Gostava de saber a opinião dos entendidos sobre isto
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O artigo, muito embora contenha uma série de óbvios disparates ( nomeadamente a receita secreta para dinamitar a bolsa iraniana.. ) , merece bem a leitura.
Concordo com os primeiros parágrafos do texto, nomeadamente no que se refere ao surgimento e colapso dos impérios e o papel do dólas nas relações comerciais entre as nações - interessante ponto de vista.
De resto, creio que já bastante evidente o rápido declínio do poderio do EUA.
Alvim:
Muito embora o Chavez insulte constantemente os EUA e o seu presidente, são os últimos que sustentam o seu regimezinho com dólares.
Já no caso da Rússia também não entendo. Devem estar mortinhos por puxar o tapete aos US..
Concordo com os primeiros parágrafos do texto, nomeadamente no que se refere ao surgimento e colapso dos impérios e o papel do dólas nas relações comerciais entre as nações - interessante ponto de vista.
De resto, creio que já bastante evidente o rápido declínio do poderio do EUA.
Alvim:
Muito embora o Chavez insulte constantemente os EUA e o seu presidente, são os últimos que sustentam o seu regimezinho com dólares.
Já no caso da Rússia também não entendo. Devem estar mortinhos por puxar o tapete aos US..
barnabé
http://videos.sapo.pt/aWCBzS2SIhahWzoftzgZ
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um "remador da república"
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um "remador da república"
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Pergunta
Semitela
Li com atençao o artigo que postas-te.
No final de ler, a minha pergunta é só uma uma:
Porque a Russia e a Venezuela, não vendem o seu petroleo em euros, para a europa???
Nao estou a ver os EUA a fazerem uma guerra contra a Russia, Venezuela ou UE (...).
Provavelmente, tambem nos dá geito ter essas reservas em "moeda fraca" (dollar).
Abraços
Li com atençao o artigo que postas-te.
No final de ler, a minha pergunta é só uma uma:
Porque a Russia e a Venezuela, não vendem o seu petroleo em euros, para a europa???
Nao estou a ver os EUA a fazerem uma guerra contra a Russia, Venezuela ou UE (...).
Provavelmente, tambem nos dá geito ter essas reservas em "moeda fraca" (dollar).
Abraços
Eu costumo acompanhar a ShadowStats para a M3 americana. Não é um organismo oficial e vale o que vale, mas na falta de transparência usa-se o que temos.
Link directo:
http://www.shadowstats.com/charts_republish#m3
Quanto ao EUR surpreende pela positiva, esperava pior (não que 9% seja bom).
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http://www.shadowstats.com/charts_republish#m3
Quanto ao EUR surpreende pela positiva, esperava pior (não que 9% seja bom).
Be Galt. Wear the message!
The market does not beat them. They beat themselves, because though they have brains they cannot sit tight. - Jesse Livermore
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Um dado que saiu hoje sobre a conversa que tivemos neste topico sobre a Massa monetaria M3 :
Tivessem os americanos a cara de pau de mostrar realmente qual é o valor do M3 e veriamos o dolar a afundar .
Euro-zone Aug. M3 annual money supply growth slows to 8.8%
By William L. Watts
Last update: 4:09 a.m. EDT Sept. 25, 2008
LONDON (MarketWatch) -- M3 money supply growth slowed to an annual rate of 8.8% in the 15-nation euro zone in August, the European Central Bank reported Thursday, down from 9.1% in July and slightly below expectations for growth of 8.9%. Annual M3 growth over the June-to-August three-month period declined to 9.2% from 9.6% in the May-July period, matching expectations. The annual rate of growth of loans to the private sector decreased to 8.8% in August, from 9.4% in the previous month, the ECB said.
http://www.marketwatch.com/news/story/e ... t=hplatest
Tivessem os americanos a cara de pau de mostrar realmente qual é o valor do M3 e veriamos o dolar a afundar .

Euro-zone Aug. M3 annual money supply growth slows to 8.8%
By William L. Watts
Last update: 4:09 a.m. EDT Sept. 25, 2008
LONDON (MarketWatch) -- M3 money supply growth slowed to an annual rate of 8.8% in the 15-nation euro zone in August, the European Central Bank reported Thursday, down from 9.1% in July and slightly below expectations for growth of 8.9%. Annual M3 growth over the June-to-August three-month period declined to 9.2% from 9.6% in the May-July period, matching expectations. The annual rate of growth of loans to the private sector decreased to 8.8% in August, from 9.4% in the previous month, the ECB said.
http://www.marketwatch.com/news/story/e ... t=hplatest
Semitela Escreveu:
E estou ainda mais incredulo com todos aqueles trilhoes de dolares que os paises asiaticos , nomeadamente China e os paises da OPEP possuem em reservas de moeda . Como é que é possivel com isto que se tem passado desde 1971 esses paises continuarem a acumular moeda que perde valor constantemente ao longo do tempo a um ritmo alucinante ?
Olá a todos

Não é do interesse de países como a China e o Japão colocar de joelhos os EUA. A quem venderiam a quantidade astronómica de bens de consumo que produzem? Os seus consumos internos não chegam para absorver tanta produção, logo tens que escoar mercadoria. Com os States de rastos estariam também eles em maus lençois.
Logo é como diz o Branco (e muito bem). Suporta-se o dollar. Todos assobiamos pro lado, num jogo do empurra com a barriga pra frente ....
Um abraço

Já agora, a título de curiosidade, e como consegui encontrar a fonte, muito conhecida aqui no Caldeirão (através do Limpaesgotos) pelas suas teorias da conspiração, fábulas e mitos hurbanos:
A Resistir.org:
http://resistir.info/energia/bolsa_petrov.html
Abraço
A Resistir.org:
http://resistir.info/energia/bolsa_petrov.html
Abraço
There are two kinds of investors: those who don't know where the market is headed, and those who don't know that they don't know.
William Bernstein
William Bernstein
O USD não cai porque olhas para o sitio errado, nomeadamente estás a olhar para outras medidas de valor abstracto. Tens que medir o seu valor contra bens de consumo que alguém quer ter e não contra outras moedas que variam o seu valor todos os dias. Compara o USD contra o ouro em 1910 a $20 e agora a $850 e diz-me que não vês o USD a perder valor.
Quanto ao BCE não o vês a imprimir dinheiro porque não queres, eles até publicam as massas monetárias ao contrário da FED que descaradamente deixou de publicar a M3.
Link para o BCE
O resto é como te digo. Ninguém quer ver o USD cair, então compram e compram para que ele não caia, e não me digam que as ultimas semanas de força de USD não teve nada a ver com a China a manipular os racios de reservas de USD.
Quanto ao BCE não o vês a imprimir dinheiro porque não queres, eles até publicam as massas monetárias ao contrário da FED que descaradamente deixou de publicar a M3.
Link para o BCE
O resto é como te digo. Ninguém quer ver o USD cair, então compram e compram para que ele não caia, e não me digam que as ultimas semanas de força de USD não teve nada a ver com a China a manipular os racios de reservas de USD.
