Empresas de sucesso.. Alheiras de Mirandela
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Re: Hei amigos
mcarvalho Escreveu:Não esqueçam o tacho...
Mcarvalho pá, tu não me aguces o apetite!

É que ainda estou na dúvida se devo ir amanhã até Vinhais, depende do tempo!!!
Bem sei que aquilo é só coisas que fazem mal...mas sabem tão bem!!!
Quanto ao tacho não está esquecido!
Arranja aí um belo de um restaurante, (típico de preferência); uma data em que meia dúzia de caldeireiros possam deslocar-se até à zona, e vais ver se a malta não aparece!!!
PS:TRSM; lembras-te da minha barriguinha?(calo sexual p´rós amigos)



Aquilo não é só ar pá!!!
Os almoços que aparecerem, havendo disponibilidade lá estaremos!
(Quem não me conhece ainda pensa que é verdade)

abraços
zguibz
O caminho para cima e o caminho para baixo, são um único caminho!
Re: e porque não?
zguibz Escreveu:mcarvalho Escreveu:combinar qualquer coisa lá para a primavera ?
um abraço
mcarvalho
E porque não?
Há uns anos atrás por alturas das amendoeiras em flor, pernoitei um fim de semana em Mirandela; estava a decorrer a "festa da alheira".
Alheiras, pão e vinho à borlix; num sábado à noite mesmo depois do jantar; nunca uma alheira me soube tão bem!
Devo dizer que sou um "habituet" de trás-os-montes; acho que conheço melhor essa zona do país do que a zona do Porto, onde vivo!
PS: no próximo domingo lá estarei, mas desta vez é mais prá zona de Montalegre...
Presuntinho!!!
abraços
zguibz
Não te cuides... cuidadinho com os abusos da carne



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Olá Caro small
Infelizmente é verdade
Raramente valorizamos o que é nosso
Recordo-me das campanhas contra o azeite e a favor do óleo
Recordo-me da moda do Fast food contra o feijão grande bico etc
Recordo-me das maçãs golden contra as bravo de esmofe
Recordo-me das vinhas novas de castas estrangeiras contra as vinhas velhas
Tudo destruido ou reconvertido e agora a dieta mediterranica e o vinho são considerados dos mais importantes pelos americanos e não só
Conclusão Primeiro somos induzidos a destruir e depois compramos adulterado aquilo que destruimos aos que nos induziram a destruir.
Lembras-te do azeite puro que ~mandávamos para Espanha e trocávamos por óleo que esse é que era bom,,..? Chegou-se à conclusão que era óleo reciclado dos motores altamente cancerigeno..
Com malta assim qu é que merecemos mais?
o Azeite de Mirandela Romeu do Clemente Meneres foi considerado o melhor do Mundo ( Não recebo nada pela publicidade mas sinto orgulho em a fazer)e mantém-se graças à carolice e sacrificio do seu proprietário senão as oliveiras já teriam sido reconvertidas em Eucalipto e ele estaria a viver em Cascais ou então já estaria sem nada.
Mas as alheiras de Mirandela são boas e com qualidade agora jão não são como as da minha avó..
o porco era criado em casa com vegetais e frutas batatas etc (não havia rações feitos com porcaria)
a caça o meu avô ia dar uma volta de meia a 1 hora e trazia 2 ou 3 perdizes e uma lebre e um coelho e depois tudo demorava o tempo necessário .. não havia pressas.... As pessoas sabiam o que queriame para onde iam .... Hoje com tanta ciencia e tanta tecnologia não sabem nada .. nem para onde foi o dinheiro... e eles tinham -no dentro duma panela
Olha dava um bom título para um artigo
Investir onde ? em Waal Street ou numa Panela
abraço
mcarvalho
Histórias interessantes também em
http://alinhaetua.blogspot.com/
Raramente valorizamos o que é nosso
Recordo-me das campanhas contra o azeite e a favor do óleo
Recordo-me da moda do Fast food contra o feijão grande bico etc
Recordo-me das maçãs golden contra as bravo de esmofe
Recordo-me das vinhas novas de castas estrangeiras contra as vinhas velhas
Tudo destruido ou reconvertido e agora a dieta mediterranica e o vinho são considerados dos mais importantes pelos americanos e não só
Conclusão Primeiro somos induzidos a destruir e depois compramos adulterado aquilo que destruimos aos que nos induziram a destruir.
