Caldeirão da Bolsa

Município dá 500 euros a funcionárias que engravidem

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Sim senhor ! Deve-se engravidar e muito ! Haja Saude !

por bboniek33 » 21/6/2008 20:19

Oxalaa os funcionarios nao emprenhem tambem pelos ouvidos... :roll:
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por redhot » 21/6/2008 19:50

Bom então se fores a 82Km/h levas uma hora pela IP3
Mas se fores pela estrada nacional levarás muito mais tempo.

Quanto aos centros comerciais continuo a dizer que o paradigma também já mudou.

Outro exemplo: Quanto queres comprar uma máquina fotográfica digital o que fazes? Vais vê-la na FNAC e depois se gostares compras 20% mais barata no pixmania.

O mesmo se passa para os livros (por enquanto estrangeiros). Quando queres comprar um bom livro de trading, vais onde? à Amazon ou semelhante.

E podes fazer isto em qualquer ponto do planeta. Estejas em Lisboa, Porto ou na aldeiazinha escondida no interior.

Este sim é que é o novo paradigma.

Mas o essencial da questão é que cada um tem o seu conceito de vida.
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por Elias » 21/6/2008 18:52

redhot Escreveu:Claro cada um tem o seu conceito. Para mim qualidade de vida é morar num sitio onde:
- não tenha de apanhar trânsito para ir para o emprego.
- não demore mais que 10 min. a chegar ao emprego ou a casa.
- tenha ar puro para respirar.
- e acesso aos serviços elementares: acesso a cuidados de saúde, alimentos e vestuário.
- com escolas públicas para os filhos (por acaso no interior há essa vantagem, pode-se colocar os filhotes nas escolas públicas sem grandes problemas de segurança). Só aí poupa-se umas massas valentes.
- E ter uns bons restaurantes por perto para comer uns pestiscos de vez em quando.

É claro que outros terão conceitos diferentes mas este é o meu.


Sem dúvida. Não podemos é presumir saber o que os outros valorizam.
Há quem considere que ter centros comerciais ao pé de casa é qualidade de vida (porque lá na santa terrinha só havia a mercearia do senhor joaquim que era longe e tinha pouca coisa).
Há quem considere que trabalhar no centro de Lisboa é qualidade de vida, mesmo que isso implique perder muito mais tempo a chegar ao trabalho.
É por aí adiante...

redhot Escreveu:Isso pode não ser possível para ti. Mas para muita gente é uma realidade. Cada caso é um caso. Para mim neste momento também não é possível. No futuro logo se vê.


Essa "muita gente" a que fazes referência é uma minoria.

redhot Escreveu:Bom faço-te a mesma pergunta: se podes fazer tudo no computador do que é que beneficias em morar num grande centro?...O conceito de grande centro deixa de fazer sentido não?


A resposta depende daquilo que valorizas mais.
Porque é que as grandes empresas, apesar de poderem fazer quase tudo à distância, insistem em se instalar nos centros das cidades?
Porque sabem que as pessoas valorizam isso.
Não estou a dizer aquilo que tu ou eu achamos, mas sim a evidência dada pela esmagadora maioria das pessoas (ou, se preferires, pelo "mercado" de trabalho).

redhot Escreveu:As estradas seguramente serviram para muitas coisas. Para caçar votos, para alimentar as construtoras e para ligar o interior ao litoral de forma a combater a desertificação. Agora que tenha sido para trazer as pessoas para o litoral é que discordo totalmente. Não faz qualquer sentido.


Não me expliquei bem. Eu não quis dizer que elas foram construídas com esse objectivo. Mas que teve essa consequência, parece-me evidente.

redhot Escreveu:Mas eu não estou a falar em agricultura. Já agora é interessante (não têm a ver com isto) saber que Portugal é quase autosuficiente em muitos bens alimentares: leite, bovinos, pecuária, ovos, galinhas, etc.


Está bem, mas desde quando é que a produção desses bens vem do interior? Os ovos e as galinhas, por exemplo, vêm quase todos de aviários, instalados na sua maioria no litoral.
Aliás, se fores analisar a autosuficiência por distritos, certamente não são os do interior que levam a melhor. As boas terras em portugal (que são poucas) estão fundamentalmente nos distritos do litoral (principalmente Aveiro, Coimbra, Leiria, Santarém e Setúbal). No interior a produtividade é baixíssima devido à pobreza dos solos.

redhot Escreveu:Pois eu estou no ponto do "quem é que quer estar no litoral"?. Vou-te dar um exemplo subtil para ver se percebes onde quero chegar: Há 10 anos apareceu o colombo. Grande centro comercial, uma inovação face ao "velhinho" Amoreiras com 25 anos. Passamos a ir quase dia sim dia não ao Colombo e à FNAC e a beber cafézinho no Alessandro Nanini e comprar roupas na quebra-mar.

