What Makes Finnish Kids So Smart?
Na sua prestação de ontem na SIC, a Ministra da Educação usou de um argumento fulminante para calar todas as críticas à qualidade ou facilidade dos exames e provas de aferição que o ME forneceu às alunas e alunos deste país.
Em sua opinião, e ao que parece na do director do GAVE que ela invocou, existem métodos estatísticos sofisticados para determinar se uma prova é fácil ou difícil consoante a quantidade de indivíduos que conseguem atingir o desempenho correspondente ao intervalo mais elevado dos resultados, neste caso o Xxcelente, Muito Bom ou mais frugalmente a letra A nas provas de aferição.
O número mágico que determina a qualidade da qualidade é o de 5%.
O problema é que, aplicando essa regra aos resultados das provas deste ano deparamos com um problema: se nas de Língua Portuguesa o nível A foi atingido por 5,6% dos alunos do 4º ano e 4,6% do 6º ano, já nas provas de Matemática esse nível foi alcançado por 15,4% no 4º ano e 8,9% no 6º ano.
O que, de acordo com as palavras e fórmulas de Maria de Lurdes Rodrigues demonstra com clareza a facilidade evidente da prova de Matemática do 4º ano e a razoável facilidade da do 6º ano.
E reparem que eu estou a usar apenas os argumentos de Maria de Lurdes Rodrigues. os tais que remetem para modelos sofisticados e análises estatísticas que suplantam a opinião de qualquer perito encartado.
É com base neles - e no facto de os valores de excelência do 4º ano em Matemática terem triplicado o valor mágico - que sou obrigado a declarar que a prova de Matemática do 4º ano estaria com algumas deficiências em termos de concepção. Até porque não há curva de Gauss que resista quando 50% da distribuição fica nas duas (de cinco) categorias com valores mais elevados, enquanto menos de 9% ficam nas duas de valores mais baixos. É que assim o sino fica todo tortinho. Na prova de 6º ano o desvio é menos substancial, mas não deixa de fugir com clareza à formula ministerial para medir a qualidade das provas.
Mas isto sou apenas eu a aplicar os conceitos de Maria de Lurdes Rodrigues à realidade.
Se teoria e factos não batem certo, a culpa está longe de ser do escriba…
in http://educar.wordpress.com/2008/06/19/ ... qualidade/
Na Finlândia, os professoers têm uma tarde livre para trabalharem em conjunto: planificam, trocam materiais e elaboram recursos didácticos de forma cooperativa. A ênfase está na atitude colaborativa e no apoio aos alunos que estão a ficar para trás. Não há exames nacionais, os resultados das avaliações externas das escolas não são tornados públicos, não há rankings de escolas e um em cada três alunos recebe aulas de apoio. Na Finlândia, os professores são muto bem pagos, a profissão é socialmente muito valorizada, não existe um sistema formal de avaliação de desempenho dos professores, não existe um Ministério da Educação com poderes curriculares e pedagógicos sobre as escolas, o currículo nacional é mínimo, a autonomia das escolas é grande, os planos de estudos incluem menos disciplinas do que em Portugal, o número de aulas por semana é menor e as aulas têm 45 minutos. Como se vê, é tudo ao contrário de Portugal.
Quem é que Portugal tem copiado? Na avaliação dos professores, Portugal copiou o Chile, Na centralização curricular e pedagógica, inspirou-se na França. Na avaliação externa das escolas, foi buscar o modelo britânico. Ou seja, Portugal tem vindo a copiar os países com piores resultados escolares.
in http://professoresramiromarques.blogspo ... lndia.html
Pata-Hari Escreveu:Ok, estavas a ser irónico.
Este ME só pode ser comentado com ironia. Mas isso é algo que só com o tempo a maioria perceberá.
Mesmo as medidas que pareciam fantásticas, na verdade não tinham nada de fantástico e eram mais uma operação de cosmética.
O mercado cega... nem uma ida a Cuba resolve. Cuba?!?
