objectivo é lutar para que não se destruam postos de trabalh
PLANO ANTICRISE RETIRA ATÉ 57 MIL DESEMPREGADOS DAS ESTATÍSTICAS
CATARINA ALMEIDA PEREIRA
Mercado laboral. Independentemente do êxito do Governo na inserção de pessoas à margem do mercado de trabalho, as medidas anunciadas têm o efeito imediato de reduzir o número oficial de desempregados
INE exige três condições ao conceito de desempregado
Se for aplicado integralmente, o plano de ocupação de desempregados desenhado pelo Governo vai implicar que até 57 mil pessoas sem trabalho não sejam consideradas "desempregadas". Esta é uma estimativa conservadora, tendo em conta que algumas das medidas anunciadas são apenas reforços de outras já existentes.
O que é um desempregado? Para o Instituto Nacional de Estatística (INE), responsável pelo apuramento de dados oficiais, é desempregado quem não tem trabalho remunerado, está disponível para trabalhar e procurou activamente emprego durante um período específico.
Uma das medidas da iniciativa "Emprego 2009" prevê o alargamento do programa de estágios a mais de 12 mil jovens de até 35 anos. Os beneficiários trabalham durante um ano em empresas e recebem uma bolsa com o valor mínimo de 629 euros, comparticipada pelo Estado. O plano prevê, por outro lado, a inserção de 10 mil pessoas com mais de 35 anos em estágios de 9 meses, pelos quais recebem um mínimo de 524 euros.
"No Inquérito ao Emprego os aprendizes e estagiários remunerados são considerados empregados", esclarece fonte oficial do INE, em resposta às perguntas do DN.
O plano também aponta para mais 5 mil adultos em cursos pagos de dupla certificação. Além disso, uma das medidas mais abrangentes prevê a inserção de mais 30 mil beneficiários do subsídio de desemprego em autarquias ou entidades sem fins lucrativos. Ontem, foram assinados os primeiros 600 contratos com instituições do sector social. As pessoas recebem uma bolsa equivalente a 20% da prestação de desemprego (ou de 419 euros, se forem beneficiários do rendimento social de inserção). Assumem os horários normais e têm quatro dias livres por mês para procurar emprego.
Questionado sobre como será classificada uma pessoa nesta situação, o INE explica que a pergunta-chave é a seguinte: "Efectuou um trabalho remunerado por conta própria ou de outrem, mesmo que tenha sido ocasional ou de apenas uma hora?" Se a resposta é positiva, a pessoa é considerada empregada.
O Governo nega um impacto directo destas medidas nas estatísticas do emprego. "Nada me leva a crer que essas medidas tenham impacto dessa natureza", responde ao DN Fernando Medina, secretário de Estado do Emprego. "Porquê? Precisamente porque as pessoas que estão em programas ocupacionais mantêm os deveres de procura activa", argumenta. "Mas vai depender das respostas de cada pessoa", reconhece.
O INE esclarece, no entanto, que o facto de a pessoa ter procurado emprego não é suficiente para que seja considerada "desempregada": "O indivíduo tem de cumprir simultaneamente os três requisitos: não ter trabalho remunerado, nem qualquer outro; estar disponível para trabalhar; ter feito diligências activas", refere fonte oficial.
"Nos últimos anos tem havido uma aposta clara neste tipo de decisões. A taxa de desemprego pode não reflectir de uma forma expressiva a realidade", refere Nádia Simões. A investigadora do ISCTE - que considera que o plano "vai no sentido positivo" - acredita que as medidas também são desenhadas com um propósito estatístico: "Se puderem servir vários objectivos, servem. Esse também é um factor de decisão".
A investigadora apela a uma monitorização intensiva da aplicação do plano, salientando os riscos do "emprego subsidiado". "A ocupação pode deixar as pessoas 'presas' a esse tipo de trabalhos, comprometendo a empregabilidade", refere.
"Não sendo legítima, a verdade é que a tentação para a generalidade dos governos para procurar diminuir o número real de desempregados sempre existiu", refere, por outro lado, Glória Rebelo, especialista em emprego e relações laborais. A professora universitária elogia, contudo, o plano apresentado considerando que ao apostar na "qualidade do emprego" - leia-se, contratação sem termo - o Governo "eleva a fasquia", o que torna os resultados estatísticos mais difíceis de obter.
Diário Noticias
CATARINA ALMEIDA PEREIRA
Mercado laboral. Independentemente do êxito do Governo na inserção de pessoas à margem do mercado de trabalho, as medidas anunciadas têm o efeito imediato de reduzir o número oficial de desempregados
INE exige três condições ao conceito de desempregado
Se for aplicado integralmente, o plano de ocupação de desempregados desenhado pelo Governo vai implicar que até 57 mil pessoas sem trabalho não sejam consideradas "desempregadas". Esta é uma estimativa conservadora, tendo em conta que algumas das medidas anunciadas são apenas reforços de outras já existentes.
O que é um desempregado? Para o Instituto Nacional de Estatística (INE), responsável pelo apuramento de dados oficiais, é desempregado quem não tem trabalho remunerado, está disponível para trabalhar e procurou activamente emprego durante um período específico.
Uma das medidas da iniciativa "Emprego 2009" prevê o alargamento do programa de estágios a mais de 12 mil jovens de até 35 anos. Os beneficiários trabalham durante um ano em empresas e recebem uma bolsa com o valor mínimo de 629 euros, comparticipada pelo Estado. O plano prevê, por outro lado, a inserção de 10 mil pessoas com mais de 35 anos em estágios de 9 meses, pelos quais recebem um mínimo de 524 euros.
"No Inquérito ao Emprego os aprendizes e estagiários remunerados são considerados empregados", esclarece fonte oficial do INE, em resposta às perguntas do DN.
O plano também aponta para mais 5 mil adultos em cursos pagos de dupla certificação. Além disso, uma das medidas mais abrangentes prevê a inserção de mais 30 mil beneficiários do subsídio de desemprego em autarquias ou entidades sem fins lucrativos. Ontem, foram assinados os primeiros 600 contratos com instituições do sector social. As pessoas recebem uma bolsa equivalente a 20% da prestação de desemprego (ou de 419 euros, se forem beneficiários do rendimento social de inserção). Assumem os horários normais e têm quatro dias livres por mês para procurar emprego.
Questionado sobre como será classificada uma pessoa nesta situação, o INE explica que a pergunta-chave é a seguinte: "Efectuou um trabalho remunerado por conta própria ou de outrem, mesmo que tenha sido ocasional ou de apenas uma hora?" Se a resposta é positiva, a pessoa é considerada empregada.
O Governo nega um impacto directo destas medidas nas estatísticas do emprego. "Nada me leva a crer que essas medidas tenham impacto dessa natureza", responde ao DN Fernando Medina, secretário de Estado do Emprego. "Porquê? Precisamente porque as pessoas que estão em programas ocupacionais mantêm os deveres de procura activa", argumenta. "Mas vai depender das respostas de cada pessoa", reconhece.
O INE esclarece, no entanto, que o facto de a pessoa ter procurado emprego não é suficiente para que seja considerada "desempregada": "O indivíduo tem de cumprir simultaneamente os três requisitos: não ter trabalho remunerado, nem qualquer outro; estar disponível para trabalhar; ter feito diligências activas", refere fonte oficial.
"Nos últimos anos tem havido uma aposta clara neste tipo de decisões. A taxa de desemprego pode não reflectir de uma forma expressiva a realidade", refere Nádia Simões. A investigadora do ISCTE - que considera que o plano "vai no sentido positivo" - acredita que as medidas também são desenhadas com um propósito estatístico: "Se puderem servir vários objectivos, servem. Esse também é um factor de decisão".
A investigadora apela a uma monitorização intensiva da aplicação do plano, salientando os riscos do "emprego subsidiado". "A ocupação pode deixar as pessoas 'presas' a esse tipo de trabalhos, comprometendo a empregabilidade", refere.
"Não sendo legítima, a verdade é que a tentação para a generalidade dos governos para procurar diminuir o número real de desempregados sempre existiu", refere, por outro lado, Glória Rebelo, especialista em emprego e relações laborais. A professora universitária elogia, contudo, o plano apresentado considerando que ao apostar na "qualidade do emprego" - leia-se, contratação sem termo - o Governo "eleva a fasquia", o que torna os resultados estatísticos mais difíceis de obter.
Diário Noticias
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
quinta-feira, 5 de Fevereiro de 2009 | 16:37 Imprimir Enviar por Email
VF Xira: Empresas que fecharam devem 6,5 M€ a trabalhadores
A dívida aos trabalhadores de empresas que encerraram na região de Vila Franca de Xira atinge quase 6,5 milhões de euros, havendo processos que se arrastam em tribunal há quase vinte anos, denunciaram sindicatos.
A zona sindical da CGTP de Vila Franca de Xira, que abrange o concelho com o mesmo nome e os concelhos de Alenquer, Arruda dos Vinhos e Azambuja, aprovou quarta-feira uma moção de repúdio pelas políticas de sacrifício impostas aos trabalhadores e apelou a uma «justiça célere e rápida, que ponha fim à situação escandalosa que constitui a dívida aos trabalhadores das empresas que encerraram».
Numa lista distribuída quarta-feira durante uma vigília, constavam 17 empresas que fecharam entre 1990 e 2008, deixando no desemprego 3.428 trabalhadores que reclamam indemnizações que atingem cerca de 6,5 milhões de euros.
A CGTP salienta que, de acordo, com os últimos dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), o desemprego aumentou 14,8 por cento nos concelhos da zona sindical de Vila Franca de Xira, correspondendo a mais 997 desempregados em Dezembro de 2008 face ao mesmo mês do ano anterior
Lusa
VF Xira: Empresas que fecharam devem 6,5 M€ a trabalhadores
A dívida aos trabalhadores de empresas que encerraram na região de Vila Franca de Xira atinge quase 6,5 milhões de euros, havendo processos que se arrastam em tribunal há quase vinte anos, denunciaram sindicatos.
A zona sindical da CGTP de Vila Franca de Xira, que abrange o concelho com o mesmo nome e os concelhos de Alenquer, Arruda dos Vinhos e Azambuja, aprovou quarta-feira uma moção de repúdio pelas políticas de sacrifício impostas aos trabalhadores e apelou a uma «justiça célere e rápida, que ponha fim à situação escandalosa que constitui a dívida aos trabalhadores das empresas que encerraram».
Numa lista distribuída quarta-feira durante uma vigília, constavam 17 empresas que fecharam entre 1990 e 2008, deixando no desemprego 3.428 trabalhadores que reclamam indemnizações que atingem cerca de 6,5 milhões de euros.
A CGTP salienta que, de acordo, com os últimos dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), o desemprego aumentou 14,8 por cento nos concelhos da zona sindical de Vila Franca de Xira, correspondendo a mais 997 desempregados em Dezembro de 2008 face ao mesmo mês do ano anterior
Lusa
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quinta-feira, 5 de Fevereiro de 2009 | 18:30 Imprimir Enviar por Email
Global Notícias rejeita liminarmente suspender despedimentos
A administração da Global Notícias rejeitou hoje «liminarmente» a suspensão do processo de despedimento colectivo da Controlinveste solicitado pelos trabalhadores da empresa, disse à Lusa a delegada sindical do Diário de Notícias.
«Os representantes dos trabalhadores solicitaram a suspensão do processo de despedimento colectivo da Controlinveste, o que foi liminarmente rejeitado pelos representantes da administração», disse à Lusa Leonor Figueiredo no final da reunião que juntou hoje as duas partes.
A Controlinveste detém a Global Notícias, que publica o Jornal de Notícias, Diário de Notícias e 24 Horas, e a Jornalinveste, responsável por O Jogo.
A Lusa tentou contactar a administração do grupo Controlinveste mas, até ao momento, não foi possível.
Diário Digital / Lusa
Global Notícias rejeita liminarmente suspender despedimentos
A administração da Global Notícias rejeitou hoje «liminarmente» a suspensão do processo de despedimento colectivo da Controlinveste solicitado pelos trabalhadores da empresa, disse à Lusa a delegada sindical do Diário de Notícias.
«Os representantes dos trabalhadores solicitaram a suspensão do processo de despedimento colectivo da Controlinveste, o que foi liminarmente rejeitado pelos representantes da administração», disse à Lusa Leonor Figueiredo no final da reunião que juntou hoje as duas partes.
A Controlinveste detém a Global Notícias, que publica o Jornal de Notícias, Diário de Notícias e 24 Horas, e a Jornalinveste, responsável por O Jogo.
A Lusa tentou contactar a administração do grupo Controlinveste mas, até ao momento, não foi possível.
Diário Digital / Lusa
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Dez mil portugueses no desemprego em Espanha
CÉU NEVES
Emigrantes. Crise económica, desemprego a subir, exploração laboral, manifestações contra a contratação de estrangeiros. Realidades que estão a fazer regressar muitas pessoas a Portugal, onde a situação não é melhor. Nacionais procuram outros mercados
Diminui número de empregos e de emigrantes
Dez mil portugueses recebiam subsídio de desemprego em Espanha em Dezembro de 2008. E, desde Outubro, são menos 6142 os que estão inscritos na segurança social espanhola. Uma diminuição que é consequência da crise económica do País e que, segundo as estruturas sindicais, está a afectar mais os portugueses.
