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Caldeirão da Bolsa

O papel da banca para relançar a economia

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Açor3 » 17/2/2009 11:28

Análise
Moody’s alerta para corte do 'rating' dos bancos
Pedro Duarte
17/02/09 09:58


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O BCP está presente na Europa de Leste através do polaco Bank Millennium.
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Acções do BCP afundam 8% 09:47
A Moody’s manifestou hoje a sua preocupação relativamente a os bancos europeus que têm subsidiárias na Europa de Leste, devido à deterioração da economia na região.

“Depois de anos de forte crescimento económico, os países (…) entraram agora numa recessão longa e profunda”, aumentando os riscos dos bancos da Europa Ocidental que estão expostos a instituições que operam na região, avisa a Moody’s num relatório hoje publicado.

Embora admita que os riscos variam de país para país, a agência de notação precisa que a maior vulnerabilidade tende a ser nos países que têm défices orçamentais consideráveis, como é o caso dos países bálticos, da Hungria, da Croácia, da Roménia e da Bulgária.

De um ponto de vista dos credores, a Moody’s sublinha que o sistema bancário austríaco é o mais exposto à região, já que a Europa de Leste representa mais de 50% dos créditos concedidos pelos bancos do país, seguido pela Itália, onde 27% do crédito total está na região, principalmente na Polónia e na Croácia.

A agência de notação também adianta que a actividade dos bancos da Europa Ocidental na Europa de Leste está concentrada em “poucos grupos bancários”, com a Raiffeisen, o Erste Bank, o Societe Generale, o UniCredit e o KBC.

"A Moody's espera que a pressão negativa sobre os ‘ratings' da dívida dos bancos da Europa de Leste continue, em consequência da deterioração da qualidade dos seus activos e das suas posições de liquidez vulneráveis", adianta o documento, sublinhando que "a deterioração da força financeira das suas subsidiárias na Europa de Leste tem um efeito de contágio nas suas casas-mãe na Europa Ocidental".

“Uma deterioração generalizada da saúde económica dos mercados ‘core’ da Europa de Leste está a exercer uma pressão negativa sobre as notações de ‘divida’ das subsidiárias [dos bancos da Europa Ocidental], e eventualmente também poderá levar a um enfraquecimento das notações das suas casas-mãe, assumindo que as actividades na Europa de Leste representam uma parte significativa das actividades bancárias totais das mesmas”, alerta ainda a Moody’s.

Diario Economico
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por Açor3 » 17/2/2009 10:32

Governos devem intensificar ajudas aos bancos


17/02/2009


O director geral do Fundo Monetário Internacional (FMI) considerou hoje que o sistema financeiro está ainda longe de estar são e que é necessário intensificar os planos de apoio aos bancos e a coordenação internacional.

"O sistema financeiro no mundo inteiro ainda não está são e os efeitos do relançamento não são para já suficientemente importantes", afirmou Dominique Strauss-Kahn à rádio France Inter.

Os Estados "seguiram" as recomendações do FMI quanto aos planos de relançamento da economia real, mas é do lado dos bancos que a "porca torce o rabo", segundo o responsável pelo FMI.

"É preciso ir até ao fim da limpeza do balanço dos bancos", que "não se faz de repente", observou, dizendo ainda estar "inquieto porque os planos postos em prática vão na boa direcção mas não suficientemente longe".

Finalmente, Strauss-Khan exortou ao reforço da concertação mundial, porque "apesar de ter melhorado, a coordenação não vai suficientemente longe".




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por Açor3 » 13/2/2009 9:22

13 Fevereiro 2009 - 00h30

Aumento dos spreads
Margem dos bancos nos 15 por cento
A Banca está a cobrar juros no momento de revisão dos contratos de crédito que chegam aos 15 por cento em certos casos. Justificando com “fortes repercussões no sistema financeiro”, os documentos a que o CM tem tido acesso mostram subidas dos spreads para os 12% e actualizações das comissões inerentes ao contrato.


Num documento enviado a um cliente do Banco Espírito Santo (BES), a instituição liderada por Ricardo Salgado, explica que devido ao 'forte aumento dos prémios de risco e de liquidez exigidos' subiu o spread, a margem do banco, para os 12%, a comissão de imobilização para 1,250. Com a Euribor perto dos 2%, este cliente, que acusa os bancos de estarem a perpetrar um 'assalto', vai passar a pagar perto de 15% de juros.

Mas não é caso único. De acordo com Augusto Morais, da Associação Nacional das PME, 'é um efeito generalizado na Banca'. O responsável garante que 'como a Banca se endividou no estrangeiro, tem de subir os spreads para pagar o que deve lá fora'. Augusto Morais revela que só em 2008 a Banca pagou 4 mil milhões de euros à Banca estrangeira. 'Se as taxas descem, o produto também devia descer, mas os bancos precisam de se financiar', lamentando que quem pague sejam as famílias e pequenas empresas.

