Inflação ou Deflação?
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Deixo aqui alguns bonecos interessantes, a fonte é uma leitura bastante interessante da Reserva Federal:
Com estes ritmos de crescimento monetário, a haver deflação estaremos numa embrulhada épica... simplesmente não acredito. Como demonstram os gráficos o jogo está viciado e acho que os bancos centrais vão inflar com sucesso mais uma vez.
Adjusted Monetary Base: The sum of currency in circulation outside Federal Reserve Banks and the U.S. Treasury, deposits of depository financial institutions at Federal Reserve Banks, and an adjustment for the effects of changes in statutory reserve requirements on the quantity of base money held by depositories.
Com estes ritmos de crescimento monetário, a haver deflação estaremos numa embrulhada épica... simplesmente não acredito. Como demonstram os gráficos o jogo está viciado e acho que os bancos centrais vão inflar com sucesso mais uma vez.
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Branc0
muito obrigado pelos exclarecimentos.
Com o dólar a valorizar e com a entrada de capital estrangeiro na America, se a Fed baixar mais o juros de referência poderá haver depois uma nova saida de capital das acções americanas? será o caus total? em meu entender penso que com juros baixo numa primeira fase não se deve entrar em acções, mas entrar um tempo depois de maneira a acompanhar a inflação e o evoluir dos PERs.
Warren Buffett disse numa entrevista que admitia muito sériamente vender todas as suas aplicações no estrangeiro e comprar acções americanas.
Relativamente ao ouro, é melhor ter ouro quando o euro desvaloriza face ao dólar não é? é o que está agora a acontecer.
abraço
muito obrigado pelos exclarecimentos.
Com o dólar a valorizar e com a entrada de capital estrangeiro na America, se a Fed baixar mais o juros de referência poderá haver depois uma nova saida de capital das acções americanas? será o caus total? em meu entender penso que com juros baixo numa primeira fase não se deve entrar em acções, mas entrar um tempo depois de maneira a acompanhar a inflação e o evoluir dos PERs.
Warren Buffett disse numa entrevista que admitia muito sériamente vender todas as suas aplicações no estrangeiro e comprar acções americanas.
Relativamente ao ouro, é melhor ter ouro quando o euro desvaloriza face ao dólar não é? é o que está agora a acontecer.
abraço
Concordo com aquilo que foi dito pelo Branc0, mas apenas a médio prazo.
Penso que a curto prazo iremos (e já estamos a) passar por um período de deflação (principalmente nos US). O aumento de desemprego, a quebra dos lucros das empresas, a liquidação dos endividamentos e a dificuldade de acesso ao crédito vão fazer com que o consumo caia durante uns meses e consequentemente o preço dos produtos... É possivel que os preços de áreas especialmente afectadas (artigos electronicos, veículos e vestuário) sejam obrigados a baixar os seus preços ou a fazer grandes promoções durante os próximos meses.
Simplesmente não concordo com um período de inflação a curto prazo porque são os países com grandes mercados consumidores (US e Europa) que vão entrar em recessão... e penso que é isto que os governos centrais estão a pensar, ao baixar as taxas de juro estão também a evitar a deflação, pois seria catastrosfico para a economia global, mesmo que isso signifique uma forte inflação logo a seguir.
A médio prazo concordo com aquilo que foi dito nos posts anteriores.
Visto a inflação ser algo unanime entre os posts que aqui vi, a pergunta que deixo é até que ponto é que esta inflação atingirá a Europa e quais as consequencias para os países emergentes.
Penso que a curto prazo iremos (e já estamos a) passar por um período de deflação (principalmente nos US). O aumento de desemprego, a quebra dos lucros das empresas, a liquidação dos endividamentos e a dificuldade de acesso ao crédito vão fazer com que o consumo caia durante uns meses e consequentemente o preço dos produtos... É possivel que os preços de áreas especialmente afectadas (artigos electronicos, veículos e vestuário) sejam obrigados a baixar os seus preços ou a fazer grandes promoções durante os próximos meses.
