Lá Irão este Verão?
Dwer Escreveu:habanero04 Escreveu:Atomez Escreveu:habanero04 Escreveu:Já agora, e tendo dúvida no tema, também faço uma pergunta:
A tecnologia utilizada para produzir energia nuclear para uso no abastecimento energético é a mesma que a que serve para enriquecimento de urânio que possa ser utilizado em armas nucleares?
É.
O que se faz é aumentar a concentração de U235 no urânio natural. Para produção de energia é uma concentração de 3 a 5%, para armas nucleares é superior a 90%.
Então e a tecnologia que faz uma coisa também faz a outra? Se para energia de consumo basta uma concentração de 3 a 5%, a central nuclear que o permite fazer é exactamente igual à outra? Ou por outras palavras, na mesma central nuclear que enriquece o urânio 3/5% também se consegue enriquecer 90%?
Isso não é possível de ser controlado pela comunidade internacional, nomeadamente pela IAEA?
É possível. Para enriquecer o urânio para uma central nuclear é necessário um determinado número de centrifugadoras. Para enriquecer urânio para uma arma nuclear é necessário uma cascata de centrifugadoras em número incomparavelmente superior. Isso é controlável. Desde que os amigos iranianos o permitam.
Sim, a mesma tecnologia de enriquecimento de urânio que o Irão usa, a centrifugação, pode ser usada para as 2 finalidades. É uma questão de usar mais centrifugadoras ou então usar as mesmas repetidamente (leva mais tempo)
Para fazer uma bomba atómica bastam uns 5 kg de urânio altamente enriquecido.
A IAEA existe precisamente para vigiar e controlar a produção de urãnio enriquecido para que não seja usado para armas nucleares.
Mas mesmo que não consigam a concentração suficinete para uma bomba podem usá-lo para as chamadas "bombas radiológicas", são bombas comvencionais que espalham produtos radioactivos numa grande área. É como um Chernobyl em escala muito maior. Num país do tamanho de Israel (uma área como o Alentejo) isso seria igualmente devastador.
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
Niccolò Machiavelli
http://www.facebook.com/atomez
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habanero04 Escreveu:Atomez Escreveu:habanero04 Escreveu:Já agora, e tendo dúvida no tema, também faço uma pergunta:
A tecnologia utilizada para produzir energia nuclear para uso no abastecimento energético é a mesma que a que serve para enriquecimento de urânio que possa ser utilizado em armas nucleares?
É.
O que se faz é aumentar a concentração de U235 no urânio natural. Para produção de energia é uma concentração de 3 a 5%, para armas nucleares é superior a 90%.
Então e a tecnologia que faz uma coisa também faz a outra? Se para energia de consumo basta uma concentração de 3 a 5%, a central nuclear que o permite fazer é exactamente igual à outra? Ou por outras palavras, na mesma central nuclear que enriquece o urânio 3/5% também se consegue enriquecer 90%?
Isso não é possível de ser controlado pela comunidade internacional, nomeadamente pela IAEA?
É possível. Para enriquecer o urânio para uma central nuclear é necessário um determinado número de centrifugadoras. Para enriquecer urânio para uma arma nuclear é necessário uma cascata de centrifugadoras em número incomparavelmente superior. Isso é controlável. Desde que os amigos iranianos o permitam.
Abraço,
Dwer
There is a difference between knowing the path and walking the path
Dwer
There is a difference between knowing the path and walking the path
comentário
Caro Dwer
Aceito a correcção do Josué....confundi o nome com outra personagem biblica.
Quanto ao resto são pormenores que se não compadecem com a ideia concisa que quis dar.
Os Palestnianos também são semitas. O povo de Abraão tem de ser semita de uma região proxima do mar Cáspio, porque foi de Zoroastro que receberam a mensagem da divindade sobre o caminho do bem e do mal. Zoroastro o grande revolucionário da espiritualidade humana...o originador das religiões tanto as místicas como as proféticas.
Os cananeus depois de miscigenados pelos povos de hibrim...são os fenicios...que fundam lisboa, aveiro,
e outras localidades na europa.. essa dos imperadores romanos que referes...é coisa mais tardia...
O povo de Abraão tem existencia anterior aos caldeus e assirios....eram do tempo dos sumérios cujos centros civilizacionais eram UR KISH e LAGASH...com ascendência hitita. UR foi destruida cerca de 1950 AC.
Mas eu não queria perder-me em pormenores.
cumps
Aceito a correcção do Josué....confundi o nome com outra personagem biblica.
Quanto ao resto são pormenores que se não compadecem com a ideia concisa que quis dar.
Os Palestnianos também são semitas. O povo de Abraão tem de ser semita de uma região proxima do mar Cáspio, porque foi de Zoroastro que receberam a mensagem da divindade sobre o caminho do bem e do mal. Zoroastro o grande revolucionário da espiritualidade humana...o originador das religiões tanto as místicas como as proféticas.
Os cananeus depois de miscigenados pelos povos de hibrim...são os fenicios...que fundam lisboa, aveiro,
e outras localidades na europa.. essa dos imperadores romanos que referes...é coisa mais tardia...
O povo de Abraão tem existencia anterior aos caldeus e assirios....eram do tempo dos sumérios cujos centros civilizacionais eram UR KISH e LAGASH...com ascendência hitita. UR foi destruida cerca de 1950 AC.
Mas eu não queria perder-me em pormenores.
cumps
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Crómio Escreveu:Isso não é possível de ser controlado pela comunidade internacional, nomeadamente pela IAEA?
Yeah right!
Francamente achas isso possível?
Isso é o mesmo que deixares um alcoólico sozinho com uma garrafa e pedires para ele prometer que só bebe um copinho à refeição...
Abraço
Acho. Desde que os States deixem as instituições internacionais funcionar...
O pessoal esquece-se depressa... Já ninguém se lembra com certeza das inspecções feitas ao Iraque antes da guerra e nem das declarações dos inspectores que lá foram, os quais chegaram à conclusão que não existia nada que justificasse uma guerra... Onde estão os tunéis de Bagdad? Os camiões de lançamento de ataques quimicos/biológicos? As armas de destruição maciça? Ainda não vi provas dos perigos para a humanidade do que vinha no célebre e tão divulgado relatório emitido pelo governo inglês antes do inicio da guerra...
Para quê um ataque ao Irão? O que é que isso vai resolver? Vai ser outro Iraque? Ali só há uma explicação para terem invadido o país: sacar o petróleo que era dos iraquianos. Devem querer fazer o mesmo com o vizinho do lado que por sinal é só o 4º maior exportador e detentor das 2ªs maiores reservas a nível mundial, a seguir à Arábia Saudita, e com o Iraque no 3º lugar. Acho que não é preciso dizer mais nada...
http://pt.wikipedia.org/wiki/Petr%C3%B3leo
Isso não é possível de ser controlado pela comunidade internacional, nomeadamente pela IAEA?
Yeah right!
Francamente achas isso possível?
Isso é o mesmo que deixares um alcoólico sozinho com uma garrafa e pedires para ele prometer que só bebe um copinho à refeição...
Abraço
There are two kinds of investors: those who don't know where the market is headed, and those who don't know that they don't know.
William Bernstein
William Bernstein
Atomez Escreveu:habanero04 Escreveu:Já agora, e tendo dúvida no tema, também faço uma pergunta:
A tecnologia utilizada para produzir energia nuclear para uso no abastecimento energético é a mesma que a que serve para enriquecimento de urânio que possa ser utilizado em armas nucleares?
É.
O que se faz é aumentar a concentração de U235 no urânio natural. Para produção de energia é uma concentração de 3 a 5%, para armas nucleares é superior a 90%.
Então e a tecnologia que faz uma coisa também faz a outra? Se para energia de consumo basta uma concentração de 3 a 5%, a central nuclear que o permite fazer é exactamente igual à outra? Ou por outras palavras, na mesma central nuclear que enriquece o urânio 3/5% também se consegue enriquecer 90%?
