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Caldeirão da Bolsa

Preparem-se para o pior

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Crómio » 31/12/2008 15:02

Jbilo,

Longe de mim defender o Atomez, acho que ele naao precisa de mim para isso, mas naao posso deixar de comentar o(s) teu(s) comentaario(s).

Digo que contigo ainda naao consegui aprender nada, ao contraario dos restantes intervenientes aqui no toopico.

De estrateegia e geoestrateegia muito falas mas nada transmites, assim como de mercados financeiros (desses naao falas tanto, ou mesmo nada...).

Resumindo a minha opiniaao acerca do que transmites:

Muita parra (com perfume rococoo) e puquiissima uva.
There are two kinds of investors: those who don't know where the market is headed, and those who don't know that they don't know.

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comentário

por jotabilo » 31/12/2008 14:44

Caro Atomez

Tens de ler mais ...mesmo que seja em português.
Sabes que nós já fomos uma sumidade em guerra irregular?..Temos tratados excelentes sobre o que é a guerra subversiva....temos manuais muito completos sobre a estrutura desse tipo de guerra...cuja primeira fase a chamada insurreição do território comporta ochamado terrorismo.
Importa conhecer quais os principais condicionalismos a que deve obedecer esse tipo de acção, quais os fins que pretente atingir,...enfim , todo um conjunto de conhecimentos que integram uma determinada realidade para podermos ajuizar melhor.
Tu próprio dizes que não tens conhecimentos sistematizados sobre a geopolítica....como podes situar a guerra sem teres uma noção do cenário geral?...enfim...apenas um conhecimento errático e parcelar.
Por isso é que me colocas no Sec XIX, e chamas potência a uma força...e julgas que a força aérea por si só é suficiente para conquistar objectivos, sejam eles quais forem, tanto tácticos como esttratégicos.
Não...a força aérea apenas actua no espaço aéreo, é um factor decisório se obtivermos a superioridade aérea, no campo de batalha, mas não consegue por si só, conquistar objectivos...só o controlo ou ocupação pelas forças terrestres se concretiza a conquista...vê bem isso, se tiveres tempo para estudar a táctica e depois a estratégia e por fim a geoestratéga como elemento concretizador da geopolítica.
Demora tempo, necessita de muita prática e maior reflexão.

Os teus lençóis de inglês são apenas para português ver...não se aproximam do essencial...mera propaganda para desviar a atenção do real drama.

cumps
Editado pela última vez por jotabilo em 31/12/2008 15:27, num total de 2 vezes.
 
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Re: Mapa Xiita

por atomez » 31/12/2008 13:53

Afinal o terrorismo não é também uma forma de se atingir ou pelo menos de lutar por determinado objectivo?

Parafraseando Clausewitz:

A guerra é a continuação da política por outros meios.

E o terrorismo é a continuação da guerra por outros meios.

Já vai longe, e a Europa não acorda.

Desde a 2ª guerra mundial a Europa tem a sua defesa entregue aos EUA em outsourcing.

Os EUA gastam 5% do PIB com os militares, a Europa 1 a 1,5%.

Para a Europa estar ao nível deles era preciso mais que triplicar as despesas militares. Alguém na Europa vai nisso? Não. Nem pensar. Nós preferimos ter subsídios de desemprego, eles que tratem do trabalho sujo...
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
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Re: Desculpe

por Crómio » 31/12/2008 13:49

cest Escreveu:Ok, as minhas desculpas.

Caríssimo,

Não tens de pedir desculpas, ao invés de reclamar a formatação tratei de a fazer.

Um abraço e obrigado pelo texto.
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Desculpe

por cest » 31/12/2008 13:46

Ok, as minhas desculpas.
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Re: Mapa Xiita

por Crómio » 31/12/2008 13:36

Cest,

Volto a colocar o teu post, desta vez formatado de forma a que eu o consiga ler.

