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Caldeirão da Bolsa

General Loureiro dos Santos alerta para desespero militares

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por barnabe447 » 30/10/2008 19:24

Martins_Braz Escreveu:Os militares que conheço (desde de quem anda a frequentar ao curso de sargentos até dois generais de três estrelas) todos já me tinham alertado para esta situação.

Um tenente-coronel, grande amigo, disse-me (no dia de Portugal-Irão, para o Mundial... por isso vejam ao tempo que foi) que se o povo demonstrar vontade, os militares estão preparados a fazer cumprir a vontade do povo. Cada qual entenda isto como quiser, mas sei bem o que ele estava a tentar dizer.

Pelo menos, é preciso ter atenção... ainda que não se dê razão


Nos últimos meses, por razões profissionais, tenho tido contacto directo com militares, mais concretamente com a cúpula do exército Português. Penso que como classe, se debatem essencialmente com a questão: Qual o nosso papel na sociedade de hoje?

Têm muitíssima falta de meios financeiros e humanos, a sociedade civil vota-os ao maior desprezo. Não têm literalmente dinheiro para nada, só para salários. Longe vão os tempo em que ter um familiar militar era fonte de prestígio.

A verdade é que para um País sem pretensões geopolíticas, com fronteiras estáveis nos últimos 800 anos .. e pobre, bem podia dispensar esta despesa.

Se por outro lado resolvessem fazer algum "disparate" não durariam mais que uma semana. Era o tempo de alguém telefonar à NATO..

A verdade é que a sociedade civil não conta com os militares para nada, nem para fazer revoluções..
Enfim.. são como operários de uma fábrica falida.. a fábrica já fechou mas todos os dias se fardam como se ainda tivessem algo para fazer.

Parece-me que o melhor que lhe poderia acontecer era que se fizesse uma redução drástica do seu número e se transformassem numa força especializada e bem equipada. Finalmente que lhes fossem atribuídas funções úteis e prestigiantes em tempo de paz.
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por mcarvalho » 30/10/2008 18:11

Crise financeira pode afectar democracia em alguns países


30/10/2008


“A democracia está estagnada”. A situação não piorou, mas também não melhorou, mas a crise financeira pode ameaçar a democracia em algumas partes do mundo, alerta a Economist Intelligence Unit. Portugal caiu sete lugares no “ranking” dos países mais democratas do mundo, logo a seguir à França. A Suécia continua a liderar.

Portugal ocupa a 25ª posição no “ranking” dos países mais democratas do mundo, uma queda de sete lugares face a 2007. O índice da Economist Intelligence Unit mede cinco categorias (processo eleitoral, funcionamento do Governo, participação política, cultura política e liberdades civis) e Portugal caiu na categoria de participação política.

A Suécia continua a liderar o “ranking” da Economist Intelligence Unit, seguida da Noruega, Islândia, Holanda, Dinamarca e Finlândia. Os Estados Unidos surgem em 18º lugar desta lista, que analisa 167 países. Em último lugar surge a Coreia do Norte.

Democracia sob “stress”

A análise da Economist Intelligence Unit conclui que, após décadas de democratização, este processo chegou a uma fase de estagnação. “Apesar da tendência actual não ser de regressão, há poucos sinais de melhoria. No entanto, a actual crise financeira global, e possível recessão económica, pode ameaçar a democracia em algumas partes do mundo”, alerta o relatório.

Esta crise tem “potencial para minar a credibilidade do mercado livre, especialmente nos países mais pobres”. A actual turbulência financeira levou a um clima “pró-regulação” que deverá afectar vários sectores da economia, e não apenas o financeiro. É de esperar, que nos próximos anos, exista uma intervenção do Governo na economia e um sector privado mais pequeno e constrangido.

“Neste contexto, pode a democracia permanecer imune ou também será ameaçada em países onde as instituições democratas são frágeis?”, questiona a Economist Intelligence Unit.

“Muitas democracias não consolidadas são muito frágeis e se forem sujeitas a uma intensa turbulência económica ou financeira, podem registar um retrocesso no processo democrático”, explica o relatório. Esta situação pode ocorrer em países da América Latina, Europa de Leste e África.

