Paraiso fiscal - Quando uns fogem, pagamos nós!!!
Não sabes nada, mas como queres é CFN tens que assumir que os outros todos querem o mesmo que é para não te sentires mal... a tua boca dos "30 anos" é fantástica. Não é que te preocupe que Lisboa ande a gastar o que não tem... o que irrita mesmo é que o Norte não consegue CFN o mesmo não é?
O que eu percebo desta frase é que existe um sentimento sulista e elitista da tua parte relativamente ao norte. Digo-te desde já que não partilho de todo esta tua visão de regionalismo bacoco norte vs sul.
E a tua solução? Mais impostos, mais carga... roubar mais a ver se sobra alguma coisa para o pessoal que não é de Lisboa (esses mamões... sim, porque os outros é que são sempre o problema). Falas em utilizador pagador ao quadrado, pagas quando lá andas e pagas os impostos... maravilha, estás pronto para um cargo politico.
Todos os exemplos que te dei até agora serviam para te fazer compreender a teoria do utilizador pagador. É óbvio (ou pelo menos deveria ser) que não partilho das ideias que escrevi com tom irónico, mas tu não consegues ter a "mesma visão iluminada" quando a teoria te vai aos bolsos. Uma vez mais, queixaste de barriga cheia e ainda escreves coisas como estas (ver frase a negrito) "para ver se sobra... (esses mamões...". Portanto, o pessoal que não é de Lisboa fica com as sobras e ainda são mamões... Eu diria mesmo, é uma pouca vergonha essa "escumalha" do norte!!!
No seguimento da tua frase, não tenho qualquer ambição ou pretensiosimo política (ao contrário de ti que no teu blog são evidentes posts de carácter vincadamente político) tento e construo opiniões com espírito aberto e humanista, não só me preocupando comigo!!!
E não me digas que estou a disvirtuar o tópico, não estou. Estou apenas a fazer-vos lembrar o que originou este tópico... não é que estejam indignados com a malta que arranjou um paraíso fiscal. Parece que o que vos irrita é o pessoal que conseguio qualquer coisa na vida e recusam-se a oferecer-vos um estádio, uma estrada ou uma limpeza extra da ria. Não podia estar mais dentro do tópico.
Recuso-me a aceitar argumentos bacocos de mais uma mente iluminada que vem papaguear exemplos já muito batidos, sim!! Se esse pessoal não quer pagar impostos como eu, tu (começo a desconfiar, mas...) e muitos milhões de portugueses, para mim isso é que é imoral.
Mas tu queres é falar da barriga dos outros que nunca viste, porque se ele tiver de barriga cheia é melhor cobrar mais uns impostos para alimentar os outros.
Só para te referir que nos últimos 8 anos vivi 6 anos em Lisboa, meio ano em Salamanca e 1 ano e meio em Paris, só falo do que sei e de vivências pessoais, não me considero nenhum iluminado...
Um abraço
realmente as pessoas em vez de exigirem que o Estado diminua o seu peso na economia de forma a diminuir as ineficiências e os desperdícios podendo assim baixar a carga de impostos, até têm orgulho em contribuir para o roubo colectivo

Free Minds and Free Markets
... forecasting exchange rates has a success rate no better than that of forecasting the outcome of a coin toss - Alan Greenspan (2004)
Re: ...
TheTraveler Escreveu:Onde e que posso saber informacoes sobre isso pela internet?
Vou comecar a trabalhar offshore, possibilidade de visto de residente em Abu Dhabi, e preciso saber mais sobre os impostos que terei ou nao que pagar. O problema aqui e a falta de tempo para tratar disso em Portugal... Se puderem dar umas dicas, agradeco.
Aqui vai uma ajudinha mas, por favor, não te fies apenas na opinião de um curioso

Código do IRS Escreveu:Capítulo I Incidência
Secção II Incidência pessoal
Artigo 13º Sujeito passivo
1 - Ficam sujeitas a IRS as pessoas singulares que residam em território português e as que, nele não residindo, aqui obtenham rendimentos.
(...)
Artigo 16º Residência
1 - São residentes em território português as pessoas que, no ano a que respeitam os rendimentos:
a) Hajam nele permanecido mais de 183 dias, seguidos ou interpolados;
b) Tendo permanecido por menos tempo, aí disponham, em 31 de Dezembro desse ano, de habitação em condições que façam supor a intenção de a manter e ocupar como residência habitual;
c) Em 31 de Dezembro, sejam tripulantes de navios ou aeronaves, desde que aqueles estejam ao serviço de entidades com residência, sede ou direcção efectiva nesse território;
d) Desempenhem no estrangeiro funções ou comissões de carácter público, ao serviço do Estado Português.
2 - São sempre havidas como residentes em território português as pessoas que constituem o agregado familiar, desde que naquele resida qualquer das pessoas a quem incumbe a direcção do mesmo.
3 - A condição de residente resultante da aplicação do disposto no número anterior pode ser afastada pelo cônjuge que não preencha o critério previsto na alínea a) do Nº 1, desde que efectue prova da inexistência de uma ligação entre a maior parte das suas actividades económicas e o território português, caso em que é sujeito a tributação como não residente relativamente aos rendimentos de que seja titular e que se considerem obtidos em território português nos termos do artigo 18º.
4 - Sendo feita a prova referida no número anterior, o cônjuge residente em território português apresenta uma única declaração dos seus próprios rendimentos, da sua parte nos rendimentos comuns e dos rendimentos dos dependentes a seu cargo segundo o regime aplicável às pessoas na situação de separados de facto nos termos do disposto no Nº 2 do artigo 59º.