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The market does not beat them. They beat themselves, because though they have brains they cannot sit tight. - Jesse Livermore
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Boas Branco ,
Obrigado pelo teu comentario .
Que o artigo lança muitas suspeitas , isso lança , mas custa-me imenso a perceber porque raio os americanos não param de imprimir dinheiro fresco e o dolar não cai
Eu não sei se os outros bancos Centrais fazem o mesmo , mas não se houve nada sobre coisas destas do BCE .
Eu não estou a favor da queda do dolar embora me custe a engolir que o ataque ao Iraque foi no intuito de o desarmar das ditas armas de destruição massiça .
E estou ainda mais incredulo com todos aqueles trilhoes de dolares que os paises asiaticos , nomeadamente China e os paises da OPEP possuem em reservas de moeda . Como é que é possivel com isto que se tem passado desde 1971 esses paises continuarem a acumular moeda que perde valor constantemente ao longo do tempo a um ritmo alucinante ?
Obrigado pelo teu comentario .
Que o artigo lança muitas suspeitas , isso lança , mas custa-me imenso a perceber porque raio os americanos não param de imprimir dinheiro fresco e o dolar não cai

Eu não sei se os outros bancos Centrais fazem o mesmo , mas não se houve nada sobre coisas destas do BCE .
Eu não estou a favor da queda do dolar embora me custe a engolir que o ataque ao Iraque foi no intuito de o desarmar das ditas armas de destruição massiça .

E estou ainda mais incredulo com todos aqueles trilhoes de dolares que os paises asiaticos , nomeadamente China e os paises da OPEP possuem em reservas de moeda . Como é que é possivel com isto que se tem passado desde 1971 esses paises continuarem a acumular moeda que perde valor constantemente ao longo do tempo a um ritmo alucinante ?
Bem, tentei o Google depois de não ter encontrado nos sites que normalmente frequento e também não encontro.
Não sei onde vi a noticia e portanto assumo que podia ser de fonta falsa ou que o meu inglês me tenha falhado na altura, presumo que se fosse uma certeza que ia acontecer já estaria mais espalhado e seria mais fácil de encontrar no Google.
De qualquer das formas o grosso do que escrevi antes mantém-se. Com ou sem Commidities Exchange em Euros. O sistema actual funciona baseado em fé e quando existe fé não são os factos que nos atrapalham.
Não sei onde vi a noticia e portanto assumo que podia ser de fonta falsa ou que o meu inglês me tenha falhado na altura, presumo que se fosse uma certeza que ia acontecer já estaria mais espalhado e seria mais fácil de encontrar no Google.
De qualquer das formas o grosso do que escrevi antes mantém-se. Com ou sem Commidities Exchange em Euros. O sistema actual funciona baseado em fé e quando existe fé não são os factos que nos atrapalham.

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Antes de começar quero esclarecer duas coisas:
1) O meu campo de peritagem é sistemas operativos
2) Não consegui ler até ao fim porque as teorias de conspiração aborrecem-me
Bom... do que li e me apercebi o artigo tem várisa fases:
1) Começa por demonstrar que os governos são uns gatunos e que uma das armas que usam para roubar é a inflação monetária. Nada de novo e tenho falado muito sobre isso.
2) De seguida lança uns contos de escárnio e mal dizer sobre o "império americano". Parece que os impérios são mal por natureza mas quando se junta a palavra "americano" no fim então convém logo imaginar a imagem de Satanás que é para termos muito medo.
3) Depois de estarmos assustados com a imagem de Satanás começa então a baboseira do petróleo e que é o petróleo que segura o USD e que há umas reuniões secretas onde se trocam favores entre duas pessoas e o resto do mundo (china, europa, russia, etc.) ficam a olhar e ninguém faz nada e acha tudo muito normal. Inclusive note-se que N países europeus mandam os seus soldados morrer para proteger Satanás
4) Andei à procura mas não consegui encontrar o artigo. Era apenas para informar que o petróleo e outras commodities vão passar a ser transaccionadas tanto em EUR como em USD nos mercados Asiáticos já em Janeiro de 2009. Não sei se alguém tem já as fotos dos Nukes americanos apontados ao Japão ou não por causa disto mas o que me surpreende sempre é a capacidade dos Europeus inventarem desculpas para proteger um país que prometeu destruir ("limpar do mapa" foi a expressão usada pelo presidente Iraniano) um outro país.
De qualquer das formas vou voltar a tentar o artigo de que falo e depois coloco por aqui
5) O artigo não sei se depois fala porque perdi o interesse mas as razões da hegemonia do USD são muito simples de perceber e as razões estão todas no artigo, só não percebe quem quer.
Em 1971 os EUA faliram e falharam em cumprir as suas obrigações para com os países estrangeiros. Estes não conseguiram redimir os seus USD por ouro como lhes fora prometido. É obviamente do vital interesse de toda esta gente que as commodities sejam transaccionadas em USD, de que outra forma é que eles vão dar uso a isto?
Todo o sistema financeiro e de comércio mundial desde que foi desligado do ouro é baseado em confiança. Todos têm confiança que o seguinte vai pagar, vai ser em USD que não valem nada intrinsecamente mas não faz mal porque quem fica com os USD sabe que no futuro poderá trocar esses mesmos USD por outro serviço/bem no mercado internacional.
O sistema funciona porque estavam todos entalados e em vez de gritar "O rei vai nu" e arranjarem uma solução aperceberam-se que estavam eram todos nus no meio do desfile e que podiam fazer uma roupa feita de USD para disfarçar a coisa.
6) Acho que o artigo ainda menciona qualquer coisa sobre como o mundo vai ser muito melhor quando acabarmos com o USD e passarmos todos para o EUR. Isto deve-se a uma qualquer razão mágica que vai avariar as impressoras do BCE e não os vai deixar imprimir as notas que os americanos imprimiram.
Qualquer sistema de dinheiro baseado em valor não intrinseco está condenado ao fracasso. A unica razão que este sistema actual funciona é exactamente porque é reconhecido valor pela maior parte da população mundial... não estou a ver o Alvares Cabral descobrir o brazil e negociar com os nativos em papel-moeda, achariam muito mais piada a quincalharia velha do que a papel.
Obviamente que os acontecimentos recentes têm vindo a fazer com que haja uma perca de confiança no mercado no USD. Principalmente os produtores de commodities não estão interessados em aumentar a sua reversa de USD enquanto esvaziam as suas minas de metais e os seus poços de petróleo. Há um tipo maluco na Venezuela que dizem que já troca com os Portugues petróleo por produtos laticionios...
Mas no fundo a elite financeira sabe o mesmo que sempre soube: andamos todos nus e enquanto ninguém disser nada o sistema funciona em piloto automático.
Só quando as massas se recusarem a acreditar no valor do papel é que este perderá o seu valor.
Quando Bretton Woods colapsou todo o mundo entrou na era do cambio flutuante. Quando o USD colapsar (e digo sempre que é uma questão de tempo, pode é demorar dias ou séculos) podes ter a certeza que não cai sozinho. Nessa altura, e porque a história não se repete mas rima, o dinheiro voltará a ter valor intrinseco por natureza qualquer que seja o bem que esteja por detrás do sistema monetário.
