O maior espectáculo do Mundo!
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Lan e Razão Pura, os meus agradecimentos pelas vossas palavras.
Realmente, considero este Forum de nível muito elevado e é muito bom poder escrever neste ambiente extraordinário.
Claro que nos "veremos" aqui muitas vezes mais!
Cumprimentos
Comentador
Realmente, considero este Forum de nível muito elevado e é muito bom poder escrever neste ambiente extraordinário.
Claro que nos "veremos" aqui muitas vezes mais!
Cumprimentos
Comentador
- Mensagens: 378
- Registado: 26/4/2003 23:30
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Comentador e Cramer
Estive agora a ler o post do "nosso" Comentador e do Cramer e acho que toda a gente devia lê-los. Muitas das questões colocadas no forum do Caldeirão, e noutros também, giram em torno destas abordagens.
Além de extremamente lúcidas são incrivelmente pedagógicas.
Mais uma vez quem por aqui anda só não aprende se não quiser e o que não quiser, porque está cá tudo, meus amigos.
10% de técnica, 90% de psicologia - mas os 10% têm que ser de muito boa técnica, não se desenganem.
"Those who think there is more to it really should take up another occupation. You are too pure for your own good. "

Além de extremamente lúcidas são incrivelmente pedagógicas.
Mais uma vez quem por aqui anda só não aprende se não quiser e o que não quiser, porque está cá tudo, meus amigos.
10% de técnica, 90% de psicologia - mas os 10% têm que ser de muito boa técnica, não se desenganem.
"Those who think there is more to it really should take up another occupation. You are too pure for your own good. "

Trade the trend.
É por causa destes
Comentadores, com C maiúsculo , que este é o melhor forum da actualidade.
Parabens, Comentador!Espero vê-lo por aqui mais vezes.
Lan
Parabens, Comentador!Espero vê-lo por aqui mais vezes.
Lan
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- Registado: 5/11/2002 2:29
- Localização: Porto
FED
Caro Ulisses,
Antes de mais, obrigado pelas suas palavras.
Relativamente ao tema, considero que a redução de taxa pode significar bastante atendendo a que será nitidamente para fazer o gosto ao mercado. No fundo, o FED criou as exactas expectativas que implicam agora o corte de juros. Wall Street fica contente, e a Main Street? Sobre a economia real há que esperar para ver, mas realmente está tudo bastante interligado.
O problema é que toda a vasta acção de impulsos monetários que o FED está a executar tem a chancela de Alan Greenspan, fazendo o papel de Deus económico e financeiro. Embora eu lhe deseje muita sorte, é mesmo aí que começam os problemas, para além dos objectivos da sua actuação não estarem suficientemente explicitados.
Mas enfim, nada de temores. Eu ainda acredito que, tal como você diz, Ulisses, o mercado funcione e ajuste no bom sentido o que puder ser ajustado.
Quanto ao Cramer, acho que ele escreve de uma forma interessante, não deixando de ter razão em muito do que diz.
Um abraço
Comentador
Antes de mais, obrigado pelas suas palavras.
Relativamente ao tema, considero que a redução de taxa pode significar bastante atendendo a que será nitidamente para fazer o gosto ao mercado. No fundo, o FED criou as exactas expectativas que implicam agora o corte de juros. Wall Street fica contente, e a Main Street? Sobre a economia real há que esperar para ver, mas realmente está tudo bastante interligado.
O problema é que toda a vasta acção de impulsos monetários que o FED está a executar tem a chancela de Alan Greenspan, fazendo o papel de Deus económico e financeiro. Embora eu lhe deseje muita sorte, é mesmo aí que começam os problemas, para além dos objectivos da sua actuação não estarem suficientemente explicitados.
Mas enfim, nada de temores. Eu ainda acredito que, tal como você diz, Ulisses, o mercado funcione e ajuste no bom sentido o que puder ser ajustado.
Quanto ao Cramer, acho que ele escreve de uma forma interessante, não deixando de ter razão em muito do que diz.
Um abraço
Comentador
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- Registado: 26/4/2003 23:30
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O Cramer acabou de publicar um artigo intimamente ligado com isto.