Hoje as cidades estão inundadas de centros comerciais. Todos estão fartos de centros comerciais. É sempre a mesma coisa. É tudo igual. O paradigma está a mudar nesse sentido. Por isso repito "quem é que quer estar num grande centro?"


Embora perceba o teu raciocínio, estás a fazer um erro de análise importante: projectas sobre os outros aquilo que tu achas ou sentes.
Acho totalmente legítimo que estejas farto de centros comerciais (pessoalmente também não os frequento muito).
Mas repara nisto: se entrares no colombo, no c. c. vasco da gama ou no loureshopping ou mesmo na província, seja em bragança, guimarães, ou entroncamento, os shoppings estão permanentemente cheios de gente.
Ora se "todos estão fartos", como afirmas, então porque é que insistem em se ir lá enfiar diariamente, muitas vezes com o resto da família atrás? Será masoquismo?

redhot Escreveu:Exactamente vieram para obter mais rendimento. E muitas das que vieram tiveram cá os filhos e são os filhos que agora moram e trabalham. Já não são "os que vieram".
Se continuam a vir para o litoral há que inverter situação.


mas esta é a parte que não entendo!
Porque é que há que inverter a situação?
Se as pessoas vieram para o litoral, é porque se sentem melhor no litoral. Para quê mandá-las embora se elas se sentem melhor aqui?

redhot Escreveu:Aproveitar o facto de existirem bons acessos é uma forma.
Aproveitar o desemprego no interior para inserir industria e serviços com mão de obra a preços mais baixos.
Recentemente uma grande empresa de call-centers que é subcontratada pelas grandes empresas portuguesas instalou o seu quartel general na Covilhã. É um exemplo. A industria automóvel há muitos anos que é outro exemplo.


As empresas vão para o interior mas muitas vezes recorrem a mão-de-obra estrangeira ou então recrutada directamente de Lisboa. Vê o que se passou com o Alqueva. Quantos alentejanos foram contratados?

redhot Escreveu:Não é bem assim. Com uma IP vais de Viseu a Coimbra em 30min.


De Viseu a Coimbra são 82 km. No IP3 podes circular a 90 km/h. Se fazes em meia hora levas é uma grande coima por circulares a mais de 160 km/h.

redhot Escreveu:Moram a uma distância média de 100Km a 150Km do emprego. Enfim são malucos...Ou o custo de habitação próximo do emprego é altíssimo.


Mas porquê chamar malucos? Cada um faz a opção de vida que considera mais conveniente. Malucos porquê?

redhot Escreveu:Então e os Japoneses? Chegam a fazer mais de 200Km nos TGV's deles para irem trabalhar.


Pois eu acho que 200 km em TGV japonês de fazem mais depressa que os 10 km do IC19 entre Massamá e Lisboa.
Não olhemos apenas para as distâncias... Tão "maluco" é o que leva diariamente 1 hora a percorrer 200 km como o que gasta diariamente 1 hora para percorrer 10 km... vendo bem as coisas o japonoca ainda aproveita o tempo no comboio para ler ou trabalhar...

1 abraço,
Elias
 
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por redhot » 21/6/2008 18:18

Não necessariamente.
O conceito de melhor qualidade de vida é muitíssimo discutível. Nem todos valorizam os mesmos itens.
Alguns podem valorizar o sossego ou o ar puro do interior, mas outros podem valorizar a existência de mais centros comerciais ou mais restaurantes macdonald's no litoral.
Qualidade de vida é um conceito subjectivo e independentemente do que tu ou eu valorizamos, parece-me que nenhum de nós se pode arrogar o direito de afirmar que a qualidade de vida dos que vivem no litoral é pior (ou melhor) que a dos que vivem no interior. A partir do momento em que as escolhas são conscientes, cada um é livre de escolher aquilo que percepciona como melhor.


Claro cada um tem o seu conceito. Para mim qualidade de vida é morar num sitio onde:
- não tenha de apanhar trânsito para ir para o emprego.
- não demore mais que 10 min. a chegar ao emprego ou a casa.
- tenha ar puro para respirar.
- e acesso aos serviços elementares: acesso a cuidados de saúde, alimentos e vestuário.
- com escolas públicas para os filhos (por acaso no interior há essa vantagem, pode-se colocar os filhotes nas escolas públicas sem grandes problemas de segurança). Só aí poupa-se umas massas valentes.
- E ter uns bons restaurantes por perto para comer uns pestiscos de vez em quando.

É claro que outros terão conceitos diferentes mas este é o meu.

Gostavas, não gostavas? O melhor de dois mundos, meu caro, mas isso não é possível.
Como em tudo na vida há que optar.


