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Re: comentário

por atomez » 3/1/2009 23:34

jotabilo Escreveu:É natural que os palestinianos se organizem para continuar a resistência, furtando-se ao confronto directo. E irão continuar porque são apoiados exteriormente, por esta europa terrastre que tentará até à exaustão, expulsar a infuência da potência marítima da zona do médio oriente.

Então a Europa está a apoiar os Palestinianos e o Hamas para combater a influência dos EUA na zona "até à exaustão" ???

Ora francamente! Para quem se afirma tão "douto" em matérias de geoestratégia essa é uma visão delirante!



Essa visão de um conflito entre a "potência tesrrestre" e a "potência marítima" é totalmente inválida nos tempos que correm, se é que alguma vez foi válida.

É a Heartland Theory de Mackinder.

Imagem

Resumindo-a, segundo Mackinder:
"Who rules East Europe commands the Heartland;
who rules the Heartland commands the World-Island;
who rules the World-Island controls the world."

Como podemos observar mesmo nos dias de hoje, tal visão está completamente errada.

Essa teoria está totalmente obsoleta desde a 2ª Guerra Mundial. Por várias razões, como apontam os especialistas:

- o aparecimento da força aérea, mísseis, armas nucleares e outros desenvolvimentos tecnológicos que tornaram irrelevante que um grande continente ou um grande mar sejam defesas estratégicas

- a guerra assimétrica

- o peso da opinião pública nas decisões politico-militares (sobretudo desde a guerra do Vietnam)



Mas enfim, voltando ao tema do tópico.

O "nível de resistência" da invasão terrestre de Gaza foi quebrado.

(Uso o termo "nível de resistência" por comparação com a análise técnica porque é um termo que a maior parte do pessoal certamente entende por aqui)

A "resistência" seguinte é a entrada do Hizbolah no confronto, a partir do Líbano a norte, com o lançamento de rockets e mísseis sobre Israel para "auxiliar os irmãos palestinianos" e dividir as forças israelitas em duas frentes de combate.

Esta "resistência" é forte, mas se for quebrada então o caminho está aberto para a entrada no conflito da Síria e Irão.

Isso teria consequências incalculáveis.
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
Niccolò Machiavelli
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comentário

por jotabilo » 3/1/2009 22:07

Em cotinuação Caro Crómio

"Uma a designada potência terrestre que compreenderia o grande continente da Eurásia.
Uma outra constituida pelos mares circundantes e os continentes neles contidos, designada a potência marítima"


Desta ideia geopolítica, a existência de duas potências, podemos prosseguir na procura das entidades políticas preponderantes em cada uma destas zonas do globo.

Na potência terrestre e a partir do inicio do SecXIX podemos encontrar, Inicialmente a França a que sucedeu a importancia da Prússia de Bismarck e a Alemanha antes da II guerra.
Após esta, a potência terrestre é cindida pelo pacto de Varsóvia e pelo muro de Berlim.
Para mim este facto interpreto-o como uma acção ofensiva efectuada pela potência marítima para evitar a provável e para ela perigosa, união da eurásia.
Neste contexto pode-se sempre invocar o modelo geográfico de Ratzel que em resumo, afirmava que a Alemanha só seria uma entidade politica determinante se procedesse à sua expansão para leste , fundamentalmente , os Balcãs.
Quer dizer, a potência marítima, sempre que suspeitava que a potência terrestre se puderia unir desencadeava o conflito. Assim sucedeu com a I Guerra com a anexação do império austro-húngaro por parte da Alemanha e na II guerra logo que foi conhecido o pacto celebrado por Ribentrop (alemão) com Stalin, para a divisão da Polónia e a consequente expansão para leste da então entidade política dominante. a Alemanha.
Após desfecho da II deflagração a entidade politica dominante na potência marítima que até então, era O UK, passou a ser a federação dos USA.
A constituição do pacto de Varsóvia era uma ameaça que podia unir a eurásia e,em vista disso a potência marítima trata de separar a europa ocidental dessa eventualidade. O muro de Berlim, construido pelo pacto, é, facilmente, provocado pela potência marítima se atentarmos na visita que JFKenedy fez a berlim imediatamente antes do início da sua construção quando proclamou "ich been eine berlinner".
Pretendia pois a potência marítima tornar mais efectiva a necessária separação da europa ocidental da Ásia para enfraquecer as sinergias que de tal união poderiam surgir.
Chegamos a 1989 e a queda do muro sucedeu em virtude da mudança que tudo afecta.
Torna-se necessário, por parte da potência marítima, deinir uma outra linha que contivesse o sempre ameaçador expansionismo alemão que eventualmente procuraria sedimentar a sua influência na Rússia. Era tb necessário cercear os caminhos para a zona do médio oriente, zona de capital importância económica.
Foi Mahan que primeiro empregou a expressão "Médio Oriente"
Caído o muro a Jusgoslávia bem no caminho dos balcãs e do caucaso ..do mar Cáspio..de Banku e Ragu.
foi desmantelada, importava definir essa fronteira para conter a potência terrestre,
Essa fronteira de interesse tenho-a referido aqui mais do que uma vez....e refere-se a uma linha que nasce no ocenano Índico, passa pelo Paquistão, Afeganistão, mar Cáspio, Tchechénia, Geórgia(Ossétia), mar Negro e Balcâs...é nesta linha que se verificam as actuais atrições.

