Teixeira dos Santos: "Não há GPS para a crise"
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Falências em Portugal subiram 67% em 2008
O número de processos de insolvência e de falência em Portugal elevaram-se a 3.344 em 2008, um acréscimo de 67 por cento face ao ano anterior, segundo um estudo da Dun & Braderstreet (D&B), hoje divulgado.
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Jornal de Negócios com Lusa
O número de processos de insolvência e de falência em Portugal elevaram-se a 3.344 em 2008, um acréscimo de 67 por cento face ao ano anterior, segundo um estudo da Dun & Braderstreet (D&B), hoje divulgado.
"Os processos de insolvência e de falência, em 2008, atingiram os 3.344 em Portugal, tendo-se registado uma média de 279 processos por mês, contra 2.001 contabilizados em 2007", refere o estudo do líder mundial de informação financeira.
O trabalho assinala também que no segundo semestre do ano passado "o número de processos de falência e de insolvência [estado em que o devedor possui mais dívidas do que a quantidade de seus bens para saldá-las] teve um crescimento de 13 por cento, comparativamente ao mesmo período do ano anterior".
A base de dados da Informa D&B serviu de base ao estudo sobre "Processos de Insolvência e de Falência de 2008".
"As entidades analisadas foram todas aquelas às quais estavam associados processos de insolvência e falência", justifica a D&B.
Os distritos onde se verificaram mais ocorrências são Braga, Lisboa e Porto, destaca o estudo do líder mundial no fornecimento de informações para áreas de crédito, marketing, compras e domínios de suporte a serviços, com 27 por cento, 19 por cento e 16 por cento, respectivamente.
No entanto, a análise geográfica elaborada pela D&B adverte para o facto de o comportamento não ser "uniforme em todos os distritos", sublinhando que a tendência geral observada em 2008 mantém o mesmo padrão de 2007, ao registar "um agravamento significativo".
Beja e Portalegre são os únicos distritos que apresentam uma redução no número de processos em relação a 2007.
Por sectores, a indústria, comércio grossista e a construção civil e obras públicas são líderes no maior número de processos de falência e de insolvência.
Do total dos 3.344 processos de falência e de insolvência observados em 2008 quase metade (1.528, ou seja, 46 por cento do total de processos) provêem de empresas com menos de 10 anos de actividade.
"As empresas com cinco ou menos empregados são as mais atingidas", sublinha o estudo.
O estudo refere ainda que é nas empresas com menos de cinco empregados onde ocorrem mais de metade do número total de processos de falência e de insolvência (51 porcento), contra cinco por cento nas empresas com mais de 50 empregados.
A D&B indica igualmente que em 2008 os sectores onde em que se observou um maior crescimento no número de processos, comparativamente a 2007, foram os do gás, electricidade e água, exploração mineira e telecomunicações com 2233 por cento, 367 por cento e 150 por cento, respectivamente.
Sobre as acções de insolvência o trabalho conclui que 68 por cento das acções foram requeridas por terceiros, enquanto cerca de um terço apresentadas pelas próprias entidades.
Jornal Negócios
O número de processos de insolvência e de falência em Portugal elevaram-se a 3.344 em 2008, um acréscimo de 67 por cento face ao ano anterior, segundo um estudo da Dun & Braderstreet (D&B), hoje divulgado.
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Jornal de Negócios com Lusa
O número de processos de insolvência e de falência em Portugal elevaram-se a 3.344 em 2008, um acréscimo de 67 por cento face ao ano anterior, segundo um estudo da Dun & Braderstreet (D&B), hoje divulgado.
"Os processos de insolvência e de falência, em 2008, atingiram os 3.344 em Portugal, tendo-se registado uma média de 279 processos por mês, contra 2.001 contabilizados em 2007", refere o estudo do líder mundial de informação financeira.
O trabalho assinala também que no segundo semestre do ano passado "o número de processos de falência e de insolvência [estado em que o devedor possui mais dívidas do que a quantidade de seus bens para saldá-las] teve um crescimento de 13 por cento, comparativamente ao mesmo período do ano anterior".
A base de dados da Informa D&B serviu de base ao estudo sobre "Processos de Insolvência e de Falência de 2008".
"As entidades analisadas foram todas aquelas às quais estavam associados processos de insolvência e falência", justifica a D&B.
Os distritos onde se verificaram mais ocorrências são Braga, Lisboa e Porto, destaca o estudo do líder mundial no fornecimento de informações para áreas de crédito, marketing, compras e domínios de suporte a serviços, com 27 por cento, 19 por cento e 16 por cento, respectivamente.