Os dados do Instituto de Nacional de Estatísticas do Emprego espanhol (INEM) apenas indicam a realidade oficial das migrações. São 69.039 os inscritos na segurança social, sendo que 14,6% recebem subsídio de desemprego, e 181.097 os que têm residência no País.
Mas há um outro fluxo de portugueses que, de 15 em 15 dias, todas as semanas - e, às vezes, diariamente - atravessam a fronteira para trabalhar na construção civil em Espanha. São temporários e não têm registo nas estatísticas espanholas.
Numa reportagem do DN, publicada no dia 22 de Fevereiro de 2008, estimava-se que eram cerca de 60 mil os trabalhadores temporários portugueses. Os dirigentes do Sindicato da Construção do Norte dizem que cem mil portugueses trabalhavam na construção civil espanhola o ano passado. Um sector em que a taxa de desemprego ronda os 17%, quando a nível nacional é de 13,9%, sublinha Joan Melon, do sindicato do sector de Galiza, que acrescenta que a crise sente-se na falta da construção privada, já que as obras públicas não pararam.
Joan Melon nega que exista qualquer tipo de discriminação entre trabalhadores portugueses e trabalhadores espanhóis e que, no início da crise, eram os nativos os mais afectados. Agora, o desemprego prejudica mais os portugueses, com a agravante de que o governo espanhol lhes está a dificultar o subsídio por considerar que são trabalhadores temporários.
A maioria dos trabalhadores está a regressar a Portugal, ou a emigrar para outros países, em especial Angola, o novo el dorado. Os distritos mais afectados são os do Norte de Portugal, onde as pessoas foram "contratadas por sub-empreiteiros" portugueses.
"Há muitos trabalhadores que estão a vir embora de Espanha, mas é difícil quantificar", afirma o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil do distrito de Braga.
José Maria Ferreira explica que a situação é mais grave, porque muitos deles regressam sem remuneração e perspectiva de emprego. Alguns deles, a residir nas zonas do interior, terão de emigrar para outros países à procura de alternativas. Pior, sublinha, "metade dos 40 mil operários dos distritos de Braga e de Viana serão trabalhadores ilegais", em Espanha.
Mas não é apenas em Espanha que os emigrantes estão a ser afectados pela crise. Um pouco por toda a Europa há um fluxo de regresso ao País, o que depende da estabilidade conseguida no local de acolhimento.
Por isso, os sindicalistas dizem que os temporários são os mais afectados, embora não se conheçam os números oficiais, precisamente porque não há registo da sua presença. Com SUSANA PINHEIRO, Braga, e AMADEU ARAÚJO, Viseu
Diário Noticias
CÉU NEVES
Emigrantes. Crise económica, desemprego a subir, exploração laboral, manifestações contra a contratação de estrangeiros. Realidades que estão a fazer regressar muitas pessoas a Portugal, onde a situação não é melhor. Nacionais procuram outros mercados
Diminui número de empregos e de emigrantes
Dez mil portugueses recebiam subsídio de desemprego em Espanha em Dezembro de 2008. E, desde Outubro, são menos 6142 os que estão inscritos na segurança social espanhola. Uma diminuição que é consequência da crise económica do País e que, segundo as estruturas sindicais, está a afectar mais os portugueses.
Os dados do Instituto de Nacional de Estatísticas do Emprego espanhol (INEM) apenas indicam a realidade oficial das migrações. São 69.039 os inscritos na segurança social, sendo que 14,6% recebem subsídio de desemprego, e 181.097 os que têm residência no País.
Mas há um outro fluxo de portugueses que, de 15 em 15 dias, todas as semanas - e, às vezes, diariamente - atravessam a fronteira para trabalhar na construção civil em Espanha. São temporários e não têm registo nas estatísticas espanholas.
Numa reportagem do DN, publicada no dia 22 de Fevereiro de 2008, estimava-se que eram cerca de 60 mil os trabalhadores temporários portugueses. Os dirigentes do Sindicato da Construção do Norte dizem que cem mil portugueses trabalhavam na construção civil espanhola o ano passado. Um sector em que a taxa de desemprego ronda os 17%, quando a nível nacional é de 13,9%, sublinha Joan Melon, do sindicato do sector de Galiza, que acrescenta que a crise sente-se na falta da construção privada, já que as obras públicas não pararam.
Joan Melon nega que exista qualquer tipo de discriminação entre trabalhadores portugueses e trabalhadores espanhóis e que, no início da crise, eram os nativos os mais afectados. Agora, o desemprego prejudica mais os portugueses, com a agravante de que o governo espanhol lhes está a dificultar o subsídio por considerar que são trabalhadores temporários.
A maioria dos trabalhadores está a regressar a Portugal, ou a emigrar para outros países, em especial Angola, o novo el dorado. Os distritos mais afectados são os do Norte de Portugal, onde as pessoas foram "contratadas por sub-empreiteiros" portugueses.
"Há muitos trabalhadores que estão a vir embora de Espanha, mas é difícil quantificar", afirma o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil do distrito de Braga.
José Maria Ferreira explica que a situação é mais grave, porque muitos deles regressam sem remuneração e perspectiva de emprego. Alguns deles, a residir nas zonas do interior, terão de emigrar para outros países à procura de alternativas. Pior, sublinha, "metade dos 40 mil operários dos distritos de Braga e de Viana serão trabalhadores ilegais", em Espanha.
Mas não é apenas em Espanha que os emigrantes estão a ser afectados pela crise. Um pouco por toda a Europa há um fluxo de regresso ao País, o que depende da estabilidade conseguida no local de acolhimento.
Por isso, os sindicalistas dizem que os temporários são os mais afectados, embora não se conheçam os números oficiais, precisamente porque não há registo da sua presença. Com SUSANA PINHEIRO, Braga, e AMADEU ARAÚJO, Viseu
Diário Noticias
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
quarta-feira, 4 de Fevereiro de 2009 | 20:54 Imprimir Enviar por Email
Valença: Grupo Rodman despede 35 dos seus 50 trabalhadores
O grupo espanhol Rodman, que se dedica à construção e reparação de embarcações de recreio, vai despedir, a 11 de Fevereiro, 35 dos 50 trabalhadores da sua fábrica em Valença, disse hoje fonte sindical.
Segundo Branco Viana, coordenador da União de Sindicatos de Viana do Castelo, este «despedimento colectivo» foi justificado pela administração da empresa com a crise internacional, traduzida na quebra de mercado e consequente crescimento dos produtos em stock.
«Dizem que vêm acumulando prejuízos ao longo dos últimos dois anos e que não podem aguentar mais esta situação», acrescentou.
A Rodman está instalada na Zona Industrial de Valença há pouco mais de um ano, numa fábrica onde investiu 12 milhões de euros, com o apoio da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, e onde prometeu criar até 250 postos de trabalho.
Em inícios de 2008, a Rodman chegou a anunciar a intenção de deslocar uma parte da produção da sua unidade espanhola instalada para Valença, que assim absorveria entre 20 a 30 por cento da produção total do grupo.
Estes planos foram, no entanto, frustrados pela crise e pela quebra do mercado no sector da náutica em Espanha, que, segundo fonte da empresa, «em 2008 foi de 30 por cento e que em 2009 ainda poderá ser superior».
O grupo Rodman, com sede em Vigo, na Galiza, tem 30 anos de actividade e é líder de mercado na produção de embarcações de pesca, de náutica desportiva e militar.
De acordo com Branco Viana, há no distrito de Viana do Castelo, mais concretamente em Vila Nova de Cerveira, outros dois estaleiros ligados à construção de embarcações de recreio que «estão a experimentar sérias dificuldades», colocando em risco mais de 260 postos de trabalho.
«Já estão os dois a trabalhar apenas quatro dias por semana, face às dificuldades em escoar os stocks», referiu o sindicalista.
Diário Digital / Lusa
Valença: Grupo Rodman despede 35 dos seus 50 trabalhadores
O grupo espanhol Rodman, que se dedica à construção e reparação de embarcações de recreio, vai despedir, a 11 de Fevereiro, 35 dos 50 trabalhadores da sua fábrica em Valença, disse hoje fonte sindical.
Segundo Branco Viana, coordenador da União de Sindicatos de Viana do Castelo, este «despedimento colectivo» foi justificado pela administração da empresa com a crise internacional, traduzida na quebra de mercado e consequente crescimento dos produtos em stock.
«Dizem que vêm acumulando prejuízos ao longo dos últimos dois anos e que não podem aguentar mais esta situação», acrescentou.
A Rodman está instalada na Zona Industrial de Valença há pouco mais de um ano, numa fábrica onde investiu 12 milhões de euros, com o apoio da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, e onde prometeu criar até 250 postos de trabalho.
Em inícios de 2008, a Rodman chegou a anunciar a intenção de deslocar uma parte da produção da sua unidade espanhola instalada para Valença, que assim absorveria entre 20 a 30 por cento da produção total do grupo.
Estes planos foram, no entanto, frustrados pela crise e pela quebra do mercado no sector da náutica em Espanha, que, segundo fonte da empresa, «em 2008 foi de 30 por cento e que em 2009 ainda poderá ser superior».
O grupo Rodman, com sede em Vigo, na Galiza, tem 30 anos de actividade e é líder de mercado na produção de embarcações de pesca, de náutica desportiva e militar.
De acordo com Branco Viana, há no distrito de Viana do Castelo, mais concretamente em Vila Nova de Cerveira, outros dois estaleiros ligados à construção de embarcações de recreio que «estão a experimentar sérias dificuldades», colocando em risco mais de 260 postos de trabalho.
«Já estão os dois a trabalhar apenas quatro dias por semana, face às dificuldades em escoar os stocks», referiu o sindicalista.
Diário Digital / Lusa
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
pára mais dias
Autoeuropa atribui bónus de 622,24 euros por operador
Os operadores da Autoeuropa vão receber um bónus máximo de 622,24 euros por pessoa, este ano. O anúncio foi feito na quinta-feira através de comunicação interna, soube o Negócios.
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Carla Pedro
cpedro@negocios.pt
Os operadores da Autoeuropa vão receber um bónus máximo de 622,24 euros por pessoa este ano. O anúncio foi feito na quinta-feira através de comunicação interna, soube o Negócios.
“O prémio de objectivos representa o grande envolvimento dos colaboradores no bom desempenho da fábrica em vários indicadores. O apuramento dos vários indicadores do prémio de objectivos de 2008 resultou em 39,1%. Este ano, na sequência do acordo com a administração e a Comissão de Trabalhadores, o cálculo para o valor do prémio passa a ser 39,1% x 1,4 do dalário base, originando um prémio de 54,74%. Para os operadores, isto representa um máximo de 622,24 euros”, refere o comunicado.
Este prémio destina-se apenas aos operadores da fábrica de Palmela, que estão distribuídos por 11 níveis. Do bónus estão excluídos os que faltaram ao emprego ou estiveram de baixa médica, informou fonte da empresa ao Negócios.
O prémio não é de 100% porque os vários objectivos definidos no início de 2008 não foram todos atingidos. O único que foi atingido a 100% foi o objectivo da melhoria contínua e poupança de custos.
O objectivo de limpeza e auditorias foi cumprido a 82%, ao passo que o da produtividade por carro/pessoas foi cumprido a 32,2%.fs
Fábrica fecha mais dias
No mês passado, a Autoeuropa anunciou que iria parar nos dias 30 de Janeiro e 2 de Fevereiro. Neste momento, estão anunciados mais “down days” para Fevereiro (dias 16, 23, 25, 26 e 27) e Março (dias 13, 16, 27 e 30). No dia 31 de Março há também paragem, mas só para o monovolume (Sharan e Alhambra). Ou seja, as equipas do Scirocco e do EOS trabalham nesse dia, referiu a mesma fonte.
A empresa acciona assim novos “down days” (dia de paragem), que são uma ferramenta de flexibilidade que faz parte de um acordo celebrado há dois anos, quando os trabalhadores aceitaram não ser aumentados para evitarem despedimentos, tendo direito a dias de paragem em troca.
Foi também anunciada a paragem total da fábrica de Palmela durante o mês de Abril. A Autoeuropa encerra nesse mês para obras, que se destinam a juntar as duas linhas de montagem numa só. Os quatro carros que a fábrica produz passarão a ser assim produzidos numa só linha.
De referir ainda que abriram os mercados para o Scirocco na China, Japão, África do Sul e Austrália, o que significa mais encomendas para a Autoeuropa.
A Autoeuropa é a maior fábrica do país e conta com perto de 3.000 empregados directos.
Jornal Negócios
Autoeuropa atribui bónus de 622,24 euros por operador
Os operadores da Autoeuropa vão receber um bónus máximo de 622,24 euros por pessoa, este ano. O anúncio foi feito na quinta-feira através de comunicação interna, soube o Negócios.
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Carla Pedro
cpedro@negocios.pt
Os operadores da Autoeuropa vão receber um bónus máximo de 622,24 euros por pessoa este ano. O anúncio foi feito na quinta-feira através de comunicação interna, soube o Negócios.
“O prémio de objectivos representa o grande envolvimento dos colaboradores no bom desempenho da fábrica em vários indicadores. O apuramento dos vários indicadores do prémio de objectivos de 2008 resultou em 39,1%. Este ano, na sequência do acordo com a administração e a Comissão de Trabalhadores, o cálculo para o valor do prémio passa a ser 39,1% x 1,4 do dalário base, originando um prémio de 54,74%. Para os operadores, isto representa um máximo de 622,24 euros”, refere o comunicado.
