General Loureiro dos Santos alerta para desespero militares
Oficiais querem chefias com atitudes mais firmes
MANUEL CARLOS FREIRE
Defesa. Ainda no rescaldo das polémicas declarações do general Loureiro dos Santos, uma centena de oficiais das Forças Armadas reuniram-se para um jantar na noite de sexta-feira. Mas, desta vez, não foram só os responsáveis políticos as vítimas das críticas. Alguns participantes visaram os chefes
Paulo Portas preocupado com jovens e veteranos
Os chefes militares foram alvo de fortes críticas por parte de vários dos participantes no jantar reivindicativo organizado sexta-feira pela Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA).
De acordo com relatos concordantes de diferentes fontes ouvidas ontem pelo DN, as chefias militares foram postas no mesmo pelourinho onde os militares há muito colocaram os responsáveis políticos pela Defesa, por deixarem arrastar problemas que até têm justificado manifestações públicas de protesto.
O jantar da AOFA reuniu uma centena de militares, maioritariamente na reserva e na reforma. O número de jovens oficiais era reduzido mas, em contrapartida, estiveram presentes elementos dos gabinetes dos chefes de Estado-Maior da Armada, do Exército e da Força Aérea.
Figuras como o general Eduardo Silvestre, o coronel Vasco Lourenço ou o tenente-coronel Brandão Ferreira foram cáusticos com os chefes militares dos últimos anos. Sanches Osório, antigo deputado do CDS, defendeu mesmo a criação de um sindicato - algo que, disse, considerava "[ser] absurdo" há alguns anos, referiram as fontes.
"Os chefes não fazem sentir à tutela a razão dos seus homens", "a hierarquia é responsável pelo bem-estar" dos efectivos e "não cumprem as suas responsabilidades para com os subordinados", as chefias "têm preferido ser 'comissários políticos'" em vez de se assumirem como sindicalistas junto do poder político, foram algumas dos comentários feitos, segundo diferentes fontes.
No geral, "foi expressa uma série de opiniões, nem sempre coincidentes, mas a apontar na mesma direcção: os órgãos de soberania e os chefes não devem deixar alastrar" a tensão existente nas fileiras, sublinhou um dos participantes num jantar que acabou depois da meia-noite e em cujo lugar de honra esteve o general Loureiro dos Santos - a quem muitos dos presentes foram declarar o seu apoio pelas declarações que agitaram os universos político e mediático.
Jovens e ex-combatentes
O ex-ministro da Defesa e líder do CDS-PP, Paulo Portas, disse ontem estar preocupado com "alguns sinais" que estão a ser dados aos jovens candidatos a entrar nas Forças Armadas e aos ex-combatentes.
Questionado sobre o clima de instabilidade nas Forças Armadas, Portas referiu que elas são uma instituição da Nação e têm um carácter de corpo especial e representação histórica de Portugal. "Qualquer política na área da Defesa Nacional tem que ter sentido de história e dignidade", sublinhou, citado pela Lusa. O ex-ministro acrescentou ainda que "quem fala pelas Forças Armadas são as chefias militares", sendo que "a disciplina é um conceito fundamental" desse universo.
MANUEL CARLOS FREIRE
Defesa. Ainda no rescaldo das polémicas declarações do general Loureiro dos Santos, uma centena de oficiais das Forças Armadas reuniram-se para um jantar na noite de sexta-feira. Mas, desta vez, não foram só os responsáveis políticos as vítimas das críticas. Alguns participantes visaram os chefes
Paulo Portas preocupado com jovens e veteranos
Os chefes militares foram alvo de fortes críticas por parte de vários dos participantes no jantar reivindicativo organizado sexta-feira pela Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA).
De acordo com relatos concordantes de diferentes fontes ouvidas ontem pelo DN, as chefias militares foram postas no mesmo pelourinho onde os militares há muito colocaram os responsáveis políticos pela Defesa, por deixarem arrastar problemas que até têm justificado manifestações públicas de protesto.
O jantar da AOFA reuniu uma centena de militares, maioritariamente na reserva e na reforma. O número de jovens oficiais era reduzido mas, em contrapartida, estiveram presentes elementos dos gabinetes dos chefes de Estado-Maior da Armada, do Exército e da Força Aérea.
Figuras como o general Eduardo Silvestre, o coronel Vasco Lourenço ou o tenente-coronel Brandão Ferreira foram cáusticos com os chefes militares dos últimos anos. Sanches Osório, antigo deputado do CDS, defendeu mesmo a criação de um sindicato - algo que, disse, considerava "[ser] absurdo" há alguns anos, referiram as fontes.
"Os chefes não fazem sentir à tutela a razão dos seus homens", "a hierarquia é responsável pelo bem-estar" dos efectivos e "não cumprem as suas responsabilidades para com os subordinados", as chefias "têm preferido ser 'comissários políticos'" em vez de se assumirem como sindicalistas junto do poder político, foram algumas dos comentários feitos, segundo diferentes fontes.
No geral, "foi expressa uma série de opiniões, nem sempre coincidentes, mas a apontar na mesma direcção: os órgãos de soberania e os chefes não devem deixar alastrar" a tensão existente nas fileiras, sublinhou um dos participantes num jantar que acabou depois da meia-noite e em cujo lugar de honra esteve o general Loureiro dos Santos - a quem muitos dos presentes foram declarar o seu apoio pelas declarações que agitaram os universos político e mediático.
Jovens e ex-combatentes
O ex-ministro da Defesa e líder do CDS-PP, Paulo Portas, disse ontem estar preocupado com "alguns sinais" que estão a ser dados aos jovens candidatos a entrar nas Forças Armadas e aos ex-combatentes.
Questionado sobre o clima de instabilidade nas Forças Armadas, Portas referiu que elas são uma instituição da Nação e têm um carácter de corpo especial e representação histórica de Portugal. "Qualquer política na área da Defesa Nacional tem que ter sentido de história e dignidade", sublinhou, citado pela Lusa. O ex-ministro acrescentou ainda que "quem fala pelas Forças Armadas são as chefias militares", sendo que "a disciplina é um conceito fundamental" desse universo.
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Forças Armadas: «Disciplina é inaceitável»
Paulo Portas defendeu a natureza hierárquica das Forças Armadas, considerando que a indisciplina é inaceitável
O líder do CDS-PP, Paulo Portas, defendeu na sexta-feira passada a natureza hierárquica das Forças Armadas, considerando que a indisciplina é inaceitável, após questionado sobre o clima de instabilidade e tensão na instituição militar, escreve a Lusa.
«A instituição militar é especial. É uma instituição hierárquica, quem fala pela instituição militar são os chefes militares. A indisciplina é obviamente inaceitável», afirmou Paulo Portas, questionado pela jornalista Ana Lourenço, na SIC-Notícias, sobre alertas que têm sido feitos para o clima de mal-estar e tensão nas Forças Armadas.
Ministério da Defesa promete «empenho» aos militares
Militares podem fazer «disparates» com efeitos na democracia
O antigo chefe do Estado-Maior do Exército Loureiro dos Santos alertou para situações de «injustiça» entre os militares e advertiu que esta conjuntura pode levar a atitudes mais «irreflectidas» por parte de militares mais jovens.
O líder do CDS-PP e ex-ministro da Defesa manifestou-se «sobretudo preocupado» com «os sinais que estão a ser dados» aos jovens que querem entrar para a instituição militar e aos ex-combatentes.
«Aos jovens porque hoje em dia as Forças Armadas são profissionais e se os jovens perceberem que as Forças Armadas não oferecem condições razoáveis obviamente não as procuram», frisou.
Quanto aos veteranos, o líder do CDS-PP lamentou que o suplemento de pensão aos ex-combatentes, instituído no Governo PSD/CDS-PP, «vá ser cortado em metade e ficar em quase nada por obra do Governo socialista».
Paulo Portas defendeu a natureza hierárquica das Forças Armadas, considerando que a indisciplina é inaceitável
O líder do CDS-PP, Paulo Portas, defendeu na sexta-feira passada a natureza hierárquica das Forças Armadas, considerando que a indisciplina é inaceitável, após questionado sobre o clima de instabilidade e tensão na instituição militar, escreve a Lusa.
«A instituição militar é especial. É uma instituição hierárquica, quem fala pela instituição militar são os chefes militares. A indisciplina é obviamente inaceitável», afirmou Paulo Portas, questionado pela jornalista Ana Lourenço, na SIC-Notícias, sobre alertas que têm sido feitos para o clima de mal-estar e tensão nas Forças Armadas.
Ministério da Defesa promete «empenho» aos militares
Militares podem fazer «disparates» com efeitos na democracia
O antigo chefe do Estado-Maior do Exército Loureiro dos Santos alertou para situações de «injustiça» entre os militares e advertiu que esta conjuntura pode levar a atitudes mais «irreflectidas» por parte de militares mais jovens.