A Economist Intelligence Unit refere que “recessões económicas mais graves podem afectar a democracia através da instabilidade social”. E de acordo com a análise, 48 países estão em alto risco de instabilidade social.

Será que metade da população mundial vive mesmo em democracia?

De acordo com a análise da Economist Intelligence Unit metade da população mundial vive em democracia. No entanto, apenas 14% vive em “democracias plenas”.

O número de países que vivem democracias plenas continua “baixo”, apenas 30, e 50 são considerados “democracia imperfeitas”. Dos restantes, 51 são regimes autoritários e 36 regimes híbridos.




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por Panizzi » 30/10/2008 17:14

Só para atirar mais lenha.....

Continuem a acreditar :lol:
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comentário

por jotabilo » 30/10/2008 17:14

Caro Petrónio

Não queria deixar de te responder.
Nem compete ou competia aos militares serem políticos no movimento que encetaram.
Esse decreto que referes foi a ultima assombração que eles sentiram...foi um limite quebrado na falta de respeito que o governo da altura teve para com os militares. A partir daí dobraram o vencimento, os militares mais antigos falaram em aljubarrota e outras coisas gloriosas...os militares jovens, depois da afronta, já não ouviram mais ninguém...estavam acossados na vida...só lhes restava encontrar uma coisa mais clara e mais limpa em conformidade com os princípios que tinham acabado de aprender...e arriscaram o que puderam....dessa atitude corajosa resultou depois uma união mais forte entre eles...a história escreveu-se.
Depois os políticos seguiram os caminhos que lhe autorgámos...somos cidadãos autónomos...ou pretendemos ser.
Não reduzas e não concedas crédito ao que ouves falar...as coisas são mais graves e merecem melhor reflexão.

cumps
Editado pela última vez por jotabilo em 30/10/2008 23:09, num total de 1 vez.
 
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por habanero04 » 30/10/2008 17:09

Pois é caro Jotabilo, só nos resta isso e esperar que quem de direito faça as coisas bem feitas...
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comentário

por jotabilo » 30/10/2008 16:36

Caro Habanero

A geopolítica é um modelo geográfico desenhado ao interesse de uma determinada entidade política...que é concretizado pela geoestratégia...esta por sua vez é realizada e conseguida pelas estratégias sectoriais.
As forças armadas neste universo apenas contribuem como última rácio...ou seja, actuam no fim...quando as outras estratégias falharem....estratégias culturais económicas, diplomáticas...avança como ultimo argumento a força armada para conseguir os objectivos políticos...sucede a guerra...por isso clauzevitz....disse que a guerra era a continuação da política por outros meios.
Sendo assim, podes aquilatar a dinâmica que afecta este edificio do qual tracei as linhas mais simples.
Os políticos e as forças armadas por consequência, têm de acompanhar essa dinâmica e nunca estarão de uma forma permanente e definitiva, adaptadas à realidade em causa.
Por isso procuram adaptar-se, fixando os tais objectivos de forças definidos no conceito estratégico de defesa constituído pelos políticos.
Naturalmente que não acompanho nem conheço as vicissitudes dos estudos e da situação actual das FA face aos objectivos definidos, mas sei que existem generais responsáveis por isso e por certo eles pretendem cumprir as funções que lhes competem.
Assim , por grosso e confiando que os responsáveis estão atentos, penso que as forças armadas tendem a estar proporcionadas em face dos objectivos definidos.
Por vezes existe a necessidade de manter a frente das coisas para enganar o IN...mas penso que não é o caso. De qualquer modo respeito o princípio da necessidade de conhecer.
Confiemos.

cumps
Editado pela última vez por jotabilo em 30/10/2008 17:20, num total de 1 vez.
 