Isso não é possível de ser controlado pela comunidade internacional, nomeadamente pela IAEA?
Editado pela última vez por habanero04 em 2/7/2008 10:48, num total de 1 vez.
Re: comentário
Caro Jota Bill, não me leves a mal uma correcçõezitas menores:
Abraão nasceu na Caldeia, na cidade de Ur. Era um Caldeu ou Babilónio. Partiu com a família para Canaã, por razões desconhecidas. Segundo a Bíblia, por vontade de Deus.
A palavra Palestina vem do mesmo sítio de onde vem a palavra Filisteu. Os palestianianos chamam-se a si proprios philistin, filisteus.
Ao corante vermelho proveniente do Murex brandaris, um gastrópode, os gregos chamaram 'phoinos', sangue vermelho. E aos que o produziam 'phoînix'. Fenícios.
O molusco deu o nome aos fenícios, não aos palestinianos. Para os hebreus os fenícios eram chamados cananeus. Eram os habitantes da região ao tempo de Abraão. Ainda lá estão. No Líbano.
Quanto a 'phaelanx' não imagino a que se refira.
Quem ocupou primeiro é relativo. Antes dos fenícios, outra gente lá esteve provavelmente. Ao tempo de Abraão, eram os fenícios que por lá andavam, a apanhar murex.
Aqui tenho que discordar ó Bill. Não é um ramo. E não é um povo. São os descendentes de Abraão. Um clan, quando muito. Não penso que chegasse a ser uma tribo.
Já agora, um bocadinho de sequência na história:
Abraão teve dois filhos: o primeiro Ismael, filho de Hagar a egípcia, aia da sua mulher Sara. Segundo a Bíblia Sara não conseguindo gerar filhos, entregou Hagar a Abraão na esperança que este lhe gerasse um filho. E gerou. Ismael. Mas posteriormente Sara conseguiu conceber e teve Isaac. Sara despediu Hagar e mandou-a embora com o seu filho. Ismael é hoje considerado pelos muçulmanos o pai de todo o povo Árabe. Isaac por sua vez teve dois filhos. Esaú e Jacob. Esaú ficou famoso, sendo o primogénito, de vender os seus direitos de primogenitura ao seu irmão Jacob, por um prato de lentilhas.
Portanto, Jacob não pertencia exactamente a um ramo de um povo. Era neto de Abraão. Teve doze filhos que deram o nome às doze tribos de Israel. Um dos seus filhos era Judah, que deu o nome à tribo de Judah que ficou conhecida posteriormente por Judeus.
Este Jacob é que se desloca com a famelga toda para o Egipto, fugindo à seca que grassava em Canaã. Tinha sido precedido pelo seu filho José, que detinha um alto cargo na administração Egípcia. Não se sabe bem qual era o faraó du jour, mas pensa-se ser um de vários: Amenemhat III, Djoser, Apopi, Tutmés III ou Amenófis III.
Penso que vai aqui uma certa confusão. Com a ida de Jacob e os seus filhos para o Egipto, Canaã não ficou despovoada. Os descendentes de Abraão (estamos no bisneto José) é que emigraram. Os fenícios lá continuaram na faina do murex.
Por esta altura os hebreus não seriam um povo mas já deviam ser mais que um clan. Uma tribo de dimensões generosas, pelo menos. Uns milhares valentes. Estes acontecimentos são situados circa 1650-1540 AC.
A presença de judeus na península ibérica - Sepharad - deve-se à deportação destes por Tito e Vespasiano na sequência da guerras Judaicas e destruição do templo, circa 70 AD. Quase 1600 anos de diferença. Ainda hoje Espanha é denominada Sepharad em Hebreu.
Ganda confusion ó Jota!
Os filisteus não eram primos dos hebreus. Julga-se que eram parte de uma grande confederação de povos marítimos com origem na civilização minóica. Nem eram semitas sequer. Pirateavam as costas do mar Egeu e do Egipto até Ramsés III os dominar e instalar em Gaza.
Não confundir com Ramsés II, o Grande e o faraó do Êxodo.
Portanto temos os hebreus a sair do Egipto e a reinstalarem-se em Canaã, com Ramses II e os filisteus a serem instalados em Gaza com Ramsés III. Hebreus batem filisteus por I faraó.
Quem entra em Canaã e toma Jericó é Josué. Que não é filho de Moisés. É filho de Nun da tribo de Efraim.
Era, digamos, o aprendiz de Moisés.
Os hebreus nessa altura lutaram contra toda a gente que vivia em Canaã. E como referi acima, os filisteus só se instalaram em Gaza uns tempos depois dos hebreus terem invadido a Terra Prometida.
Reparem que me refiro sempre aos Hebreus e não aos Judeus. Judeus são os da tribo de Judah. Uma das doze tribos de Israel, que tomaram o nome a partir dos doze filhos de Jacob. Um subset do povo hebraico.
Mas isso é outra história.
jotabilo Escreveu:Um dia Abraão decidiu reunir o seu povo e vir com ele para sudoeste da zona que habitavam junto ao mar cáspio.
Primeiro dirigiram-se para a cidade de UR E aí, miscigenaram-se com os uritas da civilização dos hititas cerca de 4000 AC.
Abraão nasceu na Caldeia, na cidade de Ur. Era um Caldeu ou Babilónio. Partiu com a família para Canaã, por razões desconhecidas. Segundo a Bíblia, por vontade de Deus.
jotabilo Escreveu:Os Cananeus eram um povo de comerciantes designadamente de um produto corante vermelho proveniente de um molusco "Phaelanx" de onde poderá ter derivado a expressão Palestina.
A palavra Palestina vem do mesmo sítio de onde vem a palavra Filisteu. Os palestianianos chamam-se a si proprios philistin, filisteus.
Ao corante vermelho proveniente do Murex brandaris, um gastrópode, os gregos chamaram 'phoinos', sangue vermelho. E aos que o produziam 'phoînix'. Fenícios.
O molusco deu o nome aos fenícios, não aos palestinianos. Para os hebreus os fenícios eram chamados cananeus. Eram os habitantes da região ao tempo de Abraão. Ainda lá estão. No Líbano.
Quanto a 'phaelanx' não imagino a que se refira.
jotabilo Escreveu:Quem ocupou, portanto e primeiramente, a Palestina foram esse povos judeus misturados com os cananeus.
Quem ocupou primeiro é relativo. Antes dos fenícios, outra gente lá esteve provavelmente. Ao tempo de Abraão, eram os fenícios que por lá andavam, a apanhar murex.
jotabilo Escreveu:Entretanto um ramo desse povo, que a bíblio refere como os filhos de Jacob....josé e seus irmãos ...vai para o Egipto onde, diz a bíblia. José era o administrador dos silos do Faraó....
Aqui tenho que discordar ó Bill. Não é um ramo. E não é um povo. São os descendentes de Abraão. Um clan, quando muito. Não penso que chegasse a ser uma tribo.
Já agora, um bocadinho de sequência na história:
Abraão teve dois filhos: o primeiro Ismael, filho de Hagar a egípcia, aia da sua mulher Sara. Segundo a Bíblia Sara não conseguindo gerar filhos, entregou Hagar a Abraão na esperança que este lhe gerasse um filho. E gerou. Ismael. Mas posteriormente Sara conseguiu conceber e teve Isaac. Sara despediu Hagar e mandou-a embora com o seu filho. Ismael é hoje considerado pelos muçulmanos o pai de todo o povo Árabe. Isaac por sua vez teve dois filhos. Esaú e Jacob. Esaú ficou famoso, sendo o primogénito, de vender os seus direitos de primogenitura ao seu irmão Jacob, por um prato de lentilhas.
Portanto, Jacob não pertencia exactamente a um ramo de um povo. Era neto de Abraão. Teve doze filhos que deram o nome às doze tribos de Israel. Um dos seus filhos era Judah, que deu o nome à tribo de Judah que ficou conhecida posteriormente por Judeus.
