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Caldeirão da Bolsa

Off-Topic: Finalmente a (auto) avaliação dos professores

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por bossas » 4/12/2008 20:56

majomo Escreveu:(...)Vocês sabem que cada vez mais os professores são "obrigados" a aplicar medidas de avaliação especial a muitos alunos (os antigos 319, alunos do ensino especial e que agora fruto das "boas" politicas deste governo, como medida economicista, retirou os apoios e são integrados nas turmas como alunos com as mesmas capacidades de aprendizagem que todos os outros...)?!

Uma as medidas, no caso destes alunos, é fazer testes adaptados a estes alunos, pois caso contrário jamais conseguem tirar positiva, e mesmo assim... enfim.

E os alunos de uma comunidade difícil, têm as mesmas notas que os alunos de comunidades menos problemáticas?

(...)


Alto la...

NEEs não fazem exame.

os exames teriam de ser determinantes para a "progressão" do aluno.

A avaliação é sobre a medida de diferença entre as notas que o professor deu aos seus alunos, e a que os alunos tiram no exame. Essa seria a aferição para a qualidade da avaliação do professor.

Exames nacionais, não elaborados pelo ministério mas por uma instituição científica para evitar manipulações como temos vindo a assitir.

Num area socio-economica problemática ou num bairro de luxo, as diferenças entre as notas dos exames e as atribuidas pelo professor só variam se o professor não soube dar as notas, as inflacionou, ou deflacionou.

Há uma série de premissas que precisam de ser mudadas, para que a avaliação não seja "ferramenta de progressão na carreira" mas aquilo que deve ser: instrumento de medida e melhoria de padrões de QUALIDADE.

O que estou a tentar dizer, é que é preciso esquecer a forma como se tem pensado a educação até aqui. Não serve.

É preciso abrir as mentes
Editado pela última vez por bossas em 4/12/2008 20:57, num total de 1 vez.
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por majomo » 4/12/2008 20:41

Peço desculpa mas apenas li os últimos posts na diagonal, terei oportunidade de entrar na discussão numa outra altura em que tenha mais tempo (escusado será dizer que um professor, mesmo em casa nunca está sem trabalho... :roll: )

Mas, apercebi-me que vocês insistem na questão das notas dos alunos.

Será que ainda não perceberam que os alunos não são máquinas em que o professor aperta um parafuso ou substitui uma peça e todos ficam a trabalhar de forma igual...

Isto é, como é possível avaliar os professores colocando todos os alunos no mesmo saco, através de simples exames?!

Vocês sabem que cada vez mais os professores são "obrigados" a aplicar medidas de avaliação especial a muitos alunos (os antigos 319, alunos do ensino especial e que agora fruto das "boas" politicas deste governo, como medida economicista, retirou os apoios e são integrados nas turmas como alunos com as mesmas capacidades de aprendizagem que todos os outros...)?!

Uma as medidas, no caso destes alunos, é fazer testes adaptados a estes alunos, pois caso contrário jamais conseguem tirar positiva, e mesmo assim... enfim.

E os alunos de uma comunidade difícil, têm as mesmas notas que os alunos de comunidades menos problemáticas?

Ou seja, coloquem um bom professor com maus alunos e um mau professor com bons alunos... façam um exame nacional e que resultados esperam ter?

E depois há outra variável que é exterior ao professor, a vontade do aluno em realizar o exame e as consequências para a vida do aluno.

Neste momento, os exames têm pouco peso(e não vou agora discutir se é bom ou mau), isto é, um aluno que tenha positiva no final do ano lectivo dificilmente tira negativa, mesmo tirando negativa no exame...
Acham que estes alunos vão encarar o exame ao máximo?

Claro que não... e falo por experiência própria, na preparação para os exames de matemática, onde os alunos mesmo em aulas extras de preparação para o exame faltam porque não lhes apetece ter mais aulas e, claro, depois as notas são piores que o esperado.

É justo penalizar um professor que fez o máximo por estes alunos?

Enfim... como vocês não estão certamente dentro de todas as variáveis do ensinam, pensam que tudo é linear...

A menos que para vocês um bom professor é aquele que tem a sorte de apanhar alunos sem problemas e com boas capacidades de aprendizagem, em detrimento de um professor que mesmo tendo boas estratégias de ensino, apenas consegue recuperar uma parte dos alunos...

Avaliar um professor não é como avaliar uma outra profissão qualquer onde as variáveis são lineares e facilmente quantificáveis...

E isto é o maior erro que se está a fazer ao querer avaliar os professores como todos os outros.

Cumps.
Como se ganha dinheiro na bolsa?!
-Devo usar STOP's
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-Não posso transformar um lucro em perda
-Devo cortar as perdas e deixar correr os ganhos
-As ações podem subir/descer mais do que penso e mais rápido
-Cumprir as regras anteriores...
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por iurp » 4/12/2008 20:28

TRSM

O que me levou a responder à tua mensagem, é a precipitação no comentário a uma noticia. Quando ouvires na íntegra o que a ministra disse, vais verificar que ela disse isso apenas para não pensarem que não é inflexível.


Tens razão. Ela não quer que pensem que não é inflexível.

