Os "porquês" na AT
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Re: Os "porquês" na AT
ardinario Escreveu:Embora seja ainda muito verde na matéria, tenho vindo a aprofundar os meus conhecimentos na AT. No entanto, existem alguns conceitos que não consigo compreender completamente, mais concretamente o porquê de serem considerados indicadores.
Por exemplo, compreendo a definição de suporte/resistência no que diz respeito a um título individual e o porquê de em grande parte das vezes se traterem de valores redondos, pois são sobre esses que o cérebro humano mais tende a fixar.
O que me faz alguma confusão é que existam suportes/resitências sobre os índices. Compreendo que eles sejam definidos porque no passado já tocaram nesse ponto, mas tratando-se de um índice, logo uma soma (ponderada ou não) de títulos, por que razão eles são considerados válidos como suporte/resistência?
Penso que os anexos podem-lhe tirar as suas dúvidas, contudo vou-lhe mencionar apenas um exº
No dia 20 de Junho o PSI faz novos minimos anuais e se reparar a EDP que é a empresa que mais peso tem no índice com 16,46 tb faz novos minimos anuais nesse dia.
Pelo que pude observar nas outras grandes empresas quse todas elas estão próximas dos seus minimos anuais no dia 20.
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http://www.investmax.com.br/iM/content. ... tentId=665
O primeiro ombro forma-se quando surge a pressão compradora no mercado que leva a que o título suba e atinja um primeiro máximo. Nesse momento, os vendedores tomam conta do mercado o que leva a uma queda da cotação. Após esse período de tempo, os investidores que não entraram no primeiro máximo ou os investidores que querem repetir as mais valias voltam a entrar no papel o que força uma nova alta da cotação, desta vez ainda com mais força. O novo máximo é assim superior ao máximo do ombro esquerdo. Está formada a cabeça. Esta nova alta da cotação está sempre associada a um forte volume.
Mal se atinge o novo máximo instala-se uma pressão vendedora que pretende tomar mais valias desta nova alta. A conseqüência imediata é a nova queda da cotação do título.
Nessa altura há ainda (poucos) investidores no mercado que pensam ainda poder tomar mais valias que lhes escaparam nos rallies anteriores pelo que a pressão compradora aumenta no mercado fazendo subir de novo as cotações (segundo ombro). Mas desta vez, além do máximo ser menor do que o máximo do primeiro ombro, o volume é menor, pois o interesse comprador do mercado também é menor. Assim, nova queda do título é inevitável com os vendedores a tomarem conta do mercado após ser alcançado novo máximo.
Durante esta nova tendência de queda das cotações pode acontecer que seja penetrada a linha de pescoço. Nesta situação é usual que os bulls tentem que as cotações subam novamente e quebrem a linha de pescoço. Caso tal não suceda, é muito provável que as cotações caíam rapidamente e com forte volume.
O primeiro ombro forma-se quando surge a pressão compradora no mercado que leva a que o título suba e atinja um primeiro máximo. Nesse momento, os vendedores tomam conta do mercado o que leva a uma queda da cotação. Após esse período de tempo, os investidores que não entraram no primeiro máximo ou os investidores que querem repetir as mais valias voltam a entrar no papel o que força uma nova alta da cotação, desta vez ainda com mais força. O novo máximo é assim superior ao máximo do ombro esquerdo. Está formada a cabeça. Esta nova alta da cotação está sempre associada a um forte volume.
Mal se atinge o novo máximo instala-se uma pressão vendedora que pretende tomar mais valias desta nova alta. A conseqüência imediata é a nova queda da cotação do título.
Nessa altura há ainda (poucos) investidores no mercado que pensam ainda poder tomar mais valias que lhes escaparam nos rallies anteriores pelo que a pressão compradora aumenta no mercado fazendo subir de novo as cotações (segundo ombro). Mas desta vez, além do máximo ser menor do que o máximo do primeiro ombro, o volume é menor, pois o interesse comprador do mercado também é menor. Assim, nova queda do título é inevitável com os vendedores a tomarem conta do mercado após ser alcançado novo máximo.