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por habanero04 » 30/10/2008 16:22

PETRONIO Escreveu:Após o 25A os militares foram perdendo o poder, e actualmente , o poder que dispôem é nulo, mas tiveram a paga , porque o 25A aconteceu devido essencialmente a uma reivindicação salarial e de carreiras , em cosequencia de de um decreto lei de Marcelo Caetano, a parte politica era minima.
A guerra estava ganha em Angola, Moçambique estava controlado , a Guiné era o problema , mas os comandantes que ganharam a guerra em 3 anos na frente leste (Angola) , foram 1973 para resolver o problema.
É curioso que 25A , foi maior derrota militar na " secretaria" que alguma vez Portugal teve durante a sua história, porque no terreno a vitória podia estar no horizonte, só a Guiné seria uma incógnita.
Já há uns anos li uma entrevista curiosa ,no "Público" provavelmente de um militar em que dizia , devido ao acordo definitivo das Lages , e como contrapartida, Portugal iria receber muito material de guerra e sofisticado dos EUA, em abril e maio de 1974 !
Acho que o descontentamento , não é só em Portugal , em Espanha ,esporadicamente , também existem algumas declarações curiosas.
Acho bastante injusto .


Não me parece que as altas patentes militares não tenham hoje em dia a sua palavra a dizer. Quanto ao poder, esse é para os políticos.

Também não me parece que tenha sido essa a motivação do 25 de Abril.

Em que consistia esse acordo das Lajes?

Mas afinal o que é que achas injusto?
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Re: comentário

por habanero04 » 30/10/2008 16:14

jotabilo Escreveu:Caro habanero

Tu dirás....mas eu penso que as forças que existem são as necessárias para constituirmos um potencial dissuasor nas actuais circunstãncias.
Os objectivos de forças constituidos periódicamente, são adaptados às missões a cumprir e tanto nas categorias de oficial, de sargento ou praça, não existem pessoas a mais. Nas praças existe mesmo, até um défice relativamente ao objectivo preconizado e autorizado.
Não penses que as coisas andam menos cuidadas neste aspecto. Existem quadros e carreiras em função das especialidades admitidas e que foram elaboradas de forma adequada à necessária análise de funções oportunamente efectuada.
Houve tempo que a guerra forçou a organização das forças armadas dada a extensão do espaço territorial a cobrir...mas sempre houve organização....em 1937... em 1959/60 ( a guerra em África perturbou um pouco)....em 1976....e agora no preríodo de 1991/92 a ùltima grande organização que tem sido continuada até esta data com a chamada transformação organzativa das FA.
Penso que existe uma maior racionalidade, dada a profisionalização total dos elementos que integra, designadamente oficiais sargentos e praças contratados).
Precisamos de conhecer melhor a realidade das FA para podermos ajuizar.
A racionalidade a todos obriga.

cumps


É natural que as FA se tenham vindo todos estes anos a adaptar à realidade actual, quanto mais não seja pelos cortes orçamentais e pela falta de necessidade de pessoal que existia antes.

Não conheço a fundo a nível organizativo o que se passa.

No teu ponto de vista as FA portuguesas hoje em dia estão bem dimensionadas e têm os meios necessários à missão actual que desempenham?
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por PETRONIO » 30/10/2008 16:02

Após o 25A os militares foram perdendo o poder, e actualmente , o poder que dispôem é nulo, mas tiveram a paga , porque o 25A aconteceu devido essencialmente a uma reivindicação salarial e de carreiras , em cosequencia de de um decreto lei de Marcelo Caetano, a parte politica era minima.
A guerra estava ganha em Angola, Moçambique estava controlado , a Guiné era o problema , mas os comandantes que ganharam a guerra em 3 anos na frente leste (Angola) , foram 1973 para resolver o problema.
É curioso que 25A , foi maior derrota militar na " secretaria" que alguma vez Portugal teve durante a sua história, porque no terreno a vitória podia estar no horizonte, só a Guiné seria uma incógnita.
Já há uns anos li uma entrevista curiosa ,no "Público" provavelmente de um militar em que dizia , devido ao acordo definitivo das Lages , e como contrapartida, Portugal iria receber muito material de guerra e sofisticado dos EUA, em abril e maio de 1974 !
Acho que o descontentamento , não é só em Portugal , em Espanha ,esporadicamente , também existem algumas declarações curiosas.
Acho bastante injusto .
 
