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Caldeirão da Bolsa

Governo disponibiliza até 20 mil milhões em garantias aos ba

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Camisa Roxa » 13/10/2008 14:51

eu se fosse 1 banco internacional e me viesse 1 banco português pedir dinheiro com a cantiga do aval do Estado dizia logo "ah, não obrigado, quero mesmo é garantias reais" :mrgreen:
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por pedrom » 13/10/2008 14:42

Camisa Roxa Escreveu:o Governo Português até podia dizer que avaliza 60 triliões de dólares, porque simplesmente não tem nem 1 nem 10 nem 20 biliões ROFL

é apenas bluff para o mercado!


Para o aeroporto ninguém sabia onder buscar meia duzia de mil milhões, para garantia de bancos já é aos 20 mil milhões, ou o que for preciso!!!!

Eu precisava era de um avalista como o estado para fundar um banco pois é um negócio vitalico, nunca vai à falência!!!! :mrgreen:

Esta crise já teve alguns efeitos em mim, pois fiquei a saber que os prémios do euromilhões são muito pequenos comparados com as realidades mundiais. Só se fala em x mil milhões!!! :mrgreen:

Um bom concurso para a santa casa ganhar muita massa era o euromilmilhões!!!! :mrgreen:
De que vale a pena correr quando estamos na estrada errada?
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por Camisa Roxa » 13/10/2008 14:29

o Governo Português até podia dizer que avaliza 60 triliões de dólares, porque simplesmente não tem nem 1 nem 10 nem 20 biliões ROFL

é apenas bluff para o mercado!
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por ptmasters » 13/10/2008 13:42

Pensei que era bom saber que havia o "aval" do estado, mas não sabia que (e pensava que não) que era necessário usá-lo já...

1 ab
O que é um cínico? É aquele que sabe o preço de tudo, mas que não sabe o valor de nada.
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por Elias » 13/10/2008 11:30

Bancos começam hoje a usar 'aval' do Estado


RUDOLFO REBÊLO
Crise. Governo deu garantias no valor de 20 mil milhões de euros à banca nacional para que consiga dinheiro para as "famílias e empresas", numa operação concertada com a UE. Hoje, Paris, Londres, Bona e Roma anunciam os planos de resgate bancários. Nacionalizações, trocas de títulos e garantias são as medidas
Depois de garantir os depósitos aos portugueses, o Governo passa agora a "fiador" dos banqueiros, seguindo, à risca, o plano europeu. E começa já hoje a prestar garantias aos empréstimos entre bancos até ao montante máximo de 20 mil milhões de euros. E, ontem mesmo, os maiores bancos nacionais já deram indicações ao Executivo de que vão usar, a partir de hoje, o chapéu-de-chuva governamental para ter acesso à liquidez (dinheiro vivo) no estrangeiro.

Uma "intervenção" estatal na banca, inesperada, ontem anunciada por Teixeira dos Santos, no final do Conselho de Ministros extraordinário, que oficialmente serviria para aprovar o Orçamento para o próximo ano. Com o "aval", o Governo pretende, até Dezembro de 2009, facilitar à banca nacional a contratação de dinheiro junto de bancos estrangeiros ou do Banco Central Europeu (BCE). "Isto porque", diz o ministro, "sem financiamento da actividade não haverá progresso económico".

A banca portuguesa está com dificuldades em obter dinheiro? "O recurso a esta garantia não é um sinal de fragilidade dos bancos", responde o ministro, que garantiu desconhecer "sinais" de "qualquer ocorrência que possa colocar em perigo o nosso sistema financeiro" (ver caixa). O objectivo, afirma, "é reforçar a capacidade do nosso sistema financeiro" para "melhorar o acesso" dos banqueiros ao dinheiro.

A banca nacional - tal como o sistema financeiro internacional, a seguir ao subprime - necessita de dinheiro para emprestar às famílias e empresas. E o dinheiro até existe, com o BCE a inundar o mercado com milhares de milhões de euros e os bancos a devolverem até ao último cêntimo, respeitando prazos acordados. Só que, ao nível dos três mil bancos europeus (uma espécie de segunda linha nos empréstimos), ninguém quer ceder dinheiro. Isto porque desconfiam da "qualidade" dos activos - leia-se acções, obrigações, títulos diversos - que sirvam de garantia aos empréstimos interbancários. Toda a gente desconfia que o vizinho pode fechar as portas.

