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Caldeirão da Bolsa

Amorim só abre casino de Tróia se tiver redução de impostos

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por katanga » 26/4/2009 12:55

Os impostos sobre o jogo são altíssimos. Rondam os 60% entre directos e indirectos. Eu tenho dificuldade em classificar estes números como impostos. Prefiro chamar-lhes roubo.

Faz todo o sentido, não sendo ainda Troia um destino turístico forte e de jogo,que haja muita cautela na parte fiscal. Até porque há a certeza de que as receitas serão hoje menores do que quando este projecto foi lançado. A realidade económica é hoje diferente e para pior.

Um casino é sempre um investimento que cria postos de trabalho, normalmente bem remunerados. Parte dos elevados impostos tem uma forte componente assistencial.

Quanto a Américo Amorim ter despedido trabalhadores numa das suas empresas, pode ter sido a atitude correcta se ele achar que assim salva a empresa ou a põe mais competitiva. Não estou à espera que a empresa vá à falência para então vir tudo para a rua.
 
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por DuarteTB » 26/4/2009 12:09

rmachado Escreveu:Bem, se no Casino ele der emprego aos trabalhadores que parece que ia dispensar, pois então que se apoie.
Agora dar benesses nos impostos só para "tornar" o casino num negócio rentável, não.

A questão está a ser inquinada, não é por ele ser rico que se deve prejudicar, mas tb não deve ser por ele ser rico que se deve beneficiar.

Se lhe derem a abébia têm de dar a todos os casinos...



Mas a questão é essa, se ele não receber essas benesses não há casino pra ninguem, porque o mesmo não é rentavel. Eu não sei até que ponto o senhor Amorim é filantrópico mas duvido que o seija ao ponto de abrir um casino que não ganhe dinheiro, só para criar meia duzia de postos de trabalho.

Um abraço
 
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por EuroVerde » 26/4/2009 0:30

é o que é...
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Casino vs. Benefícios fiscais

por Razao_Pura » 12/3/2009 16:24

Bem, então nesse caso, ou o Governo baixa imediatamente o IRS ou eu deixo de trabalhar e vou para o rendimento mínimo. Toma lá que é democrático!

Disclaimer: qualquer semelhança com esta ou outras afirmação semelhantes e uma tentativa de chantagear o Governo de forma a nos permitir pagar menos impostos com um negócio da treta é mera coincidência.

P.S. Eu sugiro ao Sr. eng. Sócrates que pergunte ao Sr. Staley Ho se está interessado na concessão do Casino de Troia "as it is".

R.P.
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por rmachado » 12/3/2009 15:24

Bem, se no Casino ele der emprego aos trabalhadores que parece que ia dispensar, pois então que se apoie.
Agora dar benesses nos impostos só para "tornar" o casino num negócio rentável, não.

A questão está a ser inquinada, não é por ele ser rico que se deve prejudicar, mas tb não deve ser por ele ser rico que se deve beneficiar.

Se lhe derem a abébia têm de dar a todos os casinos...
 
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por pedrom » 12/3/2009 10:06

Açor3 Escreveu:Forbes
Amorim é o português mais rico do mundo e Belmiro sai da lista
Américo Amorim é o português mais rico do mundo, segundo a revista "Forbes", que divulgou hoje a sua lista das 793 pessoas mais abastadas do planeta. A grande surpresa foi a saída de Belmiro de Azevedo do ranking dos milionários.

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Carla Pedro
cpedro@negocios.pt


Américo Amorim é o português mais rico do mundo, segundo a revista “Forbes”, que divulgou hoje a sua lista das 793 pessoas mais abastadas do planeta. A grande surpresa foi a saída de Belmiro de Azevedo do “ranking” dos milionários.

No ano passado, Belmiro de Azevedo, que constava desde 2004 da lista da “Forbes” (era o único português na lista), caiu para o segundo lugar entre os portugueses mais ricos do mundo, com Amorim a entrar directamente na classificação para a 132ª posição.

