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Caldeirão da Bolsa

Venda do Banco Privado Português está a ser negociada

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por pedrom » 27/11/2008 16:11

Ulisses, quem criou parte dos problemas do bpn foi também o estado quando levantou aqueles milhoes durante o mes de agosto(?).

Ou seja, para o estado a nacionalização foi a resolução de um problema com outro, mas que só vais ter consequencias no futuro!!!

A comparação que faço entre os bancos é o facto de o bcp também parece estar de alguma forma envolvido no furacão, no entanto as pressões devem ser de tal ordem que ninguém consegue atirar a 1ªpedra, senão o pais acabava à pedrada!!! :mrgreen:


Outra critica que faço, é o facto de se ajudar os grandes colossos da economia e os pequenos vão sendo assassinados (isto tem muitos ssss não tem?) por estes por não terem hipotese devido à "concorrência desleal", na minha opinião.
De que vale a pena correr quando estamos na estrada errada?
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por Ulisses Pereira » 27/11/2008 15:44

Pedro, não se pode comparar a situação do BCP com a do BPN! o BPN estava com problemas de liquidez de tal ordem que faziam com que estivesse para breve que qualquer levantamento fosse impossível. Para tu veres a dimensão da situação, um cliente com um depósito a prazo de grande dimensão, pediu para que esse depósito passasse para a sua conta à ordem e o que lhe disseram era que não era possível e convidaramno a ser accionista do Banco... Acho que isto diz bem da situação de ruptura que estava a acontecer.

Por que é que o Estado não intervém no BPP? Porque ainda não foi obrigado! Se tivesse conseguido encontrar uma solução de privados a entrarme no BPN, sem dúvida que seria preferível. O problema é que ninguém quis lá colocar o dinheiro... e percebe-se porquê, à luz dos factos que têm vindo a público.

Por que é que o Estado não dá o dinheiro que o BPP pede? Porque há um bolo colectivo e que é dividido conforme a grandeza dos Bancos. E, para dar um aval daquela dimensão absurda que foi pedida, então - de facto - mais valia nacionalizá-lo também.

Como tal, felizmente que se encontrou esta solução junto dos privados. É, de longe, a melhor.

Um abraço,
Ulisses
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por Bar » 27/11/2008 15:34

pedrom Escreveu:
Ulisses Pereira Escreveu:pedrom, mas esta solução não é bem melhor?

Um abraço,
Ulisses


Ainda não sei sequer qual a situação definitiva, penso que os bancos estão a ser tratados de maneira diferente e isso tal como nas empresas que é o que eles são causa alguma desigualdade na minha opinião.

Por exemplo a situação do bcp (que ninguem sabe bem qual é) foi e está a ser tratada de maneira diferente do bpn (ainda se tentou encobrir na minha opinião).

Uma coisa que me está a meter confusão, o bcp vai recorrer à garatia do estado no valor de 5 mil milhoes ou já recorreu? Qual o valor do bcp em bolsa neste momento?


Eu acho que o valor em bolsa pesa pouco nessa decisão, acho que o valor dos activos que o banco garante é que pesa na decisão do montante a emprestar.

Quanto ao BPP não sei qual seria o impacto nas finanças nacionais.

Alguém consegue quantificar minimamente quais os impactos que este cenário traria à banca portuguesa?
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por pedrom » 27/11/2008 15:26

Ulisses Pereira Escreveu:pedrom, mas esta solução não é bem melhor?

Um abraço,
Ulisses


Ainda não sei sequer qual a situação definitiva, penso que os bancos estão a ser tratados de maneira diferente e isso tal como nas empresas que é o que eles são causa alguma desigualdade na minha opinião.

Por exemplo a situação do bcp (que ninguem sabe bem qual é) foi e está a ser tratada de maneira diferente do bpn (ainda se tentou encobrir na minha opinião).

Uma coisa que me está a meter confusão, o bcp vai recorrer à garatia do estado no valor de 5 mil milhoes ou já recorreu? Qual o valor do bcp em bolsa neste momento?
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por Bar » 27/11/2008 15:22

Esta parece-me a melhor solução, para não termos uma fuga em massa do banco e não termos um colapso mesmo com as garantias do bdp.
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por Ulisses Pereira » 27/11/2008 14:34

pedrom, mas esta solução não é bem melhor?