1) O meu campo de peritagem é sistemas operativos
2) Não consegui ler até ao fim porque as teorias de conspiração aborrecem-me
Bom... do que li e me apercebi o artigo tem várisa fases:
1) Começa por demonstrar que os governos são uns gatunos e que uma das armas que usam para roubar é a inflação monetária. Nada de novo e tenho falado muito sobre isso.
2) De seguida lança uns contos de escárnio e mal dizer sobre o "império americano". Parece que os impérios são mal por natureza mas quando se junta a palavra "americano" no fim então convém logo imaginar a imagem de Satanás que é para termos muito medo.
3) Depois de estarmos assustados com a imagem de Satanás começa então a baboseira do petróleo e que é o petróleo que segura o USD e que há umas reuniões secretas onde se trocam favores entre duas pessoas e o resto do mundo (china, europa, russia, etc.) ficam a olhar e ninguém faz nada e acha tudo muito normal. Inclusive note-se que N países europeus mandam os seus soldados morrer para proteger Satanás

4) Andei à procura mas não consegui encontrar o artigo. Era apenas para informar que o petróleo e outras commodities vão passar a ser transaccionadas tanto em EUR como em USD nos mercados Asiáticos já em Janeiro de 2009. Não sei se alguém tem já as fotos dos Nukes americanos apontados ao Japão ou não por causa disto mas o que me surpreende sempre é a capacidade dos Europeus inventarem desculpas para proteger um país que prometeu destruir ("limpar do mapa" foi a expressão usada pelo presidente Iraniano) um outro país.
De qualquer das formas vou voltar a tentar o artigo de que falo e depois coloco por aqui
5) O artigo não sei se depois fala porque perdi o interesse mas as razões da hegemonia do USD são muito simples de perceber e as razões estão todas no artigo, só não percebe quem quer.
Em 1971 os EUA faliram e falharam em cumprir as suas obrigações para com os países estrangeiros. Estes não conseguiram redimir os seus USD por ouro como lhes fora prometido. É obviamente do vital interesse de toda esta gente que as commodities sejam transaccionadas em USD, de que outra forma é que eles vão dar uso a isto?
Todo o sistema financeiro e de comércio mundial desde que foi desligado do ouro é baseado em confiança. Todos têm confiança que o seguinte vai pagar, vai ser em USD que não valem nada intrinsecamente mas não faz mal porque quem fica com os USD sabe que no futuro poderá trocar esses mesmos USD por outro serviço/bem no mercado internacional.
O sistema funciona porque estavam todos entalados e em vez de gritar "O rei vai nu" e arranjarem uma solução aperceberam-se que estavam eram todos nus no meio do desfile e que podiam fazer uma roupa feita de USD para disfarçar a coisa.
6) Acho que o artigo ainda menciona qualquer coisa sobre como o mundo vai ser muito melhor quando acabarmos com o USD e passarmos todos para o EUR. Isto deve-se a uma qualquer razão mágica que vai avariar as impressoras do BCE e não os vai deixar imprimir as notas que os americanos imprimiram.
Qualquer sistema de dinheiro baseado em valor não intrinseco está condenado ao fracasso. A unica razão que este sistema actual funciona é exactamente porque é reconhecido valor pela maior parte da população mundial... não estou a ver o Alvares Cabral descobrir o brazil e negociar com os nativos em papel-moeda, achariam muito mais piada a quincalharia velha do que a papel.
Obviamente que os acontecimentos recentes têm vindo a fazer com que haja uma perca de confiança no mercado no USD. Principalmente os produtores de commodities não estão interessados em aumentar a sua reversa de USD enquanto esvaziam as suas minas de metais e os seus poços de petróleo. Há um tipo maluco na Venezuela que dizem que já troca com os Portugues petróleo por produtos laticionios...
Mas no fundo a elite financeira sabe o mesmo que sempre soube: andamos todos nus e enquanto ninguém disser nada o sistema funciona em piloto automático.
Só quando as massas se recusarem a acreditar no valor do papel é que este perderá o seu valor.
Quando Bretton Woods colapsou todo o mundo entrou na era do cambio flutuante. Quando o USD colapsar (e digo sempre que é uma questão de tempo, pode é demorar dias ou séculos) podes ter a certeza que não cai sozinho. Nessa altura, e porque a história não se repete mas rima, o dinheiro voltará a ter valor intrinseco por natureza qualquer que seja o bem que esteja por detrás do sistema monetário.
Be Galt. Wear the message!
The market does not beat them. They beat themselves, because though they have brains they cannot sit tight. - Jesse Livermore
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Gostava de saber a opinião dos entendidos sobre isto
Em primeiro lugar quero dizer que retirei este texto de um outro forum e não tinha o endereço de origem , ainda assim gostei imenso de o ler e gostava da opinião dos forenses sobre este tema e sua veracidade
A proposta Bolsa do Petróleo iraniana
I. A economia dos impérios
Todos os estados-nação tributam os seus cidadãos, ao passo que um império tributa os restantes estados-nação. A história dos impérios, desde o Grego e Romano, até ao Otomano e Britânico, ensina-nos que o fundamento económico de qualquer império é a tributação das restantes nações. A capacidade imperial para tributar esteve sempre baseada numa melhor e mais forte economia, e como consequência, num melhor e mais forte exército. Uma parte dos impostos serve para melhorar o nível de vida no império; a outra parte serve para fortalecer o domínio militar necessário a uma boa eficácia na cobrança desses impostos.
Historicamente, a tributação de um estado subjugado era efectuada de diversas formas – normalmente em ouro e prata, quando estes metais eram considerados dinheiro, mas também em escravos, soldados, colheitas, gado, ou outros recursos tais como os agrícolas ou recursos naturais, enfim, qualquer bem económico que o império exigisse e que o estado subjugado pudesse entregar. A tributação imperial foi sempre exercida de forma directa, isto é, o estado subjugado entregava os bens económicos directamente ao império.
No século XX e pela primeira vez na história, os EUA puderam, através da inflação, tributar o mundo de um modo indirecto. Não obrigou o pagamento directo de impostos como todos os precedentes impérios fizeram, mas fê-lo difundindo a sua própria moeda, o dólar norte-americano, pelas restantes nações em troca de bens, com uma intenção planeada de inflacionar, e de seguida desvalorizar todos esses dólares, e em virtude disso, reembolsando depois cada dólar com menor quantidade de bens económicos – a diferença entre estes dois estágios, valorização e desvalorização do dólar, representa exactamente o imposto imperial norte-americano. É assim que o sistema tem funcionado.
No início do século XX, a economia norte-americana começou a dominar a economia mundial. O dólar norte-americano foi fixado ao ouro, de forma que o valor do dólar não aumentava, nem diminuía, mantendo o mesmo valor tendo por base o ouro. A Grande Depressão, com a sua elevada inflação registada entre 1921 e 1929, e consequentemente com os seus crescentes défices governamentais, haviam aumentado substancialmente o montante de dólares em circulação, o que tornou impossível sustentar o dólar com o ouro existente nos EUA. Isto levou Roosevelt a desligar o dólar do ouro em 1932. Até esta altura os EUA dominaram a economia mundial, mas de um ponto de vista económico, não eram ainda um império. O valor do dólar fixado ao ouro não permitia que os americanos extraíssem benefícios económicos dos outros países, pois os dólares por eles adquiridos eram convertíveis em ouro até essa altura.