"Never Mind the Fundamentals, Think Perception"
By James J. Cramer
06/23/2003 02:47 PM EDT
"The Fed's logic could be self-fulfilling here. It won't possibility let the economy falter here, which is what it would be doing if it cut rates at this point. It is allowing fund managers to stay in, to continue to own, regardless of current weakness.
Take the column I just wrote about Lucent. When the Fed says "We will do everything in our power to make things come back," the fund manager who isn't a skeptic rationalizes that Lucent is worth holding on to.
Of course, the skeptical manager says, "Come on, what we need isn't lower rates, we need more capacity taken out and more mergers to eliminate redundancy. We need more jobs created, which won't happen until people feel better about the economy, something that a rate cut won't do."
But before we "succumb" to skeptical thinking, recall that the average mutual fund manager is anything but skeptical. The average mutual fund manager believes he is being paid to suspend critical beliefs in order to satisfy his clients' desire to have equity exposure.
Given that these people will have still more money thrown at them when the cut occurs, because a cut will make investors feel they are losing money by keeping funds in cash, you have to say that a 25-basis-point rate cut nets out as a positive for stocks, even as it doesn't net out as a positive for the economy.
This is still one more sign that what matters to stocks isn't the fundamentals but the perception of the fundamentals in the eyes of those who control vast pools of "always on" money.
Shockingly, after all we have been through, this disconnect is still not understood by bulls or bears (or at least. isn't stated as such). The bulls still mouth that things are cheap; the bears still act with outrage that the fundamentals aren't winning out.
What a joke.
It is what it is. The times in my career that the stocks, short-term, have reacted properly to the true fundamentals can be counted on one hand.
This is not a mathematical scheme of rigor or science, like blackjack, craps or betting on football games. It is a game of flimsy reasoning and varying degrees of too much optimism, followed by bouts of dire depression.
Those who think there is more to it really should take up another occupation. You are too pure for your own good. "
(in www.realmoney.com)
"Never Mind the Fundamentals, Think Perception"
By James J. Cramer
06/23/2003 02:47 PM EDT
"The Fed's logic could be self-fulfilling here. It won't possibility let the economy falter here, which is what it would be doing if it cut rates at this point. It is allowing fund managers to stay in, to continue to own, regardless of current weakness.
Take the column I just wrote about Lucent. When the Fed says "We will do everything in our power to make things come back," the fund manager who isn't a skeptic rationalizes that Lucent is worth holding on to.
Of course, the skeptical manager says, "Come on, what we need isn't lower rates, we need more capacity taken out and more mergers to eliminate redundancy. We need more jobs created, which won't happen until people feel better about the economy, something that a rate cut won't do."
But before we "succumb" to skeptical thinking, recall that the average mutual fund manager is anything but skeptical. The average mutual fund manager believes he is being paid to suspend critical beliefs in order to satisfy his clients' desire to have equity exposure.
Given that these people will have still more money thrown at them when the cut occurs, because a cut will make investors feel they are losing money by keeping funds in cash, you have to say that a 25-basis-point rate cut nets out as a positive for stocks, even as it doesn't net out as a positive for the economy.
This is still one more sign that what matters to stocks isn't the fundamentals but the perception of the fundamentals in the eyes of those who control vast pools of "always on" money.
Shockingly, after all we have been through, this disconnect is still not understood by bulls or bears (or at least. isn't stated as such). The bulls still mouth that things are cheap; the bears still act with outrage that the fundamentals aren't winning out.
What a joke.
It is what it is. The times in my career that the stocks, short-term, have reacted properly to the true fundamentals can be counted on one hand.
This is not a mathematical scheme of rigor or science, like blackjack, craps or betting on football games. It is a game of flimsy reasoning and varying degrees of too much optimism, followed by bouts of dire depression.
Those who think there is more to it really should take up another occupation. You are too pure for your own good. "
(in www.realmoney.com)
Excelente, Comentador,como sempre...
E, uma vez mais, este texto deixa-me a pensar quão importante é o factor psicológico, não apenas nos mercados mas também na economia.