É aqui que entra as garantias do Estado português. Os 20 mil milhões de euros em garantias - 11,7% do PIB, cinco vezes o tamanho do défice orçamental projectado para 2009 - são a chave para o acesso ao cofre do dinheiro no mercado interbancário.

Cifrões que não assustam os banqueiros. É que, contas feitas, em Junho deste ano, os empréstimos da banca portuguesa junto dos banqueiros estrangeiros foi estimado, pelo Banco de Portugal, em 92 mil milhões de euros, 54,1% do PIB. Este endividamento é explicado pela forte apetência dos portugueses pelos empréstimos (habitação, consumo, investimentos) e, por outro lado, pela falta de poupanças (depósitos).

Nos primeiros seis meses, os empréstimos acumulados já atingiam os 263,1 mil milhões de euros. Para enfrentar estes créditos existiam em depósitos na banca nacional apenas 150 mil milhões de euros, 57% das necessidades para empréstimos. Existem rácios legais a cumprir, mas foi para cobrir este diferencial - entre empréstimos e depósitos - que os banqueiros tiveram de recorrer à banca estrangeira, contratando os tais 92 mil milhões de euros.|

in dn.sapo.pt

Dúvida minha: esbarrei logo nesta frase no primeiro parágrafo: "Hoje, Paris, Londres, Bona e Roma anunciam os planos de resgate bancários."

Bona???

Mas Bona não deixou de ser capital da Alemanha há 18 anos? O que raio está a fazer nesta lista? Será que o Banco Central Alemão continua sedeado lá?
 
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por Camisa Roxa » 13/10/2008 9:42

sim, o crédito bonificado era um espectáculo: o Estado com o dinheiro dos nossos impostos a comparticipar juros do crédito à habitação

daqui a nada mais vale assumir que o Estado deve liquidar os créditos à habitação dos portugueses :roll:
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por Pata-Hari » 13/10/2008 7:48

garfield, esses montantes são muito pequenos. Já eram pequenos e o grosso desapareceu este ano com a aprovação do OE de 2008 em que se podia mobilizar uma bela parte sem penalização.
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por Garfield » 13/10/2008 2:08

nao se esqueçam que em Janeiro haverá outra debandada nos bancos ao nivel das contas poupança habitação, os saldos de 2004 já poderão tambem ser movimentados sem penalização fiscal para outros fins que nao os previstos.
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por PJBM2 » 12/10/2008 20:04

E não esquecer que uma parte da bonificação ia para o banco. Até os bancos ficaram a ganhar nisso.
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Re: Sugestão - Ajuda ás familias

por rk0r794 » 12/10/2008 19:29

charles Escreveu:
rk0r794 Escreveu:A sociedade tem que começar a premiar as familias em que pagam os seus impostos, criem riqueza, direcionam as suas poupanças etc.

O que eu quero dizer, neste caso, não é um apoio efectivo, mas sim, despenalizar este investimento devido a uma situação excepcional.
Nota: este dinheiro não é do estado, mas sim das familias, que no passado pouparam para as suas reformas.

São estas familias que criem riqueza nos países. Isto não quer dizer mal das familias que não podem fazer poupanças.
Quem não pode neste momemnto pagar as suas prestações, não é com um subsidio que resolvem este problema.
As familias o que querem é durante um certo tempo não canalizare uma parte do seu rendimento á prestação da casa.


Meu caro quem não tem PPRS não é necessáriamente alguem que não tem pooupanças, certo!

Eu não discordo que essa medida que propôe seja uma medida importante para quem tem PPRS, alias esse "protesto" já é anterior a esta crise, só acho que é uma medida isolada que não vai resolver nada no global do mercado de crédito hipotecário.

A sociedade tem que começar a premiar as familias em que pagam os seus impostos, criem riqueza, direcionam as suas poupanças etc.


É exactamente por isso que defendo o regresso do bonificado pelo IRS, mais justo e barangente do que isto é dificil.