Este prémio destina-se apenas aos operadores da fábrica de Palmela, que estão distribuídos por 11 níveis. Do bónus estão excluídos os que faltaram ao emprego ou estiveram de baixa médica, informou fonte da empresa ao Negócios.
O prémio não é de 100% porque os vários objectivos definidos no início de 2008 não foram todos atingidos. O único que foi atingido a 100% foi o objectivo da melhoria contínua e poupança de custos.
O objectivo de limpeza e auditorias foi cumprido a 82%, ao passo que o da produtividade por carro/pessoas foi cumprido a 32,2%.fs
Fábrica fecha mais dias
No mês passado, a Autoeuropa anunciou que iria parar nos dias 30 de Janeiro e 2 de Fevereiro. Neste momento, estão anunciados mais “down days” para Fevereiro (dias 16, 23, 25, 26 e 27) e Março (dias 13, 16, 27 e 30). No dia 31 de Março há também paragem, mas só para o monovolume (Sharan e Alhambra). Ou seja, as equipas do Scirocco e do EOS trabalham nesse dia, referiu a mesma fonte.
A empresa acciona assim novos “down days” (dia de paragem), que são uma ferramenta de flexibilidade que faz parte de um acordo celebrado há dois anos, quando os trabalhadores aceitaram não ser aumentados para evitarem despedimentos, tendo direito a dias de paragem em troca.
Foi também anunciada a paragem total da fábrica de Palmela durante o mês de Abril. A Autoeuropa encerra nesse mês para obras, que se destinam a juntar as duas linhas de montagem numa só. Os quatro carros que a fábrica produz passarão a ser assim produzidos numa só linha.
De referir ainda que abriram os mercados para o Scirocco na China, Japão, África do Sul e Austrália, o que significa mais encomendas para a Autoeuropa.
A Autoeuropa é a maior fábrica do país e conta com perto de 3.000 empregados directos.
Jornal Negócios
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Fábrica de componentes de automóvel no Alentejo em vias de fechar
04/02/2009
A unidade portuguesa da Edscha, fabricante alemã de componentes para a indústria automóvel, faz parte do conjunto de 15 unidades da empresa na Europa abrangidas pelo processo de insolência, segundo a imprensa internacional. Está em causa a eliminação de 180 postos de trabalho em Portugal.
A Escha Alemã anunciou ontem a insolvência de 15 unidades de produção na Europa, incluindo a fábrica de Vendas Novas, no Alentejo. A Escha Portugal emprega 180 pessoas.
A porta-voz da empresa germânica, Christina Clemens, assegurou à agência Reuters que na origem do encerramento das 15 unidades europeias está o recuo das vendas para o sector automóvel, assim como as dificuldades de acesso ao crédito.
A mesma responsável adiantou ainda, ao jornal “Oje”, que a fábrica portuguesa deverá manter a actividade de forma a responder às encomendas dos clientes.
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Banco BPI
04/02/2009
A unidade portuguesa da Edscha, fabricante alemã de componentes para a indústria automóvel, faz parte do conjunto de 15 unidades da empresa na Europa abrangidas pelo processo de insolência, segundo a imprensa internacional. Está em causa a eliminação de 180 postos de trabalho em Portugal.
A Escha Alemã anunciou ontem a insolvência de 15 unidades de produção na Europa, incluindo a fábrica de Vendas Novas, no Alentejo. A Escha Portugal emprega 180 pessoas.
A porta-voz da empresa germânica, Christina Clemens, assegurou à agência Reuters que na origem do encerramento das 15 unidades europeias está o recuo das vendas para o sector automóvel, assim como as dificuldades de acesso ao crédito.
A mesma responsável adiantou ainda, ao jornal “Oje”, que a fábrica portuguesa deverá manter a actividade de forma a responder às encomendas dos clientes.
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Banco BPI
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Desemprego
Desemprego de portugueses em Espanha triplica
Margarida Peixoto e Manuel Esteves
04/02/09 00:05
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Collapse Comunidade
Partilhe: A taxa de desemprego entre os portugueses em Espanha atingiu 15% no último trimestre do ano passado.
A taxa de desemprego entre os portugueses que vivem em Espanha triplicou no último trimestre de 2008. De 5,1% no mesmo período de 2007, a taxa passou para 15,3% nos últimos três meses do ano passado, revelam os números do Instituto Nacional de Estatística espanhol solicitados pelo Diário Económico.
Diário Economico
Desemprego de portugueses em Espanha triplica
Margarida Peixoto e Manuel Esteves
04/02/09 00:05
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Partilhe: A taxa de desemprego entre os portugueses em Espanha atingiu 15% no último trimestre do ano passado.
A taxa de desemprego entre os portugueses que vivem em Espanha triplicou no último trimestre de 2008. De 5,1% no mesmo período de 2007, a taxa passou para 15,3% nos últimos três meses do ano passado, revelam os números do Instituto Nacional de Estatística espanhol solicitados pelo Diário Económico.
Diário Economico
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
http://jn.sapo.pt/paginainicial/pais/co ... id=1128873
Finanças travam reabertura da Ceres
00h30m
MIGUEL GONÇALVES
Um documento das Finanças, que tarda em chegar à cerâmica Ceres, em Coimbra, está a travar a reabertura da fábrica. Sem esse documento não há dinheiro e com salários por pagar os 170 operários não regressam ao trabalho.
Ontem, no final de um plenário de trabalhadores muito concorrido, o sentimento geral era o de esperança e cepticismo.
Teresa Freixela, que trabalhou mais de 30 anos na cerâmica Ceres, às portas de Coimbra, diz que ainda sonha regressar à fábrica, mas coloca reticências: "Estão sempre a dizer que isto vai abrir, vai abrir. É mais uma vez que vamos esperar, para ver o que vai dar".
A reactivação da fábrica dos Fornos, na freguesia de Torre de Vilela, foi anunciada em Setembro de 2008, após cerca de dois anos de paragem. Mas os dias foram passando e as portas continuaram fechadas.
Francisco Lemos, administrador da Ceres, lamentou ontem, aparentemente resignado, as burocracias que atrasam o regresso à laboração: "É o tempo que as coisas demoram. Em Portugal funcionam assim, e é assim que tem de ser".
"Falta-nos um documento para a libertação de garantias para os financiamentos. Sabemos que estamos em contraciclo, porque estão todos a querer fechar empresas e nós a reabrir, mas acreditamos neste projecto", afirmou o administrador.
António Moreira, coordenador da União de Sindicatos de Coimbra, optou por uma postura defensiva: "A avaliação só se pode fazer à posteriori. Como é que o mercado vai reagir aos novos produtos da Ceres, como é que ela se vai enquadrar no mercado onde há cerca de três anos não aparece, se o sucesso que vai ter com os seus produtos vai ou não ser suficiente para dar suporte financeiro e vida e estabilidade a esta empresa, são tudo coisas que estamos para ver...".
Ao JN, Jorge Vicente, coordenador do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Cerâmica, Cimento, Construção, Madeiras, Mármores e Similares da Região de Coimbra, foi igualmente prudente: "Os trabalhadores só vão retomar a laboração quando o forno for ligado. Mas, para isso, têm de ter primeiro os seus salários em atraso integralmente pagos. Ontem, os trabalhadores aprovaram, em plenário, a proposta de viabilização da empresa. Falta, agora, receber o dinheiro".
Finanças travam reabertura da Ceres
00h30m
MIGUEL GONÇALVES
Um documento das Finanças, que tarda em chegar à cerâmica Ceres, em Coimbra, está a travar a reabertura da fábrica. Sem esse documento não há dinheiro e com salários por pagar os 170 operários não regressam ao trabalho.
Ontem, no final de um plenário de trabalhadores muito concorrido, o sentimento geral era o de esperança e cepticismo.
Teresa Freixela, que trabalhou mais de 30 anos na cerâmica Ceres, às portas de Coimbra, diz que ainda sonha regressar à fábrica, mas coloca reticências: "Estão sempre a dizer que isto vai abrir, vai abrir. É mais uma vez que vamos esperar, para ver o que vai dar".
A reactivação da fábrica dos Fornos, na freguesia de Torre de Vilela, foi anunciada em Setembro de 2008, após cerca de dois anos de paragem. Mas os dias foram passando e as portas continuaram fechadas.
Francisco Lemos, administrador da Ceres, lamentou ontem, aparentemente resignado, as burocracias que atrasam o regresso à laboração: "É o tempo que as coisas demoram. Em Portugal funcionam assim, e é assim que tem de ser".
"Falta-nos um documento para a libertação de garantias para os financiamentos. Sabemos que estamos em contraciclo, porque estão todos a querer fechar empresas e nós a reabrir, mas acreditamos neste projecto", afirmou o administrador.
António Moreira, coordenador da União de Sindicatos de Coimbra, optou por uma postura defensiva: "A avaliação só se pode fazer à posteriori. Como é que o mercado vai reagir aos novos produtos da Ceres, como é que ela se vai enquadrar no mercado onde há cerca de três anos não aparece, se o sucesso que vai ter com os seus produtos vai ou não ser suficiente para dar suporte financeiro e vida e estabilidade a esta empresa, são tudo coisas que estamos para ver...".
Ao JN, Jorge Vicente, coordenador do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Cerâmica, Cimento, Construção, Madeiras, Mármores e Similares da Região de Coimbra, foi igualmente prudente: "Os trabalhadores só vão retomar a laboração quando o forno for ligado. Mas, para isso, têm de ter primeiro os seus salários em atraso integralmente pagos. Ontem, os trabalhadores aprovaram, em plenário, a proposta de viabilização da empresa. Falta, agora, receber o dinheiro".
Cumprimentos.
" Existem pessoas tão sumamente pobres que só têm dinheiro "
" Existem pessoas tão sumamente pobres que só têm dinheiro "
Helena Garrido
Despedidos e perdidos
Helenagarrido@mediafin.pt
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O mês de Janeiro foi aterrador. Todos os dias soubemos que muitos de nós tinham sido despedidos. E adivinhámos muitos outros, que não fizeram parte dos números mediáticos. Para a maioria não haverá subsídio de desemprego. O que significa, basicamente, que não haverá nada. Porque os serviços públicos não sabem dar outros apoios que não sejam financeiros.
O mês de Janeiro foi aterrador. Todos os dias soubemos que muitos de nós tinham sido despedidos. E adivinhámos muitos outros, que não fizeram parte dos números mediáticos. Para a maioria não haverá subsídio de desemprego. O que significa, basicamente, que não haverá nada. Porque os serviços públicos não sabem dar outros apoios que não sejam financeiros.
É esse vício de olhar para os problemas apenas na sua perspectiva financeira que justifica, em parte, que um ministro com a qualificação e sensibilidade para os problemas do desemprego, como é Vieira da Silva, anuncie que vai ser dada especial atenção aos desempregados que estejam a quatro meses de perder o subsídio pago pelo Estado. Então e os outros, aqueles que, por uma ou outra razão, não tiveram sequer direito ao apoio do Estado?
Vão ser agora criadas uma espécie de "Lojas do Cidadão" para o desempregado, os pomposamente chamados Gabinetes de Inserção Profissional, que vêm substituir as igualmente pomposas Unidades de Inserção, que, basicamente, nunca funcionaram. E que tiveram o mesmo objectivo destes novos gabinetes: resolver o problema de incapacidade - evito a palavra "incompetência", porque os funcionários podem não ter culpa disso - dos Centros de Emprego.
Com honrosas excepções, os Centros de Emprego há décadas que não funcionam.
Financeiramente falando, são centros de custos do Estado. Só não se toma consciência disso porque o dinheiro é gasto apenas com os funcionários públicos. As experiências de quem um dia precisou de ser orientado por um Centro de Emprego são, na maioria dos casos, aterradoras. Funcionários que não têm sequer a mínima noção do problema que pode ser estar sem emprego. Na verdade também nunca terão tido formação para isso.
A criação desses novos Gabinetes pode ser uma via de criar efectivamente um serviço público de apoio ao desempregado que não se limite a passar o cheque do subsídio. É o modelo que se segue sempre que um serviço público deixa de funcionar. Foi assim, com a Loja do Cidadão, que se conseguiu acabar com os meses que se levava a conseguir um simples Bilhete de Identidade.
A iniciativa de contornar os Centros de Emprego é correcta mas o tempo joga contra o ministro do Trabalho. Pode já ser demasiado tarde para muitos desempregados.
Infelizmente, as preocupações de sucessivos ministros com a pasta do Emprego foram no sentido de limpar os ficheiros dos desempregados inscritos, reduzir as despesas com subsídios e debater e mudar a legislação laboral.
Nesta crise já não é possível limpar ficheiros, os subsídios foram de tal forma limitados que neste momento até é preciso alargá-los e a Lei Laboral, que tantos debates gerou, revela-se, afinal, muitíssimo menos rígida, como demonstram todos os despedimentos a que estamos a assistir.
Faltou aos sucessivos ministros com a pasta do Trabalho capacidade de organizar os serviços, de os colocar ao serviço das pessoas, como se conseguiu fazer, por exemplo, com a Loja do Cidadão.
