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Caldeirão da Bolsa

Polémica com as alterações à renegociação de crédito

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por nunovc » 29/9/2008 8:35

Os delinquentes foram encontrados...

Bancos interpretam lei de maneira diferente
BCP e Barclays mantêm comissões na renegociação do crédito
A nova legislação sobre a renegociação do crédito está a ser interpretada de forma diferente pelos bancos. Enquanto uns deixaram de cobrar comissões pela alteração dos contratos desde quinta-feira, outros mantêm-nas. Para o Ministério das Finanças, autor do decreto-lei, e para as associações de defesa do consumidor, as novas regras são claras: não há lugar à cobrança de qualquer valor.

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Jornal de Negócios Online

O BCP, o Barclays e o Montepio deram no final da semana passada instruções internas aos seus balcões para manterem a cobrança de comissões na renegociação dos contratos de crédito. A nova legislação sobre a renegociação do crédito está a ser interpretada de forma diferente pelos bancos. Enquanto uns deixaram de cobrar comissões pela alteração dos contratos desde quinta-feira, pelo menos o BCP e Barclays mantêm-nas. O Montepio já recuou.

Para o Ministério das Finanças, autor do decreto-lei, e para as associações de defesa do consumidor, as novas regras são claras: não há lugar à cobrança de qualquer valor.

Em Julho o Governo anunciou que iria proibir a cobrança de comissões sobre a renegociação dos contratos de crédito. O objectivo era proteger os consumidores num contexto de forte subida das taxas de juro, permitindo o suavizar de prestações, em particular no crédito à habitação.

De entre os bancos contactados, CGD, BES e BPI garantiram estar a seguir a orientação das Finanças. Mas a prática não é unânime. O Negócios sabe que o BCP deu instruções à sua rede comercial no sentido de continuar a cobrar comissões quando houvesse uma alteração efectiva ao contrato, mantendo a isenção na análise. Foi essa a interpretação que o banco fez da Lei. Contactada, fonte oficial da instituição não quis comentar esta informação, referindo contudo que o banco, tal como nas outras regulamentações, vai “cumprir esta lei”.
 
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por CerealKiler » 26/9/2008 18:56

alguém esqueceu palavras ou colocou muitas virgulas... lobby bancário!? ou erro legislativo!?

afinal uma alteração que acaba por não ter efeitos práticos ?
 
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Polémica com as alterações à renegociação de crédito

por nunovc » 26/9/2008 17:04

Ao que parece alguns bancos são demasiado literais... ou foram os legisladores que fizeram asneira?

Ministério das Finanças
"É proibido cobrar comissões pelas alterações ao contrato" de crédito
A lei da renegociação de crédito entrou em vigor esta semana e a polémica está instalada: os bancos não cobram a análise das renegociações, mas quando aprovam mudanças aos contratos estarão a cobrar as alterações aos contrato. O Ministério das Finanças diz que "é proibido", mas o problema está na lei.

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A lei da renegociação de crédito entrou em vigor esta semana e a polémica está instalada: os bancos não cobram a análise das renegociações, mas quando aprovam mudanças aos contratos estarão a cobrar as alterações aos contrato. O Ministério das Finanças diz que “é proibido”, mas o problema está na lei.

A lei das renegociações de crédito entrou em vigor no dia 25 deste mês, e determina que “às instituições de crédito está vedada a cobrança de qualquer comissão pela análise da renegociação das condições do crédito”.

Os bancos estarão a fazer uma interpretação da lei, o legislador outra.

De acordo com alguns relatos, os bancos estão a cobrar comissões pelas alterações aos contratos de crédito. Só não cobram a análise do processo, uma comissão que a maioria já não cobrava.

Esta tarde a SIC emitiu uma reportagem onde dava conta desta polémica.

Ainda ontem, em resposta a questões colocadas pelo Negócios, o Ministério das Finanças afirmou que “é proibido cobrar comissões pelas alterações ao contrato. Quer no momento da análise, quer no momento de alteração” do mesmo.

O Ministério das Finanças adiantou que “tendo por mote garantir a protecção do consumidor, a lei estabelece que as instituições de crédito não podem cobrar comissões pela análise da renegociação das condições do crédito. A lei não faz qualquer alusão aos resultados dos processos de renegociação, pelo que tal proibição de cobrança de comissões é aplicável independentemente de virem ou não a ocorrer alterações às condições do crédito”.

O Negócios tentou apurar hoje junto dos cinco maiores bancos a operar em Portugal se no caso de serem aprovadas alterações aos contratos de crédito são cobradas comissões, mas até à agora a única instituição que respondeu foi o BES.

O banco liderado por Ricardo Salgado garante que “não cobra quaisquer comissões pela análise e/ou concretização de alterações contratuais do crédito habitação, incluindo, alteração de ‘spread’ e prazo”, mas casos como a carência e diferimento de capital também estão isentos de qualquer custo, de acordo com fonte oficial da instituição.

O problema em questão está relacionado com a interpretação da lei. A legislação fala em “análise da renegociação das condições do crédito” e apesar do Ministério dizer que não se pode cobrar as alterações, a verdade é que esta condição não está na lei.
 
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