Este ano, o “rei da cortiça”, conforme aquela revista apelidou Amorim em 2008, ocupa o 183º lugar do “ranking” dos milionários, com uma fortuna avaliada em 3,3 mil milhões de dólares, quando no ano passado estava cifrada em 7 mil milhões de dólares.

Em 2008, a lista integrava mais três portugueses: Belmiro de Azevedo, Joe Berardo e Horácio Roque, por ordem de riqueza. Na lista de 2009, só há mais um português: Joe Berardo, de 64 anos, com uma fortuna avaliada em mil milhões de dólares, partilha a 701ª posição com mais milionários que estão naquela fasquia.

Quer isto dizer que neste momento a fortuna de Belmiro de Azevedo vale menos de mil milhões de dólares.

Com 74 anos, Américo Amorim investe também no turismo, imobiliário, e sector financeiro.

A presença de quatro portugueses na classificação de 2008 foi em grande parte explicada pelo investimento na bolsa e pelo retorno obtido. Com o agravar da crise e as perdas nos mercados accionistas, será uma vez mais a bolsa que explica o resultado deste ano, desta vez com os cifrões mais pobres.

A má “performance” da Galp, por exemplo, tem sido responsável pelo “empobrecimento” de Amorim, que conta com uma participação de 33,34% na petrolífera.
JN


Coitado do belmiro enganaram-se a contar-lhe o dinheiro!!!! Brevemente estão a dizer que ele anda a passar fome e depois lá vem a noticia que os ricos já passam fome!!!
De que vale a pena correr quando estamos na estrada errada?
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por Açor3 » 12/3/2009 9:12

Forbes
Amorim é o português mais rico do mundo e Belmiro sai da lista
Américo Amorim é o português mais rico do mundo, segundo a revista "Forbes", que divulgou hoje a sua lista das 793 pessoas mais abastadas do planeta. A grande surpresa foi a saída de Belmiro de Azevedo do ranking dos milionários.

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Américo Amorim é o português mais rico do mundo, segundo a revista “Forbes”, que divulgou hoje a sua lista das 793 pessoas mais abastadas do planeta. A grande surpresa foi a saída de Belmiro de Azevedo do “ranking” dos milionários.

No ano passado, Belmiro de Azevedo, que constava desde 2004 da lista da “Forbes” (era o único português na lista), caiu para o segundo lugar entre os portugueses mais ricos do mundo, com Amorim a entrar directamente na classificação para a 132ª posição.

Este ano, o “rei da cortiça”, conforme aquela revista apelidou Amorim em 2008, ocupa o 183º lugar do “ranking” dos milionários, com uma fortuna avaliada em 3,3 mil milhões de dólares, quando no ano passado estava cifrada em 7 mil milhões de dólares.

Em 2008, a lista integrava mais três portugueses: Belmiro de Azevedo, Joe Berardo e Horácio Roque, por ordem de riqueza. Na lista de 2009, só há mais um português: Joe Berardo, de 64 anos, com uma fortuna avaliada em mil milhões de dólares, partilha a 701ª posição com mais milionários que estão naquela fasquia.

Quer isto dizer que neste momento a fortuna de Belmiro de Azevedo vale menos de mil milhões de dólares.

Com 74 anos, Américo Amorim investe também no turismo, imobiliário, e sector financeiro.

A presença de quatro portugueses na classificação de 2008 foi em grande parte explicada pelo investimento na bolsa e pelo retorno obtido. Com o agravar da crise e as perdas nos mercados accionistas, será uma vez mais a bolsa que explica o resultado deste ano, desta vez com os cifrões mais pobres.

A má “performance” da Galp, por exemplo, tem sido responsável pelo “empobrecimento” de Amorim, que conta com uma participação de 33,34% na petrolífera.
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Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
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por Adrox » 11/9/2008 14:30

Afinal muitos pequenos não fazem mais que um grande?

Não.

Só para dar uns dados: Cerca de 99.9 das empresas portugesas são PME.