Quando poucos estão sem emprego, a incompetência do Estado não se nota. Hoje, com muitos a perderem o emprego, veremos muitos desempregados e perdidos. Porque o Estado não está lá para os ajudar e perdeu-se a rede social privada porque se acreditava que o Estado estava lá. Esta é uma crise muito perigosa.
Jornal Negócios
Despedidos e perdidos
Helenagarrido@mediafin.pt
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O mês de Janeiro foi aterrador. Todos os dias soubemos que muitos de nós tinham sido despedidos. E adivinhámos muitos outros, que não fizeram parte dos números mediáticos. Para a maioria não haverá subsídio de desemprego. O que significa, basicamente, que não haverá nada. Porque os serviços públicos não sabem dar outros apoios que não sejam financeiros.
O mês de Janeiro foi aterrador. Todos os dias soubemos que muitos de nós tinham sido despedidos. E adivinhámos muitos outros, que não fizeram parte dos números mediáticos. Para a maioria não haverá subsídio de desemprego. O que significa, basicamente, que não haverá nada. Porque os serviços públicos não sabem dar outros apoios que não sejam financeiros.
É esse vício de olhar para os problemas apenas na sua perspectiva financeira que justifica, em parte, que um ministro com a qualificação e sensibilidade para os problemas do desemprego, como é Vieira da Silva, anuncie que vai ser dada especial atenção aos desempregados que estejam a quatro meses de perder o subsídio pago pelo Estado. Então e os outros, aqueles que, por uma ou outra razão, não tiveram sequer direito ao apoio do Estado?
Vão ser agora criadas uma espécie de "Lojas do Cidadão" para o desempregado, os pomposamente chamados Gabinetes de Inserção Profissional, que vêm substituir as igualmente pomposas Unidades de Inserção, que, basicamente, nunca funcionaram. E que tiveram o mesmo objectivo destes novos gabinetes: resolver o problema de incapacidade - evito a palavra "incompetência", porque os funcionários podem não ter culpa disso - dos Centros de Emprego.
Com honrosas excepções, os Centros de Emprego há décadas que não funcionam.
Financeiramente falando, são centros de custos do Estado. Só não se toma consciência disso porque o dinheiro é gasto apenas com os funcionários públicos. As experiências de quem um dia precisou de ser orientado por um Centro de Emprego são, na maioria dos casos, aterradoras. Funcionários que não têm sequer a mínima noção do problema que pode ser estar sem emprego. Na verdade também nunca terão tido formação para isso.
A criação desses novos Gabinetes pode ser uma via de criar efectivamente um serviço público de apoio ao desempregado que não se limite a passar o cheque do subsídio. É o modelo que se segue sempre que um serviço público deixa de funcionar. Foi assim, com a Loja do Cidadão, que se conseguiu acabar com os meses que se levava a conseguir um simples Bilhete de Identidade.
A iniciativa de contornar os Centros de Emprego é correcta mas o tempo joga contra o ministro do Trabalho. Pode já ser demasiado tarde para muitos desempregados.
Infelizmente, as preocupações de sucessivos ministros com a pasta do Emprego foram no sentido de limpar os ficheiros dos desempregados inscritos, reduzir as despesas com subsídios e debater e mudar a legislação laboral.
Nesta crise já não é possível limpar ficheiros, os subsídios foram de tal forma limitados que neste momento até é preciso alargá-los e a Lei Laboral, que tantos debates gerou, revela-se, afinal, muitíssimo menos rígida, como demonstram todos os despedimentos a que estamos a assistir.
Faltou aos sucessivos ministros com a pasta do Trabalho capacidade de organizar os serviços, de os colocar ao serviço das pessoas, como se conseguiu fazer, por exemplo, com a Loja do Cidadão.
Quando poucos estão sem emprego, a incompetência do Estado não se nota. Hoje, com muitos a perderem o emprego, veremos muitos desempregados e perdidos. Porque o Estado não está lá para os ajudar e perdeu-se a rede social privada porque se acreditava que o Estado estava lá. Esta é uma crise muito perigosa.
Jornal Negócios
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Despedimentos ilegais escondem «desespero das empresas»
Hoje às 10:20
O presidente da Associação das Empresas de Construção Civil e Obras Públicas admite que os despedimentos ilegais possam estar a aumentar. A TSF já tinha adiantado que a Autoridade para as Condições do Trabalho, tal como tinham denunciado os sindicatos, regista um aumento do número de despedimentos à margem da lei.
Os dados são ainda provisórios, mas já permitem concluir que, só no último trimestre do ano passado, foram detectados mais despedimentos ilegais do que nos restantes meses de 2008.
Os sectores mais atingidos foram os da construção, dos componentes eléctricos para a indústria automóvel e o do têxtil.
O presidente da Associação das Empresas de Construção Civil e Obras Públicas, Ricardo Pedrosa, justifica os despedimentos colectivos ilegais com a situação complicada que as empresas enfrentam.
«O que estes dados não revelam é o desespero de muitas empresas incapazes de saldar os seus compromissos, porque os clientes não pagam, porque o mercado parou e por isso às vezes acabam por tomar atitudes menos correctas», alertou.
Ricardo Pedrosa avisa que muitas empresas não terão dinheiro para pagar as multas por despedirem de forma ilegal e defende que a legislação não ajuda no combate à crise.
«A lei laboral em Portugal está pouco preparada para momentos de tão grande dificuldade como aqueles que estamos a viver. No que diz respeito às penalizações monetárias o que eu duvido é que muitas delas possam ser cumpridas pelas empresas em causa», considera.
A TSF falou também com o presidente da Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel, Pedro Valente de Almeida também dúvida que as multas e penas de prisão sejam aplicadas, confessando que ficou surpreendido.
«Pessoalmente não tenha conhecimento de qualquer situação de despedimento ilegal, o que tenho conhecimento é que a maioria das empresas têm feito negociações com os trabalhadores no sentido de utilização de férias» quando há necessidade de parar a produção, afirma Pedro Valente de Almeida.
IOL
Hoje às 10:20
O presidente da Associação das Empresas de Construção Civil e Obras Públicas admite que os despedimentos ilegais possam estar a aumentar. A TSF já tinha adiantado que a Autoridade para as Condições do Trabalho, tal como tinham denunciado os sindicatos, regista um aumento do número de despedimentos à margem da lei.
Os dados são ainda provisórios, mas já permitem concluir que, só no último trimestre do ano passado, foram detectados mais despedimentos ilegais do que nos restantes meses de 2008.
Os sectores mais atingidos foram os da construção, dos componentes eléctricos para a indústria automóvel e o do têxtil.
O presidente da Associação das Empresas de Construção Civil e Obras Públicas, Ricardo Pedrosa, justifica os despedimentos colectivos ilegais com a situação complicada que as empresas enfrentam.
«O que estes dados não revelam é o desespero de muitas empresas incapazes de saldar os seus compromissos, porque os clientes não pagam, porque o mercado parou e por isso às vezes acabam por tomar atitudes menos correctas», alertou.
Ricardo Pedrosa avisa que muitas empresas não terão dinheiro para pagar as multas por despedirem de forma ilegal e defende que a legislação não ajuda no combate à crise.
«A lei laboral em Portugal está pouco preparada para momentos de tão grande dificuldade como aqueles que estamos a viver. No que diz respeito às penalizações monetárias o que eu duvido é que muitas delas possam ser cumpridas pelas empresas em causa», considera.
A TSF falou também com o presidente da Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel, Pedro Valente de Almeida também dúvida que as multas e penas de prisão sejam aplicadas, confessando que ficou surpreendido.
«Pessoalmente não tenha conhecimento de qualquer situação de despedimento ilegal, o que tenho conhecimento é que a maioria das empresas têm feito negociações com os trabalhadores no sentido de utilização de férias» quando há necessidade de parar a produção, afirma Pedro Valente de Almeida.
IOL
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Apoio a desempregados em risco de pobreza
CATARINA ALMEIDA PEREIRA
Resposta à crise. O Governo responde às pressões para o alargamento do subsídio de desemprego com a garantia do reforço do acompanhamento a desempregados. IEFP e Segurança Social terão intervenção conjunta
Estado gasta dez milhões de euros por ano com novos gabinetes de apoio
Os desempregados que estiverem a quatro meses de concluir o período de subsídio de desemprego terão prioridade no acesso a colocações, programas de formação e estágios pagos. Nesta fase, de particular risco de exclusão, o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) e os serviços da Segurança Social terão uma "intervenção reforçada" e conjunta, encaminhando o beneficiário para colocações, ou, se for o caso, para outra prestação de apoio social.
Depois de ter rejeitado o alargamento generalizado do subsídio de desemprego, o Executivo veio ontem reconhecer a necessidade de dar particular atenção aos beneficiários que perdem a prestação, ao anunciar "uma nova metodologia", na conferência de imprensa onde também detalhou o plano conhecido em Dezembro.
O Governo rejeita, contudo, que a ideia seja substituir um subsídio por outro. "Contamos, em primeiro lugar, com as intervenções ao nível do emprego", refere o secretário de Estado do Emprego, Fernando Medina, ao DN. "Colocações, ofertas de formação profissional e estágios, qualificação e emprego são claramente prioridades relativamente a estes casos." Actualmente, o apoio é "mais intenso" nos primeiros meses, acrescenta. O alcance será, contudo, limitado, já que metade dos desempregados consegue trabalho no primeiro semestre de prestações.
Reconhecendo a dificuldade em lutar contra o aumento do desemprego, Vieira da Silva acabou por traçar uma nova prioridade. "O que importa é que criemos condições para que não se transforme em desemprego de longa duração", declarou aos jornalistas.
Poderão também ser estas as competências dos novos Gabinetes de Inserção Profissional (GIP), que, segundo explicou ao DN o secretário de Estado do Emprego, terão um orçamento anual global de dez milhões de euros.
O Governo conta com a criação de 400 gabinetes este ano, sobretudo concentrados nas regiões Norte (173) e Lisboa (188). Em articulação com o IEFP, os gabinetes substituirão as anteriores UNIVA, assumindo funções de apoio à procura activa de emprego, acompanhamento, ou controlo de apresentação dos beneficiários.
O projecto depende, contudo, das candidaturas das autarquias ou instituições particulares de solidariedade social, por exemplo. Os promotores terão direito, no primeiro ano, a uma verba de cinco mil euros para instalações, a que acresce um montante entre 11,3 mil e 31,4 mil euros, destinado a despesas de funcionamento.
Vieira da Silva referiu ontem que o mercado continua a ter um "dinamismo significativo", tendo em conta os 140 mil novos trabalhadores que no último trimestre passaram a descontar para a Segurança Social. No mesmo período, esclareceu ao DN, 129 mil deixaram de descontar. Mas são números parciais, explicou, que devem ser lidos com cautela.
Diário Noticias
CATARINA ALMEIDA PEREIRA
Resposta à crise. O Governo responde às pressões para o alargamento do subsídio de desemprego com a garantia do reforço do acompanhamento a desempregados. IEFP e Segurança Social terão intervenção conjunta
Estado gasta dez milhões de euros por ano com novos gabinetes de apoio
Os desempregados que estiverem a quatro meses de concluir o período de subsídio de desemprego terão prioridade no acesso a colocações, programas de formação e estágios pagos. Nesta fase, de particular risco de exclusão, o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) e os serviços da Segurança Social terão uma "intervenção reforçada" e conjunta, encaminhando o beneficiário para colocações, ou, se for o caso, para outra prestação de apoio social.
Depois de ter rejeitado o alargamento generalizado do subsídio de desemprego, o Executivo veio ontem reconhecer a necessidade de dar particular atenção aos beneficiários que perdem a prestação, ao anunciar "uma nova metodologia", na conferência de imprensa onde também detalhou o plano conhecido em Dezembro.
O Governo rejeita, contudo, que a ideia seja substituir um subsídio por outro. "Contamos, em primeiro lugar, com as intervenções ao nível do emprego", refere o secretário de Estado do Emprego, Fernando Medina, ao DN. "Colocações, ofertas de formação profissional e estágios, qualificação e emprego são claramente prioridades relativamente a estes casos." Actualmente, o apoio é "mais intenso" nos primeiros meses, acrescenta. O alcance será, contudo, limitado, já que metade dos desempregados consegue trabalho no primeiro semestre de prestações.
Reconhecendo a dificuldade em lutar contra o aumento do desemprego, Vieira da Silva acabou por traçar uma nova prioridade. "O que importa é que criemos condições para que não se transforme em desemprego de longa duração", declarou aos jornalistas.
Poderão também ser estas as competências dos novos Gabinetes de Inserção Profissional (GIP), que, segundo explicou ao DN o secretário de Estado do Emprego, terão um orçamento anual global de dez milhões de euros.
O Governo conta com a criação de 400 gabinetes este ano, sobretudo concentrados nas regiões Norte (173) e Lisboa (188). Em articulação com o IEFP, os gabinetes substituirão as anteriores UNIVA, assumindo funções de apoio à procura activa de emprego, acompanhamento, ou controlo de apresentação dos beneficiários.
O projecto depende, contudo, das candidaturas das autarquias ou instituições particulares de solidariedade social, por exemplo. Os promotores terão direito, no primeiro ano, a uma verba de cinco mil euros para instalações, a que acresce um montante entre 11,3 mil e 31,4 mil euros, destinado a despesas de funcionamento.