O BES garante que spreads acima dos 7% são casos excepcionais.

P.H.G.

Correio Manhã
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por Açor3 » 10/2/2009 18:16

Economia
Taxa de subscrição mais elevada desde Setembro
Fed injecta 142 mil milhões no sector bancário
2009/02/10 16:49Redacção / LFAAAA
Acção contou com a participação de 117 entidades
A Reserva Federal (Fed) norte-americana anunciou esta terça-feira que entregou aos bancos liquidez no valor de 142.400 milhões de dólares (109.440 milhões de euros) , na sua acção semanal, a 28 dias.

A taxa de subscrição foi a mais elevada desde 23 de Setembro. Os 117 participantes receberão na quinta-feira os valores que lhes competem, pelos quais deverão pagar uma taxa de 0,25 por cento ao ano, indicou o Banco Central Europeu (BCE), em comunicado.

A autoridade monetária outorgou cerca de 770 milhões de dólares (cerca de 590 milhões de dólares) nas suas acções de refinanciamento bancário, durante o quarto trimestre.

IOL
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por Açor3 » 10/2/2009 17:26

Teixeira dos Santos defende intervenção do Estado nas remunerações dos gestores bancários


10/02/2009


O ministro das Finanças defendeu hoje que o Estado tem legitimidade para impor "algumas condições" para evitar as remunerações consideradas elevadas dos gestores de bancos privados caso o Governo seja chamado a executar as garantias bancárias postas à disposição.

"Se o Estado tiver de honrar o compromisso da entidade que foi garantida então (...) o Estado tem toda a legitimidade para impor algumas condições" no domínio da "governação societária", disse Fernando Teixeira dos Santos no final de uma reunião em Bruxelas dos ministros das Finanças da União Europeia.

Para Teixeira dos Santos "havendo envolvimento de dinheiros públicos" isso legitima que o Estado "possa ter uma voz moralizadora nesse domínio", que inclui "a remuneração e extensão com que se possam distribuir dividendos".

O governo disponibilizou em Novembro do ano passado um pacote de 20 mil milhões de euros de garantias à banca, para as instituições conseguirem obter mais facilmente financiamento no exterior e, assim, continuarem a fazer escoar o financiamento para as empresas e para as famílias.

Os responsáveis pelas finanças europeias têm criticado as remunerações consideradas elevadas de certos dirigentes de sociedades que apresentam resultados negativos

Os 27 têm insistido que as remunerações devem ser "coerentes" com o resultado obtido pela empresa e também que deve haver um controlo dos accionistas e outros órgãos de supervisão das empresas.

Se no caso das empresas com capitais públicos o governo pode intervir o mesmo não acontece com as privadas.




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por Açor3 » 10/2/2009 14:33

Executivos do RBS e do HBOS pedem desculpas pela crise financeira


10/02/2009


"Peço desculpa". Estas palavras ecoaram três vezes no Parlamento britânico. Tom McKillop, Fred Goodwin e Andy Hornby, antigos executivos do Royal Bank of Scotland e do HBOS, admitiram erros e pediram desculpa pelo papel que tiveram na crise financeira britânica.

"Peço desculpa e estou feliz por o fazer", disse Fred Goodwin, antigo presidente executivo do Royal Bank of Scotland (RBS), perante o Comité Económico do Parlamento Económico. Andy Hornby, antigo CEO do HBOS, e Tom McKillop, antigo "chairman" do RBS, também pediram desculpas pela crise financeira que o país atravessa e que obrigou o Governo britânico a injectar 37 mil milhões de libras nos dois bancos.

O Executivo de Gordon Brown detém, agora, 70% do RBS e 43% do Lloyds Banking, grupo que resultou da fusão do HBOS e do Lloyds. O Governo nacionalizou, ainda, na totalidade, o Northern Rock e o Bradford & Bingley.

As desculpas dos três executivos surgem numa altura em que sua imagem perante a opinião pública, e perante os próprios políticos, não é a melhor. Brown manifestou estar "muito zangado", depois do RBS ter admitido a possibilidade de pagar bónus referentes a 2008.

Os colaboradores com bons desempenhos "estão à espera de ser compensados", justificou Goodwin. Para McKillop, os bónus são uma forma de manter os melhores colaboradores.

Mas a opinião do Comité Económico britânico não coincide com a dos três executivos. "Continuo a ouvir que é preciso atrair os colaboradores mais brilhantes. Mas quando as coisas correm mal, o brilho extra, no qual foi gasto tanto dinheiro, deixa de ter assim tanta relevância", respondeu o deputado John Mann aos três executivos.