Mas essas 99.9 só contribuem para 70% da riqueza produzida pelas empresas, enquanto que os outros 0.01% contribuem 30% (Se quiserem ponho aqui os dados).

Para mim um dos problemas de Portugla é mesmo o das PME's serem uns santos sagrados, quando toda agente sabe que o que contribui para a riqueza de um pais são as empresas grandes.. (Exportação, etc, etc...).

Devia-se era apoiar as PME's a tornarem-se grandes empresas, e não esta treta, ai coitadinhas das PME's é que são o nucleo da economia portuguesa, e as PME's é que sao imprescendiveis para Portugal. Tretas.
Caça ao voto, se apelarmos às PME ganhamos o voto dos donos e dos 3 ou 4 empregados, de 99.9% das empresas.
Se apelarem às grandes, os funcionários querem lá saber da empresa onde trabalham ter vantagens...


Cumprimentos.
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por jlncc » 11/9/2008 4:49

Este é um tema que tenho que meditar um pouco mais, mas salvo novos argumentos me convençam do contrário acho que não se deve cair em climas de excepção!

Afinal, se o estado abrir excepções para os pequenos investidores estes também irão criar novos empregos e valor. Porque é que os grandes têm direito a a certas regalias e os pequenos investidores não? Afinal muitos pequenos não fazem mais que um grande?


Acho que são estas excepções que permitem que haja pouco credibilidade no governo portugues. Porque estas situações cinzentas até podem ser boas a curto prazo, mas estou convencido que a longo prazo são prejudiciais...
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por Resina » 11/9/2008 2:56

Concordo com o MarcoAntonio, nao vejo o mal na riqueza gerada, até porque quem ganha muito, também desconta muito e ao efectuar os descontos gera imposto para o estado e riqueza para o país! Gera postos de trabalho, logo o povo vive melhor, vejo sim, o mal quando está é gerada a custa da pobreza e da exploração!
Se o estado reduz os impostos com a finalidade deste criar postos de trabalho e com isto criar riqueza, tudo bem!
Até porque um casino, 50% das receita é pasa o estado!
Se não podes vencê-los, o melhor mesmo é juntares-te a eles!
Porquê ir contra o mercado? Perdemos sempre!
És fraco, junta-te aos fortes!
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por bolo » 10/9/2008 20:45

BASICAMENTE, a tendência para a grande PIRATARIA e a tomada de assalto é uma característica intrinseca do ser humano (estou a falar bem?), mas é preciso ter calma!

O tempo em que se sobrevivia à estalada e à cacetada já lá vai, ou melhor, tem tendência a lá ir!

Seria interessante, um Estado verdadeiro e justo. (A ficção científica é também uma área que domino com mestria!)
Acabei de me auto-promover a Principiante!
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por Martins_Braz » 10/9/2008 20:44

bolo Escreveu:Antes disso o mais importante seria repensar o papel dos partidos


Concordo plenamente. Mas não te esqueças que para isso é preciso que os partidos queiram repensar o seu próprio partido.

Faz-me lembrar a lei de responsabilidade civil extracontratual do Estado e demais entidades públicas que esteve em discussão na Assembleia mais de 20 anos... porque iria implicar um aumento das indemnizações e consequentemente iria condenar, ainda mais, o Estado no seu défice.

Ou a lei dos partidos... ou ainda a lei dos círculos uninominais...

enfim, como quem decide é quem lá está e quem lá está, está bem como está, dificilmente alguma coisa mudará pela iniciativa dos partidos existentes.

Ou passa a existir outro grande partido (feito do "povo" e não de dissidentes partidários), ou então só nos resta recorrer a um novo 25 de Abril (agora sem tanques e fragatas)
:roll:
 
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por bolo » 10/9/2008 20:37

Falava na privatização da gestão do Estado de uma forma figurada, referindo-me ao facto de o Estado ser uma empresa e de que quanto mais a sua gestão for efectuada com as ferramentas e métodos comuns às empresas privadas melhor para todos nós!

Não estava para já a defender essa ideia. Antes disso o mais importante seria repensar o papel dos partidos e a forma como eles podem liquidar a gestão do Estado. É como se o Estado fosse uma fortaleza comum conmstantemente vítima das incursões, asslatos e tomada de poder pelos partidos piratas!

Mais uma vez, e de forma figurada, é assim que vejo a forma como nos organizamos em sociedade, ou melhor, a forma como nos deixamos organizar1
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Re: Amorim só abre casino de Tróia se tiver redução de impos

por Martins_Braz » 10/9/2008 20:37

bolo Escreveu:Eu pago e não bufo e são 37% do dinheiro que o meu patrão diz que me paga.


Se pagas 37% é porque tens um rendimento elevado (presumo que estejas a falar de IRS). :mrgreen:

agora imagina que recebes um aumento a dobrar, porque passas a trabalhar a dobrar ( :roll:, pronto o dia passa a ter 30h :wink: ). Achas que é justo passares a pagar 74% de imposto.

Visto de outra perspectiva:

O teu ordenado (fiquemos por aqui) anual actual: 10.000 euros
os teus 37% de hoje equivalem a 3.700 euros de imposto;
com esse aumento - para 20.000 - , os 37% passam a valer 7.400 euros de imposto;

Até aqui, perfeitamente justo, na medida em que os "mais ricos" (se bem que aqui não se veja quem trabalha mais ou menos) contribuem mais, em valor absoluto, do que os mais pobres.

Agora, o que o Estado te diz é que passas a pagar o dobro da percentagem de imposto (74%) porque subiste de escalão.
E então passas a pagar 74% de 20.000 euros (ordenado anual com o aumento), o que dá 14.800 euros.

Pergunto: ainda que estas percentagens estejam completamente erradas, se bem que também QUASE ninguém duplica ordenados, pensavas em aceitar o dobro do trabalho para ires pagar, não o dobro do imposto, mas sim QUATRO vezes mais?

Compreendes? Trabalhas a dobrar, ganhas a dobrar. Agora podes é pagar o imposto a dobrar ou podes pagar a quadruplicar.


P.S.:Claro que estas taxas de que aqui falei são meramente indicativas do raciocínio.
 
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por MarcoAntonio » 10/9/2008 20:26

Sim, Bolo.

Mas aí estamos a discutir outra questão: a ineficiência do estado e onde é que o dinheiro vai estar melhor.

Mas, antes de resolvermos essa questão (algo que só se resolve a prazo, quando se resolve) temos um problema mais premente: o estado no imediato quer determinadas receitas e vai obtê-las de qualquer forma.

Para descontar a um, tem de penalizar (ou deixar de descontar) noutro.

Seja através da subida do IVA, da actualização do ISP, da introdução de uma taxa moderadora aqui, da introdução de um pagamento especial por conta acolá... o estado vai ter de ir buscar as receitas a qualquer lado para no imediato cobrir o orçamento.

A longo-prazo pode-se ainda lutar para melhorar a eficácia do Estado ou privatizar ou semi-privatizar sectores ou serviços, etc. Mas essa já é outra questão...
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por Martins_Braz » 10/9/2008 20:24

MarcoAntonio Escreveu:Pois se ele paga milhões em impostos é porque tem milhões em lucro. Ora, os recursos financeiros são limitados e para "um rico" deixar de pagar na mesma proporção, aqueles que menos têm terão de compensar e pagar numa proporção maior...


Mas é que o rico já paga numa proporção maior do que o pobre. Não é questão do rico pagar 10% de 100000 e o pobre pagar 10% de 100, mas sim o rico pagar 40% de 100000 e o pobre pagar 10% de 100.

Não é só questão de não pagarmos todos o mesmo (para isso ainda consigo encontrar sentido, apesar de todos beneficiarmos do mesmo - benefício de cidadania) mas sim de uns pagarem mais proporcionalmente em comparação com os outros.

E penso que o Estado fica a perder com isso.

