BPI sai do capital do BCP
mais_um Escreveu:Imaginem que a Jeronimo Martins tinha 10% do capital Sonae, em vez de ter apresentado os excelentes resultados que apresentou teria resultados bastante abaixo do previsto devido à desvalorização das acções da Sonae, algo que não tinha nada a ver com a sua actividade principal.mais_um Escreveu:
Pois mas isso agora é fácil, mas imagina que as cotações da Sonae tinham subido... obviamente que será sempre mais um elemento de risco com que se pode ou não concordar mas esse exemplo funciona agora mas não funcionará sempre no mesmo sentido...mais_um Escreveu:Por isso na minha opinião de curioso, com os poucos dados que disponho parece-me uma medida acertada e que defende os interesses a curto e medio prazo do BPI, protegendo-o de mais penalizações nos seus resultados devido a terceiros.
Mas ficam muitas questões por responder... desde quando é que a participação deixou de ser estratégica?! foi só agora?! não podia o BPI ter vendido a preços muito superiores?
bom fim-de-semana para todos
artista
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Interessante...
Achei muito interessante o ultimo post...Este fim de ano ainda nos vai trazer surpresas!!!
...Será..
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Boa noite,
Sou novo aqui e ainda não tive oportunidade de apresentar-me, será feito noutro post no entanto não resisti a dar uma opinião sobre o assunto embora não seja da minha area.
Para o BPI, contabilisticamente o valor das acções do BCP valiam 1,14€, cotação do fecho no dia 30 de Setembro, assim o grosso do prejuizo já está reflectido nas contas do 3º trimestres BPI, se continuasse com as acções na sua posse significava que os resultados do BPI iam continuar refens do valor das acções do BCP, o que significava que provavelmente ainda ia penalizar mais as contas do BPI no 4º trimestre. Além disso se verificarem os volumes transacionados desde esse dia, verificam que provavelmente as vendas foram feitas a um valor medio de 1€ ou um pouco abaixo, no entanto se verificarem a noticia e dividirem as menos valias pelo volume de acções anuciado como tendo sido vendido, verificam que o BPI perdeu 0,18€ por acção. Alem disso estas menos-valias fazem com que o BPI não pague impostos sobre 7,4 milhões de €, mas nada melhor do que esperar pelo relatorio de contas do BPI para ter a certeza.
Sempre fui critico das participações cruzadas no mesmo mercado netse caso BPI/BCP, porque alem de ser uma situação obscura faz com que as empresas desviem os recursos do seu negocio principal.
Imaginem que a Jeronimo Martins tinha 10% do capital Sonae, em vez de ter apresentado os excelentes resultados que apresentou teria resultados bastante abaixo do previsto devido à desvalorização das acções da Sonae, algo que não tinha nada a ver com a sua actividade principal.
Por isso na minha opinião de curioso, com os poucos dados que disponho parece-me uma medida acertada e que defende os interesses a curto e medio prazo do BPI, protegendo-o de mais penalizações nos seus resultados devido a terceiros.
Cumprimentos,
Alexandre Santos
Sou novo aqui e ainda não tive oportunidade de apresentar-me, será feito noutro post no entanto não resisti a dar uma opinião sobre o assunto embora não seja da minha area.
Para o BPI, contabilisticamente o valor das acções do BCP valiam 1,14€, cotação do fecho no dia 30 de Setembro, assim o grosso do prejuizo já está reflectido nas contas do 3º trimestres BPI, se continuasse com as acções na sua posse significava que os resultados do BPI iam continuar refens do valor das acções do BCP, o que significava que provavelmente ainda ia penalizar mais as contas do BPI no 4º trimestre. Além disso se verificarem os volumes transacionados desde esse dia, verificam que provavelmente as vendas foram feitas a um valor medio de 1€ ou um pouco abaixo, no entanto se verificarem a noticia e dividirem as menos valias pelo volume de acções anuciado como tendo sido vendido, verificam que o BPI perdeu 0,18€ por acção. Alem disso estas menos-valias fazem com que o BPI não pague impostos sobre 7,4 milhões de €, mas nada melhor do que esperar pelo relatorio de contas do BPI para ter a certeza.