Um abraço,
Ulisses
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por pedrom » 27/11/2008 14:20

Talvez se o estado tivesse dado a garantia pedida pelo banco não tivesse nestas circunstancias agora.... ou se o estado lá tivesse depósitos talvez que nacionaliza-se o banco..... enfim, uns são filhos outro são enteados.....
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por Rockerduck » 27/11/2008 13:50

Banco Privado à espera de acordo sobre saneamento


Banco Privado à espera de acordo sobre saneamento
A administração do Banco Privado Português (BPP) e o Banco de Portugal (BdP) ainda não deram por fechado um acordo sobre o provável plano de saneamento da instituição liderada por João Rendeiro, que poderá ser conhecido ao longo de hoje.
Maria João Gago
mjgago@mediafin.pt


A administração do Banco Privado Português (BPP) e o Banco de Portugal (BdP) ainda não deram por fechado um acordo sobre o provável plano de saneamento da instituição liderada por João Rendeiro, que poderá ser conhecido ao longo de hoje.

Ao que o Negócios apurou, a continuação dos contactos entre o BPP e a entidade de supervisão terá levado ontem o banco a suspender os resgates das aplicações de clientes, que terão disparado nos últimos dias.

O aumento do número de clientes a tentar levantar as suas aplicações tenderá, segundo fontes financeiras, a acentuar as dificuldades financeiras da instituição, tornando ainda mais urgente a necessidade de uma solução. Ontem, ao final do dia, algumas fontes admitiam mesmo que esta pressão já teria permitido alcançar um entendimento de princípio relativamente à nomeação de dois administradores para o BPP por parte do Banco de Portugal.

Ao que o Negócios apurou, a equipa de administradores do Banco Privado já terá manifestado disponibilidade para renunciar aos lugares, deixando ao supervisor toda a margem de manobra para escolher os gestores que quiser manter na instituição. Mas é expectável que alguns elementos do actual conselho de administração fiquem no banco, para ajudarem a pôr em prática o plano de saneamento.

No entanto, para outras fontes, o agravar da situação do BPP não dá garantias de que a autoridade de supervisão liderada por Vítor Constâncio viabilize um plano de saneamento para o banco. Receando o fracasso das negociações, alguns accionistas terão protagonizado ontem mesmo algumas movimentações no sentido de salvaguardarem os seus interesses, designadamente relativamente à actuação da gestão do Banco Privado.

Ao que o Negócios apurou, antes de se comprometer com um programa de recuperação, o BdP quer assegurar-se de que, de facto, o banco de João Rendeiro tem condições de viabilização. Nessa medida, as equipas do supervisor estarão a analisar minuciosamente os activos do Banco Privado, bem como as carteiras das sociedades veículos criadas para fazer aplicações em empresas cotadas. Outra das preocupações do supervisor estará relacionada com os contratos de financiamento contraídos por aquelas sociedades e que permitiram suportar parte dos investimentos.

Para a equipa liderada por João Rendeiro, a viabilização do BPP deve passar pela injecção de fundos na instituição. Os últimos cálculos apresentados pelo banqueiro, antes da onda de resgates dos últimos dias, apontavam para necessidades mínimas de 500 milhões de euros.

No âmbito das negociações com o BdP, o banco terá ainda proposto que as aplicações de clientes em produtos de rendimento fixo sejam dissolvidas, ficando os investidores com os títulos em que os fundos estão aplicados, na proporção da sua exposição à respectiva carteira. Desta forma, estes clientes garantiriam, pelo menos, o reembolso do capital investido, no momento do vencimento dos títulos.

Já relativamente aos veículos que têm investimentos em empresas cotadas, como o BCP, a Mota-Engil ou a Brisa, a solução poderá implicar a assumpção dos respectivos prejuízos - que superam os 300 milhões de euros só naquelas sociedades - por parte dos clientes e também do banco.

Algumas das medidas que vão ser adoptadas no âmbito do plano de saneamento do BPP deverão ser discutidas amanhã na reunião do conselho consultivo, órgão em que têm assento alguns dos principais accionistas - como Francisco Pinto Balsemão, Stefano Saviotti e João Vaz Guedes -, assim como personalidades independentes. Por convocar está ainda a assembleia geral de accionistas que o presidente da mesa da reunião, José Miguel Júdice, pretende agendar para o próximo dia 19 de Dezembro.


