Bancos americanos querem fim da regra do 'fair value'
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Desculpem lá meter a colher mas,
Camisa Roxa, ninguém sabe se esses activos, irão efectivamente valer alguma coisa no futuro... Algums é possivel que sim, mas haverá muitos que não. Aliás, se neste momento ninguém os quer ( o tal lixo tóxico), o seu valor, neste momento, é efectivamente zero. por isso se chamam writedowns. por isso é que está a ser um alivio para muitos bancos a Fed estar a aceitar estes activos e a limpar o seu balanço.
Até pode ser que seja um bom negócio para a FED em 10, 20 ou 30 anos, quem sabe?
Mas sem ser a FED, quem quererá arriscar a comprar estes activos?
Camisa Roxa, ninguém sabe se esses activos, irão efectivamente valer alguma coisa no futuro... Algums é possivel que sim, mas haverá muitos que não. Aliás, se neste momento ninguém os quer ( o tal lixo tóxico), o seu valor, neste momento, é efectivamente zero. por isso se chamam writedowns. por isso é que está a ser um alivio para muitos bancos a Fed estar a aceitar estes activos e a limpar o seu balanço.
Até pode ser que seja um bom negócio para a FED em 10, 20 ou 30 anos, quem sabe?
Mas sem ser a FED, quem quererá arriscar a comprar estes activos?
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é muito giro quando se aplica o conceito de fair value a participações em bolsa... claro que se deve aplicar a cotação do momento...
mas o problema coloca-se sim quanto ao fair value de activos over the counter que não passam por 1 clearing house
ora existem aí bancos cheios desse tipo de activos. A maior parte desses activos/produtos têm como sujacente as famosas hipotecas imobiliárias. Ora estes activos estão simplesmente a ser valorizados a ZERO!
Quando na realidade irão concerteza valer bastante no futuro...
É nestes casos que é preciso reavaliar o conceito de fair value...
mas o problema coloca-se sim quanto ao fair value de activos over the counter que não passam por 1 clearing house
ora existem aí bancos cheios desse tipo de activos. A maior parte desses activos/produtos têm como sujacente as famosas hipotecas imobiliárias. Ora estes activos estão simplesmente a ser valorizados a ZERO!
Quando na realidade irão concerteza valer bastante no futuro...
É nestes casos que é preciso reavaliar o conceito de fair value...

Free Minds and Free Markets
... forecasting exchange rates has a success rate no better than that of forecasting the outcome of a coin toss - Alan Greenspan (2004)
Sou TOC não praticante.
No caso concreto de activos cotados na bolsa é sabido diariamente o valor de mercado do mesmo, portanto nos valores mobiliários o 'fair value' é apurado nas bolsas de valores. Já para o caso do imobilizado apesar de haver um valor de mercado, esse já não é tão facilmente apurável - daí recorrer-se a tabelas e/ou a peritos avaliadores.
Mas simplificando as coisas e numa óptica de mercado bolsista, não adoptar o valor real das cotações na avaliação dos activos das empresas seria iludir alguns investidores. Porque aqueles investidores mais informados sabem as regras e fazem as contas de uma forma ou de outra e basta ler as Demosntrações de Resultados e respectivos Anexos para aferir dos métodos utilizados.
Isso tb tem outras implicações em termos da administração das empresas que não me vou alongar a explicar e só coloco o exemplo das garantias a credores e do fisco.
Eu tenho noção que a contabilidade é tudo menos 'black & white' mas devemos evoluir cada vez mais no sentido da transparência porque isso é que transmite confiança aos mercados. Pois quando começarmos a ler os Relatórios e Contas das empresas e pensar que aquilo é um romance de ficção aí é que ninguém coloca o seu dinheirito na bolsa e passam a metê-lo no colchão!
Temos de nos lembrar que os accionistas são donos das empresas e têm o direito de conhecer o real estado da mesma e,principalmente no caso dos accionistas minoritários, só têm acesso a certa informação através da análise da contabilidade das mesmas.
Quanto à aplicação da norma contabilística,como disse não sou 'praticante' no momento, mas sugiro a ATOC como a melhor fonte de esclarecimentos.
P.S:lembrei-me da ENRON vá-se lá saber porquê...
No caso concreto de activos cotados na bolsa é sabido diariamente o valor de mercado do mesmo, portanto nos valores mobiliários o 'fair value' é apurado nas bolsas de valores. Já para o caso do imobilizado apesar de haver um valor de mercado, esse já não é tão facilmente apurável - daí recorrer-se a tabelas e/ou a peritos avaliadores.
Mas simplificando as coisas e numa óptica de mercado bolsista, não adoptar o valor real das cotações na avaliação dos activos das empresas seria iludir alguns investidores. Porque aqueles investidores mais informados sabem as regras e fazem as contas de uma forma ou de outra e basta ler as Demosntrações de Resultados e respectivos Anexos para aferir dos métodos utilizados.
Isso tb tem outras implicações em termos da administração das empresas que não me vou alongar a explicar e só coloco o exemplo das garantias a credores e do fisco.
Eu tenho noção que a contabilidade é tudo menos 'black & white' mas devemos evoluir cada vez mais no sentido da transparência porque isso é que transmite confiança aos mercados. Pois quando começarmos a ler os Relatórios e Contas das empresas e pensar que aquilo é um romance de ficção aí é que ninguém coloca o seu dinheirito na bolsa e passam a metê-lo no colchão!