Isso pode não ser possível para ti. Mas para muita gente é uma realidade. Cada caso é um caso. Para mim neste momento também não é possível. No futuro logo se vê.

Se fazes tudo pela Internet, se passas o tempo agarrado ao computador, então qual é exactamente a vantagem de estares no interior? De que é que beneficias?


Bom faço-te a mesma pergunta: se podes fazer tudo no computador do que é que beneficias em morar num grande centro?...O conceito de grande centro deixa de fazer sentido não?

Meu caro, isso já é possível há bastante tempo. Há centenas de tarefas que podem ser realizadas à distância e para as quais seria desnecessário contar com a presença dos empregados. O problema não está na tecnologia. Está na mentalidade das empresas, que continuam a valorizar mais a presença do colaborador (e bem assim o cumprimento de horários) do que a efectiva concretização dos objectivos. E na função pública é a mesma coisa.


Exactamente, foi aquilo que referi: "é tudo uma questão de tempo e paciência". Pois o que é necessário é mudar a mentalidade, a tecnologia já o permite fazer. Mas é um processo de mudança social que actualmente tem muitas "resistências".

Quanto à questão da função pública. Conhecendo eu bem os dois ambientes (público e privado), posso afirmar que em certas situações não há grandes diferenças, ou seja, tanto encontras bons colaboradores no público como no privado. E maus também. O mito da função pública com empregados ineficientes acaba actualmente por não passar disso mesmo: mito.


Puro engano.
As estradas serviram principalmente para angariar votos.
E para trazer mais pessoas do interior para o litoral (não é por acaso que a população do interior continua a diminuir, apesar da existência de mais e melhores estradas).


As estradas seguramente serviram para muitas coisas. Para caçar votos, para alimentar as construtoras e para ligar o interior ao litoral de forma a combater a desertificação. Agora que tenha sido para trazer as pessoas para o litoral é que discordo totalmente. Não faz qualquer sentido.

Mais do mesmo. Não vão combater desertificação nenhuma por duas razões:
1 - o interior não tem recursos naturais nem é apropriado para a agricultura
2 - com ou sem estradas, as pessoas não querem ir para o interior.


Mas eu não estou a falar em agricultura. Já agora é interessante (não têm a ver com isto) saber que Portugal é quase autosuficiente em muitos bens alimentares: leite, bovinos, pecuária, ovos, galinhas, etc.

Pois eu estou no ponto do "quem é que quer estar no litoral"?. Vou-te dar um exemplo subtil para ver se percebes onde quero chegar: Há 10 anos apareceu o colombo. Grande centro comercial, uma inovação face ao "velhinho" Amoreiras com 25 anos. Passamos a ir quase dia sim dia não ao Colombo e à FNAC e a beber cafézinho no Alessandro Nanini e comprar roupas na quebra-mar.

Hoje as cidades estão inundadas de centros comerciais. Todos estão fartos de centros comerciais. É sempre a mesma coisa. É tudo igual. O paradigma está a mudar nesse sentido. Por isso repito "quem é que quer estar num grande centro?"

Discotecas e bares a mesma coisa. É tudo igual...


Não foi por isso que as pessoas vieram para o litoral. As pessoas vieram para o litoral em busca de mais rendimento. Actualmente, mesmo com as estradas mais rápidas, as pessoas continuam a vir para o litoral.


Exactamente vieram para obter mais rendimento. E muitas das que vieram tiveram cá os filhos e são os filhos que agora moram e trabalham. Já não são "os que vieram".
Se continuam a vir para o litoral há que inverter situação.

Aproveitar o facto de existirem bons acessos é uma forma.
Aproveitar o desemprego no interior para inserir industria e serviços com mão de obra a preços mais baixos.
Recentemente uma grande empresa de call-centers que é subcontratada pelas grandes empresas portuguesas instalou o seu quartel general na Covilhã. É um exemplo. A industria automóvel há muitos anos que é outro exemplo.

Repara que isto é um paradoxo: as estradas são mais rápidas, mas como as pessoas moram cada vez mais longe do trabalho, acabam por levar tanto tempo quanto levavam a chegar ao trabalho. Nalguns casos, levam muito mais...



Não é bem assim. Com uma IP vais de Viseu a Coimbra em 30min.
Pelas estradas antigas levas mais de 1h30.

E nos EUA isso é um facto há algumas dezenas de anos. Moram a uma distância média de 100Km a 150Km do emprego. Enfim são malucos...Ou o custo de habitação próximo do emprego é altíssimo.

Então e os Japoneses? Chegam a fazer mais de 200Km nos TGV's deles para irem trabalhar.
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por Elias » 21/6/2008 17:22

redhot Escreveu:Sim as pessoas buscam melhor rendimento no litoral. E sujeitam-se a que a sua qualidade de vida seja pior pelo rendimento. É um facto.