Economicamente, o império americano nasceu com o acordo de Bretton Woods em 1945. O dólar norte-americano não era completamente convertível em ouro, porque essa convertibilidade só era possível para os governos estrangeiros. Este acordo estabeleceu assim o dólar como sendo a moeda de reserva do mundo. Esta situação foi possível porque durante a 2ª Guerra Mundial os Estados Unidos haviam fornecido todo o tipo de bens aos seus aliados, exigindo ouro como pagamento, acumulando por isso uma substancial quantidade do ouro mundial. Um império nunca teria sido possível se o acordo de Bretton Woods limitasse a emissão de dólares à disponibilidade de ouro, assim como o completo retorno desses dólares em ouro. Porém, a política dos EUA durante os anos 60 de "armas & manteiga", foi efectivamente uma política imperial: houve um incremento da emissão de dólares para financiamento da guerra do Vietname e da Sociedade Fantástica de Lyndon Johnson. A maioria desses dólares foi parar às mão de estrangeiros através de pagamentos de bens económicos por eles fornecidos aos EUA, sem que os próprios EUA tivessem a intenção de os voltar a obter de volta pelo mesmo valor. O aumento de participações em dólares na posse de estrangeiros devido ao persistente défice comercial norte-americano, equivaliam a uma tributação – a tributação clássica devida à inflação que qualquer país impõe aos seus cidadãos; neste caso tratava-se de uma tributação que através da inflação os EUA impunham ao resto do mundo.
Quando em 1970-1971 os estrangeiros exigiram o pagamento dos seus dólares em ouro, depararam com a recusa do governo norte-americano, facto que se deu em 15 de Agosto de 1971. Enquanto se ia explicando simplisticamente este acontecimento como sendo uma forma de "cortar a ligação entre o dólar e o ouro", na realidade essa negação de reembolsar o ouro era um acto de bancarrota do governo norte-americano. No essencial, o EUA declararam-se nessa altura como um império. Tinham conseguido obter uma enorme quantidade de bens económicos do resto do mundo, sem terem a intenção ou a capacidade para devolver esses bens, e o mundo nessa situação foi impotente para reagir — o mundo foi tributado e nada pôde fazer para o evitar.
A partir daqui, para sustentar o império americano e para continuar a tributar o resto do mundo, os Estados Unidos tiveram que forçá-lo a continuar a aceitar dólares em permanente depreciação, em troca de bens económicos que lhe eram continuamente fornecidos, apesar o mundo possuir cada vez mais desses dólares depreciados. Foi preciso por isso dar ao mundo um forte motivo económico para que retivesse os dólares obtidos das transacções comerciais com os EUA: esse motivo foi o petróleo.
Em 1971, tornava-se evidente que o Governo de EUA não poderia comprar de volta seus dólares com ouro como estava previsto no acordo de Bretton Woods. Foi feito por isso um acordo com a Arábia Saudita de que os EUA suportariam a Casa Real em troca deste país aceitar apenas o dólar norte-americano como forma de pagamento do seu petróleo. Os restantes países da OPEP de imediato seguiriam esta medida aceitando unicamente dólares para as suas vendas de petróleo. A partir daqui e porque o mundo precisava de obter petróleo dos países árabes, passou então a existir uma razão objectiva para se obterem dólares para o pagamento do petróleo. Porque o mundo precisava de crescentes quantidades de petróleo, e a preços de petróleo também eles crescentes, a procura de dólares no mundo só poderia aumentar. Embora já não fosse possível trocar os dólares por ouro, eles eram agora trocáveis por petróleo.
A essência económica deste acordo era de que o dólar estava agora suportado por petróleo em vez de ouro. Enquanto isto fosse sucedendo, o mundo teria de acumular montantes crescentes de dólares, pois eram necessários para a aquisição de petróleo. Portanto enquanto o dólar fosse o único pagamento aceitável para o petróleo, o seu domínio no mundo estaria assegurado, e o império americano poderia assim continuar a tributar o resto do mundo. Se por qualquer razão, o dólar perdesse o suporte do petróleo, o império americano deixaria de existir. Por isso, a sobrevivência imperial exigia que o petróleo fosse vendido apenas em dólares. Por outro lado impedia que estados soberanos que não fossem suficientemente fortes em termos políticos e militares, pudessem exigir o pagamento das suas reservas de petróleo, noutra moeda que não fosse o dólar. Se um qualquer país tomasse uma tal decisão, teria que ser convencido a mudar de opinião tanto por pressão política, como por meios militares.
O homem que realmente pediu que o petróleo do seu país fosse pago em euros, foi Saddam Hussein em 2000. No inicio, a sua exigência caiu no ridículo, depois no desprezo, só mais tarde, quando se tornou claro que ele havia feito um bom negócio, se iniciou a pressão política para que modificasse a sua posição. Quando outros países, como o Irão, pretendem o pagamento noutras moedas, como sejam o euro e o iene, o perigo para o dólar é evidente, e portanto uma acção punitiva passa a estar na ordem do dia. A operação "choque-e-terror" de Bush no Iraque nada teve a ver com as capacidades nucleares de Saddam, nem com a defesa dos direitos humanos, nem com o objectivo de espalhar a democracia, nem mesmo com a tomada dos campos petrolíferos; o objectivo nuclear dessa operação foi defender o dólar, e consequentemente o império americano. Era preciso que todos tivessem o exemplo de que quem exige o pagamento do seu petróleo noutra moeda que não o dólar será igualmente punido.
Muitos criticaram Bush por efectuar uma guerra contra o Iraque a fim de capturar os campos de petróleo iraquianos. Porém, esses críticos não conseguem explicar porque razão Bush havia de querer capturar esses campos – ele poderia simplesmente imprimir os dólares que quisesse e com eles poderia adquirir no mundo todo o petróleo que necessitasse. Ele deve ter tido qualquer outra razão para invadir o Iraque.
A História ensina que um império só deverá ir para guerra por uma de duas razões: (1) para se defender ou (2) para tirar benefício de guerra; caso contrário, como o Paul Kennedy ilustra no seu magistral "The Rise and Fall of the Great Powers", o esforço militar esgotará os seus recursos económicos e precipitará o seu colapso. Falando economicamente, para que um império inicie e conduza uma guerra, os seus benefícios têm que exceder em valor os custos com o seu exército e os custos sociais decorrentes da guerra. Os benefícios dos campos petrolíferos iraquianos dificilmente serão merecedores a longo prazo, dos custos militares envolvidos nos vários anos de ocupação que os EUA terão de exercer. Em vez disso, as razões que levaram Bush a ir para o Iraque foram unicamente para defesa do seu império. Na realidade, o que se passou foi que, dois meses depois de os Estados Unidos invadirem o Iraque, o programa "Petróleo por Alimentos" terminou, as contas iraquianas em euros foram trocadas por dólares, e o petróleo voltou a ser vendido em dólares norte-americanos. O mundo deixou de poder continuar a comprar o petróleo iraquiano em euros. A supremacia global do dólar foi restabelecida uma vez mais. Bush desceu vitoriosamente de um avião de combate e declarou que a missão fora cumprida – ele acabava de defender o dólar norte-americano com êxito, e consequentemente também o império americano.
