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Caldeirão da Bolsa

Off-topic: As notícias sobre o Dias Loureiro

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por JoJay » 28/1/2009 13:38

nunofaustino Escreveu:ou ele é muito inocente ou é culpado até ao tutano.

Qquer uma das duas hipóteses acho que nunca se poderia manter como conselheiro de estado...


Um abr
Nuno


Concordo totalmente...apesar de achar que nada irá acontecer.

Comparo este caso ao do Freeport, salvo as devidas diferenças. Mas uma diferença fundamental é que no caso Freeport está metida ao barulho a polícia inglesa, e isso pode eventualmente fazer toda a diferença no desenlace do caso, no sentido que seja apurada a verdade.
 
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por nunofaustino » 28/1/2009 13:15

ou ele é muito inocente ou é culpado até ao tutano.

Qquer uma das duas hipóteses acho que nunca se poderia manter como conselheiro de estado...

Já agora, à frase "Manuel Dias Loureiro garantiu esta terça-feira que se demitiria do Conselho de Estado se sentisse que causasse algum incómodo a Cavaco Silva", eu respondo, se este senhor não têm olhos na cara e não vê o que está a fazer, será que nenhum dos outros conselheiros de estado não aconselha o CS de modo a que o CS diga a este senhor que a sua presença está a denegrir a imagem do CS?

Um abr
Nuno
Pluricanal... não obrigado. Serviço péssimo e enganador!!!
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por Bocciardi » 28/1/2009 13:06

Dias Loureiro demite-se se incomodar o PR

Manuel Dias Loureiro garantiu esta terça-feira que se demitiria do Conselho de Estado se sentisse que causasse algum incómodo a Cavaco Silva.

"Se houvesse o mínimo sinal de que as minhas acções estariam a causar algum incómodo ao presidente da República, sairia do Conselho de Estado". A afirmação do antigo ministro dos governos chefiados por Cavaco Silva surgiu em resposta aos deputados Ricardo Rodrigues, do PS, e João Semedo, do BE, que questionaram a sua manutenção no cargo de conselheiro de Estado, que ocupa por convite do chefe de Estado.

"Sei o que fiz e não me pesa nada na consciência, mas se me passasse alguma coisa tomaria outra atitude". Dias Loureiro considerou ser esta a "questão política substantiva" que o leva a manter-se como conselheiro de Estado.

Como fez questão de sublinhar na consciência não lhe pesam actos de gestão que subscreveu como, por exemplo, a omissão nas contas da SNL da transacção de duas empresas do Porto Rico, da qual resultou um prejuízo de mais de 38 milhões de dólares.

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por Bocciardi » 28/1/2009 13:05

Dias Loureiro "só soube da existência do Banco Insular há alguns meses pelos jornais"
28.01.2009 - 09h08
Por Ana Brito
Luís Ramos

Dias Loureiro reafirmou aos deputados a sua estranheza perante o modelo de gestão utilizado por Oliveira e Costa

O ex-administrador da Sociedade Lusa de Negócios (SLN), Dias Loureiro, afirmou ontem aos deputados da comissão parlamentar de inquérito ao caso BPN que nunca participou em qualquer reunião ou teve qualquer conversa em que fosse mencionado o Banco Insular, que serviu para ocultar perdas de 400 milhões de euros. "Só soube do Insular há alguns meses pelos jornais", afirmou o antigo ministro da Administração Interna de Cavaco Silva.

Dias Loureiro reafirmou aos deputados a sua estranheza perante o modelo de gestão utilizado por Oliveira e Costa, acrescentando que foi essa estranheza que o levou a pedir a Miguel Beleza que marcasse uma reunião com o então vice-governador do Banco de Portugal (BdP), António Marta, para lhe pedir especial atenção ao BPN, apenas três meses depois de assumir funções como administrador executivo na SLN.