No entanto, a análise geográfica elaborada pela D&B adverte para o facto de o comportamento não ser "uniforme em todos os distritos", sublinhando que a tendência geral observada em 2008 mantém o mesmo padrão de 2007, ao registar "um agravamento significativo".
Beja e Portalegre são os únicos distritos que apresentam uma redução no número de processos em relação a 2007.
Por sectores, a indústria, comércio grossista e a construção civil e obras públicas são líderes no maior número de processos de falência e de insolvência.
Do total dos 3.344 processos de falência e de insolvência observados em 2008 quase metade (1.528, ou seja, 46 por cento do total de processos) provêem de empresas com menos de 10 anos de actividade.
"As empresas com cinco ou menos empregados são as mais atingidas", sublinha o estudo.
O estudo refere ainda que é nas empresas com menos de cinco empregados onde ocorrem mais de metade do número total de processos de falência e de insolvência (51 porcento), contra cinco por cento nas empresas com mais de 50 empregados.
A D&B indica igualmente que em 2008 os sectores onde em que se observou um maior crescimento no número de processos, comparativamente a 2007, foram os do gás, electricidade e água, exploração mineira e telecomunicações com 2233 por cento, 367 por cento e 150 por cento, respectivamente.
Sobre as acções de insolvência o trabalho conclui que 68 por cento das acções foram requeridas por terceiros, enquanto cerca de um terço apresentadas pelas próprias entidades.
Jornal Negócios
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Baptista Bastos
O poder da nossa razão
b.bastos@netcabo.pt
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Vivemos num barril de pólvora e, independentemente das nossas pessoais depressões e das pequenas angústias quotidianas que nos assaltam, parece não atentarmos, com seriedade, na natureza do problema. A nova crise do capitalismo agudiza-se sem complacência, e os seus turiferários não param de o elogiar.
Inexiste um estudo profundo e rigoroso esclarecedor do "estado a que isto chegou." Entrou-se, de novo, nos territórios da "banalidade do mal", extensivo a todos os sectores (sem excepção) das sociedades.
Hannah Arendt referia-se às características maléficas dos totalitarismos, e sobre o assunto escreveu, pelo menos, dois magnos tratados. Judia, antinazifascista e campeã da causa da liberdade, foi, ela própria, um exemplo da "contradição elementar": amantizou-se com Heiddegger, seu professor, membro activo no partido nazi – e um dos maiores filósofos de sempre.
É evidente que o capitalismo está em acentuado declive; mas daí até ao seu fim vai uma imponderável distância. Essa evidência arrasta consigo outra evidência: não surge nenhuma alternativa e, aliás, ninguém manifesta o mais ténue interesse em combatê-lo, a não ser em termos de retórica. Essa retórica, porém, não ultrapassa os seus limites e é cediça, anacrónica, baseada nas linhas tradicionais dos finais do século XIX.
A "banalidade do mal" também advém dessa preguiça mental e dessa inércia especulativa que não consegue ser o que Marx desejava: ser dialéctica. Já dois homens de Direita, Raymond Aron e Jean-François Revel, assinalaram o vácuo filosófico e a deficiente interpretação dos textos do autor da "Crítica do Programa de Gotha". Tanto Aron quanto Revel, com o rolar dos anos, resvalaram para um reaccionarismo sem saída. Hoje, são relíquias que os movimentos mais retrógrados vão recuperar no sótão das velharias.
A Esquerda não expõe alternativas à crise, e a Direita, como seu reflexo, é um realejo de remotos autores. Com a queda do Muro de Berlim, tanto a Esquerda como a Direita ficaram desempregadas. E, para "salvar" o capitalismo, os governos (responsáveis pelo descalabro) recorrem às nacionalizações, expediente do breviário socialista.
A verdade é que não se vêem soluções à vista. A génese da crise é diversa, confusa e, até agora, inexplicada. A tempestade que varreu, mundialmente, o mundo da finança não tem uma só origem. E como ninguém sabe, rigorosamente, onde está o busílis, também ninguém conhece o remédio para a cura. As decisões até hoje tomadas são meramente ocasionais, o que alimenta a tragédia do desemprego generalizado e, por consequência, a previsível agitação social, cujas consequências são imponderáveis.
Não digamos que tudo está em aberto: na realidade, tudo parece hermeticamente fechado. Nenhum governo se atreve a formular o mais ténue discurso optimista, pelo contrário: carregam na nota e advertem-nos de que temos de fazer sacrifícios inauditos. "Este será o pior ano para a economia, desde o final da Segunda Guerra Mundial", esclarecem graves instituições internacionais.