Vou editar...para não perder...continuarei.
 
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Re: comentário

por TRSM » 3/1/2009 19:16

jotabilo Escreveu:Caro TRSM

Já te conheço há muito e fico surpreendido com esse modo de ajuizares as coisas. Sempre me pareceste um tipo sensato.
Apenas convidava o Atomez para sair do imediato da sua observação sobre os factos. O que ele diz sobre o que se passa na palestina é a mesma coisa do que eu começar a relatar o movimemto da cotação de um título e afirmar o óbvio.
É que a linguagem que ele emprega não é coerente e apenas seduz os que assistem ao desenrolar do jogo, sem retirar um mínimo de significado desse jogo.
Peço desculpa pela minha parte, mas não posso aceitar que alguém manipule deste modo as coisas.

Naturalmente que o Hamas nem um exército regular possui. Não existe ordem nem lei e actuam assimétricamente contra um exército bem armado, bem equipado e disciplinado.
É natural que os palestinianos se organizem para continuar a resistência, furtando-se ao confronto directo. E irão continuar porque são apoiados exteriormente, por esta europa terrastre que tentará até à exaustão, expulsar a infuência da potência marítima da zona do médio oriente. E todos os meios deverão servir para o efeito. O terror, a propaganda sobre o fundamentalismo islâmico e se for necssário provocar a sincera ira religiosa ferindo o cerne da sua cosmogonia.
Tudo isso já vimos nestes últimos tempos.
A luta agora vai ser mais dura porque a europa está asfixiada no seu desenvolvimento económico e tem de arranjar uma saída para alguma das regiões de mercado primário....ou a Amérca latina..ou a África
Ocidental ou a África Meridional...por algum lado saírá...entretanto do outro lado os USA..não largam a linha do Afeganistão..Mar cáspio...mar negro ...Balcâs e não deixarão o médio oriente de mão beijada...Naturalmente que os Israelitas cumprem o seu papel previsto neste desafio.

Não existe doutorice nenhuma.


cumps


Boa tarde Jotabilo

Não me dirigi a ninguém em particular. Mas pessoas com formação superior e com vastos conhecimentos como vocês tem que saber parar antes de baixarem o nível da conversa. Por vezes é preferível que aconteça isso nem que se tenha de deixar a outra parte "levar a bicicleta".

Não tomo uma das partes. É apenas um reparo de alguém que vos estima e aprecia os vossos escritos.

cumprimentos
 
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comentário

por jotabilo » 3/1/2009 17:46

Caro TRSM

Já te conheço há muito e fico surpreendido com esse modo de ajuizares as coisas. Sempre me pareceste um tipo sensato.
Apenas convidava o Atomez para sair do imediato da sua observação sobre os factos. O que ele diz sobre o que se passa na palestina é a mesma coisa do que eu começar a relatar o movimemto da cotação de um título e afirmar o óbvio.
É que a linguagem que ele emprega não é coerente e apenas seduz os que assistem ao desenrolar do jogo, sem retirar um mínimo de significado desse jogo.
Peço desculpa pela minha parte, mas não posso aceitar que alguém manipule deste modo as coisas.

Naturalmente que o Hamas nem um exército regular possui. Não existe ordem nem lei e actuam assimétricamente contra um exército bem armado, bem equipado e disciplinado.
É natural que os palestinianos se organizem para continuar a resistência, furtando-se ao confronto directo. E irão continuar porque são apoiados exteriormente, por esta europa terrastre que tentará até à exaustão, expulsar a infuência da potência marítima da zona do médio oriente. E todos os meios deverão servir para o efeito. O terror, a propaganda sobre o fundamentalismo islâmico e se for necssário provocar a sincera ira religiosa ferindo o cerne da sua cosmogonia.
Tudo isso já vimos nestes últimos tempos.
A luta agora vai ser mais dura porque a europa está asfixiada no seu desenvolvimento económico e tem de arranjar uma saída para alguma das regiões de mercado primário....ou a Amérca latina..ou a África
Ocidental ou a África Meridional...por algum lado saírá...entretanto do outro lado os USA..não largam a linha do Afeganistão..Mar cáspio...mar negro ...Balcâs e não deixarão o médio oriente de mão beijada...Naturalmente que os Israelitas cumprem o seu papel previsto neste desafio.

Não existe doutorice nenhuma.


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por TRSM » 3/1/2009 17:10

Com todo o respeito por todos os presentes, mas a conversa de doutos acaba por ter o mesmo desfecho dos outros menos formados. E quando assim é fecha-se a porta.

cumprimentos
 
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por jotabilo » 3/1/2009 16:58

" O 1º nível de resistência está prestes a ser quebrado - o ataque terrestre."