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E já agora, um comentário a uma notícia semelhante colocado no site do cm
A Escola está em competição com as Novas Oportunidades, tem assim de baixar o nível de exigências.Resta saber se assim è necessário que os professores sejam licenciados com os seus vencimentos relativamente elevados no contexto nacional,encarecendo a Educação.E veja-se o crescente protagonismo do Formador, nova figura da educação mais tardia...
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Aqui está, os resultados melhoram mesmo, mas...
A ideia é atirar areia para os olhos do Zé Povinho e fazer de conta que se está a apostar em melhorar a qualidade de ensino...
Retirado do jn
A ideia é atirar areia para os olhos do Zé Povinho e fazer de conta que se está a apostar em melhorar a qualidade de ensino...
Retirado do jn
A crer nos resultados, o sistema de ensino melhorou exponencialmente num ano. Há menos de metade das negativas do ano passado nas provas de aferição de Matemática e Português. A ministra congratula-se, os professores dizem que é impossível.
A primeira crítica é a do facilitismo e Nuno Crato, presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática, agarra num simples exemplo: na prova de Matemática do 6.º ano, a dada alínea, pergunta-se ao aluno, munido de calculadora, qual é o quadrado de 100. "Ainda se fosse um número mais complicado, mas não. É demasiado fácil". E "há muitas" perguntas nesta linha.
Resultado: apenas 18,3% dos alunos do 6.º ano obteve um resultado negativo a Matemática, contra 41% em 2007. "Desceu para menos de metade. É ridículo! Isto só é possível com provas mais fáceis", diz Nuno Crato. Uma crítica que a ministra Maria de Lurdes Rodrigues considera "desajustada". "Só 5% dos alunos consegue resolver a totalidade da prova, isso diz-nos alguma coisa, não?", questiona, preferindo realçar o "trabalho" desenvolvido pelo Ministério da Educação (ME), pelas escolas e pelos professores.
As provas de aferição (realizadas em Maio por mais de 230 mil alunos dos 4.º e 6.º anos de 6883 escolas) revelam, efectivamente, um país mais sabedor. No caso da Matemática - "disciplina onde se pensa que há uma fatalidade, mas não há fatalidade nenhuma", diz a ministra - apenas 1,8% dos estudantes do 6.º obteve a nota mais baixa. No ano passado, tinham sido 6,6%. Na outra ponta da tabela, 8,9% conseguiu uma classificação de "Muito Bom" (contra 2,7% em 2007).
No 4.º ano, as negativas são menos 10,9% do que ano passado. Quanto aos alunos com "Muito bom", foram agora 15,4%, único nível em que se registou uma descida face aos 18,5% de 2007. Diz o ME que as melhorias do 1.º ciclo são nos "números e cálculos", enquanto o 2.º ciclo melhorou em "geometria e medida".
No Português, as notas positivas no 6.º ano são mais 8% do que em 2007 e os "Muito bom" passaram de 1,1% para 4,6%. Aumentou também a percentagem de provas classificadas com "Bom" (34,2%), enquanto diminui a de provas com "Satisfaz" (54,6%).
No 4.º ano, a quantidade de positivas manteve-se, enquanto o número de melhores notas desceu 4,4%. É prova, insiste a ministra, de que não há facilitismo. As dificuldades, diz, são visíveis na compreensão de textos informativos e poéticos. Sem ter recebido os resultados, a Associação de Professores de Português preferiu não os comentar.
Para Maria de Lurdes Rodrigues, as melhorias devem-se à implementação do Plano de Acção para a Matemática e do Plano Nacional de Leitura. Mas não só. Realça todo o trabalho feito, que implicou não só formação de professores, como novas orientações para os tempos de trabalho com alunos em leituras e Matemática e o reforço do estudo acompanhado. "Estes resultados provam que é possível melhorar a prestação dos alunos com trabalho continuado e persistente, quando se disponibilizam às escolas meios e recursos".