Este torpor, esta angústia levam-nos a esquecer o genocídio e o latrocínio que, há décadas, varrem a África. E a postergar a tragédia do conflito israelo-palestiniano. Porém, as coisas estão todas ligadas. A natureza do sistema é de molde a desconhecer regras, postulados, normas, valores e princípios. Quando o Papa fala na carência de padrões morais, ele passa ao lado do que explica essa carência. A ganância e o lucro pelo lucro são absolutamente imorais. Mas é isso que acontece. Mesmo numa época como esta, terrível e mortífera, nem a ganância nem o lucro pelo lucro se atenuam.
Resistir é uma forma de combater, há quem diga. Eu também acreditei. Todavia, as formas repressivas e os métodos de perseguição subtilizaram-se. O patronato dispõe de um poder que parecia controlado desde a Segunda Guerra Mundial. E esse poder sobrepôs-se à política e aos governos, com a beatífica subordinação dos partidos ditos "socialistas" e "social-democratas."
A humanidade já viveu piores dias e nunca se deixou soçobrar. É verdade. Nessas alturas, contudo, havia sinais de esperança, e os partidos de Esquerda impunham padrões de comportamento social que eram seguidos pela Direita. A traição, a subserviência da Esquerda causaram a ressurreição do monstro. A imensa lista de venalidades, de corrupções de toda a ordem e de todos os moldes, a ausência de carácter e de grandeza nas relações com os outros, o medo de se perder o emprego, a aceitação de todas as prepotências levaram ao estado de coisas em que nos encontramos.
Viver em Portugal é perigosíssimo, escrevi, há dias. Não dispomos de protecção e somos constantemente atacados por uma frente inclemente e gélida que põe e dispõe dos nossos destinos colectivos como se marionetas fôssemos. É claro que esta situação não pode continuar por muito mais tempo. Se os partidos nada fazem, nada querem fazer ou nada podem fazer – façamos nós, com a força oculta que possuímos e com o poder da razão. Da razão que nos assiste.
Jornal Negócios
O poder da nossa razão
b.bastos@netcabo.pt
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Vivemos num barril de pólvora e, independentemente das nossas pessoais depressões e das pequenas angústias quotidianas que nos assaltam, parece não atentarmos, com seriedade, na natureza do problema. A nova crise do capitalismo agudiza-se sem complacência, e os seus turiferários não param de o elogiar.
Inexiste um estudo profundo e rigoroso esclarecedor do "estado a que isto chegou." Entrou-se, de novo, nos territórios da "banalidade do mal", extensivo a todos os sectores (sem excepção) das sociedades.
Hannah Arendt referia-se às características maléficas dos totalitarismos, e sobre o assunto escreveu, pelo menos, dois magnos tratados. Judia, antinazifascista e campeã da causa da liberdade, foi, ela própria, um exemplo da "contradição elementar": amantizou-se com Heiddegger, seu professor, membro activo no partido nazi – e um dos maiores filósofos de sempre.
É evidente que o capitalismo está em acentuado declive; mas daí até ao seu fim vai uma imponderável distância. Essa evidência arrasta consigo outra evidência: não surge nenhuma alternativa e, aliás, ninguém manifesta o mais ténue interesse em combatê-lo, a não ser em termos de retórica. Essa retórica, porém, não ultrapassa os seus limites e é cediça, anacrónica, baseada nas linhas tradicionais dos finais do século XIX.
A "banalidade do mal" também advém dessa preguiça mental e dessa inércia especulativa que não consegue ser o que Marx desejava: ser dialéctica. Já dois homens de Direita, Raymond Aron e Jean-François Revel, assinalaram o vácuo filosófico e a deficiente interpretação dos textos do autor da "Crítica do Programa de Gotha". Tanto Aron quanto Revel, com o rolar dos anos, resvalaram para um reaccionarismo sem saída. Hoje, são relíquias que os movimentos mais retrógrados vão recuperar no sótão das velharias.
A Esquerda não expõe alternativas à crise, e a Direita, como seu reflexo, é um realejo de remotos autores. Com a queda do Muro de Berlim, tanto a Esquerda como a Direita ficaram desempregadas. E, para "salvar" o capitalismo, os governos (responsáveis pelo descalabro) recorrem às nacionalizações, expediente do breviário socialista.
A verdade é que não se vêem soluções à vista. A génese da crise é diversa, confusa e, até agora, inexplicada. A tempestade que varreu, mundialmente, o mundo da finança não tem uma só origem. E como ninguém sabe, rigorosamente, onde está o busílis, também ninguém conhece o remédio para a cura. As decisões até hoje tomadas são meramente ocasionais, o que alimenta a tragédia do desemprego generalizado e, por consequência, a previsível agitação social, cujas consequências são imponderáveis.
