Galp...
EyeHawk Escreveu:Mas o BPI quer que a cotação deslize paulativamente em baixa... como que a oferecer uma oportunidade a quem ainda não adquiriu acções da Galp.![]()
Acto filantrópico!
O Bpi filantrópico...
Deixa-me rir...
Se não podes vencê-los, o melhor mesmo é juntares-te a eles!
Porquê ir contra o mercado? Perdemos sempre!
És fraco, junta-te aos fortes!
Porquê ir contra o mercado? Perdemos sempre!
És fraco, junta-te aos fortes!
Extracção de Petróleo no Tupi 2008-06-06 00:05
Galp Energia vai gastar 6,5 mil milhões de euros nos próximos 20 anos
O aumento de capital quase obrigatório para a petrolífera conseguir pagar a sua parte da conta de um total de 65 mil milhões de euros.
Ana Maria Gonçalves
É uma soma astronómica. E a primeira vez que se arriscam números sobre o volume de investimento necessário para extrair o petróleo descoberto nas águas ultra-profundas do famoso campo de Tupi, no Brasil, onde a Galp detém uma participação de 10% no bloco BMS-11.
Para cima da mesa foram atirados 100 mil milhões de dólares, dos quais caberiam à Galp, num horizonte de 20 anos, qualquer coisa como 10 mil milhões de dólares (6,5 mil milhões de euros).
As contas são de Peter Wells, director da empresa de pesquisa norte-americana Nettex Petroleum Consultants e ex-antigo responsável pela exploração petrolífera da Royal Dutch Shell, em declarações à Bloomberg.
A magnitude desta verba impressiona e levanta a dúvida sobre se a Galp terá capacidade para pagar a sua parte da conta, que ultrapassa os 5,3 mil milhões de euros que o grupo português prometeu gastar entre 2008-2012 para concretizar o seu actual plano de negócios. Um pacote que, além da exploração e produção de petróleo, abrange os biocombustíveis, a reconversão das refinarias do Porto e Sines, centrais de ciclo combinado, parques eólicos e gás natural.
Até porque está mais do que provado que as receitas do petróleo angolano, onde apenas o bloco 14 está em produção, não serão suficientes.
A solução teria de passar, quase obrigatoriamente, por um aumento de capital. “Parte das necessidades podem ser supridas com recurso à dívida, até porque a Galp está pouco endividada , como é tipíco de uma petrolífera”, disse Pedro Morais, da Espírito Santo Research.
“Mas a prazo, a solução terá de passar por um aumeto de capital”, acrescenta.
Este esforço tem de ser enquadrado à luz da futura cotação do petróleo. Calcula-se que, em Tupi, haja reservas na ordem dos cinco a oito mil milhões de barris de crude. A preços actuais, que rondam os 124 dólares o barril, estamos perante receitas na casa dos 620 a 992 mil milhões de dólares (400 a 640 mil milhões de euros), e com fortes probabilidades de aumentarem, a manter-se a actual escalada dos preços do petróleo.
Peter Wells afirma ainda que os trabalhos na zona de Tupi e nos blocos ‘off-shore’ que o rodeiam [a Galp está presente com mais três blocos na região, o BMS-8, BMS-21 e o BMS-24] custarão qualquer coisa como 240 mil milhões de dólares (155 mil milhões de euros), transformando-a na mais cara exploração de sempre da indústria petrolífera mundial. E para quem se sinta atordoado, Peter Wells faz o enquadramento: esta verba permitiria financiar o programa espacial norte-americano pelos próximos 14 anos.
A única garantia dada até agora pela Petrobras, a líder dos vários consórcios, é a data prevista para o arranque de testes mais aprofundados em Tupi: o terceiro trimestre de 2009. Um ano depois promete ser a vez da produção dos primeiros 100 mil barris diários de petróleo e de quatro milhões de metros cúbicos de gás natural. A partir daqui, esperam poder planear o processo de produção definitiva de Tupi.
Até ao fecho da edição não foi possível obter uma reacção da Galp, no entanto, os accionistas da petrolífera já vieram a público mostrar elevado interesse em participar no projecto Tupi.
Porque custa tanto explorar petróleo no Brasil
A mais de nove quilómetros de profundidade, abaixo da superfície do mar, depois de ultrapassar as águas geladas e uma grande camada de sal, num poço onde as temperaturas chegam aos 260 graus centigrados.É aqui, neste local inimaginável, que estão as reservas de oito mil milhões de barris de petróleo que o Brasil tem, apenas no poço Tupi. O mais difícil é chegar lá e por isso é que a sua produção está avaliada em preços tão elevados. “Os poços do Brasil vão ser mais difíceis de desenvolver que os do Golfo do México, onde os poços mais profundos estão agora em produção”, disse à Bloomberg Matt Cline, um economista do Departamento de Energia do governo norte-americano. De acordo com este especialista, no Golfo do México, a Exxon e a Chevron chegaram mesmo a desintegrar as suas perfuradoras de diamante no processo de exploração, há dois anos. Só a Chevron destruiu 12 perfuradoras de 50 mil dólares (32 mil euros) em cada um dos 14 poços que detém no seu projecto de 4,7 mil milhões de dólares ( três mil milhões de euros) no Tahiti. “Estes desafios nos projectos brasileiros ‘off-shore’ são demasiado grandes para qualquer companhia, ou até mesmo um país, ter capacidade para desenvolver sozinha”, disse à Bloomberg, Tina Vital, ex-engenheira da Exxon.
Números
- Profundidade: 9,6 quilómetros abaixo da superfície do mar.
- Pressão: Equipamento tem de ter capacidade para aguentar forças de 3,2 toneladas/cm2.
- Temperatura: inferior a zero no fundo do mar e 260 graus centígrados no interior dos poços.
- Distância: A 250 quilómetros ao largo do Rio de Janeiro.
- Exploração: 100 mil milhões de dólares
- Reservas: Entre cinco a oito mil milhões de barris diários.
- Custos: A exploração do Tupi e poços circundantes pode custar 240 mil milhões de dólares.
Galp Energia vai gastar 6,5 mil milhões de euros nos próximos 20 anos
O aumento de capital quase obrigatório para a petrolífera conseguir pagar a sua parte da conta de um total de 65 mil milhões de euros.
Ana Maria Gonçalves
É uma soma astronómica. E a primeira vez que se arriscam números sobre o volume de investimento necessário para extrair o petróleo descoberto nas águas ultra-profundas do famoso campo de Tupi, no Brasil, onde a Galp detém uma participação de 10% no bloco BMS-11.
Para cima da mesa foram atirados 100 mil milhões de dólares, dos quais caberiam à Galp, num horizonte de 20 anos, qualquer coisa como 10 mil milhões de dólares (6,5 mil milhões de euros).
As contas são de Peter Wells, director da empresa de pesquisa norte-americana Nettex Petroleum Consultants e ex-antigo responsável pela exploração petrolífera da Royal Dutch Shell, em declarações à Bloomberg.
A magnitude desta verba impressiona e levanta a dúvida sobre se a Galp terá capacidade para pagar a sua parte da conta, que ultrapassa os 5,3 mil milhões de euros que o grupo português prometeu gastar entre 2008-2012 para concretizar o seu actual plano de negócios. Um pacote que, além da exploração e produção de petróleo, abrange os biocombustíveis, a reconversão das refinarias do Porto e Sines, centrais de ciclo combinado, parques eólicos e gás natural.
Até porque está mais do que provado que as receitas do petróleo angolano, onde apenas o bloco 14 está em produção, não serão suficientes.
A solução teria de passar, quase obrigatoriamente, por um aumento de capital. “Parte das necessidades podem ser supridas com recurso à dívida, até porque a Galp está pouco endividada , como é tipíco de uma petrolífera”, disse Pedro Morais, da Espírito Santo Research.
“Mas a prazo, a solução terá de passar por um aumeto de capital”, acrescenta.