O líder do CDS-PP e ex-ministro da Defesa manifestou-se «sobretudo preocupado» com «os sinais que estão a ser dados» aos jovens que querem entrar para a instituição militar e aos ex-combatentes.
«Aos jovens porque hoje em dia as Forças Armadas são profissionais e se os jovens perceberem que as Forças Armadas não oferecem condições razoáveis obviamente não as procuram», frisou.
Quanto aos veteranos, o líder do CDS-PP lamentou que o suplemento de pensão aos ex-combatentes, instituído no Governo PSD/CDS-PP, «vá ser cortado em metade e ficar em quase nada por obra do Governo socialista».
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Mal-estar geral nos quartéis
01h19m
CARLOS VARELA
Nos quartéis o ambiente está quente, com cortes na saúde, nas carreiras e ainda o espartilho do orçamento. A resposta dos militares limita-se para já a reuniões e debates, mas já se fala em acções de rua. E há generais a criticar o CEMGFA.
O mal-estar vivido nos quartéis e que veio a público na sequência das declarações do general Loureiro dos Santos teve ontem reflexo no jantar-debate de oficiais que decorreu em Lisboa. O encontro foi organizado pela Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA) e o presidente daquela estrutura, coronel de artilharia Alpedrinha Pires, não limitou as preocupações a uma questão de classe e de direitos profissionais: "A vida nas unidades é desastrosa e dramática", estendendo, assim, o mal-estar à falta de verba até para o funcionamento regular das unidades.
Alpedrinha Pires conhece o anunciado reforço do orçamento por parte do Ministério da Defesa (MDN), mas diz que não chega, uma vez que "há unidades onde falta verba para a luz, para a água e para a gestão corrente. As coisas só estão bem em algumas forças ou naquelas que vão ser destacadas para o exterior". E quanto a um maior investimento no reequipamento, "vamos a ver, porque o mais habitual é o desvio de verbas da Lei de Programação Militar".
O mote foi dado pelo general Loureiro dos Santos quando na quarta-feira, no lançamento do seu livro "Como Evitar Golpes de Estado", criticou a passividade do Governo perante a falta de soluções para os principais problemas dos militares do Quadro Permanente das Forças Armadas, as questões da remuneração, da saúde e das pensões. No jantar, no entanto, adiantou acreditar que o MDN tenha vontade política para resolver os problemas, se bem que tenha reafirmado o receio relativamente a atitudes individuais mais preocupantes.
Ontem, o chefe de Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA), citado pela agência Lusa, veio reconhecer que "há, como certamente em todas as diferentes instâncias do país, problemas e dificuldades e coisas que têm que ser resolvidas", lembrando que vêm de "há dez anos". Mas Valença Pinto também lembrou que é um processo que tem que ser "vivido com absoluta compreensão do quadro geral de dificuldades do país".
As explicações de Valença Pinto não foram bem aceites no jantar de oficiais, mesmo entre os generais. O general Eduardo Silvestre, antigo inspector-geral da Força Aérea, foi categórico: "Se há problemas que se arrastam há 10 anos e se é o próprio CEMGFA que o diz e o reconhece, então o CEMGFA é incapaz de resolver a crise". Também o tenente-coronel Vasco Lourenço mostrava preocupação: "os militares não cortam estradas, mas o Governo não pode continuar a ignorar-nos. Pode haver pessoas que queiram fazer coisas feias".
Entre os sargentos, o ambiente também não é o melhor. "Há problemas de toda a ordem. Têm-nos chegado alguns casos em que chega a não haver verba nem para comprar papel higiénico. São casos pontuais, mas existem", apontou Lima Coelho, presidente da ANS. E quanto aos cortes na saúde e nas carreiras Lima Coelho adiantou que a ANS vai começar a realizar reuniões por todo o país: "A primeira é Viseu, na próxima semana, depois em Braga". E a opção de mais acções de rua é uma das soluções, "claro que vamos estudar essa opção, vamos reunir e decidir o que fazer".
01h19m
CARLOS VARELA
Nos quartéis o ambiente está quente, com cortes na saúde, nas carreiras e ainda o espartilho do orçamento. A resposta dos militares limita-se para já a reuniões e debates, mas já se fala em acções de rua. E há generais a criticar o CEMGFA.
O mal-estar vivido nos quartéis e que veio a público na sequência das declarações do general Loureiro dos Santos teve ontem reflexo no jantar-debate de oficiais que decorreu em Lisboa. O encontro foi organizado pela Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA) e o presidente daquela estrutura, coronel de artilharia Alpedrinha Pires, não limitou as preocupações a uma questão de classe e de direitos profissionais: "A vida nas unidades é desastrosa e dramática", estendendo, assim, o mal-estar à falta de verba até para o funcionamento regular das unidades.
Alpedrinha Pires conhece o anunciado reforço do orçamento por parte do Ministério da Defesa (MDN), mas diz que não chega, uma vez que "há unidades onde falta verba para a luz, para a água e para a gestão corrente. As coisas só estão bem em algumas forças ou naquelas que vão ser destacadas para o exterior". E quanto a um maior investimento no reequipamento, "vamos a ver, porque o mais habitual é o desvio de verbas da Lei de Programação Militar".
O mote foi dado pelo general Loureiro dos Santos quando na quarta-feira, no lançamento do seu livro "Como Evitar Golpes de Estado", criticou a passividade do Governo perante a falta de soluções para os principais problemas dos militares do Quadro Permanente das Forças Armadas, as questões da remuneração, da saúde e das pensões. No jantar, no entanto, adiantou acreditar que o MDN tenha vontade política para resolver os problemas, se bem que tenha reafirmado o receio relativamente a atitudes individuais mais preocupantes.
Ontem, o chefe de Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA), citado pela agência Lusa, veio reconhecer que "há, como certamente em todas as diferentes instâncias do país, problemas e dificuldades e coisas que têm que ser resolvidas", lembrando que vêm de "há dez anos". Mas Valença Pinto também lembrou que é um processo que tem que ser "vivido com absoluta compreensão do quadro geral de dificuldades do país".
As explicações de Valença Pinto não foram bem aceites no jantar de oficiais, mesmo entre os generais. O general Eduardo Silvestre, antigo inspector-geral da Força Aérea, foi categórico: "Se há problemas que se arrastam há 10 anos e se é o próprio CEMGFA que o diz e o reconhece, então o CEMGFA é incapaz de resolver a crise". Também o tenente-coronel Vasco Lourenço mostrava preocupação: "os militares não cortam estradas, mas o Governo não pode continuar a ignorar-nos. Pode haver pessoas que queiram fazer coisas feias".
Entre os sargentos, o ambiente também não é o melhor. "Há problemas de toda a ordem. Têm-nos chegado alguns casos em que chega a não haver verba nem para comprar papel higiénico. São casos pontuais, mas existem", apontou Lima Coelho, presidente da ANS. E quanto aos cortes na saúde e nas carreiras Lima Coelho adiantou que a ANS vai começar a realizar reuniões por todo o país: "A primeira é Viseu, na próxima semana, depois em Braga". E a opção de mais acções de rua é uma das soluções, "claro que vamos estudar essa opção, vamos reunir e decidir o que fazer".
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
01 Novembro 2008 - 00h30
Forças Armadas: Vasco Lourenço deixa aviso e critica chefes militares
“Se não querem acabem com elas”
A tensão que se vive nas Forças Armadas, devido à insatisfação dos militares pela forma como são tratados pelo poder político, foi ontem o tema de conversa entre cerca de uma centena de oficiais num jantar em Lisboa. O presidente da Associação 25 de Abril, coronel Vasco Lourenço, deixou, aliás, um claro recado ao Governo: "Ou querem umas Forças Armadas com todas as condições, ou então, se não querem, acabem com elas."
A iniciativa surgiu após o alerta lançado pelo general Loureiro dos Santos, que chamou à atenção para os actos irreflectidos de jovens militares "desesperados" que podem pôr em causa a democracia.
Mas o descontentamento não atinge só os mais jovens. Vasco Lourenço também teceu duras críticas à "insensibilidade do poder político e das chefias militares" para a actual situação das Forças Armadas. "Os chefes militares tinham a obrigação de fazer ver ao Governo as preocupações e os problemas dos militares", afirmou o coronel antes de entrar para o jantar-debate. "As Forças Armadas estão na primeira linha de intervenção na política externa mas depois tratam-noscomo simples mangas de alpaca."