Vieira da Silva referiu ontem que o mercado continua a ter um "dinamismo significativo", tendo em conta os 140 mil novos trabalhadores que no último trimestre passaram a descontar para a Segurança Social. No mesmo período, esclareceu ao DN, 129 mil deixaram de descontar. Mas são números parciais, explicou, que devem ser lidos com cautela.
Diário Noticias
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Segurança Social cortou 15.700 subsídios de desemprego
O aumento da conflitualidade na aplicação das novas regras do subsídio de desemprego parece ter sido um receio infundado. O ano passado, a Segurança Social cortou a prestação social a 15.700 desempregados, mas só uma ínfima parte - 797 casos, equivalente a 5% do total - reclamou da decisão.
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Elisabete Miranda
elisabetemiranda@mediafin.pt
Raquel Martins
raquelmartins@mediafin.pt
O aumento da conflitualidade na aplicação das novas regras do subsídio de desemprego parece ter sido um receio infundado. O ano passado, a Segurança Social cortou a prestação social a 15.700 desempregados, mas só uma ínfima parte - 797 casos, equivalente a 5% do total - reclamou da decisão.
Os processos que chegaram à segunda instância de decisão - a comissão de recurso criada em 2007 para dar uma segunda oportunidade ao desempregado de ver a sua questão apreciada - foram ainda mais inexpressivos: 62 queixas num ano.
Estes números, facultados ao Negócios pela presidente da Comissão de Recursos, Cristina Rodrigues, parecem indiciar que quer os desempregados quer os centros de emprego vêm cumprindo o seu papel com o mínimo de desvios.
Jornal Negócios
O aumento da conflitualidade na aplicação das novas regras do subsídio de desemprego parece ter sido um receio infundado. O ano passado, a Segurança Social cortou a prestação social a 15.700 desempregados, mas só uma ínfima parte - 797 casos, equivalente a 5% do total - reclamou da decisão.
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Elisabete Miranda
elisabetemiranda@mediafin.pt
Raquel Martins
raquelmartins@mediafin.pt
O aumento da conflitualidade na aplicação das novas regras do subsídio de desemprego parece ter sido um receio infundado. O ano passado, a Segurança Social cortou a prestação social a 15.700 desempregados, mas só uma ínfima parte - 797 casos, equivalente a 5% do total - reclamou da decisão.
Os processos que chegaram à segunda instância de decisão - a comissão de recurso criada em 2007 para dar uma segunda oportunidade ao desempregado de ver a sua questão apreciada - foram ainda mais inexpressivos: 62 queixas num ano.
Estes números, facultados ao Negócios pela presidente da Comissão de Recursos, Cristina Rodrigues, parecem indiciar que quer os desempregados quer os centros de emprego vêm cumprindo o seu papel com o mínimo de desvios.
Jornal Negócios
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Corticeira Amorim inicia processo negocial para despedimento de 193 colaboradores
A Corticeira Amorim vai iniciar, pela primeira vez na sua história, o processo negocial para o despedimento de 193 colaboradores, numa tentativa de adaptar a produção com a procura esperada que deverá recuar como reflexo da actual conjuntura económica, anunciou a empresa em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
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Raquel Godinho
rgodinho@mediafin.pt
A Corticeira Amorim vai iniciar, pela primeira vez na sua história, o processo negocial para o despedimento de 193 colaboradores, numa tentativa de adaptar a produção com a procura esperada que deverá recuar como reflexo da actual conjuntura económica, anunciou a empresa em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
“(...) Urge adaptar a estrutura produtiva ao nível da procura esperada, razão pela qual, entre outras medidas a implementar, a Corticeira Amorim se vê obrigada a reduzir os quadros de pessoal das duas unidades de negócio (UN) referidas, com a dispensa de cerca de 75 colaboradores da UN Rolhas e de cerca de 118 elementos na UN Aglomerados Compósitos”, refere o comunicado.
A Corticeira Amorim acrescenta que “inicia, assim, um processo negocial com os colaboradores a dispensar, procurando um acordo que minimize o impacto desta decisão” e frisa que “atendendo ao enquadramento legal em vigor (...) poderá ver-se obrigada a recorrer à figura do despedimento colectivo”.
A empresa liderada por Américo Amorim destaca que esta é “uma medida excepcional que será utilizada pela primeira vez na já longa história” da empresa devido “às condições absolutamente extraordinárias da presente conjuntura económica mundial”.
A empresa refere no comunicado enviado ao regulador do mercado de capitais que já é possível verificar um abrandamento da actividade económica no seu sector.
“Reitera-se o facto de, apesar de preventivas, estas medidas agora anunciadas serem consideradas indispensáveis para a contenção do esperado impacto negativo da crise global na actividade e na sustentabilidade económico-financeira da Corticeira Amorim”, conclui o comunicado.
Jornal Negócios
A Corticeira Amorim vai iniciar, pela primeira vez na sua história, o processo negocial para o despedimento de 193 colaboradores, numa tentativa de adaptar a produção com a procura esperada que deverá recuar como reflexo da actual conjuntura económica, anunciou a empresa em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
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Raquel Godinho
rgodinho@mediafin.pt
A Corticeira Amorim vai iniciar, pela primeira vez na sua história, o processo negocial para o despedimento de 193 colaboradores, numa tentativa de adaptar a produção com a procura esperada que deverá recuar como reflexo da actual conjuntura económica, anunciou a empresa em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
“(...) Urge adaptar a estrutura produtiva ao nível da procura esperada, razão pela qual, entre outras medidas a implementar, a Corticeira Amorim se vê obrigada a reduzir os quadros de pessoal das duas unidades de negócio (UN) referidas, com a dispensa de cerca de 75 colaboradores da UN Rolhas e de cerca de 118 elementos na UN Aglomerados Compósitos”, refere o comunicado.
A Corticeira Amorim acrescenta que “inicia, assim, um processo negocial com os colaboradores a dispensar, procurando um acordo que minimize o impacto desta decisão” e frisa que “atendendo ao enquadramento legal em vigor (...) poderá ver-se obrigada a recorrer à figura do despedimento colectivo”.
A empresa liderada por Américo Amorim destaca que esta é “uma medida excepcional que será utilizada pela primeira vez na já longa história” da empresa devido “às condições absolutamente extraordinárias da presente conjuntura económica mundial”.
A empresa refere no comunicado enviado ao regulador do mercado de capitais que já é possível verificar um abrandamento da actividade económica no seu sector.
“Reitera-se o facto de, apesar de preventivas, estas medidas agora anunciadas serem consideradas indispensáveis para a contenção do esperado impacto negativo da crise global na actividade e na sustentabilidade económico-financeira da Corticeira Amorim”, conclui o comunicado.
Jornal Negócios
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Fabrica FrutiNatura fecha portas a cadeado
2009/02/02 18:35Redacção / PGMAAAA
Trabalhadores apanhados de surpresa estão à porta da empresa
A fábrica da FrutiNatura, em Vila de Rei, encerrou as portas a cadeado e foi assim que os cerca de 30 trabalhadores foram recebidos esta segunda-feira.
Os funcionários sabiam já que a empresa enfrentava dificuldades mas mesmo assim foram apanhados de surpresa e estão, segundo avança a TSF, à porta da fábrica à espera de uma explicação da administração.
Contactado pela rádio, Vítor Francisco, um dos trabalhadores, revelou que «supostamente seria um dia de trabalho normal. Como isso não aconteceu, temos que saber porque é que as portas estão fechadas».
IOL
2009/02/02 18:35Redacção / PGMAAAA
Trabalhadores apanhados de surpresa estão à porta da empresa
A fábrica da FrutiNatura, em Vila de Rei, encerrou as portas a cadeado e foi assim que os cerca de 30 trabalhadores foram recebidos esta segunda-feira.
Os funcionários sabiam já que a empresa enfrentava dificuldades mas mesmo assim foram apanhados de surpresa e estão, segundo avança a TSF, à porta da fábrica à espera de uma explicação da administração.
Contactado pela rádio, Vítor Francisco, um dos trabalhadores, revelou que «supostamente seria um dia de trabalho normal. Como isso não aconteceu, temos que saber porque é que as portas estão fechadas».
IOL
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
02 Fevereiro 2009 - 00h30
Crise: Números de Janeiro traçam cenário negro no País
354 sem trabalho por dia em Janeiro
A falência de mais de 80 pequenas e médias empresas em Portugal provocou, só no mês de Janeiro, mais de 11 mil novos desempregados. Ou seja, por dia, cerca de 354 trabalhadores perderam o emprego. Um cenário que, segundo a Associação Nacional de Pequenas e Médias Empresas (ANPME), poderá piorar se o Governo não avançar com medidas de apoio.
'É insuportável para as empresas a manutenção deste clima de insegurança, com falências em massa. Todos os dias há falências, só no mês de Janeiro os nossos serviços contabilizaram mais de 80', afirmou ao CM Augusto Morais, presidente da ANPME. O Governo apresenta hoje a Iniciativa Emprego 2009 para inverter os números.
'Amanhã de manhã [hoje] temos cinco empresas para declarar falência, todas com uma média de 35 trabalhadores. A situação é insuportável', acrescentou Augusto Morais, lembrando que nos últimos quatro meses do ano de 2008 mais de 20 mil pequenas e médias empresas abriram falência.
Para o presidente da ANPME, a solução passa por um 'novo regime de cobrança de impostos'. 'Há falências em catadupa porque a carga fiscal não está ajustada à vitalidade das empresas portuguesas', sublinhou.
Também a CGTP traça um cenário negro sobre o sector produtivo em Portugal. Segundo Arménio Carlos, membro da comissão executiva, existem '106 empresas com salários em atraso' relativos aos meses de Dezembro e Janeiro. Aliás, segundo os números apurados pela Intersindical, só nesses dois meses fecharam portas 'cerca de 90 empresas de média dimensão', ao mesmo tempo que '54 suspenderam contratos de trabalho' com os seus funcionários. O sector da indústria é o mais afectado, sobretudo em áreas como o têxtil, metalurgia, cerâmica e construção civil.
Apesar de assumir que parte dos números do desemprego e falências está relacionada com a crise, Arménio Carlos diz que 'há um conjunto de entidades que estão a usá-la como pretexto para cessar contratos e reduzir o número de trabalhadores ao seu serviço.'
GOVERNO ALARGA PROTECÇÃO SOCIAL EM TEMPO DE CRISE
O ministro do Trabalho, Vieira da Silva, apresenta hoje os moldes da Iniciativa Emprego 2009, que define apoios à manutenção do emprego, incentivos à contratação de jovens, apoio ao regresso ao mercado dos desempregados de longa duração e alargamento da protecção social. Vieira da Silva avançou já que vai ser dada às 'entidades não-lucrativas e organizações não-governamentais, em que se incluem instituições de solidariedade, a oportunidade de poderem ter o apoio do Estado para terem ao seu serviço trabalhadores em situação de desemprego.'
PORMENORES
INDEMNIZAÇÕES
A CGTP vai reunir com o presidente do Supremo Tribunal de Justiça na quarta-feira e mostrará o estudo que revela que as empresas devem 191 milhões de euros aos trabalhadores em indemnizações e salários em atraso.
ENCERRAMENTOS
A Qimonda pode deixar sem emprego 1900 pessoas. A Manitowoc também já anunciou que vai despedir 2100 funcionários. A Aerosoles entrou em processo de falência.
Jornal Correio Manhã
Crise: Números de Janeiro traçam cenário negro no País
354 sem trabalho por dia em Janeiro
A falência de mais de 80 pequenas e médias empresas em Portugal provocou, só no mês de Janeiro, mais de 11 mil novos desempregados. Ou seja, por dia, cerca de 354 trabalhadores perderam o emprego. Um cenário que, segundo a Associação Nacional de Pequenas e Médias Empresas (ANPME), poderá piorar se o Governo não avançar com medidas de apoio.
'É insuportável para as empresas a manutenção deste clima de insegurança, com falências em massa. Todos os dias há falências, só no mês de Janeiro os nossos serviços contabilizaram mais de 80', afirmou ao CM Augusto Morais, presidente da ANPME. O Governo apresenta hoje a Iniciativa Emprego 2009 para inverter os números.
'Amanhã de manhã [hoje] temos cinco empresas para declarar falência, todas com uma média de 35 trabalhadores. A situação é insuportável', acrescentou Augusto Morais, lembrando que nos últimos quatro meses do ano de 2008 mais de 20 mil pequenas e médias empresas abriram falência.
Para o presidente da ANPME, a solução passa por um 'novo regime de cobrança de impostos'. 'Há falências em catadupa porque a carga fiscal não está ajustada à vitalidade das empresas portuguesas', sublinhou.
Também a CGTP traça um cenário negro sobre o sector produtivo em Portugal. Segundo Arménio Carlos, membro da comissão executiva, existem '106 empresas com salários em atraso' relativos aos meses de Dezembro e Janeiro. Aliás, segundo os números apurados pela Intersindical, só nesses dois meses fecharam portas 'cerca de 90 empresas de média dimensão', ao mesmo tempo que '54 suspenderam contratos de trabalho' com os seus funcionários. O sector da indústria é o mais afectado, sobretudo em áreas como o têxtil, metalurgia, cerâmica e construção civil.