Não necessariamente.
O conceito de melhor qualidade de vida é muitíssimo discutível. Nem todos valorizam os mesmos itens.
Alguns podem valorizar o sossego ou o ar puro do interior, mas outros podem valorizar a existência de mais centros comerciais ou mais restaurantes macdonald's no litoral.
Qualidade de vida é um conceito subjectivo e independentemente do que tu ou eu valorizamos, parece-me que nenhum de nós se pode arrogar o direito de afirmar que a qualidade de vida dos que vivem no litoral é pior (ou melhor) que a dos que vivem no interior. A partir do momento em que as escolhas são conscientes, cada um é livre de escolher aquilo que percepciona como melhor.

redhot Escreveu:Aquilo que eu gostava de ter era o rendimento que tenho no litoral e a qualidade de vida do interior (ou no litoral interior).


Gostavas, não gostavas? O melhor de dois mundos, meu caro, mas isso não é possível.
Como em tudo na vida há que optar.

redhot Escreveu:E isso daqui a uns bons anos vai ser possível com a internet. É tudo uma questão de tempo e paciência.

Repara que para algumas actividades isso já é possível: O trading por exemplo. Tens aqui pessoal que vive do trading e estão em Óbidos, em Seia, em Faro, etc. Tem altos rendimentos e óptima qualidade de vida.

Com o tempo isso será replicado a outras actividades. Vai ser um processo lento, com muita resistência mas vai ser o caminho.


Se fazes tudo pela Internet, se passas o tempo agarrado ao computador, então qual é exactamente a vantagem de estares no interior? De que é que beneficias?

redhot Escreveu:Daqui a 20 anos aposto que mais de 50% das actividades de serviços poderão ser realizadas através da internet sem intervenção presencial (tanto por parte dos empregados que prestam os serviços como dos clientes que usufruem deles).


Meu caro, isso já é possível há bastante tempo. Há centenas de tarefas que podem ser realizadas à distância e para as quais seria desnecessário contar com a presença dos empregados. O problema não está na tecnologia. Está na mentalidade das empresas, que continuam a valorizar mais a presença do colaborador (e bem assim o cumprimento de horários) do que a efectiva concretização dos objectivos. E na função pública é a mesma coisa.

redhot Escreveu:Estou a dizer que a construção de estradas nos últimos 20 anos teve como um dos objectivos ligar o litoral ao interior, para combater a desertificação.


Puro engano.
As estradas serviram principalmente para angariar votos.
E para trazer mais pessoas do interior para o litoral (não é por acaso que a população do interior continua a diminuir, apesar da existência de mais e melhores estradas).

redhot Escreveu:E também estou a dizer que as estradas que se vão construir nos próximos 10 anos têm também esse como um dos objectivos.


Mais do mesmo. Não vão combater desertificação nenhuma por duas razões:
1 - o interior não tem recursos naturais nem é apropriado para a agricultura
2 - com ou sem estradas, as pessoas não querem ir para o interior.

redhot Escreveu:Uma IP ou uma IC actualmente liga uma aldeia a uma capital de distrito em 30 min. Há 30 anos eram necessárias 2 horas. Isso era um drama. E um factor que levava as pessoas a deslocarem-se para o litoral.


Não foi por isso que as pessoas vieram para o litoral. As pessoas vieram para o litoral em busca de mais rendimento. Actualmente, mesmo com as estradas mais rápidas, as pessoas continuam a vir para o litoral.

redhot Escreveu:Se há 30 anos havia necessidade de morar próximo das aportunidades (empregos com melhores rendimentos), agora essa factor já está mais diluído. Já é normal trabalhar a 30/40Km do local onde se habita (e nos EUA o valor é na ordem dos 100/150Km).


Repara que isto é um paradoxo: as estradas são mais rápidas, mas como as pessoas moram cada vez mais longe do trabalho, acabam por levar tanto tempo quanto levavam a chegar ao trabalho. Nalguns casos, levam muito mais...

1 abraço,
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por redhot » 21/6/2008 16:44

Será esse o motivo? Ou será que, como há muito mais desemprego, as pessoas aceitam determinados trabalhos por um preço mais baixo (que no litoral não aceitariam)?


Sim exactamente. Esse facto é aproveitado pelos industriais (e bem). Conseguem mão de obra mais barata. Há mais desemprego logo a oferta de mão de obra tende a ser mais barata. Um efeito benéfico (para os industriais) da desertificação.


Depende do que consideras qualidade de vida. O que leva as pessoas para o litoral não é a busca de maior qualidade de vida (no sentido mais amplo da expressão) mas sim a busca de maior rendimento.