Que nivéis concebes na tua visão onírica do teatro de operações...que linguagem é essa?....deve ser a linguagen dos Rockets e dos canhões...

Pessegadas!!!!...deves ser um puto a brincar com os legos.

cumps
 
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comentário

por jotabilo » 3/1/2009 16:07

Caro Atomez

Ainda estava no começo da ideia...mas eu já estou certo dos teus conhecimentos, Clausevitz foi um oficial de estado maior que escreveu sobre a guerra...soube alguma coisa sobre estratégia militar ...e eu estava ao nível ainda da geopolítica.

Tu sabes o que é isso além do conhecimento da wiki?

Tens de estruturar o conhecimento sobre isso de modo a poder ver mais adiante.
Como te disse a força aérea por si só, não é suficiente para conquistar objectivos ...tem de haver ocupação com forças terrestres.
Deixa-te de fitas e de descreveres a batalha, seria melhor que olhasses com maior perspectiva as acções que sucedem.
O pensamento do SecXIX ainda hoje continua numa linha de evolução contínua. Tu é que confundes a modernidade dos meios operacionais com o pensamento geopolítico e misturas tudo como é tom dos dos aprendizes.
Tens de estudar e aprender. Existem mais conceitos que deves estudar para poderes falar sobre o teatro de operações com propriedade.
Fazes-me lembrar os camaradas que conhecem todo o armamento mais moderno e não sabem qual a diferença substancial entre geopolítica e geoestratégia....
E a diferença é capitular.

Os teus lencóis de inglês é que te convencem e tentam convencer os outros de que sabes da poda...mas não ... estás ao nível dos Rockets que os pivots da tv anunciam....é tudo rockets....e eu nem sei o que é isso, sãó LGF?...Mísseis?...canhôes SR?...peças de Art?.... e depois falam em tanques ..o que são tanques?!!
É só confusão.

cumps
Editado pela última vez por jotabilo em 3/1/2009 17:00, num total de 1 vez.
 
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Re: comentário

por atomez » 3/1/2009 5:06

jotabilo Escreveu: Chock point

"Chock point"? Que é isso? Será inglês? "Chock" não existe em inglês...

Será:

Shock point = ponto de choque ?

Check point = ponto de verificação ?

Choke point = ponto de estrangulamento ?

Deve ser "Choke point" (wikipedia)

Mas isso são teorias do séc. XIX. Nesta altura já não são relevantes.

O mundo mudou, a forma e os meios de fazer guerra mudaram também.

Nesta altura o IDF (Israel Defense Forces) manda mensagens SMS e faz chamadas telefónicas automáticas (call centre) a avisar a população de uma zona para se porem a andar porque irão ser bombardeados daí a pouco. E tem um canal de comunicação no YouTube.

Não passaria pelas cabeças de Clausewitz nem Mahan nem Mackinder ...

Seja como for o que é preciso é tirar conclusões e fazer previsões.

Essa conversa de "Necessita de um fundamento mais alargado", "Temos de saber a geografia, tanto a horizontal como a vertical, temos de ter uma noção das linhas gerais do pensamento geopolítico" muita e "Profunda reflexão", à mistura com palavreado rebuscadamente obtuso é mera diletância.

Voltando ao que interessa.

O 1º nível de resistência está prestes a ser quebrado - o ataque terrestre.

O nível seguinte é a entrada do Hizbolah, a norte, no conflito para "auxiliar os seus irmãos palestinianos". Se essa "resistência" for quebrada a situação encaminha-se claramente para uma guerra regional.

Um dado interessante e bastante imprevisto da situação é que os países árabes e a AP (Autoridade Palestiniana) têm mantido uma posição muito reservada e até crítica em relação ao Hamas e muito pouco beligerante em relação a Israel.

Isso sugere que já todos estão fartos do Hamas e estão à espera que os israelitas se livrem deles para depois irem apanhar os cacos e ocupar o vazio de poder em Gaza.

No meio de tudo isto seria o melhor que podia acontecer.
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EUA - O Declinio de uma potencia..

por TOUNABOA » 3/1/2009 0:52

cest Escreveu:A tal "potência marítima" do séc. XIX -- UK e depois USA -- é actualmente a única potência de nível mundial. Marítima, terrestre, aérea, espacial, tecnológica, económica, política, cultural.

Quem não gosta da realidade, agarra-se a ficções. E palavreado obtuso.