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comentário

por jotabilo » 30/10/2008 15:56

Caro habanero

Tu dirás....mas eu penso que as forças que existem são as necessárias para constituirmos um potencial dissuasor nas actuais circunstãncias.
Os objectivos de forças constituidos periódicamente, são adaptados às missões a cumprir e tanto nas categorias de oficial, de sargento ou praça, não existem pessoas a mais. Nas praças existe mesmo, até um défice relativamente ao objectivo preconizado e autorizado.
Não penses que as coisas andam menos cuidadas neste aspecto. Existem quadros e carreiras em função das especialidades admitidas e que foram elaboradas de forma adequada à necessária análise de funções oportunamente efectuada.
Houve tempo que a guerra forçou a organização das forças armadas dada a extensão do espaço territorial a cobrir...mas sempre houve organização....em 1937... em 1959/60 ( a guerra em África perturbou um pouco)....em 1976....e agora no preríodo de 1991/92 a ùltima grande organização que tem sido continuada até esta data com a chamada transformação organzativa das FA.
Penso que existe uma maior racionalidade, dada a profisionalização total dos elementos que integra, designadamente oficiais sargentos e praças contratados).
Precisamos de conhecer melhor a realidade das FA para podermos ajuizar.
A racionalidade a todos obriga.

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por The Mechanic » 30/10/2008 15:51

jotabilo
Não tomes por mal...mas creio que o silêncio a que ultimamente te remeteste te retirou a acutilância das ideias que editavas...passa-se alguma coisa?


O silêncio , é a ausência de som.Não se passa nada. Tu é que não estás a gostar da conversa ,porque o que eu escrevi , faz sentido ...

Quem movimenta os músculos supra faciais mais longe do primeiro,movimenta-os substancialmente em condições excepcionais.
(Quem ri por último ri melhor)

Um abraço ,

The Mechanic
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por jotabilo » 30/10/2008 15:34

Caro Braz

Sim...foi eliminada a forma de serviço militar relativa a serviço efectivo normal ( O então desigando por SEN) cuja obtenção dos recurso humanos ou Pessoal, era feita por conscrição dos cidadãos.
Mas a CRP prevê a possibilidade de em caso de ameaça grave à soberania ou ao espaço do nosso interesse como entidade política e após delaração de estado de emergência ou sítio ou guerra pela Ar (ou comissão permanente) poderem ser chamados todos os cidadãos que constituem a reserva de recrutamento.
De Resto a CRP prevê como dever geral a obrigatoriedade de defendermos a Pátria em qualquer situação ou idade.
Tudo dependerá do conteúdo dessa declaração feita pela AR...que poderá fazer as leis necessárias à situação a resolver.
Entretanto a mobilização e requisição é uma lei com consagração constitucional e creio que existe. Tal como a a lei de serviço militar
Não esqueçamos isso como cidadãos que somos.
Esta coisa de sermos uma comunidade é coisa que obriga a direitos e deveres.

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Re: comentário

por Martins_Braz » 30/10/2008 15:16

[quote="jotabilo"Por agora não é necessário recorrer ao serviço militar obrigatório (SMO) previsto constitucionalmente.[/quote]

Está previsto constitucionalmente que é regulado por lei. O serviço militar obrigatório deixou de ser imposto pela Constituição desde a RC de 1997.
 
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por habanero04 » 30/10/2008 15:16

Jotabilo, percebi e concordo com o teu ponto de vista. Há que adequar os meios às necessidades e mais vale uma tropa pequena e bem equipada do que excesso de pessoal e falta de meios ou material obsoleto.
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comentário

por jotabilo » 30/10/2008 15:06

Oh Caro Mech

Não sei o que pretendes demonstrar com esse texto desconexo...de facto a manipulação das conversas tem todos os artifícios que desejarmos.
Penso que não escrevo assim.
Não tomes por mal...mas creio que o silêncio a que ultimamente te remeteste te retirou a acutilância das ideias que editavas...passa-se alguma coisa?

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Re: comentário

por Martins_Braz » 30/10/2008 15:04

jotabilo Escreveu:Nos primeiro destes tipos de bens, os essencialmente públicos, podemos incluir a justiça, a segurança e a defesa.


Mais, sem esses elementos não existe sequer Estado.
 