"O que verificava é que o tempo ia correndo e que o modelo de gestão era muito one-to-one. Oliveira e Costa despachava com as pessoas individualmente" e quase não havia reuniões, nem actas. "Não tinha quaisquer factos concretos para apresentar [a António Marta], apenas queria estar tranquilo", disse Dias Loureiro.

O ex-administrador diz ter dado conta das suas preocupações insistentemente junto de Oliveira e Costa. Até porque a dada altura garante ter ficado "sem nenhuma função" e ter começado a notar "algum desconforto" com a sua presença por parte de alguns accionistas. "É preciso ver que ele [Oliveira e Costa] tinha um currículo impressionante e percebia muito mais daquilo que eu."

Foi por isso que, quando questionou o banqueiro por não ver reflectidas nas contas de 2001 as aquisições de duas empresas tecnológicas de Porto Rico, aceitou como "razoável" a explicação de que as operações ficariam parqueadas em veículos fora do grupo até integrarem uma holding tecnológica para dispersar em bolsa.

E o mesmo se passou quando Oliveira e Costa lhe explicou que os prejuízos de 30 milhões de euros resultantes do negócio não estavam contabilizados por terem sido diluídos nas empresas do grupo SLN que apresentavam lucros.

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por Bocciardi » 28/1/2009 13:03

Dias Loureiro explica negócio de Porto Rico
Questionado pelo PCP sobre a compra de duas empresas de tecnologia em Porto Rico, contra o parecer de quadros da própria Sociedade Lusa de Negócios (SLN), Dias Loureiro disse que iria contar a história de A a Z .

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Maria João Gago
mjgago@mediafin.pt


Questionado pelo PCP sobre a compra de duas empresas de tecnologia em Porto Rico, contra o parecer de quadros da própria Sociedade Lusa de Negócios (SLN), Dias Loureiro disse que iria contar “a história de A a Z”. A aquisição das duas empresas de tecnologias, em Porto Rico, foi decidida por Dias Loureiro e Oliveira Costa, mesmo depois de pareceres contra a operação de quadros da própria SLN. Questionado sobre os contornos do negócios, Dias Loureiro disse que iria “contar a história de A a Z”.

O responsável explicou que em Abril/Maio de 2001, terá dito a Oliveira Costa que o negócio em Porto Rico era arriscado, pelo país em questão, mas recordou que a Redal, que operava naquele território, também era da EDP e da Dragados. Perante problemas em Marrocos, com as tarifas de água que a Redal poderia cobrar mediante autorização governamental (não havia autorização para subir preços), Dias Loureiro propôs venda da concessão a grupo chinês.

Mas a venda estava dependente de autorização do governo de Marrocos. Perante este problema, o responsável ligado à Dragados falou-lhe no libanês el-Assir, que teria bons contactos com Marrocos. El-Assir falou a Dias Loureiro numa máquina construída por uma fábrica em Porto Rico que era equivalente às máquinas multibanco. Dias Loureiro falou a Oliveira Costa que mandou Carlos Gonçalves, líder da Datacomp, falar com el-Assir sobre a máquina.

Veio entusiasmado e foram os três - Carlos Gonçalves, Dias Loureiro e Oliveira Costa, a Porto Rico. “Fomos ver a fábrica e bancos onde trabalhavam aquelas máquinas, como o Banco Popular e o BBVA. Havia um grande entusiasmo da SLN pois era o acesso a um novo mercado”.

Noutra viagem a Porto Rico, “tivemos uma reunião com um membro do governo para saber que apoios ao investimento” havia. Em Agosto foi feito um acordo preliminar de compra de 25% da Biometrics e de 75% da fábrica, além disso, foi assinado um acordo de investimento, para investir no desenvolvimento dessas máquinas. Há um adiamento de dinheiro da SLN, que seria de 4 milhões.

Perante o entusiasmo de Oliveira Costa, contratou-se Jorge Jordão para avaliar o negócio, que foi a Porto Rico e deu um parecer que levantava alguns problemas. Depois disso, os porto-ricanhos vieram a Lisboa responder a questões de Jorge Jordão e nessa mesma noite fechou-se o acordo final.