O Comité Económico pediu, ainda, aos executivos que justificassem os seus rendimentos. Goodwin, por exemplo, recebeu 4,2 milhões de libras, em 2007, incluindo um bónus de desempenho de 2,9 milhões de libras.

Perante estes valores, o antigo presidente executivo do RBS afir mou que perdeu cinco milhões de libras quando as acções do RBS começaram a cair (os títulos perderam mais de 86% em 2008) e que não recebeu bónus referentes a 2008.

Hornby referiu que perdeu mais dinheiro com a queda das acções, do que recebeu em dois anos de trabalho no banco. "Investi todo o dinheiro dos bónus em acções. Os meus interesse estavam, totalmente, em linha com os dos accionistas", afirmou Hornby.

O deputado e presidente do Comité Económico, John McFall, disse ter pouca simpatia por Hornby, sublinhando que o antigo CEO do HBOS tinha uma base salarial de 940 mil libras em 2007. "Muitas pessoas olhariam para os seus milhões de libras, como milhões de libras muito generosas", disse McFall.


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por Açor3 » 10/2/2009 13:03

Crise leva 42% dos bancos a mudar áreas de avaliação e gestão de riscos


10/02/2009


A crise financeira actual levou 42% das instituições financeiras a planearem efectuar mudanças estruturais nas suas áreas de avaliação e gestão de riscos, conclui um estudo realizado pela consultora KPMG.

Os resultados do estudo mundial da KPMG mostram ainda que 90% dos 400 executivos do sector financeiro inquiridos pela Economist Intelligence Unit, têm desenvolvido, ou planeiam desenvolver, uma revisão das suas funções de gestão de riscos.

“Existem poucas dúvidas entre os bancos inquiridos internacionalmente, que a falta da disciplina dentro da gestão de riscos foi um factor relevante que esteve na base da crise do crédito”, considera Pedro Subtil, “partner” da Business Advisory Services” da KPMG em Portugal, em comunicado.

“Foi um fraco julgamento dos riscos inerentes que conduziu a esta crise, com um aparente foco excessivo nos ganhos de curto-prazo. Devemos esperar que os níveis de julgamento melhorem”, acrescenta o mesmo responsável.

O estudo revela que 76% dos inquiridos acreditam que o risco é estigmatizado sendo encarado apenas como uma função de suporte dentro da organição. No entanto, sete em cada dez inquiridos acreditam que a função possui uma maior influência do que possuía há cerca de dois anos, enquanto uma percentagem ainda mais acredita que o modo como gerem o risco é uma fonte de vantagem competitiva.


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por Açor3 » 9/2/2009 11:02

Banca
Banca acusada de violar lei do cálculo dos juros
Lígia Simões
09/02/09 00:10


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Partilhe: A Sefin vai apresentar uma queixa no Banco de Portugal. A associação de defesa dos consumidores recolheu indícios de que a banca não está a cumprir o cálculo dos juros a 360 dias.

A base de referência de 360 dias para o cálculo dos juros do crédito à habitação e para o indexante não está a ser aplicada pela generalidade dos bancos, violando as novas regras introduzidas pelo Governo.

Estas pretendiam acentuar a transparência das práticas bancárias e proteger o consumidor, que estava a ser prejudicado com a uniformização dos 365 dias na contagem de juros nos empréstimos à habitação- mais dias do que os aplicados nos depósitos.





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por Pata-Hari » 7/2/2009 10:14

Não esquecer que as agências de rating têm colocado em outlook menos favorável os bancos tugas. E isso não ajuda a que o custo do dinheiro diminua. Se custa mais a quer fornece o dinheiro, custará mais ao cliente final.
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por Açor3 » 7/2/2009 9:37

Banca aperta ainda mais acesso a crédito
Aumentam os "spreads" e as exigências contratuais. Na União Europeia, a tendência é inversa
01h33m
LUCÍLIA TIAGO
Os bancos aumentaram de forma "considerável" os critérios de acesso ao crédito no último semestre de 2008 e vão ser ainda mais exigentes em 2009. A aplicação de "spreads" mais elevados é a consequência mais imediata.

Famílias e empresas podem contar com mais dificuldade no acesso ao crédito e com "spreads" mais altos nos próximos tempos. O resultado para Portugal do Inquérito aos Bancos sobre o mercado não deixa margem para dúvidas de que a maioria dos cinco maiores bancos nacionais aponta para um "aumento da restritividade" nos critérios de aprovação dos empréstimos ao longo deste primeiro trimestre de 2009. Este aperto visa os particulares, mas também as firmas, "independentemente do prazo da operação e da dimensão das empresas".

