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Caldeirão da Bolsa

Dossier Forum de Davos

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Açor3 » 3/2/2009 12:42

Crise
Bill Gates prevê quatro anos de recessão
Bill Gates, o fundador da Microsoft que abandonou os comandos da empresa no ano passado, prevê que a economia mundial irá viver períodos turbulentos, podendo mesmo demorar quatro anos a voltar ao normal




Bill Gates considerou que o capitalismo permitiu investir na inovaçãoAs afirmações do antigo patrão da Microsoft foram feitas à estação de televisão britânica BBC durante o Fórum Económico Mundial, onde Bill Gates esteve presente.

Para o multimilionário que trocou os negócios pela filantropia, o investimento em ciência e tecnologia vai ser fundamental para relançar a economia global durante este período.

No evento Bill Gates aproveitou para promover a sua fundação e apelar aos líderes dos países mais ricos para apoiarem as populações menos desenvolvidas, que para ele não podem esperar pela recuperação dos mercados.

Apesar do panorama negro que traçou, o ex-dono da Microsoft defendeu que o capitalismo não pode ser visto como o mal de toda a crise, pois também serviu para melhorar a inovação de algumas áreas.

Bill Gates previu ainda que dentro de cinco a 10 anos surgirá uma nova tendência, que resultará em avanços significativos em áreas como a medicina, genética ou software.

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por Açor3 » 3/2/2009 11:09

BOAS IDEIAS DE BROWN EM DAVOS


Manuel Queiroz
Jornalista
A semana passada ficou marcada pelo Fórum Económico Mundial de Davos e isso justifica o título da capa do La Vanguardia, de Barcelona: "Davos prevê problemas sociais se a crise perdurar". Nesse espírito ontem o Le Figaro, francês, anuncia "1000 projectos contra a crise", que o Governo do Presidente Sarkozy ontem mesmo detalhou publicamente e que vão de obras em túneis e linhas do TGV ou em monumentos, até ajudas à tesouraria das empresas, sendo certo que uma grande parte é para começar imediatamente. Mas os problemas mais graves parecem vir das Ilhas Britânicas, com as greves selvagens contra trabalhadores estrangeiros. O Daily Telegraph diz que "Greves dos 'empregos para britânicos' podem atingir o fornecimento de energia". Essas greves atingem directamente o sector da energia. E põem um grande problema ao Governo Brown porque utilizam um slogan retirado de um discurso do primeiro-ministro em 2007: "Empregos britânicos para trabalhadores britânicos". Brown falava então de qualificações, mas tudo serve para atacar o líder trabalhista.

Apesar de tudo, Brown continua a ter grandes apoios, pelo menos externos. Anatole Kaletsky, um dos mais importantes colunistas económicos do The Times, conta como em Davos Brown mudou os discursos.

Kaletsky diz que Brown explicou que esta crise era diferente "porque era a primeira da era global". Para Brown, primeiro foi preciso evitar a falência dos bancos, o segundo passo, agora em curso, é contrariar o colapso da actividade económica privada e o terceiro será conseguir o aumento do crédito, conseguindo que os bancos emprestem mais dinheiro.

E para Kaletsky, o que diz Brown é que, se não conseguir que os bancos comecem a emprestar, o Governo pode sempre ter maiores quantidades de acções do capital dos bancos e financiar isso com o imprimir de mais dinheiro, visto que ele falta no mercado, sem custos directos para os contribuintes e conseguindo assim fazer circular o capital necessário.

Esperemos que sim.


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por Açor3 » 2/2/2009 10:32

Davos termina sem soluções para a crise
Sem soluções. Foi assim que terminou mais uma edição do Fórum Económico Mundial (FEM), que nos últimos cinco dias reuniu mais de dois mil líderes políticos, economistas e empresários em Davos. O FEM encerrou com um apelo à reconstrução do sistema económico global mas sem medidas concretas para a actual crise económica e financeira.

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Ana Luísa Marques
anamarques@mediafin.pt


Sem soluções. Foi assim que terminou mais uma edição do Fórum Económico Mundial (FEM), que nos últimos cinco dias reuniu mais de dois mil líderes políticos, economistas e empresários em Davos. O FEM encerrou com um apelo à reconstrução do sistema económico global mas sem medidas concretas para a actual crise económica e financeira.

Sob o tema "Criando um mundo pós-crise", a 39ª edição do Fórum Económico Mundial terminou, no entanto, sem soluções para a crise económica e financeira que o mundo atravessa. "Não sabemos o que fazer, apenas sabemos que temos que fazer algo e fazê-lo rápido", comentou um participante no FEM, citado pela BBC.

Neste sentido, o fundador do FEM, Klaus Schwab, apresentou alguns dos objectivos que saíram da edição deste ano, entre eles, a criação de uma "task force" com 200 economistas, executivos e líderes políticos que identifique as deficiências de regulação e as falhas de mercado que levaram à actual crise económica.

- Criar uma plataforma global para quatro Governos do G8 (Alemanha, Japão, Rússia e Reino Unido) e China, de forma a ajudar a comunidade internacional a perceber as origens da crise e começar a trabalhar em soluções comuns;

- Reunir alguns membros do G20 (Reino Unido, África do Sul, Coreia do Sul e México) numa discussão pública sobre os riscos sistémicos da crise financeira e a establização da economia global;

- Lançar uma "task force" de executivos, economistas e outros especialistas para apoiaram as discussões sobre as alterações climáticas;

A edição reuniu um número recorde de líderes políticos e chefes de Estado, tendo ficado marcada pelos discursos iniciais de Vladimir Putin e Wen Jiabao, primeiros-ministros da Rússia e da China.