Problemas começam com necessidade de investimento superior ao estimado

Jorge Jordão foi então nomeado presidente da empresa. No ano seguinte, Jordão disse que o investimento necessário poderia ser superior ao acertado (36 milhões de dólares). Foi aqui que começaram os problemas entre os sócios de Porto Rico e a SLN. Oliveira Costa sugeriu que se cancelasse o pagamento das prestações de apoio ao investimento, perdendo os 38 milhões pagos inicialmente. Dias Loureiro diz que ainda foi a Porto Rico mas Oliveira Costa decidiu parar com o negócio, em meados de 2002. Na altura, já não era administrador executivo da SLN.

Antes disso, em Maio, havia que assinar as contas de 2001. “Eu, nessa altura, ainda era gestor executivo e perguntei onde é que estava registada a compra de Porto Rico. Oliveira Costa respondeu que a empresa estava parqueada num veículo (por isso não estava registada nas contas) e que depois seria colocada numa holding tecnológica destinada a ser cotada e bolsa”, acrescentou Dias Loureiro.

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por Bocciardi » 28/1/2009 13:02

BPN: Accionistas empurravam Oliveira e Costa para negócios que os favoreciam mais que ao grupo - Dias Loureiro

Lisboa, 27 Jan (Lusa) - O antigo administrador da SLN Dias Loureiro considerou hoje que Oliveira e Costa era empurrado por accionistas de referência para áreas de negócio que eram mais do seu interesse do que do grupo.

Na sua opinião, foi por se opor a essa estratégia que Dias Loureiro, bem como a sua equipa, acabaram por ser afastados do grupo.

"Aquilo que eu achava é que Oliveira e Costa era empurrado por accionistas para áreas de negócio que não interessavam ao grupo. E isso parecia-me mal, parecia-me uma decisão estratégica errada", contou hoje Dias Loureiro aos deputados da comissão de inquérito ao BPN.

Em resposta a uma pergunta do deputado do Bloco de Esquerda João Semedo, Dias Loureiro foi mais longe, sem no entanto especificar a que accionistas de referência da SLN se referia: "A verdade, tal e qual, é que penso que o grupo muitas vezes era empurrado para uma dispersão estratégica por accionistas que queriam beneficiar disso pessoalmente. Queriam que o grupo fosse para outras áreas e que o grupo investisse com eles. E era nisso que eu estava contra".

"Aquilo que não me perdoavam era eu ter percebido desde muito cedo que havia uma dispersão estratégica e ser contra ela em absoluto. Está em actas, a parte hoteleira", exemplificou.

"Esta foi a grande questão que levou a que eu não tenha sido número dois da SLN, que tivesse as funções que tive, que Daniel Sanches nunca fosse "controller" do grupo e que a minha equipa toda fosse a pouco e pouco afastada do grupo, foi essa a razão específica", afirmou o antigo administrador.

Dias Loureiro citou um caso em concreto.

"Por exemplo, Oliveira e Costa achava que devia admitir uma pessoa para o sector imobiliário fora. Indiquei uma pessoa com um background vasto na área imobiliária. Acho que não aguentou lá três meses ou quatro", revelou.

"Senti que havia um certo empurrar por parte de alguns accionistas para negócios que interessavam em primeiro lugar aos accionistas", repetiu.

Após mais de quatro horas a ser ouvido na comissão de inquérito, Dias Loureiro saiu sem responder às perguntas dos jornalistas.

NVI.

Lusa/Fim

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por Bocciardi » 28/1/2009 13:00

BPN: Oliveira e Costa disse-me que Banco Insular não era da SLN - Dias Loureiro

Lisboa, 27 Jan (Lusa) - O antigo administrador da SLN Dias Loureiro revelou hoje que Oliveira e Costa o chamou há quatro meses, antes da nacionalização do BPN, para lhe dar instruções sobre o que dizer ao Banco de Portugal: que o Banco Insular não pertencia ao grupo.