O inquérito, conduzido pelo Banco Central Europeu e que no conjunto da UE integra 112 bancos, aponta para caminhos diferentes quando se têm em conta os resultados totais: é que, a nível europeu, os bancos reportam um aperto nos critérios para a concessão de crédito ao longo dos últimos três meses de 2008, mas para este trimestre de 2009 admitem aliviar as restrições.

"Para o primeiro trimestre de 2009, os bancos prevêem uma considerável diminuição das restrições para as três categorias de crédito [empresas, habitação e consumo], em comparação com as restrições do quarto trimestre de 2008", refere o relatório do inquérito, ontem divulgado.

Mas, para Portugal, as perspectivas são diferentes, admitindo-se antes atenção redobrada na análise do risco, com adopção de critérios de concessão ou linhas de crédito a empresas mais restritivas. Na prática, este aperto dos critérios traduz-se em "spreads" mais elevados e num aumento das exigências contratuais, encurtando prazos ou reduzindo os montantes.

A dificuldade dos bancos em se financiarem nos mercados internacionais e o aumento dos custos deste financiamento, associado a um aumento dos riscos por parte de algumas empresas ou sectores, justificam esta posição mais prudente dos bancos portugueses.

As queixas das PME

Os resultados surgem numa altura em que as associações empresariais têm vindo a público queixar-se do aumento dos "spreads" e de maiores dificuldades em aceder ao crédito. Em declarações ao JN, o presidente da Associação Nacional de PME confirma que os bancos "estão a ser mais exigentes na selecção dos clientes a quem concedem crédito" e garante conhecer várias situações em que os "spreads" pedidos são elevados.

Relativamente aos particulares, as perspectivas são semelhantes: estima-se que os empréstimos para compra de casa sejam de mais difícil acesso e mais caros na linha do verificado nos últimos meses de 2008. Ao mesmo tempo, será também de esperar que continue a diminuir o rácio entre o valor do empréstimo e o valor da garantia real. Os bancos esperam uma manutenção dos pedidos de crédito por parte das empresas e uma forte desaceleração junto dos particulares.

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por Açor3 » 7/2/2009 9:20

Banca exige mais avalistas e garantias


RUDOLFO REBÊLO
Empréstimos. Banqueiros estão a barrar empréstimos e famílias pedem menos créditos. Empresas contratam menos dinheiro para investir e mais para resolver problemas de tesouraria, como pagar impostos, salários e despesas

Famílias reduzem nos empréstimos ao consumo

Os bancos comerciais estão a exigir mais garantias e a reduzir os montantes de empréstimos às famílias e empresas. Com a quebra de poupanças, menos depósitos, os banqueiros justificam o aperto nos créditos com dificuldades em contratar mais dinheiro junto da banca internacional. Já nos últimos três meses do ano passado, as famílias procuraram menos créditos e as empresas pediram menos dinheiro para investir, de acordo com o inquérito ontem divulgado pelo Banco de Portugal.

As dificuldades dos banqueiros em financiarem-se junto de outros bancos são "consideráveis". Dificuldades nas contas de resultados dos bancos, bem como os "riscos" na conjuntura económica levam ao aumento dos spreads (a taxa comercial a que se acresce à taxa de juro (Euribor) e que proporciona a margem de lucro dos empréstimos). Ao mesmo tempo, os bancos procedem a "um aperto generalizado" das restantes condições contratuais. Ou seja, pedem fiadores, avalistas e "aconselham" os clientes a contratar seguros de crédito. Tudo em nome da segurança do negócio bancário. Mas isto está a levar menos famílias a contratarem empréstimos.

Segundo o Banco de Portugal, "a procura de empréstimos", pelos consumidores, "ter-se-á reduzido no decurso do último trimestre de 2008". Um movimento que é visível desde Setembro do ano passado. Ao banco central, foi "reportada", pelos bancos, uma diminuição considerável no segmento destinado à aquisição de habitação".

Há indícios de que as famílias portuguesas estão mais resguardas em relação à bolsa doméstica e não sobra dinheiro para investir na compra de habitação própria. Os bancos chegam mesmo a afirmar que as "despesas de consumo" estão entre as causas da redução da concessão dos empréstimos à casa própria.

A procura de crédito ao consumo "terá diminuído no último trimestre" face ao período anterior. Isto terá acontecido pela percepção dos consumidores em relação à crise económica. A deterioração da confiança das famílias em relação ao futuro e preocupações com o desemprego e salários levam as famílias a contrair gastos. Apesar desta menor apetência pelo crédito, a banca "aumentou a exigência quanto às garantias" prestadas.

