Novo aforro familiar BPI
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Luís, em grande parte a queda em preço derivou da falta de liquidez. É um mercado onde o preço está a ser estabelecido em condições anormais de procura. Se se acreditar que o mercado, eventualmente, voltará a uma situação de normalização, terás um ganho "fácil" (em preço) nas obrigações. Se estiveres à procura de algo onde nunca percas dinheiro, pode ainda ser cedo para optar por um fundo de obrigações e estarás mais protegido num depósito a prazo. Mais uma vez, é o velho binómio do risco versus beneficio, sabendo tu que estamos a trabalhar num período de medo anormal no mercado obrigacionista (e que esses períodos são também onde se faz mais dinheiro, correndo igualmente maiores riscos).
Já entendi Pata.
Nesse caso posso presumir que actualmente, com o quase estagnamento das descidas das taxas de juro, associado à percepção generalizada desse tipo de risco começa a ser muito perigoso ter em carteira quer algum fundo de investimento de obrigações quer obrigações, correcto?
Neste caso como se justifica que alguns outlooks afirmam que pode ser uma boa oportunidade de possuir obrigações corporativas?
Já agora, conheces algum livro ou site sobre estratégias de investimento em obrigações / fundos de obrigações?
Obrigado.
Nesse caso posso presumir que actualmente, com o quase estagnamento das descidas das taxas de juro, associado à percepção generalizada desse tipo de risco começa a ser muito perigoso ter em carteira quer algum fundo de investimento de obrigações quer obrigações, correcto?
Neste caso como se justifica que alguns outlooks afirmam que pode ser uma boa oportunidade de possuir obrigações corporativas?
Já agora, conheces algum livro ou site sobre estratégias de investimento em obrigações / fundos de obrigações?
Obrigado.
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Pata-Hari Escreveu:Luís, esse efeito deriva do facto das taxas terem baixado, ou seja, tornaram-se mais valiosas obrigações que pagavam cupões com taxas mais elevadas (relativamente à taxa de juro), logo essas obrigações subiram em preço.
O que se passou no mercado de obrigações foi algo que as pessoas se desabituaram e que poderia acontecer. As pessoas esqueceram que, sendo as obrigações compromissos assumidos de pagamento de uma dada taxa por um empréstimo feito a uma empresa ou a um estado, que existe o risco efectivo da empresa/estado ir à falência e não poder honrar o seu compromisso. Quando, por falÊncia da lehmanm as pessoas se relembraram que isso é uma hipotese, simplesmente quiseram vender esse risco agora identificado. Venda, singnifica sempre queda em preço. E essa queda por maior percepcção de risco, foi generalizada nas obrigações (quer nas taxas variaveis - fenomeno raro, quer nas de taxa fixa).
Fui clara?
Penso que a Pata-Hari explicou com clareza o que se passa com as obrigações a nível global... não disse tudo mas disse o essencial.
Falta apenas dizer, Luis19, que os gestores do BPI (à semelhança dos gestores bancários) foram uns asnos que nem no mercado de obrigações conseguiram obter rentabilidade. Esta é que é a grande verdade e isto porque esses senhores - como os outros todos em Portugal - não investem em obrigações... pegam no dinheirinho dos clientes e fazem o mais fácil que é metê-lo num fundo de fundos que invista em obrigações!
Depois temos que levar com os prejuízos desses fundos de fundos... Ouviu falar alguma coisa de alguma empresa portuguesa, que emita obrigações (são muito poucas além das cotadas) que tenha falido? O estado português faliu?
Só com nabos muito grandes a gerir é que as obrigações dão prejuízo - ou com interesse em que isso aconteça!
Posso dizer-vos que aconteceu o mesmo com o meu plano de pensões. Infelizmente perco dinheiro todos os dias à conta de gestores que não percebem nada disto ou que percebem muito pouco. Já liguei para a gestora - estamos a falar da maior gestora de fundos de pensões na Holanda (e não é a ING) - a reclamar. Já me disseram que eu tenho razão mas que a gestão das carteiras é feita nos USA e que eles não podem fazer nada.
Há regras imutáveis no mercado. Há uma coisa que se chama diversificação de carteiras - que toda a gente pratica - e que ainda está para se perceber se será uma coisa melhor ou pior do que investir num só papel...
Caro Luis19, se quiser aposte no seu país. Não meta o seu dinheiro - que lhe custou muito a ganhar - nas mãos desses piratas que são os bancos. Procure alguém profissional no mercado que faça a gestão da sua carteira. Tenho a certeza que aí vai receber o seu juro como deve ser!
Onde é que já se viu perder dinheiro em obrigações??
Sr. Primeiro Ministro... com o mal dos outros posso eu bem!
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Luís, esse efeito deriva do facto das taxas terem baixado, ou seja, tornaram-se mais valiosas obrigações que pagavam cupões com taxas mais elevadas (relativamente à taxa de juro), logo essas obrigações subiram em preço.
O que se passou no mercado de obrigações foi algo que as pessoas se desabituaram e que poderia acontecer. As pessoas esqueceram que, sendo as obrigações compromissos assumidos de pagamento de uma dada taxa por um empréstimo feito a uma empresa ou a um estado, que existe o risco efectivo da empresa/estado ir à falência e não poder honrar o seu compromisso. Quando, por falÊncia da lehmanm as pessoas se relembraram que isso é uma hipotese, simplesmente quiseram vender esse risco agora identificado. Venda, singnifica sempre queda em preço. E essa queda por maior percepcção de risco, foi generalizada nas obrigações (quer nas taxas variaveis - fenomeno raro, quer nas de taxa fixa).