Pior do que o cego é aquele que não quer ver. O que o meu amigo escreveu é a pura realidade que todo o europeu não quer aceitar, por isso, estupidamente esconde a cabeça como a avestruz.[/quote]

Dentro de 10 anos os EUA, terão deixado de ser a unica potencia maritima. Mais por demérito proprio do que por mérito das outras potencias. "É a economia estupido!" ( Sem ofensa )
http://br.youtube.com/watch?v=FUMQ8N9zQ ... re=related

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Re: comentário

por TOUNABOA » 3/1/2009 0:35

jotabilo Escreveu:Caros

Só para ir esclarecendo as mentes dos caros....um ataque a um objectivo,é desejável que seja ao amanhecer...é uma hora psicológica e garante em caso de a operação ser demorada, haver ainda muito tempo de luz para se poderem reiterar os esforços de conquista. Ora num dia de inverno, as horas de luz, diminuem significativamente.
O inverno é muito influente no funcionamento das linhas de comunicação, sempre essenciais para alimentar a frente de batalha...a logística das operações é essencial ao exito das acções.
Por outro lado, o factor importante da batalha é o pessoal que como tal tem de estar, psicologicamente, confortado dentro da crueldade do campo de acção.
As condições meteorológicas são fundamentais ao conhecimento do comando na tomada das decisões.
Naturalmente que se procuram as melhores condições dentro dos condicionalsmos gerais da guerra.
Ah!....as operações necessitam de um período de tempo para serem preparadas...é necessário, mobilizar...instruir....praticar e actuar...
E depois existe sempre um gabinete de crise necessário para avaliar a situação em todas as vertentes que ela comporta...a diplomacia...a táctica ...a esttratégia..
As coisas não são como os filmes de caw boys
que é só tiros.

cumps


A Operação "Fim de Regime", promovida pelo movimento dos capitães, e comandada operacionalmente pela dupla Otel Saraiva de Carvalho / Salgueiro Maia, teve em conta exactamente esse pormenor da hora do dia, e foi pensada tambem para a primavera. E deu tempo para o SM, vir com um mapa de turistas todo amarfanhado por aí abaixo, e ainda para nos semaforos vermelhos e tudo... ( não é brincadeira ).
http://br.youtube.com/watch?v=FUMQ8N9zQ ... re=related

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comentário

por jotabilo » 2/1/2009 23:59

Caro Crómio

Tenho referido, frequentemente, as expressões potência marítima e potência terrestre,

Os fundamentos da adopção dessas expressões tem como referência um postulado geral que um geógrafo e militar depois de estudar o globo, pode infirmar.

Mahan Um geografo militar do secXIX, considerou,entre os seus vastos estudos geográficos e estratégicos, que no globo, poder-se-ia considerar a existência de duas potências de características distintas.
Uma a designada potência terrestre que compreenderia o grande continente da Eurásia.
Uma outra constituida pelos mares circundantes e os continentes neles contidos, designada a potência marítima
Mais tarde outro estrátego Mackinder, com base nesta ideia progride no pensamento geopolítico, e pormenoriza a importância destes dois polos geográficos defefinindo os condiconalismos estratégicos de determinadas regiões dentro das duas áreas definidas. Por exemplo, definiu a importância da Sibéria (área pivot) no continente da eurásia e recortou a existência de determinadas orlas de atrição nesse continente. Definiu com isso. a orientação geral dos confltos que se geravam neste continente. Dizia ele que na eurásia os conflitos na europa tinham um desenvolvmento de oeste para leste e que no Japão os conflitos tinham o seu desenvolvimento de leste para oeste.
Se conheceres a história, verás que assim foi desde o tempo de alexandre da macedónia até à II guerra...passando por Napoleão.
Por outro lado, no japão sempre as guerras foram dirigidas em direcção à Manchúria e à China...
Nas orlas que definiu no continente da eurásia, previu a existência de conflitos que a actualidade vem confirmando.
Também nos seus estudos se referiu à importância do Continente Africano no equilíbrio entre as potências referidas, individualizando-o no contexto geral anteriormente considerado.

Como podes comprovar existe um linha de pensamento geopolítico que constiu uma linha de evolução e que confirma a existencia de duas potências globais...a potência terrestre e a potência marítima.

Vou editar...ficando esta ideia preliminar.
Editado pela última vez por jotabilo em 3/1/2009 18:00, num total de 1 vez.
 
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por Crómio » 2/1/2009 22:54

Obrigado, jotabilo, pela resposta.

Em relação aos tratados ou manuais, são públicos ou só acessíveis a patentes militares?

Sim, claro que fico à espera de outra oportunidade para explanares o conceito das reais rivalidades em Jerusalem.

Abraço
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por jotabilo » 2/1/2009 22:38

Caro Crómio

Não tenhas dúvidas de que existem.E são clarinhos como a água, uma vez que são quase manuais.Ou seja, têm tudo reduzido ao essencial para uma percepção fácil da matéria tendo em vista a prática eficaz para a acção.

Chock point e elemento perturbador, são elementos caracterizadores de determinadas regiões do glogo com significado estratégico ou geoestratégico.
Por exemplo a região da palestina é um elemento perturbador da estabilidade do médio oriente....o passo de Gibraltar pode tornar-se um chock point....
A fronteira de interesses definida pela potência maritima que vai do Índico, passa pelo, Paquistão Afeganistão, mar Cáspio, Tchechénia, Geórgia, mar Negro e Balcâs, define uma linha de chock points sob o ponte de vista estratégico ou geoestratégico.
Chock point....um ponto de importância estratégica ou geoestratégica que é passível de gerar instabilidade e atrição.
Assim a grosso modo é a noção que tenho.

quanto à outra questão a da rivalidade...
" A real luta não é entre iranianos e israelitas ou palestinianos, o que se vê é o resultado de outras rivalidades.Como é, claramente, óbvio."
Necessita de um fundamento mais alargado.
Se entenderes, tentarei explaná-lo numa outra oportunidade, se julgares conveniente.