"A última vez que a ministra alegou as vantagens do Plano de Acção para a Matemática, antes dos exames de 2007, a percentagem de aprovações desceu de 37% para 27%", recorda Nuno Crato. E lembra uma crítica feita logo após a realização das provas de aferição: "O ME não está a fazer provas fiáveis, com critérios que permitam comparar com resultados de anos anteriores. Teriam que ser feitas provas minimamente semelhantes e há técnicas para isso". A única medida fiável de que Portugal dispõe, diz, é o estudo internacional PISA, segundo o qual em 2003 a pontuação dos portugueses era de 466, resultado que subiu para 467 três anos depois.
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Com a melhoria de resultados que se prevê nos exames, the portuguese kids will be so smart as the finnish in the near future.
And with the portuguese teachers earning less in the near future, we will be like Finland. The portuguese educational system is public, like in Finland.
We are almost there, is a matter of years, few years.
Great job made by Maria de Lurdes Rodrigues.
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O mercado cega... nem uma ida a Cuba resolve. Cuba?!?
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Provas de Aferição: negativas a Matemática no 6º ano caem para menos de metade
18.06.2008 - 13h26 Lusa
Quase dois em cada dez alunos tiveram negativa na prova de aferição de Matemática do 6º ano, um resultado que, apesar de tudo, é melhor que o registado o ano passado, quando 41 por cento dos estudantes chumbaram no exame.
De acordo com dados divulgados hoje pelo Ministério da Educação (ME), 18,3 por cento dos alunos obteve "Não Satisfaz", dos quais 1,8 por cento obtiveram a nota mais baixa, alcançando o nível E, numa escala até ao nível A.
Em 2007, quatro em cada dez alunos (41 por cento) chumbaram na prova, dos quais 6,6 por cento obtiveram o nível mais baixo.
Este ano, registam-se ainda melhorias nas classificações de "Muito Bom" (A), com 8,9 por cento dos alunos a alcançarem este resultado, enquanto em 2007 apenas 2,7 por cento dos estudantes tiveram esta nota.
Quanto à classificação de "Bom" (B), a percentagem passou de 12,9 para 24 por cento, enquanto ao nível do "Satisfaz" (C) subiu de 43,3 para 48,9 por cento. Globalmente, 81,9 por cento dos alunos do 6º ano obtiveram positiva nesta prova.
Como é habitual, os alunos do 4º ano registaram melhores resultados que os colegas do 6º, com apenas 8,8 por cento dos alunos a obterem nota negativa, dos quais 0,4 por cento com nível E. Em 2007, a percentagem de negativas no 4º ano à disciplina foi de 19,7 por cento.
Assim, 40,9 por cento dos estudantes alcançaram em 2008 "Satisfaz", 34,5 por cento "Bom" e 15,4 por cento "Muito Bom". Nesta classificação houve um ligeiro decréscimo em relação ao ano passado, quando 18,5 dos alunos registaram a nota mais elevada.
Mais de 230 mil alunos dos 4º e 6º anos de escolaridade realizaram em meados de Maio as provas de aferição, em 6.883 estabelecimentos de ensino.
As classificações não contam para a nota final dos alunos, servindo para uma reflexão colectiva e individual sobre a adequação das práticas lectivas, segundo o ME.
Para já, a tutela não especifica o desempenho dos alunos em todas as competências que estavam a ser testadas, uma informação que será analisada nos relatórios que o ME vai elaborar por turma e por escola, que serão em Outubro entregues aos estabelecimentos de ensino.
http://ultimahora.publico.clix.pt/notic ... id=1332728
Finlândia here we gooooo.....

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Pata-Hari Escreveu:Jam, simmm, vamos sempre continuar a usar os exemplos maus para nos comparar e nivelar sempre por baixo para não bater com a cabeça no tecto . Força prá frente.
Ninguém coloca em causa que os bons exemplos devem ser seguidos, mas não é isso que estás a defender. Estás a "misturar alhos com bogalhos", abanas bem e dás de novo como se fosse a solução para todos os problemas.
Então a fiabilidade da avaliação de um miudo de 12 anos que (em muitos casos) é obrigado a ir para a escola é a mesma de um jovem de 20 ou 22 que anda na universidade por opção e com objectivos definidos?
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Ok Pata, compreendo e concordo com a ideia, mas em linha com o que já foi referido, temos que descer à terra (talvez não seja necessário ir tão longe para puxarmos para cima).
Já muito foi escrito, o tópico conta com quase três dezenas de páginas, ainda assim correndo o risco de repisar algo que já tenha sido referido, sucinta e sinteticamente, passo a deixar a minha simples ideia.
Os problemas do ensino secundário português estão globalmente diagnosticados, sendo que não existem soluções mágicas nem imediatas para que a situação se resolva rapidamente.
Globalmente, diria que os principais problemas emanam da sociedade portuguesa em geral e particularmente das políticas governativas que têm sido seguidas. Portugal continua a ter um problema cultural grave, com tendência para se agravar, infelizmente, pois aquilo que tem sido feito não tem produzido resultados positivos, antes pelo contrário. Não existe uma cultura de valorização do mérito, do esforço, da qualidade no ensino secundário público português. Aqueles alunos, sendo excepção, que estudam e têm bons resultados são discriminados negativamente pelos colegas e não têm a atenção que mereciam dos professores, sendo vítimas do sistema.
Em relação aos professores, pode sempre dizer-se que podem fazer melhor, embora me pareça que, em grande medida, são eles próprios igualmente vítimas do mesmo sistema. Afinal de contas eles integram aquela percentagem mínima de cidadãos da sua geração que se esforçaram para obter a preparação que têm, pelo que não será no exercício da profissão que degenerarão em pessoas idênticas àquelas muitas outras que nem o ensino secundário terminaram. Que milagre poderão eles fazer num ambiente tão hostil que quase só lhes cria frustração? Como se não bastasse, ainda vêm os políticos a desrespeitá-los e a humilhá-los, com todas as consequências que daí decorrem.
Eu diria que a situação só melhorará eventualmente quando, daqui a algum tempo, houver falta de professores, porque um dos problemas actuais é o excesso de professores que existe, concedendo margem para que a sociedade, os políticos e os alunos não tenham o mínimo de respeito e consideração pelos mesmos e ainda assim não lhe sintam a falta.
Abraços e bjs.
Já muito foi escrito, o tópico conta com quase três dezenas de páginas, ainda assim correndo o risco de repisar algo que já tenha sido referido, sucinta e sinteticamente, passo a deixar a minha simples ideia.
Os problemas do ensino secundário português estão globalmente diagnosticados, sendo que não existem soluções mágicas nem imediatas para que a situação se resolva rapidamente.
Globalmente, diria que os principais problemas emanam da sociedade portuguesa em geral e particularmente das políticas governativas que têm sido seguidas. Portugal continua a ter um problema cultural grave, com tendência para se agravar, infelizmente, pois aquilo que tem sido feito não tem produzido resultados positivos, antes pelo contrário. Não existe uma cultura de valorização do mérito, do esforço, da qualidade no ensino secundário público português. Aqueles alunos, sendo excepção, que estudam e têm bons resultados são discriminados negativamente pelos colegas e não têm a atenção que mereciam dos professores, sendo vítimas do sistema.
Em relação aos professores, pode sempre dizer-se que podem fazer melhor, embora me pareça que, em grande medida, são eles próprios igualmente vítimas do mesmo sistema. Afinal de contas eles integram aquela percentagem mínima de cidadãos da sua geração que se esforçaram para obter a preparação que têm, pelo que não será no exercício da profissão que degenerarão em pessoas idênticas àquelas muitas outras que nem o ensino secundário terminaram. Que milagre poderão eles fazer num ambiente tão hostil que quase só lhes cria frustração? Como se não bastasse, ainda vêm os políticos a desrespeitá-los e a humilhá-los, com todas as consequências que daí decorrem.