Fui clara?
O que se passou no mercado de obrigações foi algo que as pessoas se desabituaram e que poderia acontecer. As pessoas esqueceram que, sendo as obrigações compromissos assumidos de pagamento de uma dada taxa por um empréstimo feito a uma empresa ou a um estado, que existe o risco efectivo da empresa/estado ir à falência e não poder honrar o seu compromisso. Quando, por falÊncia da lehmanm as pessoas se relembraram que isso é uma hipotese, simplesmente quiseram vender esse risco agora identificado. Venda, singnifica sempre queda em preço. E essa queda por maior percepcção de risco, foi generalizada nas obrigações (quer nas taxas variaveis - fenomeno raro, quer nas de taxa fixa).
Fui clara?
Pata,
Como não entendo muito de obrigações importas-te de explicar melhor isso?
É que por exemplo o Fundo BPI Euro Taxa Fixa teve uma valorização grande entre Julho e Novembro de 2008...
Desculpa se esta pergunta é básica, mas não percebo quase nada de obrigações...
Obrigado.
Como não entendo muito de obrigações importas-te de explicar melhor isso?
É que por exemplo o Fundo BPI Euro Taxa Fixa teve uma valorização grande entre Julho e Novembro de 2008...
Desculpa se esta pergunta é básica, mas não percebo quase nada de obrigações...
Obrigado.
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Isto traz à baila o tema que eu tenho abordado e que é o facto do verdadeiro drama do mercado estar nas obrigações e não nas acções. Quem monta uma carteira de acções, sabe que essa parte é volátil. Quem monta uma carteira com obrigações, monta com a ideia que essa parte será uma ancora e que fará com que a carteira nunca possa cair muito (porque a história recente fez com que as pessoas se desabituassem ao risco preço das obrigações).
O verdadeiro drama aconteceu a gente que tinha carteiras montadas para perderem, no máximo, 3 ou 4% e que perderam 30% (e isto assumindo que não tinham lehmam, por exemplo, em que o drama ainda foi muito maior).
Tito, isso é um problema, terem feito uma omissão. Mas basta olhar para qualquer descrição do produto: capital garantido ao fim do ano, com rentabilidade apurada e distribuída anualmente. Dá graças, dá graças, porque não foi nada mau. Melhor alternativa, só houve uma (mas era preciso ser-se adivinho), os depósitos a prazo.
O verdadeiro drama aconteceu a gente que tinha carteiras montadas para perderem, no máximo, 3 ou 4% e que perderam 30% (e isto assumindo que não tinham lehmam, por exemplo, em que o drama ainda foi muito maior).
Tito, isso é um problema, terem feito uma omissão. Mas basta olhar para qualquer descrição do produto: capital garantido ao fim do ano, com rentabilidade apurada e distribuída anualmente. Dá graças, dá graças, porque não foi nada mau. Melhor alternativa, só houve uma (mas era preciso ser-se adivinho), os depósitos a prazo.
Pata-Hari Escreveu:Titinho, esta era uma óbvia... o mercado de obrigações portou-se horrorosamente, era impossível essa aplicação pagar algo.
Pois é. Mais um produto vendido a milhares de clientes, que foi omitido oralmente, que um dia poderia não dar juros.
Vai ser mais um problema que as centenas de gerentes das dependências bancárias do BPI vão ter que resolver, para aguentar lá os clientes.
Á alguns anos que BPI foi sempre o meu primeiro banco, digo foi, pq o mais provável é que deixe de o ser
Obrigado pelo esclarecimento
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Aceito, claro ! Estava num gozinho... pouco mais resta.
Pata-Hari Escreveu:Come não ter perdido 30% como perdeu quem tem aplicações em obrigações. Querias um milagre, era?

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penso que este produto BPI (de capital garantido após o primeiro ano), apresentou rentabilidade nula em 2008 (0%).
assim sendo, estando garantido o capital e a conservação dos juros relativos aos anos anteriores, não haverá distribuição de juros relativos a 2008.
assim sendo, estando garantido o capital e a conservação dos juros relativos aos anos anteriores, não haverá distribuição de juros relativos a 2008.
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Novo aforro familiar BPI
Habitualmente no mês de Janeiro são capitalizados os juros sobre este produto. Hoje são 22 e até este momento não vislumbro a cor dos ditos.
Sem querer assustar. O cash para já consta na posição integrada e é garantido. Mas os juros pagos este ano(referentes a 2008) vamos vê-los por um canudo?
Quem souber algo sobre o assunto pode "abrir aqui a sua alma"
http://www.bpiinvestimentos.pt/SegurosC ... asp?id=854
http://www.bpiinvestimentos.pt/Storage/ ... 93EAADBC72
Sem querer assustar. O cash para já consta na posição integrada e é garantido. Mas os juros pagos este ano(referentes a 2008) vamos vê-los por um canudo?
Quem souber algo sobre o assunto pode "abrir aqui a sua alma"
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Editado pela última vez por TRSM em 22/1/2009 17:09, num total de 1 vez.
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