Lembras-te do azeite puro que ~mandávamos para Espanha e trocávamos por óleo que esse é que era bom,,..? Chegou-se à conclusão que era óleo reciclado dos motores altamente cancerigeno..
Com malta assim qu é que merecemos mais?
o Azeite de Mirandela Romeu do Clemente Meneres foi considerado o melhor do Mundo ( Não recebo nada pela publicidade mas sinto orgulho em a fazer)e mantém-se graças à carolice e sacrificio do seu proprietário senão as oliveiras já teriam sido reconvertidas em Eucalipto e ele estaria a viver em Cascais ou então já estaria sem nada.
Mas as alheiras de Mirandela são boas e com qualidade agora jão não são como as da minha avó..
o porco era criado em casa com vegetais e frutas batatas etc (não havia rações feitos com porcaria)
a caça o meu avô ia dar uma volta de meia a 1 hora e trazia 2 ou 3 perdizes e uma lebre e um coelho e depois tudo demorava o tempo necessário .. não havia pressas.... As pessoas sabiam o que queriame para onde iam .... Hoje com tanta ciencia e tanta tecnologia não sabem nada .. nem para onde foi o dinheiro... e eles tinham -no dentro duma panela
Olha dava um bom título para um artigo
Investir onde ? em Waal Street ou numa Panela
abraço
mcarvalho
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http://alinhaetua.blogspot.com/
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Enquanto a Itália vende e distribui por preços mais elevados a sua grapa, nós que temos (e aqui não tenho dúvidas) a melhor aguardente do mundo e arredores (A aguardente velha) e que vem numa garrafa lindíssima...não conseguimos exportá-la.
A Itália que vende queijo mozzarella a portugueses às toneladas (pizzas e afins) e nós que temos um queijo que serve perfeitamente para o mesmo e até podia dar um ar diferente ao rizotto (queijo da ilha da Madeira) não vendemos nada
O caso da Alheira é mais um exemplo....ando sempre à procura de Alheiras de jeito para fazer no forno, ou seja de CAÇA (perdiz e javali) e não de frango de aviário e gorduna de segunda escolha, e raramente consigo comprar.
É assim....e depois o pingo doce vende pinhões made in china, que só servem para atirar aos pássaros no quintal.
A Itália que vende queijo mozzarella a portugueses às toneladas (pizzas e afins) e nós que temos um queijo que serve perfeitamente para o mesmo e até podia dar um ar diferente ao rizotto (queijo da ilha da Madeira) não vendemos nada
O caso da Alheira é mais um exemplo....ando sempre à procura de Alheiras de jeito para fazer no forno, ou seja de CAÇA (perdiz e javali) e não de frango de aviário e gorduna de segunda escolha, e raramente consigo comprar.
É assim....e depois o pingo doce vende pinhões made in china, que só servem para atirar aos pássaros no quintal.
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Hei amigos
Não esqueçam o tacho...
Ainda havemos de ter no nosso Psi:
Alheiras de Mirandela SGPS
Fumeiros de Vinhais SGPS
PT .. Petiscos de Portugal.com
BCP .. Boroa (d'Avintes) com Pinga (da Brunheda)
EDP .. Empadões de Peixe (à moda de Setubal)
EDPr .. recheados
......etc
TD... Tudo Doido Sgps
CMVM.. Cozinha da Maria onde o Vitor Manda
etc ..
Vestiu selecções mundiais, chegou a facturar 100 milhões e está agora insolvente
06/02/2009
A discretíssima Organtex, de Matosinhos, foi declarada insolvente. Com um modelo de negócio em tempos considerado de sucesso, chegou a vestir um terço das selecções do Mundial de Futebol de 2002 e facturar perto de 100 milhões de euros.
Sem confecção própria, recorria à subcontratação de fábricas de vestuário. Apresentava-se como uma empresa dedicada ao agenciamento, fornecimento e controlo de qualidade de artigos de vestuário, trabalhando para empresas multinacionais de renome, como a Nike e a Adidas, que comercializam marcas próprias.