Simplesmente não concordo com um período de inflação a curto prazo porque são os países com grandes mercados consumidores (US e Europa) que vão entrar em recessão... e penso que é isto que os governos centrais estão a pensar, ao baixar as taxas de juro estão também a evitar a deflação, pois seria catastrosfico para a economia global, mesmo que isso signifique uma forte inflação logo a seguir.
A médio prazo concordo com aquilo que foi dito nos posts anteriores.
Visto a inflação ser algo unanime entre os posts que aqui vi, a pergunta que deixo é até que ponto é que esta inflação atingirá a Europa e quais as consequencias para os países emergentes.
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Ultimamente tenho visto a força do USD como a fuga de capital estrangeiro das economias emergentes e da europa de volta aos EUA.
O mercado está(va) claramente a apostar numa deflação séria da economia, de mais forma nenhuma se pode justificar os preços que as pessoas andam a pagar pelas TBills e os yelds ridiculos. Eu acho que o mercado está enganado e brevemente o Tesouro Norte Americano começará a vender titulos de divida para pagar os bails outs todos que prometeu o que colocará algum esforço neste mercado (que aliás já se começa a notar com uns lower lows bem visiveis desde o pico a 16 de Setembro). A ver vamos se isto iniciará o bear market nos bonds que previ aqui há pouco tempo.
Quanto à força da moeda americana e a inflação é claro que uma moeda forte protege os seus utilizadores de choques no exterior, tal como o euro nos protegeu dos aumentos parabólicos deste ultimo verão mas tal como cá esse efeito será limitado. Resta depois saber se o USD se manterá forte... se os titulos de divida realmente descambarem como penso que acontecerá será que os Governos/Estrangeiros que detêm estes titulos vão mantê-los? É muito possível que vejamos exactamente o inverso do que vimos nos ultimos meses com o USD se/quando houver uma fuga de capital dos EUA para as moedas locais ou para bens tangíveis.
Quanto aos mercados accionistas, sem duvida. Deixei neste tópico uma teoria que até agora se tem demonstrado errada mas que ainda não estou pronto para descartar completamente estabelecendo paralelos com os anos 70 numa altura em que a inflação (oficial) estava nos dois digitos.
Há aqui que repensar, certamente, o timing mas sem duvida alguns efeitos da inflação terão de ser sentidos no mercado de capitais, nem faria sentido de outro modo. Contudo não gosto de adivinhar fundos e esperaria por sinais técnicos dos índices antes de colocar a liquidez disponível a trabalhar no mercado de capitais. Se a situação se repetir teremos uns anos de bull e portanto não é preciso ir à pressa para apanhar "o fundo".
E depois temos que pensar num maluqinho francês que anda para aí a querer brincar às novas ordens mundiais. Eu não sei o que é que o Sr. Sarkozy quer dizer com "refundar o sistema financeiro mundial" mas neste momento sou 10% esperança que seja um retorno a "dinheiro honesto" e 90% medo que consigam inventar algo pior que em 1971.
O mercado está(va) claramente a apostar numa deflação séria da economia, de mais forma nenhuma se pode justificar os preços que as pessoas andam a pagar pelas TBills e os yelds ridiculos. Eu acho que o mercado está enganado e brevemente o Tesouro Norte Americano começará a vender titulos de divida para pagar os bails outs todos que prometeu o que colocará algum esforço neste mercado (que aliás já se começa a notar com uns lower lows bem visiveis desde o pico a 16 de Setembro). A ver vamos se isto iniciará o bear market nos bonds que previ aqui há pouco tempo.
Quanto à força da moeda americana e a inflação é claro que uma moeda forte protege os seus utilizadores de choques no exterior, tal como o euro nos protegeu dos aumentos parabólicos deste ultimo verão mas tal como cá esse efeito será limitado. Resta depois saber se o USD se manterá forte... se os titulos de divida realmente descambarem como penso que acontecerá será que os Governos/Estrangeiros que detêm estes titulos vão mantê-los? É muito possível que vejamos exactamente o inverso do que vimos nos ultimos meses com o USD se/quando houver uma fuga de capital dos EUA para as moedas locais ou para bens tangíveis.