Mas não podemos ter gente dessa a governar-nos em matérias cruciais como é o futuro do nosso povo - os jovens que estão nas escolas e aos quais devemos dar o nosso melhor para garantir a melhoria da qualiade e do desenvolvimento do nosso país,

grande abraço
 
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por iurp » 4/12/2008 20:24

[quote="nunofaustino

Então isso quer dizer que concordas com a auto-avaliação e a co-avaliação proposta pelos sindicatos como modelo de avaliação?

Um abr
Nuno[/quote]

Se a ministra diz, o que não é verdade, que os professores não são avaliados há 30 anos não estou a ver qual o problema de se "perder" mais um e arranjar um modelo consensual, equilibrado e que dê garantias que os professores possam fazer aquilo para o qual os contribuintes portugueses pagam que é: ensinar.

Eu percebo que não tendo vivido estes últimos tempos numa escola portuguesa, as pessoas não dominem ou não consigam abarcar todos od domínios quen estão em questão. Vocês falam de princípios - a avaliação é um bem necessário - eu concordo, mas temos que perceber as especificidades de cada profissão.

Já imaginaram um médico a dar uma consulta e a ter outro ao lado a avaliá-lo, tendo esse médico mais de 30 anos de carreira? E que interessa que o avaliador vá lá 3 vezes vê-lo a consultar? Que mais valia existe para o avaliado? E claro que a realidade está distorcida, já que os pressupostos não são os reais.

É necessária uma avaliação em que os professores sintam que ela contribui para melhorar asua acção. E este modelo não tem isso em conta.

Nuno, a complexidade do processo ensino-aprendizagem é elevado e não está ao alcance de todos e por isso alguns poderão estar na profissão sem terem mérito para isso. Mas...percebam que é muito mais complicado p+erceber quem não vive o dia a dia desse processo.

grande abraço
 
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por bossas » 4/12/2008 20:19

rmachado Escreveu:Numa leitura diagonal, parece-me que a proposta de mudar o modelo no ensino básico é fulcral.

Quase todos, se não todos os pedagogos, dizem ser esse o ciclo mais importante no desenvolvimento de um aluno.

Posso o dizer por experiênica própria e por comparação familiar directa.

Outra coisa "gira".
Recentemente em conversa com uma professora que agora dá aulas no nono ano, ela falou-me de um real problema do sistema que parece que passa despercebido a opinião pública.
O facilitismo com que se chega ao nono ano e a percepção dessa realidade pelos alunos, que neste ano têm um "choque térmico" pois apercebem-se que terminou o "regabofe".. mas entetanto o mal está feito e depois é uma chatice.
Mas este tipo de coisas passa ao lado da opinião pública e não se fazem greves por isto.


esse aspecto tem sido focado regularmente. Inclusivé subverte esta proposta de avaliação, uma vez que professores da escolaridade obrigatória terão sempre (ou quase) 100% (ou quase) na vertente de resultados dos alunos.

Que fará um professor do secundário perante esta realidade? baixa a fasquia e inflaciona as notas... é o pé na porta, para logo de seguida passarmos a escolaridade obrigatória de 12 anos (o que não seria mau, mas se fosse a sério) Assim, em vez de 9 anos de brincadeira, são 12, até entrarem na faculdade...
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por nunofaustino » 4/12/2008 20:10

iurp Escreveu:Oh TRSM, nem pareces um homem do Norte!!!

Ainda não percebeste que quem está a comandar isto são os professores e não os sindicatos. estes é que tiveram que se pôr ao passo dos professores porque andavam com ele um bocado trocado.
E se o modelo é tão vom, apresenta reais garantias para a qualidade do ensino, porque é que a ministra põe a hipótese de o substituir e os professores que trabalham no dia a dia nas escolas o rejeitam na sua quase totalidade?

Pensa TRSM...porque de burro não tens nada.

Grande abraço


Então isso quer dizer que concordas com a auto-avaliação e a co-avaliação proposta pelos sindicatos como modelo de avaliação?

Um abr
Nuno
Pluricanal... não obrigado. Serviço péssimo e enganador!!!
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por TRSM » 4/12/2008 20:09

iurp Escreveu:[quote="TRSM
Seria melhor ouvir tudo o que disse a ministra, antes de se tirar conclusões precipitadas. Ela até pode vir a substituir no próximo ano o modelo, o que é quase garantido é que não vai ser com estes senhores do sindicato que vos representam


Oh TRSM, nem pareces um homem do Norte!!!

Ainda não percebeste que quem está a comandar isto são os professores e não os sindicatos. estes é que tiveram que se pôr ao passo dos professores porque andavam com ele um bocado trocado.
E se o modelo é tão vom, apresenta reais garantias para a qualidade do ensino, porque é que a ministra põe a hipótese de o substituir e os professores que trabalham no dia a dia nas escolas o rejeitam na sua quase totalidade?

Pensa TRSM...porque de não tens nada.

Grande abraço[/quote]

Tomei a liberdade de retirar o "burro"

:wink: espero que não fiques incomodado.

O que me levou a responder à tua mensagem, foi a precipitação no comentário a uma noticia. Quando ouvires na íntegra o que a ministra disse, vais verificar que ela disse isso apenas para não pensarem que não é inflexível.
Editado pela última vez por TRSM em 4/12/2008 20:25, num total de 2 vezes.
 