Em 2005, instalou-se em Xangai e passou a recorrer à subcontratação de fábricas de vestuário na China. Antes, em 2002, foi a responsável pela produção, ao serviço da Adidas e da Nike, das camisolas de nove das 32 selecções que participaram no Campeonato Mundial de Futebol na Coreia/Japão, incluindo a de Portugal.
Chegou também a equipar outras selecções, noutros mundiais de futebol, assim como atletas olímpicos e clubes profissionais de futebol, quer nacionais quer internacionais, como foram os casos, entre outros, do FC Porto, Benfica, Real Madrid, Barcelona, Newcastle e Arsenal. Nessa altura, tinha como parceiras umas quatro dezenas de confecções do Norte de Portugal.
Este era o seu modelo de negócio. Um caso de sucesso e bastante elogiado, nos meios empresariais e governamentais. Chegou a facturar quase 100 milhões de euros, tendo fechado o exercício de 2007 com vendas de 56 milhões de euros e um prejuízo de 447 mil euros. A Organtex está agora em estado de insolvência.
Ainda havemos de ter no nosso Psi:
Alheiras de Mirandela SGPS
Fumeiros de Vinhais SGPS
PT .. Petiscos de Portugal.com
BCP .. Boroa (d'Avintes) com Pinga (da Brunheda)
EDP .. Empadões de Peixe (à moda de Setubal)
EDPr .. recheados
......etc
TD... Tudo Doido Sgps
CMVM.. Cozinha da Maria onde o Vitor Manda
etc ..
Vestiu selecções mundiais, chegou a facturar 100 milhões e está agora insolvente
06/02/2009
A discretíssima Organtex, de Matosinhos, foi declarada insolvente. Com um modelo de negócio em tempos considerado de sucesso, chegou a vestir um terço das selecções do Mundial de Futebol de 2002 e facturar perto de 100 milhões de euros.
Sem confecção própria, recorria à subcontratação de fábricas de vestuário. Apresentava-se como uma empresa dedicada ao agenciamento, fornecimento e controlo de qualidade de artigos de vestuário, trabalhando para empresas multinacionais de renome, como a Nike e a Adidas, que comercializam marcas próprias.
Em 2005, instalou-se em Xangai e passou a recorrer à subcontratação de fábricas de vestuário na China. Antes, em 2002, foi a responsável pela produção, ao serviço da Adidas e da Nike, das camisolas de nove das 32 selecções que participaram no Campeonato Mundial de Futebol na Coreia/Japão, incluindo a de Portugal.
Chegou também a equipar outras selecções, noutros mundiais de futebol, assim como atletas olímpicos e clubes profissionais de futebol, quer nacionais quer internacionais, como foram os casos, entre outros, do FC Porto, Benfica, Real Madrid, Barcelona, Newcastle e Arsenal. Nessa altura, tinha como parceiras umas quatro dezenas de confecções do Norte de Portugal.
Este era o seu modelo de negócio. Um caso de sucesso e bastante elogiado, nos meios empresariais e governamentais. Chegou a facturar quase 100 milhões de euros, tendo fechado o exercício de 2007 com vendas de 56 milhões de euros e um prejuízo de 447 mil euros. A Organtex está agora em estado de insolvência.
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Re: e porque não?
mcarvalho Escreveu:combinar qualquer coisa lá para a primavera ?
um abraço
mcarvalho
E porque não?
Há uns anos atrás por alturas das amendoeiras em flor, pernoitei um fim de semana em Mirandela; estava a decorrer a "festa da alheira".
Alheiras, pão e vinho à borlix

Devo dizer que sou um "habituet" de trás-os-montes; acho que conheço melhor essa zona do país do que a zona do Porto, onde vivo!
PS: no próximo domingo lá estarei, mas desta vez é mais prá zona de Montalegre...
Presuntinho!!!
abraços
zguibz
O caminho para cima e o caminho para baixo, são um único caminho!