Após o encerramento de mais um FEM, as atenções viram-se, agora, para a reunião do G20, que vai ter lugar no próximo mês de Abril em Londres. Nesta cimeira, que reune líderes políticos dos países desenvolvidos e emergentes, a crise económica e financeira volta a estar em debate.
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por trial » 1/2/2009 0:27

Tenho seguido parte dos discursos e debates mas no fundo tudo se resume, amuito pouco.

Se o Obama conseguir :

1.Relancer consumo doméstico
2.Por América ao trabalho
3.Estabilizar o sector bancário
4.Eviter a falência do sector Automóvel
5.Resolver a crise no sector imobiliário

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por Açor3 » 31/1/2009 19:38

Francisco Jaime Quesado
Em Davos algo de novo

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A mensagem de Davos 2009 não podia ser mais clara. A propósito do tema genérico da edição 2009 "Shaping the Post-Crisis World" fica mais do que nunca claro que a "actual crise exige, mais do que nunca, um esforço colectivo integrado onde o contributo individual tem que ser valorizado da melhor forma". Precisamos dessa atitude em Portugal e por isso impõe-se uma cultura de mudança.


Portugal não escapa à regra. Em tempo de novas apostas, muito centradas no discurso nos factores dinâmicos de competitividade, as "elites da mudança", tão presente em Davos 2009, têm um papel essencial a desempenhar. Por isso, em Davos talvez haja finalmente algo de novo.

Na nova sociedade aberta, as empresas, as universidades, os centros de competência políticos têm que protagonizar uma lógica de "cooperação positiva em competição" para evitar o desaparecimento. Querer cultivar a pequenez e aumentá-la numa envolvente já de si pequena é firmar um atestado de incapacidade e de falta de crença no futuro. Impõe-se um novo paradigma de "Open Innovation", onde a aprendizagem e colaboração mútua façam a diferença. O diagnóstico está feito há muito tempo sobre esta matéria e a lógica do "low cost support" como referencial de criação de emprego e de fixação de "capital social básico" nos territórios deixou de ter sentido. Só com uma nova aposta estratégica se consegue dar a volta à crise.

A consolidação do novo papel das "elites da mudança" entre nós passa em grande medida pela efectiva responsabilidade nesse processo dos diferentes actores envolvidos – Estado, universidade e empresas. No caso do Estado, no quadro do processo de reorganização em curso e de construção dum novo paradigma tendo como centro o cidadão-cliente, urge a operacionalização de uma atitude de mobilização activa e empreendedora da revolução do tecido social. A reinvenção estratégica do Estado terá que assentar numa base de confiança e cumplicidade estratégica entre os "actores empreendedores" que actuam do lado da oferta e os cidadãos que respondem pela procura – criatividade & inovação terão que ser aqui de forma sustentada as palavras que garantem uma lógica de sustentabilidade nos resultados a médio prazo.

Cabe naturalmente às empresas um papel claramente mobilizador na afirmação das "elites da mudança" um pouco por todo o mundo. Pelo seu papel central na criação de riqueza e na promoção de um processo permanente de reengenharia de inovação nos sistemas, processos e produtos, será sempre das empresas que deverá emergir o "capital expectável" da distinção operativa e estratégica dos que conseguirão ter resultados com valor alavancado na competitiva cadeia do mercado. Aqui a tónica tem mais do que nunca que ser pragmática, como demonstram as sucessivas acções externas realizadas recentemente. Convergência operativa sinalizada em apostas concretas onde realmente vale a pena actuar, selecção objectiva de sectores onde há resultados concretos a trabalhar.

A mensagem de Davos 2009 é mais do que nunca actual entre nós. As "elites da mudança" têm que se que legitimar no tecido social português e terão que ser capazes de ganhar estatuto de verdadeiro "parceiro estratégico" do desenvolvimento do país. Isso faz-se com "convergência positiva" e não por decreto. Importa por isso, mais do que nunca, estar atento e participar com o sentido da diferença. Importa, por isso, saber ler e compreender o novo que uma vez mais Davos nos vai trazer.




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por Açor3 » 31/1/2009 19:36

Participantes de Davos: entre as acusações e a negação da culpa
"Nenhum banqueiro ou empresário quer assumir responsabilidades. Cada um pensa que foram outros que fizeram algo errado", considera Robert Dilenschneider, CEO do Dilenschneider Group, uma empresa norte-americana de relações públicas.

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"Nenhum banqueiro ou empresário quer assumir responsabilidades. Cada um pensa que foram outros que fizeram algo errado", considera Robert Dilenschneider, CEO do Dilenschneider Group, uma empresa norte-americana de relações públicas.

Mas a verdade é que todos os que estão em Davos são parte do problema, comentou à Bloomberg aquele responsável, que tem 40 clientes presentes no Fórum Económico Mundial.

As questões acerca da responsabilidade, culpa e actos de contrição têm pairado constantemente em Davos esta semana. Com um bilião de dólares de perdas na banca e 25 biliões de valor de mercado eclipsado desde o início da crise financeira, há muitas contas a serem prestadas.

"Quando as pessoas olharem para trás, para esta época, estou certo que lhes chamará a atenção as festas dos bancos de investimento em Davos, tal como quando se olhava para a rebeldia dos anos 20. As pessoas é que ainda estão em fase de negação", referiu à Bloomberg um professor de História da Universidade de Harvard, Niall Ferguson. "Existe o sentimento de 'façamos festas, independentemente de tudo' e 'falemos acerca do mundo da pós-crise', porque o final da crise está para breve", acrescentou.