Este esforço tem de ser enquadrado à luz da futura cotação do petróleo. Calcula-se que, em Tupi, haja reservas na ordem dos cinco a oito mil milhões de barris de crude. A preços actuais, que rondam os 124 dólares o barril, estamos perante receitas na casa dos 620 a 992 mil milhões de dólares (400 a 640 mil milhões de euros), e com fortes probabilidades de aumentarem, a manter-se a actual escalada dos preços do petróleo.
Peter Wells afirma ainda que os trabalhos na zona de Tupi e nos blocos ‘off-shore’ que o rodeiam [a Galp está presente com mais três blocos na região, o BMS-8, BMS-21 e o BMS-24] custarão qualquer coisa como 240 mil milhões de dólares (155 mil milhões de euros), transformando-a na mais cara exploração de sempre da indústria petrolífera mundial. E para quem se sinta atordoado, Peter Wells faz o enquadramento: esta verba permitiria financiar o programa espacial norte-americano pelos próximos 14 anos.
A única garantia dada até agora pela Petrobras, a líder dos vários consórcios, é a data prevista para o arranque de testes mais aprofundados em Tupi: o terceiro trimestre de 2009. Um ano depois promete ser a vez da produção dos primeiros 100 mil barris diários de petróleo e de quatro milhões de metros cúbicos de gás natural. A partir daqui, esperam poder planear o processo de produção definitiva de Tupi.
Até ao fecho da edição não foi possível obter uma reacção da Galp, no entanto, os accionistas da petrolífera já vieram a público mostrar elevado interesse em participar no projecto Tupi.
Porque custa tanto explorar petróleo no Brasil
A mais de nove quilómetros de profundidade, abaixo da superfície do mar, depois de ultrapassar as águas geladas e uma grande camada de sal, num poço onde as temperaturas chegam aos 260 graus centigrados.É aqui, neste local inimaginável, que estão as reservas de oito mil milhões de barris de petróleo que o Brasil tem, apenas no poço Tupi. O mais difícil é chegar lá e por isso é que a sua produção está avaliada em preços tão elevados. “Os poços do Brasil vão ser mais difíceis de desenvolver que os do Golfo do México, onde os poços mais profundos estão agora em produção”, disse à Bloomberg Matt Cline, um economista do Departamento de Energia do governo norte-americano. De acordo com este especialista, no Golfo do México, a Exxon e a Chevron chegaram mesmo a desintegrar as suas perfuradoras de diamante no processo de exploração, há dois anos. Só a Chevron destruiu 12 perfuradoras de 50 mil dólares (32 mil euros) em cada um dos 14 poços que detém no seu projecto de 4,7 mil milhões de dólares ( três mil milhões de euros) no Tahiti. “Estes desafios nos projectos brasileiros ‘off-shore’ são demasiado grandes para qualquer companhia, ou até mesmo um país, ter capacidade para desenvolver sozinha”, disse à Bloomberg, Tina Vital, ex-engenheira da Exxon.
Números
- Profundidade: 9,6 quilómetros abaixo da superfície do mar.
- Pressão: Equipamento tem de ter capacidade para aguentar forças de 3,2 toneladas/cm2.
- Temperatura: inferior a zero no fundo do mar e 260 graus centígrados no interior dos poços.
- Distância: A 250 quilómetros ao largo do Rio de Janeiro.
- Exploração: 100 mil milhões de dólares
- Reservas: Entre cinco a oito mil milhões de barris diários.
- Custos: A exploração do Tupi e poços circundantes pode custar 240 mil milhões de dólares.
Se não podes vencê-los, o melhor mesmo é juntares-te a eles!
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Galp Energia vai gastar 6,5 mil milhões de euros nos próximos 20 anos
O aumento de capital quase obrigatório para a petrolífera conseguir pagar a sua parte da conta de um total de 65 mil milhões de euros.
Ana Maria Gonçalves
É uma soma astronómica. E a primeira vez que se arriscam números sobre o volume de investimento necessário para extrair o petróleo descoberto nas águas ultra-profundas do famoso campo de Tupi, no Brasil, onde a Galp detém uma participação de 10% no bloco BMS-11.
Para cima da mesa foram atirados 100 mil milhões de dólares, dos quais caberiam à Galp, num horizonte de 20 anos, qualquer coisa como 10 mil milhões de dólares (6,5 mil milhões de euros).
As contas são de Peter Wells, director da empresa de pesquisa norte-americana Nettex Petroleum Consultants e ex-antigo responsável pela exploração petrolífera da Royal Dutch Shell, em declarações à Bloomberg.
A magnitude desta verba impressiona e levanta a dúvida sobre se a Galp terá capacidade para pagar a sua parte da conta, que ultrapassa os 5,3 mil milhões de euros que o grupo português prometeu gastar entre 2008-2012 para concretizar o seu actual plano de negócios. Um pacote que, além da exploração e produção de petróleo, abrange os biocombustíveis, a reconversão das refinarias do Porto e Sines, centrais de ciclo combinado, parques eólicos e gás natural.
Até porque está mais do que provado que as receitas do petróleo angolano, onde apenas o bloco 14 está em produção, não serão suficientes.
A solução teria de passar, quase obrigatoriamente, por um aumento de capital. “Parte das necessidades podem ser supridas com recurso à dívida, até porque a Galp está pouco endividada , como é tipíco de uma petrolífera”, disse Pedro Morais, da Espírito Santo Research.
“Mas a prazo, a solução terá de passar por um aumeto de capital”, acrescenta.
Este esforço tem de ser enquadrado à luz da futura cotação do petróleo. Calcula-se que, em Tupi, haja reservas na ordem dos cinco a oito mil milhões de barris de crude. A preços actuais, que rondam os 124 dólares o barril, estamos perante receitas na casa dos 620 a 992 mil milhões de dólares (400 a 640 mil milhões de euros), e com fortes probabilidades de aumentarem, a manter-se a actual escalada dos preços do petróleo.
Peter Wells afirma ainda que os trabalhos na zona de Tupi e nos blocos ‘off-shore’ que o rodeiam [a Galp está presente com mais três blocos na região, o BMS-8, BMS-21 e o BMS-24] custarão qualquer coisa como 240 mil milhões de dólares (155 mil milhões de euros), transformando-a na mais cara exploração de sempre da indústria petrolífera mundial. E para quem se sinta atordoado, Peter Wells faz o enquadramento: esta verba permitiria financiar o programa espacial norte-americano pelos próximos 14 anos.
A única garantia dada até agora pela Petrobras, a líder dos vários consórcios, é a data prevista para o arranque de testes mais aprofundados em Tupi: o terceiro trimestre de 2009. Um ano depois promete ser a vez da produção dos primeiros 100 mil barris diários de petróleo e de quatro milhões de metros cúbicos de gás natural. A partir daqui, esperam poder planear o processo de produção definitiva de Tupi.
Até ao fecho da edição não foi possível obter uma reacção da Galp, no entanto, os accionistas da petrolífera já vieram a público mostrar elevado interesse em participar no projecto Tupi.
Porque custa tanto explorar petróleo no Brasil
A mais de nove quilómetros de profundidade, abaixo da superfície do mar, depois de ultrapassar as águas geladas e uma grande camada de sal, num poço onde as temperaturas chegam aos 260 graus centigrados.É aqui, neste local inimaginável, que estão as reservas de oito mil milhões de barris de petróleo que o Brasil tem, apenas no poço Tupi. O mais difícil é chegar lá e por isso é que a sua produção está avaliada em preços tão elevados. “Os poços do Brasil vão ser mais difíceis de desenvolver que os do Golfo do México, onde os poços mais profundos estão agora em produção”, disse à Bloomberg Matt Cline, um economista do Departamento de Energia do governo norte-americano. De acordo com este especialista, no Golfo do México, a Exxon e a Chevron chegaram mesmo a desintegrar as suas perfuradoras de diamante no processo de exploração, há dois anos. Só a Chevron destruiu 12 perfuradoras de 50 mil dólares (32 mil euros) em cada um dos 14 poços que detém no seu projecto de 4,7 mil milhões de dólares ( três mil milhões de euros) no Tahiti. “Estes desafios nos projectos brasileiros ‘off-shore’ são demasiado grandes para qualquer companhia, ou até mesmo um país, ter capacidade para desenvolver sozinha”, disse à Bloomberg, Tina Vital, ex-engenheira da Exxon.
