessante carreira cinematográfica.
Aliás, já o destaquei no tópico dos filmes por duas vezes.
Quanto ao facto de escolher esses temas para bandeira no momento crítico que atravessamos, parece-me, no mínimo, uma escolha infeliz. Eu certamente sentiria o impulso para fazer bandeira de temas que considero, no momento presente, bem mais pertinentes...
Mas isto sou eu e estas são as minhas opiniões.
Para mim é possivelmente o melhor filme do ano e claramente o melhor filme de Gus Van Sant até agora na sua já de si interessante carreira cinematográfica.
Aliás, já o destaquei no tópico dos filmes por duas vezes.
Quanto ao facto de escolher esses temas para bandeira no momento crítico que atravessamos, parece-me, no mínimo, uma escolha infeliz. Eu certamente sentiria o impulso para fazer bandeira de temas que considero, no momento presente, bem mais pertinentes...
Mas isto sou eu e estas são as minhas opiniões.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Os 4 Gatinhos
Subject: Os 4 Gatinhos
O Joãozinho chega à escola e diz à Sra. Professora:
- A minha gatinha teve 4 gatinhos e são todos do PS.
A professora fica muito espantada com a saída da criança.
No outro dia o Director vai visitar a escola e a Professora como achou muita
piada ao miúdo, pergunta:
- Joãozinho diga lá o que aconteceu à sua gatinha?
Diz o Joãozinho:
- A minha gatinha teve 4 gatinhos e 2 são do PS.
A Professora fica intrigada e diz:
- Então não eram os 4 do PS?
Responde o Joãozinho:
*-* É que 2 já abriram os olhos...
Subject: Os 4 Gatinhos
O Joãozinho chega à escola e diz à Sra. Professora:
- A minha gatinha teve 4 gatinhos e são todos do PS.
A professora fica muito espantada com a saída da criança.
No outro dia o Director vai visitar a escola e a Professora como achou muita
piada ao miúdo, pergunta:
- Joãozinho diga lá o que aconteceu à sua gatinha?
Diz o Joãozinho:
- A minha gatinha teve 4 gatinhos e 2 são do PS.
A Professora fica intrigada e diz:
- Então não eram os 4 do PS?
Responde o Joãozinho:
*-* É que 2 já abriram os olhos...
Re: ..
AC Investor Blog Escreveu:Será este o novo PACOTE de estimulo á economia ?![]()
![]()
Está o máximo
parabéns
desculpa não mandar abraço mas ..
O Ps vai desaparecer com o país
Já fazem a promoção aos homossexuais.. Têm que ver o filme



Só que por trás por mais que entre só sai porcaria

abraço a todas as futuras aberrações
mcarvalho
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Hoje em dia quem não for gay, não não arranja trabalho em estações de TV (refiro-me à Sic) , Teatros, alguns Bancos , por este andar, qualquer dia, os Heterosexuais também vão ser discriminados no acesso à função publica, etc ..
Não se preocupem que depois teremos tratamento vip, com uma medida qualquer que defenderá as espécies com género em vias de extinção, com direito a parceiros/as em cativeiro para acasalar e reproduzir.
Ah, e um emprego no estado.


Não se preocupem que depois teremos tratamento vip, com uma medida qualquer que defenderá as espécies com género em vias de extinção, com direito a parceiros/as em cativeiro para acasalar e reproduzir.
Ah, e um emprego no estado.

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..
Será este o novo PACOTE de estimulo á economia ?




AC Investor Blog
www.ac-investor.blogspot.com -
Análises Técnicas de activos cotados em Wall Street. Os artigos do AC Investor podem também ser encontrados diariamente nos portais financeiros, Daily Markets, Benzinga, Minyanville, Solar Feeds e Wall Street Pit, sendo editor e contribuidor. Segue-me também no Twitter : http://twitter.com/#!/ACInvestorBlog e subscreve a minha newsletter.