Vou tentar explicar:

Se estou a ser tributado no escalão 1, apresento todos os meus rendimentos porque sou tributado a 20% . Mas se, ao apresentar todos os meus rendimentos, verificar que vou passar para o escalão 3 ou 4 e por isso terei de pagar 50% dos meus rendimentos, então passo a declarar apenas os rendimentos que me permitem ficar no escalão 1.

Se, pelo contrário, independentemente dos meus rendimentos, ficasse sempre no mesmo escalão de todos (20%) então declararia todos os rendimentos auferidos, ainda que pudesse passar a pagar 1000 ou 2000 euros a mais de imposto, em comparação com anos anteriores - porque neste caso passei a pagar mais de imposto, em termos absoluto, mas sinto-o igualmente proporcional aos anos anteriores.

Nisto sinto que, esta sim, seria uma boa medida de combate à fraude fiscal e ao "fintar" da lei fiscal, indo receber rendimentos por Espanha e etc...


Quanto ao Amorim, não estou necessariamente de acordo ou em desacordo sobre os benefícios fiscais que possa auferir. Se for para trazer riqueza para o país, nomeadamente por levar jogadores estrangeiros a cá deixar umas coroas, então força. Se assim não for provavelmente vai aqui ao lado abrir o mesmo casino e então quem ganha essa tributação (ainda que diminuta) será o Estado hermano e não o nosso.
P.S.: Estes dados não são, obviamente, concretos. Pretendem apenas demonstrar a (des)proporção de que falava.
 
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por bolo » 10/9/2008 20:20

O Estado é a maior empresa portuguesa. Só isso, diz muito da exigência que é gerir um país e das ferramentas que o Estado têm que possuir para que a sua gestão não seja um desastre. Provavelmente, se se privatiza-se a gestão do Estado (nsem sei bem o que estou a dizer, vejam lá!!!) muita coisa interessante aconteceria.

Hoje estive à conversa, quer dizer, o melhor é dizer que ouvi de um desconhecido num café falar sobre a sua experiência de grande cliente directo dos serviço de Cãmaras Municipais!

Bem, se numa empresa privada, se passassem metade das coisas que se ouvem dizer (metade é muito, vá lá 1/5), certamente essa empresa tinha os dias contados! E não é um caso único, basta ouvir os desconhecidos num café ao calhas!

É perturbador! E depois queixamo-nos da OCDE que só diz mal de nós. Nada disso, a diferença entre o que gostávamos que fosse um razoável Portugal, para não exigir muito, e a realidade de Portugal, profundo ou não, é muito mas muito grande.

E é esse Portugal que temos que compreender, feitos de todos nós que fazemos parte dele. Não vale a pena pensarmos em grandes pefeições ou chamar a Alice dos Países.

E em caso de dúvida a realidade mostra-nos o melhor que conseguimos fazer.

Acho que não vale a pena entrar em indignações excessivas a não ser que seja para REFLECTIR o que podemos fazer para mudar um pouco as coisas. Mas pensar em soluções! É que já que estamos a falar que se fale em soluções e não aquele diálogo ensurdecedor da impotência.

Não me refiro a nenhuma opinião em especial, antes pelo contrário, insito à conversa sobre as soluções, sobretudo as mais abrangentes, as soluções das soluções!
Editado pela última vez por bolo em 10/9/2008 20:27, num total de 1 vez.
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por MarcoAntonio » 10/9/2008 19:54

Eu não tenho nada contra o enriquecimento dos ricos, per si. Tenho contra o enriquecimento dos ricos à custa do empobrecimento dos pobres (ou menos ricos). Sinceramente não gosto dos exemplos do Martins Bras e da forma como ele colocou a questão...


Um "rico" não tem de ter desconto de impostos "por quantidade". Apenas porque paga milhões de impostos. Socialmente não faz sentido, se visto desta forma simplista!



Pois se ele paga milhões em impostos é porque tem milhões em lucro. Ora, os recursos financeiros são limitados e para "um rico" deixar de pagar na mesma proporção, aqueles que menos têm terão de compensar e pagar numa proporção maior...