Apesar de assumir que parte dos números do desemprego e falências está relacionada com a crise, Arménio Carlos diz que 'há um conjunto de entidades que estão a usá-la como pretexto para cessar contratos e reduzir o número de trabalhadores ao seu serviço.'
GOVERNO ALARGA PROTECÇÃO SOCIAL EM TEMPO DE CRISE
O ministro do Trabalho, Vieira da Silva, apresenta hoje os moldes da Iniciativa Emprego 2009, que define apoios à manutenção do emprego, incentivos à contratação de jovens, apoio ao regresso ao mercado dos desempregados de longa duração e alargamento da protecção social. Vieira da Silva avançou já que vai ser dada às 'entidades não-lucrativas e organizações não-governamentais, em que se incluem instituições de solidariedade, a oportunidade de poderem ter o apoio do Estado para terem ao seu serviço trabalhadores em situação de desemprego.'
PORMENORES
INDEMNIZAÇÕES
A CGTP vai reunir com o presidente do Supremo Tribunal de Justiça na quarta-feira e mostrará o estudo que revela que as empresas devem 191 milhões de euros aos trabalhadores em indemnizações e salários em atraso.
ENCERRAMENTOS
A Qimonda pode deixar sem emprego 1900 pessoas. A Manitowoc também já anunciou que vai despedir 2100 funcionários. A Aerosoles entrou em processo de falência.
Jornal Correio Manhã
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Três mil trabalhadores com salários em atraso
Crise. Muitas empresas ainda não pagaram subsídio de Natal
Mais de três mil trabalhadores, empregados em 60 empresas de todo o País, tinham, em Janeiro, os seus salários em atraso, a maioria dos quais referentes ao mês de Dezembro e ao subsídio de Natal.
As empresas das indústrias química, metalúrgica, têxtil, vidreira, do calçado, corticeira, da construção civil e eléctricas estão no topo da lista das empresas em falta.
O sector metalúrgico, que engloba a indústria de componentes para automóveis, a atravessar uma grave crise a nível mundial, é aquele que regista maior número de casos de salários em atraso, com um total de 25 empresas, somando 680 trabalhadores.
As situações variam de empresa para empresa, mas a maioria deve aos seus trabalhadores o salário de Dezembro de 2008 e o respectivo subsídio de Natal.
Grande parte dos trabalhadores não deixa a situação agravar-se e usa a possibilidade que a lei dá de rescindir o contrato com justa causa após dois meses de salário em atraso, para poder ter acesso ao subsídio de desemprego, mas há casos em que os trabalhadores ainda esperam vários meses que a empresa recupere economicamente para poderem manter o posto de trabalho.
É o caso da empresa têxtil Jam- mo, em Oliveira do Hospital (Coimbra), com 60 trabalhadores, que têm cinco meses de salários em atraso, incluindo subsídios de Natal e de férias.
Existem também empresas em que os salários vão registando atrasos, mas que nunca os deixam acumular durante muitos meses, liquidando a dívida em várias prestações.
A Metalobajuca, na Maia, por exemplo, saldou a prestações as dívidas salariais durante o mês passado, restando-lhe o pagamento de metade dos subsídios de Natal.| LUSA
Diário Noticias
Crise. Muitas empresas ainda não pagaram subsídio de Natal
Mais de três mil trabalhadores, empregados em 60 empresas de todo o País, tinham, em Janeiro, os seus salários em atraso, a maioria dos quais referentes ao mês de Dezembro e ao subsídio de Natal.
As empresas das indústrias química, metalúrgica, têxtil, vidreira, do calçado, corticeira, da construção civil e eléctricas estão no topo da lista das empresas em falta.
O sector metalúrgico, que engloba a indústria de componentes para automóveis, a atravessar uma grave crise a nível mundial, é aquele que regista maior número de casos de salários em atraso, com um total de 25 empresas, somando 680 trabalhadores.
As situações variam de empresa para empresa, mas a maioria deve aos seus trabalhadores o salário de Dezembro de 2008 e o respectivo subsídio de Natal.
Grande parte dos trabalhadores não deixa a situação agravar-se e usa a possibilidade que a lei dá de rescindir o contrato com justa causa após dois meses de salário em atraso, para poder ter acesso ao subsídio de desemprego, mas há casos em que os trabalhadores ainda esperam vários meses que a empresa recupere economicamente para poderem manter o posto de trabalho.
É o caso da empresa têxtil Jam- mo, em Oliveira do Hospital (Coimbra), com 60 trabalhadores, que têm cinco meses de salários em atraso, incluindo subsídios de Natal e de férias.
Existem também empresas em que os salários vão registando atrasos, mas que nunca os deixam acumular durante muitos meses, liquidando a dívida em várias prestações.
A Metalobajuca, na Maia, por exemplo, saldou a prestações as dívidas salariais durante o mês passado, restando-lhe o pagamento de metade dos subsídios de Natal.| LUSA
Diário Noticias
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
"Isto é um drama, há famílias que não sabem fazer mais nada"
Indústria do mármore. Pequenas empresas obrigadas a fechar as portas
De máquina em máquina, de pedra em pedra, Joaquim Coelho mostra com orgulho o tamanho da fábrica que herdou do pai, o fundador da Maserl, uma das muitas empresas de mármores de Pêro Pinheiro. Nos tempos áureos trabalharam na fábrica cem pessoas; hoje são pouco mais de 20, que para ali se deslocam diariamente, numa azáfama de um trabalho duro mas que requer alguma arte.
Combater a crise que afecta a indústria do mármore em Portugal e continuar um negócio que o pai iniciou há 60 anos são os grandes desafios para Joaquim Coelho, que desde cedo se habituou a trabalhar a pedra. "Há uma quebra na procura. É difícil transmitir isto aos empregados, pois o ano de 2008 foi bom e agora estamos numa situação de estrangulamento", diz o empresário.
Ao contrário da maior parte das empresas de Pêro Pinheiro, a Maserl faz a própria extracção do mármore bruto em duas pedreiras situadas a escassas centenas de metros da fábrica, uma solução que acarreta vários encargos financeiros a curto prazo, que não são compensados devido ao facto de os seus clientes efectuarem os pagamentos a nove meses. "Gasto seis mil litros de gasóleo por semana. Tenho uma escavadora que só por dia gasta 800 litros", sublinhou, acrescentando que tem em atraso a recepção de pagamentos "de mais de um milhão de euros, alguns deles irrecuperáveis".
"A procura está a cair porque este sector acompanha o da construção, que também está em crise", explica. Segundo o proprietário da Maserl, a recente crise do sector afecta principalmente as empresas familiares, de pequena dimensão, que não conseguem competir com as de maior capacidade. "Muitas pessoas aprenderam a profissão e depois abriram uma pequena empresa familiar, com seis ou sete pessoas, e agora, dada a falta de procura de mármore, são obrigadas a fechar. As pessoas estão a sofrer, isto é um drama familiar. Há famílias que não sabem fazer mais nada a não ser trabalhar no mármore", diz
Das 2000 empresas ligadas ao sector do mármore em Portugal, 460 estão localizadas na área de Lisboa e grande parte delas labora em Pêro Pinheiro, uma vila de 6500 habitantes no concelho de Sintra, onde 300 pessoas já estão sem trabalho.
Segundo Miguel Goulão, vice-presidente da Associação Portuguesa dos Industriais de Mármores, Granitos e Ramos Afins, este sector, que emprega actualmente 20 mil trabalhadores, vive "uma situação de crise com contornos muito profundos e consequências graves". "A proliferação de pequenas empresas e a falta de cooperação constituem obstáculos ao incremento da cadeia de valor e à criação de dimensão para "atacar" mercados cada vez mais competitivos". Este "é o ponto-chave a corrigir", conclui.| LUSA
Indústria do mármore. Pequenas empresas obrigadas a fechar as portas
De máquina em máquina, de pedra em pedra, Joaquim Coelho mostra com orgulho o tamanho da fábrica que herdou do pai, o fundador da Maserl, uma das muitas empresas de mármores de Pêro Pinheiro. Nos tempos áureos trabalharam na fábrica cem pessoas; hoje são pouco mais de 20, que para ali se deslocam diariamente, numa azáfama de um trabalho duro mas que requer alguma arte.
Combater a crise que afecta a indústria do mármore em Portugal e continuar um negócio que o pai iniciou há 60 anos são os grandes desafios para Joaquim Coelho, que desde cedo se habituou a trabalhar a pedra. "Há uma quebra na procura. É difícil transmitir isto aos empregados, pois o ano de 2008 foi bom e agora estamos numa situação de estrangulamento", diz o empresário.
Ao contrário da maior parte das empresas de Pêro Pinheiro, a Maserl faz a própria extracção do mármore bruto em duas pedreiras situadas a escassas centenas de metros da fábrica, uma solução que acarreta vários encargos financeiros a curto prazo, que não são compensados devido ao facto de os seus clientes efectuarem os pagamentos a nove meses. "Gasto seis mil litros de gasóleo por semana. Tenho uma escavadora que só por dia gasta 800 litros", sublinhou, acrescentando que tem em atraso a recepção de pagamentos "de mais de um milhão de euros, alguns deles irrecuperáveis".
"A procura está a cair porque este sector acompanha o da construção, que também está em crise", explica. Segundo o proprietário da Maserl, a recente crise do sector afecta principalmente as empresas familiares, de pequena dimensão, que não conseguem competir com as de maior capacidade. "Muitas pessoas aprenderam a profissão e depois abriram uma pequena empresa familiar, com seis ou sete pessoas, e agora, dada a falta de procura de mármore, são obrigadas a fechar. As pessoas estão a sofrer, isto é um drama familiar. Há famílias que não sabem fazer mais nada a não ser trabalhar no mármore", diz
Das 2000 empresas ligadas ao sector do mármore em Portugal, 460 estão localizadas na área de Lisboa e grande parte delas labora em Pêro Pinheiro, uma vila de 6500 habitantes no concelho de Sintra, onde 300 pessoas já estão sem trabalho.
Segundo Miguel Goulão, vice-presidente da Associação Portuguesa dos Industriais de Mármores, Granitos e Ramos Afins, este sector, que emprega actualmente 20 mil trabalhadores, vive "uma situação de crise com contornos muito profundos e consequências graves". "A proliferação de pequenas empresas e a falta de cooperação constituem obstáculos ao incremento da cadeia de valor e à criação de dimensão para "atacar" mercados cada vez mais competitivos". Este "é o ponto-chave a corrigir", conclui.| LUSA
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Crise afecta emprego em Portugal
Cerca de sete mil trabalhadores foram despedidos ou ficaram com o emprego em risco em Janeiro
01.02.2009 - 09h39
Por Lusa
Nélson Garrido (arquivo)
A Quimonda é um dos casos em que uma eventual viabilização poderá salvar postos de trabalho ameaçados
Cerca de sete mil trabalhadores foram despedidos ao longo de Janeiro ou viram os seus postos de trabalho ameaçados devido ao encerramento das suas empresas ou à redução de pessoal na sequência da crise.
Estes milhares de despedimentos, concretizados ou em curso, ocorreram devido ao encerramento e falência de empresas ou a situações de quebra de produção por falta de encomendas que obrigaram à redução drástica do número de trabalhadores.
Despedimentos colectivos, despedimentos individuais, rescisões por mútuo acordo e não renovação de contratos a termo foram as figuras assumidas para a supressão dos postos de trabalho que, quase todos os dias, foram sendo anunciados pelos sindicatos e pelas próprias empresas.
Alguns casos, os mais significativos em termos numéricos, decorreram do agravamento da situação económica ou até do encerramento das empresas-mãe.
Mais de cem empresas reduzem emprego
É exemplo disso a multinacional Qimonda, em processo de falência, que pode levar ao encerramento da fábrica de Vila do Conde – a maior exportadora portuguesa –, colocando no desemprego mais 1900 trabalhadores.
A Manitowoc também anunciou quinta-feira que vai despedir 2100 trabalhadores em vários países, incluindo Portugal, onde estão a funcionar duas fábricas de gruas que já não estavam a renovar os contratos a prazo.
De acordo com os dados analisados pela agência Lusa, fornecidos por sindicatos e empresas, mais de uma centena de empresas estão envolvidas em processos de despedimentos, rescisões ou não renovação de contratos, sobretudo no sector industrial.
Estas empresas pertencem à indústria hoteleira, à indústria gráfica e de papel, indústria corticeira, indústria de cerâmica, indústria alimentar e de bebidas, indústrias eléctricas, construção civil, indústria do calçado, indústria têxtil, indústria vidreira e indústria química.
Mas é o sector da metalurgia – que inclui o sector automóvel – que regista maior incidência de empresas em crise e, consequentemente, de supressão de postos de trabalho.
Alguns destes empregos poderão manter-se
No entanto, muitos dos postos de trabalho ameaçados podem ainda ser poupados caso sejam encontradas soluções para viabilizar algumas das empresas em dificuldades.
É o caso da empresa de calçado Aerosoles que entrou em processo de falência, colocando em risco 680 empregos, mas que foi considerada viável por uma consultora que analisou a sua situação económica.
O Governo também tem tentado encontrar soluções para viabilizar várias empresas, nomeadamente a Qimonda.