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por iurp » 4/12/2008 20:02

[quote="TRSM
Seria melhor ouvir tudo o que disse a ministra, antes de se tirar conclusões precipitadas. Ela até pode vir a substituir no próximo ano o modelo, o que é quase garantido é que não vai ser com estes senhores do sindicato que vos representam[/quote]

Oh TRSM, nem pareces um homem do Norte!!!

Ainda não percebeste que quem está a comandar isto são os professores e não os sindicatos. estes é que tiveram que se pôr ao passo dos professores porque andavam com ele um bocado trocado.
E se o modelo é tão bom, apresenta reais garantias para a qualidade do ensino, porque é que a ministra põe a hipótese de o substituir e os professores que trabalham no dia a dia nas escolas o rejeitam na sua quase totalidade?

Pensa TRSM...porque de burro não tens nada.

Grande abraço
Editado pela última vez por iurp em 4/12/2008 20:10, num total de 1 vez.
 
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por TRSM » 4/12/2008 19:40

iurp Escreveu:
Maria de Lurdes Rodrigues no Parlamento
Ministra admite substituir modelo de avaliação
A ministra da Educação admite que o modelo de avaliação dos professores possa ser substituído no próximo ano lectivo. Maria de Lurdes Rodrigues, que está a ser ouvida na Assembleia da República, afirmou estar “disposta a estudar todas as formas de melhorar o actual modelo de avaliação, mesmo substituí-lo, se necessário, de forma a cumprir com os objectivos, mas só depois de aplicado”.


“Uma vez iniciada uma avaliação séria, estou totalmente aberta a discussões para alterar este modelo, ou mesmo proceder à sua substituição por outro modelo de avaliação melhor, mas em anos seguintes”, sublinhou a ministra, reiterando: “O modelo pode ser corrigido ou até substituído, mas primeiro tem de ser aplicado”



No debate de urgência, convocado pelo Bloco de Esquerda, o deputado Luís Fazenda pediu a suspensão do processo: “O modelo que era uma convicção da ministra já foi retalhado e alterado, pois então que se suspenda. Quem admite a substituição, devia aceitar também a suspensão”.



A sessão estava marcada para as 15h00, mas iniciou-se com uma hora depois devido ao atraso da ministra. O debate prossegue no Parlamento.

Bernardo Esteves


Presa por arames...já admite tudo. Como é possível?!!! Só que os professores não vão na conversa porque a estratégia do ministério é pôr em andamento de qualquer maneira este modelo e depois...agora amarguem com ele. Fica a divisão dos professores feita em titulares e não titulares que é a pedra basilar para a sustentação do deste modelo economicista. E agora marquem passo durante anos porque progredir é quase para nenhuns professores.

Mais uma vez a porem poeira nos olhos...acabou-se-lhes a vergonha.

Um país que tem uma ministra com esta desfaçatez não merece realmente estar no meio dos países desenvolvidos.


abraço


Seria melhor ouvir tudo o que disse a ministra, antes de se tirar conclusões precipitadas. Ela até pode vir a substituir no próximo ano o modelo, o que é quase garantido é que não vai ser com estes senhores do sindicato que vos representam
 
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por iurp » 4/12/2008 19:33

Maria de Lurdes Rodrigues no Parlamento
Ministra admite substituir modelo de avaliação
A ministra da Educação admite que o modelo de avaliação dos professores possa ser substituído no próximo ano lectivo. Maria de Lurdes Rodrigues, que está a ser ouvida na Assembleia da República, afirmou estar “disposta a estudar todas as formas de melhorar o actual modelo de avaliação, mesmo substituí-lo, se necessário, de forma a cumprir com os objectivos, mas só depois de aplicado”.


“Uma vez iniciada uma avaliação séria, estou totalmente aberta a discussões para alterar este modelo, ou mesmo proceder à sua substituição por outro modelo de avaliação melhor, mas em anos seguintes”, sublinhou a ministra, reiterando: “O modelo pode ser corrigido ou até substituído, mas primeiro tem de ser aplicado”



No debate de urgência, convocado pelo Bloco de Esquerda, o deputado Luís Fazenda pediu a suspensão do processo: “O modelo que era uma convicção da ministra já foi retalhado e alterado, pois então que se suspenda. Quem admite a substituição, devia aceitar também a suspensão”.



A sessão estava marcada para as 15h00, mas iniciou-se com uma hora depois devido ao atraso da ministra. O debate prossegue no Parlamento.

Bernardo Esteves


Presa por arames...já admite tudo. Como é possível?!!! Só que os professores não vão na conversa porque a estratégia do ministério é pôr em andamento de qualquer maneira este modelo e depois...agora amarguem com ele. Fica a divisão dos professores feita em titulares e não titulares que é a pedra basilar para a sustentação do deste modelo economicista. E agora marquem passo durante anos porque progredir é quase para nenhuns professores.

Mais uma vez a porem poeira nos olhos...acabou-se-lhes a vergonha.

Um país que tem uma ministra com esta desfaçatez não merece realmente estar no meio dos países desenvolvidos.


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por rmachado » 4/12/2008 19:16

Numa leitura diagonal, parece-me que a proposta de mudar o modelo no ensino básico é fulcral.

Quase todos, se não todos os pedagogos, dizem ser esse o ciclo mais importante no desenvolvimento de um aluno.

Posso o dizer por experiênica própria e por comparação familiar directa.