Durante esta nova tendência de queda das cotações pode acontecer que seja penetrada a linha de pescoço. Nesta situação é usual que os bulls tentem que as cotações subam novamente e quebrem a linha de pescoço. Caso tal não suceda, é muito provável que as cotações caíam rapidamente e com forte volume.
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Ulisses Pereira Escreveu:Um índice é calculado em função do valor das acções que o compõem. Mas, hoje em dia, a força do mercado de futuros é tão forte que, muitas vezes, a pressão compradora/vendedora no mercado de futuros sobre um índice é tão forte que isso move as acções.
Por exemplo, há arbitragistas no mercado de futuros. Imagina que alguém compra futuros a esse arbitragista. O que esse arbitragista faz após vender esse contrato de futuros é comprar, em simultâneo, um cabaz de acções que replica o índice. Ou seja, este movimento faz mexer o mercado accionista.
Um abraço,
Ulisses
Perfeito! Obrigado.
Desculpa mas incomoda-me não saber os porquês destas coisas. Não gosto de ir com a maré só porque me dizem que é assim que todos fazem. Preciso de uma justificação.
Por exemplo, qual é o comportamento humano associado a um "cabeça e ombros"? Suponho que este padrão se forme por alguma razão, certo?
Abraço.
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Um índice é calculado em função do valor das acções que o compõem. Mas, hoje em dia, a força do mercado de futuros é tão forte que, muitas vezes, a pressão compradora/vendedora no mercado de futuros sobre um índice é tão forte que isso move as acções.
Por exemplo, há arbitragistas no mercado de futuros. Imagina que alguém compra futuros a esse arbitragista. O que esse arbitragista faz após vender esse contrato de futuros é comprar, em simultâneo, um cabaz de acções que replica o índice. Ou seja, este movimento faz mexer o mercado accionista.
Um abraço,
Ulisses
Por exemplo, há arbitragistas no mercado de futuros. Imagina que alguém compra futuros a esse arbitragista. O que esse arbitragista faz após vender esse contrato de futuros é comprar, em simultâneo, um cabaz de acções que replica o índice. Ou seja, este movimento faz mexer o mercado accionista.
Um abraço,
Ulisses
Ulisses Pereira Escreveu:ardinario, quando se fala em negociar índices é porque, por exemplo, o contrato de futuros sobre o S&P é dos activos mais negociados no mundo. Ou seja, muitos investidores negoceiam a variação do índice em moldes semelhantes aos que tu negoceias acções, por exemplo.
Um abraço,
Ulisses
Assim já se torna mais claro. Então o que contribui para a formação do valor do índice? A negociação em acções e a negociação em contratos de futuro (seja em acções ou sobre o próprio índice)?
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Re: Os "porquês" na AT
ardinario Escreveu:Embora seja ainda muito verde na matéria, tenho vindo a aprofundar os meus conhecimentos na AT. No entanto, existem alguns conceitos que não consigo compreender completamente, mais concretamente o porquê de serem considerados indicadores.
Por exemplo, compreendo a definição de suporte/resistência no que diz respeito a um título individual e o porquê de em grande parte das vezes se traterem de valores redondos, pois são sobre esses que o cérebro humano mais tende a fixar.
O que me faz alguma confusão é que existam suportes/resitências sobre os índices. Compreendo que eles sejam definidos porque no passado já tocaram nesse ponto, mas tratando-se de um índice, logo uma soma (ponderada ou não) de títulos, por que razão eles são considerados válidos como suporte/resistência?
ai ai ai, perguntas difíceis. Porque é que os novatos curiosos vêem sempre com as perguntas mais difíceis?
Devia haver penalidades específicas para esse tipo de questões. Por exemplo, calcular todos os suportes e resistência óbvios dos componentes de um indíce e traduzi-los para os suportes e resistências do indíce de que fazem parte.
Se continuassem com dúvidas impertinentes, seguir-se-ia o cálculo dos suportes e resistências dos derivados do indíce. Futuros e opções. E porque não juntar-lhes os ETFs?. E a sua tradução para os suportes e resistências do indíce.