II. A Bolsa do Petróleo iraniana
O governo iraniano desenvolveu finalmente a arma "nuclear" final que pode destruir rapidamente o sistema financeiro a sustentar o império americano. Essa arma é a Bolsa Iraniana de Petróleo que se espera vir a abrir em Março de 2006. Estará baseado num mecanismo "euro-oil-trading" o que naturalmente implicará o pagamento do petróleo em euros. Em termos económicos, isto representa uma ameaça à hegemonia do dólar muito maior do que Saddam representou, pois será possível nesta Bolsa que qualquer um possa comprar ou vender petróleo em euros, podendo-se evitar assim completamente o dólar norte-americano para este tipo de transacção. Se assim for, passarão a existir razões para que quase todo o mundo passe a adoptar decididamente este sistema do euro-oil:
Os europeus não terão que comprar e armazenar dólares para assegurar o pagamento das suas aquisições de petróleo mas, em vez disso, poderão utilizar a sua própria moeda. A adopção do euro para transações de petróleo dará à moeda europeia um estatuto de reserva que beneficiará os europeus à custa dos americanos.
Os chineses e os japoneses estarão especialmente ansiosos por adoptar o novo sistema, porque lhes permitirá baixar drasticamente as suas enormes reservas em dólares diversificando-as com euros, protegendo-se assim da depreciação do dólar. Na redefinição da estrutura das suas reservas de dólares poderão optar pela manutenção de apenas uma parte dos seus dólares como reserva; uma outra parte poderá ser para alienar; e uma terceira parte poderão usar para realizar pagamentos futuros, tendo o cuidado de não aumentar mais as suas reservas em dólares mas, pelo contrário, ir consolidando as suas reservas em euros.
Os russos têm um interesse económico inerente na adopção do euro e que tem a ver com a dimensão do comércio que desenvolvem com os países europeus, com os países exportadores de petróleo, com a China, e com o Japão. A adopção do euro terá como efeito imediato a facilitação das transacções comerciais entre os primeiros dois blocos, a Rússia e a UE, e com o passar do tempo facilitará o comércio com a China e com o Japão. Aparentemente os russos também não gostam de estar sujeitos a ter de guardar dólares que se vão desvalorizando, o que os tem levado ultimamente a ter um novo interesse pelo ouro. Os russos por outro lado, revivem na actualidade um forte nacionalismo, e se aderirem ao euro sabem que causarão dano grave aos americanos, pelo que o farão com prazer só para verem os americanos a sangrar.
Os países árabes exportadores de petróleo adoptarão prontamente o euro como um meio de diversificar as suas crescentes reservas de dólares em desvalorização. Tal como os russos, as suas principais transacções comerciais são com países europeus, e por isso ambos preferirão a moeda corrente europeia para promoção da sua estabilidade e para evitar riscos de cambio; isto para não mencionar a sua jihad contra o Inimigo Infiel.
Apenas os britânicos se encontram entre a espada e a parede. Eles sempre tiveram uma associação estratégica com o EUA, assim como uma tendência natural para abandonar a Europa. No entanto já não existem razões para se manterem associados ao vencedor. Porém, quando virem em dificuldades o seu parceiro de longa data, será que continuarão ao seu lado ou pelo contrário lhe aplicarão o golpe de misericórdia? Por outro lado não nos devemos esquecer que actualmente as duas principais bolsas para transacção de petróleo são o NYMEX em Nova York e o Petroleum Exchange (IPE) em Londres, embora ambas sejam efectivamente propriedade de americanos. Parece mais provável que perante a conjuntura descrita, os britânicos não consigam evitar o seu próprio afundamento juntamente com este navio em dificuldades, senão seria o mesmo que dar um tiro no próprio pé, precisamente porque põem em risco a bolsa de Londres, o IPE. É aqui de notar que apesar de toda a retórica acerca da sobrevivência da libra britânica, os britânicos não adoptam o euro principalmente porque os americanos os pressionam para que o não façam, pois se o IPE aceitasse euros para as transacções de petróleo, feriria de morte o dólar e consequentemente o seu sócio estratégico.
De qualquer modo, não importa o que os britânicos venham a decidir. Se a bolsa de petróleo iraniana avançar, os interesses que realmente têm peso – europeus, chineses, japoneses, russos e árabes – adoptarão o euro, decidindo o destino do dólar. Os americanos não podem permitir que isto aconteça, e se necessário poderão usar um conjunto de estratégias muito diversas para travar ou dificultar o avanço desta operação:
Sabotando a bolsa – pode ser com a introdução de vírus no sistema, na rede ou nas comunicações, atacando o servidor ou violando as suas seguranças, ou ainda com um ataque tipo 11/Set a instalações principais ou de apoio.
Golpe de estado – esta é de longe a melhor estratégia de longo prazo disponível para os americanos.
Negociando termos & limitações aceitáveis – esta é também uma excelente solução para os americanos. Claro que, um golpe de estado é claramente a estratégia preferida porque garante que o processoa da bolsa não avança, deixando de haver qualquer ameaça aos interesses americanos. Porém, se uma tentativa de sabotagem ou golpe de estado falhar, então não existirá outro remédio senão negociar, mas sempre como segunda opção.
Resolução conjunta de guerra na ONU – esta será sem dúvida difícil de garantir em virtude dos interesses de todos os outros membros do Conselho de Segurança. A retórica insistente acerca do desenvolvimento de armas nucleares dos iranianos serve indubitavelmente para preparar esta linha de acção.
Ataque nuclear unilateral – esta será uma terrível opção estratégica por todas as razões associadas com a estratégia seguinte, a Guerra Total Unilateral. Os americanos provavelmente utilizariam Israel para fazer o seu trabalho sujo, o ataque nuclear.
Guerra Total Unilateral – esta é obviamente a pior opção estratégica. Primeiro porque, após duas guerras, os recursos militares norte-americanos encontram-se esgotados. Segundo, os americanos arrastarão consigo mais cedo ou mais tarde, outras nações igualmente poderosas. Terceiro, os países com maiores reservas de dólares podem decidir retaliar alienando os seus dólares, dificultando assim o financiamento por parte dos EUA das suas ambições militares. Por último, o Irão tem acordos estratégicos com outras nações poderosas que se podem envolver no conflito. O Irão tem acordos supostamente com a China, a Índia, e a Rússia, conhecido como o Grupo de Cooperação de Shanghai, e um acordo separado com a Síria.
Qualquer que seja a opção estratégica utilizada, de um ponto de vista puramente económico, se a Bolsa de Petróleo Iraniana ganhar impulso será ansiosamente abraçada pelas principais potências económicas, precipitando o colapso do dólar.