Sei por fontes próximas, e confirmando a notícia do Jornal de Negócios, que o BPP já está a comunicar aos clientes que tentaram realizar resgates que estes foram suspensos e que estão congelados.
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por Jiboia Cega » 26/11/2008 11:01

Parece moda os bancos em risco de falir terem estas obras de arte. Se calhar é por isso mesmo que ficam na situação em que estão, vide BPN...
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por Pata-Hari » 26/11/2008 9:19

Fundação Ellipse pode ajudar a salvar BPP


26/11/2008


O Banco Privado Português (BPP) deverá entregar a curto prazo um plano de recuperação financeira a ser avaliado pelo Banco de Portugal (BdP). Segundo o “Público”, o banco pode recorrer à venda da colecção da Fundação Ellipse.

Segundo noticia hoje o jornal, esta é uma tentativa de evitar a falência da instituição presidida por João Rendeiro e uma das medidas previstas no programa de saneamento do banco, a necessitar de fundos superiores a 500 milhões de euros, poderá ser a venda da colecção da Fundação Ellipse.

Esta fundação tem, segundo o “Público”, um dos mais importantes acervos de arte contemporânea em Portugal, um projecto de que o fundador do BPP foi o principal impulsionador e que acabou por assumir como seu.

"É cedo [para falar do futuro da Fundação Ellipse]. Logo se verá", disse ontem ao "Público" João Rendeiro, em brevíssima conversa telefónica. Confrontado com o enigma lançado pelas suas declarações, Rendeiro escusou-se a mais esclarecimentos, acrescentando apenas: "[A minha frase] é críptica, tal como a situação geral do país é crítica."

A Fundação reúne cerca de 400 obras assinadas por alguns dos mais relevantes nomes a trabalhar hoje em artes plásticas e que está em exposição em Alcoitão desde Maio de 2006 num espaço criado para o efeito.
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por Pata-Hari » 26/11/2008 9:17

Constâncio e Rendeiro negoceiam saneamento do BPP
O Banco de Portugal (BdP) e a administração do Banco Privado Português (BPP) estarão a negociar um plano de saneamento da instituição liderada por João Rendeiro. As conversações deverão ter um desfecho entre hoje e amanhã, não havendo garantias de que resultem na viabilização do BPP.

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Maria João Gago
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O Banco de Portugal (BdP) e a administração do Banco Privado Português (BPP) estarão a negociar um plano de saneamento da instituição liderada por João Rendeiro. As conversações deverão ter um desfecho entre hoje e amanhã, não havendo garantias de que resultem na viabilização do BPP.

Independentemente do resultado destas negociações, os problemas financeiros do banco levaram já Francisco Pinto Balsemão, accionista e presidente do conselho consultivo da instituição, a convocar uma reunião deste órgão para a próxima sexta-feira.
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por Pata-Hari » 26/11/2008 9:17

João Rendeiro: O banqueiro que afinal é funcionário público
O banqueiro João Rendeiro manteve o vínculo à função pública, de onde saiu com uma licença de vencimento ilimitada. É o próprio que o assume no livro "João Rendeiro - Testemunho de um Banqueiro", lançado na segunda-feira em Lisboa num dia que considerou "não ser o melhor".

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Alexandra Machado
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O banqueiro João Rendeiro manteve o vínculo à função pública, de onde saiu com uma licença de vencimento ilimitada. É o próprio que o assume no livro "João Rendeiro - Testemunho de um Banqueiro", lançado na segunda-feira em Lisboa num dia que considerou "não ser o melhor".

Quem lê o livro percebe o porquê. O Banco Privado Português (BPP) está a passar por uma crise que pode ameaçar a sua sobrevivência e Rendeiro apresenta o seu caso de sucesso no mundo financeiro. Mas revela que é funcionário público.

Quando acabou o curso entrou no Ministério da Indústria. "Iniciei assim o meu vínculo à função pública, que, aliás, ainda hoje se mantém - pedi uma licença sem vencimento de prazo indeterminado". Apesar de assumir que cedo percebeu que "a administração pública não seria o meu futuro profissional", nunca se desvinculou.

O percurso profissional levá-lo-ia a criar o Banco Privado e assume que quando o deixar "certamente me dedicarei a um projecto de pequena dimensão centrado na gestão de activos". Mas agora é tempo de resolver o problema.