Abraço



----------------------------------
##################################

1. O tipo de guerra, é posto em prática de acordo com o poderio de cada facção que está envolvida em determinado objectivo.

Se entendermos que uma guerra mundial é aquela em que envolve a maior parte do globo, então ela já começou.

Afinal o terrorismo não é também uma forma de se atingir ou pelo menos de lutar por determinado objectivo?

Assim sendo, com ataques confirmados nos EUA, Inglaterra, Espanha, Rússia, China pouco sobra do globo, ou mais concretamente, sobram as zonas onde a guerra praticamente não pára; África, América central e do sul e Médio Oriente.

Ok, também já percebi porque é que os países escandinavos economicamente são o que são, afinal por norma têm estado bem longe destas confusões.

Creio que toda a gente percebeu, afinal existe há muito uma guerra escondida que tem sido movida por extremistas islâmicos e que a Europa ou por medo ou por interesse não quer acreditar que está envolvida nela.

A AL QAEDA, assume que quer implantar um estado islâmico em todo o mundo, logo, a Europa contrariamente ao que possam pensar os seus estúpidos líderes pertencem a este mundo e não a qualquer outro.

Mais cedo ou mais tarde a Europa que por acaso está cada vez mais enfraquecida, terá de acordar para esta nova realidade, e se repararem bem , contrariamente ao que se possa pensar, a eleição de Obama vai obrigar a que o envolvimento dos esforços de guerra no Afeganistão (para já) e provavelmente no Iraque e palestina (um dia mais tarde) sejam colectivos e não como tem acontecido até ao momento exclusividade dos EUA.

Neste momento o Irão é um estado XIITA, a SÌRIA é XIITA, o Líbano não o sendo existe uma intenção declarada do movimento XIITA do HEZBOLLHA de o tornar à força assim como na palestina, o movimento tambem ele XIITA do HAMAS o está a fazer.

O Mapa entre ISRAEL e o IRÂO ficará da mesma cor. Estupidamente a Europa pactua com tudo isto esquecendo que tambem ela mais tarde será alvo da tentativa de islamização de todo o mundo.

Triste como quando um país livre como Israel responde a uma semana de ataques de um grupo terrorista ainda se fala em resposta desproporcionada.

Triste, que depois de Israel ter feito o mesmo ao HEZBOLLHA no Líbano, e retirado, com mediadores ocidentais testemunhas da proposta efectuada pelo HEZBOLLHA, de entregarem os soldados Israelitas que haviam sido raptados com vida, a qual não foi cumprida.

Foram entregues sim, mas mortos e ao fim de muito mais tempo do que o esperado.

O mundo e essencialmente a Europa assiste numa poltrona a tudo isto, da mesma forma que assistiu sem uma única notícia nos seus órgãos de informação ao massacre de 180.000 XIITAS às mão de Sadam, claro, todos sabiam que a queda deste romperia com o equilíbrio naquela zona na medida em que o mesmo era Sunita.


Não me irei alongar mais. Peço no entanto que ponham os vossos olhos na Índia e no Paquistão. Tudo o que falei anteriormente e mais concretamente os intereses globais do islamismo estão em curso nessa zona. Já vai longe, e a Europa não acorda.

################################################
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por atomez » 31/12/2008 13:27

O sr. Jotabilo vive no século XIX. Mas nós já estamos no XXI.

Nesta altura já existe a potência aérea. E actua em qualquer clima.