Re: e porque não?
mcarvalho Escreveu:combinar qualquer coisa lá para a primavera ?
um abraço
mcarvalho
Belas ideias

Se eu estiver no Norte nessa altura, sou bem capaz de me juntar a vocês

Surfar a Tendência - Análises técnicas, oportunidades, sugestões de investimento e artigos didácticos
e porque não?
combinar qualquer coisa lá para a primavera ?
um abraço
mcarvalho
um abraço
mcarvalho
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- Localização: PORTO
mcarvalho Escreveu:Aceito o licor
eu levo as alheiras
abraço
mcarvalho
Faço companhia, mas prefiro aguardentes, daquelas mais genuínas, por hora, a fugir para umas Adegas Velhas ou D'Almas...
Abraços,
AMR
http://www.alvaromrocha.com
Be different, be better. Go a little wild. You’ll love every minute of it.
Empresas de sucesso.. Alheiras de Mirandela
hesitei um pouco na transcrição da notícia do mensageiro de Bragança .. Receio que com publicidade algum iluminado/obcecado por tecnologias de ponta transforme uma bem sucedida fábrica de alheiras (sem subsídios)numa falida fábrica de chips .. ah é verdade quem come chips?
abraço
mcarvalho
http://www.mensageironoticias.pt/noticia/1262
Mirandela //
Alheiras resistem à crise
Por: Fernando Pires /
Foto: Fernando Pires
Produto continua a ser muito requisitado no mercado e a produção em 2008 registou um aumento
“Ser um produto certificado e com um preço ainda acessível para as bolsas” são as razões encontradas pelo presidente da Associação Comercial e Industrial de Mirandela (ACIM), entidade gestora, para esta imunidade à crise conjuntural. Para além disso, “o selo de certificação é uma garantia de segurança para o consumidor, além de diferenciar a qualidade dos produtos com protecção comunitária dos restantes”, acrescenta Jorge Morais. O dirigente associativo não tem dúvidas em afirmar que a alheira de Mirandela “é o produto que mais riqueza trás para o nosso concelho”. Uma situação confirmada por Joel Dias, um habitante de Vila Nova de Gaia que encontramos a sair de uma loja de produtos regionais com um saco de plástico cheio de alheiras. “Cada vez que passo por Mirandela não vou embora sem levar uns quilinhos de alheiras lá para casa, para a família e amigos”, afirma. Este cidadão é apenas um dos muitos turistas que visitam a cidade de Mirandela, sobretudo aos fins de semana, e não regressam sem levar vários quilos deste enchido tradicional, ex-libris da cidade. “É certamente o produto que traz maior riqueza para o concelho”, garante Jorge Morais, presidente da direcção da Associação Comercial e Industrial de Mirandela (ACIM). Constatamos, junto dos produtores e de empresários do sector, que a crise não chegou às alheiras de Mirandela. Os irmãos Cepeda (Rui e José) da empresa Eurofumeiro não têm dúvidas em afirmar que “o ano de 2008 foi excelente” para os produtores deste enchido tradicional. Segundo estes empresários, a receita para este sucesso está na confiança que o produto tem no mercado e também “porque estamos a falar de uma refeição muito económica, se tivermos em conta que um quilo de alheiras dá para uma refeição de uma família com um agregado familiar médio”. Este sector teve de se adaptar a novas regras. Do processo de fabrico artesanal passou-se para o industrial e com ele novas exigências de segurança alimentar rigorosas, que tiveram de ser acompanhadas com um forte investimento em equipamentos e formação do pessoal. Em 2008, esta empresa produziu uma média mensal de 90 toneladas de alheiras, “com um final de ano absolutamente fantástico que chegou às 108 toneladas”, diz José Cepeda. Comparativamente a 2007, a empresa aumentou cerca de dez por cento a produção da alheira. Uma situação que é confirmada pelos empresários do sector que têm pontos de venda ao público na cidade transmontana. “Não há dúvida que a alheira de Mirandela é uma referência da nossa cidade e a maioria das pessoas que nos visita pede esse enchido”, refere Maria do Céu, proprietária de um dos dez estabelecimentos comerciais de produtos regionais que estão instalados num perímetro de cerca de 500 metros, em pleno centro da cidade. Estas lojas nunca fecham as portas, nem mesmo aos domingos e feriados. Aliás, o domingo é muitas vezes o melhor dia da semana, porque são muitos os turistas que visitam a cidade, através de excursões organizadas ou mesmo nas viaturas particulares. “Já houve domingos em que se vendeu mais de 500 quilos de alheiras”, conta Maria do Céu. Os meses de Fevereiro e Março são sempre muito bons, porque há muita gente que visita a região para ver as amendoeiras em flor e aproveitam para comprar a alheira de Mirandela. Mas, “o melhor mês do ano é sempre o de Agosto, devido à vinda dos emigrantes”, acrescenta esta empresária que vende alheira tradicional, certificada e de caça. Esta procura do enchido mirandelense tem um efeito multiplicador, porque “as pessoas levam a alheira para as suas localidades e dão a provar a familiares e amigos que depois telefonam a encomendar”, afirma José Carlos Teixeira, que também abriu uma loja de venda de produtos regionais há cerca de quatro meses. Aqui só pode encontrar-se alheira certificada e de caça. “Continuo a pensar que a preservação da qualidade da alheira de Mirandela só será possível se apostarmos exclusivamente no produto certificado”, afirma.