Números
- Profundidade: 9,6 quilómetros abaixo da superfície do mar.
- Pressão: Equipamento tem de ter capacidade para aguentar forças de 3,2 toneladas/cm2.
- Temperatura: inferior a zero no fundo do mar e 260 graus centígrados no interior dos poços.
- Distância: A 250 quilómetros ao largo do Rio de Janeiro.
- Exploração: 100 mil milhões de dólares
- Reservas: Entre cinco a oito mil milhões de barris diários.
- Custos: A exploração do Tupi e poços circundantes pode custar 240 mil milhões de dólares.
O aumento de capital quase obrigatório para a petrolífera conseguir pagar a sua parte da conta de um total de 65 mil milhões de euros.
Ana Maria Gonçalves
É uma soma astronómica. E a primeira vez que se arriscam números sobre o volume de investimento necessário para extrair o petróleo descoberto nas águas ultra-profundas do famoso campo de Tupi, no Brasil, onde a Galp detém uma participação de 10% no bloco BMS-11.
Para cima da mesa foram atirados 100 mil milhões de dólares, dos quais caberiam à Galp, num horizonte de 20 anos, qualquer coisa como 10 mil milhões de dólares (6,5 mil milhões de euros).
As contas são de Peter Wells, director da empresa de pesquisa norte-americana Nettex Petroleum Consultants e ex-antigo responsável pela exploração petrolífera da Royal Dutch Shell, em declarações à Bloomberg.
A magnitude desta verba impressiona e levanta a dúvida sobre se a Galp terá capacidade para pagar a sua parte da conta, que ultrapassa os 5,3 mil milhões de euros que o grupo português prometeu gastar entre 2008-2012 para concretizar o seu actual plano de negócios. Um pacote que, além da exploração e produção de petróleo, abrange os biocombustíveis, a reconversão das refinarias do Porto e Sines, centrais de ciclo combinado, parques eólicos e gás natural.
Até porque está mais do que provado que as receitas do petróleo angolano, onde apenas o bloco 14 está em produção, não serão suficientes.
A solução teria de passar, quase obrigatoriamente, por um aumento de capital. “Parte das necessidades podem ser supridas com recurso à dívida, até porque a Galp está pouco endividada , como é tipíco de uma petrolífera”, disse Pedro Morais, da Espírito Santo Research.
“Mas a prazo, a solução terá de passar por um aumeto de capital”, acrescenta.
Este esforço tem de ser enquadrado à luz da futura cotação do petróleo. Calcula-se que, em Tupi, haja reservas na ordem dos cinco a oito mil milhões de barris de crude. A preços actuais, que rondam os 124 dólares o barril, estamos perante receitas na casa dos 620 a 992 mil milhões de dólares (400 a 640 mil milhões de euros), e com fortes probabilidades de aumentarem, a manter-se a actual escalada dos preços do petróleo.
Peter Wells afirma ainda que os trabalhos na zona de Tupi e nos blocos ‘off-shore’ que o rodeiam [a Galp está presente com mais três blocos na região, o BMS-8, BMS-21 e o BMS-24] custarão qualquer coisa como 240 mil milhões de dólares (155 mil milhões de euros), transformando-a na mais cara exploração de sempre da indústria petrolífera mundial. E para quem se sinta atordoado, Peter Wells faz o enquadramento: esta verba permitiria financiar o programa espacial norte-americano pelos próximos 14 anos.
A única garantia dada até agora pela Petrobras, a líder dos vários consórcios, é a data prevista para o arranque de testes mais aprofundados em Tupi: o terceiro trimestre de 2009. Um ano depois promete ser a vez da produção dos primeiros 100 mil barris diários de petróleo e de quatro milhões de metros cúbicos de gás natural. A partir daqui, esperam poder planear o processo de produção definitiva de Tupi.
Até ao fecho da edição não foi possível obter uma reacção da Galp, no entanto, os accionistas da petrolífera já vieram a público mostrar elevado interesse em participar no projecto Tupi.
Porque custa tanto explorar petróleo no Brasil
A mais de nove quilómetros de profundidade, abaixo da superfície do mar, depois de ultrapassar as águas geladas e uma grande camada de sal, num poço onde as temperaturas chegam aos 260 graus centigrados.É aqui, neste local inimaginável, que estão as reservas de oito mil milhões de barris de petróleo que o Brasil tem, apenas no poço Tupi. O mais difícil é chegar lá e por isso é que a sua produção está avaliada em preços tão elevados. “Os poços do Brasil vão ser mais difíceis de desenvolver que os do Golfo do México, onde os poços mais profundos estão agora em produção”, disse à Bloomberg Matt Cline, um economista do Departamento de Energia do governo norte-americano. De acordo com este especialista, no Golfo do México, a Exxon e a Chevron chegaram mesmo a desintegrar as suas perfuradoras de diamante no processo de exploração, há dois anos. Só a Chevron destruiu 12 perfuradoras de 50 mil dólares (32 mil euros) em cada um dos 14 poços que detém no seu projecto de 4,7 mil milhões de dólares ( três mil milhões de euros) no Tahiti. “Estes desafios nos projectos brasileiros ‘off-shore’ são demasiado grandes para qualquer companhia, ou até mesmo um país, ter capacidade para desenvolver sozinha”, disse à Bloomberg, Tina Vital, ex-engenheira da Exxon.
Números
- Profundidade: 9,6 quilómetros abaixo da superfície do mar.
- Pressão: Equipamento tem de ter capacidade para aguentar forças de 3,2 toneladas/cm2.
- Temperatura: inferior a zero no fundo do mar e 260 graus centígrados no interior dos poços.
- Distância: A 250 quilómetros ao largo do Rio de Janeiro.
- Exploração: 100 mil milhões de dólares
- Reservas: Entre cinco a oito mil milhões de barris diários.
- Custos: A exploração do Tupi e poços circundantes pode custar 240 mil milhões de dólares.
"A incerteza dos acontecimentos,é sempre mais difícil de suportar do que o próprio acontecimento" Jean-Baptista Massilion.
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
Resina Escreveu:EyeHawk Escreveu:PS: Não concordo com "(...) noticias não são animadoras (...)". Pelo contrário, parecem já estar a animar o titulo na direcção certa! Tal como o BPI espera
Queres dizer que afinal o poço e a quantidade existente é um valor muito reduzido!?
Não entendi bem o que queres dar a entender!?
Que a cotação vai ter de cair porque afinal as coisas não são tão boas como se previa!?
Repara:
Ponto (4)
2) «(...) confirmação do tamanho do poço Júpiter, (...) aparentemente em risco (...)»
3) «(...) poderá mover a sonda antes de ter informação específica sobre o bloco"
Por outras palavras, a "leitura" que o BPI faz é:
- Pode ser (talvez) que a sonda tenha de ir embora mais cedo sem recolher os dados relativos ao tamanho do bloco "Jupiter" (onde a Galp tem 20%)
e por conseguinte não tenhamos (talvez) essa informação importante para reavaliarmos a Galp.
É o facto de "talvez" não virmos a saber o tamanho do bloco Jupiter que constitui "noticia não animadora",
não a dimensão propriamente dita do bloco Jupiter.
Toda a noticia gira à volta do cenário pouco provável de os dados "especificos" da dimensão do bloco serem interrompidos a meio!