Outra coisa "gira".
Recentemente em conversa com uma professora que agora dá aulas no nono ano, ela falou-me de um real problema do sistema que parece que passa despercebido a opinião pública.
O facilitismo com que se chega ao nono ano e a percepção dessa realidade pelos alunos, que neste ano têm um "choque térmico" pois apercebem-se que terminou o "regabofe".. mas entetanto o mal está feito e depois é uma chatice.
Mas este tipo de coisas passa ao lado da opinião pública e não se fazem greves por isto.
 
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por bossas » 4/12/2008 18:07

deixo-vos uma pérola de boa televisão (coisa rara hoje em dia) sobre educação

http://tv.rtp.pt/programas-rtp/index.ph ... d=8&dif=tv

45 minutos bem empregues. Quem não tiver tempo agora, que o guarde e veja assim que puder.

Afinal, com debate esta à vista que nos entendemos...

assim entendesse quem manda :(

PS: em relação à Odem de professores, não é são só os governos que não a querem, os sindicatos tb não claro. Os unicos parecem ser os verdadeiros professores, que se debatem não com questões laborais, mas com questões deontológicas, científicas, qualitativas e de missão... esses precisam de apoio na sociedade.
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por PJBM2 » 4/12/2008 18:00

bossas Escreveu:
EDIT: o ponto 5 reza:

5. Implementar exames nacionais (externos às escolas e ao ministério, feitos por entidades científicas independentes – universidades ou quaisquer outras) e aferir a qualidade das aprendizagens que cada professor consegue por aí. Mas terá de ser em todas as áreas do conhecimento e não só em Português e Matemática. De outra forma, os professores de português e matemática são avaliados à séria, e os outros não!!!


ah! :mrgreen:

Com isso já nos entendemos.

Com os resultados desses exames, não será muito difícil extrair uma avaliação objectiva e justa sobre a qualidade dos professores e as escolas.

Com estatística adequada, haverá uma fórmula matemática que permite calcular a nota do professor e da escola.

Bem, não tenho vida para ler isto tudo, por isso retiro-me :wink:
Paulo Moreira
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por trial » 4/12/2008 17:58

Já cansa de tanta conversa e proposta, basta ser humilde e saber copiar o que de bem se faz lá fora
Por isso e por tudo repito.


Porque não ver o que è feito em cada um dos 27 parceiros europeus.

Na realidade isto nada tem a ver com avaliação, o objectivo è so reduzir custo no ensino, estou de acordo ,acredito que è possível fazer mais com menos.

Plenos poderes para os Directores escolhendo eles os seus professores sendo responsabilizados pelos resultas , como se passa nos colégios privados.

Quemnão fornecer bom ensino fecha e esses professores mudam de profissão .

O que a ministra quer è uma perda de tempo.
 
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por bossas » 4/12/2008 17:45

Paulo Moreira Escreveu:
bossas Escreveu:
Paulo Moreira Escreveu:
bossas Escreveu:
gfrmartins Escreveu:Ok,

Continuo sem ver nenhum modelo apenas umas linhas orientadoras e objectivos.

Mas pronto pode ser culpa minha, e se assim for peço desculpa


cumprs


1. Retirar a vertente de resultados escolares. - A avaliação dos alunos deve ser rigorosa, isenta e objectiva, logo não pode servir para avaliar nada mais que os alunos.


Discordo categoricamente. O objectivo principal do professor é ensinar e preparar bem os alunos, não é dar aulas.


ve o post em cima... talvez crossposting?

alias:

se um VERDADEIRO professor quiser ser rigoroso nas notas que da aos alunos, sai prejudicado perante um PSEUDO professor, que dá positiva a toda a gente para ter uma melhor avaliação.

Que alunos é que ficam mais bem preparados e com que professor?

A unica forma e criar exames em todas as areas de conhecimento, e comparar as notas do professor, com as notas dos exames e avaliar pior ai...


Não tinha visto os posts seguintes.
De qualquer forma, levanta bem um problema, mas depois esquece a solução deste problema. Isso é que interessa discutir.
A única forma de avaliar alunos, professores e escolas com base nos resultados dos alunos é com exames a nível nacional, iguais para todos.

Os testes que o professor submete aos alunos só servem para comparar esses alunos entre si, nada mais.


eu percebo que o topic esta em alta velocidade, mas continuamos sem ver os posts todos :shock:

estou de acordo, por isso afirmei:

bossas Escreveu:
gfrmartins Escreveu:ok, compreendo,

Mas e depois de se fazer essa comparação?

Na minha modesta opinião, depois de se fazer essa comparação, devem ser premiados os que apresentaram valores semelhantes e os que apresentaram valores muitos discrepantes certo?

Na minha opinião voltamos ao ponto 1, não estou a dizer que tem que ser um relação directa nota/avaliação, mas sim que os resultados dos seus alunos devem ser um dos factores de avaliação. essa comparação nota/nota do exame é mais um controlo conta a inflação propositada das notas.

Cumprs


aceito esse principio, e nesse caso, quem inflacionasse deveria mesmo se fortemente penalizado. Junte o meu ponto 1 ao 5, e faça-se reflectir na avaliação dos professores e temos acordo.

Mas o governo nao quer isso, quer é estatísticas de sucesso administrativo :wink:

Alias, o governo não vai em nada. este exercicio que aqui fizemos e que é saudavel para o objectivo qualitativo não é possível com esta atitude política.

Esse é o principal entrave a todo o processo.


EDIT: o ponto 5 reza:

5. Implementar exames nacionais (externos às escolas e ao ministério, feitos por entidades científicas independentes – universidades ou quaisquer outras) e aferir a qualidade das aprendizagens que cada professor consegue por aí. Mas terá de ser em todas as áreas do conhecimento e não só em Português e Matemática. De outra forma, os professores de português e matemática são avaliados à séria, e os outros não!!!
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por bossas » 4/12/2008 17:43

gfrmartins Escreveu:Concordo!

Eu não estou pelo governo nem estou pelos professores.

A minha opinião é:

Os professores TÊM que ser avaliados (o que existiu até hoje não é avaliação), devem ser avaliados por um modelo o mais simples possivel, flexivel, e justo, onde se dê mérito aos bons(existem) e se castigue os maus(existem).
A culpa de isto até hoje não acontecer? do governo e principalmente dos sindicados!

Os professores não se reveem nos sindicatos? então não os apoiem, não vão às manifs feitas por eles, organizem-se, criem uma ordem, mas para isso têm que se mexer, ha quantos anos já podia ter sido isso feito? mas a grande maioria preferiu ficar atras dos sindicatos, pois eles conseguiam que nada se fizesse, resistencia à mudança.

O modelo do governo é perfeito? claro que não, deve ser alterado, mas alterado não é acabar com ele de qualquer maneira, o que os sindicatos fazem, desculpem mas não é negociar (aliás ha mts anos que eles não sabem o que estão a fazer). É um primeiro passo que já devia ter sido feito à muito tempo atras, para o bem dos professores e não para os castigar.

Ainda bem que eu sou avaliado, não é perfeito mas é o mais justo possivel. É o que eu quero para os professores e para todas as outras classes.

Desculpem o desabafo, é apenas a minha opinião.

Cumprs


Sim... eu ja me cansei de culpar os professores, que por letargia são os principais responsáveis. Costumo dizer agora que, a adesão a esta luta e´, só por si, factor de avaliação positiva. Mudei a posição, pois sinto e vejo que algo está a mudar e que eles precisam de apoio e de novos aliados com novos discursos para se verem livres do cerco dos sindicatos!!!

Quanto às questões a bold:

foram os sindicatos que se colaram às manifs dos profs e não o contrário. A ordem tem sido combatida pelos sucessivos governos pelo que já disse em cima (não querem debate qualitativo mas laboral, para ganharem sempre).

A perguntas à resposta se o sistema do governo é perfeito náo é essa. O sistema do governo é PREJUDICIAL e precisa ser travado. Introduz principios que vão hipotecar a qualidade da educação para a próxima década.

Mais uma vez, um sistema de avaliação (qualquer que seja) não pode ser uma questão laboral. É um instrumento de medida e melhoria de padrões de qualidade.

Posto isto, e contrariando o post do majomo e a minah resposta 8porque leva o debate para a questão laboral) vamos ao que interessa, a qualidade:

tive acesso a um documento cujo autor não conheço, mas creio ser professor. O comentário no fim é o meu contributo :)


Ponto prévio - Definir o que entendo por "sucesso educativo efectivo". Convém esclarecer a diferença entre "sucesso educativo efectivo" e "sucesso educativo administrativo". Então temos:
"Sucesso educativo efectivo" - corresponde a um saber real traduzido em competência, em "saber fazer". No caso do 1º ciclo, eu diria que há meia dúzia de "coisas" que deveriam ser "sagradas" e ser um dado adquirido no final do 4º ano. A saber:

- Ler MUITO bem.
- Compreender o que se lê e saber recontar uma história por palavras próprias.
- Escrever MUITO bem (com papel e caneta).
- Saber a MUITO bem tabuada DE COR e SALTEADO de frente para e de trás para a frente (e não me venham dizer que é muito violento para as criancinhas)
- Saber MUITO bem, fazer contas, com papel e lápis, com as 4 operações e com as respectivas provas reais e provas dos 9.
- Saber MUITO bem resolver problemas.

"Sucesso educativo administrativo" - muito na moda hoje em dia por ser aplicado pelos nossos governantes, é o que tenta fazer toda a gente acreditar que a "nota" (quantitativa) dos alunos traduz o que ele sabe verdadeiramente. Isso acontece quando se forçam os professores a "dar boas notas", quando se baixa o nível de dificuldade dos exames nacionais etc., etc.

Ponto 1 - O problema do nosso "sucesso educativo efectivo" não se resolve com computadores, sejam eles "Magalhães" ou outros.

Ponto 2 - Factos: os alunos chegam ao 2º ciclo com muitas dificuldades em matérias nucleares como a falta de vocabulário, escreverem e lerem muito mal, não se saberem expressar, não compreenderem o que lêem, não saberem fazer contas com as 4 operações e não saberem a tabuada. Para eles (alunos portugueses de hoje), é um choque e um verdadeiro suplício terem que se defrontar no 2º ciclo com professores que emitem sons incompreensíveis durante 90 minutos, ou 45 que sejam. O suplício vai-se remediando, ano após ano, com a simplificação e o facilitismo. Persistir nisto é não só laborar num tremendo erro, como alimentar uma fraude.