Eu diria que a situação só melhorará eventualmente quando, daqui a algum tempo, houver falta de professores, porque um dos problemas actuais é o excesso de professores que existe, concedendo margem para que a sociedade, os políticos e os alunos não tenham o mínimo de respeito e consideração pelos mesmos e ainda assim não lhe sintam a falta.
Abraços e bjs.
Editado pela última vez por crg em 17/6/2008 11:15, num total de 2 vezes.
“A elevação dos pensamentos denuncia a nobreza dos sentimentos.”
Pata-Hari Escreveu:silvaxico, é assim mesmo nas universidades todas de topo, por acaso. E nos negócios em que os clientes avaliam o serviço prestado. Mas pronto. Essa é outra história.
Terra chama Pata-Hari!! Estamos a falar de 2º e 3º ciclo e ensino secundário...
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Antes de mais, concordo com o silvaxico, aquilo que universidades têm em comum com escolas portuguesas é pouco mais do que alguns "nomes", os quais até nalguns casos com significados diferentes, infelizmente para as instituições de ensino superior, pois para muita gente por exemplo professor contém tudo, desde o básico, passando o secundário e acabando no superior, misturando igualmente os subsistemas de ensino, quando na realidade as semelhanças ficam muito aquém das diferenças.
A Pata que me desculpe, mas é me difícil deixar passar as afirmações que fez acerca das "universidades de topo". Antes de mais pela falta de precisão, pois o que é isso de "universidades de topo"? Está a incluir alguma portuguesa ou não? Refere-se a algum ranking internacional e com base em que critérios? Para não ir mais longe, ficando aqui por Portugal, e já agora pelo subsistema universitário do sistema do ensino superior português, a avaliação não tem sido feita como sugere, “compensação de uma má avaliação com outras coisas, investigação, contribuição institucional, etc”, a não ser nalguma eventual instituição que será tudo, menos de topo, pois desse modo não estaria a cumprir a lei (não é praticável eu alongar-me aqui acerca de como é feita a avaliação no ensino superior, posso apenas referir que não é simples e que se baseia em CV’s para concursos e em relatórios vários com base essencialmente na investigação ), nem tem rigorosamente nada de comparável ao ensino secundário. Neste momento estão em revisão os sistemas estatutários, no seguimento do novo regime jurídico das instituições do ensino superior-Lei nº62/2007 de 10 de Setembro, não se sabendo neste momento exactamente o que resultará.
Esta minha intervenção é feita porque penso ser importante não misturar, confundir situações distintas, pouco ou nada comparáveis, como também considero essencial que se cultive rigor e exigência a vários níveis e em particular à forma como comunicamos, e que quando se fala ou escreve se saiba realmente do que se está a falar ou escrever. Por isso é que eu sobre bolsa pouco ou nada digo.
Abraços e beijos.
A Pata que me desculpe, mas é me difícil deixar passar as afirmações que fez acerca das "universidades de topo". Antes de mais pela falta de precisão, pois o que é isso de "universidades de topo"? Está a incluir alguma portuguesa ou não? Refere-se a algum ranking internacional e com base em que critérios? Para não ir mais longe, ficando aqui por Portugal, e já agora pelo subsistema universitário do sistema do ensino superior português, a avaliação não tem sido feita como sugere, “compensação de uma má avaliação com outras coisas, investigação, contribuição institucional, etc”, a não ser nalguma eventual instituição que será tudo, menos de topo, pois desse modo não estaria a cumprir a lei (não é praticável eu alongar-me aqui acerca de como é feita a avaliação no ensino superior, posso apenas referir que não é simples e que se baseia em CV’s para concursos e em relatórios vários com base essencialmente na investigação ), nem tem rigorosamente nada de comparável ao ensino secundário. Neste momento estão em revisão os sistemas estatutários, no seguimento do novo regime jurídico das instituições do ensino superior-Lei nº62/2007 de 10 de Setembro, não se sabendo neste momento exactamente o que resultará.