(como que para chatear...)
Para bom entendedor:
Já se sabe que toda aquela zona geológica É UM CONTINUUM DE PETRÓLEO, falta apenas QUANTIFICAR as partes que cabem a cada bloco bem delimitado à superficie.
O BPI "lê" a deslocalização de uma sonda como a possibilidade de não termos o VALOR QUANTIFICADO do petroleo do bloco Jupiter...
Ora esse raciocinio é absurdo na medida em que defende que a Petrobrás é capaz de interronper o trabalho de recolha desses dados a meio (como que para chatear...)

e deixe a Galp e os restantes parceiros pendurados... (como um "Coitus Interruptus")

Claramente o BPI quer "ler" e "interpretar" a noticia que fabricou de modo "não animador" com um propósito que os gestores dos fundos BPI sabem muito bem.
O conhecimento da quatificação do bloco Jupiter terá sempre um impacto POSITIVO no valor da Galp, seja essa quatificação de 5 bilhões de barris ou 25 bilhões de barris (por exemplo) onde a galp terá os respectivos 20% de quota.
Se a cotação ajusta em alta ou nem por isso... é outra HISTÓRIA. Quero apenas dizer que basta os mercados estarem todos muito maus e em queda acentuada que uma noticia dessas pode ter um efeito muito reduzido na cotação (sobe pouco) como pode ter um efeito fantástico na cotação (sobe muito); tudo dependerá da "leitura" e "psicologia" de momento do mercado (leia-se investidores).

Mas o BPI quer que a cotação deslize paulativamente em baixa... como que a oferecer uma oportunidade a quem ainda não adquiriu acções da Galp.

Acto filantrópico!

Editado pela última vez por EyeHawk em 6/6/2008 3:55, num total de 2 vezes.
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- Registado: 17/9/2007 23:46
- Localização: Europe, Lisbon
Eyehawk, excelente trabalho de contraanálise do texto do BPI
Partilho a tua visão de que se a Petrobras não é tola, se tem que mover a sonda a meio dos trabalhos (processo moroso e custoso) vai fazê-lo quando tiver terminado os trabalhos de Jupiter nem que ponha a gente a trabalhar noite e dia.
Pode isto significar que teremos resultados em breve
Agora, a interpretação geral parece estar a ser nestes dois dias no sentido do BPI, ou melhor, da não noticia
Tb não sei se não terá havido movimentações de capital de todas as cotadas para a EDPR?
A Petrobras subiu hoje 4%.. vamos ver

Partilho a tua visão de que se a Petrobras não é tola, se tem que mover a sonda a meio dos trabalhos (processo moroso e custoso) vai fazê-lo quando tiver terminado os trabalhos de Jupiter nem que ponha a gente a trabalhar noite e dia.
Pode isto significar que teremos resultados em breve

Agora, a interpretação geral parece estar a ser nestes dois dias no sentido do BPI, ou melhor, da não noticia

Tb não sei se não terá havido movimentações de capital de todas as cotadas para a EDPR?
A Petrobras subiu hoje 4%.. vamos ver
EyeHawk Escreveu:PS: Não concordo com "(...) noticias não são animadoras (...)". Pelo contrário, parecem já estar a animar o titulo na direcção certa! Tal como o BPI espera
Queres dizer que afinal o poço e a quantidade existente é um valor muito reduzido!?
Não entendi bem o que queres dar a entender!?
Que a cotação vai ter de cair porque afinal as coisas não são tão boas como se previa!?
Se não podes vencê-los, o melhor mesmo é juntares-te a eles!
Porquê ir contra o mercado? Perdemos sempre!
És fraco, junta-te aos fortes!
Porquê ir contra o mercado? Perdemos sempre!
És fraco, junta-te aos fortes!
vold Escreveu:marco tudo bem mas e o preço do gasóleo também evoluiu da mesma forma ?? não te esqueças que o gasóleo tem subido mais que a gasolina.
O Gasóleo tem subido mais no mercado internacional do que a gasolina. Esse aspecto já foi exaustivamente discutido aqui. É uma tendência do mercado e resultado do fenómeno de "dieselização" do parque automóvel.
E mais: Portugal nesse aspecto até está favorecido. Como podes verificar, a taxação do Gasóleo em Portugal está abaixo da média europeia (ao contrário da Gasolina onde está acima da média europeia).
Aliás, basta ires aqui ao lado a Espanha onde o Gasóleo já está ao preço da Gasolina há algum tempo. Portugal para lá caminha e (felizmente para os portugueses) mais lentamente...
vold Escreveu: tudo bem que evolui para a igualdade mas então se um subiu mais que o outro então agora as descidas deviam ser iguais mas maiores para serem feitas em valores correspondentes iguais. não ?
Não. Nem sei onde foste buscar tal raciocínio...
O Gasóleo não sobe mais porque tem maior volatilidade. Sobe mais porque, face à gasolina, tem estado a encarecer. Uma coisa que encarece não tende a descer mais nas descidas...
vold Escreveu:colocaste os preços da gasolina para cada valor do petróleo no caso da subida.
Vold, eu estou farto de fazer esses comparativos para prazos alargados compreendendo fases de subida e fases de descida.
vold Escreveu:pedia-te se pudesses ou soubesses onde encontrar os preços da gasolina e do gasóleo (...)
Há uma série de sites onde podes retirar dados estatísticos. Deixo aqui um par deles:
www.dgee.pt
www.apetro.pt
E dados do crude nos mercados internacionais e do cross eurusd tens em muito lado. Se não tiveres em mais nenhum podes retirar daqui:
www.prorealtime.com
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
MarcoAntonio Escreveu:EyeHawk, esse post com todos esses vermelhos e todos esses (principalmente esses) bolds fica extremamente desagradável de ler.
Acreditas se eu te disser que desisti logo de ler o post por causa do seu aspecto?
Pois garanto-te que é verdade...
Olha que até nem tem muitos "bolds".
(Mas já tirei alguns menos necessários)
Se regulares melhor a luz ambiente... tornar-se-á mais agradavel de ler!

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- Registado: 17/9/2007 23:46
- Localização: Europe, Lisbon
marco tudo bem mas e o preço do gasóleo também evoluiu da mesma forma ?? não te esqueças que o gasóleo tem subido mais que a gasolina. tudo bem que evolui para a igualdade mas então se um subiu mais que o outro então agora as descidas deviam ser iguais mas maiores para serem feitas em valores correspondentes iguais. não ?
percebi perfeitamente o que quiseste dizer, além disso nem sou dos que acha que a galp rouba os clientes, a galp não tem qualquer culpa da subida dos preços e nunca me viste aqui a queixar. vi o debate do prós e contras e estava completamente contra os argumentos forçados de quem estava contra as petrolíferas, culpando-as dos movimentos dos mercados.
mas as descidas tem que ser feitas de acordo com as subidas, é só isso que quero saber se está acontecer. ontem o petróleo estava a 123€, o preço do gasóleo e gasolina estavam a baixar em valores iguais (no total dos dois) aos que subiram ?
colocaste os preços da gasolina para cada valor do petróleo no caso da subida. pedia-te se pudesses ou soubesses onde encontrar os preços da gasolina e do gasóleo (este também para a subida) para os correspondentes valores do petróleo na descida (com o petróleo a 123 dólares, pois só hoje saiu de perto dos 120)
é normal que a dúvida se instale, mas tudo bem sei que a minha afirmação foi demasiado acusatória e sem quaisquer argumentos
abraço
ps: retirei do post uma conclusão errada a que tinha chegado
percebi perfeitamente o que quiseste dizer, além disso nem sou dos que acha que a galp rouba os clientes, a galp não tem qualquer culpa da subida dos preços e nunca me viste aqui a queixar. vi o debate do prós e contras e estava completamente contra os argumentos forçados de quem estava contra as petrolíferas, culpando-as dos movimentos dos mercados.
mas as descidas tem que ser feitas de acordo com as subidas, é só isso que quero saber se está acontecer. ontem o petróleo estava a 123€, o preço do gasóleo e gasolina estavam a baixar em valores iguais (no total dos dois) aos que subiram ?
colocaste os preços da gasolina para cada valor do petróleo no caso da subida. pedia-te se pudesses ou soubesses onde encontrar os preços da gasolina e do gasóleo (este também para a subida) para os correspondentes valores do petróleo na descida (com o petróleo a 123 dólares, pois só hoje saiu de perto dos 120)
é normal que a dúvida se instale, mas tudo bem sei que a minha afirmação foi demasiado acusatória e sem quaisquer argumentos
abraço
ps: retirei do post uma conclusão errada a que tinha chegado
Editado pela última vez por vold em 5/6/2008 20:43, num total de 1 vez.
EyeHawk, esse post com todos esses vermelhos e todos esses (principalmente esses) bolds fica extremamente desagradável de ler.
Acreditas se eu te disser que desisti logo de ler o post por causa do seu aspecto?
Pois garanto-te que é verdade...
Acreditas se eu te disser que desisti logo de ler o post por causa do seu aspecto?
Pois garanto-te que é verdade...
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
pedrosantosslb Escreveu:BPI diz alterações exploração Brasil pouco animadoras Galp
05/06/2008
LISBOA, 5 Jun (Reuters) - A intenção da Petrobras de transferir uma sonda de perfuração do poço petrolífero 'Jupiter' para novas áreas de exploração é pouco animadora para a Galp , já que poderá atrasar os dados finais sobre as reservas daquele poço, afirma o BPI.
O responsável da área de Exploração e Produção (E&P) da Petrobras, Guilherme Estrella, referiu que um navio de perfuração actualmente a trabalhar no poço Júpiter irá recolher mais alguma informação sobre o poço, sendo depois transferido para um bloco na Bacia de Jequitinhonha.
A Galp detém uma participação de 20 pct no consórcio que está a explorar o poço Júpiter.
"As notícias recentes não são animadoras, tendo em conta a pressa da Petrobras de assegurar as actuais concessões antes do final do ano", afirma o BPI no Iberian Daily de hoje.
"Esta situação poderá atrasar as notícias de exploração, nomeadamente a confirmação do tamanho do poço Júpiter, que está aparentemente em risco já que a Petrobras poderá mover a sonda antes de ter informação específica sobre o bloco", acrescenta.
Negociaram-se 411.589 acções da Galp a cair 0,12 pct para 16,10 euros.
Nota: O leitor deve consultar este documento de research integralmente, nomeadamente quanto ao 'disclaimer', solicitando-o à casa de investimento que o elaborou.
(Por Ruben Bicho; Editado por Elisabete Tavares)
Gosto muito desta noticia.
Está mesmo feita para o objectivo a que se destina:
Beneficiar o valor da carteira dos outros agentes de mercado!