Ao contrário dos particulares, as empresas procuram mais empréstimos, mas não é para investir em novos projectos. Pelo contrário, a procura de dinheiro para investir está a diminuir, o que é um mau presságio para o andamento da economia.

Em contrapartida, diz o banco central, o acréscimo de pedidos de empréstimos é para reestruturar dívidas, enfrentar problemas de tesouraria (fundo de maneio) e "necessidades de financiamento de existências".

Nos primeiros três meses deste ano, a banca vai aumentar ainda mais as restrições ao crédito, colocando mais entraves na aprovação dos empréstimos. Acresce que os banqueiros, com dificuldades em prever o futuro, preferem emprestar a curto prazo, dificultando os empréstimos a médio e longo prazo.


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por Açor3 » 6/2/2009 14:09

Banca sobe ‘spreads’ às empresas e às famílias
Margarida Peixoto
06/02/09 12:12


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O Banco de Portugal diz que os bancos estão cada vez mais restritivos na concessão de crédito.
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Partilhe: Os bancos portugueses estão a cobrar mais pelos empréstimos às empresas e às famílas, revela o Banco de Portugal.

De acordo com um relatório divulgado hoje pelo Banco de Portugal, os 'spreads' praticados estão a ser mais elevados, reflectindo o aumento do risco percebido pela banca e a sua maior dificuldade de financiamento.

O aumento da restritividade tem sido maior para as empresas: além da subida dos prémios de risco, os empréstimos são feitos a menos tempo (menor maturidade) e os montantes são mais reduzidos.

Para as famílias, as condições também pioraram. Não são só os empréstimos de risco mais elevado que viram os 'spreads' subir: também os de risco médio foram penalizados pela banca. Isto significa que quem contrair agora um empréstimo à habitação acaba por não sentir os efeitos da descida da Euribor.

Nos empréstimos ao consumo - que se caracteriza por níveis mais elevados de incumprimento - a banca reavaliou de forma negativa a capacidade dos consumidores pagarem as prestações, o que resultou no aumento da restritividade da concessão destes créditos. As expectativas de continuação do agravamento desta restritividade, pelo menos, até Março.

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por Açor3 » 6/2/2009 12:50

Bancos vão continuar a apertar concessão de crédito


06/02/2009


A concessão de crédito em Portugal foi restringida durante 2008, com os bancos a apertarem mais as condições no último trimestre do ano. E esta tendência vai manter-se nos próximos meses. “Spreads” mais altos e limites nos montantes concedidos são as principais alterações, de acordo com o relatório hoje divulgado pelo Banco de Portugal.

(Notícia em actualização)




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por Açor3 » 5/2/2009 23:30

"Bancos tem que conceder o crédito de uma forma rigorosa"
Salgado explica porque o BES está a aumentar os spreads às empresas
Ricardo Salgado explicou hoje na entrevista à RTP a razão pela qual o Banco Espírito Santo está a aumentar os "spreads" nos créditos concedidos às empresas. "Os bancos tem que conceder o crédito de uma forma rigorosa", disse.

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Jornal de Negócios Online
negocios@negocios.pt


Ricardo Salgado explicou hoje na entrevista à RTP a razão pela qual o Banco Espírito Santo está a aumentar os “spreads” nos créditos concedidos às empresas. “Os bancos tem que conceder o crédito de uma forma rigorosa”, disse.

O presidente do BES adiantou que o dinheiro está a chegar ás empresas, citando o aumento do crédito de 9% no BES no último trimestre de 2008, e de 13% no financiamento às empresas. Aceitou que “à primeira vista é chocante” os “spreads” que estão a ser praticados, mas adiantou que “os bancos não podem fazer outra coisa se não agravar o ‘spread’”, devido ao aumento dos custos de financiamento nos mercados.

Salgada revelou que em 75% das empresas clientes do BES, o “spread” praticado está abaixo dos 3% e que em apenas uma pequena parte o “spread” supera os 7%, sendo que estes casos dizem respeito a clientes que já entrarem em incumprimento.

Explicou que o BES, na recente emissão de 1,5 mil milhões que efectuou com recurso à garantia do Estado, pagou um “spread” de 2% e que em Portugal uma “boa empresa” paga hoje no mínimo 2,5%. Lembrou que as grandes empresas portuguesas, no mercado internacional, estão a pagar acima de 3 e 4%.



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por Açor3 » 5/2/2009 21:04

quinta-feira, 5 de Fevereiro de 2009 | 18:26 Imprimir Enviar por Email

Empresas queixam-se que bancos chegam a duplicar spreads


As empresas têm cada vez mais dificuldades no acesso ao crédito e apontam o dedo à banca por chegar a duplicar em alguns casos os spreads, disseram à agência Lusa as associações de empresários e industriais AEP e AIP.
Com cerca de sete mil associados directos e muitos milhares indirectos, a Associação Empresarial de Portugal (AEP) e a Associação Industrial Portuguesa (AIP) são unânimes na caracterização das crescentes dificuldades das empresas em obter crédito das instituições financeiras, uma situação que as preocupa pelo "impacto que está a ter na economia real e no plano social".