Até o IDF (Israel Defense Forces) já tem um canal de informação no YouTube http://www.youtube.com/user/idfnadesk

Que diria disto o Napoleão?
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Mapa Xiita

por cest » 31/12/2008 13:27

1. O tipo de guerra, é posto em prática de acordo com o poderio de cada facção que está envolvida em determinado objectivo. Se entendermos que uma guerra mundial é aquela em que envolve a maior parte do globo, então ela já começou. Afinal o terrorismo não é também uma forma de se atingir ou pelo menos de lutar por determinado objectivo? Assim sendo, com ataques confirmados nos EUA, Inglaterra, Espanha, Rússia, China pouco sobra do globo, ou mais concretamente, sobram as zonas onde a guerra praticamente não pára; África, América central e do sul e Médio Oriente. Ok, também já percebi porque é que os países escandinavos economicamente são o que são, afinal por norma têm estado bem longe destas confusões. Creio que toda a gente percebeu, afinal existe há muito uma guerra escondida que tem sido movida por extremistas islâmicos e que a Europa ou por medo ou por interesse não quer acreditar que está envolvida nela. A AL QAEDA, assume que quer implantar um estado islâmico em todo o mundo, logo, a Europa contrariamente ao que possam pensar os seus estúpidos líderes pertencem a este mundo e não a qualquer outro. Mais cedo ou mais tarde a Europa que por acaso está cada vez mais enfraquecida, terá de acordar para esta nova realidade, e se repararem bem , contrariamente ao que se possa pensar, a eleição de Obama vai obrigar a que o envolvimento dos esforços de guerra no Afeganistão (para já) e provavelmente no Iraque e palestina (um dia mais tarde) sejam colectivos e não como tem acontecido até ao momento exclusividade dos EUA. Neste momento o Irão é um estado XIITA, a SÌRIA é XIITA, o Líbano não o sendo existe uma intenção declarada do movimento XIITA do HEZBOLLHA de o tornar à força assim como na palestina, o movimento tambem ele XIITA do HAMAS o está a fazer. O Mapa entre ISRAEL e o IRÂO ficará da mesma cor. Estupidamente a Europa pactua com tudo isto esquecendo que tambem ela mais tarde será alvo da tentativa de islamização de todo o mundo. Triste como quando um país livre como Israel responde a uma semana de ataques de um grupo terrorista ainda se fala em resposta desproporcionada. Triste, que depois de Israel ter feito o mesmo ao HEZBOLLHA no Líbano, e retirado, com mediadores ocidentais testemunhas da proposta efectuada pelo HEZBOLLHA, de entregarem os soldados Israelitas que haviam sido raptados com vida, a qual não foi cumprida. Foram entregues sim, mas mortos e ao fim de muito mais tempo do que o esperado. O mundo e essencialmente a Europa assiste numa poltrona a tudo isto, da mesma forma que assistiu sem uma única notícia nos seus órgãos de informação ao massacre de 180.000 XIITAS às mão de Sadam, claro, todos sabiam que a queda deste romperia com o equilíbrio naquela zona na medida em que o mesmo era Sunita.

Não me irei alongar mais. Peço no entanto que ponham os vossos olhos na Índia e no Paquistão. Tudo o que falei anteriormente e mais concretamente os intereses globais do islamismo estão em curso nessa zona. Já vai longe, e a Europa não acorda.
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por Woodhare » 31/12/2008 12:02

Crómio Escreveu:E o misticismo não religioso?


O misticismo existe em todas as religiões crómio talvez exceptuando o cristianismo de influência calvinista que despreza experiências místicas.
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por mais_um » 31/12/2008 11:13

PIKAS Escreveu:
Letras à parte, a IIIª Guerra Mundial já começou ou [ainda] não?