Isolado de qualquer outro factor isto é grosseiramente injusto e socialmente penalizador. Contribui para o enriquecimento de poucos e o empobrecimento de muitos. Contribui para o aumento da distância entre ricos e pobres e como digo, socialmente não faz sentido nenhum.


Contudo, até podem existir circunstâncias que façam com que faça sentido falar-se em desconto de impostos: quando o enriquecimento de alguém está indirectamente a criar riqueza a outros também. Isto não acontece sempre porque nem todo o enriquecimento tem a mesma função social...

Mas há de facto enriquecimento que promove avanço: promove emprego e ao promover emprego promove indirectamente o enriquecimento de outros e portanto promove o bem estar e a melhoria da qualidade de vida de todos em geral.


Agora, tem de haver uma análise crítica e cuidada do que é útil para o país, o que é benéfico para os cidadãos em geral. Se algo vai promover a melhoria das condições gerais de vida então o enriquecimento de A ou B nesse caso não deve ser visto numa perspectiva negativa e até pode fazer sentido falar em benefícios fiscais.

Enfim, pode fazer por exemplo sentido promover benefícios fiscais para atrair o investimento estrangeiro, para atrair o investimento de empresas nacionais em determinados sectores, para se modernizarem e tornarem mais competitivas, para terem capacidade para exportar, etc, etc.

Mas tem de ser feito "com utilidade", "com finalidade". E não apenas tipo desconto de quantidade...

Ah e tal eu já pago muito, agora quero um descontinho!

Para o que ganha muito ter um descontinho só porque sim, os outros que descontam pouco porque pouco ganham e pouco têm... passam a descontar mais.


Ninguém está proibido de enriquecer e em termos gerais a possibilidade de alguém enriquecer é o que o faz o mundo avançar. Aqui a questão está em "como se enriquece". Se há custa do avanço social ou se à custa do prejuízo de terceiros!
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
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Re: Amorim só abre casino de Tróia se tiver redução de impos

por bolo » 10/9/2008 19:53

Martins_Braz Escreveu:Então o mais rico não pode ficar mais rico ainda? É uma espécie de proibição?? :roll:



Espero que não. Sinceramente, cada um faz o quiser da sua riqueza. O que podemos estar aqui a discutir é se a carga fiscal é proporcional para todos tendo em conta a sua actividade e a sua contribuição para o bem comum. Eu pago e não bufo e são 37% do dinheiro que o meu patrão diz que me paga. Por isso, quando lemos estas notícias, pensamos: e então eu não?!
É legítimo essa pergunta, uma vez que temos direito a estar esclarecidos. Não somos máquinas escravizadas. Ainda temos boné!
Editado pela última vez por bolo em 10/9/2008 19:56, num total de 1 vez.
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Re: Amorim só abre casino de Tróia se tiver redução de impos

por Martins_Braz » 10/9/2008 19:33

limpaesgotos Escreveu:
Martins_Braz Escreveu:

(...)

Pois, Portugal tem de preocupar mais em tentar aumentar n.º de ricos do que a tentar fazer baixar.

(...)



Neste caso não se trata de aumentar o nº de ricos, mas sim aumentar mais a riqueza do mais rico de Portugal.

Com o casino pode acontecer é o contrario, aumentar o nº de pobres ...


Então o mais rico não pode ficar mais rico ainda? É uma espécie de proibição?? :roll:

E como é que o casino aumenta o n.º de pobres? Também a bolsa dos incautos o pode fazer. Já somos todos crescidinhos para saber o que fazemos :shock:


Olha, eu não vou lá, da mesma forma que não jogo no totoloto, lotaria, euromilhões, etc, etc. Nem nunca entrei num bingo... por isso, a mim não me preocupa.
 
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Re: Amorim só abre casino de Tróia se tiver redução de impos

por limpaesgotos » 10/9/2008 18:44

Martins_Braz Escreveu:

(...)

Pois, Portugal tem de preocupar mais em tentar aumentar n.º de ricos do que a tentar fazer baixar.