Não digamos que tudo está em aberto: na realidade, tudo parece hermeticamente fechado. Nenhum governo se atreve a formular o mais ténue discurso optimista, pelo contrário: carregam na nota e advertem-nos de que temos de fazer sacrifícios inauditos. "Este será o pior ano para a economia, desde o final da Segunda Guerra Mundial", esclarecem graves instituições internacionais.
Este torpor, esta angústia levam-nos a esquecer o genocídio e o latrocínio que, há décadas, varrem a África. E a postergar a tragédia do conflito israelo-palestiniano. Porém, as coisas estão todas ligadas. A natureza do sistema é de molde a desconhecer regras, postulados, normas, valores e princípios. Quando o Papa fala na carência de padrões morais, ele passa ao lado do que explica essa carência. A ganância e o lucro pelo lucro são absolutamente imorais. Mas é isso que acontece. Mesmo numa época como esta, terrível e mortífera, nem a ganância nem o lucro pelo lucro se atenuam.
Resistir é uma forma de combater, há quem diga. Eu também acreditei. Todavia, as formas repressivas e os métodos de perseguição subtilizaram-se. O patronato dispõe de um poder que parecia controlado desde a Segunda Guerra Mundial. E esse poder sobrepôs-se à política e aos governos, com a beatífica subordinação dos partidos ditos "socialistas" e "social-democratas."
A humanidade já viveu piores dias e nunca se deixou soçobrar. É verdade. Nessas alturas, contudo, havia sinais de esperança, e os partidos de Esquerda impunham padrões de comportamento social que eram seguidos pela Direita. A traição, a subserviência da Esquerda causaram a ressurreição do monstro. A imensa lista de venalidades, de corrupções de toda a ordem e de todos os moldes, a ausência de carácter e de grandeza nas relações com os outros, o medo de se perder o emprego, a aceitação de todas as prepotências levaram ao estado de coisas em que nos encontramos.
Viver em Portugal é perigosíssimo, escrevi, há dias. Não dispomos de protecção e somos constantemente atacados por uma frente inclemente e gélida que põe e dispõe dos nossos destinos colectivos como se marionetas fôssemos. É claro que esta situação não pode continuar por muito mais tempo. Se os partidos nada fazem, nada querem fazer ou nada podem fazer – façamos nós, com a força oculta que possuímos e com o poder da razão. Da razão que nos assiste.
Jornal Negócios
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
GPS
Então o "nosso piloto" vêm-nos com esta do GPS? as nuvens? navegação à vista?
A verdade de um simples rascunho diz-nos que o PIB em 2009 será de -1,6%, -1,0% em 2010, -0,8% em 2011 e a partir deste ano um cenário recessivo que levará o PIB abaixo de -2%.
A verdade pode sêr lida no "GPS" e o "nosso piloto" sabe bem que assim será. Voando nas "nuvens" adia-se a aterragem.
RDO - rei das ondas
...
http://forex-trigrama-rdo.blogspot.com/[/url]
A verdade de um simples rascunho diz-nos que o PIB em 2009 será de -1,6%, -1,0% em 2010, -0,8% em 2011 e a partir deste ano um cenário recessivo que levará o PIB abaixo de -2%.
A verdade pode sêr lida no "GPS" e o "nosso piloto" sabe bem que assim será. Voando nas "nuvens" adia-se a aterragem.
RDO - rei das ondas
...
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Teixeira dos Santos: "Não há GPS para a crise"
Ministro das Finanças refere-se a "momento único na história"
Teixeira dos Santos: "Não há GPS para a crise, temos de nos guiar pelas estrelas, o problema são as nuvens"
24.01.2009 - 09h54
Por Lusa
PÚBLICO (arquivo)
Teixeira dos Santos acredita que Portugal avançou com as medidas contra a crise no devido tempo
O ministro das Finanças afirmou ontem que a crise económica e financeira global é "um momento único na história" e que não "há GPS" para esta situação, mas apenas "estrelas" tapadas com "nuvens".
"Fazer política em condições de normalidade é como navegar com GPS [sistema de posicionamento geográfico por satélite], mas esta crise não vem nos livros", defendeu Teixeira dos Santos, na lição que apresentou ontem em Faro, durante a abertura do II curso da Universidade Meridional.
Para o ministro das Finanças, esta situação é "inteiramente nova e é um desafio para todos" e "não há GPS para esta situação". "Temos de nos guiar pelas estrelas. O problema são as nuvens"", observou Teixeira dos Santos, acrescentando que é essencial "saber para onde se quer ir" e como "queremos ir".