A degradação dos salários e da assistência na doença e a falta de pagamento dos complementosde pensão aos militares são algumas das questões que mais motivam a preocupação dos militares. O chefe do Estado-Maior- -General das Forças Armadas, Valença Pinto, reconheceu ontem que existem problemas na instituição militar mas alegou que são situações antigas e que têm de ser compreendidas no quadro geral de dificuldades do País. "Tenho necessariamente de reconhecer que há, como certamente em todas as diferentes instâncias do País, problemas e dificuldades e coisas que têm de ser resolvidas", afirmou Valença Pinto. Uma posição que mereceu a concordância do general Loureiro dos Santos, que fez questão de marcar presença no jantar.
"O senhor general confirmou o que disse", afirmou o ex-chefe do Estado-Maior do Exército. Loureiro dos Santos assegurou ainda que "há uma clara vontade política para dar uma resposta positiva" às questões que preocupam os militares. "Quem está na Defesa está muito preocupado com esta situação de tensão nas Forças Armadas", concluiu.
O presidente da Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA) considerou que o jantar com oficiais no activo, na reserva e na reforma "é um sinal de que algo vai mal". Alpedrinha Pires sustentou que a situação na instituição militar está "desastrosa e dramática", devido aos cortes orçamentais, e criticou o "secretismo" com que está a ser preparada a revisão das carreiras e o sistema retributivo. "A noção existente é a de que vão ser questões fracturantes", concluiu
Forças Armadas: Vasco Lourenço deixa aviso e critica chefes militares
“Se não querem acabem com elas”
A tensão que se vive nas Forças Armadas, devido à insatisfação dos militares pela forma como são tratados pelo poder político, foi ontem o tema de conversa entre cerca de uma centena de oficiais num jantar em Lisboa. O presidente da Associação 25 de Abril, coronel Vasco Lourenço, deixou, aliás, um claro recado ao Governo: "Ou querem umas Forças Armadas com todas as condições, ou então, se não querem, acabem com elas."
A iniciativa surgiu após o alerta lançado pelo general Loureiro dos Santos, que chamou à atenção para os actos irreflectidos de jovens militares "desesperados" que podem pôr em causa a democracia.
Mas o descontentamento não atinge só os mais jovens. Vasco Lourenço também teceu duras críticas à "insensibilidade do poder político e das chefias militares" para a actual situação das Forças Armadas. "Os chefes militares tinham a obrigação de fazer ver ao Governo as preocupações e os problemas dos militares", afirmou o coronel antes de entrar para o jantar-debate. "As Forças Armadas estão na primeira linha de intervenção na política externa mas depois tratam-noscomo simples mangas de alpaca."
A degradação dos salários e da assistência na doença e a falta de pagamento dos complementosde pensão aos militares são algumas das questões que mais motivam a preocupação dos militares. O chefe do Estado-Maior- -General das Forças Armadas, Valença Pinto, reconheceu ontem que existem problemas na instituição militar mas alegou que são situações antigas e que têm de ser compreendidas no quadro geral de dificuldades do País. "Tenho necessariamente de reconhecer que há, como certamente em todas as diferentes instâncias do País, problemas e dificuldades e coisas que têm de ser resolvidas", afirmou Valença Pinto. Uma posição que mereceu a concordância do general Loureiro dos Santos, que fez questão de marcar presença no jantar.
"O senhor general confirmou o que disse", afirmou o ex-chefe do Estado-Maior do Exército. Loureiro dos Santos assegurou ainda que "há uma clara vontade política para dar uma resposta positiva" às questões que preocupam os militares. "Quem está na Defesa está muito preocupado com esta situação de tensão nas Forças Armadas", concluiu.
O presidente da Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA) considerou que o jantar com oficiais no activo, na reserva e na reforma "é um sinal de que algo vai mal". Alpedrinha Pires sustentou que a situação na instituição militar está "desastrosa e dramática", devido aos cortes orçamentais, e criticou o "secretismo" com que está a ser preparada a revisão das carreiras e o sistema retributivo. "A noção existente é a de que vão ser questões fracturantes", concluiu
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Caros Forenses,
Eu não vejo que o descontentamento dos militares possa trazer problemas seja a quem fôr.
Não há militares em quantidade e nem sequer têem armamento pra desencadear uma revolução. Se o fizessem neste momento rápidamente seriam abafados pela nato.
Isto não quer dizer que, num futuro próximo, não venham a ter que desempenhar um papel mais relevante. Mas para isso, será preciso que a Europa deixe de se apresentar como uma únião e Portugal se veja obrigado a criar uma defesa mais coerente.
Se repararem, os militares têem feito manifestações, coisa que não faz sentido nenhum, pois a formação de um militar não é igual ao da restante função pública.
Um abraço de
Miguel Rodrigues
Eu não vejo que o descontentamento dos militares possa trazer problemas seja a quem fôr.
Não há militares em quantidade e nem sequer têem armamento pra desencadear uma revolução. Se o fizessem neste momento rápidamente seriam abafados pela nato.
Isto não quer dizer que, num futuro próximo, não venham a ter que desempenhar um papel mais relevante. Mas para isso, será preciso que a Europa deixe de se apresentar como uma únião e Portugal se veja obrigado a criar uma defesa mais coerente.
Se repararem, os militares têem feito manifestações, coisa que não faz sentido nenhum, pois a formação de um militar não é igual ao da restante função pública.
Um abraço de
Miguel Rodrigues
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- Registado: 3/5/2007 13:55
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Independentemente das heranças do passado (elevado numero de oficiais alta patente), e injustiças do sistema, existe essencialmente na nossa classe politica,um dilema que é, o que fazer com as FA?
Reduções de pessoal, já houve, profissionalização também, resta saber se em escala suficiente.
Em termos orçamentais, há já muitos anos que Portugal gasta uma percentagem infima do seu orçamento em despesas militares. Resultado, talvez, +95% do orçamento absorvido por despesas correntes, tais como ordenados, missões internacionais, etc.
Investimento em material moderno, pouco. e o pouco que se está afazer, será que depois de adquirido, haverá dinheiro para o pôr operacional, nem que seja nos minimos?
Se eu fosse militar também me sentiria desanimado, com falta de material moderno, e com a falta de exercicios, de maneira a termos umas FA, pequenas, sim, mas eficientes, e que não tenham sempre que fazer "milagres" com sucata de há 30 anos.
Ora compete ao poder politico decidir e modificar esta situação. Sabe-se, que em Portugal, este tipo de despesas não são populares, mas na minha opinião, são despesas indispensaveis a manutenção da nossa independencia como Nação, dentro de limites razoáveis, claro está.
E, se pode parecer impensável, uma movimentação de algums sectores das FA, para mudar as coisas, existe uma velha regra, que deve ser relembrada: Manter as FA minimamente contentes e ocupadas, afasta o perigo e a tentação de golpes de estado, isto é intemporal, e válido em qualquer Pais.
E nós temos uma ZEE tão vasta para controlar e defender de abusos...
Reduções de pessoal, já houve, profissionalização também, resta saber se em escala suficiente.
Em termos orçamentais, há já muitos anos que Portugal gasta uma percentagem infima do seu orçamento em despesas militares. Resultado, talvez, +95% do orçamento absorvido por despesas correntes, tais como ordenados, missões internacionais, etc.
Investimento em material moderno, pouco. e o pouco que se está afazer, será que depois de adquirido, haverá dinheiro para o pôr operacional, nem que seja nos minimos?
Se eu fosse militar também me sentiria desanimado, com falta de material moderno, e com a falta de exercicios, de maneira a termos umas FA, pequenas, sim, mas eficientes, e que não tenham sempre que fazer "milagres" com sucata de há 30 anos.
Ora compete ao poder politico decidir e modificar esta situação. Sabe-se, que em Portugal, este tipo de despesas não são populares, mas na minha opinião, são despesas indispensaveis a manutenção da nossa independencia como Nação, dentro de limites razoáveis, claro está.
E, se pode parecer impensável, uma movimentação de algums sectores das FA, para mudar as coisas, existe uma velha regra, que deve ser relembrada: Manter as FA minimamente contentes e ocupadas, afasta o perigo e a tentação de golpes de estado, isto é intemporal, e válido em qualquer Pais.
E nós temos uma ZEE tão vasta para controlar e defender de abusos...
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penso que ninguem tem duvidas de que o estado portugues trata mal os seus militares, nao é novidade alguma o assunto, bem pelo menos no que toca as classes de praças, ou seja, os militares mais jovens.
O que o general loureiro dos santos alertou foi para o facto de alguns militares mais jovens, nestes tempos dificeis por que todos passamos, poderem cometer alguns disparates, o que na minha opinião nao é nenhuma alucinação...
A maioria dos praças das forças armadas recebe em media 600 euros, muitas vezes, talvez a maioria, com contratados a termo certo, nao tendo condiçoes de trabalho dignas...