Este Jacob é que se desloca com a famelga toda para o Egipto, fugindo à seca que grassava em Canaã. Tinha sido precedido pelo seu filho José, que detinha um alto cargo na administração Egípcia. Não se sabe bem qual era o faraó du jour, mas pensa-se ser um de vários: Amenemhat III, Djoser, Apopi, Tutmés III ou Amenófis III.
jotabilo Escreveu:Entretanto a terra da palestina ficou despovoada por essa ida para o egipto e por diversas emigrações comerciais para fundarem colónias no mundo conhecido nomeadamente na europa. (os chamados judeus sefarditas na europa teriam essa origem)
Penso que vai aqui uma certa confusão. Com a ida de Jacob e os seus filhos para o Egipto, Canaã não ficou despovoada. Os descendentes de Abraão (estamos no bisneto José) é que emigraram. Os fenícios lá continuaram na faina do murex.
Por esta altura os hebreus não seriam um povo mas já deviam ser mais que um clan. Uma tribo de dimensões generosas, pelo menos. Uns milhares valentes. Estes acontecimentos são situados circa 1650-1540 AC.
A presença de judeus na península ibérica - Sepharad - deve-se à deportação destes por Tito e Vespasiano na sequência da guerras Judaicas e destruição do templo, circa 70 AD. Quase 1600 anos de diferença. Ainda hoje Espanha é denominada Sepharad em Hebreu.
Ganda confusion ó Jota!
jotabilo Escreveu:A terra da palestina está despovoada e por essa altura, uns primos dos judeus, também semitas, vindos da mesma região dos judeus, próxima do mar cáspio, dirigem -se para a palestina e vão ocupar as zonas actualmente conhecidas como a faixa de Gaza e Cisjordânia....eram os que a biblia designa por filisteus.
Os filisteus não eram primos dos hebreus. Julga-se que eram parte de uma grande confederação de povos marítimos com origem na civilização minóica. Nem eram semitas sequer. Pirateavam as costas do mar Egeu e do Egipto até Ramsés III os dominar e instalar em Gaza.
Não confundir com Ramsés II, o Grande e o faraó do Êxodo.
Portanto temos os hebreus a sair do Egipto e a reinstalarem-se em Canaã, com Ramses II e os filisteus a serem instalados em Gaza com Ramsés III. Hebreus batem filisteus por I faraó.
jotabilo Escreveu:Entretanto Moisés que nasce no Egipto, decide regressar à Palestina....anda quarenta anos pelo deserto do sinai...sobe à montanha.....recebe as tábuas da lei....e num acto de ira perante o seu povo em orgia, atira com as tábuas dos mandamentos por terra...Deus como castigo não o deixa entrar na terra prometida....seu filho absalaão toma Jericó ao som das trombetas, dos tímbalos e dos oboés.
Quem entra em Canaã e toma Jericó é Josué. Que não é filho de Moisés. É filho de Nun da tribo de Efraim.
Era, digamos, o aprendiz de Moisés.
jotabilo Escreveu:A Bíblia relata bem e desde sempre essa luta que sempre existiu entre os filisteus e os judeus...simbolizado no relato do desafio e combate entre o David e o Golias....
Os hebreus nessa altura lutaram contra toda a gente que vivia em Canaã. E como referi acima, os filisteus só se instalaram em Gaza uns tempos depois dos hebreus terem invadido a Terra Prometida.
Reparem que me refiro sempre aos Hebreus e não aos Judeus. Judeus são os da tribo de Judah. Uma das doze tribos de Israel, que tomaram o nome a partir dos doze filhos de Jacob. Um subset do povo hebraico.
Mas isso é outra história.
Abraço,
Dwer
There is a difference between knowing the path and walking the path
Dwer
There is a difference between knowing the path and walking the path
comentário
Caros
Um dia Abraão decidiu reunir o seu povo e vir com ele para sudoeste da zona que habitavam junto ao mar cáspio.
Primeiro dirigiram-se para a cidade de UR E aí, miscigenaram-se com os uritas da civilização dos hititas cerca de 4000 AC.
Seguidamente esses povos(os designados povos de hibrim) tomaram a direcção do rio Jordão e chegaram a região habitada pelos Cananeus povo com o qual se misturaram novamente. Os Cananeus eram um povo de comerciantes designadamente de um produto corante vermelho proveniente de um molusco "Phaelanx" de onde poderá ter derivado a expressão Palestina.
Quem ocupou, portanto e primeiramente, a Palestina foram esse povos judeus misturados com os cananeus.
Entretanto um ramo desse povo, que a bíblio refere como os filhos de Jacob....josé e seus irmãos ...vai para o Egipto onde, diz a bíblia. José era o administrador dos silos do Faraó....
Entretanto a terra da palestina ficou despovoada por essa ida para o egipto e por diversas emigrações comerciais para fundarem colónias no mundo conhecido nomeadamente na europa. (os chamados judeus sefarditas na europa teriam essa origem)
A terra da palestina está despovoada e por essa altura, uns primos dos judeus, também semitas, vindos da mesma região dos judeus, próxima do mar cáspio, dirigem -se para a palestina e vão ocupar as zonas actualmente conhecidas como a faixa de Gaza e Cisjordânia....eram os que a biblia designa por filisteus.
Entretanto Moisés que nasce no Egipto, decide regressar à Palestina....anda quarenta anos pelo deserto do sinai...sobe à montanha.....recebe as tábuas da lei....e num acto de ira perante o seu povo em orgia, atira com as tábuas dos mandamentos por terra...Deus como castigo não o deixa entrar na terra prometida....seu filho absalaão toma Jericó ao som das trombetas, dos tímbalos e dos oboés.
Depois sucede toda a gesta de Saul, David até ao poderoso império de Salomão a viver dos réditos que o ouro das minas da rainha do Sabá lhe proporcionavam...
A Bíblia relata bem e desde sempre essa luta que sempre existiu entre os filisteus e os judeus...simbolizado no relato do desafio e combate entre o David e o Golias....
Os romanos um dia ocuparam a palestina...sucedeu a diáspora........
Os judeus seguiram uma vida comercial, errante e de um povo sem pátria....estiveram em Roma....após a queda do império romano ficaram por itália...e as cidades de Florença, Génova, Milão, Veneza,Verona...and so on...eram verdadeiras cidades estado que comerciavam com os àrabes que cercavam pelo sul, a europa.
No Sec XIV porque os àrabes começavam a dificultar esse comércio, muitos judeus de península da Itália, dirigiram-se para Lisboa para tentarem o caminho marítimo tendo em vista esse comércio que ambicionavam....com a ìndia e a Ásia
Em 1383/85 ..financiaram as campanhas do Nuno Álvares Pereira, compraram ao peões de Aljubarrôta...e colocaram no trono o mais ilegítimo dos pretendentes ao trono de Portugal......D João I.. ..Quem teria pago ao Dr João da Regras as suas alegações em favor de D JoãoI??...pelo empenho só poderia ser a burguesia nascente de Lisboa.
Bem...isto não é politicamente correcto mas está mais próximo da verdade.... e depois nós é que fomos os descobridores....enfim coisas...
Feito isso financiaram e deram tecnologia aos mareantes para encontrarem o caminho para a Índia e para outros lados....D Pedro Álvares Cabral era judeu beirão de Belmonte e o mapa de portulano foi trazido de itália....Lisboa tornou-se uma cidade poderosa....
D Manuel I e D joão II correram com eles ...e eles foram para a os paises baixos....passados uns tempos a companhia das indias com sede na Holanda dominava o comércio europeu......
Dizem que hoje ainda por lá andam.....Roterdão...Antuérpia.....coisas.....
Sim ...entre a primeira GG e a segunda GG....recriaram a sua pátria esquecida...com a legitimidade da história e desse testemunho que é a bíblia...