O dia de publicação e lançamento do livro estava marcado e foi mantido. Em breve poderá ter de ser actualizado. Sobre a crise financeira, Rendeiro destina o último parágrafo: "No que diz respeito ao Banco Privado, a tónica é sobreviver a esta catástrofe da crise financeira, com o mínimo de dados possível, por forma a que numa viragem de ciclo possamos voltar a crescer de uma maneira significativa. A crise não dura eternamente. Veremos quem cai, quem fica de pé e quem se transforma".

Garante estar habituado a "ter momentos maus". Quem lê, agora, o livro não se consegue distanciar da situação que o BPP vive e por isso se atenta a algumas das suas citações. "O verdadeiro investidor é aquele que consegue absorver as suas menos-valias".

Ou "é nos períodos difíceis que devemos reagir e avançar ainda mais. Desde que se tenha dinheiro, claro. É por isso que tenho sempre a preocupação de ter munições de reserva para estar bem em qualquer situação". João Rendeiro sabe que a crise do banco é também a sua. "O Banco Privado cresceu muito assente na minha imagem", mas "ter uma relação próximo dos media é, no entanto, um pau de dois bicos. Da mesma forma que nos promovem num dia a herói, na manhã seguinte podemos passar de herói e vilão".

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por Pata-Hari » 26/11/2008 7:47

Vamos lá ver o que irá sair daqui. Será que o BP põe os bancos que vão usar o aval a "salvar" o BPP? será que não é ainda pior...?

Ontem, de facto, já corria o rumor no mercado que iria aparecer uma solução ontem.
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por mam2001 » 26/11/2008 3:17

E pronto lá irão mais uns milhões dos contribuintes para salvar os milhões de algumas fortunas do BPP.

Com esta é que a Pata-Hari vai ganhar dentes... :lol:
 
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por Rockerduck » 26/11/2008 1:11

Constâncio tem saída para salvar BPP

http://diarioeconomico.sapo.pt/edicion/ ... 87216.html


Banco de Portugal indica administradores para o banco de João Rendeiro e os outros bancos privados concedem empréstimos para garantirem liquidez. O futuro do BPP poderá ser decidido já esta semana.

Maria Ana Barroso

A solução para o Banco Privado Português (BPP), de João Rendeiro, poderá ontem ter sido encontrada. O Banco de Portugal (BdP) deverá assumir provisoriamente o controlo da gestão da instituição, num modelo em que também alguns bancos privados deverão participar da solução, apurou o Diário Económico. A ajuda destes últimos deverá vir não através da entrada no capital mas da cedência de liquidez.

O modelo desenhado pelo Banco de Portugal envolverá ainda uma separação entre o que são a gestão de carteiras e os depósitos do banco, sendo que estes últimos representam uma pequena parcela do “bolo” de activos que são geridos pelo Banco Privado.

À data de fecho desta edição, a concretização desta solução proposta pelo supervisor bancário estava ainda dependente da ‘luz verde’ da gestão de João Rendeiro, numa saída que se espera que seja conhecida ainda esta semana.

A hipótese de o Banco de Portugal assumir a gestão está, de resto, prevista no Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF) e era mesmo já apontada como possível solução para o BPP.

De acordo com a legislação que rege o sector bancário, “o Banco de Portugal poderá designar para a instituição de crédito um ou mais administradores provisórios”. Isto, refere ainda o artigo 143º do RGICSF, se, por exemplo, “a instituição esteja em risco de cessar pagamentos”. Esses mesmos administradores possuem exactamente os mesmos poderes da normal administração do banco. E têm ainda o poder, nomeadamente, de elaborar “um relatório sobre a situação patrimonial da instituição e as suas causas”.

De acordo com a informação obtida, não estará em causa neste plano qualquer injecção ou entrada no capital do Banco Privado de outros bancos privados ou sequer do Estado. No entanto, faz ainda parte das medidas possíveis e previstas no RGICSF a possibilidade de o Banco de Portugal “convidar o Fundo de Garantia de Depósitos ou outras instituições a cooperar no saneamento”. Não só através da “viabilização de adequado apoio monetário ou financeiro” como, em alternativa, “da sua participação no aumento de capital definido”.

A definição de um plano de recuperação e saneamento está prevista para situações em que há o risco da instituição não consiga pelos seus próprios meios, incluindo o apoio accionista, “manter de pé” a instituição.