"Há quatro meses, Oliveira e Costa telefona-me e diz-me que vai haver um inquérito do Banco de Portugal. Disse-me que teria de depor e repetiu-me várias vezes: `sobre o Banco Insular, não é da SLN nem do BPN`", relatou Dias Loureiro aos deputados da comissão de inquérito sobre o caso BPN.

Segundo Dias Loureiro, a sua resposta a Oliveira e Costa foi a de que "nunca tinha ouvido falar do Banco Insular a não ser pelos jornais".

Ainda segundo o antigo administrador da SLN, Oliveira e Costa "repetiu quatro vezes `o Banco Insular não é do BPN nem da SLN`".

Dias depois, contou Dias Loureiro, foi convocado por carta pelo Banco de POrtugal para prestar declarações, o que fez, afirmando que, enquanto foi administrador da SLN, nunca ouviu falar do Banco Insular.

O Banco Insular de Cabo Verde está no centro dos problemas que levaram ao colapso do BPN e à sua consequente nacionalização em Novembro, por ter alegadamente servido para ocultar perdas de 700 milhões de euros em créditos ruinosos.

Segundo as autoridades, o BPN (então sob a liderança de José de Oliveira e Costa, que se encontra detido em prisão preventiva), serviu-se do Insular para ocultar estas imparidades, negando controlar o banco cabo-verdiano.

Em anteriores audições da comissão parlamentar de inquérito ao BPN, os antigos administradores executivos da SLN Miguel Cadilhe e Abdool Vakil haviam admitido que em Junho, ou seja, há sete meses, o grupo assumiu a titularidade do Banco Insular.

NVI.

Lusa/Fim

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por Bocciardi » 28/1/2009 12:59

O antigo administrador da SLN Dias Loureiro esteve durante esta tarde a ser ouvido na Assembleia da República pela comissão parlamentar ao caso BPN. Aos deputados, o antigo ministro social-democrata reafirmou a versão que sustenta há meses e segundo a qual terá alertado em Abril de 2001 o vice-governador do Banco de Portugal António Marta para o "modelo de gestão" do grupo liderado por José Oliveira e Costa.

No essencial, Dias Loureiro manteve no Parlamento a versão que levou a 21 de Novembro à "Grande entrevista" da RTP, e durante a qual desmentiu a versão do vice-governador António Marta.

António Marta, citado então pelo semanário Expresso relativamente à conversa mantida com Dias Loureiro acerca do BPN, sustentou que o antigo ministro da Administração Interna estava a mentir ou fazia confusão com a pessoa quando havia dito que lhe havia comunicado desconfiança com a gestão do BPN e pedido especial atenção do banco central.

António Marta, responsável do Banco de Portugal pela supervisão bancária, sustentara anteriormente que Dias Loureiro o procurou para saber "por que é que o Banco de Portugal andava tão em cima do BPN".

Versões contraditórias da reunião sobre o BPN

Desde há dois meses que Dias Loureiro e António Marta mantêm versões diferentes sobre o conteúdo dessa reunião de Abril de 2001, e da qual apenas dois pontos merece consenso: a reunião ocorreu de facto e o tema de conversa foi a atenção do Banco de Portugal sobre o BPN.

Durante a "Grande Entrevista" de 21 de Novembro passado, Dias Loureiro afirmava por seu lado ter sido ele a pedir ao responsável do bando central especial atenção para com o BPN.

Esta foi a versão também hoje levada ao Parlamento por Manuel Dias Loureiro.

Na altura em que estalou a polémica a respeito do âmbito do envolvimento de Dias Loureiro no escândalo BPN, António Marta limitou-se a dizer: "se o Dr. Dias Loureiro anda a dizer isso ou está a fazer confusão com a pessoa ou a mentir".