Num painel sobre liderança que decorreu na quinta-feira de manhã, antes de acolher um "coktail" com champanhe e canapés no Hotel Europe Piano, o CEO do JPMorgan Chase, Jamie Dimon, manifestou a sua frustação perante todos aqueles que atiram toda a culpa da crise para cima dos baqueiros . "Deus sabe que foram feitas algumas coisas muito estúpidas pela banca americana”, afirmou Dimon, citado pela Bloomberg. Mas aos órgãos de regulação deixou uma pergunta: "Onde estavam eles? Eles aprovaram todos estes bancos".

O JPMorgan tem tido um desempenho melhor do que a maioria dos seus pares nesta crise, tenho apresentado um lucro de 702 milhões de dólares no quarto trimestre, ao passo que o Citigroup, por exemplo, registou as suas quintas perdas consecutivas.

Stephen Green, "chairman" do HSBC Holdings, também criticou os reguladores num painel sobre capitalismo, na quarta-feira, apelando a uma reforma do ambiente regulatório. David Rubenstein, administrador executivo do Grupo Carlyle e um "habitué" das reuniões anuais de Davos, considera que um tema-chave da reunião deste ano tem a ver com "quem tem a culpa".

Rubenstein, que há dois anos disse em Davos que o panorama para os "leverage buyouts" era "bastante robusto", afirmou agora que a responsabilidade não deve ser vista como pertencendo unicamente ao sector que ele representa. "Existem seis mil milhões de pessoas na Terra e provavelmente cerca de cinco mil milhões têm a sua quota de responsabilidade", acrescentou.

Por seu lado, o CEO do banco de investimento russo Troika Dialog Group, Ruben Vardarian, considera que não basta pedir desculpa. "Os nossos valores tornaram-se desprezíveis. Somos todos culpados", declarou, citado pela Bloomberg.

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por Açor3 » 31/1/2009 12:29

Mundo
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sábado, 31 de Janeiro de 2009 | 10:29 Imprimir Enviar por Email

Davos: falta de água ameaça colheitas na Índia e EUA


O mundo arrisca uma grave penúria de água devido ao aumento constante da procura, mais rápida até que o crescimento da população mundial, previne um relatório divulgado na sexta-feira pelo Fórum Económico Mundial, em Davos, Suíça.
«Em menos de 20 anos, a escassez de água pode fazer perder à Índia e aos Estados Unidos a totalidade das suas colheitas», inquietam-se os autores do relatório, acrescentando que, paralelamente, a procura alimentar deverá explodir.

Segundo eles, muitos locais no mundo estão já à beira de um esgotamento das reservas de água na sequência de «bolhas» especulativas sobre este recurso nos últimos 50 anos.

«O mundo já não pode no futuro gerir a questão da água como o fez até agora», previnem.

Cerca de 40 por cento dos recursos de água dos Estados Unidos são utilizados para a produção energética. De facto, só 3 por cento das reservas de água são consumidas pelos clientes domésticos, assinala ainda o relatório.

As necessidades em água para a produção de energia deverão aumentar nos Estados Unidos 165 por cento e 130 por cento na União Europeia, de acordo com o relatório, que teme as consequências para a agricultura da redução destes recursos.

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por Açor3 » 30/1/2009 17:58

Em 2008
Davos apela a novas formas de cooperação
O Fórum Económico Mundial de Davos encerrou o encontro anual de 2008 com um apelo por parte dos líderes das empresas, governos e sociedade civil no sentido de encontrar novas formas de cooperação e inovação para fazer face aos desafios da globalização, especialmente no que diz respeito aos problemas dos conflitos no Médio Oriente, terrorismo, alterações climáticas e conservação da água.

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Carla Pedro
cpedro@mediafin.pt


O Fórum Económico Mundial de Davos encerrou o encontro anual de 2008 com um apelo por parte dos líderes das empresas, governos e sociedade civil no sentido de encontrar novas formas de cooperação e inovação para fazer face aos desafios da globalização, especialmente no que diz respeito aos problemas dos conflitos no Médio Oriente, terrorismo, alterações climáticas e conservação da água.

"A globalização está a obrigar a mudanças na forma como as pessoas cooperam", declarou o ex-primeiro ministro britânico, Tony Blair, na sessão plenária de encerramento. "Se estamos todos interligados e se o mundo está interligado, a única forma de o mundo funcionar é dispondo de um conjunto de valores comuns. Temos de trabalhar em conjunto", concluiu.

Os presentes no Fórum Económico Mundial expressaram também o desejo de que no final de 2008 já houvesse uma resolução do conflito israelo-palestiniano. O que acabou por não acontecer. Muito pelo contrário. Há um ano, Elie Wiese, laureado com o Nobel da Paz, disse estar confiante que no final de 2008 o conflito estaria solucionado. "Trata-se de uma guerra com 60 anos; ambos os lados estão exaustos. Já basta de funerais, de lágrimas, de sofrimento", declarou na ocasião.

Eis os principais anúncios e avanços saídos da reunião de 2008:

- O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, o "chairman" da Microsoft, Bill Gates, o músico irlandês Bono, a rainha jordana Rania Al Abdullah, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, o fundador e "chairman" executivo do Fórum Económico Mundial, Klaus Schwab, o presidente nigeriano, Umaru Yar’Adua, e o CEO e "chairman" da Cisco Systems, John T. Chambers, difundiram uma declaração comum prometendo fazer de 2008 um ponto de viragem na luta conta a pobreza. O mundo enfrenta uma "urgência de desenvolvimento", disseram, comprometendo-se a "trabalhar em conjunto para ajudar o mundo a encarrilar, no sentido de alcançar os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio".