Um abraço,
MozHawk


Existe de alguns anos a esta parte um novo conceito de guerra: a guerra assimétrica.
É o oposto ao conceito que saiu da segunda guerra mundial e que vigorou durante toda a guerra fria ( nato/pacto de varsóvia/invasão da europa por meios blindados/oposição aérea em primeira linha/reforço dos exércitos no solo europeu/oposição terrestre e, se mais nada houver a fazer, colocação em linha de armas atómicas, etç, etç. ) até há alguns poucos anos.
No final desta escalada que até seria razoávelmente rápida, haveria que contabilizar milhões de mortos ( mais civis e menos beligerantes ).
Isto pressupunha que a guerra era ganha pela teconologia e pela máquina ( obús, tanque, avião, bomba, radar, etç, etç, ) o que, sem sombra de dúvida, dá total vantagem às potencias industriais e tecnológicas.
O conceito de guerra assimétrica é agora amplamente debatido nas escolas militares e, inclusivé, grande parte do material militar que é hoje fabricado já obedece às suas regras.
O exemplo prático que é apontado é o teatro do Afeganistão. De um lado uma super-potência e seus aliados carregados de teconologia, comunicações, meios aéreos, informações e poder de fogo. Do outro lado, combatentes espartanos, dotados de armas ligeiras e explosivos potentes tipo minas anti-carro, altamente motivados nem que seja por questões religiosas, e adivinha-se quem sairá melhor desta guerra?
Aqui é que está a questão.
A guerra já existe, a guerra já faz em todo o mundo, por ano, centenas de milhar de mortos mas, aos nossos olhos, o mundo está em paz.
É um novo tipo.
E pode-se dizer: está bem, isso é em alguns países de África, na Ásia, na América Latina. Então e a Europa? quantos milhares de europeus morreram devido à guerra nos últimos cinco anos?
Concluindo: a I e II guerra tiveram uma matriz que até as tornou semelhantes.
Se julgarmos que a III guerra terá igual matriz, estamos enganados tanto mais que a prosperidade material dos povos domina, a informação a que os povos tem acesso é maior, a inter-dependência económica é grande as instituições agora funcionam e a capacidade bélica é controlável. Tantos mais que só se reconhece uma super-potência.
Mas será que a III guerra será assim?
Cumprimentos,


Caro Pikas,

Permita-me que discorde, o que existe no Afeganistão é uma guerra de guerrilha, como existiram outras no passado, se agora tem o nome de guerra assimetrica, tudo bem, para mim é guerrilha, como foi no Vietname, nas colonias portuguesas e como alguém referiu já Viriato a praticava.

Para mim o conceito de guerra mundial é um conflito generalizado entre 2 blocos à escala planetária, que envolve um numero significativo de nações. Tendo em conta a realidade geopolitica actual parece-me dificil num curto espaço de tempo existir condições para despoletar uma 3ª guerra mundial.

Após a 2ª guerra mundial tivemos bastantes conflitos regionais, alguns deles que poucos se lembram ou sabem, nomeadamente a Guerra da Coreia, a guerra India/China(1962), India/Paqusitão (1947,1965,1971) as 3 guerras Israel/Arabes, etc...na realidade o mundo nunca esteve em paz desde a 2ª guerra mundial.

O periodo mais longo em que a Europa esteve em paz foi desde a 2ª guerra mundial até ao conflito da Ex-Jugoslavia. Nos varios conflitos regionais que ocorreram após a 2ª guerra mundial morreram bastantes Europeus, basta lembrar as guerras de libertação contra franceses, ingleses e portugueses.

Um abraço

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Re: comentário

por mais_um » 31/12/2008 10:23

jotabilo Escreveu:Caro mais um

A força aérea é apenas um vector do combate...e só a ocupação do território torna efectiva a vantagem estratégica a obter. As forças terrestres têm de ocupar ou, no mínimo, controlar os locais e recursos em disputa.
Não concordo contigo nessa da guerra ser só aérea...pode ser um factor preponderante no potencial relativo de combate, decisório até, mas só a ocupação ou controlo do território torna efectiva a conquista dos objectivos delineados.
A palestina é e sempre foi, um elemento perturbador do médio oriente. Ele é acionado por potências interessadas na desestabilização dessa zona da terra.
Como podes comprovar, a europa terrestre, vai apoiando a rebeldia dos palestinianos, dissimulando bem as suas intenções, mas sempre alimentando a milenar desidência entre filisteus e judeus.
Por outro lado a potência marítima (USA-UK) apoiam e protegem os israelitas como é aparente.
Logo, reafirmo aquilo que é conhecimento comum dos estrategas a palestina é um elemento perturbador do médio oriente, em favor dos reais contendores antagonistas em interesses nos mercados primários dos recursos dessa região...como seja o petróleo e venda de indústrias como sejam, a quimica, a metalomecânica, ... e essencialmente a nuclear.
Por via disso sucederam a primeira e segunda invasões do iraque pela potência marítima. Na primeira invasão foram expulsas do médio oriente muitas empresas franceas, belgas , holandesas e alemãs...que enriqueciam de tal modo que a europa sonhou com a unidade política que o tratado de maastrich pretendia concretizar....após essa primeira invasão a europa unida marcou passo....a potência marítima tinha demonstrado o seu poder..
Não te deixes iludir com a propaganda....a luta é travada todos os dias...embora seja escondida atrás de uma propaganda que faz dos islamitas os maus da fita...quando são apenas meros executores de acções a mando das duas potências em conflito dissimulado e difícil término.