Negando que este o tenha informado de qualquer suspeita em relação ao BPN, o antigo responsável pela supervisão bancária referiu que o administrador da SLN o procurou para lhe perguntar "porque é que o Banco de Portugal andava tão em cima do BPN, ao que eu lhe respondi que isso tinha a ver com o facto do banco ter uma gestão pouco transparente e de haver muitos negócios entre a administração e os accionistas."

Em resposta às questões do deputado do PCP Honório Novo, Dias Loureiro sustentou porém que a verdade está do seu lado, confessando mesmo que na altura a que reporta a conversa se sentia "um pouco perdido no modelo de gestão".

"Não tinha tarefas concretamente definidas. Não tinha cargo e a 19 Abril reuni-me com o doutor António Marta", então vice-governador do Banco de Portugal, explicou Dias Loureiro.

Reiterando a versão que mantém desde Novembro, Dias Loureiro insistiu que na sequência das suas "inquietações" António Marta lhe disse "que o Banco de Portugal estava atento a esse banco".

"Eu tinha entrado a Janeiro de 2001, esta conversa é três meses depois e já eu me ia queixar (de perseguição do Banco de Portugal)", questionou Dias Loureiro, sublinhando que aquilo que foi dizer ao vice-governador naquela conversa a dois e sem testemunhas foi "o modelo de gestão é este, o Banco de Portugal deve prestar atenção porque quero estar ali tranquilo".
Paulo Alexandre Amaral, RTP
2009-01-27 20:27:16
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por Bocciardi » 28/1/2009 12:57

Fraude fiscal acaba em fundo de Loureiro e Coelho

Manuel José Dias Loureiro e Jorge Coelho são accionistas da Valor Alternativo, uma sociedade anónima gestora que administra e representa o Fundo de Investimento Imobiliário Valor Alcântara, que foi constituído com imóveis adquiridos com o produto de reembolsos ilícitos de IVA, no montante de 4,5 milhões de euros.

A Valor Alternativo e o Fundo Valor Alcântara têm a mesma sede social, em Miraflores, Algés, e os bens deste último já foram apreendidos à ordem de um inquérito em que a Polícia Judiciária e a administração fiscal investigam uma fraude fiscal superior a cem milhões de euros.
O fundo de investimento foi constituído por três participantes, alegadamente envolvidos num esquema de fraude fiscal do sector das sucatas que tem como objectivo exigir do Estado a devolução indevida de montantes de IVA.
Dias Loureiro, actual Conselheiro de Estado e ex-administrador de empresas no grupo Banco Português de Negócios, possui 30,5 por cento do capital da sociedade, através da DL Gestão e Consultores e Jorge Coelho, ex-dirigente do PS e ex-ministro, detém 7,5 por cento através da Congetmark. O accionista maioritário da Valor Alternativo é Rui Vilas, com 62 por cento. Vilas trabalhou na Fincor, a corretora que criou o Banco Insular em Cabo Verde e que foi comprada no início da década pelo Banco Português de Negócios.

http://www.jornalregional.com/?p=cfcd20 ... a8ab52669d
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por Bocciardi » 18/12/2008 11:40

Notícia desenvolvida no CM de ontem:

Dias Loureiro vendeu as suas acções da Sociedade Lusa de Negócios (SLN) ao grupo Banco Português de Negócios (BPN), principal activo da SLN, por 7,14 milhões de euros, em 2002, ano em que deixou de ser administrador executivo da SLN. O valor do negócio consta na declaração de rendimentos entregue pelo ex-ministro no Tribunal Constitucional, em 28 de Maio de 2002, como início da actividade de deputado do PSD.


O documento, que o CM consultou ontem no Tribunal Constitucional, é categórico: na secção reservada ao património financeiro, o então deputado do PSD e actual conselheiro de Estado, refere, entre outros, depósitos bancários no BPN, BCP e BIC, 'sendo ao BPN D.O. [depósitos à ordem] 7 142 642,15 euros [...] da venda das minhas acções ao Grupo BPN, à espera de aplicação'.