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Qualquer dia todo o gajo que o não seja é marginalizado e considerado uma aberração!!!!!! icon_evil.gif
Hoje em dia quem não for gay, não não arranja trabalho em estações de TV (refiro-me à Sic) , Teatros, alguns Bancos , por este andar, qualquer dia, os Heterosexuais também vão ser discriminados no acesso à função publica, etc ...
"Sofremos muito com o pouco que nos falta e gozamos pouco o muito que temos." Shakespeare
Isto é fim..
que se ignorem ,.. que se respeitem... ainda vá que não que não vá.. levem no sítio que quiserem agora que promovam e tentem seduzir os outros? Porra! Onde vamos Parar
Qualquer dia todo o gajo que o não seja é marginalizado e considerado uma aberração!!!!!!
já nem mando abraço
que se ignorem ,.. que se respeitem... ainda vá que não que não vá.. levem no sítio que quiserem agora que promovam e tentem seduzir os outros? Porra! Onde vamos Parar
Qualquer dia todo o gajo que o não seja é marginalizado e considerado uma aberração!!!!!!

já nem mando abraço
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- Registado: 17/2/2004 1:38
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Parece que o povo agora começa a saber o pateta que tem e como trata os seus funcionários! Não confundamos reformas que eram preciso fazer com reformas que ele fez e achincalhou e maltratou os funcion publicou como ele tanto gosta com aquele sorriso amarelo!
Só para vos dar um exemplo: sabiam que uma mulher que esteja grávida não progredia na carreira pq perdeu tempo de serviço??? Só na 5ª versão de revisão e depois de tanto luta é que retirou, e afinal era um direito que assistia à mulher estar grávida. Mas meteu outras medidas PIDESCAS. Por isso é que as pessoas tem medo de falar.E agora com o DIRECTOR k vai para as escolas e é nomeado pelos partidos da autarquia, imaginem o k se vai passar.
Daqui a 10/15 anos as escolas estão uns "chassos" só com ciganada e gente da classe baixa, pq quem tiver possibilid vai para o privado. É o salve-se quem puder o k se passa neste momento com as reformas e desistencia da profissão de professor.
Só para vos dar um exemplo: sabiam que uma mulher que esteja grávida não progredia na carreira pq perdeu tempo de serviço??? Só na 5ª versão de revisão e depois de tanto luta é que retirou, e afinal era um direito que assistia à mulher estar grávida. Mas meteu outras medidas PIDESCAS. Por isso é que as pessoas tem medo de falar.E agora com o DIRECTOR k vai para as escolas e é nomeado pelos partidos da autarquia, imaginem o k se vai passar.
Daqui a 10/15 anos as escolas estão uns "chassos" só com ciganada e gente da classe baixa, pq quem tiver possibilid vai para o privado. É o salve-se quem puder o k se passa neste momento com as reformas e desistencia da profissão de professor.
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- Registado: 8/1/2004 13:14
O "gajo" e/ou a sua equipa são excelentes estrategas e já deram muitas provas disso.
E este é mais um exemplo. O que pode haver de melhor para desviar as atenções do Freeport enquanto ele enterra a porcaria que andou a fazer?
Casamentos gay, eutanásia, regionalização.... etc,etc
E este é mais um exemplo. O que pode haver de melhor para desviar as atenções do Freeport enquanto ele enterra a porcaria que andou a fazer?
Casamentos gay, eutanásia, regionalização.... etc,etc
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O "gajo" só pode estar a brincar!
A quantidade de pessoas que passam fome é impressionante! O "palerma" continua a fazer de conta que "no pasa nada". E agora só pensa nos gays?
Eu estou com uma vontade de lhes ir aos "bofes" que não digo nada!
Há limites para tudo! Esse "gajo" mentiroso até dizer chega têm de sair o quanto antes e olhem que já é tarde, PODEM CRER!
O "barco" está a afundar tipo "TITACNIC" e estes abéculas lá na ponte de comando a fingir que o estão a dirigir? NÃO SE DEIXEM ILUDIR ISTO QUE SE ESTÁ A A PASSAR É GRAVISSÍMO!
A quantidade de pessoas que passam fome é impressionante! O "palerma" continua a fazer de conta que "no pasa nada". E agora só pensa nos gays?