Mas os judeus são essencialmente, um povo, que vive sem pátria.
cumps
Um dia Abraão decidiu reunir o seu povo e vir com ele para sudoeste da zona que habitavam junto ao mar cáspio.
Primeiro dirigiram-se para a cidade de UR E aí, miscigenaram-se com os uritas da civilização dos hititas cerca de 4000 AC.
Seguidamente esses povos(os designados povos de hibrim) tomaram a direcção do rio Jordão e chegaram a região habitada pelos Cananeus povo com o qual se misturaram novamente. Os Cananeus eram um povo de comerciantes designadamente de um produto corante vermelho proveniente de um molusco "Phaelanx" de onde poderá ter derivado a expressão Palestina.
Quem ocupou, portanto e primeiramente, a Palestina foram esse povos judeus misturados com os cananeus.
Entretanto um ramo desse povo, que a bíblio refere como os filhos de Jacob....josé e seus irmãos ...vai para o Egipto onde, diz a bíblia. José era o administrador dos silos do Faraó....
Entretanto a terra da palestina ficou despovoada por essa ida para o egipto e por diversas emigrações comerciais para fundarem colónias no mundo conhecido nomeadamente na europa. (os chamados judeus sefarditas na europa teriam essa origem)
A terra da palestina está despovoada e por essa altura, uns primos dos judeus, também semitas, vindos da mesma região dos judeus, próxima do mar cáspio, dirigem -se para a palestina e vão ocupar as zonas actualmente conhecidas como a faixa de Gaza e Cisjordânia....eram os que a biblia designa por filisteus.
Entretanto Moisés que nasce no Egipto, decide regressar à Palestina....anda quarenta anos pelo deserto do sinai...sobe à montanha.....recebe as tábuas da lei....e num acto de ira perante o seu povo em orgia, atira com as tábuas dos mandamentos por terra...Deus como castigo não o deixa entrar na terra prometida....seu filho absalaão toma Jericó ao som das trombetas, dos tímbalos e dos oboés.
Depois sucede toda a gesta de Saul, David até ao poderoso império de Salomão a viver dos réditos que o ouro das minas da rainha do Sabá lhe proporcionavam...
A Bíblia relata bem e desde sempre essa luta que sempre existiu entre os filisteus e os judeus...simbolizado no relato do desafio e combate entre o David e o Golias....
Os romanos um dia ocuparam a palestina...sucedeu a diáspora........
Os judeus seguiram uma vida comercial, errante e de um povo sem pátria....estiveram em Roma....após a queda do império romano ficaram por itália...e as cidades de Florença, Génova, Milão, Veneza,Verona...and so on...eram verdadeiras cidades estado que comerciavam com os àrabes que cercavam pelo sul, a europa.
No Sec XIV porque os àrabes começavam a dificultar esse comércio, muitos judeus de península da Itália, dirigiram-se para Lisboa para tentarem o caminho marítimo tendo em vista esse comércio que ambicionavam....com a ìndia e a Ásia
Em 1383/85 ..financiaram as campanhas do Nuno Álvares Pereira, compraram ao peões de Aljubarrôta...e colocaram no trono o mais ilegítimo dos pretendentes ao trono de Portugal......D João I.. ..Quem teria pago ao Dr João da Regras as suas alegações em favor de D JoãoI??...pelo empenho só poderia ser a burguesia nascente de Lisboa.
Bem...isto não é politicamente correcto mas está mais próximo da verdade.... e depois nós é que fomos os descobridores....enfim coisas...
Feito isso financiaram e deram tecnologia aos mareantes para encontrarem o caminho para a Índia e para outros lados....D Pedro Álvares Cabral era judeu beirão de Belmonte e o mapa de portulano foi trazido de itália....Lisboa tornou-se uma cidade poderosa....
D Manuel I e D joão II correram com eles ...e eles foram para a os paises baixos....passados uns tempos a companhia das indias com sede na Holanda dominava o comércio europeu......
Dizem que hoje ainda por lá andam.....Roterdão...Antuérpia.....coisas.....
Sim ...entre a primeira GG e a segunda GG....recriaram a sua pátria esquecida...com a legitimidade da história e desse testemunho que é a bíblia...
Mas os judeus são essencialmente, um povo, que vive sem pátria.
cumps
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Em 1948 mais de 1 000 000 de judeus viviam ,alguns a mais de 2 000 anos nos paises arabes .
Restam menos de 5 000, ,
Exode oublié : Juifs des pays arabes (L')
par Moïse Rahmani
(« Si l'opinion publique n'ignore rien du drame des réfugiés palestiniens maintenus volontairement dans cet état de précarité et de misère tant par les régimes arabes que par une Autorité palestinienne corrompue, celui des réfugiés juifs des pays arabes a été occulté durant plus de cinquante ans. Depuis des temps immémoriaux - plus de deux mille ans - des Juifs vivent au Moyen-Orient.
Leur présence est antérieure à l'arrivée de l'islam au VIIe siècle. En 1948, ils sont près d'un million qui devraient jouir de droits identiques à ceux des autres. Cela a donné naissance au mythe de la co-existence pacifique entre Juifs et Arabes. La déclaration d'indépendance d'Israël, le 15 mai 1948, voit déferler sur les communautés juives des pays arabes une vague de violence entraînant un début d'exode. Meurtres, arrestations, saisies des biens, expulsions... Par dizaines de milliers ils quittent cette terre d'Islam devenue inhospitalière. Chaque conflit entre Israël et ses voisins entraîne une nouvelle fuite des Juifs qui s'accrochent encore : 1956, 1967, 1973.
2003 : les communautés juives, jadis prospères, sont exsangues. Aujourd'hui, moins de quatre mille trois cents Juifs vivent, toujours menacés, dans les pays arabo-musulmans. Cinquante ans ont passé, les souvenirs affleurent. Leurs enfants, le monde doivent connaître enfin la vérité. Par le biais de souvenirs personnels de l'auteur et à travers des témoignages, souvent poignants, sans complaisance mais sans haine ni amertume, voici les heurs et malheurs des Juifs des pays arabes. » (présentation de l'éditeur)
Préface d'Alexandre Del Valle
Dans BiblioMonde
L'exclusion des Juifs des pays arabes
Hassan II et les juifs : L'Histoire d'une l'émigration secrète, celle des juifs du Maroc vers Israël, avec la bienveillance du roi Hassan II.
Restam menos de 5 000, ,
Exode oublié : Juifs des pays arabes (L')
par Moïse Rahmani
(« Si l'opinion publique n'ignore rien du drame des réfugiés palestiniens maintenus volontairement dans cet état de précarité et de misère tant par les régimes arabes que par une Autorité palestinienne corrompue, celui des réfugiés juifs des pays arabes a été occulté durant plus de cinquante ans. Depuis des temps immémoriaux - plus de deux mille ans - des Juifs vivent au Moyen-Orient.
Leur présence est antérieure à l'arrivée de l'islam au VIIe siècle. En 1948, ils sont près d'un million qui devraient jouir de droits identiques à ceux des autres. Cela a donné naissance au mythe de la co-existence pacifique entre Juifs et Arabes. La déclaration d'indépendance d'Israël, le 15 mai 1948, voit déferler sur les communautés juives des pays arabes une vague de violence entraînant un début d'exode. Meurtres, arrestations, saisies des biens, expulsions... Par dizaines de milliers ils quittent cette terre d'Islam devenue inhospitalière. Chaque conflit entre Israël et ses voisins entraîne une nouvelle fuite des Juifs qui s'accrochent encore : 1956, 1967, 1973.
2003 : les communautés juives, jadis prospères, sont exsangues. Aujourd'hui, moins de quatre mille trois cents Juifs vivent, toujours menacés, dans les pays arabo-musulmans. Cinquante ans ont passé, les souvenirs affleurent. Leurs enfants, le monde doivent connaître enfin la vérité. Par le biais de souvenirs personnels de l'auteur et à travers des témoignages, souvent poignants, sans complaisance mais sans haine ni amertume, voici les heurs et malheurs des Juifs des pays arabes. » (présentation de l'éditeur)
Préface d'Alexandre Del Valle
Dans BiblioMonde
L'exclusion des Juifs des pays arabes
Hassan II et les juifs : L'Histoire d'une l'émigration secrète, celle des juifs du Maroc vers Israël, avec la bienveillance du roi Hassan II.
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- Registado: 18/1/2008 16:20
habanero04 Escreveu:Já agora, e tendo dúvida no tema, também faço uma pergunta:
A tecnologia utilizada para produzir energia nuclear para uso no abastecimento energético é a mesma que a que serve para enriquecimento de urânio que possa ser utilizado em armas nucleares?
É.
O que se faz é aumentar a concentração de U235 no urânio natural. Para produção de energia é uma concentração de 3 a 5%, para armas nucleares é superior a 90%.
EuroVerde Escreveu:É Terra Santa, por isso a meu ver os arabes nunca irão destruir Israel com uma bomba nuclear devido ao Amor aquela terra.
Talvez sim, talvez não.
O problema é que as consequências seriam tais que nem sequer se pode correr esse risco.
E já agora, os iranianos não são árabes, são persas.
E também quem não quer parecer um lobo é melhor não lhe vestir a pele...
Editado pela última vez por atomez em 1/7/2008 19:25, num total de 2 vezes.
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
Niccolò Machiavelli
http://www.facebook.com/atomez
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Habanero, penso que sim.
carrancho, Israel é terra raiz, terra mãe de critãos, judeus e arabes à mais de 2000 anos.
É Terra Santa, por isso a meu ver os arabes nunca irão destruir Israel com uma bomba nuclear devido ao Amor aquela terra. Isso seria matarem-se a eles próprios e aos outros aos bocadinhos porque como sabemos, as radiações atómicas uma vez instaladas preduram décadas e décadas provocando sérias manzelas em tudo o que é Vida. Veja-se o caso do Japão, os bebés nasciam deficientes. Penso que jámais alguém quer isso. Ninguém lá se atreveria a ir depois de lagada a bomba.
Nenhum iraniano quer isso.
porque uma coisa é o que se inventa e outra é a realidade.
Mas o que se inventa, muitas vezes transforma-se em realidade e esse é que é o mal maior.
Não é o mesmo que alguém agora lembrar-se de invadir Portugal e criar um Estado dentro no nosso país.
Israel é bastante mais complexo.
carrancho, Israel é terra raiz, terra mãe de critãos, judeus e arabes à mais de 2000 anos.
É Terra Santa, por isso a meu ver os arabes nunca irão destruir Israel com uma bomba nuclear devido ao Amor aquela terra. Isso seria matarem-se a eles próprios e aos outros aos bocadinhos porque como sabemos, as radiações atómicas uma vez instaladas preduram décadas e décadas provocando sérias manzelas em tudo o que é Vida. Veja-se o caso do Japão, os bebés nasciam deficientes. Penso que jámais alguém quer isso. Ninguém lá se atreveria a ir depois de lagada a bomba.
Nenhum iraniano quer isso.
porque uma coisa é o que se inventa e outra é a realidade.
Mas o que se inventa, muitas vezes transforma-se em realidade e esse é que é o mal maior.
Não é o mesmo que alguém agora lembrar-se de invadir Portugal e criar um Estado dentro no nosso país.
Israel é bastante mais complexo.
carrancho Escreveu:Israel existe há meia duzia de décadas, com a ajuda Europeia e Americana
E também curiosamente com a ajuda soviética. Na votação da ONU que criou o estado de Israel a URSS e seus satélies votaram todos a favor.
Na altura interessava-lhes porque todo o Médio Oriente estava sob influência americana, inglesa e francesa e queriam ter um aliado na zona. Mas depois saiu tudo ao contrário.
carrancho Escreveu:mas porquê, porquê naquele sitio e não em outro? Quem lá estava antes? Porque teve de sair?
Isso depende do que se entende por "antes".
Na antiguidade, desde há uns 4000 atrás, estavam lá os judeus, os habitantes da Judeia. No século I os Romanos conquistaram a zona mas os judeus não gostavam disso e moviam-lhes uma guerra de guerrilha. Até que às tantas os romanos se chatearam de vez, e no ano 70 liquidaram quase todos os judeus e expulsaram de lá os que sobraram, que se espalharam por todo o mundo -- a diáspora.
A seguir a zona foi conquistada pelos árabes e depois pelos turcos otomanos.
No final da 1ª Guerra Mundial com a derrota dos turcos a zona foi dividida por americanos, ingleses e franceses. Só que durante a guerra os ingleses prometeram essa zona de volta aos árabes se os ajudassem a combater os turcos (episódio Lawrence da Arábia) e também aos judeus pela mesma razão (documento Balfour) - é que na altura interessava-lhes que na Russia o novo governo bolchevique saido da revolução russa continuasse na guerra contra a Alemanha (Trotsky e outros influentes eram judeus)
A seguir à 2ª Guerra Mundial e depois do Holocausto as potências vitoriosas decidiram através da ONU a criação do estado de Israel. Os palestinianos e árabes em geral sempre se opuseram e o resultado é o que temos hoje.
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
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Acho que estão bem uns para os outros, Israelitas e Palestinianos. O que eu nunca compreendi muito bem é qual a legitimidade para se ter criado o estado de Israel naquele local? Israel existe há meia duzia de décadas, com a ajuda Europeia e Americana, mas porquê, porquê naquele sitio e não em outro? Quem lá estava antes? Porque teve de sair?
Vejo que há por aqui muitos bons alunos de História talvez me possam tirar esta duvida.
Abraço,
Carrancho
Vejo que há por aqui muitos bons alunos de História talvez me possam tirar esta duvida.
Abraço,
Carrancho
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Camisa Roxa Escreveu:fosse o poderio militar ao contrário e já israel tinha sido aniquilado
Ah pois. Como dizia um israelita -- "a primeira guerra que perdermos é a última"
E convém não esquecer que TODAS as guerras israelo-árabes que já houve foram SEMPRE desencadeadas por estes últimos.
O problema de um Irão nuclear é que basta uma única bomba atómica para acabar com Israel. E eles sabem bem disso.
Camisa Roxa Escreveu: até o obama, novo ídolo da esquerda europeia, já referiu que fará TUDO para que o irão seja refreado
Essa é mesmo uma ilusão "esquerdista". Eles ainda não perceberam que nos States, de um ponto de vista europeu, a eleição do presidente é uma escolha entre a direita e a extrema-direita...
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
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é evidente que existem excessos do lado israelita
contudo, são quase inevitáveis quando se convive por todo o lado com fanáticos que apregoam a fúria de destruir Israel
fosse o poderio militar ao contrário e já israel tinha sido aniquilado
só acho estranho que sendo israel parte do ocidente com uma cultura e valores democráticos semelhantes aos nossos, exista tanto preconceito ocidental contra esse país em favor de povos que vivem ainda numa idade das trevas em termos do respeito pelos direitos fundamentais dos cidadãos
o que é facto é que o Irão afirmou que irá destruir israel à 1ª oportunidade, pelo que há que fazer tudo para o impedir. até o obama, novo ídolo da esquerda europeia, já referiu que fará TUDO para que o irão seja refreado
contudo, são quase inevitáveis quando se convive por todo o lado com fanáticos que apregoam a fúria de destruir Israel
fosse o poderio militar ao contrário e já israel tinha sido aniquilado
só acho estranho que sendo israel parte do ocidente com uma cultura e valores democráticos semelhantes aos nossos, exista tanto preconceito ocidental contra esse país em favor de povos que vivem ainda numa idade das trevas em termos do respeito pelos direitos fundamentais dos cidadãos
o que é facto é que o Irão afirmou que irá destruir israel à 1ª oportunidade, pelo que há que fazer tudo para o impedir. até o obama, novo ídolo da esquerda europeia, já referiu que fará TUDO para que o irão seja refreado

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... forecasting exchange rates has a success rate no better than that of forecasting the outcome of a coin toss - Alan Greenspan (2004)
Irão
Oh meu Ilustre amigo Crómio, isso nunca me passou pela cabeça! estou a comentar um texto que expôe, numa altura geopolítica dificil.