Temos de nos lembrar que os accionistas são donos das empresas e têm o direito de conhecer o real estado da mesma e,principalmente no caso dos accionistas minoritários, só têm acesso a certa informação através da análise da contabilidade das mesmas.
Quanto à aplicação da norma contabilística,como disse não sou 'praticante' no momento, mas sugiro a ATOC como a melhor fonte de esclarecimentos.
P.S:lembrei-me da ENRON vá-se lá saber porquê...
Re: Bancos americanos querem fim da regra do 'fair value'
SilverTrader Escreveu:Mas isto cabe na cabeça de alguém?! Então a contabilidade não deve reflectir a realidade!!Isto já é demais!
Quando o efeito é positivo já não há problema...sinceramente!A regra do “fair value” está a potenciar o efeito negativo da crise financeira, pelo que o governo e os reguladores norte-americanos devem suspender esta regra que obriga as companhias a contabilizarem nos seus balanços os activos ao valor de mercado, defende um grupo de bancos americanos.
“Estamos a sugerir que a SEC [regulador do mercado accionista norte-americano] emita uma ordem temporária que anule este efeito negativo” originado pela regra do “fair value”.
De acordo com a legislação em vigor nos Estados Unidos, e também noutros países europeus, como Portugal, as companhias tem que reflectir nas suas contas a perda de valor de um activo, mesmo que este não tenha sido alienado, ou não haja intenção de o fazer.
Foi esta regra que levou o BCP e o BPI a reflectirem nos lucros do primeiro semestre, a queda acentuada das acções dos bancos onde tinham participações cruzadas.
As principais instituições mundiais já efectuaram amortizações de activos acima de 500 mil milhões de dólares, para reflectirem nos seus balanços a perda de valor dos activos em causa, mesmo que as instituições não estimem registar estas perdas.
O “fair value tem sido “um completo desastre”, comentou à Bloomberg Edward Yinging, presidente de uma associação de bancos com sede em Washington.
Já os que defendem esta prática, explicam que o “fair value” adiciona transparência ao mercado, dando aos investidores informação mais verdadeira.
Fonte: Jornal de Negócios
http://www.jornaldenegocios.pt/index.ph ... &id=332224
Silver, até que ponto conheces as alterações que as NICs provocam na contabilidade das empresas? Até que ponto compreendes o conceito de justo valor aplicado aos activos das empresas ?É que o justo valor pode ser tão perverso para um lado como para o outro, e os activos da empresa não são só participações noutras empresas.
Correndo o risco de estar a falar com um especialista, aconselho-te uma vista de olhos rápida á directriz contabilística 13. Para o Fisco o Custo Histórico é fundamental para a avaliação dos activos, o que trás os valores destes para o seu custo efectivo (no momento da compra, com possíveis reavaliações etc...). Para a contabilidade o valor relevante é aquele que um bem ou serviço terá se transaccionado entre um vendedor e um comprador conhecedores do mercado em causa, numa transacção possível, mas não necessariamente realizada (ou realizável)...não sei se estas a ver a subjectividade que isto implica...
Como conceito está muito certo. O problema é a expressão "valores estimados" que é muitas vezes usada na directriz. Introduz subjectividade à contabilidade. Será isto positivo ou negativo? Bem se tu fores um expert, talvez me ajudes...eu penso que terá pontos positivos e outros negativos.
No caso em apreço, é certo que muitas das perdas contabilizadas pelas empresas com a desvalorização de participações estão exageradas pelo efeito do Bear Market e da crise financeira\de confiança que se instalou. No entanto o inverso também é possível, caso a empresa atribua contabilisticamente um justo valor excessivo a um qualquer bem do seu activo.
Enfim, eu tenho muitas dúvidas nesta matéria e o contributo dos caldeireiros para o seu esclarecimento será muito útil...como sempre.
Bancos americanos querem fim da regra do 'fair value'
Mas isto cabe na cabeça de alguém?! Então a contabilidade não deve reflectir a realidade!!
Isto já é demais!
Quando o efeito é positivo já não há problema...sinceramente!

Quando o efeito é positivo já não há problema...sinceramente!
A regra do “fair value” está a potenciar o efeito negativo da crise financeira, pelo que o governo e os reguladores norte-americanos devem suspender esta regra que obriga as companhias a contabilizarem nos seus balanços os activos ao valor de mercado, defende um grupo de bancos americanos.
“Estamos a sugerir que a SEC [regulador do mercado accionista norte-americano] emita uma ordem temporária que anule este efeito negativo” originado pela regra do “fair value”.
De acordo com a legislação em vigor nos Estados Unidos, e também noutros países europeus, como Portugal, as companhias tem que reflectir nas suas contas a perda de valor de um activo, mesmo que este não tenha sido alienado, ou não haja intenção de o fazer.
Foi esta regra que levou o BCP e o BPI a reflectirem nos lucros do primeiro semestre, a queda acentuada das acções dos bancos onde tinham participações cruzadas.
As principais instituições mundiais já efectuaram amortizações de activos acima de 500 mil milhões de dólares, para reflectirem nos seus balanços a perda de valor dos activos em causa, mesmo que as instituições não estimem registar estas perdas.
O “fair value tem sido “um completo desastre”, comentou à Bloomberg Edward Yinging, presidente de uma associação de bancos com sede em Washington.
Já os que defendem esta prática, explicam que o “fair value” adiciona transparência ao mercado, dando aos investidores informação mais verdadeira.
Fonte: Jornal de Negócios
http://www.jornaldenegocios.pt/index.ph ... &id=332224
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