5 - São ainda havidas como residentes em território português as pessoas de nacionalidade portuguesa que deslocalizem a sua residência fiscal para país, território ou região, sujeito a um regime fiscal claramente mais favorável constante de lista aprovada por portaria do Ministro das Finanças, no ano em que se verifique aquela mudança e nos quatro anos subsequentes, salvo se o interessado provar que a mudança se deve a razões atendíveis, designadamente exercício naquele território de actividade temporária por conta de entidade patronal domiciliada em território português.
Já agora, a transcrição deste último ponto adiciona ao que já anteriormente tinha colocado quandto aos mecanismos de defesa do sistema fiscal português contra os paraísos fiscais.
TheTraveller, podes encontrar na Internet vários sites com transcrição integral dos códigos tributários. Dois desses sites são:
http://www.dgci.min-financas.pt/pt/info ... ex_irs.htm
http://www.inforfisco.pt/Privada/codig_p.html
Teoricamente, o site da DGCI é mais fiável. Mas o que vale é sempre o que está escrito nos próprios diplomas legais.
Como vês, o problema está em conseguir demonstrar que, tendo-se residência no estrangeiro, deixou de se ter residência em Portugal. Basta, por exemplo, que estejas a residir em Portugal no período do Natal e Ano Novo em habitação tua, em condições que façam supor a intenção de a manter e ocupar como residência habitual, ou que a tua família (cônjuge, filhos) continue a residir cá mesmo que tu não o faças.
Sugiro prudência e estudo aprofundado das vantagens de optares por uma residência fiscal no estrangeiro, para ver se de facto compensa. É que, como podes imaginar, as finanças não gostam mesmo nada daquelas situações em que vêem "voar" ingressos que considerem significativos...
Boa sorte,
FT
"Existo, logo penso" - António Damásio, "O Erro de Descartes"
O que é que tu conheces da minha barriga? Que é que tu sabes dos meus hábitos de deslocamento para e fora de lisboa?
Não sabes nada, mas como queres é CFN tens que assumir que os outros todos querem o mesmo que é para não te sentires mal... a tua boca dos "30 anos" é fantástica. Não é que te preocupe que Lisboa ande a gastar o que não tem... o que irrita mesmo é que o Norte não consegue CFN o mesmo não é?
E a tua solução? Mais impostos, mais carga... roubar mais a ver se sobra alguma coisa para o pessoal que não é de Lisboa (esses mamões... sim, porque os outros é que são sempre o problema). Falas em utilizador pagador ao quadrado, pagas quando lá andas e pagas os impostos... maravilha, estás pronto para um cargo politico.
Não sei se não percebes o que te estou a dizer ou se propositadamente fazes de conta que não entendes.
E não me digas que estou a disvirtuar o tópico, não estou. Estou apenas a fazer-vos lembrar o que originou este tópico... não é que estejam indignados com a malta que arranjou um paraíso fiscal. Parece que o que vos irrita é o pessoal que conseguio qualquer coisa na vida e recusam-se a oferecer-vos um estádio, uma estrada ou uma limpeza extra da ria. Não podia estar mais dentro do tópico.
Mas tu queres é falar da barriga dos outros que nunca viste, porque se ele tiver de barriga cheia é melhor cobrar mais uns impostos para alimentar os outros.
Não sabes nada, mas como queres é CFN tens que assumir que os outros todos querem o mesmo que é para não te sentires mal... a tua boca dos "30 anos" é fantástica. Não é que te preocupe que Lisboa ande a gastar o que não tem... o que irrita mesmo é que o Norte não consegue CFN o mesmo não é?
E a tua solução? Mais impostos, mais carga... roubar mais a ver se sobra alguma coisa para o pessoal que não é de Lisboa (esses mamões... sim, porque os outros é que são sempre o problema). Falas em utilizador pagador ao quadrado, pagas quando lá andas e pagas os impostos... maravilha, estás pronto para um cargo politico.
Não sei se não percebes o que te estou a dizer ou se propositadamente fazes de conta que não entendes.
E não me digas que estou a disvirtuar o tópico, não estou. Estou apenas a fazer-vos lembrar o que originou este tópico... não é que estejam indignados com a malta que arranjou um paraíso fiscal. Parece que o que vos irrita é o pessoal que conseguio qualquer coisa na vida e recusam-se a oferecer-vos um estádio, uma estrada ou uma limpeza extra da ria. Não podia estar mais dentro do tópico.
Mas tu queres é falar da barriga dos outros que nunca viste, porque se ele tiver de barriga cheia é melhor cobrar mais uns impostos para alimentar os outros.
Be Galt. Wear the message!
The market does not beat them. They beat themselves, because though they have brains they cannot sit tight. - Jesse Livermore
The market does not beat them. They beat themselves, because though they have brains they cannot sit tight. - Jesse Livermore
Faço quote só disso porque acho que é o que revela da melhor forma a falta de moral na sociedade de que falo. Não se protesta a mama dos outros na vaga esperança de no futuro sermos nós a almoçar de borla...
Amigo Branc0, falar de barriga cheia é muito fácil...

A "mama" de que tu falas é aquela que usufruis diariamente e não te queixas porque já estás a "almoçar grátis"...