João Rendeiro tentara nos últimos dias outro tipo de soluções que passariam, por exemplo, pela compra do BPP por outra instituição, não tendo surgido nenhum banco disposto a tal. Por outro lado, o banco viu recusado pelo Banco de Portugal o seu pedido de obtenção de uma garantia estatal de até 750 milhões de euros. Tal como o governador do Banco de Portugal ontem adiantou na RTP, a instituição apenas teria direito, por essa via, a 45 milhões de euros.

Vítor Constâncio admitiu também ontem estar a acompanhar o problema do Banco Privado, dando já então a entender que tinha instrumentos limitados e que a solução teria, por isso, de passar pela colaboração, por exemplo, de outros bancos privados.

Contactado ontem pelo Diário Económico, João Rendeiro não quis prestar declarações. “Tenho de sublinhar o esforço e o apoio do Banco de Portugal”, referiu apenas.

O Diário Económico tentou obter um comentário por parte do Banco de Portugal, mas o mesmo não foi possível, até ao fecho do jornal. Contactado igualmente o Ministério das Finanças, fonte oficial referiu apenas, à semelhança da declaração que tem sido feita nos últimos dias, que, quanto ao Banco Privado, “apenas se irá pronunciar após a decisão que o ministro vier a tomar no âmbito das garantias estatais”.


Grupo Renascença tem depósito a prazo no BPP
O Grupo Renascença tem um depósito a prazo no BPP. A informação foi confirmada pelo administrador do grupo, José Luís Ramos Pinheiro, que não quis comentar o montante ou a situação do banco. O Diário Económico sabe, no entanto, que o grupo terá aplicado no banco centenas de milhares de euros.“Temos relações comerciais com o BPP como temos com muitos outros bancos. Admito que existe um depósito a prazo, mas não comentamos o valor, nem fazemos especulações nesta matéria”, diz.

Fazem parte do Grupo Renascença a Rádio Renascença, a Mega FM e a RFM, rádio líder de audiências em Portugal há mais de trinta anos.
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por Elias » 25/11/2008 11:25

Pata-Hari Escreveu:Não deixa de ser estranho que o BPP tenha pedido 750 milhões quando as regras (que presumo que eram conhecidas por eles) não lhes permitem mais de 45 milhões de aval...


Eu achei piada foi ouvir o Constâncio (na entrevista da RTP) falar em 45 milhões de contos.

Até a Judite teve de perguntar se eram 45 milhões de euros.

É inconcebível como é que o governador do BdP ainda fala em "contos"...
 
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por Rockerduck » 25/11/2008 0:54

pedrom Escreveu:
Pata-Hari Escreveu:Não deixa de ser estranho que o BPP tenha pedido 750 milhões quando as regras (que presumo que eram conhecidas por eles) não lhes permitem mais de 45 milhões de aval...


Porquê só 45 milhões?



http://www.jornaldenegocios.pt/index.ph ... &id=342558
Constâncio
"Espero que venha a haver uma solução para o BPP"
Vítor Constâncio revelou que o Banco de Portugal só pode dar um parecer negativo ao pedido de garantia de 750 milhões de euros efectuado pelo Banco Privado Português, mas espera que venha a haver uma solução para o banco liderado por João Rendeiro, revelando que ainda hoje esteve a trabalhar o dia todo no assunto.

Nuno Carregueiro

nc@mediafin.pt


Vítor Constâncio revelou que o Banco de Portugal “só pode dar” um parecer negativo ao pedido de garantia de 750 milhões de euros efectuado pelo Banco Privado Português, mas espera que venha a haver uma solução para o banco liderado por João Rendeiro, revelando que ainda hoje esteve a trabalhar o dia todo no assunto.

“Espero que venha a haver uma solução” para o BPP, revelou o Governador em entrevista à RTP, afirmando que o “problema está a ser acompanhado”.

Ainda hoje “passei o dia todo a trabalhar nesse assunto [solução para o BPP]”, disse Constâncio, referindo contundo que “não podemos dar ordens a bancos privados”.

O Banco de Portugal tem “interesse em resolver” o problema do BPP, mas uma solução “não depende só do banco de Portugal”, disse Constâncio, lembrando que a situação actual foi criada, devido a uma “revisão em baixa” da sua notação financeira por parte de uma agência de “rating”.