Cumpt

O regresso do bonificado seria bem vindo. No entanto, recordo as injustiças do mesmo.
O nosso sistema fiscal como toda a gente sabe não é justo. São os trabalhadores dependentes os mais sacrificados e aqueles que menos beneficiaram com o crédito bonificado.
Cumpt.
Hoje mesmo, enviei esta minha sugestão ao Ministro da Finanças. Nesta altura, cada sugestão, mesmo a mais despropositada é bem vinda.

Nota. No meu caso, como tenho habitação própria e não tenho qualquer encargo com a mesma, já que durante anos foi amortizando amesma.
 
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Re: Sugestão - Ajuda ás familias

por charles » 12/10/2008 19:15

rk0r794 Escreveu:A sociedade tem que começar a premiar as familias em que pagam os seus impostos, criem riqueza, direcionam as suas poupanças etc.

O que eu quero dizer, neste caso, não é um apoio efectivo, mas sim, despenalizar este investimento devido a uma situação excepcional.
Nota: este dinheiro não é do estado, mas sim das familias, que no passado pouparam para as suas reformas.

São estas familias que criem riqueza nos países. Isto não quer dizer mal das familias que não podem fazer poupanças.
Quem não pode neste momemnto pagar as suas prestações, não é com um subsidio que resolvem este problema.
As familias o que querem é durante um certo tempo não canalizare uma parte do seu rendimento á prestação da casa.


Meu caro as familias que não têm PPRS não são necessáriamente familias que não têm poupanças, e muito menos poderão ser consideradas familias que não criem riqueza senão teremos um pais que não cria riqueza no seu todo, certo!

Eu não discordo que essa medida que propôe seja uma medida importante para quem tem PPRS, alias esse "protesto" já é anterior a esta crise, só acho que é uma medida isolada que não vai resolver nada no global do mercado de crédito hipotecário.

A sociedade tem que começar a premiar as familias em que pagam os seus impostos, criem riqueza, direcionam as suas poupanças etc.


É exactamente por isso que defendo o regresso do bonificado pelo IRS, mais justo e abrangente do que isto é dificil.

EDITADO

Cumpt
Editado pela última vez por charles em 12/10/2008 19:33, num total de 3 vezes.
Cumpt

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Re: Sugestão - Ajuda ás familias

por rk0r794 » 12/10/2008 19:06

A sociedade tem que começar a premiar as familias em que pagam os seus impostos, criem riqueza, direcionam as suas poupanças etc.

O que eu quero dizer, neste caso, não é um apoio efectivo, mas sim, despenalizar este investimento devido a uma situação excepcional.
Nota: este dinheiro não é do estado, mas sim das familias, que no passado pouparam para as suas reformas.

São estas familias que criem riqueza nos países. Isto não quer dizer mal das familias que não podem fazer poupanças.
Quem não pode neste momemnto pagar as suas prestações, não é com um subsidio que resolvem este problema.
As familias o que querem é durante um certo tempo não canalizare uma parte do seu rendimento á prestação da casa.
 
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Re: Sugestão - Ajuda ás familias

por charles » 12/10/2008 18:58

rk0r794 Escreveu:Nesta altura que muitas familias têm dificuldades em pagarem o seu crédito habitação, não seria má ideia, o governo possibilitar a transferência dos PPR para amortizarem o seu crédito Habitação ou pagarem a suas mensalidades com os PPR.

Como os PPR muitas vezes estão na mesma instituição bancária onde foram contraidos o crédito habitação não seria má ideia esta amortização dos mesmos.
Como é obvio, o governo deveria despenalizar esta amortização.

Factores positivos:
- Alivio dos orçamentos familiares
- Diminuição do crédito mal parado
Factores negativos.
- Os PPR são mensalmente descapitalizados, o que não é significativo.
as instituições bancárias não teriam falta de liquidez, já que são transferências neutra, ou seja, o efeito é neutro. O dinheiro não sai da instituição bancária.

Exemplo:
Familia com um PPR de 30.000,00
Mensalidade com a habitação 1.000,00
Transfer~encia dos seu PPR no montante de 1.000,00 mensais.
PPR Ano + 1 = 20.000,00
PPR Ano + 2 = 10.000,00

Nota: Se esta crise demora mais do que 2 anos vamos todos viver para a aldeia e criar umas galinhas para viver. :lol:
Esta mensagem já foi enviada para o gabinete do 1 º ministro.