Publico
Cerca de sete mil trabalhadores foram despedidos ou ficaram com o emprego em risco em Janeiro
01.02.2009 - 09h39
Por Lusa
Nélson Garrido (arquivo)
A Quimonda é um dos casos em que uma eventual viabilização poderá salvar postos de trabalho ameaçados
Cerca de sete mil trabalhadores foram despedidos ao longo de Janeiro ou viram os seus postos de trabalho ameaçados devido ao encerramento das suas empresas ou à redução de pessoal na sequência da crise.
Estes milhares de despedimentos, concretizados ou em curso, ocorreram devido ao encerramento e falência de empresas ou a situações de quebra de produção por falta de encomendas que obrigaram à redução drástica do número de trabalhadores.
Despedimentos colectivos, despedimentos individuais, rescisões por mútuo acordo e não renovação de contratos a termo foram as figuras assumidas para a supressão dos postos de trabalho que, quase todos os dias, foram sendo anunciados pelos sindicatos e pelas próprias empresas.
Alguns casos, os mais significativos em termos numéricos, decorreram do agravamento da situação económica ou até do encerramento das empresas-mãe.
Mais de cem empresas reduzem emprego
É exemplo disso a multinacional Qimonda, em processo de falência, que pode levar ao encerramento da fábrica de Vila do Conde – a maior exportadora portuguesa –, colocando no desemprego mais 1900 trabalhadores.
A Manitowoc também anunciou quinta-feira que vai despedir 2100 trabalhadores em vários países, incluindo Portugal, onde estão a funcionar duas fábricas de gruas que já não estavam a renovar os contratos a prazo.
De acordo com os dados analisados pela agência Lusa, fornecidos por sindicatos e empresas, mais de uma centena de empresas estão envolvidas em processos de despedimentos, rescisões ou não renovação de contratos, sobretudo no sector industrial.
Estas empresas pertencem à indústria hoteleira, à indústria gráfica e de papel, indústria corticeira, indústria de cerâmica, indústria alimentar e de bebidas, indústrias eléctricas, construção civil, indústria do calçado, indústria têxtil, indústria vidreira e indústria química.
Mas é o sector da metalurgia – que inclui o sector automóvel – que regista maior incidência de empresas em crise e, consequentemente, de supressão de postos de trabalho.
Alguns destes empregos poderão manter-se
No entanto, muitos dos postos de trabalho ameaçados podem ainda ser poupados caso sejam encontradas soluções para viabilizar algumas das empresas em dificuldades.
É o caso da empresa de calçado Aerosoles que entrou em processo de falência, colocando em risco 680 empregos, mas que foi considerada viável por uma consultora que analisou a sua situação económica.
O Governo também tem tentado encontrar soluções para viabilizar várias empresas, nomeadamente a Qimonda.
Publico
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Como resultado da crise financeira
Portugal perdeu 12.340 empresas só em Dezembro
2009/01/31 10:38Redacção / SPPAAAA
Lisboa contou com o maior aparecimento de empresas novas
Em apenas um mês perderam-se 12.340 empresas em Portugal. Os 31 dias de Dezembro do ano passado viram desaparecer 15.046 empresas, e assistiram à criação de apenas 2706 sociedades, de acordo com dados enviados pela Informa D&B ao jornal «Público», que recolhe informações empresariais.
Após um início de ano com saldo positivo, com mais aberturas do que encerramentos, o ponto de viragem deu-se em Outubro, quando a crise financeira estava a tornar-se cada vez mais visível. Em Novembro, o número de dissoluções foi quase cinco vezes superior ao surgimento de novos projectos, mas, ainda assim, o pior foi mesmo o resultado de Dezembro.
Processos de falência e insolvência disparam 67% em Portugal
Olhando para o número de criação e encerramento de sociedades ao longo do ano, 35.635 e 44.710, respectivamente, verifica-se que o saldo é claramente negativo, com a perda total de 9075 empresas em 2008.
O distrito de Lisboa é o que sofre mais impactos desta tendência, com 17.556 dissoluções, seguindo-se o Porto com 9779 e Braga com 3969. Na dinâmica de criação de empresas, com uma clara desaceleração a partir do início do segundo semestre, é também nestes três distritos que se registam mais casos de empreendedorismo.
Lisboa é a região que mostra mais dinâmica, com 10.320 novas empresas no ano passado (quase um terço do total). Segue-se o Porto, com 6298, e Braga, com 2766. Indicadores que, mesmo assim, foram insuficientes para inverter o saldo negativo provocado pelos efeitos da crise.
890 fábricas em falência
Cerca de 890 fábricas avançaram com pedidos de insolvência e falência em 2008, ano em que estes processos atingiram 3344 empresas em todo o país.
IOL
Portugal perdeu 12.340 empresas só em Dezembro
2009/01/31 10:38Redacção / SPPAAAA
Lisboa contou com o maior aparecimento de empresas novas
Em apenas um mês perderam-se 12.340 empresas em Portugal. Os 31 dias de Dezembro do ano passado viram desaparecer 15.046 empresas, e assistiram à criação de apenas 2706 sociedades, de acordo com dados enviados pela Informa D&B ao jornal «Público», que recolhe informações empresariais.
Após um início de ano com saldo positivo, com mais aberturas do que encerramentos, o ponto de viragem deu-se em Outubro, quando a crise financeira estava a tornar-se cada vez mais visível. Em Novembro, o número de dissoluções foi quase cinco vezes superior ao surgimento de novos projectos, mas, ainda assim, o pior foi mesmo o resultado de Dezembro.
Processos de falência e insolvência disparam 67% em Portugal
Olhando para o número de criação e encerramento de sociedades ao longo do ano, 35.635 e 44.710, respectivamente, verifica-se que o saldo é claramente negativo, com a perda total de 9075 empresas em 2008.
O distrito de Lisboa é o que sofre mais impactos desta tendência, com 17.556 dissoluções, seguindo-se o Porto com 9779 e Braga com 3969. Na dinâmica de criação de empresas, com uma clara desaceleração a partir do início do segundo semestre, é também nestes três distritos que se registam mais casos de empreendedorismo.
Lisboa é a região que mostra mais dinâmica, com 10.320 novas empresas no ano passado (quase um terço do total). Segue-se o Porto, com 6298, e Braga, com 2766. Indicadores que, mesmo assim, foram insuficientes para inverter o saldo negativo provocado pelos efeitos da crise.
890 fábricas em falência
Cerca de 890 fábricas avançaram com pedidos de insolvência e falência em 2008, ano em que estes processos atingiram 3344 empresas em todo o país.
IOL
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Esta semana
Cerca de 400 portugueses perderam emprego mas milhares estão em risco
Um total de 384 trabalhadores foram despedidos em Portugal desde segunda-feira e 3.280 têm os seus postos de trabalho ameaçados, de acordo com as notícias publicadas nos últimos dias
No resto do mundo, foram despedidos pelo menos 45.818 trabalhadores e as notícias inidcam que estão em risco 62.763 postos de trabalho.
Em Portugal, a crise no sector de têxteis e calçado levou à dispensa de 202 trabalhadores desde segunda-feira: as fábricas Ecco'let Portugal, em Santa Maria da Feira, e Conjuli - Sociedade Confecções, em Vila Nova de Famalicão, fecharam as portas, despedindo 177 e 25 trabalhadores, respectivamente.
Em Cascais, a Euronadel, fábrica de agulhas do grupo alemão Groz-Beckert, encerrou hoje, deixando 182 trabalhadores no desemprego.
Já a Qimonda e a Aerosoles entraram em processo de falência, colocando 1.900 postos em risco, no primeiro caso, e 680, no segundo.
No que respeita à Aerosoles, a consultora Roland Berger concluiu hoje que empresa tem «as alavancas necessárias e suficientes que permitem a sua viabilidade», revelou Artur Duarte, accionista e fundador da empresa de calçado.
«É ainda um estudo preliminar, que obriga a um maior detalhe, mas a boa nova para toda a gente, para descansar as pessoas, é que a empresa tem as alavancas necessárias», afirmou Artur Duarte no final de uma reunião em que a Roland Berger apresentou um primeiro rascunho do estudo de viabilidade da Aerosoles.
Em Viana do Castelo, uma fábrica de produção de cablagens para automóveis, do grupo alemão Leoni, anunciou aos 700 trabalhadores que vai proceder, a partir de Fevereiro, à redução temporária do período normal de trabalho.
Fora destes números está ainda a Renault Cacia (Aveiro) que vai suspender a produção na sexta-feira e já tem novas paragens agendadas para Fevereiro, desconhecendo-se o número total de postos de trabalho que podem estar em causa.
No plano internacional, o grupo informático norte-americano IBM anunciou segunda-feira um plano de supressão de 2.868 empregos, um número um pouco inferior à decisão da alemã SAP, a maior produtora europeia de software empresarial, que vai eliminar 3 mil postos de trabalho.
Também a STMicroelectronics, fabricante franco-italiana de semi-condutores, vai eliminar 4.500 empregos em todo o mundo durante este ano, anunciou terça-feira um representante da empresa.
A Fiat, em Itália, informou que estão cerca de 60 mil postos de trabalho ameaçados e pediu a intervenção do governo de Berlusconi para salvar a empresa.
Em risco está também a casa-mãe da Qimonda, em Munique, que «só vai sobreviver se tiver um investidor potente», disse o gestor do processo de falência da empresa, Michael Jaffé, na terça-feira.
As empresas nacionais e internacionais têm sentido dificuldades financeiras desde 2008, uma situação que se tem traduzido em sucessivos despedimentos e processos de suspensão da actividade laboral.
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima, num relatório hoje divulgado, que a taxa de desemprego das economias desenvolvidas e da União Europeia deve aumentar em 2009, podendo chegar aos 7,9 por cento.
Lusa/SOL
Cerca de 400 portugueses perderam emprego mas milhares estão em risco
Um total de 384 trabalhadores foram despedidos em Portugal desde segunda-feira e 3.280 têm os seus postos de trabalho ameaçados, de acordo com as notícias publicadas nos últimos dias
No resto do mundo, foram despedidos pelo menos 45.818 trabalhadores e as notícias inidcam que estão em risco 62.763 postos de trabalho.
Em Portugal, a crise no sector de têxteis e calçado levou à dispensa de 202 trabalhadores desde segunda-feira: as fábricas Ecco'let Portugal, em Santa Maria da Feira, e Conjuli - Sociedade Confecções, em Vila Nova de Famalicão, fecharam as portas, despedindo 177 e 25 trabalhadores, respectivamente.
Em Cascais, a Euronadel, fábrica de agulhas do grupo alemão Groz-Beckert, encerrou hoje, deixando 182 trabalhadores no desemprego.
Já a Qimonda e a Aerosoles entraram em processo de falência, colocando 1.900 postos em risco, no primeiro caso, e 680, no segundo.
No que respeita à Aerosoles, a consultora Roland Berger concluiu hoje que empresa tem «as alavancas necessárias e suficientes que permitem a sua viabilidade», revelou Artur Duarte, accionista e fundador da empresa de calçado.
«É ainda um estudo preliminar, que obriga a um maior detalhe, mas a boa nova para toda a gente, para descansar as pessoas, é que a empresa tem as alavancas necessárias», afirmou Artur Duarte no final de uma reunião em que a Roland Berger apresentou um primeiro rascunho do estudo de viabilidade da Aerosoles.
Em Viana do Castelo, uma fábrica de produção de cablagens para automóveis, do grupo alemão Leoni, anunciou aos 700 trabalhadores que vai proceder, a partir de Fevereiro, à redução temporária do período normal de trabalho.
Fora destes números está ainda a Renault Cacia (Aveiro) que vai suspender a produção na sexta-feira e já tem novas paragens agendadas para Fevereiro, desconhecendo-se o número total de postos de trabalho que podem estar em causa.
No plano internacional, o grupo informático norte-americano IBM anunciou segunda-feira um plano de supressão de 2.868 empregos, um número um pouco inferior à decisão da alemã SAP, a maior produtora europeia de software empresarial, que vai eliminar 3 mil postos de trabalho.
Também a STMicroelectronics, fabricante franco-italiana de semi-condutores, vai eliminar 4.500 empregos em todo o mundo durante este ano, anunciou terça-feira um representante da empresa.
A Fiat, em Itália, informou que estão cerca de 60 mil postos de trabalho ameaçados e pediu a intervenção do governo de Berlusconi para salvar a empresa.
Em risco está também a casa-mãe da Qimonda, em Munique, que «só vai sobreviver se tiver um investidor potente», disse o gestor do processo de falência da empresa, Michael Jaffé, na terça-feira.
As empresas nacionais e internacionais têm sentido dificuldades financeiras desde 2008, uma situação que se tem traduzido em sucessivos despedimentos e processos de suspensão da actividade laboral.
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima, num relatório hoje divulgado, que a taxa de desemprego das economias desenvolvidas e da União Europeia deve aumentar em 2009, podendo chegar aos 7,9 por cento.
Lusa/SOL
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
in bpionline
Afinal ... com tanta ciencia .. não se sabe nada..
está na hora de deitar com os podres todos pois já aguentamos tudo...
só falta.. não cabem todos.. temos que atirar borda fora .. vai você ou vai o seu neto?
técnicas
Situação da Qimonda "mais grave" do que se sabia
30/01/2009
A situação da Qimonda "é mais grave" do que até agora se sabia e se não houver uma solução até finais de Março, o encerramento "é inevitável", disse hoje o gestor judicial da empresa ao jornal ao Saechische Zeitung.