"Nas últimas semanas têm aumentado as queixas dos nossos associados. As empresas que se nos dirigem têm reportado situações altamente criticáveis quanto ao comportamento da banca, que quase tem duplicado os 'spreads' contratados em 2008. Há já empresas a quem se estão a exigir 'spreads' de 7 por cento e mais", disse em entrevista à agência Lusa fonte oficial da AEP.

Também o presidente da AIP, Jorge Rocha de Matos, corrobora estes problemas sobretudo numa altura em que a crise internacional a nível dos mercados de crédito não perdoa, agravando a situação das empresas, nomeadamente as de menor dimensão, "quer em termos de acesso do crédito, quer quanto ao custo do mesmo".

"As empresas estão a sentir maior dificuldades no acesso ao crédito e que o seu custo se tem agravado. Note-se que existe em Portugal um problema de financiamento da actividade empresarial, nomeadamente ao nível das Pequenas e Médias Empresas (PME) que são muito dependentes do crédito bancário", afirmou.

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por Açor3 » 4/2/2009 12:14

Banco Invest emite 50 milhões com garantia do Estado


04/02/2009


O Banco Invest, instituição especializada no segmento de empresas e grandes clientes, vai realizar duas operações de financiamento, no valor total de 50 milhões de euros, que vão ser concretizadas ao abrigo do aval de 20 mil milhões de euros disponibilizado pelo Estado.

O banco, propriedade do grupo de construção Alves Ribeiro, vai fazer uma emissão de obrigações subordinadas no valor de 25 milhões de euros, com um prazo de três anos. Estes títulos, colocados através de oferta particular, oferecem um juro equivalente à euribor a três meses acrescida de um “spread” de 1,45%. Além disso, o Invest terá ainda de pagar anualmente uma comissão de garantia de 0,948% ao Estado.

Além disso, a instituição vai contrair um empréstimo de 25 milhões de euros com um prazo de um ano junto da Caixa Geral de Depósitos, cuja remuneração corresponderá à euribor a três meses acrescida de 130 pontos base. Este financiamento vai ter um custo adicional de 0,5% ao ano pelo uso da garantia.




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por DC89 » 3/2/2009 18:15

Penso que no aspecto de dar animo as bolsas esse papel nao vai passar pela banca, mas sim pelo sector petrolifero.

Que considero quando o petroleo começar de novo uma escalada ascendente, tal impulsionará as bolsas devido ao peso que as empresas desse sector tem nos variados mercados.

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por nunofaustino » 3/2/2009 16:38

Flying Turtle Escreveu:
nunofaustino Escreveu:FT, a solução para a crise passará por uma redução na qualidade de vida das pessoas. Assumir isso por parte de um dirigente político significaria a sua demissão no dia seguinte e a substituição por alguém que não fosse tão imprudente.


Eu sei disso Nuno, no entanto creio que o tipo de ameaças ocas e bacocas tem mais efeitos perversos do que positivos: Exacerba o ódio contra os mauzões dos bancos, constitui uma total (auto)-desresponsabilização dos Governos, Bancos Centrais e reguladores em geral e não acrescenta nada - mas nada mesmo - de positivo.

Creio que um discurso mais ponderado, mais próximo da realidade dos factos (é bom que os bancos sejam mais prudentes na análise de risco e que incorporem de forma mais adequada o risco nas condições do crédito concedido, leia-se nos spreads - até o nosso Ministro das Finanças já o afirmou -), positivamente focado em medidas activas de reanimação da economia, protecção e inclusão sociais e reformulação, ou reforço, da transparência nos processos e da responsabilização nas decisões ligadas à assumpção de risco e à regulação dos mercados, teria um efeito muito mais benéfico, inclusive para os próprios.

Será que o indivíduo acredita mesmo no que está a dizer? Se acredita, é louco e deve ser imediatamente demitido; Se não acredita, é inconsciente porque não se apercebe de que a realidade vai inexoravelmente desmascará-lo e deve ser imediatamente demitido.

FT


FT, infelizmente penso que há muito poucos líderes mundiais que se aperceberam das possíveis dimensões da crise e do que significa uma alteração nos padrões de consumo (fomentar a poupança) no curto prazo.

Um abr
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por nunofaustino » 3/2/2009 16:36

Lion_Heart Escreveu:O papel da Banca para relançar a Economia é nulo.