III. A morte do dólar
O colapso do dólar incrementará dramaticamente a inflação norte-americana e pressionará o aumento das taxas de juros de longo prazo norte-americanas. Nesta situação, o FED encontrar-se-á entre Sila e Caribdis — entre deflação e hiperinflação — que o forçará rapidamente a utilizar a sua "medicina clássica" de deflação através do aumento das taxas de juros, provocando uma significativa depressão económica, um colapso nos valores imobiliários, e uma implosão no mercado de acções, e mercados de derivados, com um colapso financeiro total, ou em alternativa, utilizando a solução Weimar aumentando a inflação, submergindo o sistema financeiro através de uma impressão desmedida de dólares e o seu afogamento em liquidez, libertando numerosos LTCMs (Long-Term Capital Management), logo hiperinflacionando a economia.
A teoria austríaca para o dinheiro, crédito, e ciclos económicos ensina que não há lugar entre as duas margens deste rio estreito. Tarde ou cedo o sistema monetário tem que guinar para um lado ou outro, obrigando o FED a fazer sua escolha. Sem dúvida que o comandante Ben Bernanke [1] um académico de renome conhecedor da Grande Depressão e um apto piloto de helicópteros Black Hawk, escolherá inflação. O "helicoptero Ben", esquecido da Grande Depressão americana de Rothbard , no entanto dominou as lições da Grande Depressão e o poder aniquilador das deflações. O Mestre ensinou-lhe a panaceia para qualquer problema financeiro – para inflacionar venha o "inferno ou a inundação". Ele até ensinou aos japoneses os seus próprios métodos não convencionais mas engenhosos, para combater a armadilha de liquidez deflacionária. Tal como o seu mentor, sonhou combater um Inverno de Kondratieff. Para evitar a deflação, ele recorrerá às máquinas de impressão; ele vai requisitar todos os helicópteros estacionados nas 800 bases militares que os EUA têm no estrangeiro; e, se necessário, vai monetarizar tudo o que estiver à vista. A sua última realização será a destruição hiperinflacionária da moeda americana, e das suas cinzas renascerá a próxima moeda de reserva do mundo: a relíquia bárbara chamada ouro.
[1] Novo presidente do banco central dos EUA, sucessor de Greenspan. Bernanke proclamou a sua disposição de imprimir e lançar a partir de um helicóptero todo o dinheiro que venha a ser necessário.

A proposta Bolsa do Petróleo iraniana
I. A economia dos impérios
Todos os estados-nação tributam os seus cidadãos, ao passo que um império tributa os restantes estados-nação. A história dos impérios, desde o Grego e Romano, até ao Otomano e Britânico, ensina-nos que o fundamento económico de qualquer império é a tributação das restantes nações. A capacidade imperial para tributar esteve sempre baseada numa melhor e mais forte economia, e como consequência, num melhor e mais forte exército. Uma parte dos impostos serve para melhorar o nível de vida no império; a outra parte serve para fortalecer o domínio militar necessário a uma boa eficácia na cobrança desses impostos.
Historicamente, a tributação de um estado subjugado era efectuada de diversas formas – normalmente em ouro e prata, quando estes metais eram considerados dinheiro, mas também em escravos, soldados, colheitas, gado, ou outros recursos tais como os agrícolas ou recursos naturais, enfim, qualquer bem económico que o império exigisse e que o estado subjugado pudesse entregar. A tributação imperial foi sempre exercida de forma directa, isto é, o estado subjugado entregava os bens económicos directamente ao império.
No século XX e pela primeira vez na história, os EUA puderam, através da inflação, tributar o mundo de um modo indirecto. Não obrigou o pagamento directo de impostos como todos os precedentes impérios fizeram, mas fê-lo difundindo a sua própria moeda, o dólar norte-americano, pelas restantes nações em troca de bens, com uma intenção planeada de inflacionar, e de seguida desvalorizar todos esses dólares, e em virtude disso, reembolsando depois cada dólar com menor quantidade de bens económicos – a diferença entre estes dois estágios, valorização e desvalorização do dólar, representa exactamente o imposto imperial norte-americano. É assim que o sistema tem funcionado.
No início do século XX, a economia norte-americana começou a dominar a economia mundial. O dólar norte-americano foi fixado ao ouro, de forma que o valor do dólar não aumentava, nem diminuía, mantendo o mesmo valor tendo por base o ouro. A Grande Depressão, com a sua elevada inflação registada entre 1921 e 1929, e consequentemente com os seus crescentes défices governamentais, haviam aumentado substancialmente o montante de dólares em circulação, o que tornou impossível sustentar o dólar com o ouro existente nos EUA. Isto levou Roosevelt a desligar o dólar do ouro em 1932. Até esta altura os EUA dominaram a economia mundial, mas de um ponto de vista económico, não eram ainda um império. O valor do dólar fixado ao ouro não permitia que os americanos extraíssem benefícios económicos dos outros países, pois os dólares por eles adquiridos eram convertíveis em ouro até essa altura.
Economicamente, o império americano nasceu com o acordo de Bretton Woods em 1945. O dólar norte-americano não era completamente convertível em ouro, porque essa convertibilidade só era possível para os governos estrangeiros. Este acordo estabeleceu assim o dólar como sendo a moeda de reserva do mundo. Esta situação foi possível porque durante a 2ª Guerra Mundial os Estados Unidos haviam fornecido todo o tipo de bens aos seus aliados, exigindo ouro como pagamento, acumulando por isso uma substancial quantidade do ouro mundial. Um império nunca teria sido possível se o acordo de Bretton Woods limitasse a emissão de dólares à disponibilidade de ouro, assim como o completo retorno desses dólares em ouro. Porém, a política dos EUA durante os anos 60 de "armas & manteiga", foi efectivamente uma política imperial: houve um incremento da emissão de dólares para financiamento da guerra do Vietname e da Sociedade Fantástica de Lyndon Johnson. A maioria desses dólares foi parar às mão de estrangeiros através de pagamentos de bens económicos por eles fornecidos aos EUA, sem que os próprios EUA tivessem a intenção de os voltar a obter de volta pelo mesmo valor. O aumento de participações em dólares na posse de estrangeiros devido ao persistente défice comercial norte-americano, equivaliam a uma tributação – a tributação clássica devida à inflação que qualquer país impõe aos seus cidadãos; neste caso tratava-se de uma tributação que através da inflação os EUA impunham ao resto do mundo.
Quando em 1970-1971 os estrangeiros exigiram o pagamento dos seus dólares em ouro, depararam com a recusa do governo norte-americano, facto que se deu em 15 de Agosto de 1971. Enquanto se ia explicando simplisticamente este acontecimento como sendo uma forma de "cortar a ligação entre o dólar e o ouro", na realidade essa negação de reembolsar o ouro era um acto de bancarrota do governo norte-americano. No essencial, o EUA declararam-se nessa altura como um império. Tinham conseguido obter uma enorme quantidade de bens económicos do resto do mundo, sem terem a intenção ou a capacidade para devolver esses bens, e o mundo nessa situação foi impotente para reagir — o mundo foi tributado e nada pôde fazer para o evitar.