Compreenda que me entristece toda este anti-Israelismo ainda por cima quando o oponente é o Irão.
Já nos esquecemos da reacção deste país ás caricaturas do Profeta feitas por um dinamarques, com toda a liberdade da escrita a que tem direito? Dinamarques esse que nem é judeu nem israelita?
Queimaram-se igrejas, assassinaram-se freiras e manifestaram-se lá á maneira deles.
E como se isso não chegasse, o cretino do Irão abriu um concurso para piadas sobre o Holocausto.Porquê??Andou Israel a publicar artigos sobre o Profeta? ou desenhos ofensivos lá á religião deles??
Porquê toda esta tradição anti-Israel? Porque ainda não existe o estado Palestiniano? E quando existir a Palestina alguem acha que este anti-Israelismo acaba? só se ainda acreditam no Pai Natal ou nas virgens todas que estão lá á espera nuns tempos melhores...
Pelo menos por lá não há Bolsa - deve ser o Inferno completo
Abraço
Clinico
Compreenda que me entristece toda este anti-Israelismo ainda por cima quando o oponente é o Irão.
Já nos esquecemos da reacção deste país ás caricaturas do Profeta feitas por um dinamarques, com toda a liberdade da escrita a que tem direito? Dinamarques esse que nem é judeu nem israelita?
Queimaram-se igrejas, assassinaram-se freiras e manifestaram-se lá á maneira deles.
E como se isso não chegasse, o cretino do Irão abriu um concurso para piadas sobre o Holocausto.Porquê??Andou Israel a publicar artigos sobre o Profeta? ou desenhos ofensivos lá á religião deles??
Porquê toda esta tradição anti-Israel? Porque ainda não existe o estado Palestiniano? E quando existir a Palestina alguem acha que este anti-Israelismo acaba? só se ainda acreditam no Pai Natal ou nas virgens todas que estão lá á espera nuns tempos melhores...
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Abraço
Clinico
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Clínico,
Atenção, não confundir a notícia anterior com a minha opinião.
Só referi que o fundamentalismo semita também existe, é um facto.
De resto concordo com a tua opinião (pronto, vá lá que a parte da ignorância e da inteligência parda não levo a mal vindo de quem vem...).
Um Abraço e... שָׁלוֹם
Atenção, não confundir a notícia anterior com a minha opinião.
Só referi que o fundamentalismo semita também existe, é um facto.
De resto concordo com a tua opinião (pronto, vá lá que a parte da ignorância e da inteligência parda não levo a mal vindo de quem vem...).
Um Abraço e... שָׁלוֹם
There are two kinds of investors: those who don't know where the market is headed, and those who don't know that they don't know.
William Bernstein
William Bernstein
Irão
Porque omite esta inteligencia parda, que escreve artigos tão didácticos, que o Irão ameaçou vez após vez irradicar Israel do mapa???
An incovinient truth???
Alguma vez Israel ameaçou alguem com o seu poder nuclear??
Pelo tamanho do país, a prevenção sobrepoe-seá defesa. E eu estou inteiramente de acordo.
Israel está-se nas tintas para o Irão até ao dia em que foi ameaçado.
Agora queixem-se! A diátribe de que Israel é o lacaio dos EUA é como a cassete dos partidos de esquerda. Já saiu dos top ten há muitos anos...
Irão tem o direito de ter energia nuclear?? Tem. No dia em que tiver juizo. Alguem vai entregar uma arma a um doido que passa a vida a ameaçar tudo e todos?
Chegou a altura de engulirem as asneiradas que fizeram e não precisamos destas senhoras para incutir mais ódio contra Israel. Porque não vai esta senhora viver para o Irão??
Aqui não se trata de Americanos! Trata-se, entenda-se de uma vez por todas, da sobrevivencia de Israel.
Abraços
Clinico
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An incovinient truth???
Alguma vez Israel ameaçou alguem com o seu poder nuclear??
Pelo tamanho do país, a prevenção sobrepoe-seá defesa. E eu estou inteiramente de acordo.
Israel está-se nas tintas para o Irão até ao dia em que foi ameaçado.
Agora queixem-se! A diátribe de que Israel é o lacaio dos EUA é como a cassete dos partidos de esquerda. Já saiu dos top ten há muitos anos...
Irão tem o direito de ter energia nuclear?? Tem. No dia em que tiver juizo. Alguem vai entregar uma arma a um doido que passa a vida a ameaçar tudo e todos?
Chegou a altura de engulirem as asneiradas que fizeram e não precisamos destas senhoras para incutir mais ódio contra Israel. Porque não vai esta senhora viver para o Irão??
Aqui não se trata de Americanos! Trata-se, entenda-se de uma vez por todas, da sobrevivencia de Israel.
Abraços
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http://resistir.info/irao/ameacas_irao.html
Agrava-se o perigo de um ataque contra o Irão (directamente pelo Pentágono ou por Israel)
por Sara Flounders
Agrava-se o perigo de um ataque contra o Irão (directamente pelo Pentágono ou por Israel)
por Sara Flounders
O Primeiro-ministro israelense Ehud Olmert foi a Washington exigir que se pare o programa nuclear iraniano "através de todos os meios possíveis". Olmert e uma delegação de políticos americanos dirigiram-se a uma plateia de elementos do American Israel Public Affairs Committee (AIPAC). Os concorrentes à presidência dos dois partidos imperialistas, bem como senadores pertencentes às principais comissões do Congresso, repetiram a mesma lenga-lenga em uníssono. Democratas e republicanos pareciam unidos ao alinhar-se para expressar o seu apoio inequívoco a Israel e, para ameaçar o Irão. Eles apresentaram o seu programa de desenvolvimento de energia nuclear, que é totalmente legal, como uma ameaça terrível para a "paz mundial".
Esta ameaça sabiamente orquestrada foi ainda mais reforçada depois do regresso de Olmert a Israel após a convenção. Passadas algumas horas depois do seu regresso, o vice-primeiro ministro, Shaul Mofaz, qualificava de "inevitável" a guerra contra o Irão. Mofaz, antigo chefe militar e antigo ministro da Defesa, foi o representante israelense num diálogo estratégico sobre o Irão com os oficiais americanos. Ele declarou que se o Irão continuar com o seu programa nuclear, Israel passará ao ataque pois não há escolha num período em que "as opções estão a desaparecer e as sanções já provaram ser ineficazes".
Os meios de comunicação internacionais desencadearam uma onda de contestação por causa destas declarações provocatórias e ameaçadoras. O preço do petróleo disparou para 138 dólares por barril, o que é sem precedentes. O primeiro-ministro Olmert atiçou ainda mais as chamas ao recusar descartar a hipótese de uma ofensiva militar contra o Irão. "Todas as opções, incluindo a militar, devem permanecer sobre a mesa", disse ele, fazendo eco das políticas de Bush.
Este episódio só reforçou a ideia de que Israel é um instrumento da política americana, quando as administrações americanas não estão em condições de agir directamente.
Por diversas vezes, Washington deu o seu pleno apoio político, económico e militar aos crimes israelenses: nos anos 60 e 70, as guerras repetidas de Israel para afastar a crescente onda do nacionalismo árabe; em 1981, quando Israel bombardeou o reactor nuclear iraquiano; nos anos 80, quando Israel levou esquadrões da morte para a América Central; quando Israel apoiou o apartheid sul-africano; quando bombardeou o Líbano em 2006 e no caso das recentes investidas contra a Síria.
O AIPAC serve o poder das grandes empresas americanas
O AIPAC transformou-se num poderoso lobby porque sempre seguiu uma linha política propícia aos interesses financeiros da secção mais poderosa das grandes empresas americanas – as indústrias militares e petrolíferas. O AIPAC opera em regime de tandem com estas. Frequentemente, os gigantes da indústria militar americana recorreram aos serviços do AIPAC para influenciar a política mesmo no interior dos Estados Unidos. O grupo sionista foi uma das principais forças de uma constelação de instituições que incitaram os Estados Unidos a invadir o Iraque e o Afeganistão.
Israel está totalmente ligado ao Pentágono e depende dele em todos os aspectos. Durante 60 anos, milhares de dólares de ajuda americana foram para Israel – geralmente para comprar sistemas de armamento americano, aviões a jacto, tanques, etc. Esta situação, por sua vez, alimenta e justifica novas aquisições de armamento por parte dos regimes árabes dependentes dos Estados Unidos.
Empresas como Lockheed Martin, General Electric Co., Northrop Grumman e Boeing estão mais do que dispostas a dar milhões de dólares aos lobbyistas militares e ao AIPAC. Por sua vez, estes oferecem generosas doações aos políticos, republicanos e democratas, para que eles garantam contratos de milhares de milhões de dólares em armamento e para que mobilizem os espíritos em favor de ofensivas militares, do desenvolvimento de mais bases americanas no estrangeiro e de guerras intermináveis.
A divisão no seio da classe dominante americana
Confrontados com o desaire da ocupação do Iraque e do Afeganistão, assiste-se a uma profunda divisão no seio dos círculos dirigentes americanos, inclusive entre a elite do Pentágono, quanto ao fundamento de um ataque contra o Irão e ao modo de o encetar. Esta oposição não se baseia em preocupações humanitárias com o povo iraniano, nem com as tropas ou os trabalhadores americanos. Não, a questão é mais prosaica, e assenta no receio de uma explosão política na região.
A indecisão e as rivalidades crescentes estão na ordem do dia. Os dois últimos anos foram marcados por fugas de informação, por revelações extensas e detalhadas de Seymour Hersh na revista New Yorker e por demissões de altos funcionários civis e militares. O almirante William J. Fallon, chefe do comando central americano para o Médio Oriente, a Ásia do Sul e a Ásia Central, foi forçado a demitir-se depois de a revista Esquire ter exposto as suas profundas reservas quanto a um possível ataque contra o Irão.
Há cerca de um ano atrás, um jornal londrino anunciava que alguns dos altos responsáveis militares do Pentágono estavam preparados para se demitirem no caso de a Casa Branca ordenar ataques militares contra o Irão. ( Sunday Times, 25/Fevereiro/2007)
O ímpeto de guerra contra o Irão foi adiado quando, em Dezembro passado, veio a público um relatório dos Serviços Nacionais de Informação americanos no qual se defendia que o Irão não dispunha de armas nucleares nem desenvolvia nenhum programa nuclear há mais de cinco anos, pelo menos.
O abalo mais recente nas altas instâncias traduziu-se nas demissões forçadas do secretário da Força Aérea Michael Wayne e do Chefe de Estado-maior, general Michael Mosley, alegadamente devido a uma "série de falhas" na manipulação de armas nucleares americanas por parte da Força Aérea. Conta-se que quatro componentes cruciais de armas nucleares terão sido enviadas "por engano" para Taiwan. Para além disso, diz-se também que um bombardeiro B-52 armado "por engano" com seis mísseis de cruzeiro constituídos por ogivas nucleares terá atravessado os Estados Unidos. Estes dois enganos já eram conhecidos há mais de um ano. Será que o abalo tem alguma ligação com o esclarecimento sobre o Irão?
Relatórios dizendo que a administração Bush prevê lançar um ataque aéreo contra o Irão nos próximos dois meses foram também apresentados, no dia 28 de Maio, no Asia Times On-Line.
De acordo com o artigo, dois importantes senadores americanos falaram sobre o ataque: Dianne Feinstein, democrata da Califórnia, e Richard Lugar, republicano de Indiana, têm a intenção de tornar pública a sua oposição a estes planos. No entanto, o editorial destinado a sair no New York Times ainda se faz esperar.
Entretanto, o antigo ministro alemão dos Negócios Estrangeiros, Joschka Fischer escreveu no quotidiano israelense Haaretz do dia 1 de Junho que Bush e Olmert parecem ter a intenção de pôr um termo ao programa nuclear iraniano "mais através de meios militares do que diplomáticos". Fischer teme que o Médio Oriente embarque num novo e perigoso conflito militar.
O direito do Irão à energia nuclear
O enviado do Irão às Nações Unidas, Mohammad Khazaee, apresentou um protesto junto do secretário-geral Ban Ki-moon e do Conselho de Segurança a propósito das ameaças israelenses. Khazaee insiste no facto de uma ameaça tão perigosa contra um Estado soberano e membro das Nações Unidas constituir uma violação das leis internacionais e de ir contra os princípios fundamentais da Carta das Nações Unidas, carecendo assim de uma resposta resoluta e clara, particularmente da parte do Conselho de Segurança.
O Irão tem o direito, em conformidade com o direito internacional, de desenvolver um programa de energia nuclear. Ele é signatário do Tratado de Não Proliferação Nuclear. A Agência Internacional de Energia Atómica já inspeccionou diversas vezes as instalações nucleares do Irão.
Israel, todavia, nunca assinou o tratado de não proliferação, e recusou o mínimo controlo sobre o seu bem conhecido programa de armamento nuclear que engloba mais de 200 ogivas nucleares.
O governo americano desenvolveu uma nova geração de armas nucleares tácticas que violam igualmente os acordos e tratados que visam limitar e restringir as armas nucleares.
Actualmente, a classe dirigente americana compreende, num estado de pânico crescente, que é incapaz de controlar os acontecimentos. São os acontecimentos que a controlam – desde a crise económica que se agrava e escapa a toda e qualquer solução até a uma guerra na qual a vitória será impossível. Tudo isto torna estes predadores planetários tendencialmente mais desesperados, sujeitos a divisões e dispostos a aventuras militares ainda mais precipitadas.
A única verdadeira oposição ao perigo crescente de uma nova guerra virá dos cidadãos comuns e não do mundo político. Espera-se que tais forças, numa escala mundial, comecem a preocupar-se seriamente com esta propensão para a guerra e a mobilizar-se.
11/Junho/2008
O original encontra-se em http://www.workers.org/2008/world/iran_0619/.
A versão em francês em www.michelcollon.info/ . Tradução de RM.
Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .
30/Jun/08
http://resistir.info/irao/ameacas_irao.html
Cumprimentos
Agrava-se o perigo de um ataque contra o Irão (directamente pelo Pentágono ou por Israel)
por Sara Flounders
Agrava-se o perigo de um ataque contra o Irão (directamente pelo Pentágono ou por Israel)
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O Primeiro-ministro israelense Ehud Olmert foi a Washington exigir que se pare o programa nuclear iraniano "através de todos os meios possíveis". Olmert e uma delegação de políticos americanos dirigiram-se a uma plateia de elementos do American Israel Public Affairs Committee (AIPAC). Os concorrentes à presidência dos dois partidos imperialistas, bem como senadores pertencentes às principais comissões do Congresso, repetiram a mesma lenga-lenga em uníssono. Democratas e republicanos pareciam unidos ao alinhar-se para expressar o seu apoio inequívoco a Israel e, para ameaçar o Irão. Eles apresentaram o seu programa de desenvolvimento de energia nuclear, que é totalmente legal, como uma ameaça terrível para a "paz mundial".
Esta ameaça sabiamente orquestrada foi ainda mais reforçada depois do regresso de Olmert a Israel após a convenção. Passadas algumas horas depois do seu regresso, o vice-primeiro ministro, Shaul Mofaz, qualificava de "inevitável" a guerra contra o Irão. Mofaz, antigo chefe militar e antigo ministro da Defesa, foi o representante israelense num diálogo estratégico sobre o Irão com os oficiais americanos. Ele declarou que se o Irão continuar com o seu programa nuclear, Israel passará ao ataque pois não há escolha num período em que "as opções estão a desaparecer e as sanções já provaram ser ineficazes".