- O primeiro-ministro japonês, Yasuo Fukuda, revelou um fundo no valor de 10 mil milhões de dólares, escalonado para cinco anos, destinado a apoiar os esforços nos países em desenvolvimento de combate ao aquecimento global – uma iniciativa que visou garantir que uma das prioridades é a das alterações climáticas. Além disso, o Japão anunciou a intenção de criar um novo fundo multilateral com os Estados Unidos e o Reino Unido de forma a atenuar as alterações no clima em resultado do aquecimento global.

- A Fundação Bill e Melinda Gates anunciou um pacote no valor de 306 milhões de dólares de subsídios para o desenvolvimento agrícola, "destinado a impulsionar os rendimentos e receitas de milhões de pequenos agricultores em África e noutras regiões do mundo em desenvolvimento de forma a retirá-los, e às suas famílias, de situações de fome e pobreza".

- O Fórum Económico Mundial apresentou um relatório de referência sobre o diálogo inter-religioso entre as sociedades muçulmana e ocidental. "O Islão e o Ocidente: relatório anual sobre o estado de diálogo" resultou de estudos e sondagens levados a cabo em mais de 40 países. A ideia do relatório é ser uma referência anual mundial sobre o estado em que se encontra o diálogo entre os vários tipos de crenças religiosas.

- O Fórum realizou uma experiência com o "website" de vídeos "online" YouTube, pedindo às pessoas de todo o mundo para responderem à "Pergunta de Davos": que coisa é que acha que os países, empresas e indivíduos podem fazer para tornar o mundo num lugar melhor em 2008? Mais de dois milhões de pessoas participaram – e os líderes de empresas, governos e sociedade civil que estiveram em Davos responderam às sugestões, como foi o caso do presidente de Israel, Shimon Peres, o presidente do Senegal, Abdoulaye Wade, o presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, o ex-secretário de Estado norte-americano Henry Kissinger, e o músico Bono. A conversa global que daí resultou pode ser vista em www.youtube.com/Davos.

- O Fórum Económico Mundial, as empresas membros do Fórum e as Nações Unidas lançaram iniciativas para facilitarem ao sector privado o providenciamento de apoio adicional e mais aprofundado às operações de alívio humanitário. Entre os programas: Agility, TNT e UPS, três empresas líderes da área de logística e transportes, decidiram unir forças para ajudar o sector humanitário com respostas de emergência a desastres naturais em larga escala.

- O Fórum Económico Mundial divulgou a primeira parte da mais exaustiva análise feita ao capital de risco. O estudo focalizou-se na demografia dos acordos globais de "private equity", a disposição das empresas apoiadas por capital de risco para fazerem investimentos de longo prazo a nível global e o impacto dos instrumentos de "private equity" sobre os níveis de emprego das empresas nos EUA e sobre o "corporate governance" no Reino Unido.

- O Ruanda foi designado como país de lançamento de um programa-piloto para a Iniciativa para a Educação Global, promovida pelo Fórum. Em parceria com a Iniciativa Educação para todos, sob a égide da Global Education Alliance (GEA), o Fórum comprometeu-se a facultar a plataforma de conjugação de forças do sector privado e das fundações para haver educação acessível a todos nos países mais pobres.

- Os presidentes de câmara, governadores regionais e sector privado lançaram a Iniciativa SlimCity, no âmbito do Fórum Económico Mundial, um programa de intercâmbio entre cidades e o sector privado com o intuito de apoiar medidas em matéria de eficiência de recursos nas áreas urbanas, com especial enfoque na energia, água, resíduos, mobilidade, planeamento, saúde e alterações climáticas.

- 14 CEO e "chairmen" de empresas globais, representantes de um leque de indústrias e regiões, apelaram aos seus pares para se unirem aos esforços de cooperação destinados a reforçar as estruturas de "governance" pública e as instituições, como principal elemento da sua abordagem à cidadania empresarial

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por Açor3 » 30/1/2009 15:02

Primeiro-ministro turco abandona Davos após discussão com Peres
Recep Tayyip Erdogan, primeiro-ministro turco, abandonou um debate onde participava com presidente israelita Shimon Peres e o secretário geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, e prometeu nunca mais regressar ao Fórum Económico Mundial. Erdogan já regressou à Turquia, onde foi recebido como herói.

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Recep Tayyip Erdogan, primeiro-ministro turco, abandonou um debate onde participava com presidente israelita Shimon Peres e o secretário geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, e prometeu nunca mais regressar ao Fórum Económico Mundial. Erdogan já regressou à Turquia, onde foi recebido como herói.

De acordo com o "New York Times", Erdogan abandonou o debate após ter sido impedido pelo moderador, David Ignatius do "The Washington Post", de terminar a resposta à intervenção de Peres sobre os recentes ataques de Israel à Gaza.

Antes de abandonar a sala, Erdogan dirigiu-se a Peres para lhe dizer: "A sua voz tem um tom muito alto. E esse tom tem a ver com a sua consciência pesada. A minha, no entanto, não terá o mesmo tom".

Enquanto, Ignatius tentava terminar a sessão, o primeiro-ministro turco continuou: "No que diz respeito a matar, vocês sabem muito bem como o fazer". Aqui, Erdogan abandonou a sala dizendo: "A partir de agora, Davos acabou para mim".

Peres ainda teve tempo de responder a Erdogan afirmando que a Turquia teria reagido da mesma forma se "rockets" caíssem em Istambul.

De acordo com a "Anatolian Agency", o presidente israelita já pediu desculpa a Erdogan. No entanto, esta noticia já foi desmentida pelo Governo de Israel.

Entretanto, Erdogan já regressou à Turquia onde foi recebido como um herói por três mil apoiantes. No aeroporto era possível ver, além das bandeiras do país, cartazes a dizer "O conquistador de Davos".