Ponto 3 - Como resolver a questão? Não é difícil: Apostando no 1º ciclo. Mas como?
· Por exemplo:
§ Reduzir os curricula. Dar absoluta prioridade às matérias nucleares.
§ Reduzir tanto quanto possível a heterogeneidade nas salas.
§ Arranjar percursos alternativos para os alunos com dificuldades de aprendizagem e dotar as escolas de equipas de especialistas para o acompanhamento escolar destes alunos.
§ Privilegiar actividades de natureza prática nos alunos, isto é:
o Na escrita: pô-los a fazer muitas cópias de papel e lápis e/ ou caneta;
o Na caligrafia: usar novamente os cadernos de 2 linhas no início da aprendizagem;
o Na compreensão oral e escrita: pô-los a responder a perguntas de interpretação e a fazer muitas narrações verbais e escritas sobre o que leram ou ouviram;
o No cultivo da imaginação: pô-los a fazer muitas redacções de papel e lápis e/ ou caneta;
o Na ortografia: pô-los a fazer ditados e a construir "famílias de palavras" e insistir, tanto quanto seja possível, na correcção dos erros, através da repetição escrita da palavra em papel e lápis e/ ou caneta.
o Na tabuada: pô-los a "cantar a tabuada" o tempo que for necessário até aprenderem a "letra" da música, que ficará para toda a vida.
o Nas contas: Pô-los a fazer muitas contas.
o Nos problemas: Pô-los a fazer muitos problemas de uma ou duas contas ou mais, conforme o nível em que estejam.
§ Estas actividades práticas poderão, eventualmente, "afundar" qualquer professor do 1º ciclo num "mar" de trabalhos para corrigir que lhe ocuparão um tempo que irá, porventura, muito além do seu horário de trabalho, caso não consiga fazer as correcções na sala de aula. Se tal acontecer, também haverá solução:
o Ou se assume que o professor do 1º ciclo precisa de mais horas não lectivas e estas ser-lhe-ão pagas
o Ou se contratam mais professores
o Ou se reduz o número de alunos por sala (o que implicará um aumento no número total de professores afectos ao 1º ciclo)

Ponto 4 - Então e o "choque tecnológico" e as tecnologias e o "Plano Tecnológico para a Educação" e o "Magalhães" e etc.? Se os alunos saírem do 1º ciclo com as competências que enumerei no ponto prévio, o acesso às novas tecnologias terá todo tempo do mundo para "germinar" nos nossos alunos. Todos sabemos a velocidade (eu diria mesmo voracidade) com que eles aprendem tudo o que se prende com as novas tecnologias. Há tempo... muito tempo... para aprender tecnologias e com tecnologias. Não é preciso e é de todo inconveniente "invadir" a "sagrada" aprendizagem do 1º ciclo com motivos acessórios. Saiam os nossos alunos bem preparados do 1º ciclo, que o resto estará muito mais facilitado e muitas portas se abrirão, incluindo as das novas tecnologias.

Ponto 5 - O resto é conversa, paleio estragado ou seja, eduquês. Assim penso.


autoria: Alberto Machado




Concordo em absoluto mas...

A questão é que, pelo menos num periodo de adaptação à nova estratégia teriamos:

1. Notas mais baixas;
2. Maior numero de reprovações;
3. Necessidade de mais professores no 1º ciclo;
4. Necessidade absoluta de melhorar a formação inicial dos respectivos professores (com menos ciências da educação e mais conhecimento científico) o que implica a reformulação das ESE's;
5. Seria necessário não ceder a clientelismos e a lobys associativos (que vendem o que se chama de conteudos de sec. XXI - ex: ambientalistas, desportivas, artísticas, sociais, etc...)
6. Investimento efectivo no pessoal das equipes especialistas para as NEEs (psicólogos, pedagogos, terapeutas, etc...)
7. Não haveria pretexto para fazer os contribuintes pagarem computadores para distribuir a todos em frente às televisões;
8. Não haveria forma de usar a escola para promoção pública e falaciosa das elites políticas;
9. Má figura nas estatísticas da educação a nivel internacional;
10. Muitos outros sacrifícios, absolutamente necessários para uma efectiva qualificação das futuras gerações.

Indiquem-me um (só um) político disposto a estes sacrifícios todos (ou mesmo só a alguns) e eu votarei nele nas próximas eleições e em todas as outras.
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por PJBM2 » 4/12/2008 17:39

bossas Escreveu:
Paulo Moreira Escreveu:
bossas Escreveu:
gfrmartins Escreveu:Ok,

Continuo sem ver nenhum modelo apenas umas linhas orientadoras e objectivos.

Mas pronto pode ser culpa minha, e se assim for peço desculpa


cumprs


1. Retirar a vertente de resultados escolares. - A avaliação dos alunos deve ser rigorosa, isenta e objectiva, logo não pode servir para avaliar nada mais que os alunos.


Discordo categoricamente. O objectivo principal do professor é ensinar e preparar bem os alunos, não é dar aulas.


ve o post em cima... talvez crossposting?

alias:

se um VERDADEIRO professor quiser ser rigoroso nas notas que da aos alunos, sai prejudicado perante um PSEUDO professor, que dá positiva a toda a gente para ter uma melhor avaliação.

Que alunos é que ficam mais bem preparados e com que professor?

A unica forma e criar exames em todas as areas de conhecimento, e comparar as notas do professor, com as notas dos exames e avaliar pior ai...