cumps


Caro Jotabilo,

A génese do conflito Israel/Árabe é bem mais profunda do que descreveste, dava para passarmos horas a trocar impressões sobre o tema e sem dúvida que seria uma conversa interessante.

Um conflito entre Israel e o Irão será sempre por meios aéreos já que geograficamente é praticamente impossível existir uma confrontação terrestre, pelo menos enquanto os americanos estiverem no Iraque.

A doutrina de defesa israelita foi e é, não estar dependente dos interesses estratégicos de outras potências para assegurar a sua defesa, ficou celebre uma frase de um 1º ministro israelita, que nenhum presidente americano trocaria Nova Iorque por Telavive. Neste sentido Israel tudo fez (e conseguiu) ter uma força nuclear própria que tem servido de dissuasão perante os estados Árabes. Outro vector da doutrina de defesa Israelita é impedir que qualquer estado Árabe tenha armamento nuclear, ficou celebre o raid feito no Iraque nos anos 80, para destruir uma central nuclear em construção e já recentemente um raid na Síria com um fim semelhante.

No caso do Irão chegar a estar próximo de conseguir construir ogivas nucleares, não me espanta que Israel faça um ataque preventivo devastador de modo a eliminar a capacidade de construção de armamento nuclear, já que o Presidente do Irão jurou destruir Israel. E neste caso é irrelevante a estação do ano.

Um abraço

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por mcarvalho » 31/12/2008 9:34

""Passamos metade da vida a dar cabo da saúde para ter dinheiro e a outra metade a dar cabo do dinheiro para ter saúde""... que vida

:oops:

Se quer que lhe sorriam... sorria também..

BOM DIA a todos
com o desejo de 2009 DIFERENTE :wink:

um abraço
mcarvalho

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por atomez » 31/12/2008 2:57

Jesus saves.

Buddha does incremental backups.
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por Crómio » 31/12/2008 2:00

E o misticismo não religioso?
There are two kinds of investors: those who don't know where the market is headed, and those who don't know that they don't know.

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comentário

por jotabilo » 31/12/2008 1:32

Caros

O vídeo é uma visão muito incompleta e tendenciosa da evolução das religiões no planeta terra.

Importa distinguir, para além de um berço inicial, dois grandes tipos de religiões...as proféticas....e as místicas.
Nas proféticas e num sentido evolucionista da relação da divindade perante o homem, temos o judaísmo, o cristianismo e o islamismo.São religiões com o mesmo pradigma social e moral...os ditames de moisés são-no para todas as três. no judaísmo temos uma divindade transcendente e mandona, ou seja , impõe as sua orientações através de alianças e mandamentos e enviando profetas.... no cristianismo a divindade encarna a condição humana para melhor orientaro homem na sua redenção....no islamismo a divindade integra o homem na sua condição de sacralidade dado que alá é absolutp e transcendente....moisés e cristo são apenas profetas de alá...mohamad é apenas o último dos profetas...

o outro grande tipo de religiões são as reliiões místicas ....que da ssassânida no mar cáspio, migraram para a península do industão...de onde originaramo induísmo....Nesta religiãi não existe o factor tempo para a rdenção....o nirvana atinge-se num momento eterno, ou seja tudo depende do desprendimento do homem no seguimentos dos yogas e das upanishads....ou seja o homem atinge o absoluto num momento ou numa eternidade ,,tudo dependendo da ascese que pode atingir.