Peres já afirmou que as relações entre Israel e a Turquia não vão ser afectadas por este incidente. "Não existe conflito e respeitamos a Turquia", disse Peres, esta manhã, numa conferência de imprensa em Davos.

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por Jiboia Cega » 30/1/2009 14:45

Viram a "conversa" entre o Shimon Peres e o Recep Erdogan? :shock:

Isto ainda vai dar que falar, quanto a mim.
Aliás à saída do auditório havia já pró-palestinianos a saudar o Erdogan.
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por Açor3 » 30/1/2009 13:31

O que se diz em Davos
Desde os apelos à cooperação até às críticas à regulação e ao actual sistema financeiro, muito se tem dito em Davos. Enquanto as palavras não se tornam em acções, conheça aqui as frases que estão a marcar o Fórum Económico Mundial, que decorre até domingo em Davos.

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Desde os apelos à cooperação até às críticas à regulação e ao actual sistema financeiro, muito se tem dito em Davos. Enquanto as palavras não se tornam em acções, conheça aqui as frases que estão a marcar o Fórum Económico Mundial, que decorre até domingo em Davos.

Jamie Dimon, CEO do JPMorgan Chase: "Os bancos e os reguladores deixaram os consumidores acumularem dívidas como ‘armas de destruição maciça’, levando à crise económica que se vive em todo o mundo".

"Ainda não vi uma situação em que se metam as pessoas certas numa sala, se feche a maldita porta e só se saia de lá com uma solução."

Niall Ferguson, professor da Universidade de Harvard: "Precisamos de novos bancos, bancos que possam incutir confiança, porque os bancos existentes levaram à perda dessa confiança".

Klaus Schawab, fundador do Fórum Económico Mundial: "Temos uma crise provocada pelos desequilíbrios das nossas economias. Temos uma crise financeira. Uma crise de confiança. E acima de tudo, uma crise do sistema."

Edmund Phelps, prémio Nobel da Economia: "Barack Obama devia ter apresentado um plano de estimulo económico mais coerentes” para combater a recessão económica que o país atravessa. Teria sido muito melhor ter uma programada mais focado e coerente."

Abdalla El Badri, secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo: "Preços do petróleo a 50 dólares são insuficientes para garantir investimento em novas capacidades."

"Aumentamos a produção [de petróleo] quando o mercado precisa e descemos quando há excesso."

Wen Jiabao, primeiro-ministro chinês:
"O sistema financeiro internacional é deficiente."

Jean-Claude Trichet, presidente do Banco Central Europeu:
"A próxima reunião importante é em Março. Nessa altura, teremos muita informação nova e as nossas próprias projecções."

"Mercados financeiros ainda não reflectem as medidas tomadas pelos Governos para reanimar o sistema bancário."

Angel Gurría, secretário-geral da OCDE: "Para repor a confiança, fundamental para o funcionamento dos mercados, precisamos de melhor regulação, melhor supervisão, melhor governo das sociedades e melhor coordenação."

Stephen S. Roach, "chairman" da Morgan Stantley Ásia: "Não se podem subestimar os desafios e os perigos com que nos confrontamos em 2009. Estamos numa recessão global sem precedentes. E não há uma solução rápida."

Nouriel Roubini, professor da Universidade de Nova Iorque: "A maioria dos bancos norte-americanos estão insolventes e deviam ser nacionalizados."

Gordon Brown, primeiro-ministro britânico: "O mundo só vai funcionar melhor no futuro se trabalhar em conjunto. Não é uma crise nacional. É uma crise global. Precisamos de acção e cooperação global para a enfrentar."

Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia: "Ou nadamos junto, ou afundamos juntos."


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por Açor3 » 30/1/2009 12:03

Durão Barroso
"Ou nadamos juntos, ou afundamos juntos"
"Ou nadamos juntos, ou afundamos juntos". Foi com estas palavras que Durão Barroso se dirigiu ontem aos participantes no Fórum Económico Mundial, num dia em que se viu reguladores a apontarem o dedo aos investidores, e banqueiros a culparem a regulação pelo alastramento da crise.

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Ana Luísa Marques
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"Ou nadamos juntos, ou afundamos juntos". Foi com estas palavras que Durão Barroso se dirigiu ontem aos participantes no Fórum Económico Mundial, num dia em que se viu reguladores a apontarem o dedo aos investidores, e banqueiros a culparem a regulação pelo alastramento da crise.

Para o presidente da Comissão Europeia, a actual ameaça decorrente da crise mundial não vai diminuir a dimensão da Europa, mas sim ampliá-la. Quis com isto dizer que a União Europeia pode aproveitar para realizar uma acção mais coordenada de forma a lidar com a actual conjuntura económica desfavorável.

Jean-Claude Trichet, presidente do Banco Central Europeu (BCE), acrescentou algumas "nuances" ao debate, relembrando aos participantes na sessão - dedicada à governação económica na Europa - que nem todos os países europeus estão na mesma situação e que é necessário analisar individualmente o estado da banca em cada país.

Trichet salientou também que os mercados financeiros ainda não estão a reflectir as medidas tomadas pelas autoridades para apoiar o sector financeiro. E acusou os investidores pelas suas transacções "pró-cíclicas", que criaram as base para a crise, defendendo que as autoridades devem intensificar a transparência e apertar a regulação.

Já a banca lançou críticas às autoridades reguladoras. O CEO do JPMorgan Chase, Jamie Dimon, acusou os bancos e os reguladores por deixarem os consumidores acumularem dívidas como "armas de destruição maciça". "Deus sabe que foram feitas algumas coisas muito estúpidas pela banca americana", afirmou Dimon, citado pela Bloomberg.