Produto certificado ETG
A Alheira de Mirandela tem o registo provisório de produto específico de Especialidade Tradicional Garantida (ETG), mas a ACIM já requereu a passagem a Identificação Geográfica Protegida (IGP), porque “permitirá dar mais valias para os produtores da região”, assegura o presidente da direcção da ACIM. No entanto também “pode diminuir algumas atrocidades que existem pelo país”, diz Rui Cepeda, referindo-se à venda de enchidos com colagens à alheira de Mirandela. “Falta fiscalização e maior rigor”, acrescenta o empresário. Actualmente, com o registo de ETG, qualquer empresa do país pode produzir alheira de Mirandela, desde que cumpra o caderno de especificações que determina que este produto tem de ter como principais ingredientes a carne e gordura de porco, a carne de aves (galinha e/ou peru) e pão de trigo, o azeite e a banha, condimentados com sal, alho e colorau doce e/ou picante. Podem ainda ser usados como ingredientes a carne de animais de caça. É um enchido com formato de ferradura, cilíndrico, sendo o interior constituído por uma pasta fina na qual se apercebem pedaços de carne desfiadas e cujo invólucro é constituído por tripa natural, de vaca ou de porco. As carnes são preparadas, sendo cortadas em pedaços de tamanho médio, temperadas e deixadas a repousar. São depois cozidas, arrefecidas e desfiadas, operação fundamental para as características do produto final. Seguidamente, corta-se o pão em fatias finas com côdea, que são depois amolecidas na calda, e prepara-se a massa, ou seja, adicionam-se e misturam-se os ingredientes e acertam-se os condimentos. Depois de preparada a massa, enchem-se as tripas secas ou salgadas de vaca ou porco e atam-se em forma de ferradura. Por fim, tem lugar a fase da fumagem, que é feita com lume brando de madeira de oliveira, durante, pelo menos, oito dias.
O que mudará com a IGP
Tendo em conta que a produção da alheira de Mirandela requer carne de porco da raça Bísara (ou cruzamento com esta raça, desde um dos progenitores seja desta raça), a área geográfica de produção de matéria-prima fica assim também naturalmente delimitada à área de exploração do porco de raça Bísara, designadamente os concelhos de Alijó, Boticas, Chaves, Mesão Frio, Mondim de Basto, Montalegre, Murça, Régua, Ribeira de Pena, Sabrosa, Santa Marta de Penaguião, Vila Pouca de Aguiar, Valpaços e Vila Real, do distrito de Vila Real. No distrito de Bragança, os concelhos de Alfândega da Fé, Bragança, Carrazeda de Ansiães, Freixo de Espada à Cinta, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Torre de Moncorvo, Vila Flor, Vimioso e Vinhais. Tendo em conta as condições climáticas requeridas para a transformação da alheira de Mirandela, nomeadamente as necessárias à realização do processo de fumagem, no qual é utilizada lenha típica da região (carvalho e oliveira), o saber fazer das populações baseado em métodos locais, leais e constantes, o uso do pão regional de trigo, cujo segredo de fabrico permaneceu inalterado ao longo de múltiplas gerações de padeiros, a área geográfica de transformação e acondicionamento está circunscrita ao concelho de Mirandela.