O budismo nada mais é do que o retorno à pureza do induismo feito por Buda.

Importa reter que estas religiões(místicas e proféticas) tiveram uma origem comum que foi constituída pelo profeta zaratustra que pela primeira vez relacionou a divindade dom o homem.
Anteriormente a ele a divindade era uma entidade cósmica no unierso do homem que apenas cumpria ritos e sacrifícios para apaziguar a suas iras, e sem qualquer orientação divina para poder optar entre o que era o bem e o que era o mal.

Coisas.


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pode ser...?!

por nov71 » 31/12/2008 1:10

e porque não associar esta "guerra" á queda do preço do petroleo?

Esta guerrita deve agradar aos magnatas do petroleo...será que não estão por tras deste novo acicatar... uma vez que o abaixamento de produção nao fez o ofeito que desejariam...

...muito estranho agora que o infiel mais infiel de todos (bush)vai embora e que o novo jesus desceu á terra (obama)...rebenta de novo a guerra quando tudo levava a crer que obama iria rsolver este conflito.

Para mim os donos do ouro negro estão por de tras disto... :twisted:

BN
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por MNFV » 31/12/2008 1:08

5000 anos de fé em minuto e meio.

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comentário

por jotabilo » 31/12/2008 1:01

Caro petrónio (o homem mais elegante e bem vestido de roma)

A russia sempre pertenceu à potência terrestre (tanto em Mahan como em mackinder)
A china segue ainda e apenas uma lógica de mercado.Politicamente ainda é uma carta fora do baralho. Talvez venha a ser influente mas por agora continua no seu espirito de formiga. A Índia tem um potencial humano impressionante e isso ainda é um mercado primário a explorar pelas duas potências ocidentais. O meu primeiro microondas foi feito na suècia e passados vinte anos, comprei um outro microondas da mesma marca, que era fabricado em hong kong (china).
Quer dizer, aqui o recurso a explorar é a mão de obra barata.
Podemos agora ver a importância da china e da índia, Face a esta crise os mercados emergentes começam a fraquejar. De resto até se pode pensar que esta crise foi proclamada e artificialmente gerada em vista dese fim que era esmorecer essa emergência. A ver vamos.
Já ouviste falar da eurásia e de certeza que tb já delineaste a fronteira de interesse da potência marítima que nasce no ìndico passa pela paquistão, afeganstão, mar cáspio, tetchénia, ossetia, mar negro e balcâs.
A desestabilização da ex-jugoslávia, da Bósnia hercegónia, do Kosovo, da croácia, da Sérvia, não são estranhas a esse modelo geopolítico cuja geoestratégia persegue a sua concretização.
Enfim, temos de olhar geograficamente o mapa mundi.
Claro que a geografia que devemos considerar não é, somente, a horizontal, mas tb a vertical, ou seja, os recursos humanos e materiais das regiões, as potencialidades, os mercados..and so on.

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comentário

por jotabilo » 31/12/2008 0:15

Caros

Já em den bien fu os franceses travaram uma guerra assimétrica....de resto os viriatos ou viriato também o fizeram com os romanos... a guerra de guerrilha é uma guerra assimétrica...o terrorismo é uma fase da insurreição em ambiente assimétrico...sim, apenas uma remodelação do conceito de acção que como tal, é dinâmico e sempre mutante.