Aos órgãos de regulação deixou uma pergunta: "Onde estavam eles? Eles aprovaram todos estes bancos". "Ainda não vi uma situação em que se metam as pessoas certas numa sala, se feche a maldita porta e só se saia de lá com uma solução", acrescentou. Saliente-se que o JPMorgan tem tido um desempenho melhor do que a maioria dos seus pares nesta crise. Já o antigo primeiro-ministro britânico apontou o dedo aos líderes mundiais, aconselhando-os a não cederem à tentação das políticas proteccionistas, "mendigando em casa do vizinho" enquanto o mundo mergulha na recessão.

Tony Blair advertiu os políticos que correm o risco de se alienarem uns aos outros e propagarem tensões geopolíticas se criarem barreiras proteccionistas devido à crise. "Um aspecto crucial da crise económica é o facto de ser global. Para a solucionarmos, não podemos voltar à velha visão fechada do mundo", alertou, citado pela Bloomberg.


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por Açor3 » 30/1/2009 10:23

Juros
BCE abre porta a nova descida da taxa de juro
Luís Reis Pires
30/01/09 00:05


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Partilhe: As dificuldades da zona euro dominaram a agenda do segundo dia da cimeira de Davos.

O Banco Central Europeu (BCE) não descarta a possibilidade de voltar a adoptar medidas extraordinárias e "não padronizadas" no combate à crise, como o refinanciamento dos bancos da zona euro, garantiu ontem Jean-Claude Trichet no Fórum de Davos. E, a uma semana da reunião de política monetária do BCE, voltou a deixar a indicação que poderá haver novo corte nos juros - já num mínimo histórico de 2%.

Diário Económico
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por Açor3 » 30/1/2009 10:16

Primeiro-ministro turco acusa Israel de "estar a matar pessoas" em Gaza
Erdogan abandona Davos depois de discussão com Peres
29.01.2009 - 20h41 PÚBLICO
A discussão azedou a propósito de Gaza e o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, acabou mesmo por deixar o palco da cimeira de Davos em protesto – não sem antes dizer ao seu interlocutor israelita, o Presidente Shimon Peres: “vocês estão a matar pessoas”.

Erdogan acusou hoje o moderador de lhe cortar a palavra quando ele queria responder a Peres, que fazia uma defesa enérgica das acções israelitas na ofensiva de três semanas que levou a cabo na Faixa de Gaza. “O que faria se lançassem rockets sobre Istambul”, perguntou Peres a Erdogan.

Ainda antes de abandonar o estrado, o primeiro-ministro turco disse não ter gostado de ter a palavra cortada pelo moderador, acrescentando que não sabe se voltará a Davos.

À saída, em declarações aos jornalistas, Erdogan disse ainda que não gostou do tom usado pelo Presidente israelita, que não hesitou em apontar-lhe o dedo: "Peres não estava a falar com um chefe tribunal, tem de perceber que está a falar com o primeiro-ministro da República da Turquia".

A agência turca Anatolia noticiou, entretanto, que Shimon Peres telefonou pouco depois a Erdogan. A conversa terá durado cinco minutos e, segundo um assessor do primeiro-ministro turco, o Presidente israelita pedindo-lhe desculpas – uma informação não confirmada pela imprensa israelita.

A Turquia é um dos poucos países muçulmanos que tem relações com Israel. Mas tem protestado fortemente contra a ofensiva em Gaza que durou três semanas e terminou há dez dias e que deixou pelo menos 1300 palestinianos mortos, muitos deles civis, assim como 14 israelitas, na maioria soldados.

Uma das primeiras “baixas” da ofensiva foi o processo de negociação indirecta entre Israel e a Síria, que era moderado justamente pela Turquia.

Durante as três semanas do conflito, Ancara desdobrou-se em iniciativas diplomáticas para conseguir um cessar-fogo.

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por sargotrons » 30/1/2009 9:06

O 1º Ministro da Turquia chateou-se e foi-se embora!

http://tvnet.sapo.pt/noticias/video_det ... p?id=39423

Uma espécie de "porque me callan?"
Editado pela última vez por Visitante em 30/1/2009 10:19, num total de 1 vez.
Não faz mal!...
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por Açor3 » 29/1/2009 21:21

E as mulheres? Não participam em Davos?
Uma rápida vista de olhos à lista de convidados do Fórum Económico Mundial (FEM) permite concluir que as mulheres continuam a ter uma presença muito reduzida em Davos. Por este motivo, um grupo de mulheres decidiu criar o seu próprio Davos: "Women"s Forum for the Economy & Society".

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Ana Luísa Marques
anamarques@mediafin.pt


Uma rápida vista de olhos à lista de convidados do Fórum Económico Mundial (FEM) permite concluir que as mulheres continuam a ter uma presença muito reduzida em Davos. Por este motivo, um grupo de mulheres decidiu criar o seu próprio Davos: "Women's Forum for the Economy & Society".

Este fórum tem lugar em Deauville, França, desde 2005. A última edição decorreu entre 16 e 18 de Outubro do ano passado. O fórum, que reúne 1.200 pessoas, “pretende promover a visão das mulheres em assuntos económicos e sociais chave da nossa era”, esclarece o "site" oficial. Em 2007, foi considerado pelo "Financial Times" com o quinto fórum mais influente do mundo.

Ana Botin (na foto em cima), membro do Conselho de Administração do Santander e presidente do Banco Espanol de Credito, e Indra Nooyi (na foto em baixo), presidente e CEO da Pepsi, são das poucas mulheres que, este ano, marcam presença nos debates do FEM.