Senão vejamos:
Ponto (1)
"A intenção da Petrobras de transferir uma sonda de perfuração do poço petrolífero 'Jupiter' para novas áreas de exploração é pouco animadora para a Galp , já que poderá atrasar os dados finais sobre as reservas daquele poço, afirma o BPI."
Comentário:
Estamos a dissertar sobre uma eventual "intenção" da Petrobras não garantida em absoluto?
Tambem não dizem se existe apenas "uma sonda" ou várias sondas a trabalhar o poço "Jupiter".
A Petrobrás trabalha com várias sondas pelos vários poços existentes... a não ser que o poço "Jupiter" só tenha direito a uma sonda... e logo havia de ser a sonda destinada a oferecer resultados à Galp que tinha de ir embora!

Se houver várias sondas em Jupiter (não o dizem) então "uma sonda" ir embora é muito animador para a Galp e não "pouco animador", porque É APENAS uma sonda que talvez vá embora...

Ponto (2)
O responsável da área de Exploração e Produção (E&P) da Petrobras, Guilherme Estrella, referiu que um navio de perfuração actualmente a trabalhar no poço Júpiter irá recolher mais alguma informação sobre o poço, sendo depois transferido para um bloco na Bacia de Jequitinhonha.
Comentário:
Não especificam a que se refere essa "mais alguma informação"...
Essa "mais alguma informação" pode ser uma estimativa suficientemente aproximada da quantidade de crude existente no poço Jupiter que nos dará de imediato uma ideia da dimensão do poço Jupiter (com beneficios para as cotações da Galp) poís seria contraproducente deixar esse objectivo por terminar tendo em conta as horas/dias já gastos nesse objectivo.
Ponto (3)
"As notícias recentes não são animadoras, tendo em conta a pressa da Petrobras de assegurar as actuais concessões antes do final do ano", afirma o BPI no Iberian Daily de hoje.
Comentário:
O BPI lê ou interpreta que as noticias não são animadoras. Essa é, de facto, a leitura ou a interpretação do BPI.
Duas questões surgem:
1) Quais as intenções do banco BPI de expor ao mercado a sua "leitura" ou "interpretação" das noticias?

2) Quais as vantagens do banco BPI de expor ao mercado a sua "leitura" ou "interpretação" das noticias?

Ponto (4)
"Esta situação poderá atrasar as notícias de exploração, nomeadamente a confirmação do tamanho do poço Júpiter, que está aparentemente em risco já que a Petrobras poderá mover a sonda antes de ter informação específica sobre o bloco", acrescenta.
Comentário:
Eis a razão, a justificação, porque o BPI entende as "noticias recentes não são animadoras".
Um observador atento dirá:
- ufa, apenas um atraso... antes um atraso do que um poço seco...
Reparemos nos seguintes termos que nos indicam a falta de certeza do que se diz por estas "notícias recentes ":
1) «(...) poderá atrasar (...)»
2) «(...) confirmação do tamanho do poço Júpiter, (...) aparentemente em risco (...)»
3) «(...) poderá mover a sonda antes de ter informação específica sobre o bloco"
Conclusão:
Temos então:
"mais alguma informação" (Ponto 2) = informação específica (Ponto 4) = poderá atrasar (Ponto 4) = confirmação do tamanho do poço Júpiter (Ponto 4) = aparentemente em risco (Ponto 4) = noticias não animadoras (Ponto 3)
Qualquer bom gestor toma decisões com base em informações de maior certeza possivel, deixando as suposições/hipóteses para o campo dos cenários-hipotese possiveis
(cenários que também podem ser objecto de decisões racionais mas sempre dentro do cenário hipotético).
O que o BPI nos dá é informação no plano da hipotese-cenário e interpretada ao "modo BPI".
Considerando que o mercado de capitais aufere de um ambiente de alguma competição, podemos então concluir que o BPI preocupa-se genuinamente com os outros investidores, sacrificando se necessário, a confidencialidade da sua actuação táctica de curto prazo em beneficio do valor da carteira dos outros agentes de mercado.
Existe poís uma vertente "filantrópica" por parte do BPI para com os outros agentes de mercado, na medida em que o BPI indicia antecipadamente que o valor das cotações da Galp poderá descer em face de informação que o próprio BPI entende ser "não animadora", mesmo não tendo a certeza em absoluto que tal informação irá confirmar-se nos moldes exactos dessa mesma informação.
Ora fica aqui um voto de louvor ao banco BPI e ao seu caracter filantrópico!

PS: Não concordo com "(...) noticias não são animadoras (...)". Pelo contrário, parecem já estar a animar o titulo na direcção certa!