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Re: comentário

por jotabilo » 2/1/2009 22:11

jotabilo Escreveu:Caro JPtuga

Tinha elaborado um comentário ao Cest, mas depois não o consegui editar porque demorei bastante na sua elaboração e acabei por perdê-lo.

Do que leio e do que li das tuas observações, tenho dificuldade em fazer-me entender, dado que em meu entender, não existe distância nem perspectiva naquilo que deduzem.
Ou seja, observam os fenómenos muito de perto e depois só vêm os armamentos e e as botas dos combatentes....e daí tiram ilações desamparadas das causas próximas e afastadas desses fenómenos.
Existe muita propaganda na informação que é difundida e, com isso, perde-se uma verdadeira linha de raciocínio.
Temos de saber a geografia, tanto a horizontal como a vertical, temos de ter uma noção das linhas gerais do pensamento geopolítico e da sua evolução...que não se faz aos saltos... como aqui vão pretendendo.
Os jornalistas têm pouca preparação para poderem informar...até agora só contam os "rockets" e mais "rockets" e eu nem sei o que são essas coisas...fica-se assim, no meio do pasmo,sem se saber porque razão os tipos não se entendem....eheheheh.

Bem se demorar muito tempo não consigo editar.

O Irão a Palestina os israelitas apenas são elementos de um cenário maior...e a guerra atómica é uma coisa pouco provável...pode haver um incidente...uma acção de terror, mas será logo limitada...´uma coisa muito séria...o resto são muafas apenas.

Bem eu tinha a coisa mais ou menos explicada ao Cest
mas lamento ter perdido o conteúdo e o tempo ao não poder editar.


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por Crómio » 2/1/2009 19:20

Jotabilo,

Temos tratados excelentes sobre o que é a guerra subversiva....temos manuais muito completos sobre a estrutura desse tipo de guerra

Quais tratados?
Quais manuais?

Tens de conhecer o que é um chock point ou o que é um elemento perturbador em geoestratégia para melhor interpretar o que se passa na palestina ou em outro ponto do globo.

O que é um chock point?
O que é um elemento perturbador?

A real luta não é entre iranianos e israelitas ou palestinianos, o que se vê é o resultado de outras rivalidades.Como é, claramente, óbvio.

Quais óbvias rivalidades?


Obrigado pelos esclarecimentos.
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comentário

por jotabilo » 2/1/2009 19:08

Caro JPtuga

Tinha elaborado um comentário ao Cest, mas depois não o consegui editar porque demorei bastante na sua elaboração e acabei por perdê-lo.

Do que leio e do que li das tuas observações, tenho dificuldade em fazer-me entender, dado que em meu entender, não existe distância nem perspectiva naquilo que deduzem.
Ou seja, observam os fenómenos muito de perto e depois só vêm os armamentos e e as botas dos combatentes....e daí tiram ilações desamparadas das causas próximas e afastadas desses fenómenos.
Existe muita propaganda na informação que é difundida e, com isso, perde-se uma verdadeira linha de raciocínio.
Temos de saber a geografia, tanto a horizontal como a vertical, temos de ter uma noção das linhas gerais do pensamento geopolítico e da sua evolução...que não se faz aos saltos... como aqui vão pertendendo.
Os jornalistas têm pouca preparação para poderem informar...até agora só contam os "rockets" e mais "rockets" e eu nem sei o que são essas coisas...fica-se assim, no meio do pasmo,sem se saber porque razão os tipos não se entendem....eheheheh.

Bem se demorar muito tempo não consigo editar.

O Irão a Palestina os israelitas apenas são elementos de um cenário maior...e a guerra atómica é uma coisa pouco provável...pode haver um incidente...uma acção de terror, mas será logo limitada...´uma coisa muito séria...o resto são muafas apenas.

Bem eu tinha a coisa mais ou menos explicada ao Cest
mas lamento ter perdido o conteúdo e o tempo ao não poder ediar.


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por JPtuga » 2/1/2009 18:01

Jotabilo,

Pois claro que um conflito regional pode ser uma manifestação de rivalidades alheias, até porque, neste caso particular, o conflito Israelo-Arabe, não poderia existir na sua forma presente sem o apoio logistico e financeiro de diversos paises terceiros.

Mas também há que dizer que, se isso é uma realidade, não quer dizer que os "timings" das diversas operações, militares e diplomáticas, sejam ditados apenas e exclusivamente por esses paises, digamos "sponsors" dos combatentes. É que, muitas vezes as realidades politico-económicas dos combatentes sobrepôem-se aos desejos dos seus apoiantes, e as guerras, uma vez começadas, teem uma tendecia perigosa a escalar e a entrar fora de controle...