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por Martins_Braz » 30/10/2008 15:03

barnabe447 Escreveu:Não se entende como um alto dirigente militar possa ter este tipo de discurso. não se admite sequer a um treinador de futebol.. Se tem o cargo de general é precisamente para ter autoridade para resolver estas situações. Claro que uma classe ociosa e armada é um problema em qualquer parte do mundo - veja-se o caso dos Países africanos.

Parece-me que em Portugal chegam a generais pessoas sem categoria para ser sequer sargentos. Segundo li, em Portugal o número de generais é apenas ligeiramente inferior ao dos EUA..

De resto, totalmente de acordo. Esta classe não serve praticamente para nada.. mais valia extinguí-los ou reduzi-los ao mínimo necessário.

Creio que como sociedade, ainda estamos a pagar os dividendos de uma revolução de base militar e a herança de uma guerra colonial.


Os militares que conheço (desde de quem anda a frequentar ao curso de sargentos até dois generais de três estrelas) todos já me tinham alertado para esta situação.

Um tenente-coronel, grande amigo, disse-me (no dia de Portugal-Irão, para o Mundial... por isso vejam ao tempo que foi) que se o povo demonstrar vontade, os militares estão preparados a fazer cumprir a vontade do povo. Cada qual entenda isto como quiser, mas sei bem o que ele estava a tentar dizer.

Pelo menos, é preciso ter atenção... ainda que não se dê razão
 
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por The Mechanic » 30/10/2008 14:51

Caro jotabilo...

Lá vernacula o populae : "Equídeo objecto de dádiva, não é passível de observação odontológica" .A estrutura e ideossincrasia militar são por afinidade , unas ,com o populae autoctone.O Basilar e conquanto , o busilis da questão é tão somente o nobre aspirar ao divino imortal da segurança corporea...confesso-me no entanto exaurido de tanta falácia.
Na sabedoria secular, quem movimenta os músculos supra faciais mais longe do primeiro,movimenta-os substancialmente em condições excepcionais.

Cordias saudações,

Mechanicus Cultus
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por mcarvalho » 30/10/2008 14:48

Os militares têm a força e as armas

os Políticos têm a palavra e as cuecas


ou seja


quando vêm um militar com uma arma perdem a palavra e borram as cuecas


o 25 de Abril foi isso

Os militares lutaram pelos seus direitos


um abraço

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por charles » 30/10/2008 14:45

Eu acho que existe a possibilidade de sermos invadidos pela Madeira :mrgreen: Ti Alberto .

Por outro lado tambem temos de ter cuidado com a invasão de outros paises que até nem sequer fazem fronteira com o nosso País, ou melhor acho que já fomos invadidos, ai reside um certo problema :!:

Por fim não esquecer que pertencemos à nato e eles ajudavam-nos a expulsar o Ti Alberto.

Eu quando me cruzar com o General Loureiro dos Santos na rua, vou-lhe dizer que não concordei com a intervenção dele.

Acho-a inadequada e de certa forma "incendiária" e "chantagista", se existe a possibilidade de acontecer algo estranho, ele devia referir isso em sede própria e aos governantes do país como sendo o PR.

É sempre a mesma coisa reduzam a tropa a metade, já o problema fica reduzido tambem a metade :!:


Cumpt
Cumpt

só existe um lado do mercado, nem é o da subida nem o da descida, é o lado certo
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comentário

por jotabilo » 30/10/2008 14:43

Desculpem ..não queria repetir o post...