Sim as pessoas buscam melhor rendimento no litoral. E sujeitam-se a que a sua qualidade de vida seja pior pelo rendimento. É um facto.

Quando estamos aqui a caldeirar, é a mesma coisa.
Quando precisas de ganhar algum para sobreviver, não é a mesma coisa. O interior não te dá oportunidades nenhumas. E é por isso que eu acho uma hipocrisia quando o pessoal de Lisboa (e do litoral em geral) começa, demagogicamente, a defender o combate à desertificação do interior enquanto ficam comodamente no litoral, pois eles sim sabem que é no litoral que estão as grandes oportunidades.


Aquilo que eu gostava de ter era o rendimento que tenho no litoral e a qualidade de vida do interior (ou no litoral interior). E isso daqui a uns bons anos vai ser possível com a internet. É tudo uma questão de tempo e paciência.

Repara que para algumas actividades isso já é possível: O trading por exemplo. Tens aqui pessoal que vive do trading e estão em Óbidos, em Seia, em Faro, etc. Tem altos rendimentos e óptima qualidade de vida.

Com o tempo isso será replicado a outras actividades. Vai ser um processo lento, com muita resistência mas vai ser o caminho.

Daqui a 20 anos aposto que mais de 50% das actividades de serviços poderão ser realizadas através da internet sem intervenção presencial (tanto por parte dos empregados que prestam os serviços como dos clientes que usufruem deles). O home banking é um exemplo actual dessa situação.


Não estou a perceber! Tu estás a defender que se combata a desertificação para que se justifique construir mais estradas no interior? Ou seja, manda-se o pessoal para interior para que o negócio da construção de estradas tenha viabilidade? É isso?


Estou a dizer que a construção de estradas nos últimos 20 anos teve como um dos objectivos ligar o litoral ao interior, para combater a desertificação.
E também estou a dizer que as estradas que se vão construir nos próximos 10 anos têm também esse como um dos objectivos.
Os players da construção claro que aproveitam esse facto. Fizeram eles muito bem. Mas a estratégia foi dos sucessivos governos portugueses (PS e PSD).
Actualmente a construção de estradas não só é uma justificação para o combate à desertificação no interior mas têm o efeito preverso de também alimentar os players da construção que necessitam das novas obras para serem viáveis económicamente. É a chamada pescadinha de rabo na boca...

Uma IP ou uma IC actualmente liga uma aldeia a uma capital de distrito em 30 min. Há 30 anos eram necessárias 2 horas. Isso era um drama. E um factor que levava as pessoas a deslocarem-se para o litoral.

Se há 30 anos havia necessidade de morar próximo das aportunidades (empregos com melhores rendimentos), agora essa factor já está mais diluído. Já é normal trabalhar a 30/40Km do local onde se habita (e nos EUA o valor é na ordem dos 100/150Km).

Últimamente o preço do petróleo complicou bastante este paradigma. Os custos de deslocação estão a pesar bastante nos orçamentos. Enfim isto é tudo um jogo de equilibrios entre oferta e procura. Há que encontrar novos paradigmas.
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por Elias » 21/6/2008 15:55

redhot Escreveu:Mas há um efeito curiosamente contrário: Muitos dos grandes centros industriais do sector automóvel encontram-se no interior. O nível de vida é mais barato e consequentemente podem-se pagar salários mais baixos.


Será esse o motivo? Ou será que, como há muito mais desemprego, as pessoas aceitam determinados trabalhos por um preço mais baixo (que no litoral não aceitariam)?

redhot Escreveu:Enquanto os tugas se matam uns aos outros para viverem em Lisboa, Porto a engolir tubos de escape e levar com filas de trânsito todos os dias, os nossos amigos vivem com uma qualidade de vida fantástica no interior.


Depende do que consideras qualidade de vida. O que leva as pessoas para o litoral não é a busca de maior qualidade de vida (no sentido mais amplo da expressão) mas sim a busca de maior rendimento.

redhot Escreveu:E agora com a internet e as estradas que temos estar em Lisboa, Porto ou no interior é a mesma coisa.


Quando estamos aqui a caldeirar, é a mesma coisa.
Quando precisas de ganhar algum para sobreviver, não é a mesma coisa. O interior não te dá oportunidades nenhumas. E é por isso que eu acho uma hipocrisia quando o pessoal de Lisboa (e do litoral em geral) começa, demagogicamente, a defender o combate à desertificação do interior enquanto ficam comodamente no litoral, pois eles sim sabem que é no litoral que estão as grandes oportunidades.

redhot Escreveu:Já agora outra desvantagem da desertificação: Com ela as estradas construídas e a contruir deixariam de fazer sentido.