Eu estou com uma vontade de lhes ir aos "bofes" que não digo nada!
Há limites para tudo! Esse "gajo" mentiroso até dizer chega têm de sair o quanto antes e olhem que já é tarde, PODEM CRER!
O "barco" está a afundar tipo "TITACNIC" e estes abéculas lá na ponte de comando a fingir que o estão a dirigir? NÃO SE DEIXEM ILUDIR ISTO QUE SE ESTÁ A A PASSAR É GRAVISSÍMO!
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- Registado: 3/5/2007 13:55
- Localização: LISBOA
É com temas destes que ele desvia as atenções....
Concordo com ele em maior parte das coisas. Considero-o um dos melhores presidentes que Portugal alguma vez teve. Mas não posso consentir que alguem com tantas historias mal contadas possa ser eleito novamente. Não irei votar nele, por uma questão de princípio. Mas com muita pena minha, pois gosto das suas iniciativas...
Concordo com ele em maior parte das coisas. Considero-o um dos melhores presidentes que Portugal alguma vez teve. Mas não posso consentir que alguem com tantas historias mal contadas possa ser eleito novamente. Não irei votar nele, por uma questão de princípio. Mas com muita pena minha, pois gosto das suas iniciativas...
Apresentação da moção em Coimbra
Sócrates: regionalização e casamento de homossexuais são bandeiras da esquerda do povo
07.02.2009 - 20h56 Lusa
O secretário-geral do PS, José Sócrates, classificou hoje em Coimbra a regionalização e o casamento entre homossexuais como bandeiras que identificam o Partido Socialista com a esquerda progressista e a esquerda do povo.
"Proponho-vos que no próximo programa eleitoral assumamos estas duas bandeiras que identificam o Partido Socialista como a verdadeira força da esquerda progressista, da esquerda moderna, da esquerda do povo", disse José Sócrates perante mais de meio milhar de militantes e simpatizantes do PS.
Aludindo ao casamento civil entre homossexuais, o líder socialista recomendou aos participantes na sessão de esclarecimento sobre a moção "PS: A força da mudança" - que apresentará ao XVI congresso nacional do partido entre 27 de Fevereiro e 01 de Março, em Espinho - o filme "Milk", a biografia de um dos primeiros políticos assumidamente homossexuais na América dos anos 70.
Sócrates aludiu a factos muito recentes: "Não tem a ver com 100 anos atrás, tem a ver com a nossa geração. Eu não tenho nenhum orgulho na forma como a sociedade portuguesa e outras sociedades discriminavam os homossexuais ainda há umas décadas atrás", sublinhou.
O dirigente socialista frisou que a defesa do casamento entre homossexuais "não é uma vitória de uma minoria sobre uma maioria", mas uma vitória "de todos" e em nome "dos valores se sempre do PS", promovendo "uma sociedade mais aberta, livre, tolerante, humana e uma sociedade que luta contra todas as formas de discriminação", referiu.
Jornal Publico
Sócrates: regionalização e casamento de homossexuais são bandeiras da esquerda do povo
07.02.2009 - 20h56 Lusa
O secretário-geral do PS, José Sócrates, classificou hoje em Coimbra a regionalização e o casamento entre homossexuais como bandeiras que identificam o Partido Socialista com a esquerda progressista e a esquerda do povo.
"Proponho-vos que no próximo programa eleitoral assumamos estas duas bandeiras que identificam o Partido Socialista como a verdadeira força da esquerda progressista, da esquerda moderna, da esquerda do povo", disse José Sócrates perante mais de meio milhar de militantes e simpatizantes do PS.
Aludindo ao casamento civil entre homossexuais, o líder socialista recomendou aos participantes na sessão de esclarecimento sobre a moção "PS: A força da mudança" - que apresentará ao XVI congresso nacional do partido entre 27 de Fevereiro e 01 de Março, em Espinho - o filme "Milk", a biografia de um dos primeiros políticos assumidamente homossexuais na América dos anos 70.