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Re: comentário

por jotabilo » 30/10/2008 14:40

jotabilo Escreveu:caro Habanero

Pelas mormas todo o militar contratado tem direito a obter uma formação profissional...ter um crédito profissional. Ou seja, pode ter uma especialização tecnico.militar que lhe permite a inserção fácil o oportuna na sociedade civil ou se não tiver uma especialização que se adeque a essa sociedade pode obter uma formação profissional técnica para o efeito.
Por exemplo, um atirador de infantaria pode tirar o curso de electricista, de serralheiro mecãnico, de trabalhador adminsitrativo. Existem protocolos com IEFP, onde esses militares frequentam exclusivamente e durante um período necessário à qualificação e creditação, os cursos profissionais que desejem obter.
Existem especializações militares que exigem a melhor qualificação para a sociedade civil....por exemplo, mecãnico de manutenção de aeronaves, manutenção de radares, curso de administrador de redes, ...enfim todas a especialidades previstas para os militares que são muitas e comprendem a quase totalidade de uma sociedade civil.
Agora as forças armadas já não comportam conscritos para o serviço militar. Por agora não é necessário recorrer ao serviço militar obrigatório (SMO) previsto constitucionalmente.
Eventualmente essa forma de serviço pode vir a ser declarada em estado de guerra ou de sítio ou de emergência. Basta que a AR (ou comissão permanente) assim o determine. Bem mas isto são outros aspectos.
As forças armadas perdem potencial com a saida desses cidadãos...mas deves ponderar que existem determinadas especialidades militares que para o seu desempenho eficaz exigem a força e acuidade dos cidadãos jovens e que não se compadece na manutenção nas fileiras de cidadãos mais velhos...por exemplo, não estás a imaginar uma companhia de praças de infantaria, com malta de trinta ou quarenta anos.... as noites em claro, ....as condicções climatéricas.. o moral, coisas complicadas de manter numa unidade combatente.
Nos aéreos a mesma coisa,nos navios ..idem...é uma coisa desconfortável andar num navio de guerra.
Fundamentalmente, temos de pensar nas condições que regulam e enformam a vida de um militar e pensar de uma maneira séria sobre a utilidade politica das forças.
Podemos admitir sempre a finandilização... mas depois não nos podemos queixar se nos violarem a zona económica excluziva que temos no atlãntico.
Ou seja, se abandonares a vinha, alguém vem colher as uvas...é a condição humana em todo o seu esplendor.
E é apenas nesse sentido que escrevo.


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comentário

por jotabilo » 30/10/2008 14:32

caro Habanero

Pelas mormas todo o militar contratado tem direito a obter uma formação profissional...ter um crédito profissional. Ou seja, pode ter uma especialização tecnico.militar que lhe permite a inserção fácil o oportuna na sociedade civil ou se não tiver uma especialização que se adeque a essa sociedade pode obter uma formação profissional técnica para o efeito.
Por exemplo, um atirador de infantaria pode tirar o curso de electricista, de serralheiro mecãnico, de trabalhador adminsitrativo. Existem protocolos com IEFP, onde esses militares frequentam exclusivamente e durante um período necessário à qualificação e creditação, os cursos profissionais que desejem obter.
Existem especializações militares que exigem a melhor qualificação para a sociedade civil....por exemplo, mecãnico de manutenção de aeronaves, manutenção de radares, curso de administrador de redes, ...enfim todas a especialidades previstas para os militares que são muitas e comprendem a quase totalidade de uma sociedade civil.
Agora as forças armadas já não comportam conscritos para o serviço militar. Por agora não é necessário recorrer ao serviço militar obrigatório (SMO) previsto constitucionalmente.
Eventualmente essa forma de serviço pode vir a ser declarada em estado de guerra ou de sítio ou de emergência. Basta que a AR (ou comissão permanente) assim o determine. Bem mas isto são outros aspectos.
As forças armadas perdem potencial com a saida desses cidadãos...mas deves ponderar que existem determinadas especialidades militares que para o seu desempenho eficaz exigem a força e acuidade dos cidadãos jovens e que não se compadece na manutenção nas fileiras de cidadãos mais velhos...por exemplo, não estás a imaginar uma companhia de praças de infantaria, com malta de trinta ou quarenta anos.... as noites em claro, ....as condicções climatéricas.. o moral, coisa complicadas de manter numa unidade combatente.
Nos aéreos a mesma coisa,nos navios ..idem...é uma coisa desconfortável andar num navio de guerra.
Fundamentalmente, temos de pensar nas condições que regulam e enformam a vida de um militar e pensar de uma maneira séria sobre a utilidade politica das forças.
Podemos admitir sempre a finandilização... mas depois não nos podemos queixar se nos violarem a zona económica excluziva que temos no atlãntico.
Ou seja, se abandonares a vinha, alguém vem colher as uvas...é a condição humana em todo o seu esplendor.
E é apenas nesse sentido que escrevo.


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Re: comentário

por habanero04 » 30/10/2008 13:50

jotabilo Escreveu:Um militar é um elemento integrante da sociedade que somos.