Dias Loureiro já disse que só voltará a fazer comentários sobre o BPN nas instâncias competentes mas em recente entrevista à RTP, em que explicou a sua passagem pelo Grupo SLN, revelou o momento em que alienou a sua posição accionista na SLN: 'Em 2002, eu vendi as minhas acções. E disse ao dr. Oliveira e Costa: ‘eu quero voltar à política há algum tempo, quero ser deputado’. E ele pediu- -me: ‘mas não saia daqui.’'

Face a este pedido do então presidente do Grupo SLN, Dias Loureiro acedeu: 'Eu deixei todos os cargos executivos e passei a não executivo'. Ficou no Grupo SLN até 2005.

A origem das acções que Dias Loureiro tinha na SLN remonta a 1995, quando, após ter saído do Governo, o ex-ministro foi convidado por José Roquette para trabalhar no Grupo Plêiade, cujo valor era então de 8,5 milhões de euros. 'O dr. José Roquette fez-me uma proposta que era aliciante para mim', disse Dias Loureiro à RTP. E precisou: 'Fiquei com um conjunto de acções [15 por cento] que podia comprar a um preço determinado, que era o que valia naquela altura, e mais sete por cento na repartição de lucros.'

OLIVEIRA E COSTA GERIU COMPRA DA PLÊIADE

Dias Loureiro foi desafiado por José Roquette, em 2000, para adquirir a Plêiade. Sem dinheiro para comprar a totalidade da empresa, segundo explicou à RTP, Dias Loureiro lembrou-se de Oliveira e Costa. E fez-lhe uma proposta: 'A SLN compra 50 por cento e eu endivido--me num banco qualquer e compro de 15 a 50 por cento.'

Oliveira e Costa contrapôs. 'Não, eu compro tudo e você passa para a SLN e compra acções da SLN', disse a Loureiro. O negócio custou à SLN '11 milhões de contos [55 milhões de euros]', precisou. E rematou: 'Eu recebi 1 650 000 contos [8,25 milhões de euros], que era a minha parte no negócio, e apliquei um milhão de contos em acções. Mais tarde viria a comprar mais 300 mil contos.' Em suma, investiu 1,3 milhões de contos [6,5 milhões de euros] em acções da SLN.

NOVENTA DIAS PARA CONCLUIR INQUÉRITO

A comissão de inquérito ao caso BPN, que ontem tomou posse, vai ter 90 dias para concluir a sua missão e um 'trabalho espinhoso pela frente', admitiu a presidente, Maria de Belém Roseira, durante a tomada de posse. 'O trabalho é espinhoso porque o objecto desta comissão é muito abrangente, e se é abrangente vamos ter que trabalhar de uma maneira muito capaz', resumiu a deputada socialista.

'O que considero absolutamente essencial é, além de se apurar responsabilidades políticas, saber se o tecido legislativo que regula estas relações [económicas e financeiras] é eficaz, adequado, ou se deve merecer alterações', disse.

O presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, referiu que a comissão tem 90 dias para concluir os trabalhos e que os deputados que a integram vão poder trabalhar durante os fins-de-semana e férias. A comissão vai ter 17 efectivos e oito suplentes. O calendário de trabalhos vai ser hoje definido.

Jaime Gama explicitou, contudo, que já oficiou ao PGR no sentido de se pronunciar – dentro da lei – sobre a existência ou não de um inquérito em sede de Ministério Público. Gama pediu ainda um trabalho 'rápido, objectivo, rigoroso e independente'.

O PS indicou para integrar a comissão Afonso Candal, Helena Terra, Jorge Seguro Sanches, Leonor Coutinho, Marques Júnior, Mota Andrade, Ricardo Rodrigues e Sónia Sanfona. Já o PSD indicou os deputados Hugo Velosa, Aguiar-Branco, Miguel Macedo e Almeida Henriques. Do CDS-PP estarão presentes Nuno Melo e Mota Soares. O PCP designou Honório Novo e o BE João Semedo. 'Os Verdes' indicaram Heloísa Apolónia.