A partir daqui, para sustentar o império americano e para continuar a tributar o resto do mundo, os Estados Unidos tiveram que forçá-lo a continuar a aceitar dólares em permanente depreciação, em troca de bens económicos que lhe eram continuamente fornecidos, apesar o mundo possuir cada vez mais desses dólares depreciados. Foi preciso por isso dar ao mundo um forte motivo económico para que retivesse os dólares obtidos das transacções comerciais com os EUA: esse motivo foi o petróleo.
Em 1971, tornava-se evidente que o Governo de EUA não poderia comprar de volta seus dólares com ouro como estava previsto no acordo de Bretton Woods. Foi feito por isso um acordo com a Arábia Saudita de que os EUA suportariam a Casa Real em troca deste país aceitar apenas o dólar norte-americano como forma de pagamento do seu petróleo. Os restantes países da OPEP de imediato seguiriam esta medida aceitando unicamente dólares para as suas vendas de petróleo. A partir daqui e porque o mundo precisava de obter petróleo dos países árabes, passou então a existir uma razão objectiva para se obterem dólares para o pagamento do petróleo. Porque o mundo precisava de crescentes quantidades de petróleo, e a preços de petróleo também eles crescentes, a procura de dólares no mundo só poderia aumentar. Embora já não fosse possível trocar os dólares por ouro, eles eram agora trocáveis por petróleo.
A essência económica deste acordo era de que o dólar estava agora suportado por petróleo em vez de ouro. Enquanto isto fosse sucedendo, o mundo teria de acumular montantes crescentes de dólares, pois eram necessários para a aquisição de petróleo. Portanto enquanto o dólar fosse o único pagamento aceitável para o petróleo, o seu domínio no mundo estaria assegurado, e o império americano poderia assim continuar a tributar o resto do mundo. Se por qualquer razão, o dólar perdesse o suporte do petróleo, o império americano deixaria de existir. Por isso, a sobrevivência imperial exigia que o petróleo fosse vendido apenas em dólares. Por outro lado impedia que estados soberanos que não fossem suficientemente fortes em termos políticos e militares, pudessem exigir o pagamento das suas reservas de petróleo, noutra moeda que não fosse o dólar. Se um qualquer país tomasse uma tal decisão, teria que ser convencido a mudar de opinião tanto por pressão política, como por meios militares.
O homem que realmente pediu que o petróleo do seu país fosse pago em euros, foi Saddam Hussein em 2000. No inicio, a sua exigência caiu no ridículo, depois no desprezo, só mais tarde, quando se tornou claro que ele havia feito um bom negócio, se iniciou a pressão política para que modificasse a sua posição. Quando outros países, como o Irão, pretendem o pagamento noutras moedas, como sejam o euro e o iene, o perigo para o dólar é evidente, e portanto uma acção punitiva passa a estar na ordem do dia. A operação "choque-e-terror" de Bush no Iraque nada teve a ver com as capacidades nucleares de Saddam, nem com a defesa dos direitos humanos, nem com o objectivo de espalhar a democracia, nem mesmo com a tomada dos campos petrolíferos; o objectivo nuclear dessa operação foi defender o dólar, e consequentemente o império americano. Era preciso que todos tivessem o exemplo de que quem exige o pagamento do seu petróleo noutra moeda que não o dólar será igualmente punido.
Muitos criticaram Bush por efectuar uma guerra contra o Iraque a fim de capturar os campos de petróleo iraquianos. Porém, esses críticos não conseguem explicar porque razão Bush havia de querer capturar esses campos – ele poderia simplesmente imprimir os dólares que quisesse e com eles poderia adquirir no mundo todo o petróleo que necessitasse. Ele deve ter tido qualquer outra razão para invadir o Iraque.
A História ensina que um império só deverá ir para guerra por uma de duas razões: (1) para se defender ou (2) para tirar benefício de guerra; caso contrário, como o Paul Kennedy ilustra no seu magistral "The Rise and Fall of the Great Powers", o esforço militar esgotará os seus recursos económicos e precipitará o seu colapso. Falando economicamente, para que um império inicie e conduza uma guerra, os seus benefícios têm que exceder em valor os custos com o seu exército e os custos sociais decorrentes da guerra. Os benefícios dos campos petrolíferos iraquianos dificilmente serão merecedores a longo prazo, dos custos militares envolvidos nos vários anos de ocupação que os EUA terão de exercer. Em vez disso, as razões que levaram Bush a ir para o Iraque foram unicamente para defesa do seu império. Na realidade, o que se passou foi que, dois meses depois de os Estados Unidos invadirem o Iraque, o programa "Petróleo por Alimentos" terminou, as contas iraquianas em euros foram trocadas por dólares, e o petróleo voltou a ser vendido em dólares norte-americanos. O mundo deixou de poder continuar a comprar o petróleo iraquiano em euros. A supremacia global do dólar foi restabelecida uma vez mais. Bush desceu vitoriosamente de um avião de combate e declarou que a missão fora cumprida – ele acabava de defender o dólar norte-americano com êxito, e consequentemente também o império americano.
II. A Bolsa do Petróleo iraniana
O governo iraniano desenvolveu finalmente a arma "nuclear" final que pode destruir rapidamente o sistema financeiro a sustentar o império americano. Essa arma é a Bolsa Iraniana de Petróleo que se espera vir a abrir em Março de 2006. Estará baseado num mecanismo "euro-oil-trading" o que naturalmente implicará o pagamento do petróleo em euros. Em termos económicos, isto representa uma ameaça à hegemonia do dólar muito maior do que Saddam representou, pois será possível nesta Bolsa que qualquer um possa comprar ou vender petróleo em euros, podendo-se evitar assim completamente o dólar norte-americano para este tipo de transacção. Se assim for, passarão a existir razões para que quase todo o mundo passe a adoptar decididamente este sistema do euro-oil:
Os europeus não terão que comprar e armazenar dólares para assegurar o pagamento das suas aquisições de petróleo mas, em vez disso, poderão utilizar a sua própria moeda. A adopção do euro para transações de petróleo dará à moeda europeia um estatuto de reserva que beneficiará os europeus à custa dos americanos.
Os chineses e os japoneses estarão especialmente ansiosos por adoptar o novo sistema, porque lhes permitirá baixar drasticamente as suas enormes reservas em dólares diversificando-as com euros, protegendo-se assim da depreciação do dólar. Na redefinição da estrutura das suas reservas de dólares poderão optar pela manutenção de apenas uma parte dos seus dólares como reserva; uma outra parte poderá ser para alienar; e uma terceira parte poderão usar para realizar pagamentos futuros, tendo o cuidado de não aumentar mais as suas reservas em dólares mas, pelo contrário, ir consolidando as suas reservas em euros.