E dou o meu exemplo.
Tenho uma micro empresa de consultoria com um pequeno empréstimo bancário.
O Bes enviou uma carta a dizer que em virtude da instabilidade dos mercados, o meu spread ia passar de 1,5% para 5% , e se não aceitasse tinha 30 dias para resolver o contrato.

Ontem deu na tv umqa noticia com uma carta igual mas com spread de 9,5%!

Portanto o que o Governo diz é uma grande treat e Banca quer destruir o pouco da economia que resta.


Com o número de falências, é óbvio que o risco de qquer empresa e qquer empréstimo aumentou. É normal este aumento no spread. Se não for normal ou encontras melhores condições noutro banco ou existe uma cartelização dos bancos.

Isto é uma pescadinha de rabo na boca difícil de desatar... mas a verdade é que é impossível a economia voltar a crescer sem um sistema financeiro saudável e forte.

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por Flying Turtle » 3/2/2009 16:30

Lion_Heart Escreveu:(...) Banca quer destruir o pouco da economia que resta.


Lion_Heart, sem comentar evidentemente o teu caso particular ou qualquer outro, em termos gerais a destruição da economia ou, como tu dozes, "do pouco da economia que resta", traria como consequência inevitável a destruição da própria banca. Duvido que seja isso que ela quer...

Parece-me inevitável um drástico apertar das condições de crédito. Gato escaldado... Quanto mais depressa os agentes económicos se convencerem desta realidade, e a integrarem nos seus modelos de negócio e nas suas decisões de gestão, melhor.

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por Lion_Heart » 3/2/2009 16:03

O papel da Banca para relançar a Economia é nulo.

E dou o meu exemplo.
Tenho uma micro empresa de consultoria com um pequeno empréstimo bancário.
O Bes enviou uma carta a dizer que em virtude da instabilidade dos mercados, o meu spread ia passar de 1,5% para 5% , e se não aceitasse tinha 30 dias para resolver o contrato.

Ontem deu na tv umqa noticia com uma carta igual mas com spread de 9,5%!

Portanto o que o Governo diz é uma grande treat e Banca quer destruir o pouco da economia que resta.
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Lion_Heart
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Reformas e prémios "milionários"

por Açor3 » 3/2/2009 15:54

António Amaro de Matos
Reformas e prémios "milionários"

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As remunerações, prémios e pensões atribuídos a administradores de certas empresas, públicas ou privadas, continuam a ser motivo de comentários mais ou menos indignados. Casos há que, longe de serem exemplos de sucesso, justificativo de generosidades, são até motivo de escândalo publico.


As remunerações, prémios e pensões atribuídos a administradores de certas empresas, públicas ou privadas, continuam a ser motivo de comentários mais ou menos indignados. Casos há que, longe de serem exemplos de sucesso, justificativo de generosidades, são até motivo de escândalo publico.

A época anuncia-se como de sacrifícios para todos, mas são incontornavelmente as camadas desfavorecidas da sociedade que mais duramente vão ser atingidas. A paz em que vamos vivendo reside sobretudo no carácter acomodatício do nosso povo (ainda será o mesmo?), mas pode, bruscamente, aproveitando um qualquer pretexto menor, dar lugar a violentas convulsões de desfecho imprevisível.

A mais elementar prudência recomendaria um recuo nas políticas empresariais, até agora traduzidas numa subida exponencial dos ganhos dos quadros de topo, alargados a "fringe benefits" e outras vantagens, que, muitas vezes, os próprios se atribuem.

Alguns recearão a perda das nossas elites. É reduzido esse risco. Aliás, olhando o estado do País, tem de se reconhecer que talvez houvesse vantagem em substitui-las. Com relação custo-benefício mais favorável.

Fixemo-nos, por agora, nos prémios e nas reformas com esquemas criados especificamente para altos quadros das empresas e administradores. Reformas absurdas, as que temos conhecido, contrastando obscenamente com os dados da Segurança Social: cerca de quatro em cada cinco reformados recebem mensalmente menos de um salário mínimo nacional. Será legítimo exigir-se-lhes paciência e moderação?

Quanto aos prémios, não se contesta a legitimidade de accionistas reconhecidos atribuírem um prémio a gestores de cujo esforço resultou lucro, o qual, sem esse esforço, não teria sido possível obter. É a gratidão de quem lucrou e quer partilhar.

Penso, contudo, que o prémio deveria ser pago com dinheiro dos accionistas - os que lucraram e querem repartir -, e não com dinheiro da empresa. Isto é, pago com o que resta depois do pagamento do IRC pela empresa e do IRS pelos accionistas. Com dinheiro da empresa (que só é dinheiro dos accionistas depois de pagos todos os impostos).