Mas para acabar com os "almoços grátis" proponho uma taxa especial para se entrar na cidade de lisboa - 15€ dia, pagamento de portagens na CRIL, 2ª circular, eixo norte-sul, ponte vasco da gama e 25 de Abril para os dois lados; acabar com o injecção de capital, fruto da má gestão, na carris e metro de Lisboa e finalmente criar mais um imposto a todos os habitantes da grande lisboa de forma a pagarem a preço justo todo o investimento que foi feito nos últimos 30 anos, enquanto as vacas eram gordas...
O que me dizes? Depois disso, juntamente contigo, estarei na primeira fila para protestar no pagamento imediato dessas auto-estradas e todos os outros investimentos estratégicos (alqueva, barragens e afins).
Faço quote só disso porque acho que é o que revela da melhor forma a falta de moral na sociedade de que falo. Não se protesta a mama dos outros na vaga esperança de no futuro sermos nós a almoçar de borla...
Faço mais um vez quote para, depois de uma vez mais continuares a conversa para fora do âmbito do tópico, te dizer que falta de moral é falar-se de barriga cheia da realidade que não se conhece por trás de um computador.
Um abraço
Bocciardi Escreveu:Tanto o agricultor de Trás-os-Montes como eu (sou de Aveiro) andamos a pagar esses desvaneios administrativos que tu falas nas CP's, Carris, Metro de Lisboa, CRIL, Eixo Norte-Sul, 2ª circular e mil e um outros exemplos sem nos queixarmos... O senhor agricultro (acredita!!!) nunca usou estas vias e transportes e anda a pagá-las...
Acho que ainda não ouviste esse agricultor a queixar-se da via do Infante e sabes porquê? Porque ele não quer ouvir falar na introdução de portagens na A25 (antiga IP5), na A3, A4, A7 e outras
Faço quote só disso porque acho que é o que revela da melhor forma a falta de moral na sociedade de que falo. Não se protesta a mama dos outros na vaga esperança de no futuro sermos nós a almoçar de borla...
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BrancO, o que eu referi sobre os transportes públicos, e se leres bem os mues posts podes confirmá-lo, foi um exemplo no seguimento do teu exemplo sobre a teoria do utilizador pagador das estradas.
É lógico que as pessoas se adaptam, basta vermos a diminuição no consumo dos combustiveis que se verifica hoje, quando afetca directamente o ser humano, ele adapta-se, óbvio!!! No entanto do exemplo referido, mais uma vez adoptas a utopia, pois Londres no século XVI tinha 700k habitantes e hoje tem 7 500k, mais de 10 vezes... As cidades, actualmente, não têm essa capacidade de absorção de população. Mas é claro que haveria outra hipóteses de adaptação...
Eu não disse isso, e digo-te desde já que todos aqueles que recebem esses famosos e desvirtuoso subsídeos deveriam fazer alguma coisa em prol da sociedade para os merecerem (limpeza de matas, jardins, ruas; ajuda a crianças e idosos; etc...
Tanto o agricultor de Trás-os-Montes como eu (sou de Aveiro) andamos a pagar esses desvaneios administrativos que tu falas nas CP's, Carris, Metro de Lisboa, CRIL, Eixo Norte-Sul, 2ª circular e mil e um outros exemplos sem nos queixarmos... O senhor agricultro (acredita!!!) nunca usou estas vias e transportes e anda a pagá-las...
Acho que ainda não ouviste esse agricultor a queixar-se da via do Infante e sabes porquê? Porque ele não quer ouvir falar na introdução de portagens na A25 (antiga IP5), na A3, A4, A7 e outras, pois não lhe vai dar jeito pagar (ainda) mais para transportar o seu leite e/ou outos produtos alimentares para o Porto, Viseu, Aveiro, Guarda, Bragança, Braga e outras cidades. Muitas vias como essas são necessárias para o desenvolvimento estratégico dessas regiões (a via do infante idem), entendes isso? Até hoje tenho ouvido falar muito disso e os primeiros a levantar a voz são os senhores de Lisboa (o teu caso, creio eu)... Mais um vez a questão da cidadania fica a passar-te ao lado.
É verdade, mas essa revolta é explicada sociologicamente, não só por sermos latinos...
É lógico que as pessoas se adaptam, basta vermos a diminuição no consumo dos combustiveis que se verifica hoje, quando afetca directamente o ser humano, ele adapta-se, óbvio!!! No entanto do exemplo referido, mais uma vez adoptas a utopia, pois Londres no século XVI tinha 700k habitantes e hoje tem 7 500k, mais de 10 vezes... As cidades, actualmente, não têm essa capacidade de absorção de população. Mas é claro que haveria outra hipóteses de adaptação...
A maioria (como ficou demonstrado neste tópico) acreditm e incentiva a tributação do Estado sobre os produtores de riqueza para que esta seja distribuida por quem não a produz.
Eu não disse isso, e digo-te desde já que todos aqueles que recebem esses famosos e desvirtuoso subsídeos deveriam fazer alguma coisa em prol da sociedade para os merecerem (limpeza de matas, jardins, ruas; ajuda a crianças e idosos; etc...
O exemplo que tu tomas então das estradas é ridiculo, dizes que ele usa as estradas sem pagar impostos mas quando sugiro que pague portagem cada vez que usar a estrada não achas boa ideia. Achas mais justo que todos paguem a estrada (como fazemos aqui com o troço da Via do Infante) do que aqueles que usam a estrada. É para ti justo que um agricultor em trás os montes seja expropriado através da tributação para pagar uma auto-estrada que nunca vai usar. Isso para mim é a falência moral da sociedade e que permite aos governantes fazerem o que fazem.