Quando o estado falou em profssionalizaçao das forças armadas, esperava-se bem mais, isto para nao falar dos elevados orednados e mordomias dos que estao nos topos das hierarquias militares que gera algum desconforto e sentimento de injustiça por quem muitas vezes da aquilo que tem em prol do país...
O que o general loureiro dos santos alertou foi para o facto de alguns militares mais jovens, nestes tempos dificeis por que todos passamos, poderem cometer alguns disparates, o que na minha opinião nao é nenhuma alucinação...
A maioria dos praças das forças armadas recebe em media 600 euros, muitas vezes, talvez a maioria, com contratados a termo certo, nao tendo condiçoes de trabalho dignas...
Quando o estado falou em profssionalizaçao das forças armadas, esperava-se bem mais, isto para nao falar dos elevados orednados e mordomias dos que estao nos topos das hierarquias militares que gera algum desconforto e sentimento de injustiça por quem muitas vezes da aquilo que tem em prol do país...
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Chefe de Estado-Maior admite problemas nas Forças Armadas
Hoje às 15:08
O chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) admitiu, esta sexta-feira, que existem problemas na instituição, mas alegou que são situações antigas e que têm de ser compreendidas no quadro geral de dificuldades do país.
«Tenho necessariamente de reconhecer que há, como certamente em todas as diferentes instâncias do país, problemas e dificuldades e coisas que têm de ser resolvidas», afirmou o general Valença Pinto, à margem da rendição do Comandante Operacional dos Açores.
O antigo Chefe de Estado-Maior do Exército, o general Loureiro dos Santos, alertou quinta-feira para situações de «injustiça» e considerou que esta conjuntura pode levar a atitudes mais «irreflectidas» por parte de militares mais jovens, apelando à «responsabilidade primária» do primeiro-ministro para resolver os problemas e reivindicações feitas pelas associações militares ao longo dos últimos anos.
Para Loureiro dos Santos, «as questões essenciais - o sistema remuneratório, o pagamento de pensões e a questão do apoio de saúde [aos militares] não têm sido resolvidas» pelo Governo de José Sócrates, embora reconheça alguns progressos.
Hoje nos Açores, o CEMGFA adiantou que em causa estão situações de «há dez anos e que não vêm do passado mais recente» e que as chefias militares, como «única entidade autorizada e institucionalmente responsável no quadro do Estado», estão a analisar com o poder político.
«Algumas coisas têm vindo a ser resolvidas e minoradas, outras estão a ser trabalhadas e outras estão, necessariamente, ainda pendentes», salientou o general Valença Pinto.
Chefe de Estado-Maior admite problemas nas Forças Armadas
Hoje às 15:08
O chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) admitiu, esta sexta-feira, que existem problemas na instituição, mas alegou que são situações antigas e que têm de ser compreendidas no quadro geral de dificuldades do país.
«Tenho necessariamente de reconhecer que há, como certamente em todas as diferentes instâncias do país, problemas e dificuldades e coisas que têm de ser resolvidas», afirmou o general Valença Pinto, à margem da rendição do Comandante Operacional dos Açores.
O antigo Chefe de Estado-Maior do Exército, o general Loureiro dos Santos, alertou quinta-feira para situações de «injustiça» e considerou que esta conjuntura pode levar a atitudes mais «irreflectidas» por parte de militares mais jovens, apelando à «responsabilidade primária» do primeiro-ministro para resolver os problemas e reivindicações feitas pelas associações militares ao longo dos últimos anos.
Para Loureiro dos Santos, «as questões essenciais - o sistema remuneratório, o pagamento de pensões e a questão do apoio de saúde [aos militares] não têm sido resolvidas» pelo Governo de José Sócrates, embora reconheça alguns progressos.
Hoje nos Açores, o CEMGFA adiantou que em causa estão situações de «há dez anos e que não vêm do passado mais recente» e que as chefias militares, como «única entidade autorizada e institucionalmente responsável no quadro do Estado», estão a analisar com o poder político.
«Algumas coisas têm vindo a ser resolvidas e minoradas, outras estão a ser trabalhadas e outras estão, necessariamente, ainda pendentes», salientou o general Valença Pinto.
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Apenas afirmei o que afirmei porque acho que todos devem ter direito a boas condições de vida. Eu sei que nas FA há muitos que pouco ou nada fazem e andam à boa vida, mas isso acontece derivado do sistema implantado que o permite. Por outro lado, também existem muitas carências que podem contribuir para o actual descontentamento. Como é de assinalar, há muito da formação nas FA que pode ser aproveitado para a vida civil e para que essas pessoas se integrem e arranjem um emprego dentro da área que mais lhe interessa. Até conheço casos em que correu bem, mas também há quem não se desenrasque tão bem. Mas também acaba por ser como em todas as áreas da sociedade, uns vão-se safando melhor que outros.
Quanto a não haver FA, eu disse o que disse pelos aspectos que referi acima, mas é lógico que aquilo que aqui tens escrito é verdade e eu próprio também não concebo um país sem umas FA crediveis. Para mim, estas, devem existir e cumprir a sua missão e, quanto mais não seja, terem uma função dissuasora como já referiste. Mas para isso devem ter as condições adequadas para o poderem fazer, quer em material bélico, quer no que se refere à carreira e às regalias sociais.
Quanto a não haver FA, eu disse o que disse pelos aspectos que referi acima, mas é lógico que aquilo que aqui tens escrito é verdade e eu próprio também não concebo um país sem umas FA crediveis. Para mim, estas, devem existir e cumprir a sua missão e, quanto mais não seja, terem uma função dissuasora como já referiste. Mas para isso devem ter as condições adequadas para o poderem fazer, quer em material bélico, quer no que se refere à carreira e às regalias sociais.
Fasquia do descontentamento militar sobe mais uns furos
MANUEL CARLOS FREIRE
Defesa. O universo militar agitou-se ontem com o impacto mediático do novo alerta do general Loureiro dos Santos para o poder político resolver os problemas das Forças Armadas, no dia em que o ex-chefe de Estado Ramalho Eanes recebeu a Associação de Oficiais
Oficiais vão fazer hoje uma "análise da situação"
Diversos oficiais generais elevaram ontem a fasquia do descontentamento militar contra o poder político, ao aludirem à possibilidade de jovens militares poderem cometer "actos irreflectidos" de desespero.
Dias depois da manifestação que juntou alguns milhares de militares - em causa estão as carreiras, o sistema remuneratório ou o apoio na saúde - no centro de Lisboa, as declarações de ontem do general Loureiro dos Santos agitaram os corredores do poder ao lembrar que, entre os muitos militares altamente treinados e com alguns anos de experiência em teatros de guerra como o Afeganistão, há quem possa perder a cabeça e cometer uma asneira. "Penso que está fora de questão qualquer coisa organizada, mas [podem surgir] actos um pouco irreflectidos que normalmente as pessoas mais novas são levadas a praticar, não têm a prudência, nem a experiência, nem as precauções dos mais velhos", afirmou o general à TSF.
Apesar da formulação, as palavras de Loureiro dos Santos deixaram no ar uma alusão implícita a um qualquer golpe de Estado. Outros pesos-pesados da instituição militar sem restrições ao direito de expressão, como o general Garcia Leandro ou o almirante Vieira Matias, secundaram as palavras duras de Loureiro dos Santos - no dia em que o antigo presidente da República Ramalho Eanes recebeu a Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA), no dia em que o próprio Loureiro dos Santos foi recebido pelo chefe do Estado-Maior da Armada (enquanto dirigente da Associação dos Militares na Reserva e Reforma), no dia em que o ex-chefe de Estado Jorge Sampaio esteve no lançamento do livro intitulado Como Evitar Golpes Militares e na véspera do jantar que a AOFA realiza hoje em Lisboa.
O Ministério da Defesa, "empenhado em resolver todas as situações" que afectam os militares, desvalorizou o caso. "Posso afirmar que o Ministério da Defesa, o Governo, não considera que exista um mal-estar generalizado nas Forças Armadas", declarou o secretário de Estado da Defesa. "Não considero que exista qualquer clima de descontentamento generalizado ou que isso eventualmente possa vir a representar um perigo para a democracia", adiantou João Mira Gomes.
Segundo Mira Gomes, há "um processo de reforma que está em curso, uma reforma muito importante, que está a ser feita em conjunto com as chefias militares, existe também uma grande intervenção do Governo para introduzir várias melhorias no sistema, não só de saúde, de retribuições, de carreiras dos militares, já com resultados concretos".
A verdade é que figuras como Loureiro dos Santos, Garcia Leandro ou Vieira Matias, quando falam em público nos termos registados ontem, traduzem o sentimento profundo da instituição militar. Resta saber se os chefes militares vão tomar alguma posição pública - como já fizeram sobre a reforma hospitalar.