"A ausência de um equilíbrio entre homens e mulheres na estrutura de liderança do FEM – que decide quais os tópicos que vão ser debatidos e as pessoas que vão ser convidadas – sugere que a própria organização não entrou no século XXI", refere o "site" do "The Times”.

Há apenas quatro mulheres, num total de 22 pessoas, no conselho fundador, e nenhuma no conselho de gestão, que é responsável pelas operações e gestão do FEM. Entre os 10 directores séniores apenas dois são mulheres. O "site" do jornal britânico refere que é apenas em níveis mais baixos da cadeia de gestão que o equilíbrio se torna "mais saudável": 52% dos directores são mulheres.

Entre os sete vice-presidentes do fórum de Davos, apenas um é mulher: Maria Ramos, presidente-executiva da empresa sul africana Transnet.

A falta de mulheres – o talento e as diferentes perspectivas com que poderiam contribuir – está reflectido no próprio fórum. Em cada grupo de 81 convidados, apenas quatro são mulheres: menos de 5%.

Perante estes dados, o "The Times" questiona: "Que importância tem isto?" De acordo com estudos realizados pela McKinsey, Goldman Sachs, Catalyst e outras empresas, "as mulheres são uma grande oportunidade económica perdida".

Talento

E porquê? Há três razões. Primeiro, as economias beneficiariam de uma melhor utilização do talento feminino. Desde 2000, as mulheres preencheram seis dos oito milhões de novos trabalhos criados na União Europeia e representam 59% dos licenciados.

Um estudo da Women & Work Commission, realizado em 2006, concluiu que o Reino Unido podia gerar 23 mil milhões de libras (2% do PIB) se aproveitasse melhor o talento das mulheres.

Liderança

Em segundo lugar, as empresas com maior número de mulheres nos seus conselhos de administração (CA) têm melhor desempenho que as outras com menos representação feminina em lugares de topo.

Um estudo realizado pela Catalyst, em 2007, em empresas que fazem parte da "Fortune 500", concluiu que as empresas com três ou mais mulheres no CA têm um retorno por acção 83% superior. Essas empresas têm ainda um retorno de vendas 73% superior.

Mercados

Por último. As empresas tendem a esquecer a influência crescente que as mulheres têm como consumidoras. Nos Estados Unidos, por exemplo, as mulheres realizam 80% das decisões de compra.

"É por estas boas razões, que desenvolver estratégias para aproveitar o talento feminino e chegar às mulheres consumidores de forma mais eficaz, devia estar na agenda de Davos. Mas, pelos vistos, não está. Em vez disso, os participantes falam sobre a crise e como sair da crise. O que o FEM está a esquecer é que a oportunidade económica representada pelas mulheres é um caminho seguro para nos tirar desta crise económica. Não devia isso estar na agenda?", questiona o "The Times".

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por DC89 » 29/1/2009 18:46

Exportações em debate
União Europeia não tolera proteccionismo aos EUA


Em causa está lei sobre venda de produtos
A Comissão Europeia (CE) alertou esta quinta-feira os Estados Unidos de que «não ficará sem fazer nada» se o país decidir avançar com medidas proteccionistas para impedir as exportações europeias.

«Caso se aprove uma lei que proíba a venda de produtos europeus para território americano, não vamos ficar sem fazer nada e ignorar tal situação», esclareceu o porta-voz do Comércio da CE, Peter Power.
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por Açor3 » 29/1/2009 18:27

Bill Clinton
Crise financeira deixou "muitas pessoas com medo"
O antigo presidente norte-americano, Bill Clinton, esteve em Davos para apelar a uma acção urgente para travar a actual crise financeira e restaurar a economia global. A crise financeira deixou "muitas pessoas com medo" mas provou que as "nações não se podem dar ao luxo de continuarem de costas voltadas".

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Ana Luísa Marques
anamarques@mediafin.pt


O antigo presidente norte-americano, Bill Clinton, esteve em Davos para apelar a uma acção urgente para travar a actual crise financeira e restaurar a economia global. A crise financeira deixou "muitas pessoas com medo" mas provou que as "nações não se podem dar ao luxo de continuarem de costas voltadas".

"A crise financeira provou que a interdependência global é mais importante do que qualquer outra coisa", sublinhou Clinton. "Não é altura para negações ou atrasos. Façam alguma coisa. Dêem confiança às pessoas mostrando confiança. Não desistam", apelou o antigo presidente dos Estados Unidos.

"As pessoas estão assustadas. Há muito medo. Assim, não acho que seja a melhor altura para realizar novos acordos comerciais. Mas também acho que as pessoas inteligentes vão perceber que também não é necessariamente a melhor altura para começar novas lutas. Temos que sair desta situação em conjunto", defendeu.

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por DC89 » 29/1/2009 18:26

Lula troca Davos por Fórum Social em Belém
O presidente brasileiro, Luiz Inacio Lula da Silva, não estará presente esta semana no Fórum Económico Mundial, em Davos, prescindindo assim da oportunidade de se juntar a líderes de empresas e a 41 chefes de Estado. Em vez disso, decidiu juntar-se a mais de 100.000 activistas de todo o mundo num encontro anti-capitalista em Belém (Brasil).




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O presidente brasileiro, Luiz Inacio Lula da Silva, não estará presente esta semana no Fórum Económico Mundial, em Davos, prescindindo assim da oportunidade de se juntar a líderes de empresas e a 41 chefes de Estado. Em vez disso, decidiu juntar-se a mais de 100.000 activistas de todo o mundo num encontro anti-capitalista em Belém (Brasil)

O governo de Lula está a gastar 78 milhões de reais (25,6 milhões de euros) para ter no 8º Fórum Social Mundial, que decorre em Belém, grupos provenientes de 59 países. Entre eles conta-se um sindicato dos trabalhadores do sexo da Índia e um grupo de belgas que quer abolir o Banco Mundial, salienta a Bloomberg.