Tanto o agricultor de Trás-os-Montes como eu (sou de Aveiro) andamos a pagar esses desvaneios administrativos que tu falas nas CP's, Carris, Metro de Lisboa, CRIL, Eixo Norte-Sul, 2ª circular e mil e um outros exemplos sem nos queixarmos... O senhor agricultro (acredita!!!) nunca usou estas vias e transportes e anda a pagá-las...
Acho que ainda não ouviste esse agricultor a queixar-se da via do Infante e sabes porquê? Porque ele não quer ouvir falar na introdução de portagens na A25 (antiga IP5), na A3, A4, A7 e outras, pois não lhe vai dar jeito pagar (ainda) mais para transportar o seu leite e/ou outos produtos alimentares para o Porto, Viseu, Aveiro, Guarda, Bragança, Braga e outras cidades. Muitas vias como essas são necessárias para o desenvolvimento estratégico dessas regiões (a via do infante idem), entendes isso? Até hoje tenho ouvido falar muito disso e os primeiros a levantar a voz são os senhores de Lisboa (o teu caso, creio eu)... Mais um vez a questão da cidadania fica a passar-te ao lado.
Há muita revolta nos portugueses, infelizmente sempre apontada ao alvo errado. Nas raras ocasiões que acertam no alvo costumam protestar pelas razões erradas.
É verdade, mas essa revolta é explicada sociologicamente, não só por sermos latinos...
Editado pela última vez por Bocciardi em 25/9/2008 9:05, num total de 1 vez.
A minha intenção não era discutir o mercado, simplesmente afastei-me porque tu achas que sem transportes publicos as pessoas param de trabalhar por não terem dinheiro para se deslocar. Obviamente que é falso e a adaptabilidade da espécie humana fará com que elas passem a morar mais perto dos locais de trabalho, mudem de trabalho ou que os empregadores pagam o prémio necessário para ter a mão de obra que entendam necessário. Foi assim que os centros urbanos nasceram e na Inglaterra do século XVI Londres era um importante HUB comercial sem que houvesse transportes publicos.
O meu ponto principal era demonstrar a inversão de valores que houve nos tempos modernos na sociedade. A maioria (como ficou demonstrado neste tópico) acreditm e incentiva a tributação do Estado sobre os produtores de riqueza para que esta seja distribuida por quem não a produz. O exemplo que tu tomas então das estradas é ridiculo, dizes que ele usa as estradas sem pagar impostos mas quando sugiro que pague portagem cada vez que usar a estrada não achas boa ideia. Achas mais justo que todos paguem a estrada (como fazemos aqui com o troço da Via do Infante) do que aqueles que usam a estrada. É para ti justo que um agricultor em trás os montes seja expropriado através da tributação para pagar uma auto-estrada que nunca vai usar. Isso para mim é a falência moral da sociedade e que permite aos governantes fazerem o que fazem.
Muitos outros exemplos existem como no tópico do Marco em que o povo passa a vida atacando a GALP ignorando a fatia do estado, e isto depois de todos os numeros e gráficos que o Marco se dá ao trabalho de apresentar. É o reflexo de uma sociedade habituada a subsidios, rendimentos minimos, seguranças sociais e tudo o resto... tudo o que permite receber algo em troca de nada enquanto outros vêm o seu capital produtivo ser desbastado para sustentar todos estes vicios e mais alguns.
Há muita revolta nos portugueses, infelizmente sempre apontada ao alvo errado. Nas raras ocasiões que acertam no alvo costumam protestar pelas razões erradas.
O meu ponto principal era demonstrar a inversão de valores que houve nos tempos modernos na sociedade. A maioria (como ficou demonstrado neste tópico) acreditm e incentiva a tributação do Estado sobre os produtores de riqueza para que esta seja distribuida por quem não a produz. O exemplo que tu tomas então das estradas é ridiculo, dizes que ele usa as estradas sem pagar impostos mas quando sugiro que pague portagem cada vez que usar a estrada não achas boa ideia. Achas mais justo que todos paguem a estrada (como fazemos aqui com o troço da Via do Infante) do que aqueles que usam a estrada. É para ti justo que um agricultor em trás os montes seja expropriado através da tributação para pagar uma auto-estrada que nunca vai usar. Isso para mim é a falência moral da sociedade e que permite aos governantes fazerem o que fazem.
Muitos outros exemplos existem como no tópico do Marco em que o povo passa a vida atacando a GALP ignorando a fatia do estado, e isto depois de todos os numeros e gráficos que o Marco se dá ao trabalho de apresentar. É o reflexo de uma sociedade habituada a subsidios, rendimentos minimos, seguranças sociais e tudo o resto... tudo o que permite receber algo em troca de nada enquanto outros vêm o seu capital produtivo ser desbastado para sustentar todos estes vicios e mais alguns.
Há muita revolta nos portugueses, infelizmente sempre apontada ao alvo errado. Nas raras ocasiões que acertam no alvo costumam protestar pelas razões erradas.
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The market does not beat them. They beat themselves, because though they have brains they cannot sit tight. - Jesse Livermore
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Re: ...
Camisa Roxa Escreveu:eu se tiver rendimentos com origem no estrangeiro e estiver em Portugal menos de 180 dias por ano o Estado Português também não me pode tributar 1 cêntimo, qual é o problema?
Flying Turtle Escreveu:Exacto. Mas creio que necessitas de mostrar que tens efectivamente residência fiscal, ou estabelecimento estável, no ou num dos países onde auferes os rendimentos.