Tal e qual como qualquer um de nós, com deveres, direitos e ambições.


jotabilo Escreveu:Os cortes orçamentais têm sido severos na defesa. É natural que assim seja. Os objectivos políticos não exigem que tenhamos uma força militar mais desenvolvida. Existem os meios que os políticos acham necessários.


Concordo! Tudo está dependente dos objectivos políticos, já não tenho é tanto a certeza se os meios para esses objectivos são os adequados ao país.


jotabilo Escreveu:Mas existem limites bem definidos que os políticos conhecem e sabem que têm de ser respeitados.


Ah pois! Os ditos generais ainda têm muita "força".


jotabilo Escreveu:A força de um exército mede-se muito pelo seu capital humano. Existem muitas modalidades de actuação, muitas armas,mas o que conta no fim é o potencial humano, o seu moral, a confiança da comunidade nos que lutam.


Aqui estou quase completamente de acordo, embora os homens e a sua motivação sejam muitas vezes o que faz a diferença, a superioridade de material pode mudar tudo de um momento para o outro.

jotabilo Escreveu:Muito antes do 25A...ouviam-se os estudantes, os trabalhadores e o povo em geral...mas foram centena e meia de capitães que tiveram a coragem de romper com as normas....unidos e sabendo da gravidade da sua atitude..., calados e sem ouvirem ninguém, incentivaram com isso a revolta...desejavam uma coisa mais clara e mais limpa...depois vieram atrás os outros comovidos com ese gesto...e sucedeu esta liberdade de escrevermos tudo isto.
Ou seja, nós prórpios temos de ter um lugar onde guardar os nossos propósitos mais nobres...por uma questão de segurança e defesa das leis , das coisas, da soberania.
Os militares saiem de nós.
Os militares contratados são militares dos quadros especiais constituidos e são profissionais como os outros. A sua formação não se perde...todos eles têm formação profissional e podem seguir, se quiserem, a carreira militar.


Embora seja um bocado de idealismo nos dias que correm, também concordo que cada um deve cumprir o seu dever para com a sociedade e lutar para que todos possamos ter uma vida melhor. Mas o que estava aqui a ser discutido era questão dos militares propriamente ditos.

Quanto a poderem seguir a carreira militar não me parece de todo que seja verdade. Conheço bastantes casos que chegaram ao fim do contrato e foram mandados embora para a vida civil. Entretanto, enquanto estiveram a contrato nas forças armadas foram tirando cursos e sendo formados à conta de verbas do orçamento do Estado. Para essas pessoas isso é excelente, pois tiveram formação de borla e de qualidade, mas para as forças armadas esse capital humano desaparece e não é aproveitado.
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comentário

por jotabilo » 30/10/2008 13:24

Caro Habanero

Um militar é um elemento integrante da sociedade que somos.
Os cortes orçamentais têm sido severos na defesa. É natural que assim seja. Os objectivos políticos não exigem que tenhamos uma força militar mais desenvolvida. Existem os meios que os políticos acham necessários.
Mas existem limites bem definidos que os políticos conhecem e sabem que têm de ser respeitados.
A força de um exército mede-se muito pelo seu capital humano. Existem muitas modalidades de actuação, muitas armas,mas o que conta no fim é o potencial humano, o seu moral, a confiança da comunidade nos que lutam.
Muito antes do 25A...ouviam-se os estudantes, os trabalhadores e o povo em geral...mas foram centena e meia de capitães que tiveram a coragem de romper com as normas....unidos e sabendo da gravidade da sua atitude..., calados e sem ouvirem ninguém, incentivaram com isso a revolta...desejavam uma coisa mais clara e mais limpa...depois vieram atrás os outros comovidos com ese gesto...e sucedeu esta liberdade de escrevermos tudo isto.
Ou seja, nós prórpios temos de ter um lugar onde guardar os nossos propósitos mais nobres...por uma questão de segurança e defesa das leis , das coisas, da soberania.
Os militares saiem de nós.
Os militares contratados são militares dos quadros especiais constituidos e são profissionais como os outros. A sua formação não se perde...todos eles têm formação profissional e podem seguir, se quiserem, a carreira militar.

cumps
 
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