Assim, era uma ajuda às familias


Mais valia voltarmos ao crédito bonificado atribuido consoante o IRS, porque este seria totalmente abrangente, aliás se calhar para muitas familias o fim do bonificado terá sido o começo do abismo financeiro, pena foi que esta bonificação tenha sido deturpada pelo aproveitamento ilicito de alguns pseudo-necessitados, percebo a tua proposta mas peca por ser direccionada só a quem tem PPRS.


A propósito do tema empréstimo habitação deixo uma questão aos entendidos, julgo já ter lido uma clausula que permite aos bancos em determinadas condições, não sei bem quais, antecipar o total do capital em divida, no caso de graves dificuldades de liquidez por parte de um determinado banco é possivel eles começarem a accionar esta clausula?

Cumpt
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por Warlock » 12/10/2008 18:36

desculpem lá, mas acho esta noticia estranha.

Nos States o Bush dá 700 mil milhoes de Dollars. São 300 milhoes de pessoas, o que dá 23.3 mil milhoes de Dollars por cada 10 milhoes de pessoas, ou seja 16.6 milhoes de EUROS por cada 10 milhoes de pessoas.

Aqui o Socrates diponibiliza 20 mil milhoes de Euros para 10 milhoes de pessoas.

O que quererá isto dizer? Estamos pior que os States? Sinal de força? Show off?

Que acham?
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Sugestão - Ajuda ás familias

por rk0r794 » 12/10/2008 18:16

Nesta altura que muitas familias têm dificuldades em pagarem o seu crédito habitação, não seria má ideia, o governo possibilitar a transferência dos PPR para amortizarem o seu crédito Habitação ou pagarem a suas mensalidades com os PPR.

Como os PPR muitas vezes estão na mesma instituição bancária onde foram contraidos o crédito habitação não seria má ideia esta amortização dos mesmos.
Como é obvio, o governo deveria despenalizar esta amortização.

Factores positivos:
- Alivio dos orçamentos familiares
- Diminuição do crédito mal parado
Factores negativos.
- Os PPR são mensalmente descapitalizados, o que não é significativo.
as instituições bancárias não teriam falta de liquidez, já que são transferências neutra, ou seja, o efeito é neutro. O dinheiro não sai da instituição bancária.

Exemplo:
Familia com um PPR de 30.000,00
Mensalidade com a habitação 1.000,00
Transfer~encia dos seu PPR no montante de 1.000,00 mensais.
PPR Ano + 1 = 20.000,00
PPR Ano + 2 = 10.000,00

Nota: Se esta crise demora mais do que 2 anos vamos todos viver para a aldeia e criar umas galinhas para viver. :lol:
Esta mensagem já foi enviada para o gabinete do 1 º ministro.

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por Pata-Hari » 12/10/2008 18:09

Reacção
António Borges considera 20 mil milhões de euros do Governo “bem-vindos”
12.10.2008 - 17h43 Lusa
O economista e vice-presidente do PSD, António Borges, considerou hoje "bem-vinda" a medida anunciada pelo Governo de prestar garantias até 20 mil milhões de euros às operações de financiamento dos bancos.

"Esta medida proposta propõe garantir as operações entre bancos (...) é bem-vinda, porque é de emergência e permite assegurar o investimento da banca", disse o vice-presidente dos social-democratas. O Governo anunciou hoje que vai prestar garantias até 20 mil milhões de euros às operações de financiamento dos bancos em Portugal, para melhorar o acesso à liquidez e, assim, ajudar a economia.

O anúncio foi feito pelo ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, numa conferência de imprensa no final de uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros. "Os bancos portugueses estão muito dependentes dos bancos externos e o défice existente é causado pelo crédito que é financiado pelos bancos estrangeiros. Com a crise internacional que se vive actualmente, esse crédito ficou muito mais caro e difícil de obter", explicou António Borges. "A prioridade é que os bancos continuem a emprestar", acrescentou.

António Borges defendeu ainda que esta é uma medida a título "excepcional" e que vai "no bom sentido". ministro das Finanças considerou que o objectivo desta medida é "reforçar a capacidade do nosso sistema financeiro", para "melhorar o acesso à liquidez". Isto porque, "sem financiamento da actividade económica não haverá progresso económico".