Editado pela última vez por EyeHawk em 5/6/2008 20:39, num total de 1 vez.
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O MarcoAntónio mostrou um aspecto muito importante que a maioria da população descura.Bem argumentado
.Depois viram-se contra a Galp
Quanto ao gráfico da Galp (há dias o Marco colocou um) parece-me que está a beijar a Lta. Mas tenho uma questão para o Marco: Consideras essa linha Lta de longo prazo? No teu gráfico fica-se com essa ideia... mas, tenho dúvidas
. É que se de facto é essa, parece-me muito fácil a sua eventual ruptura e isso não é muito normal
Um abraço




Quanto ao gráfico da Galp (há dias o Marco colocou um) parece-me que está a beijar a Lta. Mas tenho uma questão para o Marco: Consideras essa linha Lta de longo prazo? No teu gráfico fica-se com essa ideia... mas, tenho dúvidas


Um abraço
Já agora, exemplos bem recentes:
- como se pode constatar aqui neste tópico, no dia 16 de Maio a Gasolina 95 estava nas bombas GALP a 1.479 euros. Nesse momento o crude estava a $126. Depois disso, o crude atingiu os $135 e o preço máximo da Gasolina 95 foi 1.491 euros (se não foi este alguém me corrija, mas se foi mais também foi muito pouco mais).
Resumindo, as pessoas que fazem aquela análise simplista nas descidas do crude, deviam fazer o mesmo tipo de análise simplista nas subidas. E a conclusão sería esta:
$126 -> $135
€1.479 -> €1.491
O crude terá tido uma subida de $9 (+7%) e nas bombas a gasolina terá subido 0.012 centimos (+0.8%).
Infelizmente, por mais que se desmonte estas falácias à volta dos combustíveis e do crude, os protestos continuarão a aparecer num ritmo diário.
Toda a gente repara se o crude desce 5 ou 10 dolars e a gasolina desce pouco mas ninguém faz as mesmas contas nas subidas? Limitam-se a dizer "quando o crude sobe, eles sobem logo" e colocam duvidas.
Mas então as contas não estão ao alcance de todos?
- como se pode constatar aqui neste tópico, no dia 16 de Maio a Gasolina 95 estava nas bombas GALP a 1.479 euros. Nesse momento o crude estava a $126. Depois disso, o crude atingiu os $135 e o preço máximo da Gasolina 95 foi 1.491 euros (se não foi este alguém me corrija, mas se foi mais também foi muito pouco mais).
Resumindo, as pessoas que fazem aquela análise simplista nas descidas do crude, deviam fazer o mesmo tipo de análise simplista nas subidas. E a conclusão sería esta:
$126 -> $135
€1.479 -> €1.491
O crude terá tido uma subida de $9 (+7%) e nas bombas a gasolina terá subido 0.012 centimos (+0.8%).
Infelizmente, por mais que se desmonte estas falácias à volta dos combustíveis e do crude, os protestos continuarão a aparecer num ritmo diário.
Toda a gente repara se o crude desce 5 ou 10 dolars e a gasolina desce pouco mas ninguém faz as mesmas contas nas subidas? Limitam-se a dizer "quando o crude sobe, eles sobem logo" e colocam duvidas.
Mas então as contas não estão ao alcance de todos?
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
vold Escreveu:eu até nem achei pouco a primeira descida de 1 centimo, mas agora depois de o petroleo estar bem abaixo dos valores que motivaram as subidas, e depois de estas serem de vários centimos, a galp vem dizer que desce 1 centimo..
eu sou accionista mas isto é verdadeiramente ridiculo. é impossível que as outras subidas tenham sido todas correspondentes a petróleo até aos 120 dolares...
Os combustíveis têm acompanhado correctamente a evolução do crude como se constata num histórico de 4 anos (já coloquei aqui o gráfico pelo menos 4 vezes).
Para saberes se a GALP vai responder correctamente a estas últimas descidas do crude, tens de esperar algum tempo, porque (ao contrário do mito) quer as subidas quer as descidas têm-se dado com atraso e tens também de comparar as subidas anteriores, quer no crude quer no gasolina nas bombas.
O crude demora algum tempo a chegar às bombas e as diferenças de variação estão-se a verificar quer nas descidas quer nas subidas...
As pessoas fazem estes comentários com base na sua memória, uma memória muito falível que não regista todos os acontecimentos com o mesmo peso. Não fazem estes comentários com base na consulta do que realmente aconteceu nem fazem os cálculos como deve ser.
Já agora, aqui ficam alguns cálculos:
> O crude corrigiu, quando cotado em euros e até ontem (pois hoje já está a subir de novo), cerca de 7% desde os últimos máximos;
> Na fase de correcção, dado que cerca de metade do preço antes do IVA é ISP (uma taxa fixa), a descida do preço base do combustível reflecte-se apenas em cerca de metade no preço final;
> O mesmo acontece nas subidas (o combustível também só tem estado a subir, nas bombas, a cerca de metade do ritmo do crude);
> Quer subidas, quer descidas, como já referi atrás e além de se darem de forma mais atenuada na bomba, também têm ocorrido com um atraso de algumas semanas.
Imagina o seguinte:
> Hoje o preço está estável quer na bomba quer no mercado do crude.
> Amanhã o crude começa a subir. Na bomba não.
> Daqui a uma semana, finalmente sobe na bomba. O crude também continua a subir.
> Durante 2 meses a tendência mantém-se e sobe em ambos os lados (esta é a fase que as pessoas fixam na memória e ficam com a ideia de que subindo o crude, sobe logo a gasolina, contudo toda a subida está a dar-se com um atraso).
> Finalmente o crude deixa de subir. Na bomba ainda pode subir mais um pouco ou manter.
> Nesta altura, está tudo a "gritar" que isto é tudo uma grande aldrabice e que se estão a aproveitar (ninguém reparou que quando o crude começou a subir, a gasolina não subiu logo).
> Durante a subida, a gasolina subiu menos que o crude, ninguém reparou nisso. Mas na fase de descida, quando finalmente na bomba a gasolina desce, toda a gente "repara" que a gasolina desce menos.
Pronto, é isto. O fenómeno é este...
Editado pela última vez por MarcoAntonio em 5/6/2008 20:00, num total de 1 vez.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
eu até nem achei pouco a primeira descida de 1 centimo, mas agora depois de o petroleo estar bem abaixo dos valores que motivaram as subidas, e depois de estas serem de vários centimos, a galp vem dizer que desce 1 centimo..
eu sou accionista mas isto é verdadeiramente ridiculo. é impossível que as outras subidas tenham sido todas correspondentes a petróleo até aos 120 dolares...
eu sou accionista mas isto é verdadeiramente ridiculo. é impossível que as outras subidas tenham sido todas correspondentes a petróleo até aos 120 dolares...
Galp baixa gasóleo em meio cêntimo a partir da meia noite
A Galp Energia vai baixar em meio cêntimo o preço do gasóleo a partir da meia-noite de sexta-feira, disse à agência Lusa fonte oficial da petrolífera.
--------------------------------------------------------------------------------
Jornal de Negócios com Lusa
A Galp Energia vai baixar em meio cêntimo o preço do gasóleo a partir da meia-noite de sexta-feira, disse à agência Lusa fonte oficial da petrolífera.
A baixa do preço do gasóleo acompanha, segundo a fonte, "a tendência da cotação dos produtos nos mercados internacionais".
O preço do gasóleo passará a partir de sexta-feira a ter um preço médio de referência de 1,411 euros nos postos de combustível da Galp, de acordo com informações recolhidas pela Lusa face ao preço praticado hoje.
A subida dos preços dos combustíveis tem sido uma constante nas últimas semanas, levando à contestação de vários sectores económicos em Portugal e em diversos países da União Europeia.
Os preços futuros do barril do petróleo chegaram a ultrapassar os 135 dólares nos mercados de Nova Iorque e de Londres, em meados de Maio, estando hoje a aliviar para cerca de 122 dólares.
A Galp Energia vai baixar em meio cêntimo o preço do gasóleo a partir da meia-noite de sexta-feira, disse à agência Lusa fonte oficial da petrolífera.
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Jornal de Negócios com Lusa
A Galp Energia vai baixar em meio cêntimo o preço do gasóleo a partir da meia-noite de sexta-feira, disse à agência Lusa fonte oficial da petrolífera.
A baixa do preço do gasóleo acompanha, segundo a fonte, "a tendência da cotação dos produtos nos mercados internacionais".
O preço do gasóleo passará a partir de sexta-feira a ter um preço médio de referência de 1,411 euros nos postos de combustível da Galp, de acordo com informações recolhidas pela Lusa face ao preço praticado hoje.
A subida dos preços dos combustíveis tem sido uma constante nas últimas semanas, levando à contestação de vários sectores económicos em Portugal e em diversos países da União Europeia.
Os preços futuros do barril do petróleo chegaram a ultrapassar os 135 dólares nos mercados de Nova Iorque e de Londres, em meados de Maio, estando hoje a aliviar para cerca de 122 dólares.
"A incerteza dos acontecimentos,é sempre mais difícil de suportar do que o próprio acontecimento" Jean-Baptista Massilion.
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
Update
Fica o gráfico da Galp, fecho feio mas acredito que poderá reagir amanha.
Contraditório ou não abandonei o barco, porque as noticias sobre a exploração e descobertas não são animadoras...
De qualquer das formas julgo ser muito importante estar atento a esta zona em caso de quebra de suporte podemos ter um calvário.
Abraço.
Contraditório ou não abandonei o barco, porque as noticias sobre a exploração e descobertas não são animadoras...
De qualquer das formas julgo ser muito importante estar atento a esta zona em caso de quebra de suporte podemos ter um calvário.
Abraço.
- Anexos
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Realmente o fecho não foi nada bonito!
Não faltaram almofadas para a segurar!
Uma de 150k a 17,85 e havia outra a 17,80 de uns 100k se não me engano!
100K, 150K são nºs de respeito para a segurarem!
2% daquela massa e eu era um homem mais feliz!
Não faltaram almofadas para a segurar!