Quanto aos mercados accionistas, sem duvida. Deixei neste tópico uma teoria que até agora se tem demonstrado errada mas que ainda não estou pronto para descartar completamente estabelecendo paralelos com os anos 70 numa altura em que a inflação (oficial) estava nos dois digitos.
Há aqui que repensar, certamente, o timing mas sem duvida alguns efeitos da inflação terão de ser sentidos no mercado de capitais, nem faria sentido de outro modo. Contudo não gosto de adivinhar fundos e esperaria por sinais técnicos dos índices antes de colocar a liquidez disponível a trabalhar no mercado de capitais. Se a situação se repetir teremos uns anos de bull e portanto não é preciso ir à pressa para apanhar "o fundo".
E depois temos que pensar num maluqinho francês que anda para aí a querer brincar às novas ordens mundiais. Eu não sei o que é que o Sr. Sarkozy quer dizer com "refundar o sistema financeiro mundial" mas neste momento sou 10% esperança que seja um retorno a "dinheiro honesto" e 90% medo que consigam inventar algo pior que em 1971.
Be Galt. Wear the message!
The market does not beat them. They beat themselves, because though they have brains they cannot sit tight. - Jesse Livermore
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Olá Branc0
Tenho uma dúvida.
Enquanto os governos e bancos centrais poderem imprimir notas e aumentar a massa monetária para tapar os buracos existentes, não teremos a deflação.
Não estou a entender porque numa altura destas após uma grande desvalorização do dólar, este agora valoriza face ao euro?
Se o dólar valoriza, os americanos ficam mais protegidos da inflação certo?
Será que esta valorização do dólar tem a ver com a entrada massiva de investimento estrangeiro?
Se eles tentarem conter o défice a crise pode prelongar-se.
Inflação elevada leva, enquanto dura, a PERs baixos nomeadamente devido às taxas de juro elevadas que tendem a acompanhar a inflação elevada, e que tornam as obrigações mais competitivas face às acções.
A inflação elevada é, a prazo, positiva para os valores nominais das acções. Um período de inflação elevada e PERs baixos é muito normal que seja seguido de uma subida muito forte das acções assim que a inflação e juros baixem, pois entretanto a realidade nominal é brutalmente inflaccionada. Se a inflação perdurar ou for mesmo muito elevada, as acções até acabam por subir ao mesmo tempo que existe a inflação elevada?
Tenho uma dúvida.
Enquanto os governos e bancos centrais poderem imprimir notas e aumentar a massa monetária para tapar os buracos existentes, não teremos a deflação.
Não estou a entender porque numa altura destas após uma grande desvalorização do dólar, este agora valoriza face ao euro?
Se o dólar valoriza, os americanos ficam mais protegidos da inflação certo?
Será que esta valorização do dólar tem a ver com a entrada massiva de investimento estrangeiro?
Se eles tentarem conter o défice a crise pode prelongar-se.
Inflação elevada leva, enquanto dura, a PERs baixos nomeadamente devido às taxas de juro elevadas que tendem a acompanhar a inflação elevada, e que tornam as obrigações mais competitivas face às acções.
A inflação elevada é, a prazo, positiva para os valores nominais das acções. Um período de inflação elevada e PERs baixos é muito normal que seja seguido de uma subida muito forte das acções assim que a inflação e juros baixem, pois entretanto a realidade nominal é brutalmente inflaccionada. Se a inflação perdurar ou for mesmo muito elevada, as acções até acabam por subir ao mesmo tempo que existe a inflação elevada?

Já deixei esta opinião por outros tópicos aqui no Caldeirão mas volto a repetir.
Uma recessão económica é tipicamente deflacionária pois obviamente existe muita destruição da procura. Os consumidores recuam nos seus gastos e os produtores reduzem nas quantidades de produto que colocam no mercado o que levará obviamente a uma redução do procura de matérias primas o que levaria a uma redução dos seus preços e uma "deflação percepcionada" nos preços.