Em entrevista à RTP, o Governador do Banco de Portugal revelou que o BPP “é muito pequeno” em termos de concessão de crédito, pelo que o valor do empréstimo a solicitar pelo BPP com a garantia do Estado só poderá rondar cerca de 45 milhões de euros.

Explicou que o BPP só representa 0,2% do crédito concedido, pelo que só terá direito a essa parte da garantia de 20 mil milhões de euros.

Adianta que esta posição foi já comunicada na semana passada ao BPP, mas não é ainda formal, porque o BPP não apresentou um pedido de uma operação concreta de financiamento.
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por pedrom » 24/11/2008 23:38

Pata-Hari Escreveu:Não deixa de ser estranho que o BPP tenha pedido 750 milhões quando as regras (que presumo que eram conhecidas por eles) não lhes permitem mais de 45 milhões de aval...


Porquê só 45 milhões?
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por Pata-Hari » 24/11/2008 22:19

Não deixa de ser estranho que o BPP tenha pedido 750 milhões quando as regras (que presumo que eram conhecidas por eles) não lhes permitem mais de 45 milhões de aval...
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por pedrom » 20/11/2008 12:05

jony_cash Escreveu:Para mim faz mais sentido ser o BPI a comprar visto que tem andado a arranjar capital vendendo ao desbarate as acções do BCP.

Ainda por cima vendeu 50% do BFA por isso dinheiro não deve ser assim um grande problema e o BPP é piqueno por isso deve ser possível ao BPI compra-lo sem muita dificuldade.

Mas como diz o outro "são só bitaetes" :mrgreen:

Abraço


Acções do bcp ao desbarato???? Acho que fizeram um optimo negócio!!!! :wink: Só pecou por tarde... :mrgreen: Ai opa, opa....
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por Pata-Hari » 20/11/2008 8:24

João Rendeiro admite troca de capital com outros bancos
João Rendeiro admitiu esta noite trocar capital com outros bancos, sem adiantar qualquer nome. O responsável acredita que vai haver consolidação do mercado bancário nacional.

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João Rendeiro admitiu esta noite trocar capital com outros bancos, sem adiantar qualquer nome. O responsável acredita que vai haver consolidação do mercado bancário nacional.

Questionado se estava disponível para vender parte do banco a outras instituições financeiras, João Rendeiro afirmou no programa da SIC, “Negócios da Semana”, que pode haver “trocas de capital” com outros bancos. O responsável admite assim a possibilidade de trocar participações com outros bancos, mas recusou adiantar qualquer nome.

O responsável deu o exemplo de consolidações em mercados como o norte-americano para sublinhar que faz sentido haver fusões na banca nacional.

“O movimento de consolidação é geral, salutar e não tenha dúvidas que vai acontecer em Portugal”, afirmou o responsável.

As instituições “tornam-se mais fortes por haver consolidação. Não tenho dúvidas que isso vá acontecer em Portugal”, acrescentou e adianta que estes negócios se vão fazer “pela lógica natural do sistema”.

“O sistema bancário português está em dificuldades, na medida em que o sistema internacional está em dificuldades”.

João Rendeiro acredita que "em 2010, haverá menos bancos, mas mais fortes".

(Desenvolvimentos na edição de hoje do Jornal de Negócios
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por Rockerduck » 20/11/2008 0:56

e pronto... acabou a entrevista... toca a ligar para a quatro e ver a bola... mais um portugal vs brasil a feijões... xiii mas a estas horas... se calhar não dá mesmo.
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por acintra » 20/11/2008 0:46

Esta entrevista agendada para hoje foi ouro para a SIC e chumbo para o Rendeiro.
Até o titulo do livro, "cheira" mais a passado e a despedida. Isto é que se chama azar!
Um abraço e bons negócios.

Artur Cintra
 
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por Pata-Hari » 20/11/2008 0:33

Algumas perguntas são de dificil resposta, tem que ser muito penosa esta entrevista. Agora colocam a questão das perdas dos clientes que estão investidos nos veiculos deles e J. Rendeiro responde com preocupações com os clientes e com os empregos dos empregados (... esta foi engraçada porque não tinha a ver com a pergunta mas é reveladora do que lhe está na mente).
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por Alemao » 19/11/2008 23:56

Bolas... acabei agora mesmo de desligar a televisão pra ver as novidades no caldeirão. Afinal vou ter que voltar a ligar a televisão na SIC. Isto parece uma roda viva, já não há sossego!! :evil:
 
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