Como são confeccionadas
As alheiras de Mirandela não são consumidas tal qual, devendo ser grelhadas ou assadas, de preferência, em "lume de carvão", acompanhadas com batatas e legumes cozidos. Mas também podem ser estufadas, depois de envolvidas em couve lombarda.
O que achou desta notícia?12345« Notícia anterior Notícia seguinte »
abraço
mcarvalho
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Mirandela //
Alheiras resistem à crise
Por: Fernando Pires /
Foto: Fernando Pires
Produto continua a ser muito requisitado no mercado e a produção em 2008 registou um aumento
“Ser um produto certificado e com um preço ainda acessível para as bolsas” são as razões encontradas pelo presidente da Associação Comercial e Industrial de Mirandela (ACIM), entidade gestora, para esta imunidade à crise conjuntural. Para além disso, “o selo de certificação é uma garantia de segurança para o consumidor, além de diferenciar a qualidade dos produtos com protecção comunitária dos restantes”, acrescenta Jorge Morais. O dirigente associativo não tem dúvidas em afirmar que a alheira de Mirandela “é o produto que mais riqueza trás para o nosso concelho”. Uma situação confirmada por Joel Dias, um habitante de Vila Nova de Gaia que encontramos a sair de uma loja de produtos regionais com um saco de plástico cheio de alheiras. “Cada vez que passo por Mirandela não vou embora sem levar uns quilinhos de alheiras lá para casa, para a família e amigos”, afirma. Este cidadão é apenas um dos muitos turistas que visitam a cidade de Mirandela, sobretudo aos fins de semana, e não regressam sem levar vários quilos deste enchido tradicional, ex-libris da cidade. “É certamente o produto que traz maior riqueza para o concelho”, garante Jorge Morais, presidente da direcção da Associação Comercial e Industrial de Mirandela (ACIM). Constatamos, junto dos produtores e de empresários do sector, que a crise não chegou às alheiras de Mirandela. Os irmãos Cepeda (Rui e José) da empresa Eurofumeiro não têm dúvidas em afirmar que “o ano de 2008 foi excelente” para os produtores deste enchido tradicional. Segundo estes empresários, a receita para este sucesso está na confiança que o produto tem no mercado e também “porque estamos a falar de uma refeição muito económica, se tivermos em conta que um quilo de alheiras dá para uma refeição de uma família com um agregado familiar médio”. Este sector teve de se adaptar a novas regras. Do processo de fabrico artesanal passou-se para o industrial e com ele novas exigências de segurança alimentar rigorosas, que tiveram de ser acompanhadas com um forte investimento em equipamentos e formação do pessoal. Em 2008, esta empresa produziu uma média mensal de 90 toneladas de alheiras, “com um final de ano absolutamente fantástico que chegou às 108 toneladas”, diz José Cepeda. Comparativamente a 2007, a empresa aumentou cerca de dez por cento a produção da alheira. Uma situação que é confirmada pelos empresários do sector que têm pontos de venda ao público na cidade transmontana. “Não há dúvida que a alheira de Mirandela é uma referência da nossa cidade e a maioria das pessoas que nos visita pede esse enchido”, refere Maria do Céu, proprietária de um dos dez estabelecimentos comerciais de produtos regionais que estão instalados num perímetro de cerca de 500 metros, em pleno centro da cidade. Estas lojas nunca fecham as portas, nem mesmo aos domingos e feriados. Aliás, o domingo é muitas vezes o melhor dia da semana, porque são muitos os turistas que visitam a cidade, através de excursões organizadas ou mesmo nas viaturas particulares. “Já houve domingos em que se vendeu mais de 500 quilos de alheiras”, conta Maria do Céu. Os meses de Fevereiro e Março são sempre muito bons, porque há muita gente que visita a região para ver as amendoeiras em flor e aproveitam para comprar a alheira de Mirandela. Mas, “o melhor mês do ano é sempre o de Agosto, devido à vinda dos emigrantes”, acrescenta esta empresária que vende alheira tradicional, certificada e de caça. Esta procura do enchido mirandelense tem um efeito multiplicador, porque “as pessoas levam a alheira para as suas localidades e dão a provar a familiares e amigos que depois telefonam a encomendar”, afirma José Carlos Teixeira, que também abriu uma loja de venda de produtos regionais há cerca de quatro meses. Aqui só pode encontrar-se alheira certificada e de caça. “Continuo a pensar que a preservação da qualidade da alheira de Mirandela só será possível se apostarmos exclusivamente no produto certificado”, afirma.