Também a deflação real seria normal num ambiente destes, enquanto o crédito mau era destruído, posições alavancadas fechadas, etc.
Qualquer economista defenderia um cenário deflacionário... qualquer um que não admita que o jogo está viciado.
Cada estimulo fiscal (já vamos para o segundo), cada injecção de liquidez (perdi a conta) e cada plano de salvação da economia é injectar dinheiro na economia. A destruição de dinheiro por uma porta não causa deflação porque os bancos centrais injectam dinheiro pela outra porta.
A médio/longo prazo a inflação monetária só poderá conduzir à inflação percepcionada pelo consumidor no preço dos bens... sempre foi assim e voltará a ser com a unica excepção que nunca antes vimos tamanha inflação monetária como agora augurando muito maus resultados dentro de poucos anos.
A deflação não é um cenário possível... não enquanto os bancos centrais não esgoratem as balas todas. E a FED ainda tem 150 pontos para baixar e muitos cheques a enviar para casa dos contribuintes para eles poderem gastar.
EDIT: Já agora deixo aqui o link para vários artigos sobre a inflação que escrevi no meu blog.
Uma recessão económica é tipicamente deflacionária pois obviamente existe muita destruição da procura. Os consumidores recuam nos seus gastos e os produtores reduzem nas quantidades de produto que colocam no mercado o que levará obviamente a uma redução do procura de matérias primas o que levaria a uma redução dos seus preços e uma "deflação percepcionada" nos preços.
Também a deflação real seria normal num ambiente destes, enquanto o crédito mau era destruído, posições alavancadas fechadas, etc.
Qualquer economista defenderia um cenário deflacionário... qualquer um que não admita que o jogo está viciado.
Cada estimulo fiscal (já vamos para o segundo), cada injecção de liquidez (perdi a conta) e cada plano de salvação da economia é injectar dinheiro na economia. A destruição de dinheiro por uma porta não causa deflação porque os bancos centrais injectam dinheiro pela outra porta.
A médio/longo prazo a inflação monetária só poderá conduzir à inflação percepcionada pelo consumidor no preço dos bens... sempre foi assim e voltará a ser com a unica excepção que nunca antes vimos tamanha inflação monetária como agora augurando muito maus resultados dentro de poucos anos.
A deflação não é um cenário possível... não enquanto os bancos centrais não esgoratem as balas todas. E a FED ainda tem 150 pontos para baixar e muitos cheques a enviar para casa dos contribuintes para eles poderem gastar.
EDIT: Já agora deixo aqui o link para vários artigos sobre a inflação que escrevi no meu blog.
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deflacao
Apesar de ser um leigo no mundo da economia, parece-me que a análise feita por este economista no seu blog é algo redutora... é provável que num período inicial se assista a um período de deflação que poderá durar 6 meses ou até 2 anos, mas depois disso, tal como o autor do blog escreveu, as famílias, empresas e bancos vão pagando as suas dividas. À medida que isto for acontecendo, a liquidez no mercado irá aumentando e se pensarmos ainda em todo o dinheiro imprimido e injectado nos mercados nos últimos tempos, como ainda nas baixas taxas de juro, teremos muito mais dinheiro a circular nos mercados (mais do que uns meros 3 ou 4%) do que tínhamos há 1 ou 2 anos atrás. Como resultado, surgirá uma (hiper-)inflação como provavelmente não existiu nos últimos 20 ou 30 anos... Se quisermos aínda pensar na depreciacao do dolár e no enriquecimento das economias emergentes, este cenário é altamente provável.
Não querendo tirar a importância a outros temas, este tema preocupa-me bastante pois o cenário que aqui escrevo, a verificar-se, terá efeitos devastadores na economia global e do nosso país. Com este meu comentário não pretendo ser catastrófico (aliás, o que escrevo é uma mera opinião de alguém que acompanha a economia como hobbie), mas espero sinceramente que as entidades reguladoras tal como todos nós, estejamos atentos a este fenomeno.