Sócrates aludiu a factos muito recentes: "Não tem a ver com 100 anos atrás, tem a ver com a nossa geração. Eu não tenho nenhum orgulho na forma como a sociedade portuguesa e outras sociedades discriminavam os homossexuais ainda há umas décadas atrás", sublinhou.
O dirigente socialista frisou que a defesa do casamento entre homossexuais "não é uma vitória de uma minoria sobre uma maioria", mas uma vitória "de todos" e em nome "dos valores se sempre do PS", promovendo "uma sociedade mais aberta, livre, tolerante, humana e uma sociedade que luta contra todas as formas de discriminação", referiu.
Jornal Publico
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
A política tem opção sexual?
Visibilidade de políticos homossexuais não se reflecte em Portugal, onde a tradição cultural não admite o escrutínio da vida particular dos indivíduos que são candidatos a cargos públicos
00h30m
ELMANO MADAIL
A orientação sexual dos actores políticos, designadamente homossexuais, tem tido uma visibilidade inusitada nos média. Seja pela nomeação para cargos de destaque, como ocorreu nos EUA e na Islândia, seja pela estreia recente do filme "Milk".
Realizado por Gus Van Sant, biografa Harvey Milk, o primeiro político assumidamente gay eleito nos EUA. Na circunstância, para a Câmara Municipal de San Francisco, em 1977. A Presidência actual das edilidades de Paris e de Berlim estão entregues, também, a homens que tornaram pública a sua condição gay. Mas, se no estrangeiro os políticos começam a "sair do armário" (ver caixa), em Portugal a realidade é outra: nunca houve, nem no Governo nem na Assembleia da República, e tampouco à escala autárquica, um político cuja homossexualidade tenha sido declarada.
E, todavia, a questão não parece irrelevante. Bem pelo contrário, sempre que foi publicamente abordada, terá sido pela via da infâmia, tentando projectar uma imagem negativa sobre o visado. Assim, ocorre perguntar: por que é que a orientação sexual de cada qual é ainda um anátema no universo político nacional? Por que é que os políticos portugueses homossexuais, a existirem, não se assumem? E, afinal, seria desejável que o fizessem?
Heteronormatividade do poder
Os analistas dos fenómenos sociais indicam vários factores passíveis de explicar a vigência de certa "heteronormatividade do poder" em Portugal. Desde logo, a diferença de contexto, conforme observa José Manuel Leite Viegas, professor de Sociologia do ISCTE: "A cultura política norte-americana é distinta da europeia. Aqui, há uma ética partilhada entre políticos e jornalistas, por exemplo, em que a vida privada não constitui interesse público. A não ser, talvez, ressalva, em questões de carácter, que servirão para aferir da sua coerência, ao comparar a conduta com o discurso", diz. "Mas, nos EUA, é encarado como legítimo que a vida privada dos indivíduos seja tomada como factor de análise dos candidatos a cargos públicos".
Esse escrutínio é prenhe de exemplos, avultando o caso do governador de New Jersey, James McGreevey. Casado e pai de duas crianças, resignou em Novembro de 2004, revelando, na altura, a sua homossexualidade. "Se a mantivesse secreta", justificou, deixaria o gabinete de governador "vulnerável a rumores, falsas alegações e ameaças". Mais feliz foi John Berry, nomeado para a chefia do Gabinete de Recursos Humanos pelo presidente dos EUA, Barack Obama, em meados do mês passado. Homossexual assumido, a escolha de Berry foi vista como um gesto simbólico, a recusa da discriminação laboral em função das opções sexuais.
Entre a nomeação de Berry e a desventura de Milk - assassinado em 1978 - passaram 30 anos. Hiato que modificou mentalidades nos EUA, no Mundo e também em Portugal. Segundo um estudo de Viegas, "numa década (1990-99), a discriminação registou diminuição significativa", garante. Mas não tanto quanto o desejável, segundo Isabel Estrada, professora de Ciência Política. "Porque a sociedade portuguesa é ainda muito ligada à Igreja Católica, cuja hierarquia encara a homossexualidade, de forma muito clara, como doença. Um desvio", sublinha a docente da Universidade do Minho.