"No tempo que nos resta, temos de encontrar um investidor, e já houve primeiras manifestações de interesse e contactos, mas num âmbito reduzido", disse Michael Jaffé ao matutino de Dresden, onde está instalada a principal fábrica da Qimonda.
"Actualmente, estamos a fazer o possível para evitar o colapso da Qimonda", acrescentou o advogado nomeado pelo tribunal para gerir a falência, declarada a 23 de Janeiro.
Contactado pela agência Lusa após a entrevista do gestor judicial, o Ministério da Economia português lembrou apenas que o ministro Manuel Pinho se vai encontrar na próxima semana com Michael Jaffé.
Segundo a entrevista de Jaffé ao Saechische Zeitung, a Qimonda continua a produzir, embora com prejuízos, resultantes sobretudo do fabrico de "chips" de memória estandardizados. Já os "chips" produzidos para consolas de jogos, por exemplo, continuam a dar lucros.
Jaffé reiterou que a falência em curso, no entanto, "permite rescindir contratos que dão prejuízo, reduzir custos administrativos e processos complexos".
O advogado bávaro lembrou que "no interesse dos credores, há que manter o património" da Qimonda, acrescentando que, com a declaração de falência, "a empresa pode ser muito mais facilmente vendida".
Jaffé justificou a sua afirmação com o facto de um novo investidor não ter de suportar dívidas acumuladas, "e poder comprar por relativamente pouco dinheiro uma tecnologia de produção das mais avançadas do mundo, além de adquirir as 30 mil patentes" da Qimonda.
"No entanto" acrescentou, "a venda tem de ser efectuada em breve, e no auge de uma crise financeira e económica internacional", admitiu.
O governo regional da Saxónia reiterou, entretanto, a sua oferta de 150 milhões de euros para refinanciar a Qimonda, anunciada já antes da declaração de falência.
""Continuamos à disposição da Qimonda, com o instrumento de fomento que aprovámos", disse hoje em Dresden o ministro da economia da Saxónia, Thomas Jurk.
"Estamos de acordo com o gestor da falência, não precisamos de um ladrão de tecnologias, mas sim de um investidor estratégico, que mantenha por longo tempo a fábrica em Dresden", declarou o ministro.
Na segunda-feira, Michael Jaffé estará em Portugal para se reunir com representantes do governo e com os trabalhadores da fábrica da Qimonda em Vila do Conde, que emprega quase duas mil pessoas.
Portugal concordou em, Dezembro, em conceder um financiamento de 100 milhões de Euros à Qimonda, através de um consórcio de bancos nacionais liderados pela Caixa Geral de Depósitos, mas um mês depois o Governo foi surpreendido pela declaração de falência do único fabricante europeu de semicondutores, que é o maior exportador português, responsável por cinco por cento do Produto Interno Bruto.
A Qimonda emprega 12 mil pessoas em todo o mundo, 4600 das quais na Alemanha, e o seu accionista maioritário é a Infineon, que também está a atravessar dificuldades financeiras.
está na hora de deitar com os podres todos pois já aguentamos tudo...
só falta.. não cabem todos.. temos que atirar borda fora .. vai você ou vai o seu neto?
técnicas

Situação da Qimonda "mais grave" do que se sabia
30/01/2009
A situação da Qimonda "é mais grave" do que até agora se sabia e se não houver uma solução até finais de Março, o encerramento "é inevitável", disse hoje o gestor judicial da empresa ao jornal ao Saechische Zeitung.
"No tempo que nos resta, temos de encontrar um investidor, e já houve primeiras manifestações de interesse e contactos, mas num âmbito reduzido", disse Michael Jaffé ao matutino de Dresden, onde está instalada a principal fábrica da Qimonda.
"Actualmente, estamos a fazer o possível para evitar o colapso da Qimonda", acrescentou o advogado nomeado pelo tribunal para gerir a falência, declarada a 23 de Janeiro.
Contactado pela agência Lusa após a entrevista do gestor judicial, o Ministério da Economia português lembrou apenas que o ministro Manuel Pinho se vai encontrar na próxima semana com Michael Jaffé.
Segundo a entrevista de Jaffé ao Saechische Zeitung, a Qimonda continua a produzir, embora com prejuízos, resultantes sobretudo do fabrico de "chips" de memória estandardizados. Já os "chips" produzidos para consolas de jogos, por exemplo, continuam a dar lucros.
Jaffé reiterou que a falência em curso, no entanto, "permite rescindir contratos que dão prejuízo, reduzir custos administrativos e processos complexos".
O advogado bávaro lembrou que "no interesse dos credores, há que manter o património" da Qimonda, acrescentando que, com a declaração de falência, "a empresa pode ser muito mais facilmente vendida".
Jaffé justificou a sua afirmação com o facto de um novo investidor não ter de suportar dívidas acumuladas, "e poder comprar por relativamente pouco dinheiro uma tecnologia de produção das mais avançadas do mundo, além de adquirir as 30 mil patentes" da Qimonda.
"No entanto" acrescentou, "a venda tem de ser efectuada em breve, e no auge de uma crise financeira e económica internacional", admitiu.
O governo regional da Saxónia reiterou, entretanto, a sua oferta de 150 milhões de euros para refinanciar a Qimonda, anunciada já antes da declaração de falência.
""Continuamos à disposição da Qimonda, com o instrumento de fomento que aprovámos", disse hoje em Dresden o ministro da economia da Saxónia, Thomas Jurk.
"Estamos de acordo com o gestor da falência, não precisamos de um ladrão de tecnologias, mas sim de um investidor estratégico, que mantenha por longo tempo a fábrica em Dresden", declarou o ministro.
Na segunda-feira, Michael Jaffé estará em Portugal para se reunir com representantes do governo e com os trabalhadores da fábrica da Qimonda em Vila do Conde, que emprega quase duas mil pessoas.
Portugal concordou em, Dezembro, em conceder um financiamento de 100 milhões de Euros à Qimonda, através de um consórcio de bancos nacionais liderados pela Caixa Geral de Depósitos, mas um mês depois o Governo foi surpreendido pela declaração de falência do único fabricante europeu de semicondutores, que é o maior exportador português, responsável por cinco por cento do Produto Interno Bruto.
A Qimonda emprega 12 mil pessoas em todo o mundo, 4600 das quais na Alemanha, e o seu accionista maioritário é a Infineon, que também está a atravessar dificuldades financeiras.
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Unidade portuguesa da Saint-Gobain suspende produção até 2010
30/01/2009
A administração da Saint-Gobain Glass anunciou hoje a suspensão por todo o ano de 2009 da produção na unidade portuguesa de Santa Iria de Azóia, Loures, devido à crise no sector automóvel, para o qual fornece vidros.
"A decisão irá afectar em princípio todos os trabalhadores," disse à agência Lusa fonte oficial da empresa, que referiu que a paragem tem efeito já a partir de Fevereiro.
"A direcção da empresa tomou a decisão de antecipar a paragem para reparação da sua unidade de produção situada em Santa Iria de Azóia(...) Esta instalação que tinha programada a sua reparação a partir de Novembro de 2009 irá, assim, proceder à interrupção temporária da produção do seu forno na última semana do corrente mês", refere um comunicado da Saint-Gobain Glass.
"Durante a paragem realizar-se-ão os trabalhos de reconstrução necessários para o posterior arranque em 2010, que ocorrerá em data a determinar em função da evolução do mercado", acrescenta o comunicado.
A Saint-Gobain Glass justifica a paragem de cerca de um ano com a necessidade de adaptar a produção das fábricas europeias à procura actual por parte das construtoras automóveis, que a empresa diz ser de "marcada debilidade actual dos mercados português e espanhol".
"Decorrem neste momento negociações com os representantes dos trabalhadores e entidades oficiais, para estabelecimento das medidas possíveis tendentes a minimizar a repercussão social desta decisão", diz o comunicado da empresa, que tem três unidades na Península Ibérica.
No final de Dezembro de 2008, o Governo aprovou em Conselho de Ministros uma minuta de contrato de investimento entre o Estado Português, representado pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal e a Saint-Gobain Glass.
O Estado vai "conceder o benefício fiscal em sede de IRC" que prevê " a majoração de relevância excepcional do projecto para a economia nacional, na percentagem de 5 por cen to", refere a Resolução do Conselho de Ministros que aprovou a minuta de contrato de investimento.
No comunicado de hoje, a Saint-Gobain Glass alerta que vai fazer reflectir nos seus preços, a partir de Fevereiro, o aumento dos custos das matérias para a produção de vidro.
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Banco BPI
30/01/2009
A administração da Saint-Gobain Glass anunciou hoje a suspensão por todo o ano de 2009 da produção na unidade portuguesa de Santa Iria de Azóia, Loures, devido à crise no sector automóvel, para o qual fornece vidros.
"A decisão irá afectar em princípio todos os trabalhadores," disse à agência Lusa fonte oficial da empresa, que referiu que a paragem tem efeito já a partir de Fevereiro.
"A direcção da empresa tomou a decisão de antecipar a paragem para reparação da sua unidade de produção situada em Santa Iria de Azóia(...) Esta instalação que tinha programada a sua reparação a partir de Novembro de 2009 irá, assim, proceder à interrupção temporária da produção do seu forno na última semana do corrente mês", refere um comunicado da Saint-Gobain Glass.
"Durante a paragem realizar-se-ão os trabalhos de reconstrução necessários para o posterior arranque em 2010, que ocorrerá em data a determinar em função da evolução do mercado", acrescenta o comunicado.
A Saint-Gobain Glass justifica a paragem de cerca de um ano com a necessidade de adaptar a produção das fábricas europeias à procura actual por parte das construtoras automóveis, que a empresa diz ser de "marcada debilidade actual dos mercados português e espanhol".
"Decorrem neste momento negociações com os representantes dos trabalhadores e entidades oficiais, para estabelecimento das medidas possíveis tendentes a minimizar a repercussão social desta decisão", diz o comunicado da empresa, que tem três unidades na Península Ibérica.
No final de Dezembro de 2008, o Governo aprovou em Conselho de Ministros uma minuta de contrato de investimento entre o Estado Português, representado pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal e a Saint-Gobain Glass.
O Estado vai "conceder o benefício fiscal em sede de IRC" que prevê " a majoração de relevância excepcional do projecto para a economia nacional, na percentagem de 5 por cen to", refere a Resolução do Conselho de Ministros que aprovou a minuta de contrato de investimento.
No comunicado de hoje, a Saint-Gobain Glass alerta que vai fazer reflectir nos seus preços, a partir de Fevereiro, o aumento dos custos das matérias para a produção de vidro.
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Banco BPI
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Desemprego nos oito por cento, inflação no nível baixo em dez anos
Hoje às 13:33
O desemprego atingiu os oito por cento na Zona Euro em Dezembro, o que constitui um recorde em dois anos. Por seu lado, a inflação desceu fortemente para os 1,1 por cento em Janeiro, o nível mais baixo em dez anos.
O desemprego na Zona Euro subiu para os oito por cento em Dezembro, naquele que é o valor mais alto desta taxa em dois anos, uma consequência da recessão nesta neste bloco constituído por 16 países.
Segundo o Eurostat, o desemprego aumentou em Espanha de 13,7 por cento em Novembro para 14,4 por cento, ao passo que na Alemanha subiu de 7,1 por cento para 7,2, podendo, segundo as autoridades alemães, chegar a uma taxa bruta de 8,3 por cento em Janeiro.
Ainda de acordo com o gabinete europeu de estatísticas, a taxa de desemprego nos 27 países da União Europeia aumento de 7,3 por cento em Novembro para 7,4 por cento em Dezembro.
Por outro lado, ainda segundo o Eurostat, a inflação desceu fortemente para os 1,1 por cento em Janeiro contra os 1,6 por cento em Dezembro.
Este é o valor mais baixo da inflação em dez anos, quando esta taxa atingiu também os 1,1 por cento em Julho de 1999.
Jornal Negócios
Hoje às 13:33
O desemprego atingiu os oito por cento na Zona Euro em Dezembro, o que constitui um recorde em dois anos. Por seu lado, a inflação desceu fortemente para os 1,1 por cento em Janeiro, o nível mais baixo em dez anos.
O desemprego na Zona Euro subiu para os oito por cento em Dezembro, naquele que é o valor mais alto desta taxa em dois anos, uma consequência da recessão nesta neste bloco constituído por 16 países.
Segundo o Eurostat, o desemprego aumentou em Espanha de 13,7 por cento em Novembro para 14,4 por cento, ao passo que na Alemanha subiu de 7,1 por cento para 7,2, podendo, segundo as autoridades alemães, chegar a uma taxa bruta de 8,3 por cento em Janeiro.
Ainda de acordo com o gabinete europeu de estatísticas, a taxa de desemprego nos 27 países da União Europeia aumento de 7,3 por cento em Novembro para 7,4 por cento em Dezembro.
Por outro lado, ainda segundo o Eurostat, a inflação desceu fortemente para os 1,1 por cento em Janeiro contra os 1,6 por cento em Dezembro.
Este é o valor mais baixo da inflação em dez anos, quando esta taxa atingiu também os 1,1 por cento em Julho de 1999.
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