Os meios de comunicação internacionais desencadearam uma onda de contestação por causa destas declarações provocatórias e ameaçadoras. O preço do petróleo disparou para 138 dólares por barril, o que é sem precedentes. O primeiro-ministro Olmert atiçou ainda mais as chamas ao recusar descartar a hipótese de uma ofensiva militar contra o Irão. "Todas as opções, incluindo a militar, devem permanecer sobre a mesa", disse ele, fazendo eco das políticas de Bush.
Este episódio só reforçou a ideia de que Israel é um instrumento da política americana, quando as administrações americanas não estão em condições de agir directamente.
Por diversas vezes, Washington deu o seu pleno apoio político, económico e militar aos crimes israelenses: nos anos 60 e 70, as guerras repetidas de Israel para afastar a crescente onda do nacionalismo árabe; em 1981, quando Israel bombardeou o reactor nuclear iraquiano; nos anos 80, quando Israel levou esquadrões da morte para a América Central; quando Israel apoiou o apartheid sul-africano; quando bombardeou o Líbano em 2006 e no caso das recentes investidas contra a Síria.
O AIPAC serve o poder das grandes empresas americanas
O AIPAC transformou-se num poderoso lobby porque sempre seguiu uma linha política propícia aos interesses financeiros da secção mais poderosa das grandes empresas americanas – as indústrias militares e petrolíferas. O AIPAC opera em regime de tandem com estas. Frequentemente, os gigantes da indústria militar americana recorreram aos serviços do AIPAC para influenciar a política mesmo no interior dos Estados Unidos. O grupo sionista foi uma das principais forças de uma constelação de instituições que incitaram os Estados Unidos a invadir o Iraque e o Afeganistão.
Israel está totalmente ligado ao Pentágono e depende dele em todos os aspectos. Durante 60 anos, milhares de dólares de ajuda americana foram para Israel – geralmente para comprar sistemas de armamento americano, aviões a jacto, tanques, etc. Esta situação, por sua vez, alimenta e justifica novas aquisições de armamento por parte dos regimes árabes dependentes dos Estados Unidos.
Empresas como Lockheed Martin, General Electric Co., Northrop Grumman e Boeing estão mais do que dispostas a dar milhões de dólares aos lobbyistas militares e ao AIPAC. Por sua vez, estes oferecem generosas doações aos políticos, republicanos e democratas, para que eles garantam contratos de milhares de milhões de dólares em armamento e para que mobilizem os espíritos em favor de ofensivas militares, do desenvolvimento de mais bases americanas no estrangeiro e de guerras intermináveis.
A divisão no seio da classe dominante americana
Confrontados com o desaire da ocupação do Iraque e do Afeganistão, assiste-se a uma profunda divisão no seio dos círculos dirigentes americanos, inclusive entre a elite do Pentágono, quanto ao fundamento de um ataque contra o Irão e ao modo de o encetar. Esta oposição não se baseia em preocupações humanitárias com o povo iraniano, nem com as tropas ou os trabalhadores americanos. Não, a questão é mais prosaica, e assenta no receio de uma explosão política na região.
A indecisão e as rivalidades crescentes estão na ordem do dia. Os dois últimos anos foram marcados por fugas de informação, por revelações extensas e detalhadas de Seymour Hersh na revista New Yorker e por demissões de altos funcionários civis e militares. O almirante William J. Fallon, chefe do comando central americano para o Médio Oriente, a Ásia do Sul e a Ásia Central, foi forçado a demitir-se depois de a revista Esquire ter exposto as suas profundas reservas quanto a um possível ataque contra o Irão.
Há cerca de um ano atrás, um jornal londrino anunciava que alguns dos altos responsáveis militares do Pentágono estavam preparados para se demitirem no caso de a Casa Branca ordenar ataques militares contra o Irão. ( Sunday Times, 25/Fevereiro/2007)
O ímpeto de guerra contra o Irão foi adiado quando, em Dezembro passado, veio a público um relatório dos Serviços Nacionais de Informação americanos no qual se defendia que o Irão não dispunha de armas nucleares nem desenvolvia nenhum programa nuclear há mais de cinco anos, pelo menos.
O abalo mais recente nas altas instâncias traduziu-se nas demissões forçadas do secretário da Força Aérea Michael Wayne e do Chefe de Estado-maior, general Michael Mosley, alegadamente devido a uma "série de falhas" na manipulação de armas nucleares americanas por parte da Força Aérea. Conta-se que quatro componentes cruciais de armas nucleares terão sido enviadas "por engano" para Taiwan. Para além disso, diz-se também que um bombardeiro B-52 armado "por engano" com seis mísseis de cruzeiro constituídos por ogivas nucleares terá atravessado os Estados Unidos. Estes dois enganos já eram conhecidos há mais de um ano. Será que o abalo tem alguma ligação com o esclarecimento sobre o Irão?
Relatórios dizendo que a administração Bush prevê lançar um ataque aéreo contra o Irão nos próximos dois meses foram também apresentados, no dia 28 de Maio, no Asia Times On-Line.
De acordo com o artigo, dois importantes senadores americanos falaram sobre o ataque: Dianne Feinstein, democrata da Califórnia, e Richard Lugar, republicano de Indiana, têm a intenção de tornar pública a sua oposição a estes planos. No entanto, o editorial destinado a sair no New York Times ainda se faz esperar.
Entretanto, o antigo ministro alemão dos Negócios Estrangeiros, Joschka Fischer escreveu no quotidiano israelense Haaretz do dia 1 de Junho que Bush e Olmert parecem ter a intenção de pôr um termo ao programa nuclear iraniano "mais através de meios militares do que diplomáticos". Fischer teme que o Médio Oriente embarque num novo e perigoso conflito militar.
O direito do Irão à energia nuclear
O enviado do Irão às Nações Unidas, Mohammad Khazaee, apresentou um protesto junto do secretário-geral Ban Ki-moon e do Conselho de Segurança a propósito das ameaças israelenses. Khazaee insiste no facto de uma ameaça tão perigosa contra um Estado soberano e membro das Nações Unidas constituir uma violação das leis internacionais e de ir contra os princípios fundamentais da Carta das Nações Unidas, carecendo assim de uma resposta resoluta e clara, particularmente da parte do Conselho de Segurança.
O Irão tem o direito, em conformidade com o direito internacional, de desenvolver um programa de energia nuclear. Ele é signatário do Tratado de Não Proliferação Nuclear. A Agência Internacional de Energia Atómica já inspeccionou diversas vezes as instalações nucleares do Irão.
Israel, todavia, nunca assinou o tratado de não proliferação, e recusou o mínimo controlo sobre o seu bem conhecido programa de armamento nuclear que engloba mais de 200 ogivas nucleares.
O governo americano desenvolveu uma nova geração de armas nucleares tácticas que violam igualmente os acordos e tratados que visam limitar e restringir as armas nucleares.
Actualmente, a classe dirigente americana compreende, num estado de pânico crescente, que é incapaz de controlar os acontecimentos. São os acontecimentos que a controlam – desde a crise económica que se agrava e escapa a toda e qualquer solução até a uma guerra na qual a vitória será impossível. Tudo isto torna estes predadores planetários tendencialmente mais desesperados, sujeitos a divisões e dispostos a aventuras militares ainda mais precipitadas.
A única verdadeira oposição ao perigo crescente de uma nova guerra virá dos cidadãos comuns e não do mundo político. Espera-se que tais forças, numa escala mundial, comecem a preocupar-se seriamente com esta propensão para a guerra e a mobilizar-se.
11/Junho/2008
O original encontra-se em http://www.workers.org/2008/world/iran_0619/.
A versão em francês em www.michelcollon.info/ . Tradução de RM.
Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .
30/Jun/08
http://resistir.info/irao/ameacas_irao.html
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