Sendo o sistema político-partidário nacional reflexo do país, partilha das suas virtudes e defeitos. Como a pequenez e o preconceito, decorrentes, segundo Miguel Vale de Almeida, antropólogo ligado à defesa dos direitos dos homossexuais, da falta de valores de cidadania: "O percurso clássico das elites passa pelo ingresso nos aparelhos partidários e pela construção da carreira a partir de lá, sem activismo associativo anterior", diz. Por isso, aquele docente do ISCTE afirma que, "embora haja muitos homossexuais na vida política nacional, não assumem".
Diz Vale de Almeida que "padecem de 'homofobia interiorizada', isto é, eles próprios acham que há algo de errado com essa condição". E presumem que a maioria da população, e putativo eleitorado, também o entenda assim.
Resulta daqui, dessa valoração negativa, não só o secretismo, mas também, no âmbito de combates políticos, o recurso à insinuação da homossexualidade do adversário para denegrir a sua imagem. Ficaram tristemente célebres as alegações de um histórico do PS, Carlos Candal, sobre a existência de um "lóbi gay" no país, e, mais recentemente, no contexto da campanha eleitoral para as legislativas de 2005, o que foi lido como insinuações do então líder do PSD, Santana Lopes, dirigidas ao oponente José Sócrates, candidato do PS à chefia do Governo.
"O uso negativo da homossexualidade pretende fragilizar o outro, e torna-se mais grave se é usado por um político", diz Estrada. "Porque esses têm consciência do preconceito, instrumentalizam-no para ter impacto na opinião pública. Levanta-se a suspeição da tendência sexual do outro porque se sabe que, no fundo, vai gerar efeitos numa população que ainda é sensível à questão. Na Islândia, presumo que não teria consequências", afirma, referindo-se à nomeação de Johanna Sigurdardottir, lésbica assumida, para a chefia do Governo interino daquele país na bancarrota.
Intimidade não escrutinável
Na verdade, em Portugal também não teve. O eleitorado ignorou as insinuações e deu a Sócrates a primeira maioria absoluta do PS, como realça Vale de Almeida: "O efeito esperado pelos que usam argumentos homofóbicos é menor do que julgam; pelo contrário, até será pernicioso para os fomentadores desse género de discurso", garante. Afinal, as mentalidades mudam. Mas não tanto que permita aos políticos portugueses "sair do armário", e os analistas também não o prevêem a breve trecho. Por um lado, salienta Vale de Almeida, porque "os partidos não se declaravam, até há pouco, contrários à desigualdade baseada na orientação sexual"; por outro, porque "há o receio dos custos políticos, quiçá familiares e profissionais, que teria", salienta Isabel Estrada, embora lhe pareça que "o primeiro que o fizer ganhará com isso, por ser uma pedrada no charco".
Viegas prevê, todavia, uma agitação das águas: "Na medida em que a censura social está muito mais atenuada, é natural que as pessoas se assumam, e que essa atitude venha a penetrar, depois, o universo político", conjectura. Este não será, porém, o momento. "Quando a sociedade se encontra num patamar em que tem de lidar com questões básicas, como o emprego, por exemplo, não há disposição intelectual para atentar a causas como a homossexualidade", alerta Estrada. Assim, num país em crise ocorre, também, a deflação da visibilidade gay.
Mas há ainda outro aspecto, mais estruturante, que obsta à assunção dos actores políticos homossexuais - a ética. "Mesmo que haja maior abertura da sociedade, muitos políticos não querem, sequer, abrir a porta para que a sua orientação sexual se torne factor de análise do seu desempenho enquanto políticos", diz Viegas. "A política tem de ser o escrutínio das capacidades do indivíduo, e é tudo. A esfera íntima não é escrutinável".
Jornal Noticias
Visibilidade de políticos homossexuais não se reflecte em Portugal, onde a tradição cultural não admite o escrutínio da vida particular dos indivíduos que são candidatos a cargos públicos
00h30m
ELMANO MADAIL
A orientação sexual dos actores políticos, designadamente homossexuais, tem tido uma visibilidade inusitada nos média. Seja pela nomeação para cargos de destaque, como ocorreu nos EUA e na Islândia, seja pela estreia recente do filme "Milk".