MANUEL CARLOS FREIRE
Defesa. O universo militar agitou-se ontem com o impacto mediático do novo alerta do general Loureiro dos Santos para o poder político resolver os problemas das Forças Armadas, no dia em que o ex-chefe de Estado Ramalho Eanes recebeu a Associação de Oficiais
Oficiais vão fazer hoje uma "análise da situação"
Diversos oficiais generais elevaram ontem a fasquia do descontentamento militar contra o poder político, ao aludirem à possibilidade de jovens militares poderem cometer "actos irreflectidos" de desespero.
Dias depois da manifestação que juntou alguns milhares de militares - em causa estão as carreiras, o sistema remuneratório ou o apoio na saúde - no centro de Lisboa, as declarações de ontem do general Loureiro dos Santos agitaram os corredores do poder ao lembrar que, entre os muitos militares altamente treinados e com alguns anos de experiência em teatros de guerra como o Afeganistão, há quem possa perder a cabeça e cometer uma asneira. "Penso que está fora de questão qualquer coisa organizada, mas [podem surgir] actos um pouco irreflectidos que normalmente as pessoas mais novas são levadas a praticar, não têm a prudência, nem a experiência, nem as precauções dos mais velhos", afirmou o general à TSF.
Apesar da formulação, as palavras de Loureiro dos Santos deixaram no ar uma alusão implícita a um qualquer golpe de Estado. Outros pesos-pesados da instituição militar sem restrições ao direito de expressão, como o general Garcia Leandro ou o almirante Vieira Matias, secundaram as palavras duras de Loureiro dos Santos - no dia em que o antigo presidente da República Ramalho Eanes recebeu a Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA), no dia em que o próprio Loureiro dos Santos foi recebido pelo chefe do Estado-Maior da Armada (enquanto dirigente da Associação dos Militares na Reserva e Reforma), no dia em que o ex-chefe de Estado Jorge Sampaio esteve no lançamento do livro intitulado Como Evitar Golpes Militares e na véspera do jantar que a AOFA realiza hoje em Lisboa.
O Ministério da Defesa, "empenhado em resolver todas as situações" que afectam os militares, desvalorizou o caso. "Posso afirmar que o Ministério da Defesa, o Governo, não considera que exista um mal-estar generalizado nas Forças Armadas", declarou o secretário de Estado da Defesa. "Não considero que exista qualquer clima de descontentamento generalizado ou que isso eventualmente possa vir a representar um perigo para a democracia", adiantou João Mira Gomes.
Segundo Mira Gomes, há "um processo de reforma que está em curso, uma reforma muito importante, que está a ser feita em conjunto com as chefias militares, existe também uma grande intervenção do Governo para introduzir várias melhorias no sistema, não só de saúde, de retribuições, de carreiras dos militares, já com resultados concretos".
A verdade é que figuras como Loureiro dos Santos, Garcia Leandro ou Vieira Matias, quando falam em público nos termos registados ontem, traduzem o sentimento profundo da instituição militar. Resta saber se os chefes militares vão tomar alguma posição pública - como já fizeram sobre a reforma hospitalar.
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
comentário
Caro Habanero
Todos desejaríamos que não fossem necessárias forças de segurança e defesa.
Mas se reflectires bem, concordarás que em sociedade, o exercício do poder implicou e sempre implicará a violênca.
Actualmente, e por técnicas de propaganda, por injecção de ideias força nos cidadãos, essa volência parece mitigada ou até mesmo parece que não existe, obscurecida por ideais de democracia e escondida atrás de grandes princípios proclamados em todos os areópagos da humanidade como sejam os da igualdade, da fraternidade, da liberdade, da paz, dos direitos humanos...etc.
No concreto, porém, existe poder a exercer e, implicicitamente, existe violência.
Ora, sendo assim, o poder tem de ter força para ser exercido.
Logo não entendo esse teu desejo utópico de não haver forças armadas e de segurança numa comunidade feita de homens e de interesses comuns e por isso mesmo concorrentes.
Faz parte da condição humana esta servidão. Que poderemos fazer?
O Homem sempre se revoltou perante estes codicionalismos da sua existência e tem progredido o mais que pode na sua espiritualidade...mas existe ainda muito para progredir....nem sabemos quanto falta ainda.
O certo é que essa progressão não é feita aos saltos...tem de ser gradual como a aprendizagem da vida.
Por isso essa sugestão que apesentas me parece um ideal a atingir e portanto intempestiva na realidade actual.
cumps
Todos desejaríamos que não fossem necessárias forças de segurança e defesa.
Mas se reflectires bem, concordarás que em sociedade, o exercício do poder implicou e sempre implicará a violênca.
Actualmente, e por técnicas de propaganda, por injecção de ideias força nos cidadãos, essa volência parece mitigada ou até mesmo parece que não existe, obscurecida por ideais de democracia e escondida atrás de grandes princípios proclamados em todos os areópagos da humanidade como sejam os da igualdade, da fraternidade, da liberdade, da paz, dos direitos humanos...etc.
No concreto, porém, existe poder a exercer e, implicicitamente, existe violência.
Ora, sendo assim, o poder tem de ter força para ser exercido.
Logo não entendo esse teu desejo utópico de não haver forças armadas e de segurança numa comunidade feita de homens e de interesses comuns e por isso mesmo concorrentes.
Faz parte da condição humana esta servidão. Que poderemos fazer?
O Homem sempre se revoltou perante estes codicionalismos da sua existência e tem progredido o mais que pode na sua espiritualidade...mas existe ainda muito para progredir....nem sabemos quanto falta ainda.
O certo é que essa progressão não é feita aos saltos...tem de ser gradual como a aprendizagem da vida.
Por isso essa sugestão que apesentas me parece um ideal a atingir e portanto intempestiva na realidade actual.
cumps
Editado pela última vez por jotabilo em 3/11/2008 1:02, num total de 1 vez.
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Economista33 Escreveu:habanero04 Escreveu:Os políticos só se lembram dos militares quando precisam deles. O que os portugueses deviam fazer era simplesmente serem todos objectores de consciência e abster-se do serviço militar e desse tipo de carreira. Assim, acabava esta palhaçada que existe actualmente.
Andas distraido?
O SMO acabou!
Abr
Estava a referir-me a que as pessoas não considerassem as FA como oportunidade de trabalho.
João Miguel Rodrigues
General Loureiro dos Santos alertou para desespero dos militares31 Outubro 2008 - 00h30
Defesa - Cem graduados reúnem-se hoje em Lisboa
Oficiais discutem tensão ao jantar
Cerca de uma centena de oficiais das Forças Armadas analisam hoje, num jantar à porta fechada, em Lisboa, a actual situação dos militares. A iniciativa surge num momento em que o general Loureiro dos Santos alertou para o desespero de alguns militares, que os poderá levar a cometer actos que ponham em causa a Democracia. Por isso, avisou: "Quanto mais depressa o Governo resolver as situações de injustiça mais depressa será possível atenuar a tensão e o descontentamento na instituição militar."
O ex-chefe do Estado-Maior do Exército disse ao CM que os militares mais jovens, "sensíveis às injustiças, podem cometer actos ocasionais, de irreflexão, que não são próprios de uma democracia europeia".
A situação dos militares será hoje tema de debate num jantar organizado pela Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA) a pedido de oficiais no activo, que decorre às 19h30 no restaurante Espaço Tejo. O general Loureiro dos Santos, o ex-presidente do Supremo Tribunal Militar almirante Castanho Paes e o general Silvestre dos Santos estarão presentes na iniciativa, que reúne oficiais no activo, na reserva e na reforma, apurou o nosso jornal.
A degradação do sistema retributivo, as alterações à assistência médica e o não pagamento dos complementos de pensão aos militares são situações insustentáveis para Loureiro dos Santos. Ao CM o general disse ainda que "sabe que o Governo está a trabalhar no sentido de dar um sinal positivo a estas questões".
"SÃO ALERTAS IMPORTANTES"
O presidente do Observatório de Segurança e Criminalidade, general Garcia Leandro, considerou ontem "importantes" os alertas lançados pelo general Loureiro dos Santos. "Não há desenvolvimento, progresso e bem-estar social se não houver estabilidade. A estabilidade vem da segurança, que é dada pelas Forças Armadas, pelas forças de segurança e pela organização do País", advertiu Garcia Leandro em declarações à TSF.
Também o antigo chefe do Estado-Maior da Armada, almirante Vieira Matias, disse estar de acordo com as preocupações de Loureiro dos Santos: "Tudo isso recomenda precaução e estou esperançado de que haja cautela e bom senso na forma de tratar a carreiras dos militares, não usando de maneira nenhuma as limitações constitucionais para ultrapassar as legítimas expectativas dos militares".