Sempre fui critico das participações cruzadas no mesmo mercado netse caso BPI/BCP, porque alem de ser uma situação obscura faz com que as empresas desviem os recursos do seu negocio principal.
Imaginem que a Jeronimo Martins tinha 10% do capital Sonae, em vez de ter apresentado os excelentes resultados que apresentou teria resultados bastante abaixo do previsto devido à desvalorização das acções da Sonae, algo que não tinha nada a ver com a sua actividade principal.
Por isso na minha opinião de curioso, com os poucos dados que disponho parece-me uma medida acertada e que defende os interesses a curto e medio prazo do BPI, protegendo-o de mais penalizações nos seus resultados devido a terceiros.
Cumprimentos,
Alexandre Santos
E se olharem para a questão na perspectiva oposta? quem é o melhor gestor:
- o que vendeu a participação toda que deixou de ser estratégica num mercado em queda livre
(encaixa a menos valia e fecha um mau negócio)
- ou o que ficou agarrado a uma posição que perdeu razão de ser estratégicamente e que apesar de implodir em preço ficou na carteira (faz um mau negócio e fica agarrado a ele)?
- o que vendeu a participação toda que deixou de ser estratégica num mercado em queda livre
(encaixa a menos valia e fecha um mau negócio)
- ou o que ficou agarrado a uma posição que perdeu razão de ser estratégicamente e que apesar de implodir em preço ficou na carteira (faz um mau negócio e fica agarrado a ele)?
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Re: BPI sai do capital do BCP
Qualquer dia o Dr. Fernando Ulrich é posto na rua pelos accionistas.
Quem o salva é o La Caixa, já que vai comprando o BPI a preços de saldos.
Como dizia uma administradora deste forum " Qualquer dias este banco " BPI" fala espanhol.
Quem o salva é o La Caixa, já que vai comprando o BPI a preços de saldos.
Como dizia uma administradora deste forum " Qualquer dias este banco " BPI" fala espanhol.
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Tier 1 a quanto obrigas!
A necessidade de liquidez assim o obriga. Agora em termos estratégicos faz confusão, que em 1 ano uma participação construida a um preço médio na ordem dos 3,00€ seja despejada constantemente até estes valores.
É razão para dizer que os Srs Banqueiros também sabem fazer péssimos negócios, mesmo com todo o tipo de aconselhamento dos iluminados.
Agora, tal como recebem prémios de performance, também devia ser debitado nos próprios rendimentos (inclusive reformas) os prejuizos que originam para as instituições.
A necessidade de liquidez assim o obriga. Agora em termos estratégicos faz confusão, que em 1 ano uma participação construida a um preço médio na ordem dos 3,00€ seja despejada constantemente até estes valores.
É razão para dizer que os Srs Banqueiros também sabem fazer péssimos negócios, mesmo com todo o tipo de aconselhamento dos iluminados.
Agora, tal como recebem prémios de performance, também devia ser debitado nos próprios rendimentos (inclusive reformas) os prejuizos que originam para as instituições.
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BPI sai do capital do BCP
O Banco BPI deixou de ter participação no Banco Comercial Português. A única exposição do banco liderada por Fernando Ulrich ao capital do BCP está agora apenas através da carteira de "trading" e do fundo de pensões. A venda das acções do BCP, desde 30 de Setembro, vai representar uma menos-valia de 7,4 milhões de euros nas contas do BPI referentes ao quarto trimestre do ano.
(Fonte: Jornal de Negócios http://www.jornaldenegocios.pt/index.ph ... &id=341272)
Aí está uma estratégia que não consigo entender, embora seja accionista do BPI e cliente do BCP. Soa mais a uma questão pessoal que pode não estar a zelar pelo melhor interesse da empresa.
Do tipo, se não pode ser todo nosso, então não quero nem uma única acção! E toca a despachar tudo a qualquer preço. Seria tão difícil esperar por melhores dias para vender? O Fernando Ulrich em todas as oportunidades que tem vem dizer que o banco está cheio de dinheiro, então por que a urgência em despachar as acções do BCP?
Alguém consegue ver a questão por outro ângulo?
Quem está ligado: