GALP/combustiveis - Desmontando o mito (analise semanal)
barnabe447 Escreveu:A administração da GALP tem a postura errada.. ditatorial. Isso representa uma mau serviço para os accionistas. Com este comportamento e com os média a ajudar, a GALP sofrerá perdas de receitas significativas. Isso também será evidente.
A GALP nunca agradará às pessoas, portanto nem vale a pena tentar.
Quando os combustíveis subiam, as pessoas protestavam porque o Gasóleo subia mais. Quando os combustíveis desceram, as pessoas protestaram porque a gasolina desceu de menos. As pessoas (de uma forma geral) centram-se sempre naquilo que não lhes agrada. E com os combustíveis a estes preços (devido ao crude e aos impostos) haverá sempre algo em que se concentrem para protestar...
São incapazes de efectuar uma análise objectiva e como bem dizes, os média ajudam à festa prestando informação de qualidade muito baixa. Para não dizer que pura e simplesmente desinformam muitas vezes!
Portanto, este processo de ódio contra a GALP existirá sempre...
O que sugeres então? Que a GALP sacrifique os preços para desagradar um bocadinho menos? Mas, se referes que perde receitas pelo desagrado que provoca, exactamente o que aconteceria às receitas se sacrificasse nos preços?
Eu concluo que perderia o mesmo ou mesmo mais.
Outro aspecto em que as pessoas parecem não pensar minimamente é no real interesse em ter uma GALP "pobre". Exactamente qual é o interesse?
Que venha uma grande petrolífera internacional "opar" a GALP e tomar conta do mercado nacional, comprando por tuta e meia a empresa dominante do nosso mercado? Passarmos portanto depois a ter uma "galp estrangeira" e continuarmos a pagar o mesmo ou até mais e para uma multinacional estrangeira em vez de uma nacional?
Enfim, nesta matéria claramente as pessoas falam mais com o coração do que com a cabeça.
As pessoas deviam estar felizes por a Galp ser nacional e ter o domínio do mercado e não uma empresa estrangeira. E por termos preços em linha (antes dos impostos) com o resto da Europa e até mais baratos do que os de Espanha.
Como já disse e mostrei, a GALP vende os combustíveis mais baratos em Portugal do que em Espanha. Quanto aos impostos, não são da sua responsabilidade mas dos (sucessivos) Governos.
E as pessoas, pensam nisto? Claro que não. Pensam apenas que pagam muito pelos combustíveis e ficam chateados...
E o que vai fazer a GALP? Mover-se em função disso ou mover-se em função de uma lógica económico-empresarial? Para agradar ao "povinho" vai deixar-se ir ao chão e ser engolida por tuta e meia por uma empresa maior?
A mim o "não" parece-me francamente óbvio.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.

http://www.agenciafinanceira.iol.pt/not ... &id=987118
Face à descida do preço do petróleo
Combustíveis deveriam baixar entre 8 a 12 cêntimos
2008/09/02 16:17Sónia Peres Pinto
ANAREC não abre mão da redução do ISP
Os preços dos combustíveis deveriam sofrer uma redução entre 8 e 12 cêntimos, no caso da gasolina 95 e do gasóleo, respectivamente. Isto, porque os valores a cobrar deviam ser iguais aos praticados em Janeiro, defende o presidente da Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis (Anarec), Augusto Cymbron em declarações à Agência Financeira (AF).
Esta é a resposta do responsável à descida do preço do petróleo, que se encontra neste momento a cotar em mínimos de 5 meses nos 106 dólares por barril.
A Agência Financeira fez as contas e mantendo este valor o preço do crude, se a gasolina 95 valia em Janeiro 1,38 euros o litro e agora vale 1,46 euros, então as petrolíferas deveriam baixar 8 cêntimos por litro. Já o gasóleo custava 1,20 euros e neste momento custa 1,32 euros, então as companhias deverão levar a cabo uma redução de 12 cêntimos.
«As companhias têm de fazer uma outra correcção nos preços e aplicar os valores do início deste ano, altura que o preço do petróleo era semelhante ao de agora», alerta.
Reduzir ISP
Uma outra reivindicação da Anarec, já antiga mas que se mantém em cima da mesa, é a redução do imposto sobre produtos petrolíferos (ISP).
Esta é a solução, no entender de Augusto Cymbron, «para recuperarmos todo o combustível que temos vindo a perder desde 2005, para Espanha».
«As empresas e consumidores abastecem em Espanha e os turistas já sabem que é proibido abastecer em Portugal», conclui.
Cumprimentos.
" Existem pessoas tão sumamente pobres que só têm dinheiro "
" Existem pessoas tão sumamente pobres que só têm dinheiro "
Do ponto de vista económico-financeiro o teu estudo é inatacável e demonstra que efectivamente seguem o mercado.
Chamo a atenção é para o desgaste da marca GALP. É sempre a GALP que faz as manchetes, normalmente pelas subidas. Ao mesmo tempo os noticiários falam da queda livre do preço do crude..
Talvez por ser uma empresa portuguesa, com uma administração "politizada" ainda atraí mais ódios que as distantes multinacionais.
A administração da GALP tem a postura errada.. ditatorial. Isso representa uma mau serviço para os accionistas. Com este comportamento e com os média a ajudar, a GALP sofrerá perdas de receitas significativas. Isso também será evidente.
Chamo a atenção é para o desgaste da marca GALP. É sempre a GALP que faz as manchetes, normalmente pelas subidas. Ao mesmo tempo os noticiários falam da queda livre do preço do crude..
Talvez por ser uma empresa portuguesa, com uma administração "politizada" ainda atraí mais ódios que as distantes multinacionais.
A administração da GALP tem a postura errada.. ditatorial. Isso representa uma mau serviço para os accionistas. Com este comportamento e com os média a ajudar, a GALP sofrerá perdas de receitas significativas. Isso também será evidente.
barnabé
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um "remador da república"
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Aqui fica o link da notícia:
http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Econom ... _id=975741
A GALP primeiro e as outras depois. E foi uma das principais baixas. E já tem ocorrido mais vezes. Há ainda casos onde só baixa uma com a GALP e a terceira baixa depois, isto é, a GALP tem sido sistematicamente a primeira das 3 grandes a baixar.
Tem a posição dominante do mercado e além disso é a refinadora. É natural que seja a primeira a reflectir as actualizações, quer para cima quer para baixo...
O que não fazia sentido nenhum era acontecer o contrário. E mais, só ia resultar em maiores protestos (se fosse feito nos dois sentidos). Ou então a GALP andaria a dar uma de Santa Casa da Mesericórdia sistematicamente só para "não chatear as pessoas".
Que ficam sempre chateadas, seja lá de que forma for, como está bom de ver.
http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Econom ... _id=975741
A Resol e a BP seguiram o exemplo da Galp e baixaram os preços dos combustíveis. Uma medida que arrancou a partir da meia-noite.
Na BP o gasóleo está mais barato dois cêntimos por litro e a gasolina desceu um cêntimo.
Na Repsol, o gasóleo baixou 2,5 cêntimos e a gasolina meio cêntimo. A mesma baixa de combustíveis que na terça-feira a Galp tinha decidido.
As opiniões dividem-se. Alguns analistas consideram que o petróleo vai voltar a subir depois do Verão, passado o efeito de uma menor procura do combustível.
Outros especialistas consideram que o preço do petróleo vai continuar a descer ao longo dos próximos meses e até no próximo ano.
Esta quarta-feira a cotação do barril de Brent, de referência em Portugal, para entrega em Setembro, abriu a 117,25 dólares no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, 0,45 dólares menos do que no encerramento de terça-feira.
A GALP primeiro e as outras depois. E foi uma das principais baixas. E já tem ocorrido mais vezes. Há ainda casos onde só baixa uma com a GALP e a terceira baixa depois, isto é, a GALP tem sido sistematicamente a primeira das 3 grandes a baixar.
Tem a posição dominante do mercado e além disso é a refinadora. É natural que seja a primeira a reflectir as actualizações, quer para cima quer para baixo...
O que não fazia sentido nenhum era acontecer o contrário. E mais, só ia resultar em maiores protestos (se fosse feito nos dois sentidos). Ou então a GALP andaria a dar uma de Santa Casa da Mesericórdia sistematicamente só para "não chatear as pessoas".
Que ficam sempre chateadas, seja lá de que forma for, como está bom de ver.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
barnabe447 Escreveu:Acho uma idiotice a GALP ser sempre a primeira a iniciar os aumentos.
E a primeira a descer, como ainda ocorreu nas semanas anteriores. Aliás houve uma semana em que isso foi bem evidente onde uma das principais baixas foi anunciada pela GALP num dia e só no dia seguinte pela REPSOL e BP...
barnabe447 Escreveu:PS: Não estou a discutir as razões do aumento, somente o sentido de oportunidade.
O sentido de oportunidade é ditado pelo crude.
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Acho uma idiotice a GALP ser sempre a primeira a iniciar os aumentos. Estão a gerar um sentimento de ódio colectivo que lhe sairá bem caro. Estão a perder clientes MESMO e a retirar valor à empresa..
Quem se fica a rir é a BP e a REPSOL.. ficam sem a fama e com o proveito..
A BP lançou uma campanha em alguns postos que permite poupar 0,06€ por litro em abastecimentos superiores a 20 Litros. Pode ser impressão minha, mas o meu carro parece ter um melhor desempenho com combustível da BP.
Alguém saberá dizer-me porquê? Será impressão minha?
PS: Não estou a discutir as razões do aumento, somente o sentido de oportunidade.
Quem se fica a rir é a BP e a REPSOL.. ficam sem a fama e com o proveito..
A BP lançou uma campanha em alguns postos que permite poupar 0,06€ por litro em abastecimentos superiores a 20 Litros. Pode ser impressão minha, mas o meu carro parece ter um melhor desempenho com combustível da BP.
Alguém saberá dizer-me porquê? Será impressão minha?
PS: Não estou a discutir as razões do aumento, somente o sentido de oportunidade.
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Aqui fica a actualização do gráfico com a subida (correcta!) dos combustíveis esta semana.
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Dialmedia Escreveu:Os preços dos combustíveis deveriam sofrer uma redução entre 8 e 12 cêntimos, no caso da gasolina 95 e do gasóleo, respectivamente. Isto, porque os valores a cobrar deviam ser iguais aos praticados em Janeiro, defende o presidente da Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis (Anarec), Augusto Cymbron em declarações à Agência Financeira (AF).
Esta é a resposta do responsável à descida do preço do petróleo, que se encontra neste momento a cotar em mínimos de 5 meses nos 106 dólares por barril.
A Agência Financeira fez as contas e mantendo este valor o preço do crude, se a gasolina 95 valia em Janeiro 1,38 euros o litro e agora vale 1,46 euros, então as petrolíferas deveriam baixar 8 cêntimos por litro. Já o gasóleo custava 1,20 euros e neste momento custa 1,32 euros, então as companhias deverão levar a cabo uma redução de 12 cêntimos.
«As companhias têm de fazer uma outra correcção nos preços e aplicar os valores do início deste ano, altura que o preço do petróleo era semelhante ao de agora», alerta.
Epá, isto está mal e até mete dó ver associações com o ACP e a ANAREC insistirem nesta falácias.
Cometem o erro comum do cidadão desinformado de comparar preços dos combustíveis com preços do crude para as mesmas datas.
A eles competia-lhes saber mais!
Neste caso é extremo até (não sei se por pura ignorância ou se por obedecer a uma qualquer "agenda política/económica") porque mesmo que considerem as mesmas datas, é falso que o crude esteja ao mesmo preço!
Em Janeiro o Crude andou entre os 68 e os 60 euros.
Neste momento o crude está a valer sensivelmente 75 euros, mesmo depois da descida de hoje!...
O que mais se pode dizer perante tamanha desinformação?

Já agora, ficam os gráficos actualizados pois estive a actualizar a folha de cálculo esta tarde. Entretanto se houver modificação do preço dos combustíveis volto a actualizar.
- Anexos
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/noticia.php?id=987118&div_id=1730
Só umas achas para a fogueira, apesar de eu estar neutro no assunto.
Agência Financeira Escreveu:ANAREC não abre mão da redução do ISP
Os preços dos combustíveis deveriam sofrer uma redução entre 8 e 12 cêntimos, no caso da gasolina 95 e do gasóleo, respectivamente. Isto, porque os valores a cobrar deviam ser iguais aos praticados em Janeiro, defende o presidente da Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis (Anarec), Augusto Cymbron em declarações à Agência Financeira (AF).
Esta é a resposta do responsável à descida do preço do petróleo, que se encontra neste momento a cotar em mínimos de 5 meses nos 106 dólares por barril.
A Agência Financeira fez as contas e mantendo este valor o preço do crude, se a gasolina 95 valia em Janeiro 1,38 euros o litro e agora vale 1,46 euros, então as petrolíferas deveriam baixar 8 cêntimos por litro. Já o gasóleo custava 1,20 euros e neste momento custa 1,32 euros, então as companhias deverão levar a cabo uma redução de 12 cêntimos.
«As companhias têm de fazer uma outra correcção nos preços e aplicar os valores do início deste ano, altura que o preço do petróleo era semelhante ao de agora», alerta.
Reduzir ISP
Uma outra reivindicação da Anarec, já antiga mas que se mantém em cima da mesa, é a redução do imposto sobre produtos petrolíferos (ISP).
Esta é a solução, no entender de Augusto Cymbron, «para recuperarmos todo o combustível que temos vindo a perder desde 2005, para Espanha».
«As empresas e consumidores abastecem em Espanha e os turistas já sabem que é proibido abastecer em Portugal», conclui.
Só umas achas para a fogueira, apesar de eu estar neutro no assunto.
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Isso também já se via nos meus gráficos. Também não é propriamente uma novidade...


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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
O melhor que encontrei foi este boletim da União Europeia mas a última edição é de 1 de Julho.
Contudo é já suficiente para ver que, de facto, os preços do gasóleo e gasolina começaram a reaproximar-se de novo a partir do fim de Maio (isto ainda na subida do crude). Por isso, à partida, é apenas uma continuação da tendência que já se tinha iniciado nessa altura.
Também se pode constatar que o encarecimento do gasóleo face à gasolina que se verificou antes era uma tendência genérica e não específica de Portugal (isto não é nada de novo, é apenas a enésima confirmação).
Se há meses atrás era o gasóleo o mais penalizado, agora está ser a gasolina 95 como se pode ver no gráfico...
A título de curiosidade, este gráfico engloba os 27 países da zona Euro e os critérios são os mesmos que eu utilizo: preços antes dos impostos. A única difereça é que o preço é o apresentado para 1.000 litros (enquanto eu tenho apresentado para 1 litro).
Contudo é já suficiente para ver que, de facto, os preços do gasóleo e gasolina começaram a reaproximar-se de novo a partir do fim de Maio (isto ainda na subida do crude). Por isso, à partida, é apenas uma continuação da tendência que já se tinha iniciado nessa altura.
Também se pode constatar que o encarecimento do gasóleo face à gasolina que se verificou antes era uma tendência genérica e não específica de Portugal (isto não é nada de novo, é apenas a enésima confirmação).
Se há meses atrás era o gasóleo o mais penalizado, agora está ser a gasolina 95 como se pode ver no gráfico...
A título de curiosidade, este gráfico engloba os 27 países da zona Euro e os critérios são os mesmos que eu utilizo: preços antes dos impostos. A única difereça é que o preço é o apresentado para 1.000 litros (enquanto eu tenho apresentado para 1 litro).
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2008_06_30.pdf
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Não sei ao certo, apenas posso intuir. Existem pequenas variações entre o preço do gasóleo e da gasolina nos mercados internacionais (no longo-prazo o gasóleo tem vindo a encarecer mas isso pode ir alterando ao longo do tempo e não invalida que em prazos mais curtos se verifique o contrário).
A única coisa que se pode dizer (por analise dos dados) é que o gasóleo encareceu substancialmente mais nos meses anteriores (especialmente entre Janeiro e Maio) e desde então a diferença tem-se vindo a estreitar de novo.
Não é contudo exactamente como descreveste. A gasolina já tinha começado a ganhar terreno face ao gasóleo ainda durante a subida do crude (não foi uma questão de subida/descida do crude). Como disse atrás, a inversão dá-se algures ali no fim de Maio onde a gasolina começa a encarecer mais que o gasóleo (e a embaratecer menos, também).
Não tenho aqui valores actuais para a gasolina e o gasóleo nos mercados internacionais, mas à partida estes movimentos reflectirão essas tendências (se alguém tiver um gráfico disso actualizado, era interessante, em temos coloquei aqui uma mas agora já está desactualizado).
A única coisa que se pode dizer (por analise dos dados) é que o gasóleo encareceu substancialmente mais nos meses anteriores (especialmente entre Janeiro e Maio) e desde então a diferença tem-se vindo a estreitar de novo.
Não é contudo exactamente como descreveste. A gasolina já tinha começado a ganhar terreno face ao gasóleo ainda durante a subida do crude (não foi uma questão de subida/descida do crude). Como disse atrás, a inversão dá-se algures ali no fim de Maio onde a gasolina começa a encarecer mais que o gasóleo (e a embaratecer menos, também).
Não tenho aqui valores actuais para a gasolina e o gasóleo nos mercados internacionais, mas à partida estes movimentos reflectirão essas tendências (se alguém tiver um gráfico disso actualizado, era interessante, em temos coloquei aqui uma mas agora já está desactualizado).
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
A GALP subiu o preço da gasolina e o preço do gasóleo em 1 centimo. A subida foi feita no mesma dia da semana das anteriores actualizações: quarta-feira.
O crude em euros já estava a subir há mais de duas semanas.
O crude em euros já estava a subir há mais de duas semanas.
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Um pequeno update hoje que termina mais uma semana (os dados do gráfico são das sextas-feiras).
Nas últimas duas semanas o crude subiu, ao passo que os combustíveis na bomba desceram.
Para aqueles que fazem o exercício errado de comparar preços dos combustíveis e do crude para o mesmo dia (entre estes encontra-se, imagine-se, o ACP), então aqui fica o mesmo exercício após uma inversão de baixa para alta:
Preço do Gasóleo GALP a 18 de Julho (crude a 81 euros):
1.426
Preço do Gasóleo GALP a 22 de Agosto (crude a 81 euros):
1.309
---------
Preço da Gasolina 95 GALP a 18 de Julho (crude a 81 euros):
1.523
Preço da Gasolina 95 GALP a 22 de Agosto (crude a 81 euros):
1.458
A GALP continua a comportar-se igual quer nas subidas do crude quer nas descidas:
> Em ambos os casos reflecte as variações do crude com várias semanas de atraso.
> Em ambos os casos efectua normalmente actualizações semanais (isto é, aproximadamente uma vez por semana).
Em que medida reflecte as subidas e descidas também é fácil visualizar no gráfico (preço do crude em euros, preço dos combustíveis antes de impostos).
Nas últimas duas semanas o crude subiu, ao passo que os combustíveis na bomba desceram.
Para aqueles que fazem o exercício errado de comparar preços dos combustíveis e do crude para o mesmo dia (entre estes encontra-se, imagine-se, o ACP), então aqui fica o mesmo exercício após uma inversão de baixa para alta:
Preço do Gasóleo GALP a 18 de Julho (crude a 81 euros):
1.426
Preço do Gasóleo GALP a 22 de Agosto (crude a 81 euros):
1.309
---------
Preço da Gasolina 95 GALP a 18 de Julho (crude a 81 euros):
1.523
Preço da Gasolina 95 GALP a 22 de Agosto (crude a 81 euros):
1.458
A GALP continua a comportar-se igual quer nas subidas do crude quer nas descidas:
> Em ambos os casos reflecte as variações do crude com várias semanas de atraso.
> Em ambos os casos efectua normalmente actualizações semanais (isto é, aproximadamente uma vez por semana).
Em que medida reflecte as subidas e descidas também é fácil visualizar no gráfico (preço do crude em euros, preço dos combustíveis antes de impostos).
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Mais um update com a actualização de preços desta semana:
Pela notícia depreendo que a GALP mantém o preço da gasolina 95 (se não for o caso, entretanto corrigirei).
A notícia encontra-se errada contudo em relação ao preço do crude que na verdade subiu hoje. Além disso, nos últimos 15 dias o crude (quando cotado em euros) subiu dado que a queda do euro foi mais forte que a do crude em USD, algo a que a notícia não dá praticamente qualquer atenção levando a pensar o oposto.
De notar que apesar de há 15 dias o crude subir ligeiramente, o preço da gasolina mantém-se e o do gasóleo continua a descer, mantendo-se portanto o lag em qualquer das situações, seja nas subidas do crude seja nas descidas.
............. 29/04. 14/05 ...... 23/07. 29/07. 05/08.13/08.20/08
Gasolina 1.431 1.479 1.523 1.503 1.473 1.468 1.458 1.458
Gasoleo. 1.299 1.369 1.447 1.433 1.393 1.368 1.328 1.309
Nova baixa no preço dos combustíveis na Galp e na BP
Hoje às 22:56
As gasolineiras Galp e BP vão baixar o preço dos combustíveis a partir da meia-noite desta quarta-feira. A nova descida acontece numa altura em que o custo do barril do petróleo atinge os 112 dólares, após quatro dias consecutivos a diminuir.
A gasolineira Galp decidiu baixar, a partir da meia-noite desta quarta-feira, o custo do litro de gasóleo em 1,5 cêntimos.
Por seu lado, a BP fez saber que vai diminuir, também esta quarta-feira, o preço do gasóleo em um cêntimo e o da gasolina em meio cêntimo.
A nova redução surge no quarto dia consecutivo da queda do preço do barril do petróleo, que se encontra agora nos 112 dólares no mercado de Nova Iorque.
A distribuição de produtos petrolíferos caiu em média 20 milhões de barris por dia nos primeiros sete meses do ano, registando assim uma quebra de 3,6 por cento face ao ano anterior, segundo o Instituto Americano do Petróleo.
Os automobilistas norte-americanos conduziram menos em Junho pelo oitavo mês consecutivo, revelou também a Administração Federal de Estradas.
Simultaneamente, o euro está a ser transaccionado ao seu nível mais baixo em seis meses face ao dólar, levando os investidores a venderem as matérias-primas.
O preço do petróleo está também a cair devido às notícias que dão conta de que a tempestade tropical Fay não vai atingir os campos petrolíferos situados no Golfe do México.
Pela notícia depreendo que a GALP mantém o preço da gasolina 95 (se não for o caso, entretanto corrigirei).
A notícia encontra-se errada contudo em relação ao preço do crude que na verdade subiu hoje. Além disso, nos últimos 15 dias o crude (quando cotado em euros) subiu dado que a queda do euro foi mais forte que a do crude em USD, algo a que a notícia não dá praticamente qualquer atenção levando a pensar o oposto.
De notar que apesar de há 15 dias o crude subir ligeiramente, o preço da gasolina mantém-se e o do gasóleo continua a descer, mantendo-se portanto o lag em qualquer das situações, seja nas subidas do crude seja nas descidas.
............. 29/04. 14/05 ...... 23/07. 29/07. 05/08.13/08.20/08
Gasolina 1.431 1.479 1.523 1.503 1.473 1.468 1.458 1.458
Gasoleo. 1.299 1.369 1.447 1.433 1.393 1.368 1.328 1.309
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Flying Turtle Escreveu:silvaxico Escreveu:Flying Turtle,
diz-me só: tens carro a gasolina?
O agregado familiar tem dois carros a gasolina e nenhum a gasóleosilvaxico Escreveu:é que parece que as conclusões a que chegamos são influenciadas por esse factor...
Como o Marco disse, tratou-se, em ambos os casos, de decisões racionalmente pensadas em função da utilização esperada de cada um dos automóveis. mesmo com o preço do gasóleo muito mais baixo (e muito mais distante do da gasolina): Num caso (carro de cariz familiar, aquisição em 2001) havia uma situação de indiferença - o que levou a optar pelo menor investimento porque o dinheiro está sempre melhor na nossa mão do que na dos outros - e no outro caso (carro de cariz utilitário/citadino, aquisição em 1999) claramente a gasolina era financeiramente mais vantajosa.
No entanto, a minha opinião quanto à diferente fiscalidade sobre os combustíveis foi gradualmente evoluindo para a actual, mesmo quando tinha (e já tive mais de uma vez) carro a gasóleo. É que procuro sustentar as minhas opiniões em raciocínios objectivos e um pouco mais abrangentes do que o meu próprio umbigo.... Posso aliás acrescentar que o peso do custo dos combustíveis no orçamento familiar é, mesmo actualmente, relativamente desprezível, pelo que as variações nos preços dos combustíveis têm uma importância absolutamente marginal no conjunto dos meus interesses e preocupações pessoais estritos.
Por outro lado, a racionalidade das políticas leva a que o princípio que enunciei, de não distorcer o mercado e de agir antes do lado da garantia de acesso universal aos bens e serviços considerados essenciais, vai muito para além daquilo que tenho ou deixo de ter e/ou dos meus interesses pessoais: Estou antes a falar do interesse da sociedade e da melhor forma de contribuir para a equidade e para a inclusão social.
Abraço
FT
Concordo contigo FT,
continuo sem conseguir encontrar nenhuma razão para os dois combustíveis estarem sujeitos a taxas de imposto diferentes (no caso de utilização particular).
Um abraço
ps. mas não deixa de ser curioso que seja alguém que também não tem carros a gasóleo que tem essa opinião
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silvaxico Escreveu:Flying Turtle,
diz-me só: tens carro a gasolina?
O agregado familiar tem dois carros a gasolina e nenhum a gasóleo
silvaxico Escreveu:é que parece que as conclusões a que chegamos são influenciadas por esse factor...
Como o Marco disse, tratou-se, em ambos os casos, de decisões racionalmente pensadas em função da utilização esperada de cada um dos automóveis. mesmo com o preço do gasóleo muito mais baixo (e muito mais distante do da gasolina): Num caso (carro de cariz familiar, aquisição em 2001) havia uma situação de indiferença - o que levou a optar pelo menor investimento porque o dinheiro está sempre melhor na nossa mão do que na dos outros - e no outro caso (carro de cariz utilitário/citadino, aquisição em 1999) claramente a gasolina era financeiramente mais vantajosa.
No entanto, a minha opinião quanto à diferente fiscalidade sobre os combustíveis foi gradualmente evoluindo para a actual, mesmo quando tinha (e já tive mais de uma vez) carro a gasóleo. É que procuro sustentar as minhas opiniões em raciocínios objectivos e um pouco mais abrangentes do que o meu próprio umbigo...

Por outro lado, a racionalidade das políticas leva a que o princípio que enunciei, de não distorcer o mercado e de agir antes do lado da garantia de acesso universal aos bens e serviços considerados essenciais, vai muito para além daquilo que tenho ou deixo de ter e/ou dos meus interesses pessoais: Estou antes a falar do interesse da sociedade e da melhor forma de contribuir para a equidade e para a inclusão social.
Abraço
FT
"Existo, logo penso" - António Damásio, "O Erro de Descartes"
A questão da impostos sobre a Gasolina/Gasóleo é pertinente, mas o IA é tb causador desta diferenciacão.
Essa diferença agora já não faz tanto sentido contudo era preciso mudar tanto a politica fiscal que não é fácil em dois ou três anos. Contudo o fosso entre os dois tem vindo a diminuir por via dos custos de produção.
Essa diferença agora já não faz tanto sentido contudo era preciso mudar tanto a politica fiscal que não é fácil em dois ou três anos. Contudo o fosso entre os dois tem vindo a diminuir por via dos custos de produção.
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Olá a todos,
Tenho estado completamente de acordo com o Marco na forma como ele aborda esta questão das variações dos preços dos combustíveis. No entanto, esse acordo já não existe no que respeita à fiscalidade diferenciada sobre a gasolina e o gasóleo. Tentarei explicar rápida e sucintamente as razões do meu desacordo:
- A diferenciação da carga fiscal sobre os dois tipos de combustíveis data do tempo em que o gasóleo era utilizado exclusivamente, ou quase, para fins profissionais (em França chamavam-lhe nesses tempos "mazout"). Nesse tempo, os motores a gasóleo eram pouco performantes em automóveis ligeiros e eram utilizados apenas nos táxis e em casos em que existia uma utilização muito intensiva e sistemática dos automóveis. Quem queria um carro utilitário comprava um automóvel a gasolina, e o mesmo fazia quem pretendia uma viatura de prestígio.
- A fiscalidade não se adaptou no entanto à evolução tecnológica e não reflecte assim a aituação actual, em que os motores a gasóleo ombreiam e competem com os motores a gasolina em todos os campos onde antes tal comparação era mesmo impensável: Veja-se que até as 24h de Le Mans são ganhas por automóveis diesel! Claro que continuam a ser utilizados também para os fins profissionais que antes eram o domínio exclusivo do gasóleo.
- Sucede assim que o "rationale" da fiscalidade diferenciada deixou de fazer sentido e, de facto, para assegurar um determinado nível desejado de receita fiscal (que não discuto aqui no contexto desta argumentação), a migração massiva de consumidores para o gasóleo faz com que a carga fiscal sobre a gasiolina tenha de ser mais elevada do que seria se a fiscalidade sobre os dois combustíveis fosse igual.
- Na verdade, trata-se de uma aberração como, por exemplo, a das rendas de casa. Os legisladores têm dificuldade em compreender que não é distorcendo o mercado que vão resolver os problemas desse mesmo mercado, o que os leva a legislar muitas vezes pela forma mais fácil, mais óbvia e, a maioria das vezes, mais compensadora do ponto de vista do populismo (sim, que mesmo no tempo da "outra senhora" o populismo também desempenhava um papel importante na manutenção do regime). O problema é que o mercado é mais forte do que todas estas aberrações legais e encarrega-se de demonstrar a sua falta de senso. Só que aí torna-se extremamente penoso alterar o sistema e repor a racionalidade porque todos aqueles que se encontram distorcidamente beneficiados com os erros do sistema irão clamar alto e bom som contra essas alterações...
- Em meu entender, a carga fiscal sobre os combustíveis deveria estar ligada, de forma transparente, a princípios simples e compreensíveis como, por exemplo, as externalidades negativas resultantes da utilização dos mesmos (emissões de CO2, NOx, CO, partículas, sei lá mais o quê). Admitiria que as empresas/actividades para as quais as despesas com as viaturas são de IVA dedutível dado que a utilização da viatura é ela mesma o "core" da actividade (transportadoras, rent-a-car, táxis), pudessem beneficiar de condições de dedutibilidade acrescida do ISP, bem como da dedutividade integral do IVA sobre os combustíveis de que creio que já beneficiam.
- Aliás, é também caricato o regime que, segundo creio (pelo menos era assim quando tive de lidar com o assunto mas reconheço que já lá vão muitos anos e as coisas podem ter-se modificado entretanto), permite às empresas em geral deduzir 50% do IVA sobre o gasóleo consumido pelas suas viaturas, mas 0% sobre o IVA que incide sobre a gasolina...
Tendo dito isto, é bem verdade, como o Marco diz, que a escolha é livre e que cada um adquire a(s) sua(s) viatura(s) em função das condições do mercado, segundo aquilo que julga ser-lhe mais vantajoso. No entanto, não é menos verdade que uma fiscalidade mal sustentada em termos conceptuais, de universalidade e de transparência, conduz inexoravelmente a distorções e injustiças no mercado e na sociedade em geral.
Resumindo: Haja coragem para igualar a fiscalidade sobre os dois tipos de combustível (tal como sucede por exemplo no Reino Unido), ou de criar uma nova fiscalidade sustentada em bases sólidas, transparentes e compreensíveis, e encontrem-se mecanismos menos distorsores para apoiar a competitividade de actividades empresariais críticas e/ou (preferivelmente no meu entender, porque reduz o risco de distorcer as condições de concorrência) para garantir o acesso universal a bens e serviços considerados essenciais.
Abraços,
FT
Tenho estado completamente de acordo com o Marco na forma como ele aborda esta questão das variações dos preços dos combustíveis. No entanto, esse acordo já não existe no que respeita à fiscalidade diferenciada sobre a gasolina e o gasóleo. Tentarei explicar rápida e sucintamente as razões do meu desacordo:
- A diferenciação da carga fiscal sobre os dois tipos de combustíveis data do tempo em que o gasóleo era utilizado exclusivamente, ou quase, para fins profissionais (em França chamavam-lhe nesses tempos "mazout"). Nesse tempo, os motores a gasóleo eram pouco performantes em automóveis ligeiros e eram utilizados apenas nos táxis e em casos em que existia uma utilização muito intensiva e sistemática dos automóveis. Quem queria um carro utilitário comprava um automóvel a gasolina, e o mesmo fazia quem pretendia uma viatura de prestígio.
- A fiscalidade não se adaptou no entanto à evolução tecnológica e não reflecte assim a aituação actual, em que os motores a gasóleo ombreiam e competem com os motores a gasolina em todos os campos onde antes tal comparação era mesmo impensável: Veja-se que até as 24h de Le Mans são ganhas por automóveis diesel! Claro que continuam a ser utilizados também para os fins profissionais que antes eram o domínio exclusivo do gasóleo.
- Sucede assim que o "rationale" da fiscalidade diferenciada deixou de fazer sentido e, de facto, para assegurar um determinado nível desejado de receita fiscal (que não discuto aqui no contexto desta argumentação), a migração massiva de consumidores para o gasóleo faz com que a carga fiscal sobre a gasiolina tenha de ser mais elevada do que seria se a fiscalidade sobre os dois combustíveis fosse igual.
- Na verdade, trata-se de uma aberração como, por exemplo, a das rendas de casa. Os legisladores têm dificuldade em compreender que não é distorcendo o mercado que vão resolver os problemas desse mesmo mercado, o que os leva a legislar muitas vezes pela forma mais fácil, mais óbvia e, a maioria das vezes, mais compensadora do ponto de vista do populismo (sim, que mesmo no tempo da "outra senhora" o populismo também desempenhava um papel importante na manutenção do regime). O problema é que o mercado é mais forte do que todas estas aberrações legais e encarrega-se de demonstrar a sua falta de senso. Só que aí torna-se extremamente penoso alterar o sistema e repor a racionalidade porque todos aqueles que se encontram distorcidamente beneficiados com os erros do sistema irão clamar alto e bom som contra essas alterações...
- Em meu entender, a carga fiscal sobre os combustíveis deveria estar ligada, de forma transparente, a princípios simples e compreensíveis como, por exemplo, as externalidades negativas resultantes da utilização dos mesmos (emissões de CO2, NOx, CO, partículas, sei lá mais o quê). Admitiria que as empresas/actividades para as quais as despesas com as viaturas são de IVA dedutível dado que a utilização da viatura é ela mesma o "core" da actividade (transportadoras, rent-a-car, táxis), pudessem beneficiar de condições de dedutibilidade acrescida do ISP, bem como da dedutividade integral do IVA sobre os combustíveis de que creio que já beneficiam.
- Aliás, é também caricato o regime que, segundo creio (pelo menos era assim quando tive de lidar com o assunto mas reconheço que já lá vão muitos anos e as coisas podem ter-se modificado entretanto), permite às empresas em geral deduzir 50% do IVA sobre o gasóleo consumido pelas suas viaturas, mas 0% sobre o IVA que incide sobre a gasolina...
Tendo dito isto, é bem verdade, como o Marco diz, que a escolha é livre e que cada um adquire a(s) sua(s) viatura(s) em função das condições do mercado, segundo aquilo que julga ser-lhe mais vantajoso. No entanto, não é menos verdade que uma fiscalidade mal sustentada em termos conceptuais, de universalidade e de transparência, conduz inexoravelmente a distorções e injustiças no mercado e na sociedade em geral.
Resumindo: Haja coragem para igualar a fiscalidade sobre os dois tipos de combustível (tal como sucede por exemplo no Reino Unido), ou de criar uma nova fiscalidade sustentada em bases sólidas, transparentes e compreensíveis, e encontrem-se mecanismos menos distorsores para apoiar a competitividade de actividades empresariais críticas e/ou (preferivelmente no meu entender, porque reduz o risco de distorcer as condições de concorrência) para garantir o acesso universal a bens e serviços considerados essenciais.
Abraços,
FT
"Existo, logo penso" - António Damásio, "O Erro de Descartes"
Neste aspecto não há.
Mas podemos discutir o mercado dos combustiveis como um todo (que não é livre e é mais parecido com um "terpólio").
E até tentar perceber pq razão "de repente" o Petroil quebrou 30 USD.. foram os chineses que para ver os jogos deixaram de consumir?
Mas podemos discutir o mercado dos combustiveis como um todo (que não é livre e é mais parecido com um "terpólio").
E até tentar perceber pq razão "de repente" o Petroil quebrou 30 USD.. foram os chineses que para ver os jogos deixaram de consumir?
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silvaxico Escreveu:Esta minha intervenção surgiu apenas porque me revolta estar a pagar tanto imposto sobre a gasolina e depois quando estou nas bombas ficar a ver os Mercedes e BMWs (e outros que tais) a abastecer de gasóleo que é mais barato apenas porque o imposto é mais baixo...
Tu sabes perfeitamente que os proprietários desses automóveis pagam mais em IA e IVA.
E se alguém tem um automóvel que pagou o mesmo IA e IVA e anda a gasolina é porque quer, é por opção própria!
Mas voltemos à GALP e aos combustíveis: 4 semanas, 4 baixas, com reduções que vão dos 0.5 centimos aos 4 centimos. O lag é perfeitamente semelhante ao que existiu para responder (com atraso) às subidas. Portanto, onde é que está o problema?
- Anexos
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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