NOTAS
RAMALHO EANES
A Associação de Oficiais das Forças Armadas reuniu-se ontem com o ex-Presidente da República para discutir o descontentamento existente entre os militares.
CARREIRAS
A revisão das carreiras das Forças Armadas vai ficar concluída até ao final deste ano, segundo anunciou o ministro da Defesa, Severiano Teixeira, no passado fim-de-semana, em Faro.
MINISTÉRIO DESVALORIZA
O Ministério da Defesa desvalorizou as críticas de Loureiro dos Santos e assegurou estar empenhado em resolver os problemas dos militares.
JANUÁRIO TORGAL
O bispo das Forças Armadas admitiu à RR que há de facto promessas feitas aos militares e que nunca foram cumpridas por parte dos sucessivos governos.
Ana Patrícia Dias
General Loureiro dos Santos alertou para desespero dos militares31 Outubro 2008 - 00h30
Defesa - Cem graduados reúnem-se hoje em Lisboa
Oficiais discutem tensão ao jantar
Cerca de uma centena de oficiais das Forças Armadas analisam hoje, num jantar à porta fechada, em Lisboa, a actual situação dos militares. A iniciativa surge num momento em que o general Loureiro dos Santos alertou para o desespero de alguns militares, que os poderá levar a cometer actos que ponham em causa a Democracia. Por isso, avisou: "Quanto mais depressa o Governo resolver as situações de injustiça mais depressa será possível atenuar a tensão e o descontentamento na instituição militar."
O ex-chefe do Estado-Maior do Exército disse ao CM que os militares mais jovens, "sensíveis às injustiças, podem cometer actos ocasionais, de irreflexão, que não são próprios de uma democracia europeia".
A situação dos militares será hoje tema de debate num jantar organizado pela Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA) a pedido de oficiais no activo, que decorre às 19h30 no restaurante Espaço Tejo. O general Loureiro dos Santos, o ex-presidente do Supremo Tribunal Militar almirante Castanho Paes e o general Silvestre dos Santos estarão presentes na iniciativa, que reúne oficiais no activo, na reserva e na reforma, apurou o nosso jornal.
A degradação do sistema retributivo, as alterações à assistência médica e o não pagamento dos complementos de pensão aos militares são situações insustentáveis para Loureiro dos Santos. Ao CM o general disse ainda que "sabe que o Governo está a trabalhar no sentido de dar um sinal positivo a estas questões".
"SÃO ALERTAS IMPORTANTES"
O presidente do Observatório de Segurança e Criminalidade, general Garcia Leandro, considerou ontem "importantes" os alertas lançados pelo general Loureiro dos Santos. "Não há desenvolvimento, progresso e bem-estar social se não houver estabilidade. A estabilidade vem da segurança, que é dada pelas Forças Armadas, pelas forças de segurança e pela organização do País", advertiu Garcia Leandro em declarações à TSF.
Também o antigo chefe do Estado-Maior da Armada, almirante Vieira Matias, disse estar de acordo com as preocupações de Loureiro dos Santos: "Tudo isso recomenda precaução e estou esperançado de que haja cautela e bom senso na forma de tratar a carreiras dos militares, não usando de maneira nenhuma as limitações constitucionais para ultrapassar as legítimas expectativas dos militares".
NOTAS
RAMALHO EANES
A Associação de Oficiais das Forças Armadas reuniu-se ontem com o ex-Presidente da República para discutir o descontentamento existente entre os militares.
CARREIRAS
A revisão das carreiras das Forças Armadas vai ficar concluída até ao final deste ano, segundo anunciou o ministro da Defesa, Severiano Teixeira, no passado fim-de-semana, em Faro.
MINISTÉRIO DESVALORIZA
O Ministério da Defesa desvalorizou as críticas de Loureiro dos Santos e assegurou estar empenhado em resolver os problemas dos militares.
JANUÁRIO TORGAL
O bispo das Forças Armadas admitiu à RR que há de facto promessas feitas aos militares e que nunca foram cumpridas por parte dos sucessivos governos.
Ana Patrícia Dias
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Re: General Loureiro dos Santos alerta para desespero de mil
Açor3 Escreveu:«Há militares jovens que também já se aperceberam das injustiças a que a instituição e eles próprios estão a ser sujeitos em comparação com as profissões que são consideradas como equivalentes às profissões militares», explicou.
Aqui vão algumas das injustiças a que o general se deve estar a referir:
Estatuto do Trabalhador-Estudante
Facilidades para a frequência de estudos
Contingente especial de acesso ao ensino superior
Época especial de exames
Programas de apoio ao estudo
Formação profissional certificada
Certificação profissional
Contingente especial de acesso aos cursos de formação profissional a realizar pelo IEFP
Regime Remuneratório
Prestações após o termo da prestação do serviço militar
Após o termo da prestação do serviço militar, direito ao pagamento de:
- Uma prestação pecuniária mensal, por cada ano completo de serviço efectivo prestado, no montante equivalente à remuneração mensal, caso o tempo total de serviço efectivo seja menor que seis anos;
- Uma única prestação pecuniária, recebida por inteiro, equivalente a duas remunerações mensais, por cada ano completo de serviço efectivo prestado, caso o tempo total de serviço efectivo seja igual ou superior a seis anos;
Fardamento, alojamento, alimentação e transporte
Bolsa de Estudos
Subsídio para pagamento de propinas
Subsídio de desemprego
Apoio à criação do próprio emprego ou empresa
Apoios à contratação de jovens à procura do primeiro emprego
Quadros de indústrias de defesa
Ingresso na função pública
Apoio à inserção em organismos internacionais
Apoio à inserção em actividades de cooperação técnico-militar com outros países
Admissão aos quadros permanentes das forças de segurança
Admissão aos quadros de pessoal civil das Forças Armadas e aos seus estabelecimentos fabris
Assistência na doença
Prestações familiares
Aposentação e reforma
in http://www.marinha.pt/Marinha/PT/Menu/R ... sRegalias/
Apenas para que conste, um grande amigo meu que é militar resume o seu dia a dia desta maneira: Net, Messenger, Jornais e TV na cafetaria e Minis a 0,40€…Não fosse este um país em que se discute se 450€ é muito para salário mínimo e isto até tinha a sua graça.
comentário
Caro Petrónio
Levantas questões muito pertinentes...pela inquietação que demonstram.
Merecem consideração cuidada...mas creio que hoje já arenguei muito por aqui e a hora começa a ser tardia.
Mas agradeço o teu interesse.
Oportunamente poderei dizer alguma coisa sobre isso.
boa noite.
Levantas questões muito pertinentes...pela inquietação que demonstram.
Merecem consideração cuidada...mas creio que hoje já arenguei muito por aqui e a hora começa a ser tardia.
Mas agradeço o teu interesse.
Oportunamente poderei dizer alguma coisa sobre isso.
boa noite.
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Jotabilo
Já há muito tempo leio atentamente , o que escreves , embora tenhas algumas teorias curiosas , com alguma lógica , acerca de geoestrategia.
O problema é que Portugal entrou após o 25A numa grande encruzilhada , um pouco semelhante ao periodo após a independencia do Brasil, e os 100 anos seguintes , crises económicas e politicas.
Salazar é simplesmente o produto de uma geração , que pretende mudar o rumo e criar uma estrategia para o País, e é curioso que é um dos poucos periodos da historia , em que Portugal foi independente.
Actualmente não é politicamente correcto, mas os historiadores no futuro vão ter uma analise bem diferente , porque não estão intoxicados politicamente.
Salazar tinha uma estratégia , objectivos, e queria mudar o rumo inevitavel da história.
Actualmente, os Portugueses sentem que estão num barco sem rumo , com uma CEE desunida, e a temer pelo futuro , mais de que nunca.
É curioso que ontem, o Mario Soares , foi muito critico, embora não goste , mas é um dos raros politicos que ainda tem convicções .
O periodo que estamos a viver, é simplesmente a ante camera de uma guerra mundial, e os militares vão ser , mais uma vez importantes.
O rearmamento já está em curso, e os USA já estão bem preparados , não facilitam e sabem qual é o ultimo recurso.
Já há muito tempo leio atentamente , o que escreves , embora tenhas algumas teorias curiosas , com alguma lógica , acerca de geoestrategia.
O problema é que Portugal entrou após o 25A numa grande encruzilhada , um pouco semelhante ao periodo após a independencia do Brasil, e os 100 anos seguintes , crises económicas e politicas.
Salazar é simplesmente o produto de uma geração , que pretende mudar o rumo e criar uma estrategia para o País, e é curioso que é um dos poucos periodos da historia , em que Portugal foi independente.
Actualmente não é politicamente correcto, mas os historiadores no futuro vão ter uma analise bem diferente , porque não estão intoxicados politicamente.
Salazar tinha uma estratégia , objectivos, e queria mudar o rumo inevitavel da história.