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por PETRONIO » 31/12/2008 0:14

Jotabilo, leio atentamente os comentários.
Tens uma teoria curiosa , entre a confrontação diaria entre dois blocos.
Qual é o papel actual da Rússia e China neste jogo ?
Concordo que existe uma luta surda entre multinacionais, e que estão ligadas a governos.
Mas o mundo está a mudar e o bloco centro europeu está a enfraquecer.
É curioso que Portugal continua a apostar no poder maritimo, mas com um pé no continente.
Salazar durante a guerra colonial, jogou de uma forma brilhante, entre esses dois blocos, basta ver a forma como a França e Alemanha estavam a fornecer material guerra.
É curioso que Charles de Gaulle , justificava a ajuda a Portugal, como uma "divida" de "favores" durante a II Guerra Mundial ( mas que tipo de favores ? )
Jean Moulin esteve diversas vezes em Lisboa, mas ....
 
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por PIKAS » 31/12/2008 0:00

Letras à parte, a IIIª Guerra Mundial já começou ou [ainda] não?

Um abraço,
MozHawk


Existe de alguns anos a esta parte um novo conceito de guerra: a guerra assimétrica.
É o oposto ao conceito que saiu da segunda guerra mundial e que vigorou durante toda a guerra fria ( nato/pacto de varsóvia/invasão da europa por meios blindados/oposição aérea em primeira linha/reforço dos exércitos no solo europeu/oposição terrestre e, se mais nada houver a fazer, colocação em linha de armas atómicas, etç, etç. ) até há alguns poucos anos.
No final desta escalada que até seria razoávelmente rápida, haveria que contabilizar milhões de mortos ( mais civis e menos beligerantes ).
Isto pressupunha que a guerra era ganha pela teconologia e pela máquina ( obús, tanque, avião, bomba, radar, etç, etç, ) o que, sem sombra de dúvida, dá total vantagem às potencias industriais e tecnológicas.
O conceito de guerra assimétrica é agora amplamente debatido nas escolas militares e, inclusivé, grande parte do material militar que é hoje fabricado já obedece às suas regras.
O exemplo prático que é apontado é o teatro do Afeganistão. De um lado uma super-potência e seus aliados carregados de teconologia, comunicações, meios aéreos, informações e poder de fogo. Do outro lado, combatentes espartanos, dotados de armas ligeiras e explosivos potentes tipo minas anti-carro, altamente motivados nem que seja por questões religiosas, e adivinha-se quem sairá melhor desta guerra?
Aqui é que está a questão.
A guerra já existe, a guerra já faz em todo o mundo, por ano, centenas de milhar de mortos mas, aos nossos olhos, o mundo está em paz.
É um novo tipo.
E pode-se dizer: está bem, isso é em alguns países de África, na Ásia, na América Latina. Então e a Europa? quantos milhares de europeus morreram devido à guerra nos últimos cinco anos?
Concluindo: a I e II guerra tiveram uma matriz que até as tornou semelhantes.
Se julgarmos que a III guerra terá igual matriz, estamos enganados tanto mais que a prosperidade material dos povos domina, a informação a que os povos tem acesso é maior, a inter-dependência económica é grande as instituições agora funcionam e a capacidade bélica é controlável. Tantos mais que só se reconhece uma super-potência.
Mas será que a III guerra será assim?
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comentário