FT
Boas
Onde e que posso saber informacoes sobre isso pela internet?
Vou comecar a trabalhar offshore, possibilidade de visto de residente em Abu Dhabi, e preciso saber mais sobre os impostos que terei ou nao que pagar. O problema aqui e a falta de tempo para tratar disso em Portugal... Se puderem dar umas dicas, agradeco.
- Mensagens: 475
- Registado: 10/10/2003 10:04
Branc0, se essa oferta e procura funcionasse assim tão bem, não estavas agora em frente ao teu PC à espera de uma notícia de uma nova falência de um banco ou de uma seguradora ou outra empresa qualquer.
O estado é preciso, os meios de supervisão são essenciais para o funcionamento de uma economia (acho que esta parte tem de estar clara na tua cabeça, se não tiver é porque não tens acompanhado as notícias). A única forma do estado funcionar é com tributação, porque não tem meios para se alimentar a não ser esse!!!
Acho que a discussão saiu fora do âmbito do tópico e estás a utilizar exemplos que mais uma vez são flop para assumires que és de acordo que a economia funciona segunda a óptica da oferta e da procura... É uma opinião da qual eu não entendo e acho dificil justificar perante a situação financeira que observamos hoje, mas é isso mesmo, uma opinião.
Acho que podemos voltar à temática deste tópico e se achares necessário podes abrir um novo tópico com este tema de estado vs oferta e procura.
Um abraço
O estado é preciso, os meios de supervisão são essenciais para o funcionamento de uma economia (acho que esta parte tem de estar clara na tua cabeça, se não tiver é porque não tens acompanhado as notícias). A única forma do estado funcionar é com tributação, porque não tem meios para se alimentar a não ser esse!!!
Acho que a discussão saiu fora do âmbito do tópico e estás a utilizar exemplos que mais uma vez são flop para assumires que és de acordo que a economia funciona segunda a óptica da oferta e da procura... É uma opinião da qual eu não entendo e acho dificil justificar perante a situação financeira que observamos hoje, mas é isso mesmo, uma opinião.
Acho que podemos voltar à temática deste tópico e se achares necessário podes abrir um novo tópico com este tema de estado vs oferta e procura.
Um abraço
Que nem de propósito...
Para quem queira inscrever-se, aqui vai o link:
http://www.eutraining.be/tracking/r.emt ... E&n=online
ou
http://www.eutraining.be/tracking/r.emt ... zW5E&n=bdc
Bom almoço
FT
Mr. László Kovács
European Commissioner for Taxation and Customs Union
on "The EU and International Financial Centres (IFCs) - Convergence or Divergence?"
Mr. Kovács will be focused on two key initiatives crucial in today's challenging context: The EU Saving Tax Directive and the Good Governance Clause.
The event will be held on Tuesday 14 October 2008, 12.30-14.30 at Restaurant "L'Atelier", 28 rue Franklin, 1000 Brussels
THE EVENT
EU policy and legislation in the financial services sector has a direct bearing on International Financial Centres (IFCs). In the current global economic turmoil, the EU’s response is pivotal in influencing and shaping the financial landscape. But, what is the exact impact of EU policy on IFCs? What are the synergies and divergences between the EU and IFCs?
The European Commissioner for Taxation, Mr Laszlo Kovacs will address these questions at today’s event.
He will focus on two key EU initiatives, crucial in this challenging context:
The EU Savings Tax Directive (2003/48/EC): How will the European Commission’s ongoing review modify its scope and reach? Mr. Kovacs will also update on current negotiations with Hong Kong, Singapore and Macao on parallel measures.
Good Governance Clause: the EU Commissioner will provide the latest information on EU actions aimed at combating tax fraud and evasion in the tax area, including provisions to be agreed with third countries.
Para quem queira inscrever-se, aqui vai o link:
http://www.eutraining.be/tracking/r.emt ... E&n=online
ou
http://www.eutraining.be/tracking/r.emt ... zW5E&n=bdc
Bom almoço

FT
"Existo, logo penso" - António Damásio, "O Erro de Descartes"
Exacto... o mundo parava e morríamos todos de fome ou saltavamos das janelas antes da hora de jantar.
Ou então a procura/oferta funcionava e teriam que pagar mais pelos serviços dessas pessoas.
Qual será a hipótese mais provável?
Na via das duvidas mais vale tributar até à morte...
Ou então a procura/oferta funcionava e teriam que pagar mais pelos serviços dessas pessoas.
Qual será a hipótese mais provável?
Na via das duvidas mais vale tributar até à morte...
Editado pela última vez por Branc0 em 24/9/2008 15:30, num total de 1 vez.
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The market does not beat them. They beat themselves, because though they have brains they cannot sit tight. - Jesse Livermore
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Exactamente...
Infelizmente não podemos viver no mundo utópico onde a teoria do utilizador pagador seja levada à risca... Esse exemplo das estradas não passa de um flop, pois posso-te dar um outro exemplo fulcral: Se todas as pessoas pagassem exactamente o valor dos transportes públicos, os mesmos deixavam de existir, pois as mesmas - classe média baixa e classe baixa - não conseguiriam suportar tal factura... Por sua vez as empresas deixariam de funcionar pois não havia ninguém para as limpar, as pessoas que fazem esse serviço estavam nos subúrbios das cidades sem transportes para irem trabalhar... E por aí adiante... Seria outro flop, portanto.