Actualmente, os Portugueses sentem que estão num barco sem rumo , com uma CEE desunida, e a temer pelo futuro , mais de que nunca.
É curioso que ontem, o Mario Soares , foi muito critico, embora não goste , mas é um dos raros politicos que ainda tem convicções .
O periodo que estamos a viver, é simplesmente a ante camera de uma guerra mundial, e os militares vão ser , mais uma vez importantes.
O rearmamento já está em curso, e os USA já estão bem preparados , não facilitam e sabem qual é o ultimo recurso.
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comentário
Bem Caro Barnabé
Essas coisas não se avaliam assim...quanto tempo aguentaríamos...as coisas não sucedem assim.....desse modo estilo assalto.
Deves ter reparado que falei em dissuasão...as Fa são um elemento dissuasor...quem quiser violar direitos pagará um preço alto.
As crises têm uma evolução...têm uma grupo politico para a sua gestão... existem sistemas de alerta para um possível conflito....e existem programadas acções a tomar...e existem alianças a desencadear...existem estados de prontidão a respeitar...existe planeamento civil de emergência....e existem muitas modalidades para acção...nem só a guerra convencional
se pode considerar..existem outras mdalidades para a acção no plano militar...mesmo admitindo a invasão do espaço português....a luta continuará para além da invasão....e se não for de carro é de arado...a guerrilha...a resistência é o que a CRP obriga.
Sim, o armamento pode ser importante, mas o homem e a sua resolução vale mais...nem te vou citar os exemplos da história militar que atestam isso...deves conhecer.
Bem...mas tinhamos campo para nos esclarecer sobre este aspecto.
A instituição militar está como devia estar. Existem alguns problemas de manutenção do moral mas a ordem e a disciplina devem manter-se.
O moral é que pode ser menor e poderá levar os menos esclarecidos a fazer os tais disparates..mas deves pensar sempre que a moral deve ser preocupação dos chefes que são responsáveis perante o governo pela prontidão das forças.
Os chefes vão alertando o governo e o governo tem de ter em atenção esses alertas.
O Senhor general Loureiro dos Santos é apenas um militar na reforma. Neste momento não tem funções de comando ou chefia.
cumps
Essas coisas não se avaliam assim...quanto tempo aguentaríamos...as coisas não sucedem assim.....desse modo estilo assalto.
Deves ter reparado que falei em dissuasão...as Fa são um elemento dissuasor...quem quiser violar direitos pagará um preço alto.
As crises têm uma evolução...têm uma grupo politico para a sua gestão... existem sistemas de alerta para um possível conflito....e existem programadas acções a tomar...e existem alianças a desencadear...existem estados de prontidão a respeitar...existe planeamento civil de emergência....e existem muitas modalidades para acção...nem só a guerra convencional
se pode considerar..existem outras mdalidades para a acção no plano militar...mesmo admitindo a invasão do espaço português....a luta continuará para além da invasão....e se não for de carro é de arado...a guerrilha...a resistência é o que a CRP obriga.
Sim, o armamento pode ser importante, mas o homem e a sua resolução vale mais...nem te vou citar os exemplos da história militar que atestam isso...deves conhecer.
Bem...mas tinhamos campo para nos esclarecer sobre este aspecto.
A instituição militar está como devia estar. Existem alguns problemas de manutenção do moral mas a ordem e a disciplina devem manter-se.
O moral é que pode ser menor e poderá levar os menos esclarecidos a fazer os tais disparates..mas deves pensar sempre que a moral deve ser preocupação dos chefes que são responsáveis perante o governo pela prontidão das forças.
Os chefes vão alertando o governo e o governo tem de ter em atenção esses alertas.
O Senhor general Loureiro dos Santos é apenas um militar na reforma. Neste momento não tem funções de comando ou chefia.
cumps
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Re: comentário
jotabilo Escreveu:Caro Barnabé447
Tem a certeza que existem militares informados. A ciência militar exige complexidade e compreende muito esforço a todos os níveis.
Jotabilo:
Como já disse, por razões profissionais, conheço pessoalmente a cúpula do exército, incluindo o chefe do estado-maior do exército. São, na sua maioria, pessoas com elevado grau de dedicação e formação superior. Também não tenho muitas dúvidas que não se sentem bem na instituição tal como ela está actualmente.
jotabilo Escreveu: Não te iludas, este mundo é rigorosamente vigiado tanto em mar como em terra...estás equivocado se julgas que podes viver sem te preocupar com a tua soberania a tua liberdade...as FA podem desaparecer...mas os vizinhos vinham logo em auxílio ...eles se ancarregariam de preservar a nossa defesa e segurança...pois... e qual seria o preço?
Isso são histórias para assustar criancinhas. Quanto tempo achas que se aguentavam as FA frente a um exército moderno? 1/2 dia? 1 dia? Ou também achas que vamos ser invadidos pelo exército nacional da madeira..? Se um exército moderno decidisse invadir Portugal não temos nem teremos qualquer hipótese.
Eu defendi que se REDUZISSE e EQUIPASSE capazmente as forças. Serviria melhor o País. Os conflitos já não se ganham pelo número de efectivas mas sim pela sofisticação do armamento. Quanto à soberania, a nossa garantia provem unicamente das alianças.
barnabé
http://videos.sapo.pt/aWCBzS2SIhahWzoftzgZ
_______________________________
um "remador da república"
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comentário
Caro economista
Importa contudo referir que a lei do serviço militar de setembro de 99, especifica estas disposições e importa ver como ela define essa obrigatoriedade.
cumps
Importa contudo referir que a lei do serviço militar de setembro de 99, especifica estas disposições e importa ver como ela define essa obrigatoriedade.
cumps
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comentário
Caro economista
Não é isso que establece a constituição, como pode apreciar:
Artigo 276.º
(Defesa da Pátria, serviço militar e serviço cívico)
1. A defesa da Pátria é direito e dever fundamental de todos os portugueses.
2. O serviço militar é regulado por lei, que fixa as formas, a natureza voluntária ou obrigatória, a duração e o conteúdo da respectiva prestação
a que te querias referir era à forma de serviço efectivo normal por conscrição o chamado SEN.
Mas podes ver que em estados de excepção,como seja a forma de serviço efectivo por mobilização convocação, pode o serviço militar ser obrigatório.
Depende da situação a considerar pela AR.
cumprimentos
Não é isso que establece a constituição, como pode apreciar:
Artigo 276.º
(Defesa da Pátria, serviço militar e serviço cívico)
1. A defesa da Pátria é direito e dever fundamental de todos os portugueses.
2. O serviço militar é regulado por lei, que fixa as formas, a natureza voluntária ou obrigatória, a duração e o conteúdo da respectiva prestação
a que te querias referir era à forma de serviço efectivo normal por conscrição o chamado SEN.
Mas podes ver que em estados de excepção,como seja a forma de serviço efectivo por mobilização convocação, pode o serviço militar ser obrigatório.
Depende da situação a considerar pela AR.
cumprimentos
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habanero04 Escreveu:Os políticos só se lembram dos militares quando precisam deles. O que os portugueses deviam fazer era simplesmente serem todos objectores de consciência e abster-se do serviço militar e desse tipo de carreira. Assim, acabava esta palhaçada que existe actualmente.
Andas distraido?
O SMO acabou!
Abr
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Ministério da Defesa promete «empenho» aos militares
Reacção às críticas do antigo chefe de Estado-Maior do Exército, general Loureiro dos Santos
O Ministério da Defesa desvalorizou as críticas do antigo chefe de Estado-Maior do Exército, general Loureiro dos Santos, e assegurou que está «empenhado em resolver todas as situações» que preocupam as associações militares, escreve a Lusa.
Militares podem fazer «disparates» com efeitos na democracia
No que diz respeito ao sistema de saúde para os militares, «houve a preocupação de se constituir um sistema de saúde próprio, com regras próprias e integrando os três ramos», disse fonte do ministério.
Relativamente à questão da revisão das carreiras, também referida pelo general Loureiro dos Santos, a mesma fonte garantiu que esta «está actualmente a ser trabalhada e estudada em estreita articulação entre o ministério da Defesa e os chefes dos três ramos das Forças Armadas»: Exército, Força Aérea e Marinha.
Contactados pela Lusa, os gabinetes dos chefes do Estado-Maior do Exército e da Armada escusaram-se a fazer qualquer comentário, enquanto a Força Aérea remeteu uma eventual reacção para mais tarde.
Esta notícia no seu telemóvel
Leia mais:
» Dívida a militares «é superior a mil milhões de euros».
» Militares espanhóis arrancaram bandeira portuguesa
» Militares queixam-se de discriminação
O Ministério da Defesa desvalorizou as críticas do antigo chefe de Estado-Maior do Exército, general Loureiro dos Santos, e assegurou que está «empenhado em resolver todas as situações» que preocupam as associações militares, escreve a Lusa.