Produto certificado ETG
A Alheira de Mirandela tem o registo provisório de produto específico de Especialidade Tradicional Garantida (ETG), mas a ACIM já requereu a passagem a Identificação Geográfica Protegida (IGP), porque “permitirá dar mais valias para os produtores da região”, assegura o presidente da direcção da ACIM. No entanto também “pode diminuir algumas atrocidades que existem pelo país”, diz Rui Cepeda, referindo-se à venda de enchidos com colagens à alheira de Mirandela. “Falta fiscalização e maior rigor”, acrescenta o empresário. Actualmente, com o registo de ETG, qualquer empresa do país pode produzir alheira de Mirandela, desde que cumpra o caderno de especificações que determina que este produto tem de ter como principais ingredientes a carne e gordura de porco, a carne de aves (galinha e/ou peru) e pão de trigo, o azeite e a banha, condimentados com sal, alho e colorau doce e/ou picante. Podem ainda ser usados como ingredientes a carne de animais de caça. É um enchido com formato de ferradura, cilíndrico, sendo o interior constituído por uma pasta fina na qual se apercebem pedaços de carne desfiadas e cujo invólucro é constituído por tripa natural, de vaca ou de porco. As carnes são preparadas, sendo cortadas em pedaços de tamanho médio, temperadas e deixadas a repousar. São depois cozidas, arrefecidas e desfiadas, operação fundamental para as características do produto final. Seguidamente, corta-se o pão em fatias finas com côdea, que são depois amolecidas na calda, e prepara-se a massa, ou seja, adicionam-se e misturam-se os ingredientes e acertam-se os condimentos. Depois de preparada a massa, enchem-se as tripas secas ou salgadas de vaca ou porco e atam-se em forma de ferradura. Por fim, tem lugar a fase da fumagem, que é feita com lume brando de madeira de oliveira, durante, pelo menos, oito dias.
O que mudará com a IGP
Tendo em conta que a produção da alheira de Mirandela requer carne de porco da raça Bísara (ou cruzamento com esta raça, desde um dos progenitores seja desta raça), a área geográfica de produção de matéria-prima fica assim também naturalmente delimitada à área de exploração do porco de raça Bísara, designadamente os concelhos de Alijó, Boticas, Chaves, Mesão Frio, Mondim de Basto, Montalegre, Murça, Régua, Ribeira de Pena, Sabrosa, Santa Marta de Penaguião, Vila Pouca de Aguiar, Valpaços e Vila Real, do distrito de Vila Real. No distrito de Bragança, os concelhos de Alfândega da Fé, Bragança, Carrazeda de Ansiães, Freixo de Espada à Cinta, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Torre de Moncorvo, Vila Flor, Vimioso e Vinhais. Tendo em conta as condições climáticas requeridas para a transformação da alheira de Mirandela, nomeadamente as necessárias à realização do processo de fumagem, no qual é utilizada lenha típica da região (carvalho e oliveira), o saber fazer das populações baseado em métodos locais, leais e constantes, o uso do pão regional de trigo, cujo segredo de fabrico permaneceu inalterado ao longo de múltiplas gerações de padeiros, a área geográfica de transformação e acondicionamento está circunscrita ao concelho de Mirandela.
Como são confeccionadas
As alheiras de Mirandela não são consumidas tal qual, devendo ser grelhadas ou assadas, de preferência, em "lume de carvão", acompanhadas com batatas e legumes cozidos. Mas também podem ser estufadas, depois de envolvidas em couve lombarda.
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