Vejo isto como um factor determinante, especialmente no caso Iraniano, que, internamente, com uma quebra brutal da receita se as cotações do petróleo não recuperarem, a incentivar uma revolta dum população jovem, mas com pouco emprego, e com várias outras situações que fazem com que o actual regime sinta dificuldades em manter o controle. Nesta situação, um conflito externo é a melhor maneira de distrair dos problemas internos. Se juntarmos a isto, um lider politico, do mais abertamente belicoso contra Israel nos ultimos anos, mais uma nascente capacidade nuclear, então temos a receita para tempos turbulentos.

Aliás aqui o perigosos na minha opinião, não é o confronto via armas tradicionais, mas sim a possibilidade de uso de armas nucleares.
Não duvido, que num evento desse tipo a reacção israelita seria desproporcional a qualquer tipo de ataque iraniano. As razões são simples, com um território pequeno, sem profundidade defensiva, qualquer ataque quimico, bacteriologico ou nuclear teria grandes repercussões em Israel..Alguém se lembra da crise dos Scuds em 1991, e como os Americanos foram "forçados" a dispor em territorio Israelita varias baterias de misseis "patriot" (na alturaarmas novissimas)afim de evitar uma tal retaliação desproporcional dos Israelitas, que implicava automaticamente um desmoronar da "coligação"?

Mas espero bem que este cenario seja remoto, e que entetanto alguma ação seja tomada para evitar isto, assim como no caso India-Paquistão.
Enquanto isso, lá teremos que nos habituar a estas pontuais operações israelitas, e a consequente retaliação do hamas e quejandos, com o consequente sofrimento das populações civis, especialmente a palestiniana, uma vez que não se consehue descortinar, pós-Arafat, um lider que seja realmente representante da maioria da população e que possa ser um interlocutor com Israel para se conseguir a paz nesta região.
 
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com um abraço a todos

por mcarvalho » 2/1/2009 15:10

e com o desejo de que os nómadas não se tornem sedentários e os Portugueses não sejam "obrigados " a ser nómadas até à sua extinção

............................

in Jornal Publico


Três ex-presidentes da República falaram sobre a situação de Portugal
Mário Soares receia um país ingovernável em 2009 devido ao desemprego
31.12.2008 - 14h44
O ex-Presidente da República Mário Soares teme que Portugal fique “ingovernável” em 2009 devido a eventuais protestos decorrentes de uma elevada taxa de desemprego no país, segundo afirmou à Rádio Renascença, que ouviu os três chefes de Estado que antecederam Cavaco Silva.

Os três ex-Presidentes mostraram-se preocupados com a situação em Portugal, mas Mário Soares foi o que fez as declarações mais dramáticas.

“Acho que o ano de 2009 vai ser um ano muito difícil, muito mais. Eu sei que o primeiro-ministro deu a entender que as coisas vão melhorar em 2009. Sob certo aspecto ele tem razão, mas o grande problema é o desemprego e a falência das grandes empresas e das pequenas empresas, pequenas e médias empresas. Isso parece-me a mim gravíssimo”, disse o ex-presidente, que assegurou dois mandatos entre 1986 e 1996 e em 2006 voltou a concorrer à Presidência, com o apoio do PS de José Sócrates.
e com desejos de que os nómadas nao se tornem sedentários e os Portugueses não sejam obrigados a ser ainda mais nómadas até à extinção.. :(


Mário Soares antecipa um grande aumento do desemprego, devido a quebras nas vendas a alguns dos principais clientes das exportações portuguesas, como a Espanha e a Alemanha. “Isso vai ser grave, e com muito desemprego é evidente que poderá haver uma situação complicada. Sendo um ano de eleições, pode haver muita espécie de revoltas, que poderão surgir a propósito de tudo e de nada. (...) O país poderá ficar ingovernável a partir de determinado momento”, afirmou.

Jorge Sampaio pede entendimento institucional

Jorge Sampaio, Presidente entre 1996 e 2006, pede aos políticos um mínimo de paz e entendimento institucionais e aos portugueses energia face aos obstáculos da crise.

“Não gostaria de ver um ambiente político, apesar de haver tantas eleições para o ano, que se degradasse ao nível da conflitualidade que não é significativa, que não é importante”, disse este ex-Presidente à Renascença.

Para 2009, espera que esta “contínua avalancha de coisas insuspeitadas termine, para ver se a gente consegue que nos Estados Unidos, na Europa na Ásia e, naturalmente, também em Portugal uma reconstrução, [haja] uma recuperação”.

Por seu lado, o primeiro Presidente eleito após a Revolução de 1974, Ramalho Eanes, espera que no ano que amanhã começa o desemprego não ultrapasse os 8,5 por cento. “A nível nacional creio que temos de contar com o aumento do desemprego. Espero apenas que ele atinja apenas os 8,5 por cento previstos pela OCDE e não atinja dois dígitos, pois a acontecer seria uma situação grave”.