Não estou a perceber! Tu estás a defender que se combata a desertificação para que se justifique construir mais estradas no interior? Ou seja, manda-se o pessoal para interior para que o negócio da construção de estradas tenha viabilidade? É isso?

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por redhot » 21/6/2008 15:10

Elias Escreveu:
redhot Escreveu:Caso contrário Portugal vai desertificar (e no interior então já é um deserto).


Muito haveria para dizer sobre a desertificação do interior.

Mas há um efeito curiosamente contrário: Muitos dos grandes centros industriais do sector automóvel encontram-se no interior. O nível de vida é mais barato e consequentemente podem-se pagar salários mais baixos.

No interior de Portugal os nossos vizinhos Europeus (alemães, ingleses e holandeses) encontram verdadeiros paraísos para viverem com as suas famílias (estou a falar de quintas e essas coisas). E fazem eles muito bem. Se os tugas não querem que aproveitem eles.

Enquanto os tugas se matam uns aos outros para viverem em Lisboa, Porto a engolir tubos de escape e levar com filas de trânsito todos os dias, os nossos amigos vivem com uma qualidade de vida fantástica no interior.

E agora com a internet e as estradas que temos estar em Lisboa, Porto ou no interior é a mesma coisa.

Já agora outra desvantagem da desertificação: Com ela as estradas construídas e a contruir deixariam de fazer sentido.
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por trial » 21/6/2008 11:45

Analisar país por país permiti outra leitora sobre os valore a nível mundial

ex:

Ásia 1979:

Bangladesh 71 500 000 hoje 142 000 000

Índia 548 154 000 hoje 1 103 000 0000

Africa 1979:

Nigéria 55 600 000 hoje 131 5000 000

Mali 4 900 000 hoje 13 500 000

Um pais rico em petróleo:

Arábia Saudita em 1979 tinha 6 870 000 hoje 25 192 0000

A RFA mais a RDA tinham 76 000 000 de habitantes hoje a Alemanha tem 82 000 000

Itália 57 000 000 hoje 58 000 000
Suécia 8 200 000 hoje 9 000 000
Dinamarca 5 065 000 hoje 5 431 000
 
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Re: Paranoia II

por Keyser Soze » 21/6/2008 11:18

serralva Escreveu: Foi nos anos 70 que o Mundo atingiu os mil milhões.Isto é uma função exponencial.Neste ritmo, num ano aumenta o que no passado demorou milhões de anos.



mais atençao com essas contas


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por Elias » 21/6/2008 11:06

redhot Escreveu:Caso contrário Portugal vai desertificar (e no interior então já é um deserto).


E qual é o problema (para a nossa economia) de o interior desertificar?
 
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25000

por tarzan tchetcheno » 21/6/2008 0:05

redhot Escreveu:O incentivo à natalidade é fundamental. Na Alemanha são 25.000 Euros por cada nascimento.

Caso contrário Portugal vai desertificar (e no interior então já é um deserto).

Outro problema é que no futuro se a natalidade coninuar como está o estado vai cobrar impostos a quem?



25000 ??? Fónix, acho que vou lá fazer 5 ou 6 e depois pego na massa e meto tudo em put's :mrgreen:
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por redhot » 20/6/2008 23:43

Portugal necessita de mais gente a nascer. temos de criar mais efeito de escala. Imaginem se fossemos 70 Milhões? Teriamos mais peso naturalmente do que temos.

É claro que natalidade em excesso como na China e Índia é catastrófico. Mas não é o nosso caso.

E mais gente significa mais emprego. É um erro pensar o contrário (menos na China e índia torno a repetir.).
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por RCF69 » 20/6/2008 19:39

Boas!
a Fatima Ramos anda chéché!!!!
E se eu vos disser que ela é licenciada em economia, então ainda + me surpreende.
Moro no concelho ao lado, a 10 kilometros, e sou funcionário de uma autarquia tb ao lado.
É um absurdo, se voces soubessem as barbaridades que se cometem nas autarquias....
Não acreditavam claro :lol:
Esta a falar quem por exemplo todos os anos elabora a prestação de contas de uma autarquia :P
Um abraço
 
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por CerealKiler » 20/6/2008 19:36

Quando o excesso de população for um problema para os "economistas" (governantes) eles inventam uma guerra, ou uma doença e volta tudo à normalidade.

Assim como quando a economia americana abranda, segue-se um conflito em qualquer parte do mundo.
 
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Re: Paranoia II

por MarcoAntonio » 20/6/2008 18:58

serralva Escreveu:(...)

Mesmo para a Europa.Não precisamos de mais gente.Para quê? para termos mais desemprego, só citando este exemplo.


Estás completamente equivocado de novo.

Mais nascimentos implica menos desemprego, como é óbvio!


Uma criança que nasce não é um desempregado, um individuo só entra na vida activa por volta dos 20 anos (mais coisa menos coisa). Uma criança que nasce é uma necessidade de produção, promove o consumo. E a promoção do consumo promove o emprego.

Nasce uma criança: é preciso alimenta-la (logo é preciso produzir alimentos); é preciso vesti-la; é preciso acompanha-la medicamente; é preciso educá-la (professores, livros, etc); etc, etc...

Tudo isto promove emprego.


O que promove o desemprego é uma população envelhecida e a quebra do consumo, isso sim.


serralva Escreveu:Foi nos anos 70 que o Mundo atingiu os mil milhões.Isto é uma função exponencial.Neste ritmo, num ano aumenta o que no passado demorou milhões de anos.


Prevê-se uma desaceleração do crescimento populacional mundial nas próximas décadas. Mas o problema para nós Europeus é outro porque a população cá está estagnada (na verdade já começou a implodir há algum tempo, sendo que algum fluxo imigracional tem reduzido os efeitos dessa implosão). Em todo o caso o previsto é um decrescimento da população na Europa.

Quando nasce uma criança na China ou na Índia esta não faz "pop" e como por magia aparece algures na Europa.
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por majomo » 20/6/2008 18:28

Camisa Roxa Escreveu:o povo português conta o Estado para tudo, pelos vistos até para fazer filhos

mas que raio é que tem o Estado português a ver com as tendências de natalidade? Claro, o Estado quer cada vez mais nascimentos para cobrar mais impostos, e já está a ver a vida a andar para trás quando menos natalidade significar menos impostos.

Pois eu acho que menos Estado é que significa menos impostos.

Quanto ao actual Estado Social, este é insustentável qualquer que seja o ritmo da natalidade... A segurança social tem obrigatoriamente de passar para 1 esquema de contribuição individual onde cada um desconta para si...

PS: alguém me explique como é que por 500€ alguém troca de concelho de residência...


Por 500€ ninguém troca de concelho e podemos achar ridículo o valor(um pormenor, estamos a falar de uma zona interior desfavorecida)... mas acaba sempre por ser uma ajuda para os custos iniciais a ter com os filhos...

Não sei se tens filhos... deduzo que não, pois pelas tuas palavras és, certamente, demasiado egoísta para ter filhos, dado que terias mais uma despesa, que a ti te faria falta...

Achas que o actual nível de natalidade é sustentável para o futuro do país?

Como analisas as fortes politicas de natalidade do norte da europa e agora dos grandes apoios que países como a alemanha e espanha estão a dar aos novos nascimentos?

Enfim...
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Re: Paranoia

por MarcoAntonio » 20/6/2008 18:07

serralva Escreveu:O Jornal de Negócios de hoje afirma que o Mundo -leia-se planeta Terra -está prestes a atingir os 7 mil milhões de pessoas.

Faz algum sentido haver preocupações com a natalidade?


Creio que não.Isto é uma cretinice de quem não pensa, sequer.O Mundo tem e caminha para mais excesso populacional, com gravíssimas consequências a níveis económicos e ambientais, só para referir esses.


Sim, faz sentido. Faz todo o sentido e é um problema bastante importante que preocupa muita gente e por tudo menos cretinice. Estás a hiper-simplificar o problema...

Nós caminhamos para os 7 biliões mas o contributo para o crescimento vem essencialmente da Africa e da Ásia. Já a Europa (especialmente esta) e um pouco os Estados Unidos estão praticamente estagnados.

Verifica-se também que a evolução económica promove essa estagnação que trás consigo problemas graves como o envelhecimento da população, a percentagem de pessoas activas, etc.

Dá uma vista de olhos neste link do wikipédia sobre o assunto, onde tens muitos dados (históricos e actuais) bem como projecções futuras.

http://en.wikipedia.org/wiki/World_population

Não se pode olhar para o mundo todo e por tudo no mesmo saco. Se na Europa temos 1 ou 2 filhos, noutros continentes há médias muito superiores. O ideal seria talvez a média entre uns e outros mas as médias e a realidade são coisas diferentes: se um individuo comer um frango e outro não comer nenhum, em média cada um comeu meio franco e estarão alimentados. Mas na realidade um comeu em excesso e o outro passou fome!

Este é um problema grave e que preocupa muita gente (que são tudo menos idiotas) pois envolve problemas económicos, de distribuição dos recursos do planeta, etc. Devia de resto preocupar-nos a todos.

Chocou-me um pouco ver catalogares isto como uma "cretinice", confesso...
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por redhot » 20/6/2008 17:49

Camisa Roxa Escreveu:o povo português conta o Estado para tudo, pelos vistos até para fazer filhos

mas que raio é que tem o Estado português a ver com as tendências de natalidade? Claro, o Estado quer cada vez mais nascimentos para cobrar mais impostos, e já está a ver a vida a andar para trás quando menos natalidade significar menos impostos.