Realizado por Gus Van Sant, biografa Harvey Milk, o primeiro político assumidamente gay eleito nos EUA. Na circunstância, para a Câmara Municipal de San Francisco, em 1977. A Presidência actual das edilidades de Paris e de Berlim estão entregues, também, a homens que tornaram pública a sua condição gay. Mas, se no estrangeiro os políticos começam a "sair do armário" (ver caixa), em Portugal a realidade é outra: nunca houve, nem no Governo nem na Assembleia da República, e tampouco à escala autárquica, um político cuja homossexualidade tenha sido declarada.
E, todavia, a questão não parece irrelevante. Bem pelo contrário, sempre que foi publicamente abordada, terá sido pela via da infâmia, tentando projectar uma imagem negativa sobre o visado. Assim, ocorre perguntar: por que é que a orientação sexual de cada qual é ainda um anátema no universo político nacional? Por que é que os políticos portugueses homossexuais, a existirem, não se assumem? E, afinal, seria desejável que o fizessem?
Heteronormatividade do poder
Os analistas dos fenómenos sociais indicam vários factores passíveis de explicar a vigência de certa "heteronormatividade do poder" em Portugal. Desde logo, a diferença de contexto, conforme observa José Manuel Leite Viegas, professor de Sociologia do ISCTE: "A cultura política norte-americana é distinta da europeia. Aqui, há uma ética partilhada entre políticos e jornalistas, por exemplo, em que a vida privada não constitui interesse público. A não ser, talvez, ressalva, em questões de carácter, que servirão para aferir da sua coerência, ao comparar a conduta com o discurso", diz. "Mas, nos EUA, é encarado como legítimo que a vida privada dos indivíduos seja tomada como factor de análise dos candidatos a cargos públicos".
Esse escrutínio é prenhe de exemplos, avultando o caso do governador de New Jersey, James McGreevey. Casado e pai de duas crianças, resignou em Novembro de 2004, revelando, na altura, a sua homossexualidade. "Se a mantivesse secreta", justificou, deixaria o gabinete de governador "vulnerável a rumores, falsas alegações e ameaças". Mais feliz foi John Berry, nomeado para a chefia do Gabinete de Recursos Humanos pelo presidente dos EUA, Barack Obama, em meados do mês passado. Homossexual assumido, a escolha de Berry foi vista como um gesto simbólico, a recusa da discriminação laboral em função das opções sexuais.
Entre a nomeação de Berry e a desventura de Milk - assassinado em 1978 - passaram 30 anos. Hiato que modificou mentalidades nos EUA, no Mundo e também em Portugal. Segundo um estudo de Viegas, "numa década (1990-99), a discriminação registou diminuição significativa", garante. Mas não tanto quanto o desejável, segundo Isabel Estrada, professora de Ciência Política. "Porque a sociedade portuguesa é ainda muito ligada à Igreja Católica, cuja hierarquia encara a homossexualidade, de forma muito clara, como doença. Um desvio", sublinha a docente da Universidade do Minho.
Sendo o sistema político-partidário nacional reflexo do país, partilha das suas virtudes e defeitos. Como a pequenez e o preconceito, decorrentes, segundo Miguel Vale de Almeida, antropólogo ligado à defesa dos direitos dos homossexuais, da falta de valores de cidadania: "O percurso clássico das elites passa pelo ingresso nos aparelhos partidários e pela construção da carreira a partir de lá, sem activismo associativo anterior", diz. Por isso, aquele docente do ISCTE afirma que, "embora haja muitos homossexuais na vida política nacional, não assumem".
Diz Vale de Almeida que "padecem de 'homofobia interiorizada', isto é, eles próprios acham que há algo de errado com essa condição". E presumem que a maioria da população, e putativo eleitorado, também o entenda assim.