CONTEÚDO DAS DECLARAÇÕES (EUROS)

Anos 2002 / 2005 / 2006

Rendimento trab. dependente 242 857 287 915 290 897

Rendimento trab. independente 618 509 – –

Depósitos no BPN 7 602 207* 20 139 138 186

* Inclui valor da venda de acções

PINTO MONTEIRO NO PARLAMENTO

O procurador-geral da República (PGR) é ouvido na próxima sexta-feira no Parlamento sobre o caso BPN. Quando forem 15h00, Pinto Monteiro irá explicar aos deputados as investigações criminais ao BPN. A audição esteve marcada para ontem.

Para o líder parlamentar do PS, Alberto Martins, 'os factos graves que conduziram à nacionalização do BPN e que lesaram o interesse nacional não podem deixar de ser alvo de uma investigação criminal célere, profunda e consistente, que responsabilize civil e criminalmente os responsáveis por essa situação'.

SAIBA MAIS

ASSEMBLEIA GERAL

A assembleia geral dos accionistas do BPN deverá realizar-se amanhã.

706 387 euros. Foi o aumento de capital da SLN proposto na ‘Operação Cabaz’.

ANULAÇÃO

Os administradores da SLN Valor propõem a anulação de todas as deliberações do conselho de administração tomadas em Junho, Julho e Agosto.

NOTAS

EMPRESA. ROQUETTE E A PLÊIADE

José Roquette, ex-presidente do Sporting, era o dono da Plêiade, empresa que chegou a ter 64 por cento do capital do Grupo Mantero, com investimentos nas ex-colónias portuguesas

FURACÃO: INSULAR EM CAUSA

O Banco Insular, que gerou as primeiras dúvidas no âmbito da ‘Operação Furacão’, está no centro das investigações do Banco de Portugal ao BPN. Está em causa buraco de 360 milhões de euros

IMOFUNDOS. COIMA REDUZIDA

O Tribunal de Pequena Instância de Lisboa reduziu ontem a coima, aplicada pela CMVM, de 100 mil para 30 mil euros. Neste caso não estavam em questão acções de especulação imobiliário

António Sérgio Azenha
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por pedrom » 18/12/2008 11:29

Atomez Escreveu:
JPtuga Escreveu:... De qualquer maneira, o homem já está queimado, julgado na praça publica

Pois sim, mas com os milhões a salvo na Suiça deve importar-se mesmo com isso :evil:


Quem me dera ter debaixo de mim as "chamas que ele tem debaixo dele"!!! :mrgreen:
De que vale a pena correr quando estamos na estrada errada?
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por atomez » 18/12/2008 3:55

JPtuga Escreveu:... De qualquer maneira, o homem já está queimado, julgado na praça publica

Pois sim, mas com os milhões a salvo na Suiça deve importar-se mesmo com isso :evil:
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
Niccolò Machiavelli
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por MozHawk » 17/12/2008 16:57

O que me lixa nestas coisas é que toda a gente sabe e não acontece nada. Ouvi a história de Marrocos em 2002, mas a caravana passa...

Um abraço,
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por JPtuga » 17/12/2008 11:35

Independentemente da pessoa em questão ser culpada ou não de algumas (várias) embrulhadas relacionadas com o BPN, esta noticia do CM é mesmo falaciosa, pois refere-se a factos de 2002. Já passaram 6 anos.
Prontos o homem vendeu a sua participação na SLN e arrecadou o dinheiro, qual o espanto? É consistente com o seu afastamento do grupo.
Deviam era concentrarem-se na sua participação em algums negócios duvidosos no BPN/SLN, nessa altura, e mais recentemente.
De qualquer maneira, o homem já está queimado, julgado na praça publica, e quanto ao Sr. PR, o melhor mesmo é começar a procurar um novo conselheiro de estado, pois actualmente já está a ser "beliscado" com este caso, podendo no futuro ficar mesmo queimado como diz o pedrom...
 