Agradecia a vossa opinião sobre esta tema.
Não querendo tirar a importância a outros temas, este tema preocupa-me bastante pois o cenário que aqui escrevo, a verificar-se, terá efeitos devastadores na economia global e do nosso país. Com este meu comentário não pretendo ser catastrófico (aliás, o que escrevo é uma mera opinião de alguém que acompanha a economia como hobbie), mas espero sinceramente que as entidades reguladoras tal como todos nós, estejamos atentos a este fenomeno.
Agradecia a vossa opinião sobre esta tema.
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- Registado: 29/11/2007 13:01
Deflação ?
Sobre este asunto deixo-vos á consideração um artigo do economista Pedro Aroja:
http://portugalcontemporaneo.blogspot.c ... eflao.html
Cumprimentos e bons negócios.
http://portugalcontemporaneo.blogspot.c ... eflao.html
Cumprimentos e bons negócios.
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- Registado: 29/11/2007 4:20
- Localização: 16
Penso que tivemos um periodo de grandes riscos inflacionistas mas agora há o sério risco de isto inverter repentiamente para defleção (isso é o pior de tudo). Por isso os bancos centrais estão a descer agora os juros e a imprimir notas e mais notas. Vamos ver o que isto dá. Espero que consigam e não deixem vir a deflação. 

inflacao
É certo que o que se passou não tem comparação com nenhuma das crises recentes e de certo modo as variáveis em jogo são muito diferentes da crise dos anos 30...
Retomando o tópico e dando a minha opinião, muitos dos governos mundiais tomaram a decisão de baixar as taxas de juro (ainda hoje a India baixou 1%) por dizerem que a inflação estava controlada e sinal disso era o facto do preço das commodities estar a descer. Na minha opinião (notem que sou um mero espectador destas coisas, não tenho a mínima formação em áreas de economia), o valor das commodities foi afectado em geral pela "bolha" do petróleo, que corrigiu nas últimas semanas. Face à impressão de papel que anda por esse mundo e à propria volatilidade das commodities, a inflação poderá estar aí à porta. Penso que o facto dos grandes consumidores (Estados Unidos e Europa) estarem a passar por uma recessão e haver uma baixa de consumo, esta inflação será atenuada por isso, mas poderá ser igualmente ou mais perigoso caso o cenário de estagflaco surja.
O cenário negro acontecerá caso se venha a descobrir que esta crise financeira é pior do que se pensava e se o dolár desvalorizar brutalmente (terá que contar com a iniciativa da China para isso). Nesse caso, uma hiper-inflaccao estará aí à porta.
Em termos sociais, esta crise abrirá muitas portas, principalmente a ideias radicais (basta lembrar o que aconteceu na Alemanha durante os anos 30). Com a perca do dominio politicos dos Estados Unidos, novos países (BRIC?) surgirão para tomar essa posição e o mundo poderá rumar ideologicamente para outros portos.
Retomando o tópico e dando a minha opinião, muitos dos governos mundiais tomaram a decisão de baixar as taxas de juro (ainda hoje a India baixou 1%) por dizerem que a inflação estava controlada e sinal disso era o facto do preço das commodities estar a descer. Na minha opinião (notem que sou um mero espectador destas coisas, não tenho a mínima formação em áreas de economia), o valor das commodities foi afectado em geral pela "bolha" do petróleo, que corrigiu nas últimas semanas. Face à impressão de papel que anda por esse mundo e à propria volatilidade das commodities, a inflação poderá estar aí à porta. Penso que o facto dos grandes consumidores (Estados Unidos e Europa) estarem a passar por uma recessão e haver uma baixa de consumo, esta inflação será atenuada por isso, mas poderá ser igualmente ou mais perigoso caso o cenário de estagflaco surja.
O cenário negro acontecerá caso se venha a descobrir que esta crise financeira é pior do que se pensava e se o dolár desvalorizar brutalmente (terá que contar com a iniciativa da China para isso). Nesse caso, uma hiper-inflaccao estará aí à porta.