É um exemplo como todos os outros, se levares à risca a teoria do utilizador pagador as coisas deixariam de funcionar...
Infelizmente não podemos viver no mundo utópico onde a teoria do utilizador pagador seja levada à risca... Esse exemplo das estradas não passa de um flop, pois posso-te dar um outro exemplo fulcral: Se todas as pessoas pagassem exactamente o valor dos transportes públicos, os mesmos deixavam de existir, pois as mesmas - classe média baixa e classe baixa - não conseguiriam suportar tal factura... Por sua vez as empresas deixariam de funcionar pois não havia ninguém para as limpar, as pessoas que fazem esse serviço estavam nos subúrbios das cidades sem transportes para irem trabalhar... E por aí adiante... Seria outro flop, portanto.
É um exemplo como todos os outros, se levares à risca a teoria do utilizador pagador as coisas deixariam de funcionar...
Bocciardi Escreveu:Como cidadão e com uma noção de cidadania muito clara, essas coisas preocupam-me!!! Não me interessa em nada o dinheiro que o senhor tem ou deixa de ter, interessa-me sim é que em termos reais pague o mesmo que eu pago, para que tenha uma taxa de esforço (relativamente aos impostos) similar à minha.
De acordo na teoria.
Na prática eu quero pagar o mesmo que ele enquanto tu queres que ele pague o mesmo que tu.
Tu queres que ele pague impostos para usar as estradas, eu quero que ele pague portagem.
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Branc0 Escreveu:Bocciardi Escreveu:Acho que todos gostariam de ver situações mais claras nesses ditos off-shores, não é por acaso que os nomes dos seus "clientes" não é de forma alguma exposto e conhecido, a razão será somente pq ningué tem de saber onde, quando e como eu faço os meus investimentos?!?!? Não será com certeza!! Quer dizer, eu pressuponho que não será!!!
Eu não gostava nem deixava de gostar. Mania dos portugueses se preocuparem com o dinheiro dos outros. O que a malta devia exigir era uma situação mais clara dos seus governantes e não uma situação mais clara dos governantes dos outros.
BrancO, se tu não gostarias de perceber porque é que pessoas que vivem no teu país, usufruem das tuas estradas, dos teus serviços, das tuas praias, do teu sol e por aí em diante, sem para isso contribuirem com nada, é porque a tua definição de cidadania é diferente à minha!
Como cidadão e com uma noção de cidadania muito clara, essas coisas preocupam-me!!! Não me interessa em nada o dinheiro que o senhor tem ou deixa de ter, interessa-me sim é que em termos reais pague o mesmo que eu pago, para que tenha uma taxa de esforço (relativamente aos impostos) similar à minha.
Bocciardi Escreveu:Acho que todos gostariam de ver situações mais claras nesses ditos off-shores, não é por acaso que os nomes dos seus "clientes" não é de forma alguma exposto e conhecido, a razão será somente pq ningué tem de saber onde, quando e como eu faço os meus investimentos?!?!? Não será com certeza!! Quer dizer, eu pressuponho que não será!!!
Eu não gostava nem deixava de gostar. Mania dos portugueses se preocuparem com o dinheiro dos outros. O que a malta devia exigir era uma situação mais clara dos seus governantes e não uma situação mais clara dos governantes dos outros.
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Acho que estamos a confundir algumas coisas aqui.
O exemplo do Sr. Bono foi dado pela razão de que o mesmo organiza e é defensor de uma realidade mais igualitária entre povos e no seu próprio país, não de uma forma ilegal, dá a volta ao sistema de forma a pagar menos impostos na venda dos seu CD's
Possivelmente esses impostos que estão em off-shores até são usadas pelo Sr. Bono em África, América do Sul e Ásia em forma de ajuda humanitária e alimentar, não sabemos!!! Tb não sabemos mil e uma coisas e a discussão parte de pressupostes de ambos os lados, de forma a tentar dar alguma força aos nossos argumentos.
Acho que todos gostariam de ver situações mais claras nesses ditos off-shores, não é por acaso que os nomes dos seus "clientes" não é de forma alguma exposto e conhecido, a razão será somente pq ningué tem de saber onde, quando e como eu faço os meus investimentos?!?!? Não será com certeza!! Quer dizer, eu pressuponho que não será!!!
O exemplo do Sr. Bono foi dado pela razão de que o mesmo organiza e é defensor de uma realidade mais igualitária entre povos e no seu próprio país, não de uma forma ilegal, dá a volta ao sistema de forma a pagar menos impostos na venda dos seu CD's
Possivelmente esses impostos que estão em off-shores até são usadas pelo Sr. Bono em África, América do Sul e Ásia em forma de ajuda humanitária e alimentar, não sabemos!!! Tb não sabemos mil e uma coisas e a discussão parte de pressupostes de ambos os lados, de forma a tentar dar alguma força aos nossos argumentos.
Acho que todos gostariam de ver situações mais claras nesses ditos off-shores, não é por acaso que os nomes dos seus "clientes" não é de forma alguma exposto e conhecido, a razão será somente pq ningué tem de saber onde, quando e como eu faço os meus investimentos?!?!? Não será com certeza!! Quer dizer, eu pressuponho que não será!!!
Re: ...
alvim Escreveu:O Sr Mittal, chegou a dizer que ia embora de UK, se lhe aumentassem os impostos !!!!
(ainda lá mora)
Será até verdade, não sei. Mas se assim é já pensaste por que razão o Governo do Reino Unido terá aceite essa imposição?