Resulta daqui, dessa valoração negativa, não só o secretismo, mas também, no âmbito de combates políticos, o recurso à insinuação da homossexualidade do adversário para denegrir a sua imagem. Ficaram tristemente célebres as alegações de um histórico do PS, Carlos Candal, sobre a existência de um "lóbi gay" no país, e, mais recentemente, no contexto da campanha eleitoral para as legislativas de 2005, o que foi lido como insinuações do então líder do PSD, Santana Lopes, dirigidas ao oponente José Sócrates, candidato do PS à chefia do Governo.
"O uso negativo da homossexualidade pretende fragilizar o outro, e torna-se mais grave se é usado por um político", diz Estrada. "Porque esses têm consciência do preconceito, instrumentalizam-no para ter impacto na opinião pública. Levanta-se a suspeição da tendência sexual do outro porque se sabe que, no fundo, vai gerar efeitos numa população que ainda é sensível à questão. Na Islândia, presumo que não teria consequências", afirma, referindo-se à nomeação de Johanna Sigurdardottir, lésbica assumida, para a chefia do Governo interino daquele país na bancarrota.
Intimidade não escrutinável
Na verdade, em Portugal também não teve. O eleitorado ignorou as insinuações e deu a Sócrates a primeira maioria absoluta do PS, como realça Vale de Almeida: "O efeito esperado pelos que usam argumentos homofóbicos é menor do que julgam; pelo contrário, até será pernicioso para os fomentadores desse género de discurso", garante. Afinal, as mentalidades mudam. Mas não tanto que permita aos políticos portugueses "sair do armário", e os analistas também não o prevêem a breve trecho. Por um lado, salienta Vale de Almeida, porque "os partidos não se declaravam, até há pouco, contrários à desigualdade baseada na orientação sexual"; por outro, porque "há o receio dos custos políticos, quiçá familiares e profissionais, que teria", salienta Isabel Estrada, embora lhe pareça que "o primeiro que o fizer ganhará com isso, por ser uma pedrada no charco".
Viegas prevê, todavia, uma agitação das águas: "Na medida em que a censura social está muito mais atenuada, é natural que as pessoas se assumam, e que essa atitude venha a penetrar, depois, o universo político", conjectura. Este não será, porém, o momento. "Quando a sociedade se encontra num patamar em que tem de lidar com questões básicas, como o emprego, por exemplo, não há disposição intelectual para atentar a causas como a homossexualidade", alerta Estrada. Assim, num país em crise ocorre, também, a deflação da visibilidade gay.
Mas há ainda outro aspecto, mais estruturante, que obsta à assunção dos actores políticos homossexuais - a ética. "Mesmo que haja maior abertura da sociedade, muitos políticos não querem, sequer, abrir a porta para que a sua orientação sexual se torne factor de análise do seu desempenho enquanto políticos", diz Viegas. "A política tem de ser o escrutínio das capacidades do indivíduo, e é tudo. A esfera íntima não é escrutinável".
Jornal Noticias
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Off-Topic-Sócrates «recomenda» filme sobre gays
Secretário-geral do PS diz que Regionalização e casamento de homossexuais são bandeiras da esquerda do povo
«Proponho-vos que no próximo programa eleitoral assumamos estas duas bandeiras que identificam o Partido Socialista como a verdadeira força da esquerda progressista, da esquerda moderna, da esquerda do povo», disse José Sócrates durante perante mais de meio milhar de militantes e simpatizantes do PS.
Aludindo ao casamento civil entre homossexuais, o líder socialista recomendou aos participantes na sessão de esclarecimento sobre a moção «PS: A força da mudança» - que apresentará ao XVI congresso nacional do partido entre 27 de Fevereiro e 1 de Março, em Espinho - o filme «Milk», a biografia de um dos primeiros políticos assumidamente homossexuais na América dos anos 70.
«Por uma sociedade mais aberta»
Sócrates aludiu a factos muito recentes: «Não tem a ver com 100 anos atrás, tem a ver com a nossa geração. Eu não tenho nenhum orgulho na forma como a sociedade portuguesa e outras sociedades discriminavam os homossexuais ainda há umas décadas atrás», sublinhou.