O antigo chefe de Estado espera também que a crise financeira mundial origine uma reforma das instituições financeiras multilaterais, como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Mundial (FMI).
 
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por cest » 2/1/2009 14:37

Creio que entendo o que o Jotabilo está a dizer.

Vejo tambem que poderá ser um pouco incompreendido dada a forma elaborada como comunica. Queira portanto desculpar-me caso não seja esta a questão.

Tentando ligar o meu raciocínio ao seu, o xadrez mundial mudou, certo?

Neste momento, o que está a acontecer é que ao contrário de à uns anos atrás, em que havia a guerra fria onde todo o mundo era manipulado indirectamente pelas duas potencias da altura que estavam bem defenidas, mais concretamente União Soviética e EUA, hoje em dia existe apenas uma superpotencia, sendo que o lugar vago tem vários pretendentes como a China, a UE e a própria Rússia que tenta renascer a todo o custo das cinzas.

Isso está a ser incomodo para os EUA, porque tem o mundo inteiro estupidamente, contra eles. E digo estupidamente porque começam a existir outras ameaças como o fundamentalismo islamico, que derivado à europa andar envolvida numa guerra de desgaste com os EUA (ao nivel económico, claro) está a ser esquecido ou como o meu amigo diz, usado. Direi mesmo que mais cedo ou mais tarde a convergencia terá de passar precisamente pelo contrário daquilo que está a acontecer. Terá de passar por um entendimento global para fazer face a esta ameaça que é como eu atrás referi o fundamentalismo islamico. Se reparar, a preocupação do Obama com a colocação de tropa no Afeganistão tem a ver com a frente mais perigosa que está a surgir desta nova guerra. A Índia. Os ultimos atentados foram prova disso.

Neste momento a europa tenta colar um pouco à Rússia que tenta renascer das cinzas, para assim ganhar peso contra os EUA, o grande problema é que a europa é a favor de tudo o que seja contra os EUA. É uma estratégia que quanto a mim vai custar caro. Nada vai ganhar com isso, até porque não existe um entendimento suficiente entre os diversos paises que representam a UE. Um exercito unico é neste momento uma miragem.

Complexo, é conversa que tinha pano para mangas. Agora que realmente as coisas que se passam no terreno por vezes é derivado a manipulações exteriores fruto da cobiça de outros lá isso é verdade.

Para terminar, foi assim com Angola.

O que interessa para mim é a razão que está implicita no objectivo do que está à vista e não no que está por trás. Não sei se me fiz entender. É que se agirmos como tal a razão impera.
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por Crómio » 2/1/2009 14:27

Jotabilo,

Temos tratados excelentes sobre o que é a guerra subversiva....temos manuais muito completos sobre a estrutura desse tipo de guerra

Quais tratados?
Quais manuais?

Tens de conhecer o que é um chock point ou o que é um elemento perturbador em geoestratégia para melhor interpretar o que se passa na palestina ou em outro ponto do globo.

O que é um chock point?
O que é um elemento perturbador?

A real luta não é entre iranianos e israelitas ou palestinianos, o que se vê é o resultado de outras rivalidades.Como é, claramente, óbvio.

Quais óbvias rivalidades?


Obrigado pelos esclarecimentos.
There are two kinds of investors: those who don't know where the market is headed, and those who don't know that they don't know.

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comentário

por jotabilo » 2/1/2009 13:56

Caro JPtuga

Um conflito regional pode ser uma manifestação de uma rivalidade continental ou até global.
Logo o conflito na palestina até pode significar uma atrição ao nível global.
Tens de conhecer o que é um chock point ou o que é um elemento perturbador em geoestratégia para melhor interpretar o que se passa na palestina ou em outro ponto do globo.
Naturalmente que concordo com as tuas afirmações no que elas significam de desestabilização do médio oriente a favor do interesse das potências que se antagonizam e cujas sedes não se situam nessa zona.
A real luta não é entre iranianos e israelitas ou palestinianos, o que se vê é o resultado de outras rivalidades.
Como é, claramente, óbvio.

cumps
 
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por JPtuga » 2/1/2009 12:35

Heia, onde isto já vai...

Caros, carissimos colegas caldeireiros, que tal deixarmos de nos flagelarmos, inclusive com a nossa historia recente, e nos concentrassemos no assunto original, a possibilidade de um conflito regional no médio oriente, opondo Israel de um lado e árabes (inclusive os persas iranianos) do outro?

A minha opinião é que para já, tal cenário não me parece próximo, mais á frente logo se verá.
Acredito sim, num raide Israelita ás instalações nucleares iranianas (com pesadas baixas) para ganhar algum tempo. Duvido da capacidade Iraniana de dispor meios para atacar Israel directamente, como retaliação.
Uma coisa é certa, actualmente, com a capacidade nuclear de médio e inclusive longo alcançe Israelita, um conflito que não fosse contido a certo nivel, poderia ter um desfecho realmente trágico para toda a região. Independentemente dos resultados alcançados com os meios convencionais.