O evento teve início no dia 27 de Janeiro e termina no mesmo dia que a reunião anual de Davos, no domingo.

Hoje, Lula da Silva debaterá a crise financeira global num painel com o presidente venezuelano, Hugo Chávez.

“Ele tomou partido”, comentou à Bloomberg um empresário que organizou o primeiro Fórum Social Mundial, Oded Grajew. “Lula não quer ir a Davis e ouvir as mesma sideias que levaram o mundo à falência”, acrescentou.

A decisão do presidente brasileiro de estar presente neste fórum social é uma “bofetada” para os banqueiros, cuja “mentalidade de casino” cita frequentemente como sendo a causadora de uma crise no capitalismo, salienta a Bloomberg.

Em 2003, Lula, antigo líder sindicalista, aproveitou a sua primeira presença em Davos como presidente para garantir aos investidores que pretendia não deixar que a dívida do seu país entrasse em incumprimento. Ao regressar pela terceira vez a Davos, em 2007, foi elogiado pelo presidente do Fórum Económico Mundial, Klaus Schwab, por ter criado “um modelo de globalização com uma face humana”.

A oposição à globalização foi um dos temas de fundo do primeiro Fórum Social Mundial, que decorreu em 2001 em Porto Alegre. O Partido dos Trabalhadores, que Lula representa e que ajudou a financiar o evento, tem estado participado em todas as edições anuais.

Este ano, o Fórum Social Mundial está consagrado ao tema “É Possível Outro Mundo”.

O “El País” sublinha que os activistas presentes neste Fórum são de todas as esquerdas: as antigas e as modernas. Esquerdas que ainda citam Lenine, mas também esquerdas de novos ecologistas, anarquistas e progressistas. Muitas esquerdas com uma única pergunta: o que fazer ao capitalismo? “Uma novidade: pela primeira vez, nenhuma dessas esquerdas queimou bandeiras norte-americanas, como em edições anteriores deste encontro”, salienta o jornal espanhol.
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Davos ainda está protegida da crise mas já nota o corte...

por Bocciardi » 27/1/2009 15:43

Davos ainda está protegida da crise mas já nota o corte de despesas
Ernst Wyrsch, cujo hotel em Davos é um elemento central da reunião anual do Fórum Económico Mundial, afirma que a estância de esqui está a desfrutar dos bons tempos enquanto pode.

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Ernst Wyrsch, cujo hotel em Davos é um elemento central da reunião anual do Fórum Económico Mundial, afirma que a estância de esqui está a desfrutar dos bons tempos enquanto pode.

“Por vezes, penso que antes de a crise chegar a Davos, todos queriam gastar o dinheiro que tinham”, diz Wyrsch, gerente do Steigenberger Grandhotel Belvedere. Agora já não é bem assim. Wyrsch já quase não tem o raro vinho que encomendava para esta estação, como o “cru” Chateau Petrus de 1971, que vende a 1.700 dólares. “É claro que não somos cegos. Não estaria a falar a sério se dissesse que a crise não nos afectará de forma alguma”.

Protegida por um manto de neve e reservas atempadas nos hotéis, a localidade de Davos tem estado até agora protegida da turbulência financeira que já provocou 62 mil milhões de dólares de amortizações e mais de 16.000 cortes de postos de trabalho só nos dois maiores bancos suíços.

Por enquanto, Davos ainda não sente propriamente a crise. “Janeiro e Fevereiro são meses óptimos, mas estamos preocupados com Março”, comentou à Bloomberg a directora do Schatzalp Hotel, Nicoletta Mueller.

Davos, que contará com mais de 2.500 visitantes esta semana, foi durante muito tempo um ponto de atracção para os ricos e poderosos. No século XIX tornou-se um destino para os europeus que procuravam tratamento para doenças dos pulmões. Agora, é um destino de férias para os russos e alemães abastados e desde 1971 que é também o local da reunião anual do Fórum Económico Mundial.

“Não podemos queixar-nos da crise financeira”, disse Patricia Halter, agente imobiliária em Davos. “A procura continua a ser muito forte”, acrescentou. Mas todos sentem que a crise poderá estar a chegar também ali.

No Belvedere Hotel, por exemplo, alguns clientes habituais, como o ex-CEO da Merrill Lynch, John Thain – que na semana passada perdeu o seu emprego no Bank of America – não estarão presentes. E mesmo os representantes da banca que ali se encontram estão a prescindir dos champanhes Dom Pérignon e Krug, preferindo algo menos caro, como Laurent Perrier, ou até mesmo um simples vinho branco. O caviar já não consta no meny e os gastos em comidas e bebidas naquele hotel caíram 40%.

“As empresas querem mostrar alguma sobriedade, não querem dar sinais errados”, comentou Wyrsch. Mas Davos pode ainda contar com um bom fluxo de visitantes abastados que procuram escapar às pressões do quotidiano, acrescentou.
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Dossier Forum de Davos

por MarcoAntonio » 27/1/2009 14:06

Abro aqui o tópico relativo ao Forum de Davos, um dos temas em destaque no JN neste momento.

Dossier Forum de Davos


O World Economic Forum é uma organização internacional independente dirigida por uma Fundação Suíça com fins não lucrativos e que visa o progresso económico global.

A reunião anual estará a decorrer na Suíça em Davos entre 28 de Janeiro e 1 de Fevereiro...
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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