Não tinha visto os posts seguintes.
De qualquer forma, levanta bem um problema, mas depois esquece a solução deste problema. Isso é que interessa discutir.
A única forma de avaliar alunos, professores e escolas com base nos resultados dos alunos é com exames a nível nacional, iguais para todos.

Os testes que o professor submete aos alunos só servem para comparar esses alunos entre si, nada mais.
Paulo Moreira
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por gabrielfrmartins » 4/12/2008 17:32

Concordo!

Eu não estou pelo governo nem estou pelos professores.

A minha opinião é:

Os professores TÊM que ser avaliados (o que existiu até hoje não é avaliação), devem ser avaliados por um modelo o mais simples possivel, flexivel, e justo, onde se dê mérito aos bons(existem) e se castigue os maus(existem).
A culpa de isto até hoje não acontecer? do governo e principalmente dos sindicados!

Os professores não se reveem nos sindicatos? então não os apoiem, não vão às manifs feitas por eles, organizem-se, criem uma ordem, mas para isso têm que se mexer, ha quantos anos já podia ter sido isso feito? mas a grande maioria preferiu ficar atras dos sindicatos, pois eles conseguiam que nada se fizesse, resistencia à mudança.

O modelo do governo é perfeito? claro que não, deve ser alterado, mas alterado não é acabar com ele de qualquer maneira, o que os sindicatos fazem, desculpem mas não é negociar (aliás ha mts anos que eles não sabem o que estão a fazer). É um primeiro passo que já devia ter sido feito à muito tempo atras, para o bem dos professores e não para os castigar.

Ainda bem que eu sou avaliado, não é perfeito mas é o mais justo possivel. É o que eu quero para os professores e para todas as outras classes.

Desculpem o desabafo, é apenas a minha opinião.

Cumprs
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por bossas » 4/12/2008 17:27

majomo Escreveu:Pergunto-te é razoável um profissional só chegar ao topo da carreira ao fim de 30 anos?


E será razoável termos carreiras de progressão automática?

Não me parece. Vê no ponto 3 dum post acima o que penso sobre uma categoria de conselheiro pedagógico (ou professor titular, o que lhe quiserem chamar mas bem feita)
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por majomo » 4/12/2008 17:24

gfrmartins Escreveu:ok, compreendo,

Mas e depois de se fazer essa comparação?

Na minha modesta opinião, depois de se fazer essa comparação, devem ser premiados os que apresentaram valores semelhantes e os que apresentaram valores muitos discrepantes certo?

Na minha opinião voltamos ao ponto 1, não estou a dizer que tem que ser um relação directa nota/avaliação, mas sim que os resultados dos seus alunos devem ser um dos factores de avaliação. essa comparação nota/nota do exame é mais um controlo conta a inflação propositada das notas.

Cumprs


Nos outros sistemas de avaliação internacionais que li, apesar de não conhecer os mesmos em profundidade, como deves compreender, nenhum tem consideração os resultados dos alunos...

Penso que em linhas gerais, o sistema de avaliação deve ser baseado na parte organizacional e na parte cientifica-pedagógica, sendo esta efectuada por colegas reconhecidos pelos seus pares, com formação para o cargo.

Mas, só para exemplificar o ridículo desta questão de avaliação, que para mim é uma segunda questão, um professor que em condições normais seja excelente... ou nunca chega ao topo da carreira (pois os titulares são um funil que poucos lá chegarão, cerca de 10%) ou só ao fim de 30 anos chegamos ao topo.

Pergunto-te é razoável um profissional só chegar ao topo da carreira ao fim de 30 anos?
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por bossas » 4/12/2008 17:20

gfrmartins Escreveu:ok, compreendo,

Mas e depois de se fazer essa comparação?

Na minha modesta opinião, depois de se fazer essa comparação, devem ser premiados os que apresentaram valores semelhantes e os que apresentaram valores muitos discrepantes certo?

Na minha opinião voltamos ao ponto 1, não estou a dizer que tem que ser um relação directa nota/avaliação, mas sim que os resultados dos seus alunos devem ser um dos factores de avaliação. essa comparação nota/nota do exame é mais um controlo conta a inflação propositada das notas.

Cumprs


aceito esse principio, e nesse caso, quem inflacionasse deveria mesmo se fortemente penalizado. Junte o meu ponto 1 ao 5, e faça-se reflectir na avaliação dos professores e temos acordo.

Mas o governo nao quer isso, quer é estatísticas de sucesso administrativo :wink:

Alias, o governo não vai em nada. este exercicio que aqui fizemos e que é saudavel para o objectivo qualitativo não é possível com esta atitude política.

Esse é o principal entrave a todo o processo.
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por nunofaustino » 4/12/2008 17:17

artista Escreveu:
nunofaustino Escreveu:Boa tarde.

Volto a colocar duas questões que entretanto ficaram perdidas...

1. Qual era a proposta de avaliação dos sindicatos em 2006 (gostava de ver a evolução da proposta)

2. Quem concorda com a proposta apresentada pela FENPROF aqui (http://www.fenprof.pt/Download/FENPROF/ ... 9.2007.pdf e simplificado aqui http://www.fenprof.pt/?aba=27&cat=266&doc=3646&mid=115).

Um abraço
Nuno


Nuno eu já respondi a isso, essa proposta de avaliação é só para este ano, para não se perder mais tempo, também já disse que achava melhor que se mantivesse o modelo anterior...