Em termos sociais, esta crise abrirá muitas portas, principalmente a ideias radicais (basta lembrar o que aconteceu na Alemanha durante os anos 30). Com a perca do dominio politicos dos Estados Unidos, novos países (BRIC?) surgirão para tomar essa posição e o mundo poderá rumar ideologicamente para outros portos.
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Re: Inflação ou Deflação?
ruizzz Escreveu:Face a toda esta crise e os diversos bailouts estatais em cada canto do mundo a pergunta que muitos se questionam é o que acontecerá a seguir... Do meu ponto de vista existe uma anestesia geral sobre este tema e parece-me que toda a gente está convencida que apesar de termos uma recessão à porta, daqui a uns meses tudo voltará à normalidade, mas será bem assim?
Quebra de consumo, aumento do desemprego, fusão de empresas, cortes salariais e desvalorização do dólar serão algumas das consequências desta crise, mas algo que divide analistas é se estamos perante um cenário de inflação ou de deflação. Por um lado, a impressão do dólar desmedida sugere-nos uma inflação, mas por outro lado a quebra do consumo sugere uma deflação. Qual a vossa inclinação? Quais as consequencias? Será que a Europa e o resto do mundo serão afectadas do mesmo modo que os Estados Unidos?
Acho que ninguém sabe o que vem a seguir. A resposta a esta crise assenta na experiência que se tem da de 1929, onde se apertou o crédito o que agravou as coisas. Com base nesse ensinamento quer-se evitar repetir o mesmo erro. Há fundamentalmente duas questões:
- Será que esta crise é semelhante á de 1929, e a terapeutica adequada aquela que devia ter sido aplicada na altura?
- Mesmo admitindo que sim, as contas estarão bem feitas e há uma pecepção rigorosa das necessidades?
Se a resposta ás duas questões for afirmativa, creio em menos de 1 ano o braço estará a navegar de novo em águas seguras. Se não for assim as coisas podem arrastar-se por 2-3 ou mais anos.
Quanto à Europa o meu receio é de que a situação seja pior que nos US. O que o Lux teve de injectar no Fortis e Dexia e o valor de 60b USD do plano suiço representam em termos de PIB respectivo muito mais que os 700b no PIB US. Pode ser que os US tenham subestimado e a Suiça tenha feito as contas correctas mas pode tb ser que a situação na Europa esteja bem pior, só que os Europeus são mais lentos a fazer contas.
A vantagem deverá ir para os países asiaticos que deverão ver a sua filsofia de poupança premiada
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Inflação ou Deflação?
Face a toda esta crise e os diversos bailouts estatais em cada canto do mundo a pergunta que muitos se questionam é o que acontecerá a seguir... Do meu ponto de vista existe uma anestesia geral sobre este tema e parece-me que toda a gente está convencida que apesar de termos uma recessão à porta, daqui a uns meses tudo voltará à normalidade, mas será bem assim?
Quebra de consumo, aumento do desemprego, fusão de empresas, cortes salariais e desvalorização do dólar serão algumas das consequências desta crise, mas algo que divide analistas é se estamos perante um cenário de inflação ou de deflação. Por um lado, a impressão do dólar desmedida sugere-nos uma inflação, mas por outro lado a quebra do consumo sugere uma deflação. Qual a vossa inclinação? Quais as consequencias? Será que a Europa e o resto do mundo serão afectadas do mesmo modo que os Estados Unidos?
Quebra de consumo, aumento do desemprego, fusão de empresas, cortes salariais e desvalorização do dólar serão algumas das consequências desta crise, mas algo que divide analistas é se estamos perante um cenário de inflação ou de deflação. Por um lado, a impressão do dólar desmedida sugere-nos uma inflação, mas por outro lado a quebra do consumo sugere uma deflação. Qual a vossa inclinação? Quais as consequencias? Será que a Europa e o resto do mundo serão afectadas do mesmo modo que os Estados Unidos?
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