Com este TPC feito haveria que perguntar se ainda existiam dúvidas. Se sim, estaríamos a lidar com um monstro dos porquês, só comparável às crianças de 5 anos.
Aí teríamos que partir para penalidades mais dolorosas ainda. Estudar a influência dos derivados sobre os indíces cash versus a influência dos componentes sobre o mesmo indíce.
Se mesmo assim assim ainda subsistissem dúvidas, apontar-se-ia como penitência o estudo dos mecanismos de compra e venda dos derivados e a sua contrapartida nos componentes dos indíces. Isto é, o que se passa quando se compra um futuro sobre um indíce? Será que há uma contraparte a comprar um basket de acções que repliquem o indíce?
E se sim, quais são os S/Rs que funcionam? Os dos derivados? Os dos componentes? Os do indice cash? Todos? Em que proporção?
Se o impertinente perguntador chegou até aqui, é porque a sua curiosidade é insaciável. Já não precisamos de lhe impôr mais castigos. Ele já entrou num inferno retroalimentado:
investigação->mais perguntas->
investigação->mais perguntas->
investigação...
Está condenado a para sempre vaguear no limbo dos sistemas complexos e da curiosidade inextinguível, balbuciando imperceptivelmente estranhas coisas como algoritmos, pesos relativos, arbitragem e outras estranhas palavras que só os danados conhecem.
A sua alma não mais conhecerá a paz.
Editado pela última vez por Dwer em 24/6/2008 16:08, num total de 1 vez.
Abraço,
Dwer
There is a difference between knowing the path and walking the path
Dwer
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rsacramento Escreveu:quando há uns tempos coloquei aqui essa questão, avancei também com uma resposta: haveria uma memória estratificada, por assim dizer; lembraram-me na altura que também havia investidores a negociar índices
Perdoa-me a ignorância, mas continuo sem compreender. Mesmo com investidores a negociar índices, será que têm força suficiente para o fazer parar num suporte ou resitência? E os que não negoceiam em índices, que estão em larga maioria? Querem lá saber se este toca ou não nos pontos-chave. Estão é preocupados com a performance dos seus títulos.
Corrige-me se estiver errado: a análise técnica é utilizada pela capacidade em prever determinados padrões de variação de preços. Como tal, tem que haver um comportamento humano padrão por detrás dessas variações. Isso nos títulos é relativamente simples de compreender. Mas não o consigo passar para os índices...
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Re: Os "porquês" na AT
ardinario Escreveu:porquê de serem considerados indicadores.
Porque, por exemplo, as divergências entre os preços e os indicadores dão fortes sinais de entrada/saída.
Abraço,
Tiago
Os "porquês" na AT
Embora seja ainda muito verde na matéria, tenho vindo a aprofundar os meus conhecimentos na AT. No entanto, existem alguns conceitos que não consigo compreender completamente, mais concretamente o porquê de serem considerados indicadores.
Por exemplo, compreendo a definição de suporte/resistência no que diz respeito a um título individual e o porquê de em grande parte das vezes se traterem de valores redondos, pois são sobre esses que o cérebro humano mais tende a fixar.
O que me faz alguma confusão é que existam suportes/resitências sobre os índices. Compreendo que eles sejam definidos porque no passado já tocaram nesse ponto, mas tratando-se de um índice, logo uma soma (ponderada ou não) de títulos, por que razão eles são considerados válidos como suporte/resistência?
Por exemplo, compreendo a definição de suporte/resistência no que diz respeito a um título individual e o porquê de em grande parte das vezes se traterem de valores redondos, pois são sobre esses que o cérebro humano mais tende a fixar.
O que me faz alguma confusão é que existam suportes/resitências sobre os índices. Compreendo que eles sejam definidos porque no passado já tocaram nesse ponto, mas tratando-se de um índice, logo uma soma (ponderada ou não) de títulos, por que razão eles são considerados válidos como suporte/resistência?
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