(...)



Neste caso não se trata de aumentar o nº de ricos, mas sim aumentar mais a riqueza do mais rico de Portugal.

Com o casino pode acontecer é o contrario, aumentar o nº de pobres ...
Cumprimentos.


" Existem pessoas tão sumamente pobres que só têm dinheiro "
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Re: Amorim só abre casino de Tróia se tiver redução de impos

por Bocciardi » 10/9/2008 15:13

Martins_Braz Escreveu:
pedrom Escreveu:
limpaesgotos Escreveu:E é assim que se consegue ser o mais rico de Portugal.

O estado que se preocupe sim, em reduzir os impostos de quem trabalha os mesmos que praticamente já não usufruem de nada do estado...
Educação, tem de se pagar, saude, tem de se pagar, andar numa estrada, tem de se pagar, casa, paga-se impostos a construi-la e depois tem de se pagar uma renda todos anos ao estado, etc, etc


http://www.jornaldenegocios.pt/index.ph ... &id=330568
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Ana Torres Pereira
atp@mediafin.pt


A Amorim Turismo recusa-se a abrir o casino em Tróia se não conseguir garantir a redução do imposto sobre o jogo. O grupo, parceiro da Sonae na região, argumenta que Tróia ainda "não é um destino turístico" implementado e que a rentabilidade do projecto do casino depende desta alteração fiscal.

"Nunca irei abrir o casino enquanto este assunto não estiver resolvido e ainda não está" afirmou Jorge Armindo, presidente da Amorim Turismo, ao Negócios, apesar de já ter anunciado que irá inaugurar o Tróia Design Hotel em Janeiro próximo.

Os grupos Sonae e Amorim celebraram um acordo de parceria no âmbito do Troiaresort, através do qual a Sonae Turismo transmitiu à Grano Salis. Esta empresa, enquanto sociedade concessionária de exploração de jogo em Tróia, é responsável pelo desenvolvimento de um hotel de cinco estrelas, de um centro de congressos e de um casino, que constituem projectos âncora do Troiaresort.



E eu vou escrever uma carta ao governo que ou me reduz os impostos ou....... ou continuo a trabalhar como sempre fiz!!!!!


Existe uma pequena diferença...

O Amorim também paga portagens, hospitais, educação para os filhos, etc, etc, etc. E Eu como os colegas de forum gastamos tanto do Estado como o Sr. Amorim. A diferença é que eu pago alguns milhares de euros, a título de imposto no final de cada ano. Já o Sr. Amorim paga uns milhões a mais.

Ora, se ele paga mais do que Eu deveria ter mais benefícios do Estado do que Eu. Mas a verdade é que não tem...

Pois, Portugal tem de preocupar mais em tentar aumentar n.º de ricos do que a tentar fazer baixar.

P.S.: Não quer isto dizer que esteja contra o direito dos trabalhadores ou da classe médias. Apenas postei no sentido de ir contra a lógica do "os ricos são todos uns malandros".


Caro Martins,

Aumentar o número de ricos não significa aumentar mais a riqueza do (considerado) homem mais rico em Portugal...

Pois ele faz o trabalho dele que é lobbing, mando umas palavras ao ar e talvez cole... É óbvio que de malandro o Sr. Amorim não tem nada, como dá para ver, faz o trabalho dele muito bem feito até!!!

Bons trades a todos
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Re: Amorim só abre casino de Tróia se tiver redução de impos

por Martins_Braz » 10/9/2008 15:08

pedrom Escreveu:
limpaesgotos Escreveu:E é assim que se consegue ser o mais rico de Portugal.

O estado que se preocupe sim, em reduzir os impostos de quem trabalha os mesmos que praticamente já não usufruem de nada do estado...
Educação, tem de se pagar, saude, tem de se pagar, andar numa estrada, tem de se pagar, casa, paga-se impostos a construi-la e depois tem de se pagar uma renda todos anos ao estado, etc, etc


http://www.jornaldenegocios.pt/index.ph ... &id=330568
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Ana Torres Pereira
atp@mediafin.pt


A Amorim Turismo recusa-se a abrir o casino em Tróia se não conseguir garantir a redução do imposto sobre o jogo. O grupo, parceiro da Sonae na região, argumenta que Tróia ainda "não é um destino turístico" implementado e que a rentabilidade do projecto do casino depende desta alteração fiscal.