Um modelo de avaliação não é fácil de concretizar sobretudo numa classe como a de professores onde não existe uma hierarquia definida, penso que qualquer modelo sério levará muito tempo a afinar mas com toda a certeza que o que estava em cima da mesa era impraticável, o próprio ministério acabou por o reconhecer...

Estas guerras todas, com tanta mentira, arrogância e intransigência, acabaram por unir os professores que agora não acreditam nas pessoas que estão à frente do ministério... penso que se fosse com outra equipa, eventualmente com outro governo, a flexibilidade seria maior, agora foram os professores que se tornaram intrasigentes! Também ja´o disse, penso que esta ministra o merece, está a colher o que semeou, acho que se devia ter demitido em vez de alterar dos pés à cabeça o modelo que tinha defendido constantemente que "era para cumprir"...

Quanto aos sindicatos, eu não revejo sobretudo no estilo do Mário Nogueira, mas não estou nesta luta por ele nem pelos sindicatos, ainda me custa acreditar que alguém veja isso dessa forma... os sindicatos lideram o processo negocial mas o que leva os professores a fazerem manifestações e greves não é a "ordem" deles!

abraços

artista


Olha que do site da Fenprof não é isso que se depreende...

sobre os dois artigos colocados em cima está escrito:

A contestação à avaliação devia-se ao facto de os professores não quererem ser avaliados. Não falou verdade, pois as organizações sindicais apresentaram, durante a "negociação" do modelo de avaliação, propostas alternativas às do ME. Actualmente, a FENPROF mantém em debate, entre os professores, um projecto de modelo de avaliação que pretende apresentar ao ME durante o processo de alteração do que hoje vigora;

Ou seja, estas são as propostas que os sindicatos apresentam ao ME.

Eu acho que há muita intransigência dos dois lados. Os professores são (na mho) mal representados pelos sindicatos que apresentam propostas alternativas (como a indicada em cima) que não podem ser aceites pelo ME. O ME apresenta propostas que nunca serão aceites pelos sindicalistas. Depois é uma questão de ver quem torce primeiro.

Na mho, enquanto os sindicatos não defenderem os interesses de todos os professores (volto a referir que a gd maioria dos meus colegas não se revê nos sindicatos), os professores vão andar sempre descontentes pois NINGUÉM DEFENDE O QUE OS PROFESSORES QUEREM.

Um abr
Nuno
Pluricanal... não obrigado. Serviço péssimo e enganador!!!
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por gabrielfrmartins » 4/12/2008 17:16

ok, compreendo,

Mas e depois de se fazer essa comparação?

Na minha modesta opinião, depois de se fazer essa comparação, devem ser premiados os que apresentaram valores semelhantes e os que apresentaram valores muitos discrepantes certo?

Na minha opinião voltamos ao ponto 1, não estou a dizer que tem que ser um relação directa nota/avaliação, mas sim que os resultados dos seus alunos devem ser um dos factores de avaliação. essa comparação nota/nota do exame é mais um controlo conta a inflação propositada das notas.

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por majomo » 4/12/2008 17:15

gfrmartins Escreveu:Finalmente, Obrigado bossas,

Ponto 1: Não concordo, os professores devem ser avaliados pelos resultados, os seus resultados para o bem e para o mal estão directamente correlacionados com os resultados os seus alunos obviamente.
É por essas situações que uma avaliação não deve estar assente apenas num só ponto de avaliação ou individuo. Ponderações, tudo junto dá uma avaliação. Mas devem ser premiados os bons resultados.

Em relação aos restantes pontos, concordo plenamente.

Cumprs


Só quem não conhece o sistema em si pode dizer que há uma correlação directa entre, bom professor e bons resultados...

Como exemplo, sou professor de duas turmas do mesmo ano de escolaridade, com métodos muito aproximados de ensino, contudo os resultados são bem diferentes... porquê?
Porque os alunos não são todos iguais, as expectativas não são as mesmas... etc...

Para além de que ao incluir o critério das notas, é de certo modo enganar o sistema ao inflacionar as notas dos alunos... ou acham que não haverá tendência para elevar as notas?
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por bossas » 4/12/2008 17:14

Paulo Moreira Escreveu:
bossas Escreveu:
gfrmartins Escreveu:Ok,

Continuo sem ver nenhum modelo apenas umas linhas orientadoras e objectivos.

Mas pronto pode ser culpa minha, e se assim for peço desculpa


cumprs


1. Retirar a vertente de resultados escolares. - A avaliação dos alunos deve ser rigorosa, isenta e objectiva, logo não pode servir para avaliar nada mais que os alunos.


Discordo categoricamente. O objectivo principal do professor é ensinar e preparar bem os alunos, não é dar aulas.


ve o post em cima... talvez crossposting?

alias:

se um VERDADEIRO professor quiser ser rigoroso nas notas que da aos alunos, sai prejudicado perante um PSEUDO professor, que dá positiva a toda a gente para ter uma melhor avaliação.

Que alunos é que ficam mais bem preparados e com que professor?

A unica forma e criar exames em todas as areas de conhecimento, e comparar as notas do professor, com as notas dos exames e avaliar pior ai...
Editado pela última vez por bossas em 4/12/2008 17:17, num total de 1 vez.
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