Aliás, a esmagadora maioria dos analistas, defende que a intervenção da FED e de outros bancos centrais nos mercados, apenas os sustentam no curto prazo pois, a falta de crescimento da economia, acaba por os trazer para baixo, para o seu verdadeiro sítio. Contudo, esquecemo-nos que o mercado accionista influencia enormemente a confiança dos consumidores e empresários e isso pode estimular enormemente a economia.
No fundo, mercados e economia são uma espécie de "pescadinha de rabo na boca" onde não se sabe bem quem anda atrás de quem...
Um abraço e parabéns,
Ulisses
E, uma vez mais, este texto deixa-me a pensar quão importante é o factor psicológico, não apenas nos mercados mas também na economia.
Aliás, a esmagadora maioria dos analistas, defende que a intervenção da FED e de outros bancos centrais nos mercados, apenas os sustentam no curto prazo pois, a falta de crescimento da economia, acaba por os trazer para baixo, para o seu verdadeiro sítio. Contudo, esquecemo-nos que o mercado accionista influencia enormemente a confiança dos consumidores e empresários e isso pode estimular enormemente a economia.
No fundo, mercados e economia são uma espécie de "pescadinha de rabo na boca" onde não se sabe bem quem anda atrás de quem...
Um abraço e parabéns,
Ulisses
O maior espectáculo do Mundo!
Voltemos à cena em que os 2 actores principais (o Bull e o Bear) continuam como sempre a dissertar sobre as óbvias razões que sustentam as respectivas posições. Os actores secundários, têm papéis com menos interesse, mas também contribuem para o êxito da peça. Esses actores menores têm nomes fora do comum tais como “Neutros”, “Bull-à-espera-do-2ºSemestre”, “Bull-a-aguardar-correção”, “Bear-sofredor-que-ainda- resiste”,“Bear-cheio-de-razão-antes-de-tempo”. Para além de muitos outros…
Não é necessário dizer que todos os referidos actores, para além de um sem número de figurantes, conseguem transmitir um ambiente de extrema boa disposição a um espectáculo de alta comédia que atinge um nível completamente fora do comum.
Já antes assinalei que os críticos/analistas profissionais têm feito eco dessas posições por vezes extremadas dos actores do mercado, mas com a pretensão de levar a sério uma questão que, por não ter solução, está acima de qualquer crítica. Esses críticos perdem por completo o sentido da peça, ao não perceberem que os actores agem de uma maneira estranha pela muito simples razão de que já não fazem ideia do seu papel original, antes deambulando ao longo do mercado de acordo com a sua capacidade de improvisação e adaptação.
Tal como se de teatro se tratasse, a vida nos mercados de capitais tem cada vez mais as características de ficção que faz todo o seu encanto, mas também abre o caminho a todos os perigos.
Com grande dose de espectáculo, as Bolsas dão o tom na redinamização financeira, empurrando todo o bom gestor de fundos (dos outros) a comprar sem parar, com medo de perder o emprego se agir com mais ponderação (ou menos visão?...) e perder a onda do bull market.
Sendo certo que o verdadeiro negócio, a todos os níveis, é a subida do mercado, não só pelo seu carácter digamos afirmativo, optimista e vencedor, mas até porque assim todos ganham, não é?, numa sequência normal de aumento da riqueza, ia dizer nacional, mas não, é mesmo americana, pois nisto como noutras coisas só conta falar dos Estados Unidos da América!...
A propósito, aguardo ansiosamente o que o FED vai decidir no próximo dia 25. Mantém as taxas em 1,25%, desce para 0,25% ou surpreende com um corte de 0,50%? Eu acho que é extraordinariamente interessante o que irá acontecer, pois o puzzle está complicado e há também que preparar devidamente a eleição do Bush para 2004 (!). A taxa de juro é só uma zona importante de um grande tabuleiro político-financeiro. Em bom rigor se calhar não era sequer adequado mexer nas taxas, mas os futuros já descontaram uma descida entre 0,25 e 0,5 e, no fundo, o FED tem é que pôr as taxas aos níveis que façam funcionar o mercado de forma normal. Como parece que vai haver descida, a taxa que ficar (0,75% ou 1%) deverá ser a última desta “série”, durante muito tempo, passando a funcionar como mínimo (para o bem e para o mal).