"Nunca irei abrir o casino enquanto este assunto não estiver resolvido e ainda não está" afirmou Jorge Armindo, presidente da Amorim Turismo, ao Negócios, apesar de já ter anunciado que irá inaugurar o Tróia Design Hotel em Janeiro próximo.

Os grupos Sonae e Amorim celebraram um acordo de parceria no âmbito do Troiaresort, através do qual a Sonae Turismo transmitiu à Grano Salis. Esta empresa, enquanto sociedade concessionária de exploração de jogo em Tróia, é responsável pelo desenvolvimento de um hotel de cinco estrelas, de um centro de congressos e de um casino, que constituem projectos âncora do Troiaresort.



E eu vou escrever uma carta ao governo que ou me reduz os impostos ou....... ou continuo a trabalhar como sempre fiz!!!!!


Existe uma pequena diferença...

O Amorim também paga portagens, hospitais, educação para os filhos, etc, etc, etc. E Eu como os colegas de forum gastamos tanto do Estado como o Sr. Amorim. A diferença é que eu pago alguns milhares de euros, a título de imposto no final de cada ano. Já o Sr. Amorim paga uns milhões a mais.

Ora, se ele paga mais do que Eu deveria ter mais benefícios do Estado do que Eu. Mas a verdade é que não tem...

Pois, Portugal tem de preocupar mais em tentar aumentar n.º de ricos do que a tentar fazer baixar.

P.S.: Não quer isto dizer que esteja contra o direito dos trabalhadores ou da classe médias. Apenas postei no sentido de ir contra a lógica do "os ricos são todos uns malandros".
 
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depois do Casino de Lisboa

por ocart » 10/9/2008 13:28

tudo é possivel. O que é contrário ao desenvolvimento á o Estado demorar Anos para aprovar um projecto!!!!
 
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Re: Amorim só abre casino de Tróia se tiver redução de impos

por pedrom » 10/9/2008 10:01

limpaesgotos Escreveu:E é assim que se consegue ser o mais rico de Portugal.

O estado que se preocupe sim, em reduzir os impostos de quem trabalha os mesmos que praticamente já não usufruem de nada do estado...
Educação, tem de se pagar, saude, tem de se pagar, andar numa estrada, tem de se pagar, casa, paga-se impostos a construi-la e depois tem de se pagar uma renda todos anos ao estado, etc, etc


http://www.jornaldenegocios.pt/index.ph ... &id=330568
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A Amorim Turismo recusa-se a abrir o casino em Tróia se não conseguir garantir a redução do imposto sobre o jogo. O grupo, parceiro da Sonae na região, argumenta que Tróia ainda "não é um destino turístico" implementado e que a rentabilidade do projecto do casino depende desta alteração fiscal.

"Nunca irei abrir o casino enquanto este assunto não estiver resolvido e ainda não está" afirmou Jorge Armindo, presidente da Amorim Turismo, ao Negócios, apesar de já ter anunciado que irá inaugurar o Tróia Design Hotel em Janeiro próximo.

Os grupos Sonae e Amorim celebraram um acordo de parceria no âmbito do Troiaresort, através do qual a Sonae Turismo transmitiu à Grano Salis. Esta empresa, enquanto sociedade concessionária de exploração de jogo em Tróia, é responsável pelo desenvolvimento de um hotel de cinco estrelas, de um centro de congressos e de um casino, que constituem projectos âncora do Troiaresort.



E eu vou escrever uma carta ao governo que ou me reduz os impostos ou....... ou continuo a trabalhar como sempre fiz!!!!!
De que vale a pena correr quando estamos na estrada errada?
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