Esta minha intervenção é feita porque penso ser importante não misturar, confundir situações distintas, pouco ou nada comparáveis, como também considero essencial que se cultive rigor e exigência a vários níveis e em particular à forma como comunicamos, e que quando se fala ou escreve se saiba realmente do que se está a falar ou escrever. Por isso é que eu sobre bolsa pouco ou nada digo.

Abraços e beijos.
Editado pela última vez por crg em 16/6/2008 23:40, num total de 2 vezes.
“A elevação dos pensamentos denuncia a nobreza dos sentimentos.”
Pata,
essa é uma "guerra" antiga. Não tendo o funcionário poder para alterar o preço do produto, essa comparação não faz sentido.
Fará sentido numa situação em que funcionário possa alterar o preço do produto por forma a deixar o cliente mais satisfeito. Assim que o cliente se apercebesse disso daria sempre avaliações negativas até que lhe oferecessem o produto...
(na realidade é o que se está a passar um pouco nas nossas escolas...)
essa é uma "guerra" antiga. Não tendo o funcionário poder para alterar o preço do produto, essa comparação não faz sentido.
Fará sentido numa situação em que funcionário possa alterar o preço do produto por forma a deixar o cliente mais satisfeito. Assim que o cliente se apercebesse disso daria sempre avaliações negativas até que lhe oferecessem o produto...

(na realidade é o que se está a passar um pouco nas nossas escolas...)
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Camisa Roxa Escreveu:conflito de interesses significa que a associação por vezes poderá ter uma opinião que colida com a do Ministério da Educação...
ora se é o ME que financia a associação, que raio de independência se pode garantir às posições da associação?
isso é o mesmo que pedirem a 1 empregado uma opinião sobre o patrão com este ao lado
Mas ele não criticou o ME. Ele nem fez referência ao ME, apenas quis lançar um tema para discussão e conseguiu-o.
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JAM Escreveu:Não sei que conflito tem ele com o estado. Se acabarem os exames, as notas ainda podem ficar melhores. Não é isso que o ME quer?
conflito de interesses significa que a associação por vezes poderá ter uma opinião que colida com a do Ministério da Educação...
ora se é o ME que financia a associação, que raio de independência se pode garantir às posições da associação?
isso é o mesmo que pedirem a 1 empregado uma opinião sobre o patrão com este ao lado

Free Minds and Free Markets
... forecasting exchange rates has a success rate no better than that of forecasting the outcome of a coin toss - Alan Greenspan (2004)
Camisa Roxa Escreveu:ainda por cima a um organismo que tem conflito de interesses com o Estado!
Não sei que conflito tem ele com o estado. Se acabarem os exames, as notas ainda podem ficar melhores. Não é isso que o ME quer?
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JAM Escreveu:Na altura ele esqueceu-se de dizer ao país que uns dias antes o ME tinha atribuido um subsídio (100.000 Euros salvo erro) à associação que ele presidia.
tás a ver JAM? um subsídio de 100.000€ a uma Associação de Pais???? Mas que enterranço descarado de dinheiro é este?
ainda por cima a um organismo que tem conflito de interesses com o Estado!

Free Minds and Free Markets
... forecasting exchange rates has a success rate no better than that of forecasting the outcome of a coin toss - Alan Greenspan (2004)
Esse representante foi o mesmo que veio afirmar que a avaliação dos professores da forma que estava planeada era a revolução que o ensino precisava.
Na altura ele esqueceu-se de dizer ao país que uns dias antes o ME tinha atribuido um subsídio (100.000 Euros salvo erro) à associação que ele presidia.
Na altura ele esqueceu-se de dizer ao país que uns dias antes o ME tinha atribuido um subsídio (100.000 Euros salvo erro) à associação que ele presidia.
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