por jotabilo » 30/12/2008 23:50

Caro mais um

A força aérea é apenas um vector do combate...e só a ocupação do território torna efectiva a vantagem estratégica a obter. As forças terrestres têm de ocupar ou, no mínimo, controlar os locais e recursos em disputa.
Não concordo contigo nessa da guerra ser só aérea...pode ser um factor preponderante no potencial relativo de combate, decisório até, mas só a ocupação ou controlo do território torna efectiva a conquista dos objectivos delineados.
A palestina é e sempre foi, um elemento perturbador do médio oriente. Ele é acionado por potências interessadas na desestabilização dessa zona da terra.
Como podes comprovar, a europa terrestre, vai apoiando a rebeldia dos palestinianos, dissimulando bem as suas intenções, mas sempre alimentando a milenar desidência entre filisteus e judeus.
Por outro lado a potência marítima (USA-UK) apoiam e protegem os israelitas como é aparente.
Logo, reafirmo aquilo que é conhecimento comum dos estrategas a palestina é um elemento perturbador do médio oriente, em favor dos reais contendores antagonistas em interesses nos mercados primários dos recursos dessa região...como seja o petróleo e venda de indústrias como sejam, a quimica, a metalomecânica, ... e essencialmente a nuclear.
Por via disso sucederam a primeira e segunda invasões do iraque pela potência marítima. Na primeira invasão foram expulsas do médio oriente muitas empresas franceas, belgas , holandesas e alemãs...que enriqueciam de tal modo que a europa sonhou com a unidade política que o tratado de maastrich pretendia concretizar....após essa primeira invasão a europa unida marcou passo....a potência marítima tinha demonstrado o seu poder..
Não te deixes iludir com a propaganda....a luta é travada todos os dias...embora seja escondida atrás de uma propaganda que faz dos islamitas os maus da fita...quando são apenas meros executores de acções a mando das duas potências em conflito dissimulado e difícil término.


cumps
Editado pela última vez por jotabilo em 31/12/2008 0:02, num total de 1 vez.
 
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por MNFV » 30/12/2008 23:31

«(...)
Mais uma guerra sem razão
Já são tantas as crianças
Com armas na mão
Mas explicam novamente
Que a guerra gera empregos
e aumenta a produção...

Uma guerra sempre avança
A tecnologia
Mesmo sendo guerra santa
Quente, morna ou fria
Prá que exportar comida?
Se as armas dão mais lucros
Na exportação...

Existe alguém
Que está contando com você
Prá lutar em seu lugar
Já que nessa guerra
Não é ele quem vai morrer...

E quando longe de casa
Ferido e com frio
O inimigo você espera
Ele estará com outros velhos
Inventando
Novos jogos de guerra...

Que belíssimas cenas
De destruição
Não teremos mais problemas
Com a superpopulação...

Veja que uniforme lindo
Fizemos prá você
Lembre-se sempre
Que Deus está
Do lado de quem vai vencer...
(...)»

A Canção Do Senhor Da Guerra - Legião Urbana
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Re: comentário

por mais_um » 30/12/2008 22:45

jotabilo Escreveu:Caro mais-um

Inteiramente de acordo...nada contraria aquilo que afirmei.


cumps


Caro Jotabilo,

Concordo com quase tudo que escreveste, excepto a parte de um conflito Irão/Israel ter que esperar pela Primavera, já que este conflito a existir será apenas por meios aereos, e terá inicio por parte do Irão quando tiverem armas nucleares ou por Israel quando pensarem que o Irão está quase a ter armas nucleares. Mas espero estar enganado.....
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por mais_um » 30/12/2008 22:33

MozHawk Escreveu:Letras à parte, a IIIª Guerra Mundial já começou ou [ainda] não?

Um abraço,
MozHawk


Na minha opinião não, uma guerra mundial é um conflito à escala planetária entre 2 blocos e só há 1 país com capacidade para o fazer em termos convencionais, os EUA. Pode aparecer alianças que criem um bloco com capacidade mais alargada, tipo China/Russia, mas actualmente não tem capacidade para enfrentar os EUA em qualquer parte do planeta.

Em termos nucleares tens 5 paises com capacidade provada para atingir qualquer ponto no planeta: EUA, Russia, China, Grã-Bretanha e França.

Podem aparecer varios conflitos regionais ao mesmo tempo mas não considero isso uma guerra mundial, tipo um conflicto India/Paquistão e outro Israel/Arabes. Situações semelhantes aconteceram após a 2ª guerra mundial e nunca foi considerado ser uma guerra mundial.

Agora que existem rastilhos meio acesos para iniciar vários conflictos regionais há....

Um abraço

Alexandre Santos
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