Cumprimentos a todos.
 
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comentário

por jotabilo » 2/1/2009 12:20

Caro mcarvalho

Não comentarei mais sobre isso que referes.
Apenas te refiro o seguinte:

- Os capitães que inicialmente se levantaram, sabiam o que arriscavam. Alguns deles foram presos no 16 de Março na sublevação das Caldas;

- Esses militares não tinham qualquer ideologia, eram pessoas acossadas pela vida e tinham ideais. Apenas desejavam uma coisa mais conforme com esses ideais , nova e mais limpa;

-Eram cerca de centena e meia e ficaram determinados quando notaram que já não havia honra no tratamento do pessoal;

- Foi essa determinação que levou os restantes a unir-se e a fazer aquilo que devia ser feito;

- Há e haverá sempre arrivistas nestas ocasiões, mas Portugal continua como uma matriz cultural em muito mundo. Experimenta, um dia ir a Angola para veres o nossa alma reflectida nos gestos e nos olhos das pessoas;

- Estaríamos a trair a nossa humanidade se continuassemos com a guerra no ultramar.Nós portugueses nunca fomos cruéis para além de uma humanidade que nos comove;

- Por fim, os militares em causa, nunca traíram o seu juramento. Cientes da humanidade do povo Português, apenas confirmaram esse juramento para com a Pátria, na sua atitude.

Penso que o Caro mcarvalho apenas desejava saber da minha resposta à sua provocação.
Aí a tem.

cumps
Editado pela última vez por jotabilo em 2/1/2009 13:57, num total de 1 vez.
 
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por cest » 2/1/2009 12:19

Pois, então estamos em sintonia.

Para que melhor se compreenda:

Angola, Moçambique etc. eram território Português certo?

Foi entregue e nem um português por lá ficou certo?

Tudo resolvido? Aquilo era dos naturais?

Então e o Brasil? Alguem me quer dizer alguma coisa?

Pois é, se um grupo de Portugueses traidores eventualmente tivesse tomado conta de Angola como era? (não esteve longe disso). Como estariam hoje os naturais daquelea zona? E mudaria alguma coisa em termos de poder? Ou estariam com os problemas da Africa di sul? Quem sabe? Mas no entanto o facto de se separarem de Portugal bastava para que uma meia duzia de brancos legitimamente ficasse com Angola como aconteceu no Brasil certo?

Então deixo aqui a pergunta no ar, para ver se consigo entender.

Quem tem então legitimidade sobre um determinado território? Os naturais desse mesmo território? Se sim, não vejo como o Lula pode comandar os destinos do Brasil, ou o Obama o dos EUA, não percebo porque não é entregue aos indios assim como o Brasil.

Então quem tem legitimidade? Quem chega primeiro? Quem é natural daquela zona? Como é?

Pois então vou causar polémica, vou escrever o suficiente para que daqui a pouco me ofendam a torto e a direito.

O grande problema de Portugal e dos Portugueses foi não terem feito em Angola o que os primeiros europeus fizeram nos EUA. Os indios foram condenados a não crescer porque se um dia acontecesse hoje a américa não era o que é na medida em que seria reivindicada pelos mesmos.

Portugal deu aos negros (sem qualquer tipo de racismo) a possibilidade de se desenvolverem em conjunto conosco. Quando os primeiros europeus chegaram a território Americano encontraram indígenas tal como nós em àfrica. É caso para dizer que os africanos morderam na mão de quem lhes deu de comer. (no caso de Portugal)

Se os indigenas em áfrica não tivessem tido a possibilidade de se desenvolverem hoje estariam em reservas como nos EUA e Portugal seria das maiores potencias no mundo.

Para quem não sabe, Luanda desenvolvia-se a um ritmo superior á na altura toda poderosa Joanesburgo.

Fácil é tomar conta do que já está feito, ou acham que áfrica se os europeus não tivessem pisado aquele solo, teria um unico edificio que não fosse de barro e capim? Ou os EUA teriam um qualquer edifício que não fosse em forma de cone, ou teriam algum barco que não fosse uma piroga de madeira?

Meus amigos, legítimo ou não, quem desenvolve determinado território durante 500 anos não o pode perder daquela forma. É injusto.
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por Onorio » 2/1/2009 11:57

mcarvalho Escreveu:Caro Onório

se Continuares a ler na tua fonte wikipedia a história de Israel encontrarás a resposta à tua questão .

abraço
mcarvalho


Eu conheço perfeitamente a historia de Israel e da Palestina, alias é um dos meus temas preferidos e leio muito acerca do assunto.

Toda a questao Israelo-palestiniana baseia-se em ideais politicos e religiosos, como tal cada pessoa julga as coisas da sua maneira, e cada pessoa tem a sua opiniao, eu tenho a minha e tenho-a bem fundamentada.

De qq forma eu nao tinha colocado qq questao, tinha apenas sido ironico, da mesma forma que recebi uma resposta ironica.
Abraço
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