Além disso, Teixeira dos Santos defendeu que o recurso a esta garantia não é um sinal de fragilidade dos bancos. "Conto que, em princípio, todos os bancos, ou pelo menos os bancos mais importantes possam utilizar esta garantia" para obter liquidez. E isso "não é um sinal de qualquer fragilidade", reforçou o ministro. O ministro justificou que apesar da "solidez" dos bancos portugueses, a "situação dos mercados internacionais tem gerado dificuldades no acesso ao crédito".



Tambem no publico.
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Governo disponibiliza até 20 mil milhões em garantias aos ba

por Pata-Hari » 12/10/2008 17:59

fonte: publico

Reunião do Conselho de Ministros esta manhã
Governo disponibiliza até 20 mil milhões em garantias aos bancos
12.10.2008 - 14h08 Sofia Branco, PÚBLICO
O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, anunciou hoje uma medida para aumentar o acesso à liquidez do sistema financeiro que, realçou, “tem-se revelado sólido e continua a demonstrar resistência à situação internacional”. O Governo português vai disponibilizar “até 20 mil milhões de euros” em garantias, “abertas a todas as instituições de crédito sediadas em Portugal”.

Estas garantias não terão, contudo, um impacto orçamental a curto prazo. “Esperamos que estas situações (de recurso às garantias) sejam reduzidas”, disse Teixeira dos Santos, que não quis avançar com o número de bancos que poderá solicitar esta ajuda. Ainda assim, o responsável quis salientar que o acesso a esta medida do Estado não será um sinal de fragilidade e que em caso de incumprimento o Governo chamará a si essa responsabilidade. “A garantia é, no fundo, o Estado afirmar que, se por acaso, houver incumprimento por parte de uma instituição, o Estado chamará a si o cumprimento dessa obrigação”.

Este valor hoje anunciado no final do Conselho de Ministros pelo titular da pasta das Finanças corresponde a 11,7 por cento do PIB do país. Para tranquilizar os portugueses, Teixeira dos Santos disse ainda que não tem tido “quaisquer sinais de qualquer ocorrência que possa por em perigo os interesses dos nossos depositantes no nosso sistema bancário”. E acrescentou: “Tenho estado sempre tranquilo”.

Sobre as recentes notícias sobre um empréstimo bancário de 200 milhões de euros por parte da Caixa Geral de Depósitos (CGD) ao Banco Português de Negócios (BPN) e questionado acerca da saúde financeira do BPN, o ministro indicou não lhe competir a si falar sobre esse assunto. “Não me compete a mim estar a comentar operações realizadas entre realizadas entre bancos (...) dada que essa até é uma tarefa das autoridades que supervisionam o sector. São operações que ocorrem entre a banca e não temos que estranhar que haja entre os bancos operações de refinanciamento entre eles. É nisto que consiste o sistema interbancário. É natural que isso ocorra”, defendeu.

Acerca da importância de uma resposta conjunta à crise internacional, hoje, no encontro de emergência dos líderes da Zona Euro que decorre em Paris, o ministro recordou que já foi “de certa forma sinalizado” um acordo no conselho do Ecofin que decorreu esta semana. “Existem medidas que os vários Estados-membros estão a implementar. Existe coordenação entre os vários Estados. O Ecofin iniciado esta semana formalmente ainda não encerrou. Nós estamos como que em reunião permanente e os nossos representantes no Conselho Económico e Financeiro todos os dias têm contactos dando conta dos desenvolvimentos entre os vários países das iniciativas procurando essa coordenação. E sublinho que os países não têm todos que tomar as mesmas medidas, porque as situações são diversas”, acrescentou.

Também em declarações no final do Conselho de Ministros, sobre o Orçamento de Estado para o próximo ano, que será levado terça-feira à Assembleia da República, Teixeira dos Santos recusou-se a adiantar quaisquer números em relação ao défice e às receitas, realçando apenas que o orçamento “é uma responsabilidade do Governo” que não vai ignorar as dificuldades dos portugueses. Em reacção às recentes declarações do Presidente da República, Cavaco Silva, que disse que é necessário apoiar as famílias, Teixeira dos Santos assegurou que “o Governo definirá as propostas que entender adequadas para responder” às suas necessidades.

(Notícia actualizada às 14h55)
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