Estou, aliás, certo de que, ao pagá-lo do seu bolso (sem contribuição dos cidadãos) haveria uma maior tendência para a moderação. Que também proviria da necessidade de dar conhecimento a todos os accionistas, visto o pagamento de IRS ser em seu nome, mesmo que a forma fosse a de uma retenção na empresa de dividendos pós-tributação pelo montante dos prémios.

Quanto às reformas, a atribuição de pensões generosas correspondentes a esquemas só aplicáveis a administradores, ou quadros de topo, generalizou-se para as grandes empresas a partir da sua introdução, primeiro no BdP, depois na CGD.

É diferente, nas suas motivações e, sobretudo, nas suas consequências, das contribuições das empresas para fundear pensões ou complementos de pensões para a generalidade dos seus trabalhadores. Não correspondendo a um fim minimamente social, não deveriam, para efeitos de IRC, ser considerados custos das empresas.

Assemelhar-se-iam mais a um prémio, até na medida em que para as assegurar, as empresas deveriam ter constituído um fundo de montante tal que, com os respectivos rendimentos, desse para fazer os pagamentos previstos. Um valor, geralmente muito elevado, destinado a uma certa pessoa.

Penso até que deveria ser como prémio que tais reformas deveriam ser encaradas, substituindo o pagamento regular da pensão, na data em que se deveria iniciar, pelo pagamento de um valor igual ao da reserva que a empresa teria de constituir para aquele fim.

Competiria ao premiado, depois de pago o IRS correspondente, administrar aquele montante, a seu gosto, eventualmente confiando-o a um fundo de pensões de sua escolha, já sem intervenção da empresa.

É claro que o método que preconizo é mais oneroso para a empresa e, sobretudo, para o beneficiário, mas restitui a estas pensões a sua natureza de prémio liberalmente concedido pelos donos das empresas e parece-me ser o único que, corrigindo a prática actual, deixa toda a liberdade aos intervenientes. Sem que o Estado tenha de intervir, a não ser para estabelecer um método que me parece muito razoável. Sem ter de impor, autoritariamente, quaisquer limites.

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por Flying Turtle » 3/2/2009 15:47

nunofaustino Escreveu:FT, a solução para a crise passará por uma redução na qualidade de vida das pessoas. Assumir isso por parte de um dirigente político significaria a sua demissão no dia seguinte e a substituição por alguém que não fosse tão imprudente.


Eu sei disso Nuno, no entanto creio que o tipo de ameaças ocas e bacocas tem mais efeitos perversos do que positivos: Exacerba o ódio contra os mauzões dos bancos, constitui uma total (auto)-desresponsabilização dos Governos, Bancos Centrais e reguladores em geral e não acrescenta nada - mas nada mesmo - de positivo.

Creio que um discurso mais ponderado, mais próximo da realidade dos factos (é bom que os bancos sejam mais prudentes na análise de risco e que incorporem de forma mais adequada o risco nas condições do crédito concedido, leia-se nos spreads - até o nosso Ministro das Finanças já o afirmou -), positivamente focado em medidas activas de reanimação da economia, protecção e inclusão sociais e reformulação, ou reforço, da transparência nos processos e da responsabilização nas decisões ligadas à assumpção de risco e à regulação dos mercados, teria um efeito muito mais benéfico, inclusive para os próprios.

Será que o indivíduo acredita mesmo no que está a dizer? Se acredita, é louco e deve ser imediatamente demitido; Se não acredita, é inconsciente porque não se apercebe de que a realidade vai inexoravelmente desmascará-lo e deve ser imediatamente demitido.

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por nunofaustino » 3/2/2009 15:33

Flying Turtle Escreveu:
Açor3 Escreveu:"Todos temos de fazer alguma coisa. A começar pelos bancos, que são os responsáveis e têm de ser os protagonistas para sair da crise. Têm de fazer um exercício de responsabilidade neste país e ampliar a situação do crédito", disse. "Esperamos que os bancos cumpram", disse o ministro, afirmando que se não o fizerem o governo "actuará".


:shock: :shock: :shock: :shock: :shock: :shock:

Ou é apenas (má) propaganda ou estamos mesmo tramados

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FT


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por Flying Turtle » 3/2/2009 15:26

Açor3 Escreveu:"Todos temos de fazer alguma coisa. A começar pelos bancos, que são os responsáveis e têm de ser os protagonistas para sair da crise. Têm de fazer um exercício de responsabilidade neste país e ampliar a situação do crédito", disse. "Esperamos que os bancos cumpram", disse o ministro, afirmando que se não o fizerem o governo "actuará".


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Ou é apenas (má) propaganda ou estamos mesmo tramados

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