E então, qual a provável direcção dos mercados a partir daí? Não sei, não olhem para mim, eu sou um espectador muito interessado, mas quero observar e gozar o espectáculo.
De qualquer modo, arranjam-se sempre argumentos para qualquer eventualidade: subida, descidas, consolidação, correcção, bolha, crash. Tanto faz, tudo se pode prever e justificar, até mesmo com toda a convicção.
O sentimento dominante é que isto está excessivamente bullish e Julho vai ser o mês da descida (correcção, volta ao bear market?) e … ia sendo apanhado outra vez a tentar fazer previsões de mercado! Mas nada de distracções, que o FED tem um programa de injecções de liquidez que parece que é do melhorzinho que se pode arranjar.
Vamos lá ver se ele nos consegue arranjar um verdadeiro Bull Market de encomenda.
Um abraço e bons negócios
Comentador
Não é necessário dizer que todos os referidos actores, para além de um sem número de figurantes, conseguem transmitir um ambiente de extrema boa disposição a um espectáculo de alta comédia que atinge um nível completamente fora do comum.
Já antes assinalei que os críticos/analistas profissionais têm feito eco dessas posições por vezes extremadas dos actores do mercado, mas com a pretensão de levar a sério uma questão que, por não ter solução, está acima de qualquer crítica. Esses críticos perdem por completo o sentido da peça, ao não perceberem que os actores agem de uma maneira estranha pela muito simples razão de que já não fazem ideia do seu papel original, antes deambulando ao longo do mercado de acordo com a sua capacidade de improvisação e adaptação.
Tal como se de teatro se tratasse, a vida nos mercados de capitais tem cada vez mais as características de ficção que faz todo o seu encanto, mas também abre o caminho a todos os perigos.
Com grande dose de espectáculo, as Bolsas dão o tom na redinamização financeira, empurrando todo o bom gestor de fundos (dos outros) a comprar sem parar, com medo de perder o emprego se agir com mais ponderação (ou menos visão?...) e perder a onda do bull market.
Sendo certo que o verdadeiro negócio, a todos os níveis, é a subida do mercado, não só pelo seu carácter digamos afirmativo, optimista e vencedor, mas até porque assim todos ganham, não é?, numa sequência normal de aumento da riqueza, ia dizer nacional, mas não, é mesmo americana, pois nisto como noutras coisas só conta falar dos Estados Unidos da América!...
A propósito, aguardo ansiosamente o que o FED vai decidir no próximo dia 25. Mantém as taxas em 1,25%, desce para 0,25% ou surpreende com um corte de 0,50%? Eu acho que é extraordinariamente interessante o que irá acontecer, pois o puzzle está complicado e há também que preparar devidamente a eleição do Bush para 2004 (!). A taxa de juro é só uma zona importante de um grande tabuleiro político-financeiro. Em bom rigor se calhar não era sequer adequado mexer nas taxas, mas os futuros já descontaram uma descida entre 0,25 e 0,5 e, no fundo, o FED tem é que pôr as taxas aos níveis que façam funcionar o mercado de forma normal. Como parece que vai haver descida, a taxa que ficar (0,75% ou 1%) deverá ser a última desta “série”, durante muito tempo, passando a funcionar como mínimo (para o bem e para o mal).
E então, qual a provável direcção dos mercados a partir daí? Não sei, não olhem para mim, eu sou um espectador muito interessado, mas quero observar e gozar o espectáculo.
De qualquer modo, arranjam-se sempre argumentos para qualquer eventualidade: subida, descidas, consolidação, correcção, bolha, crash. Tanto faz, tudo se pode prever e justificar, até mesmo com toda a convicção.
O sentimento dominante é que isto está excessivamente bullish e Julho vai ser o mês da descida (correcção, volta ao bear market?) e … ia sendo apanhado outra vez a tentar fazer previsões de mercado! Mas nada de distracções, que o FED tem um programa de injecções de liquidez que parece que é do melhorzinho que se pode arranjar.
Vamos lá ver se ele nos consegue arranjar um verdadeiro Bull Market de encomenda.
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