Pois eu acho que menos Estado é que significa menos impostos.

Quanto ao actual Estado Social, este é insustentável qualquer que seja o ritmo da natalidade... A segurança social tem obrigatoriamente de passar para 1 esquema de contribuição individual onde cada um desconta para si...

PS: alguém me explique como é que por 500€ alguém troca de concelho de residência...


Sim nisso concordo. O estado por exemplo não têm nada que andar a alimentar a segurança social nem o sector privado.

O sector privado deve ser autónomo e não andar a "reboque" do estado. Na construção, por exemplo os 40 mil milhões de Euros que o estado vai injectar nas empresas de construção do sector privado nos próximos 10 anos são uma burrice...O sector privado que se vá encher a outro lado...

8-) 8-) 8-)
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por serralva » 20/6/2008 17:46

As reacções ao meu post são as que eu já estava à espera.E se não são mais violentas é só por uma questão de respeito para com os administradores deste fórum.

Mas é mesmo isso que eu penso.Mesmo para a Europa.Não precisamos de mais gente.Para quê? para termos mais desemprego, só citando este exemplo.Porque isto do desemprego é já um problema crónico e insolúvel nas sociedades desenvolvidas, e se-lo-á no futuro nas sociedades chinesa e indiana e em muitas outras.

Falta de mão-de-obra para trabalhar?E a Imigração.Esquecem que quem normalmente defende que há problemas com a baixa da natalidade são os mesmos, que lamentam as barreiras que a Europa parece querer criar para controlar os fluxos de imigração clandestina.

Foi nos anos 70 que o Mundo atingiu os mil milhões.Isto é uma função exponencial.Neste ritmo, num ano aumenta o que no passado demorou milhões de anos.

Essa opinião - que é a da maioria - é totalmente irrealista, e nem sequer é justificada pelas reformas futuras.
 
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por HeikinAshi » 20/6/2008 17:38

carf2007 Escreveu:
O Jornal de Negócios de hoje afirma que o Mundo -leia-se planeta Terra -está prestes a atingir os 7 mil milhões de pessoas.

Faz algum sentido haver preocupações com a natalidade?


Só é preciso redistribuir os chineses e indianos pelo mundo
! :mrgreen:


As Chinesas e as Indianas podem vir para minha casa :lol:

Abraço
 
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por Camisa Roxa » 20/6/2008 17:30

o povo português conta o Estado para tudo, pelos vistos até para fazer filhos

mas que raio é que tem o Estado português a ver com as tendências de natalidade? Claro, o Estado quer cada vez mais nascimentos para cobrar mais impostos, e já está a ver a vida a andar para trás quando menos natalidade significar menos impostos.

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Re: Paranoia

por redhot » 20/6/2008 17:10

serralva Escreveu:O Jornal de Negócios de hoje afirma que o Mundo -leia-se planeta Terra -está prestes a atingir os 7 mil milhões de pessoas.

Faz algum sentido haver preocupações com a natalidade?

Creio que não.Isto é uma cretinice de quem não pensa, sequer.O Mundo tem e caminha para mais excesso populacional, com gravíssimas consequências a níveis económicos e ambientais, só para referir esses.


Claro os chineses e indianos a produzirem filhos é uma alegria.

Os problemas de falta de alimentação, pobreza etc. na China e Índia tem exactamente a ver com a natalidade em excesso nesses países.

Em falei de Portugal e Europa em geral. Aqui a natalidade deve ser incentivada.

Na China e na Índia deve ser ao contrário naturalmente. Se não têm dinheiro para os alimentar e criar então não os tenham.
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por carf2007 » 20/6/2008 17:06

O Jornal de Negócios de hoje afirma que o Mundo -leia-se planeta Terra -está prestes a atingir os 7 mil milhões de pessoas.

Faz algum sentido haver preocupações com a natalidade?


Só é preciso redistribuir os chineses e indianos pelo mundo ! :mrgreen:
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por majomo » 20/6/2008 17:04

Camisa Roxa Escreveu:precisamente por 500€ não influenciarem em NADA a decisão de alguém ter ou não 1 filho é que é dinheiro deitado à rua...



Mas, onde aparece o absentismo?!

Não respondeste, uma mulher trabalha e engravida, quer dizer que pretende deixar de trabalhar?!

Sabes que tipos de apoios existem lá fora, para o incentivo à natalidade?


Enfim...
É deixar "morrer" o país, que quando isso acontecer já cá não estou.

Mas, falando a sério,
Os governos que se deixem dormir e não alterem as politicas de natalidade e como isto anda, daqui a poucos anos a coisa acaba de vez! :cry:
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