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Dias Loureiro ganha 7,1 milhões no BPN

por Bocciardi » 17/12/2008 11:24

Dias Loureiro vendeu as suas acções da Sociedade Lusa de Negócios (SLN) ao grupo Banco Português de Negócios (BPN), principal activo da SLN, por 7,14 milhões de euros, em 2002, ano em que deixou de ser administrador executivo da SLN. O valor do negócio consta na declaração de rendimentos entregue pelo ex-ministro no Tribunal Constitucional, em 28 de Maio de 2002, como início da actividade de deputado do PSD.


@CM
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por pedrom » 12/12/2008 12:46

Se o cavaco diz que não o pode demitir de conselheiro é melhor não lhe dar muito cavaco senão ainda vai ser queimado na mesma fogueira com lenha (cavacos) recolhidos pelos dois ou mais alguém, quem sabe..... a floresta é muito grande!!!
De que vale a pena correr quando estamos na estrada errada?
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por Bocciardi » 12/12/2008 11:22

A mesma notícia com fonte mais fidedigna...

Nova queixa lança suspeitas sobre Dias Loureiro
Maria José Morgado, coordenadora do Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa, recebeu uma denúncia que envolve Dias Loureiro e que se refere à venda da empresa Plêiade e à compra de acções da Sociedade Lusa de Negócios, através do responsável. A denúncia aponta para que possa ter havido crime de branqueamento de capitais.

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Jornal de Negócios Online
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Maria José Morgado, coordenadora do Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa, recebeu uma denúncia que envolve Dias Loureiro e que se refere à venda da empresa Plêiade e à compra de acções da Sociedade Lusa de Negócios, através do responsável. A denúncia aponta para que possa ter havido crime de branqueamento de capitais.

A notícia é avançada hoje pelo “Correio da Manhã” que revela que a denúncia diz que com os negócios feitos com José Roquette em Marrocos, Dias Loureiro ganhou 250 milhões de euros.

Mas, quando aqueles se zangaram e para “não declarar” os lucros recebidos o património da Plêiade, dado por Roquette a Dias Loureiro, foi integrado na SLN. “Esta transacção valeu-lhe o direito de indicar três administradores da sua confiança para o grupo SLN/BPN”, lê-se ainda no documento, no qual se dá conta de que parte do dinheiro acabou por ser mais tarde transferido para a UBS – União de Bancos Suíços.

O jornal adianta que a denúncia descreve, ainda, com pormenor como funcionava o esquema de branqueamento de dinheiro que normalmente envolvia o BPN e o mesmo banco suíço, com transferências simultâneas para que não fosse encontrado o rasto do dinheiro.

@JNegócios
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Off-topic: As notícias sobre o Dias Loureiro

por Bocciardi » 12/12/2008 11:11

Acho que já vale a pena ter um tópico para comentar notícias sobre o Dias Loureiro. Não tenho nada contra o senhor, só tenho raiva é de pensar (e ter quase a certeza) que ele se vai safar de todas as acusações... Fica aqui uma notícia do Correio da Manhã, a fonte não é das melhores, mas muitas outras de jornais mais respeitados já sairam...

Nova queixa lança suspeitas sobre Dias Loureiro

Uma denúncia envolvendo Dias Loureiro, ex-ministro e actual conselheiro de Estado, foi enviada a Maria José Morgado, coordenadora do Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa. Um grupo de empresários conta pormenores da venda da Plêiade e a compra de acções da Sociedade Lusa de Negócios, através de Dias Loureiro, apontando, ainda, factos que podem indiciar o crime de branqueamento de capitais.

@CM


O lobby vai já começou a demoronar-se...
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