Vivemos num mundo globalizado, onde a liberdade de cisculação de bens, serviços e dinheiro é, felizmente, uma realidade cada vez mais global. Isto induz naturalmente competitição entre territórios. Colocando à parte eventuais situações de corrupção, a única razão para tal condição ter sido aceite, como se alega, será uma análise custo-benefício: O que é melhor para o interesse nacional (do Reino Unido neste caso, e isto inclui o interesse da população do país em causa)? Manter lá o senhor nessas condições especiais ou deixá-lo partir e perder toda a criação de riqueza (e como tal de empregos e impostos) que a presençam dele induz?
Continuo a ter a maior reserva quanto a analisar simplisticamente, e numa base de bonzinhos e mauzões, coisas e situações que muito provavelmente estão longe de poder ser tratadas como tal.
Dito isto, não tenho qualquer razão para pensar que o Sr. Mittal e/ou o Sr. Bono não são mesmo mauzões... ou bonzinhos! Provavelmente não serão nem uma coisa nem outra: Defendem os seus interesses e, desde que o façam dentro da lei, não há nada a apontar-lhes. Se a lei está mal, mude-se a lei. Denuncie-se quem a não cumpre, incluindo o Sr. Mittal e/ou o Sr. Bono se e quando for o caso, mas não se aponte o dedo a quem procura a maximização dos seus interesses dentro do cumprimento da lei aplicável.
No fim de contas todos o fazemos, em total legitimidade: Quando tu por exemplo abates ao teu IRS um PPR não te vem à cabeça pensar que não o deves fazer porque outras pessoas não têm dinheiro suficiente para subscrever o PPR e, assim, beneficiar de dedução equivalente. Ou vem?
FT
"Existo, logo penso" - António Damásio, "O Erro de Descartes"
Re: ...
Camisa Roxa Escreveu:Alex Tomás Escreveu:se estamos a falar 200 ME (ou Pounds) a menos nos cofres do estado irlandes, porque afirmas que esses 200 ME (ou pounds) tem de ser "pagos" pelos outros contribuintes???
Sinceramente nao percebo a tua "assumption".
epa, se o Bono tem residência nesse paraíso fiscal qual é o problema?
eu se tiver rendimentos com origem no estrangeiro e estiver em Portugal menos de 180 dias por ano o Estado Português também não me pode tributar 1 cêntimo, qual é o problema?
chiça, só falta dizer que os portugueses no Luxemburgo além de pagarem os impostos no Luxemburgo também têm de vir pagar os impostos portugueses!
Oh Camisa,
nao percebeste absolutamente nada da minha ironia. Mas como tudo na vida, cada um percebe o que quer.
Cumprimentos,
Alex Tomás
Alex Tomás
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Re: ...
Alex Tomás Escreveu:Viva,
se estamos a falar 200 ME (ou Pounds) a menos nos cofres do estado irlandes, porque afirmas que esses 200 ME (ou pounds) tem de ser "pagos" pelos outros contribuintes???
Sinceramente nao percebo a tua "assumption".
Só mais uma coisa: li atrás que o Luxemburgo é tb um paraiso fiscal. Nao sao eles que tem o salário minimo mais alto de toda a UE?
Será que se deve ao bom trabalho dos portugueses que la estao emigrados?
Apenas esta reflexao.
Quando o DINHEIRO não entra nos cofres de um estado, o governo desse estado vai aumentar os impostos. Foi o que nos aconteceu com o IVA.
Em vez de atacarem a fraude fiscal, aumentaram os impostos daqueles que pagam e nao têm como contornar a lei.
Aqueles milhoes que deveriam entrar nos cofres do estado, estao nos bolsos dos Grandes Empresarios.
O estado necessita de dinheiro, e como ele não entra..., tem que aumentar os impostos dos que pagam.
Mas isto é só a ponta do Iceberg. Posso dar como outro exemplo, a Rainha Isabel de Inglaterra que é das maiores beneficiarias de subsidios agricolas UE.(coitada...; necessita!)
Atençao que os fundos europeus, tambem sao pagos por todos nós.
Mas o mais incrivel, é que muitas personalidades de estrangeiros endinheirados, que decidiram fixar residência no Reino Unido, têm um beneficios e um regime fiscal especialmente favorável.
O Sr Mittal, chegou a dizer que ia embora de UK, se lhe aumentassem os impostos !!!!
(ainda lá mora)
- sao apenas exemplos conhecidos, do que se passa em muitos outros paises -
Isto na prática é um jogo de Ganhar-Perder; para uns ganharem, outros têm que perder.
O problema neste caso, é o arbito (o Estado), que nao quer ver as Jogadas.
Re: ...
Camisa Roxa Escreveu:eu se tiver rendimentos com origem no estrangeiro e estiver em Portugal menos de 180 dias por ano o Estado Português também não me pode tributar 1 cêntimo, qual é o problema?
Exacto. Mas creio que necessitas de mostrar que tens efectivamente residência fiscal, ou estabelecimento estável, no ou num dos países onde auferes os rendimentos.
FT
"Existo, logo penso" - António Damásio, "O Erro de Descartes"
Re: ...
Alex Tomás Escreveu:se estamos a falar 200 ME (ou Pounds) a menos nos cofres do estado irlandes, porque afirmas que esses 200 ME (ou pounds) tem de ser "pagos" pelos outros contribuintes???