O dirigente socialista frisou que a defesa do casamento entre homossexuais «não é uma vitória de uma minoria sobre uma maioria», mas uma vitória «de todos» e em nome «dos valores de sempre do PS», promovendo «uma sociedade mais aberta, livre, tolerante, humana e uma sociedade que luta contra todas as formas de discriminação», referiu.
«Regionalização para distribuir o poder»
Já sobre a regionalização, José Sócrates, disse almejar que o PS lute, primeiro «por um consenso político» e também por um referendo que institua cinco regiões administrativas em Portugal. «Eu quero que haja regionalização para distribuir o poder», disse.
Durante um discurso que se prolongou por quase 50 minutos, Sócrates definiu o PS como um partido da esquerda progressista. «Não somos da esquerda imobilista, da esquerda parada no tempo, não queremos as tradicionais receitas que estão esgotadas», frisou.
Sócrates recordou diversas medidas postas em prática pelo Governo que lidera, em áreas como a educação, nas quais, sublinhou, o executivo socialista tem «obra feita e que pede meças seja a quem for».
«O país a preto e branco»
Antes da intervenção do secretário-geral do PS, o líder da Juventude Socialista (JS), Duarte Cordeiro, usou da palavra para criticar a líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, que disse representar «o país a preto e branco».
«É o país a preto e branco, é o século passado», frisou o dirigente da JS, aludindo às declarações da líder do PSD que se manifestou contrária ao investimento público no TGV. «A minha geração quer mais velocidade, quer chegar a Madrid no tempo em que agora chega ao Porto», contrapôs.
IOL
«Proponho-vos que no próximo programa eleitoral assumamos estas duas bandeiras que identificam o Partido Socialista como a verdadeira força da esquerda progressista, da esquerda moderna, da esquerda do povo», disse José Sócrates durante perante mais de meio milhar de militantes e simpatizantes do PS.
Aludindo ao casamento civil entre homossexuais, o líder socialista recomendou aos participantes na sessão de esclarecimento sobre a moção «PS: A força da mudança» - que apresentará ao XVI congresso nacional do partido entre 27 de Fevereiro e 1 de Março, em Espinho - o filme «Milk», a biografia de um dos primeiros políticos assumidamente homossexuais na América dos anos 70.
«Por uma sociedade mais aberta»
Sócrates aludiu a factos muito recentes: «Não tem a ver com 100 anos atrás, tem a ver com a nossa geração. Eu não tenho nenhum orgulho na forma como a sociedade portuguesa e outras sociedades discriminavam os homossexuais ainda há umas décadas atrás», sublinhou.
O dirigente socialista frisou que a defesa do casamento entre homossexuais «não é uma vitória de uma minoria sobre uma maioria», mas uma vitória «de todos» e em nome «dos valores de sempre do PS», promovendo «uma sociedade mais aberta, livre, tolerante, humana e uma sociedade que luta contra todas as formas de discriminação», referiu.
«Regionalização para distribuir o poder»
Já sobre a regionalização, José Sócrates, disse almejar que o PS lute, primeiro «por um consenso político» e também por um referendo que institua cinco regiões administrativas em Portugal. «Eu quero que haja regionalização para distribuir o poder», disse.
Durante um discurso que se prolongou por quase 50 minutos, Sócrates definiu o PS como um partido da esquerda progressista. «Não somos da esquerda imobilista, da esquerda parada no tempo, não queremos as tradicionais receitas que estão esgotadas», frisou.
Sócrates recordou diversas medidas postas em prática pelo Governo que lidera, em áreas como a educação, nas quais, sublinhou, o executivo socialista tem «obra feita e que pede meças seja a quem for».
«O país a preto e branco»
Antes da intervenção do secretário-geral do PS, o líder da Juventude Socialista (JS), Duarte Cordeiro, usou da palavra para criticar a líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, que disse representar «o país a preto e branco».
«É o país a preto e branco, é o século passado», frisou o dirigente da JS, aludindo às declarações da líder do PSD que se manifestou contrária ao investimento público no TGV. «A minha geração quer mais velocidade, quer chegar a Madrid no tempo em que agora chega ao Porto», contrapôs.
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