Os russos têm um interesse económico inerente na adopção do euro e que tem a ver com a dimensão do comércio que desenvolvem com os países europeus, com os países exportadores de petróleo, com a China, e com o Japão. A adopção do euro terá como efeito imediato a facilitação das transacções comerciais entre os primeiros dois blocos, a Rússia e a UE, e com o passar do tempo facilitará o comércio com a China e com o Japão. Aparentemente os russos também não gostam de estar sujeitos a ter de guardar dólares que se vão desvalorizando, o que os tem levado ultimamente a ter um novo interesse pelo ouro. Os russos por outro lado, revivem na actualidade um forte nacionalismo, e se aderirem ao euro sabem que causarão dano grave aos americanos, pelo que o farão com prazer só para verem os americanos a sangrar.
Os países árabes exportadores de petróleo adoptarão prontamente o euro como um meio de diversificar as suas crescentes reservas de dólares em desvalorização. Tal como os russos, as suas principais transacções comerciais são com países europeus, e por isso ambos preferirão a moeda corrente europeia para promoção da sua estabilidade e para evitar riscos de cambio; isto para não mencionar a sua jihad contra o Inimigo Infiel.
Apenas os britânicos se encontram entre a espada e a parede. Eles sempre tiveram uma associação estratégica com o EUA, assim como uma tendência natural para abandonar a Europa. No entanto já não existem razões para se manterem associados ao vencedor. Porém, quando virem em dificuldades o seu parceiro de longa data, será que continuarão ao seu lado ou pelo contrário lhe aplicarão o golpe de misericórdia? Por outro lado não nos devemos esquecer que actualmente as duas principais bolsas para transacção de petróleo são o NYMEX em Nova York e o Petroleum Exchange (IPE) em Londres, embora ambas sejam efectivamente propriedade de americanos. Parece mais provável que perante a conjuntura descrita, os britânicos não consigam evitar o seu próprio afundamento juntamente com este navio em dificuldades, senão seria o mesmo que dar um tiro no próprio pé, precisamente porque põem em risco a bolsa de Londres, o IPE. É aqui de notar que apesar de toda a retórica acerca da sobrevivência da libra britânica, os britânicos não adoptam o euro principalmente porque os americanos os pressionam para que o não façam, pois se o IPE aceitasse euros para as transacções de petróleo, feriria de morte o dólar e consequentemente o seu sócio estratégico.
De qualquer modo, não importa o que os britânicos venham a decidir. Se a bolsa de petróleo iraniana avançar, os interesses que realmente têm peso – europeus, chineses, japoneses, russos e árabes – adoptarão o euro, decidindo o destino do dólar. Os americanos não podem permitir que isto aconteça, e se necessário poderão usar um conjunto de estratégias muito diversas para travar ou dificultar o avanço desta operação:
Sabotando a bolsa – pode ser com a introdução de vírus no sistema, na rede ou nas comunicações, atacando o servidor ou violando as suas seguranças, ou ainda com um ataque tipo 11/Set a instalações principais ou de apoio.
Golpe de estado – esta é de longe a melhor estratégia de longo prazo disponível para os americanos.
Negociando termos & limitações aceitáveis – esta é também uma excelente solução para os americanos. Claro que, um golpe de estado é claramente a estratégia preferida porque garante que o processoa da bolsa não avança, deixando de haver qualquer ameaça aos interesses americanos. Porém, se uma tentativa de sabotagem ou golpe de estado falhar, então não existirá outro remédio senão negociar, mas sempre como segunda opção.
Resolução conjunta de guerra na ONU – esta será sem dúvida difícil de garantir em virtude dos interesses de todos os outros membros do Conselho de Segurança. A retórica insistente acerca do desenvolvimento de armas nucleares dos iranianos serve indubitavelmente para preparar esta linha de acção.
Ataque nuclear unilateral – esta será uma terrível opção estratégica por todas as razões associadas com a estratégia seguinte, a Guerra Total Unilateral. Os americanos provavelmente utilizariam Israel para fazer o seu trabalho sujo, o ataque nuclear.
Guerra Total Unilateral – esta é obviamente a pior opção estratégica. Primeiro porque, após duas guerras, os recursos militares norte-americanos encontram-se esgotados. Segundo, os americanos arrastarão consigo mais cedo ou mais tarde, outras nações igualmente poderosas. Terceiro, os países com maiores reservas de dólares podem decidir retaliar alienando os seus dólares, dificultando assim o financiamento por parte dos EUA das suas ambições militares. Por último, o Irão tem acordos estratégicos com outras nações poderosas que se podem envolver no conflito. O Irão tem acordos supostamente com a China, a Índia, e a Rússia, conhecido como o Grupo de Cooperação de Shanghai, e um acordo separado com a Síria.
Qualquer que seja a opção estratégica utilizada, de um ponto de vista puramente económico, se a Bolsa de Petróleo Iraniana ganhar impulso será ansiosamente abraçada pelas principais potências económicas, precipitando o colapso do dólar.
III. A morte do dólar
O colapso do dólar incrementará dramaticamente a inflação norte-americana e pressionará o aumento das taxas de juros de longo prazo norte-americanas. Nesta situação, o FED encontrar-se-á entre Sila e Caribdis — entre deflação e hiperinflação — que o forçará rapidamente a utilizar a sua "medicina clássica" de deflação através do aumento das taxas de juros, provocando uma significativa depressão económica, um colapso nos valores imobiliários, e uma implosão no mercado de acções, e mercados de derivados, com um colapso financeiro total, ou em alternativa, utilizando a solução Weimar aumentando a inflação, submergindo o sistema financeiro através de uma impressão desmedida de dólares e o seu afogamento em liquidez, libertando numerosos LTCMs (Long-Term Capital Management), logo hiperinflacionando a economia.
A teoria austríaca para o dinheiro, crédito, e ciclos económicos ensina que não há lugar entre as duas margens deste rio estreito. Tarde ou cedo o sistema monetário tem que guinar para um lado ou outro, obrigando o FED a fazer sua escolha. Sem dúvida que o comandante Ben Bernanke [1] um académico de renome conhecedor da Grande Depressão e um apto piloto de helicópteros Black Hawk, escolherá inflação. O "helicoptero Ben", esquecido da Grande Depressão americana de Rothbard , no entanto dominou as lições da Grande Depressão e o poder aniquilador das deflações. O Mestre ensinou-lhe a panaceia para qualquer problema financeiro – para inflacionar venha o "inferno ou a inundação". Ele até ensinou aos japoneses os seus próprios métodos não convencionais mas engenhosos, para combater a armadilha de liquidez deflacionária. Tal como o seu mentor, sonhou combater um Inverno de Kondratieff. Para evitar a deflação, ele recorrerá às máquinas de impressão; ele vai requisitar todos os helicópteros estacionados nas 800 bases militares que os EUA têm no estrangeiro; e, se necessário, vai monetarizar tudo o que estiver à vista. A sua última realização será a destruição hiperinflacionária da moeda americana, e das suas cinzas renascerá a próxima moeda de reserva do mundo: a relíquia bárbara chamada ouro.
[1] Novo presidente do banco central dos EUA, sucessor de Greenspan. Bernanke proclamou a sua disposição de imprimir e lançar a partir de um helicóptero todo o dinheiro que venha a ser necessário.
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