Sinceramente nao percebo a tua "assumption".
epa, se o Bono tem residência nesse paraíso fiscal qual é o problema?
eu se tiver rendimentos com origem no estrangeiro e estiver em Portugal menos de 180 dias por ano o Estado Português também não me pode tributar 1 cêntimo, qual é o problema?
chiça, só falta dizer que os portugueses no Luxemburgo além de pagarem os impostos no Luxemburgo também têm de vir pagar os impostos portugueses!

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... forecasting exchange rates has a success rate no better than that of forecasting the outcome of a coin toss - Alan Greenspan (2004)
Eu só queria ver se estava a perceber bem o teu ponto de vista porque ao principio não quis acreditar (salvaguardar que não tenho nenhuma admiração por Bono nem pela industria da musica). Chego à conclusão que realmente existe aqui um problema de imoralidade mas temo que não seja da mesma maneira que tu o vês.
Há um empresário que conseguio gerar uns quantos milhões de riqueza. Essa riqueza é-lhe expropriada por decreto e tu achas isso normal. Mas o pior de tudo é que a tua afirmação seguinte sobre termos de ser "nós" a pagar (neste caso os ingleses) revela uma forma de pensar muito macabra. "O individuo X gerou Y de riqueza e nós (por alguma razão que não entendo) tinhamos direito a Z% dessa riqueza. Como ele encontrou forma de fugir não resta outra opção que seja gerarmos nós a riqueza para entregarmos a uma entidade abstracta que decretou que a riqueza tinha de ser tributada a Z% no primeiro lugar".
Existe realmente imoralidade nisto tudo. Imoralidade de quem impõe os decretos mas principalmente dos povos que não só o aceitam mas como os encorajam para que uma redistribuição de riqueza por entre aquelas que a geram e os que ficam à espera que esta seja gerada. Um dos pontos altos da imoralidade das nações e dos seus povos, que se tem visto pela nossa assembleia da republica, é como não só permitem mas aplaudem a corrupção da fabula de Robin dos Bosques, este nunca roubou aos ricos para dar aos pobres como os "distribuidores de riqueza" querem fazer pensar. Na realidade a moral da história é completamente oposta, Robin roubava aos ladrões (que curiosamente expropriavam por decreto) para devolver aos legitimos produtores de riqueza do reino. Quem sabe se nos dias de hoje, a história novamente contada serviria para dar o exemplo de como "João Pequeno" era um parasita da sociedade que andava a fugir aos impostos que permitiriam a distribuição de riqueza e uma sociedade mais justa...
Há um empresário que conseguio gerar uns quantos milhões de riqueza. Essa riqueza é-lhe expropriada por decreto e tu achas isso normal. Mas o pior de tudo é que a tua afirmação seguinte sobre termos de ser "nós" a pagar (neste caso os ingleses) revela uma forma de pensar muito macabra. "O individuo X gerou Y de riqueza e nós (por alguma razão que não entendo) tinhamos direito a Z% dessa riqueza. Como ele encontrou forma de fugir não resta outra opção que seja gerarmos nós a riqueza para entregarmos a uma entidade abstracta que decretou que a riqueza tinha de ser tributada a Z% no primeiro lugar".
Existe realmente imoralidade nisto tudo. Imoralidade de quem impõe os decretos mas principalmente dos povos que não só o aceitam mas como os encorajam para que uma redistribuição de riqueza por entre aquelas que a geram e os que ficam à espera que esta seja gerada. Um dos pontos altos da imoralidade das nações e dos seus povos, que se tem visto pela nossa assembleia da republica, é como não só permitem mas aplaudem a corrupção da fabula de Robin dos Bosques, este nunca roubou aos ricos para dar aos pobres como os "distribuidores de riqueza" querem fazer pensar. Na realidade a moral da história é completamente oposta, Robin roubava aos ladrões (que curiosamente expropriavam por decreto) para devolver aos legitimos produtores de riqueza do reino. Quem sabe se nos dias de hoje, a história novamente contada serviria para dar o exemplo de como "João Pequeno" era um parasita da sociedade que andava a fugir aos impostos que permitiriam a distribuição de riqueza e uma sociedade mais justa...
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The market does not beat them. They beat themselves, because though they have brains they cannot sit tight. - Jesse Livermore
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Re: Paraiso fiscal - Quando uns fogem, pagamos nós!!!
alvim Escreveu:Exacto.
Se a firma do BONO fosse na UK, ele teria que pagar 400, e venderia os seus produtos com um lucro de 100.
Resultado fazia uma caixa de 500, sendo 400 para pagar impostos;
Mas como a firma está sediada no CFI, só vai pagar 200 em imposto.
Apesar de fazer uma caixa com os mesmos 500.
Ou seja, a diferença desse dinheiro fica com ele.
Como já procurei explicar anteriormente, dando como exemplo elementos relevantes da legislação fiscal portuguesa aplicável e presumindo que os legisladores portugueses não terão inventado a pólvora, duvido um pouco da linearidade desse raciocínio, sobretudo no que respeita aos produtos/serviços vendidos/prestados pela empresa por exemplo em estados-membros da UE e/ou aos fundos que o Bono, que presumo tenha residência fiscal pessoal dentro da UE, esteja retirar da empresa sedeada no alegado paraíso fiscal.
Agora se a empresa está sedeada seja onde for (paraíso fiscal ou não), se todas as operações que realiza são tratadas sem qualquer fraude ou esquiva pelos regimes fiscais aplicáveis, e se os rendimentos pessoais do Bono forem também tratados fiscalmente sem qualquer fuga ou fraude, continuo a dizer que não vejo onde está o problema.
FT
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