Uma de 150k a 17,85 e havia outra a 17,80 de uns 100k se não me engano!

100K, 150K são nºs de respeito para a segurarem!
2% daquela massa e eu era um homem mais feliz!
"I love the semel of Dax in the morning,...semel´s like victory" frase famosa da autoria de um militar americano no Vietenam 

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Estão desertinhos que a Galp venham a cair por aí abaixo que nem uma desalmada...
E não sei se já é hoje...
O pior disto tudo é que os States sobem quase 1%, e a Europa teima em cair....
Enfim, os mercados nem sempre estão interligados... Só estão interligados para o mal....
E não sei se já é hoje...
O pior disto tudo é que os States sobem quase 1%, e a Europa teima em cair....
Enfim, os mercados nem sempre estão interligados... Só estão interligados para o mal....
Se não podes vencê-los, o melhor mesmo é juntares-te a eles!
Porquê ir contra o mercado? Perdemos sempre!
És fraco, junta-te aos fortes!
Porquê ir contra o mercado? Perdemos sempre!
És fraco, junta-te aos fortes!
LISBOA, 5 Jun (Reuters) - A intenção da Petrobras
de transferir uma sonda de perfuração do poço petrolífero
'Jupiter' para novas áreas de exploração é pouco animadora para
a Galp , já que poderá atrasar os dados finais sobre as
reservas daquele poço, afirma o BPI.
O responsável da área de Exploração e Produção (E&P) da
Petrobras, Guilherme Estrella, referiu que um navio de
perfuração actualmente a trabalhar no poço Júpiter irá recolher
mais alguma informação sobre o poço, sendo depois transferido
para um bloco na Bacia de Jequitinhonha.
A Galp detém uma participação de 20 pct no consórcio que
está a explorar o poço Júpiter.
"As notícias recentes não são animadoras, tendo em conta a
pressa da Petrobras de assegurar as actuais concessões antes do
final do ano", afirma o BPI no Iberian Daily de hoje.
"Esta situação poderá atrasar as notícias de exploração,
nomeadamente a confirmação do tamanho do poço Júpiter, que está
aparentemente em risco já que a Petrobras poderá mover a sonda
antes de ter informação específica sobre o bloco", acrescenta.
Negociaram-se 411.589 acções da Galp a cair 0,12 pct para
16,10 euros.
de transferir uma sonda de perfuração do poço petrolífero
'Jupiter' para novas áreas de exploração é pouco animadora para
a Galp , já que poderá atrasar os dados finais sobre as
reservas daquele poço, afirma o BPI.
O responsável da área de Exploração e Produção (E&P) da
Petrobras, Guilherme Estrella, referiu que um navio de
perfuração actualmente a trabalhar no poço Júpiter irá recolher
mais alguma informação sobre o poço, sendo depois transferido
para um bloco na Bacia de Jequitinhonha.
A Galp detém uma participação de 20 pct no consórcio que
está a explorar o poço Júpiter.
"As notícias recentes não são animadoras, tendo em conta a
pressa da Petrobras de assegurar as actuais concessões antes do
final do ano", afirma o BPI no Iberian Daily de hoje.
"Esta situação poderá atrasar as notícias de exploração,
nomeadamente a confirmação do tamanho do poço Júpiter, que está
aparentemente em risco já que a Petrobras poderá mover a sonda
antes de ter informação específica sobre o bloco", acrescenta.
Negociaram-se 411.589 acções da Galp a cair 0,12 pct para
16,10 euros.
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