Militares podem fazer «disparates» com efeitos na democracia
No que diz respeito ao sistema de saúde para os militares, «houve a preocupação de se constituir um sistema de saúde próprio, com regras próprias e integrando os três ramos», disse fonte do ministério.
Relativamente à questão da revisão das carreiras, também referida pelo general Loureiro dos Santos, a mesma fonte garantiu que esta «está actualmente a ser trabalhada e estudada em estreita articulação entre o ministério da Defesa e os chefes dos três ramos das Forças Armadas»: Exército, Força Aérea e Marinha.
Contactados pela Lusa, os gabinetes dos chefes do Estado-Maior do Exército e da Armada escusaram-se a fazer qualquer comentário, enquanto a Força Aérea remeteu uma eventual reacção para mais tarde.
Reacção às críticas do antigo chefe de Estado-Maior do Exército, general Loureiro dos Santos
O Ministério da Defesa desvalorizou as críticas do antigo chefe de Estado-Maior do Exército, general Loureiro dos Santos, e assegurou que está «empenhado em resolver todas as situações» que preocupam as associações militares, escreve a Lusa.
Militares podem fazer «disparates» com efeitos na democracia
No que diz respeito ao sistema de saúde para os militares, «houve a preocupação de se constituir um sistema de saúde próprio, com regras próprias e integrando os três ramos», disse fonte do ministério.
Relativamente à questão da revisão das carreiras, também referida pelo general Loureiro dos Santos, a mesma fonte garantiu que esta «está actualmente a ser trabalhada e estudada em estreita articulação entre o ministério da Defesa e os chefes dos três ramos das Forças Armadas»: Exército, Força Aérea e Marinha.
Contactados pela Lusa, os gabinetes dos chefes do Estado-Maior do Exército e da Armada escusaram-se a fazer qualquer comentário, enquanto a Força Aérea remeteu uma eventual reacção para mais tarde.
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O Ministério da Defesa desvalorizou as críticas do antigo chefe de Estado-Maior do Exército, general Loureiro dos Santos, e assegurou que está «empenhado em resolver todas as situações» que preocupam as associações militares, escreve a Lusa.
Militares podem fazer «disparates» com efeitos na democracia
No que diz respeito ao sistema de saúde para os militares, «houve a preocupação de se constituir um sistema de saúde próprio, com regras próprias e integrando os três ramos», disse fonte do ministério.
Relativamente à questão da revisão das carreiras, também referida pelo general Loureiro dos Santos, a mesma fonte garantiu que esta «está actualmente a ser trabalhada e estudada em estreita articulação entre o ministério da Defesa e os chefes dos três ramos das Forças Armadas»: Exército, Força Aérea e Marinha.
Contactados pela Lusa, os gabinetes dos chefes do Estado-Maior do Exército e da Armada escusaram-se a fazer qualquer comentário, enquanto a Força Aérea remeteu uma eventual reacção para mais tarde.
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
comentário
Caro Barnabé447
Logo a NATO...ou OTAN...sabes o que é essa organização e onde e porque nasceu?
Não sei por onde começar os comentários ao teu post, tal é o modo indefinido e geral com que tu abordas as questões em análise.
Tem a certeza que existem militares informados. A ciência militar exige complexidade e compreende muito esforço a todos os níveis.
desde o físico até ao intelectual.
A ciência militar abrange a Estratégia, a táctica e a administração.
Nesta última considera-se a subdivisão, a administração do pessoal com as suas funções típicas e a logística.
E isto é um leque de conhecimentos exigente a concretizar, no fim último, em clima de tensão que é próprio do campo de batalha.
Geralmente as pessoas julgam que o militar é apenas imagem, mas olha que a profissão, tem muito de deontologia e de abenegação em face da sociedade que serve.
Não te iludas, este mundo é rigorosamente vigiado tanto em mar como em terra...estás equivocado se julgas que podes viver sem te preocupar com a tua soberania a tua liberdade...as FA podem desaparecer...mas os vizinhos vinham logo em auxílio ...eles se ancarregariam de preservar a nossa defesa e segurança...pois... e qual seria o preço? Podes optar por isso, se houver um partido que tenha isso no seu programa... podes votar nesse sentido.
Tudo é uma questão de manter a iniciativa e preservar a autonomia.
Temos de optar....sim.
Em tempo de paz as FA são uma força, fundamentalmente, dissuasora, conservando em si a capacidade de expansão para uma organização para a guerra.
Estamos em paz, de certa maneira, mas os estados de crise, muito embora existam modalidades para a sua gestão ...podem desenvolver níveis de atrição conducentes à guerra...não se pode ser descuidado ao ponto de não atendermos a essa necessidade de lhe fazer face.
Uma força militar não é uma empresa, embora adopte princípios de organização semelhantes, mas não é propriamente uma empresa, visto que não produz bens sujeitos ao mercado...é uma necessidade que nasce com a comunidade e com ela morre ou com ela vive.
Portugal deixará de ser uma pátria no momento que alienasse esse último instrumento de afirmação.
Naturalmente que o liberalismo tende a eliminar a despesa pública e nesse sentido ambiciona tomar os réditos que gasta com as FA...mas os liberais sabem muito bem que é uma coisa perigosa deixar as coisas ao abandono....enfim ...nessa antinomia entre liberdade e segurança...vamos caminhando...a história faz-se ..mesmo que os ultra liberais queiram proclamar o fim da história....era bom era.
cumps
Logo a NATO...ou OTAN...sabes o que é essa organização e onde e porque nasceu?
Não sei por onde começar os comentários ao teu post, tal é o modo indefinido e geral com que tu abordas as questões em análise.
Tem a certeza que existem militares informados. A ciência militar exige complexidade e compreende muito esforço a todos os níveis.
desde o físico até ao intelectual.
A ciência militar abrange a Estratégia, a táctica e a administração.
Nesta última considera-se a subdivisão, a administração do pessoal com as suas funções típicas e a logística.
E isto é um leque de conhecimentos exigente a concretizar, no fim último, em clima de tensão que é próprio do campo de batalha.
Geralmente as pessoas julgam que o militar é apenas imagem, mas olha que a profissão, tem muito de deontologia e de abenegação em face da sociedade que serve.
Não te iludas, este mundo é rigorosamente vigiado tanto em mar como em terra...estás equivocado se julgas que podes viver sem te preocupar com a tua soberania a tua liberdade...as FA podem desaparecer...mas os vizinhos vinham logo em auxílio ...eles se ancarregariam de preservar a nossa defesa e segurança...pois... e qual seria o preço? Podes optar por isso, se houver um partido que tenha isso no seu programa... podes votar nesse sentido.
Tudo é uma questão de manter a iniciativa e preservar a autonomia.
Temos de optar....sim.
Em tempo de paz as FA são uma força, fundamentalmente, dissuasora, conservando em si a capacidade de expansão para uma organização para a guerra.
Estamos em paz, de certa maneira, mas os estados de crise, muito embora existam modalidades para a sua gestão ...podem desenvolver níveis de atrição conducentes à guerra...não se pode ser descuidado ao ponto de não atendermos a essa necessidade de lhe fazer face.
Uma força militar não é uma empresa, embora adopte princípios de organização semelhantes, mas não é propriamente uma empresa, visto que não produz bens sujeitos ao mercado...é uma necessidade que nasce com a comunidade e com ela morre ou com ela vive.
Portugal deixará de ser uma pátria no momento que alienasse esse último instrumento de afirmação.
Naturalmente que o liberalismo tende a eliminar a despesa pública e nesse sentido ambiciona tomar os réditos que gasta com as FA...mas os liberais sabem muito bem que é uma coisa perigosa deixar as coisas ao abandono....enfim ...nessa antinomia entre liberdade e segurança...vamos caminhando...a história faz-se ..mesmo que os ultra liberais queiram proclamar o fim da história....era bom era.
cumps
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- Registado: 3/12/2007 20:31
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Demasiados Oficiais...
São como as empresas portuguesas!!!
Se reduzirem a metade as chefias...sobra bastante dinheiro para pagar aos sargentos,praças e afins.
È o mal da sociedade portuguesa em geral...o compadrio em que todos querem ser generais e sargentos chefes..
So falta o general dizer que qualquer dia temos um "hugo Chavez" a ser primeiro-ministro....
Há cada um....
Se reduzirem a metade as chefias...sobra bastante dinheiro para pagar aos sargentos,praças e afins.
È o mal da sociedade portuguesa em geral...o compadrio em que todos querem ser generais e sargentos chefes..
So falta o general dizer que qualquer dia temos um "hugo Chavez" a ser primeiro-ministro....
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