Para enfrentar a crise global, Teixeira dos Santos recordou que o Estado português vai "abdicar de mil milhões de euros" para implementar o pacote de medidas anunciadas em Dezembro de 2008, mas frisou que são medidas "temporárias".
"As medidas têm de ser temporárias. É um esforço orçamental que temos de fazer, mas que será retirado logo que a crise passe", frisou o ministro das Finanças, referindo ainda que essas medidas têm de ser urgentes. "As medidas não podem levar tempo a implementar, têm de ser muitos investimentos espalhados pelo país, mas de pequena monta", explicou.
Teixeira dos Santos acredita que Portugal avançou com as medidas contra a crise "no devido tempo para assegurar a actividade económica".
"Temos de assegurar a actividade económica, para defender os postos de trabalho dos portugueses, mas este esforço acaba com a crise", reiterou o ministro, referindo que após a crise as finanças públicas devem voltar à "normalidade".
Durante a lição que Teixeira dos Santos proferiu, intitulada "Portugal - desafios no novo contexto mundial", onde explicou a crise desde a fase embrionária - Primavera de 2007 - até ao culminar da crise mundial que teve o auge no Outono de 2008 com a subida dos preço do petróleo e a subida das taxas de juro, o ministro garantiu que as reformas estruturais para Portugal estavam "presentes" no Orçamento de 2009.
"O Orçamento para 2009 tem presentes as reformas estruturais, mas também contempla as novas medidas para a actividade económica, como a redução do IRC para metade, ou o aumento de investimento público", disse ainda o governante.
A Universidade Meridional é uma iniciativa da Federação do PS/Algarve e este ano o curso tem como tema central "Uma nova gestão autárquica para uma nova competitividade territorial baseada nas pessoas e nos valores".
Jornal Publico
Teixeira dos Santos: "Não há GPS para a crise, temos de nos guiar pelas estrelas, o problema são as nuvens"
24.01.2009 - 09h54
Por Lusa
PÚBLICO (arquivo)
Teixeira dos Santos acredita que Portugal avançou com as medidas contra a crise no devido tempo
O ministro das Finanças afirmou ontem que a crise económica e financeira global é "um momento único na história" e que não "há GPS" para esta situação, mas apenas "estrelas" tapadas com "nuvens".
"Fazer política em condições de normalidade é como navegar com GPS [sistema de posicionamento geográfico por satélite], mas esta crise não vem nos livros", defendeu Teixeira dos Santos, na lição que apresentou ontem em Faro, durante a abertura do II curso da Universidade Meridional.
Para o ministro das Finanças, esta situação é "inteiramente nova e é um desafio para todos" e "não há GPS para esta situação". "Temos de nos guiar pelas estrelas. O problema são as nuvens"", observou Teixeira dos Santos, acrescentando que é essencial "saber para onde se quer ir" e como "queremos ir".
Para enfrentar a crise global, Teixeira dos Santos recordou que o Estado português vai "abdicar de mil milhões de euros" para implementar o pacote de medidas anunciadas em Dezembro de 2008, mas frisou que são medidas "temporárias".
"As medidas têm de ser temporárias. É um esforço orçamental que temos de fazer, mas que será retirado logo que a crise passe", frisou o ministro das Finanças, referindo ainda que essas medidas têm de ser urgentes. "As medidas não podem levar tempo a implementar, têm de ser muitos investimentos espalhados pelo país, mas de pequena monta", explicou.
Teixeira dos Santos acredita que Portugal avançou com as medidas contra a crise "no devido tempo para assegurar a actividade económica".
"Temos de assegurar a actividade económica, para defender os postos de trabalho dos portugueses, mas este esforço acaba com a crise", reiterou o ministro, referindo que após a crise as finanças públicas devem voltar à "normalidade".
Durante a lição que Teixeira dos Santos proferiu, intitulada "Portugal - desafios no novo contexto mundial", onde explicou a crise desde a fase embrionária - Primavera de 2007 - até ao culminar da crise mundial que teve o auge no Outono de 2008 com a subida dos preço do petróleo e a subida das taxas de juro, o ministro garantiu que as reformas estruturais para Portugal estavam "presentes" no Orçamento de 2009.
"O Orçamento para 2009 tem presentes as reformas estruturais, mas também contempla as novas medidas para a actividade económica, como a redução do IRC para metade, ou o aumento de investimento público", disse ainda o governante.
A Universidade Meridional é uma iniciativa da Federação do PS/Algarve e este ano o curso tem como tema central "Uma nova gestão autárquica para uma nova competitividade territorial baseada nas pessoas e nos valores".
Jornal Publico
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
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Quem está ligado: