Hedginggggg. Será que isto é chinês?
MarcoAntonio Escreveu:E como já referi, o hedging será importante se o preço está estabelecido e não é para alterar a breve prazo (por exemplo, uma transportadora que estabelece um contrato para um ano com uma série de clientes e que faz o preço do serviço com base no preço actual dos combustíveis, devia fazer protecção)
Exactamente... Concordo plenamente... Mas isso, nao mitiga, a subia do preço de petroleo e nem tao pouco impede que as mesma vao à falencia por causa da subida do preço de petroleo.
Cordiais cumprimentos,
V.
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V.
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Ulisses Pereira Escreveu:Tiago, penso que até o Ulisses já viu onde cometeu o erro de raciocínio
V., há muitas páginas atrás já te disse que não continuaria esta discussão contigo e expliquei porquê. Desde aí, em todas os teus posts, tenta sempre trazer-me de volta à discussão. Wrong.
Neste chegas ao ponto de dizeres que eu até já reconheço este ou aquele erro. Wrong.
Já não me chateia que escrevas a palavra ERRADO com maiúsculas inúmeras vezes para sublinhares a minha posição. Nem em que todos os posts me lances uma qualquer farpa. Agora por favor não chegues ao ponto de dizeres que eu penso isto ou aquilo.
A minha contribuição para esta discussão acabou há muitas páginas atrás. E lá disse tudo o que penso. Por isso, deixa-te de conjecturas sobre o que penso ou não e limita-te a escrever a tua opinião sobre o assunto.
Caro Ulisses,
Pensei que tinhas reconhecido o erro, até porque o Marco António também explicou correctamente o assunto, assim como o NunoFaustino e o Fogueiro.
Senão reconheces, tudo bem, não te posso obrigar; até porque estas em todo o teu pleno direito de achar o contrario... Para alem disso, apesar das explicações, podemos ser nos a estar errados. Cada cabeça sua sentença...
Por isso fica aqui as minhas desculpas se, em algum momento, assumi que tinhas retraído a tua posição (presunção estúpida minha); pois, como dizes, não alteraste a tua ideia. Respeito. Da mesma forma respeito teres decido não explicar melhor o porque dessa tua convicção (mas se calhar tu podes considerar que já explicaste o suficiente – também respeito, até porque a limitação pode ser minha).
Sendo assim, ficarei aguardar o tal artigo que pensas escrever sobre isto, talvez ao possa perceber melhor o teu ponto de vista e ver que, afinal, sou eu, o Nuno Faustino, o Fogueiro, o Marco e outros que estamos errados e que afinal as empresas consumidoras de petróleo podem ficar descansadas que podem mitigar completamente estas subidas... Isso, acredita, é uma boa noticia para todos.
POr fim, quando eu escrevi ERRADO, ERRADO, ERRADO, foi ao post do forense Tiago. Respondi ao Tiago, repetindo mais uma vez, apenas porque acho que o Tiago teve o esforço de expor o ponto de vista dele (bem ou mal expos o melhor possível e com grande cordialidade); considerei que o Tiago estava a promover (e bem) o debate e que por isso merecia ter um feedback.
Ulisses, relax... Não precisamos todos de ter a mesma opinião sobre as mesmas coisas. Cada um tem as suas ideias e bem ou mal, temos de as respeitar... E eu, bem sabes, respeito as tuas... O que não quer dizer que concorde.
Abraço, V.
Post Scriptum - E estas enganado no nome que me chamaste... Nao sou quem tu pensas.
Editado pela última vez por V. em 30/5/2008 14:42, num total de 1 vez.
Cordiais cumprimentos,
V.
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V.
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Eu julgo que o problema não está nem nas grandes empresas (como TAP ou Efacec) ou nas pequenas empresas (onde os valores envolvidos não justificariam o trabalho e os custos de fazer hedging) mas em empresas médias com facturações relevantes e que possam estar muito expostas o custo de um determinado produto. Por exemplo, as "transportadores".
E como já referi, o hedging será importante se o preço está estabelecido e não é para alterar a breve prazo (por exemplo, uma transportadora que estabelece um contrato para um ano com uma série de clientes e que faz o preço do serviço com base no preço actual dos combustíveis, devia fazer protecção).
E como os combustíveis só variam cerca de metade da variação do crude, o valor envolvido até é relativamente pequeno.
Por exemplo, vou atirar uns números para o ar só para exemplificar.
Uma transportadora tem 20 viaturas a fazer 250Km por dia em média. Extrapolemos para um total de 1.200.000Km num ano e para um consumo de 100.000 litros de gasóleo, 140.000 euros ao valor actual.
Só precisam de cobrir metade (70.000 euros), dado que como já referi o gasóleo só varia sensivelmente metade do crude, o que com uma alavancagem de 10x requere uns 7 mil euros de margem.
E também não é preciso cobrir a totalidade, com 4 ou 5 mil euros em conta-margem já ficam super-imunizados contra qualquer variação do crude (o exemplo que deixei lá atrás mostra bem isso). Estes 4 ou 5 mil euros (entenda-se para quem estiver fora do conceito de alavancagem / conta-margem, não são um custo, pode ser visto com uma caução) cobrem um consumo da ordem dos 100.000 litros de gasóleo...
E como já referi, o hedging será importante se o preço está estabelecido e não é para alterar a breve prazo (por exemplo, uma transportadora que estabelece um contrato para um ano com uma série de clientes e que faz o preço do serviço com base no preço actual dos combustíveis, devia fazer protecção).
E como os combustíveis só variam cerca de metade da variação do crude, o valor envolvido até é relativamente pequeno.
Por exemplo, vou atirar uns números para o ar só para exemplificar.
Uma transportadora tem 20 viaturas a fazer 250Km por dia em média. Extrapolemos para um total de 1.200.000Km num ano e para um consumo de 100.000 litros de gasóleo, 140.000 euros ao valor actual.
Só precisam de cobrir metade (70.000 euros), dado que como já referi o gasóleo só varia sensivelmente metade do crude, o que com uma alavancagem de 10x requere uns 7 mil euros de margem.
E também não é preciso cobrir a totalidade, com 4 ou 5 mil euros em conta-margem já ficam super-imunizados contra qualquer variação do crude (o exemplo que deixei lá atrás mostra bem isso). Estes 4 ou 5 mil euros (entenda-se para quem estiver fora do conceito de alavancagem / conta-margem, não são um custo, pode ser visto com uma caução) cobrem um consumo da ordem dos 100.000 litros de gasóleo...
Editado pela última vez por MarcoAntonio em 30/5/2008 14:38, num total de 1 vez.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Não acredito que TAP e outras grandes empresas portuguesas não façam protecção (hedge).
Só como exº, tenho um amigo que trabalha na EFACEC há já alguns anos e o dia a a dia dele é negociar com a Banca protecção cambial através de Warrants.
Todas as encomendas onde o factor cambial está em causa são efectuadas protecções
Só como exº, tenho um amigo que trabalha na EFACEC há já alguns anos e o dia a a dia dele é negociar com a Banca protecção cambial através de Warrants.
Todas as encomendas onde o factor cambial está em causa são efectuadas protecções
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Tiago, penso que até o Ulisses já viu onde cometeu o erro de raciocínio
Viana, há muitas páginas atrás já te disse que não continuaria esta discussão contigo e expliquei porquê. Desde aí, em todas os teus posts, tenta sempre trazer-me de volta à discussão. Wrong.
Neste chegas ao ponto de dizeres que eu até já reconheço este ou aquele erro. Wrong.
Já não me chateia que escrevas a palavra ERRADO com maiúsculas inúmeras vezes para sublinhares a minha posição. Nem em que todos os posts me lances uma qualquer farpa. Agora por favor não chegues ao ponto de dizeres que eu penso isto ou aquilo.
A minha contribuição para esta discussão acabou há muitas páginas atrás. E lá disse tudo o que penso. Por isso, deixa-te de conjecturas sobre o que penso ou não e limita-te a escrever a tua opinião sobre o assunto.
tmms Escreveu:Muito bom dia caro V.,
A questão que nos separa é que tu afirmas (ou melhor dizendo, afirmavas até ao meu post!) categoricamente que se uma empresa fizer um hedge por 6 meses, no segundo semestre já não é possível manter o preço inicial pois já estará a pagar a matéria-prima ao novo preço. É uma falácia, e eu demonstrei porquê. Como tu já percebeste, basta ir mantendo os contratos anteriores em aberto (ou fazer rollover conforme as datas de maturidade), os mesmos contratos que tu fechavas (no teu raciocínio falacioso) no final de cada semestre/ano.
Abraço,
Tiago
Caro Tiago,
Eu nem tinha lido isto… Senão tinha-te dito imediatamente que é completamente ERRADO. ERRADO. ERRADO. ERRADO.
Reitero que o que tu dizes e era o mesmo que o Ulisses defendia, é ERRADO, ERRADO. ERRADO, ERRADO.
Isto já foi explicado mais atrás e até colocadas imagens com os calculas.
Mas vamos lá outra vez.
Tu podes fazer um hedge sobre 1.000 barris a um ano para fixar o preço para esses mil barris a 10 euros o barril. Significa que esses mil barris, que vais consumir num período de um ano, te vão ficar a 10 euros cada independentemente do valor do barril no mercado. Isso é um hedge.
E, tanto podes comprar um contracto com maturidade de um ano, como com maturidade de seis meses, de três meses ou um mês… Sendo que se comprares de um mês tens de rolar 11 vezes, se a três meses, 3 vezes, e seis meses, uma vez. (Apesar de não fazer sentido, da forma como o caso esta exposto, comprar prazos curtos em vez de prazo mais longo – mas isso é outra discussão).
Se fosse isto que tu pretendias dizer… tudo bem…
Só que tu não foi isto que disseste nem que apresentastes.
O que tu dizias e cito-te:
tmms Escreveu:V. Escreveu:Desisto... O Hedge cobre o risco daquele periodo... Mais nada... Nao mitiga a subida de preços...
Caro V.,
Essa afirmação, entre outras que fizeste neste tópico, não está correcta. Se me permitires, vou tentar explicar-te porquê.
Para não complicar muito, vamos esquecer as comissões, rollovers, datas de liquidação, etc., por fugir ao cerne da questão. Em termos teóricos vamos considerar essa gestão e esses pequenos custos como se fossem um prémio de seguro.
Para perceber o gráfico e a tabela que fiz vamos partir dos seguintes pressupostos:
1. A barra verde representa o preço pelo qual eu abro uma posição longa no dia 1 de Janeiro de cada ano para proteger o meu exercício.
2. A barra vermelha o preço a que o activo subjacente vai estar durante o ano (pode ser logo no dia 2 de Janeiro e até 31 de Dezembro desse ano).
Agora vamos a contas:
Ano 1: No dia 1 de Janeiro abro uma posição longa a 10 euros. No decorrer do ano vou precisar da matéria-prima e vou comprá-la no mercado spot a 20 euros. No final do ano, o meu saldo é -10 euros, ou seja, o custo que eu inicialmente fixei com a posição longa. Certo? Embora tenha pago 20 euros pela matéria-prima, como recuperei 10 euros via futuros, o custo real foi de 10 euros, logo o meu saldo (o meu custo) é de -10 euros.
Ano 2: No dia 1 de Janeiro do ano 2 abro uma nova posição longa no mercado de futuros ao preço de, naturalmente, 20 euros. Nota que tenho agora duas posições abertas, a do ano 1 e a nova. No decorrer do ano, lá vou eu necessitar de mais matéria-prima que vou ter de adquirir nos mercados spot a 30 euros. Bem, no final do ano, qual é o meu saldo? Menos 10 euros. Como se estou a pagar a matéria-prima a 30 euros? Bem, porque recuperei 20 nos derivados. 10 euros do contrato de ano 2 mais 10 euros do contrato que vem do ano 1. Obviamente os 10 euros de lucro de contrato do ano um foram usados nesse exercício.
Ano 3: Nova posição longa nos 30 euros. Compro a matéria-prima a 40 durante o ano. No final do exercício o meu saldo é de, pasma-se, -10 euros. Como é possível só ter gasto 10 euros se comprei a matéria-prima e 40 euros? Porque recuperei 30 euros nos mercados futuros. De que forma? 10 euros no contrato do ano 1, mais 10 euros no contrato do ano 2 e mais 10 euros no contrato do ano corrente.
Ano n: ...
Estás a ver a forma como uma empresa que necessita de matéria-prima ad eternum consegue fazer hedging?
Abraço,
Tiago
Se tu repares cometes uma grande falácia e que te foi sobejamente explicada. – Ainda não percebi como não entendeste.
Tu, a partir do ano 2 esta a especular e não a fazer hedge, isto porque estas com uma exposição em mercado de futuros maior do que a tua necessidade de consumo nesse período. Ou seja, tu já consumiste a matéria prima no ano 1 e no ano dois continuas com a posição em futuros aberta.
Para comprovares isto, basta:
1- Supor que o preço da matéria-prima estaria no ano 6 a 10 euros… Qual seria o teu saldo? Terias prejuízo considerando o global, o custo da matéria prima consumida, etc.
2- Supor que o preço da matéria prima estaria no ano 6 a 150 euros… Qual seria o teu saldo? Terias um lucro fabuloso considerando o global, o custo da matéria prima consumida, etc.
Logo, isso não se trata de um hedge, em que o balanceamento teria um resultado nulo… Ou seja, independentemente da oscilação de preços, terias sempre o mesmo resultado.
Tiago, penso que até o Ulisses já viu onde cometeu o erro de raciocínio… Se me permites, penso que estas demasiadamente preso a tua ideia, para veres com clareza as N explicações que te apresentaram.
Por favor vê o que apresentas aqui:
E compara com isto aqui:
P.S. Embora o teu esteja com uma apresentaçao fantastica :-)
Cordiais cumprimentos,
V.
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V.
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tmms Escreveu:Muito bom dia caro V.,
Limitei-me a demonstrar de uma forma muito simples e irrefutável como é, efectivamente, possível num mercado em subida fixar os preços por tempo indeterminado a partir de uma determinada data. Possibilidade que tu afirmaste categoricamente ser impossível de realizar. Obviamente, esta fixação dos preços numa data inicial aplica-se exclusivamente a um mercado em subida, quer essa subida dure 1 ano, 100 anos ou 1000 anos (o que tu ainda ontem afirmavas ser impossível).
Abraço,
Tiago
Meu caro,
Agradeço a tua exposição… Mas..
Todos nos sabemos que é possível fixar os preços da matéria a consumir utilizando um hedge; mas apenas para aquela matéria e para esse período e não add eternum. Isto nunca esteve em discussão e tão pouco foi isso que defendeste e que o Ulisses falava.
O que tu, o Ulisses e mais alguns defenderam foi que (simplificando) era possível fixar o preço da matéria a consumir em determinado momento para todo o sempre. As soluções apontadas foram várias, desde roll overs a sei lá que mais, mas nenhuma delas é solução, pois não há solução.
Como disse é possível ficar os preços da matéria a consumir utilizando um hedge (não há duvidas – essa é a essência dos futuros, opções e equivalentes). A questão é que um hedge só cobre aquela quantidade de matéria a consumir e por aquele período , o que signfica que quando a matéria for consumida, é necessário constitui novo hedge e esse vai estar exposto ao preço do mercado nessa altura. Dito isto, tudo podes fazer hedges consecutivos, mas todas as vezes que começas um, será ao preço de mercado, logo não podes fixar um preço add eternum.
Par alem disso vimos como é contraproducente fixar preços a muito longo prazo, através de hedges.
E para terminar o assunto, repito que a questão suscitada pelo Ulisses é de "Como é que é possível que empresas de grande dimensão não façam cobertura de risco? (...) Aquela pequenina percentagem que teriam que gastar no mercado de futuros não lhes garantia uma vida tranquila, sem estes riscos de falência que tantos dizem que correm?"
E isso foi respondido da seguinte forma:



E por aí em diante.
O facto de existirem custos e riscos, e de nem todos os que usam hedges se darem bem, deve ser o suficiente para abater a teoria inicial de que quem não usa hedges está a dar sinais de desconhecimento e burrice.
Claro, o fenómeno do totobola à segunda-feira é muito forte. Dá a ideia que a nós, nunca nos aconteceria qualquer coisa.
Por fim: Lê o que o Nuno Faustino, o Marco Antonio, o Fogueiro e eu escrevemos anteriormente e a questão colocada com o Ulisses, veras que nunca se colocou em causa que seria possível fazer um hedge…
Cordiais cumprimentos,
V.
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V.
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Muito bom dia caro V.,
Limitei-me a demonstrar de uma forma muito simples e irrefutável como é, efectivamente, possível num mercado em subida fixar os preços por tempo indeterminado a partir de uma determinada data. Possibilidade que tu afirmaste categoricamente ser impossível de realizar. Obviamente, esta fixação dos preços numa data inicial aplica-se exclusivamente a um mercado em subida, quer essa subida dure 1 ano, 100 anos ou 1000 anos (o que tu ainda ontem afirmavas ser impossível).
Relativamente à inevitabilidade da empresa um dia ter de ser confrontada com o novo custo de mercado da matéria-prima, isso é óbvio caro V. E nem sequer é necessário o mercado inverter, basta estar um ano na mesma faixa de preços para que a empresa logo nesse exercício tenha de, inevitavelmente, passar a pagar o novo preço de mercado.
Mas esse não é o cerne da questão. Como é evidente o hedge não faz milagres, limita-se a fixar preços (independentemente do mercado subir ou descer) e, assim, diminuir o risco (a incerteza) da gestão.
A questão que nos separa é que tu afirmas (ou melhor dizendo, afirmavas até ao meu post!) categoricamente que se uma empresa fizer um hedge por 6 meses, no segundo semestre já não é possível manter o preço inicial pois já estará a pagar a matéria-prima ao novo preço. É uma falácia, e eu demonstrei porquê. Como tu já percebeste, basta ir mantendo os contratos anteriores em aberto (ou fazer rollover conforme as datas de maturidade), os mesmos contratos que tu fechavas (no teu raciocínio falacioso) no final de cada semestre/ano.
Desta forma cabe à empresa tomar a decisão, a cada ano (semestre, trimestre), se deve ou não continuar com a protecção. Ou seja, até que ponto o capital investido em margens (cumulativo) compensa a manutenção do preço fixado no primeira dia do primeiro ano? Caso o mercado continue a subir haverá certamente uma altura em que é mais compensador financeiramente anular o hedge e iniciar um novo, aos novos preços de mercado.
Isto que fiz foi, sobretudo, um exercício meramente teórico apenas com o objectivo de desmontar os teus argumentos falaciosos. Naturalmente que, como já aqui alguém disse (e bem!), o hedge deve ser feito tendo em consideração um determinado montante e um determinado prazo. Mas dai a dizer que é impossível...
Abraço,
Tiago
Limitei-me a demonstrar de uma forma muito simples e irrefutável como é, efectivamente, possível num mercado em subida fixar os preços por tempo indeterminado a partir de uma determinada data. Possibilidade que tu afirmaste categoricamente ser impossível de realizar. Obviamente, esta fixação dos preços numa data inicial aplica-se exclusivamente a um mercado em subida, quer essa subida dure 1 ano, 100 anos ou 1000 anos (o que tu ainda ontem afirmavas ser impossível).
Relativamente à inevitabilidade da empresa um dia ter de ser confrontada com o novo custo de mercado da matéria-prima, isso é óbvio caro V. E nem sequer é necessário o mercado inverter, basta estar um ano na mesma faixa de preços para que a empresa logo nesse exercício tenha de, inevitavelmente, passar a pagar o novo preço de mercado.
Mas esse não é o cerne da questão. Como é evidente o hedge não faz milagres, limita-se a fixar preços (independentemente do mercado subir ou descer) e, assim, diminuir o risco (a incerteza) da gestão.
A questão que nos separa é que tu afirmas (ou melhor dizendo, afirmavas até ao meu post!) categoricamente que se uma empresa fizer um hedge por 6 meses, no segundo semestre já não é possível manter o preço inicial pois já estará a pagar a matéria-prima ao novo preço. É uma falácia, e eu demonstrei porquê. Como tu já percebeste, basta ir mantendo os contratos anteriores em aberto (ou fazer rollover conforme as datas de maturidade), os mesmos contratos que tu fechavas (no teu raciocínio falacioso) no final de cada semestre/ano.
Desta forma cabe à empresa tomar a decisão, a cada ano (semestre, trimestre), se deve ou não continuar com a protecção. Ou seja, até que ponto o capital investido em margens (cumulativo) compensa a manutenção do preço fixado no primeira dia do primeiro ano? Caso o mercado continue a subir haverá certamente uma altura em que é mais compensador financeiramente anular o hedge e iniciar um novo, aos novos preços de mercado.
Isto que fiz foi, sobretudo, um exercício meramente teórico apenas com o objectivo de desmontar os teus argumentos falaciosos. Naturalmente que, como já aqui alguém disse (e bem!), o hedge deve ser feito tendo em consideração um determinado montante e um determinado prazo. Mas dai a dizer que é impossível...
Abraço,
Tiago
MarcoAntonio Escreveu:V., lê o que eu escrevi neste post:
http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocio ... ht=#507579
O problema não é o prazo (uma vez que podes dilata-lo) mas a quantidade. Tu cobres o risco para um montante inicial (uma exposição inicial) que corresponde a uma quantidade (xis unidades) a um dado preço.
Tens esse "consumo" coberto. Podes prevê-lo para um determinado prazo mas se necessário podes prolongar esse prazo. Agora, na quantidade é que não podes mexer porque reforçar a posição, abrir novas posições de cobertura de risco implica abri-las obviamente também a novos preços (que num mercado que mexe já não serão os mesmos).
Como é óbvio, na prática não se pode cobrir o risco ad eternum porque isso implica 3 coisas: custos permanentes (eternos); a previsão de todas as necessidades futuras (impraticável); mesmo com alavancagem, requeria uma posição imensa (impraticável).
Marco,
Le tudo o que li...
Eu nao digo mais do que tu dizes acima, mas acresceto que o prazo também é problema por varias razoes, custo de capital, quanto maior o prazo, supostamente maior a quantidade (pois estas a cobrir mais quantidade - considerando que esta a cobrir totalmente o consumo); para alem de que os prazos dos futuros, apesar de largos, nao sao infinitos.
Claro que podes dilatar os prazo, com roll over, mas ai voltamos ao que expliquei anteriormente, ao fazers o roll over, esta a dilatar o prazo mas nao a quantidade (fiz umas imagens em excel no post atras onde se pode ver isso)...
Ou seja, o que dizes esta certo... Sem tirar nem por... Mas parece que para alem do Nuno, de mim e do Fogueiro, fostes dos poucos que aqui percebeu isso. :-)
NOTA: O que disseste acima e que cito aqui, esta absolutamente correto... Apenas acrescento que o prazo, pelas razoes que mencionei, tem tambem o seu problema... ainda que menor face ao resto... Mas repito, o teu raciocino esta correcto... É exactamente o mesmo que fiz desde inicio... É so ler para tras.

Cordiais cumprimentos,
V.
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Recolector Escreveu:Ninguém quer um seguro 50%/50% que obriga o segurado a adivinhar se vai precisar do seguro ...
Recolector, desculpa mas isto não faz sentido.
Nem sei ao certo o que queres dizer com 50/50.
O seguro (hedging) não obriga o segurado a advinhar nada. Ele serve precisamente para o segurado não ter de adivinhar nada.
O hedging serve para não teres de fazer uma coisa que tu estás a dizer que o hedging obriga a fazer. Como é óbvio, não faz sentido.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Fogueiro Escreveu:Provavelmente porque o Patrão previu o petróleo a $75 no OE de 2008.
Ora ai está !
Lendo as criticas o que ressalta é o considerar-se que as empresas não se protejem, não se seguram contra o imprevisto.
Ninguém quer um seguro 50%/50% que obriga o segurado a adivinhar se vai precisar do seguro ...
Aqui não é de cobertura de risco associada a uma gestão previdente que se está a falar, o que se propõe é gerir um risco, adicionando novos riscos ... a não ser claro que se queira levar a teoria de peak oil ao extremo de acreditar que este não poderá ter correcções fortes !
Lei da Gravidade, revisitada :
1º Tudo o que subiu, cai por si.
2º Tudo o que caiu, só sobe se impulsionado.
1º Tudo o que subiu, cai por si.
2º Tudo o que caiu, só sobe se impulsionado.
Recolector, hedging é o oposto. É não querer adivinhar a direcção dos preços e fazer com que essa variação (seja para cima, seja para baixo) não seja relevante...
O que levará até a que não se faça é hedging é precisamente essa "tentativa de adivinhar a direcção dos preços". Por exemplo, o crude está "alto" segundo a opinião de alguém, então esse alguém, embora tenha uma empresa extremamente exposta aos combustíveis, acha que não vale a pena cobrir o risco, porque como está alto e deverá cair, ele quer "ganhar com essa queda".
O Hedging faz sentido, na minha opinião, quando se sabe que os preços dos bens ou serviços que vamos vender são para manter durante um determinado prazo (por exemplo, um ano). Isto pode acontecer por exemplo com empresas de transportes que contratam um tarifário com um cliente para xis tempo e depois não podem alterar o tarifário que acordaram para esse prazo só porque o gasóleo está a subir.
Se houver volatilidade na matéria prima (ou num cambio envolvido) e não se quer ou não se pode repercurtir essas variações ao cliente, o hedging faz todo o sentido.
Esse hedging eliminará as variações futuras dessa matéria prima ou cambio para a exposição coberta. Quer suba, quer desça, durante aquele prazo e para aquela quantidade, não nos interessa. Aquele valor está garantido...
Nos exemplos que colocaste, a TAP ao fazer hedging a 30% do combustível num determinado ano, garantiu uma imunização parcial à variação dos preços dos combustíveis. Eu deixei um exemplo lá atrás onde exemplifiquei com um hedging para 50% da matéria prima consumida durante um ano e podes ver a significativa diferença do custo médio do produto com e sem hedging.
O que levará até a que não se faça é hedging é precisamente essa "tentativa de adivinhar a direcção dos preços". Por exemplo, o crude está "alto" segundo a opinião de alguém, então esse alguém, embora tenha uma empresa extremamente exposta aos combustíveis, acha que não vale a pena cobrir o risco, porque como está alto e deverá cair, ele quer "ganhar com essa queda".
O Hedging faz sentido, na minha opinião, quando se sabe que os preços dos bens ou serviços que vamos vender são para manter durante um determinado prazo (por exemplo, um ano). Isto pode acontecer por exemplo com empresas de transportes que contratam um tarifário com um cliente para xis tempo e depois não podem alterar o tarifário que acordaram para esse prazo só porque o gasóleo está a subir.
Se houver volatilidade na matéria prima (ou num cambio envolvido) e não se quer ou não se pode repercurtir essas variações ao cliente, o hedging faz todo o sentido.
Esse hedging eliminará as variações futuras dessa matéria prima ou cambio para a exposição coberta. Quer suba, quer desça, durante aquele prazo e para aquela quantidade, não nos interessa. Aquele valor está garantido...
Nos exemplos que colocaste, a TAP ao fazer hedging a 30% do combustível num determinado ano, garantiu uma imunização parcial à variação dos preços dos combustíveis. Eu deixei um exemplo lá atrás onde exemplifiquei com um hedging para 50% da matéria prima consumida durante um ano e podes ver a significativa diferença do custo médio do produto com e sem hedging.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
No caso das empresas não financeiras que não tem como objectivo de lucro a especulação, para a qual teriam que alocar capitais proprios e divergir do seu core business, não faz sentido falar em hedging que não se traduza em assumir posições contrárias.
Crescer, ganhar escala, é a melhor solução, como constatou Fernando Pinto.
"Hedging" nesta perspectiva implicaria sempre estar alinhado com o sentido do mercado, implicaria "adivinhar" "acertar" na tendência do preço do petroleo numa janela de tempo definida. Isto não é de forma nenhuma um seguro !
Crescer, ganhar escala, é a melhor solução, como constatou Fernando Pinto.
"Hedging" nesta perspectiva implicaria sempre estar alinhado com o sentido do mercado, implicaria "adivinhar" "acertar" na tendência do preço do petroleo numa janela de tempo definida. Isto não é de forma nenhuma um seguro !
Lei da Gravidade, revisitada :
1º Tudo o que subiu, cai por si.
2º Tudo o que caiu, só sobe se impulsionado.
1º Tudo o que subiu, cai por si.
2º Tudo o que caiu, só sobe se impulsionado.
Recolector Escreveu:In http://www.ambitur.pt/site/news.asp?news=2792
"“TAP diminui risco do preço de combustível” A TAP avançou com uma operação de diminuição de risco para se salvaguardar da flutuação do preço do barril de petróleo. A companhia fez, a semana passada, uma operação de “hedging” (técnica de cobertura de risco que visa a protecção de uma determinada posição) que “fixa” o preço máximo pago por barril em 60 dólares."
Bom ... parece que afinal eles lá pela TAP já sabem o que é o hedging, pelo menos desde 2005 ...
Porque será que este ano não fizeram ? Ficaram burros ?
Provavelmente porque o Patrão previu o petróleo a $75 no OE de 2008.



...
Editado pela última vez por Fogueiro em 30/5/2008 1:11, num total de 1 vez.

Apenas mais uma manifestação do desporto nacional de mal dizer. As empresas, familiares ou não, não tem os clientes presos a uma corda; se estas empresas existem é porque ninguém quer fazer melhor.

In DE de 04-04-2008:
"Este ano, a TAP optou por não fazer contratos de ‘hedging’ (compra antecipada de combustível)."
In DE de 04-01-2008:
"Fernando Pinto, Presidente da TAP
O preço do petróleo é a preocupação principal da TAP. “Em 2006 o ‘hedging’ [protecção financeira] protegia 30% do combustível”, diz Fernando Pinto. “Este ano “será certamente menos”. A solução passa por “voar mais para gastar mais. Isso dilui os custos”."
In http://www.ambitur.pt/site/news.asp?news=2792
"“TAP diminui risco do preço de combustível” A TAP avançou com uma operação de diminuição de risco para se salvaguardar da flutuação do preço do barril de petróleo. A companhia fez, a semana passada, uma operação de “hedging” (técnica de cobertura de risco que visa a protecção de uma determinada posição) que “fixa” o preço máximo pago por barril em 60 dólares."
Bom ... parece que afinal eles lá pela TAP já sabem o que é o hedging, pelo menos desde 2005 ...
Porque será que este ano não fizeram ? Ficaram burros ?
Uma coisa é certa, nas operações de hedging, quem ganha sempre são as correctoras.
Lei da Gravidade, revisitada :
1º Tudo o que subiu, cai por si.
2º Tudo o que caiu, só sobe se impulsionado.
1º Tudo o que subiu, cai por si.
2º Tudo o que caiu, só sobe se impulsionado.
Boa noite,
Também apenas li (para já o tópico na diagonal), pois tenho estado atarefado, mas do poucoque li e das noticias que tenho lido, tenho de dizer o que me vai na alma.
A verdade é que temos de deixar de ser um país de "coitadinhos" em que estamos sempre a espera e pedinchar ao estado,em vez de sermos profissionais e bons no que fazemos.
Se chove,lá se vai as colheitas, se á seca,também não se tem sorte nenhuma, se o gasoleo sobe, não suportamos os custos, se existe falta de liquidez, coitados dos empreiteiros e de quem vive da construção civil,que já não vendem e não têm trabalho.
Quando as coisas correm bem (sim, porque em muitos periodos, as coisas correm bem), ninguém se queixa e não dizem nada e pior,não tomam medidas para se precaverem para os periodos em que as coisas não vão estar favoraveis.
Párem de se queixar e organizem-se, façam as coisas com cabeça tronco e membros, tenham planos para o caso de as coisas não se passarem como desejariam.
Cada vez mais, a ideia que tenho é que somos um país de oportunistas e coitadinhos.
Se todos nós ao investirmos $$ na bolsa, só pensassemos que depois de as comprarmos as acções iam subir, e não colocassemos por exemplo stop losses, o que aconteceria? Iriamos ficar a olhar a ver as acções a cair e quando chegassem a perto do zero, iamos para a rua a chorar e a pedir um subsidio para o estado nos ajudar porque a bolsa estava a subir,mas infelizmente no momento que decidimos investir, começaram a cair.
Se a mentalidade não se mudar, cada vez caminhamos para um buraco maior.
Outro pequeno exemplo da injustiça no nosso país.
Quanto mais $$ ganhar, mais tenho de pagar em impostos ao estado e em compensação perco o direito de receber o que quer que seja do estado (abono, taxas moderadores no máximo, subsidios, propinas, etc).
Em compensação se nada (zero) dou ao estado, tenho direito a tudo, rendimento minimo, abonos máximos, bolsas máximas, não pagam taxas moderadoras, etc).
É um sistema extremamente injusto de TUDO ou NADA, sou a favor de que quem mais ganha, mais deve contribuir, mas não desta forma que faz com que cada vez existam menos pessoas a pagar e mais a candidatar-se a receber.
Vamos ver até quando....
Cumprimentos,
Mr.X
P.S.-->Peço desculpa se tiver comido ou trocado algumas letras, mas já estou cansado...
Também apenas li (para já o tópico na diagonal), pois tenho estado atarefado, mas do poucoque li e das noticias que tenho lido, tenho de dizer o que me vai na alma.

A verdade é que temos de deixar de ser um país de "coitadinhos" em que estamos sempre a espera e pedinchar ao estado,em vez de sermos profissionais e bons no que fazemos.
Se chove,lá se vai as colheitas, se á seca,também não se tem sorte nenhuma, se o gasoleo sobe, não suportamos os custos, se existe falta de liquidez, coitados dos empreiteiros e de quem vive da construção civil,que já não vendem e não têm trabalho.
Quando as coisas correm bem (sim, porque em muitos periodos, as coisas correm bem), ninguém se queixa e não dizem nada e pior,não tomam medidas para se precaverem para os periodos em que as coisas não vão estar favoraveis.
Párem de se queixar e organizem-se, façam as coisas com cabeça tronco e membros, tenham planos para o caso de as coisas não se passarem como desejariam.
Cada vez mais, a ideia que tenho é que somos um país de oportunistas e coitadinhos.
Se todos nós ao investirmos $$ na bolsa, só pensassemos que depois de as comprarmos as acções iam subir, e não colocassemos por exemplo stop losses, o que aconteceria? Iriamos ficar a olhar a ver as acções a cair e quando chegassem a perto do zero, iamos para a rua a chorar e a pedir um subsidio para o estado nos ajudar porque a bolsa estava a subir,mas infelizmente no momento que decidimos investir, começaram a cair.
Se a mentalidade não se mudar, cada vez caminhamos para um buraco maior.
Outro pequeno exemplo da injustiça no nosso país.
Quanto mais $$ ganhar, mais tenho de pagar em impostos ao estado e em compensação perco o direito de receber o que quer que seja do estado (abono, taxas moderadores no máximo, subsidios, propinas, etc).
Em compensação se nada (zero) dou ao estado, tenho direito a tudo, rendimento minimo, abonos máximos, bolsas máximas, não pagam taxas moderadoras, etc).
É um sistema extremamente injusto de TUDO ou NADA, sou a favor de que quem mais ganha, mais deve contribuir, mas não desta forma que faz com que cada vez existam menos pessoas a pagar e mais a candidatar-se a receber.
Vamos ver até quando....
Cumprimentos,
Mr.X
P.S.-->Peço desculpa se tiver comido ou trocado algumas letras, mas já estou cansado...
- Mensagens: 29
- Registado: 23/8/2007 10:42
V., lê o que eu escrevi neste post:
http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocio ... ht=#507579
O problema não é o prazo (uma vez que podes dilata-lo) mas a quantidade. Tu cobres o risco para um montante inicial (uma exposição inicial) que corresponde a uma quantidade (xis unidades) a um dado preço.
Tens esse "consumo" coberto. Podes prevê-lo para um determinado prazo mas se necessário podes prolongar esse prazo. Agora, na quantidade é que não podes mexer porque reforçar a posição, abrir novas posições de cobertura de risco implica abri-las obviamente também a novos preços (que num mercado que mexe já não serão os mesmos).
Como é óbvio, na prática não se pode cobrir o risco ad eternum porque isso implica 3 coisas: custos permanentes (eternos); a previsão de todas as necessidades futuras (impraticável); mesmo com alavancagem, requeria uma posição imensa (impraticável).
http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocio ... ht=#507579
O problema não é o prazo (uma vez que podes dilata-lo) mas a quantidade. Tu cobres o risco para um montante inicial (uma exposição inicial) que corresponde a uma quantidade (xis unidades) a um dado preço.
Tens esse "consumo" coberto. Podes prevê-lo para um determinado prazo mas se necessário podes prolongar esse prazo. Agora, na quantidade é que não podes mexer porque reforçar a posição, abrir novas posições de cobertura de risco implica abri-las obviamente também a novos preços (que num mercado que mexe já não serão os mesmos).
Como é óbvio, na prática não se pode cobrir o risco ad eternum porque isso implica 3 coisas: custos permanentes (eternos); a previsão de todas as necessidades futuras (impraticável); mesmo com alavancagem, requeria uma posição imensa (impraticável).
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
MarcoAntonio Escreveu:Sim, mas foi precisamente isso que eu disse. Eu não estou a dizer que se deve fazer hedge em tudo e o tempo todo...
O que eu digo é que é uma ferramenta que deve ser utilizada quando uma empresa está muito exposta a uma determinada matéria prima (ou moeda) e há uma acentuada volatilidade. O caso do crude digamos (e não é de agora, essas medidas já devia ter sido tomadas antes) é um desses exemplos.
A ideia é eliminar um prejuízo "imprevisto" que pode derivar de uma determinada situação de mercado. Provavelmente até haverá casos em que faz sentido andar a fazer hedging o tempo todo (não sei, digo eu, poderá haver por aí bens que têm uma volatilidade característica e persistente, mas ou estou a especular pois não conheço a realidade de todas as empresas e todos os sectores). Mas na maior parte dos casos creio que será uma situação de recurso pontual...
Por exemplo, quando se trabalham com enormes stocks (se compram grandes quantidades de uma vez) e os preços de venda são para manter estáveis (ou quase).
Nota que eu faço essencialmente de volatilidade e não de direcção dos preços...
Ninguem discorda disso. Há hedge que pode e deve ser feito (demos exmplos disso), mas o incorrecto é achar que um hedge consegue mitigar a subida do preço do crude e que pode ser feito add eternum...
Nenhum hedge cobre a materia para consumo total add eternum, apesar de poder ser feito hedge a todo o tempo. O que parecendo igual sao coisas distintas. Podem e se calhar devem, cobrir as materias a consumir, por exemplo, no periodo, de forma a nao estarem, nesse periodo, expostos à volatilidade do mercado e iria fazer com que os resultados fossem extremamente volatis. Mas no fim desse periodo, a empresa vai estar exposta à subida do crude, ou seja, ao preço que o crude vai estar nessa altura. O que se contrariava aqui era exactamente isso, pois estavam a dar a ideia que era possivel, atraves de roll over ou sei la como, cobrir sistematicamete a materia para consumo interno mantendo o preço inicial do primeiro hedge. Era apenas isso... Hedge, sim... Existe.
Cordiais cumprimentos,
V.
Add Augusta Per Angusta
V.
Add Augusta Per Angusta
lol, sorry, eu tava a responder na mesma altura que tu estavas a corrigir.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Dwer Escreveu:MarcoAntonio Escreveu:O erro tá aqui:Dwer Escreveu:(...)
Rollover para o mês seguinte. Futuro a 15.
Fim do mês 2: preço = 20
Conta físico: -5 -5; Conta futuros: +5+5.
O correcto é:
Rollover para o mês seguinte. Futuro a 15.
Fim do mês 2: preço = 20
Conta físico: -5 -10; Conta futuros: +5+5.
Com o preço a 20, o teu "prejuízo" é de 10 e não de 5.
Se quiseres também podes ver assim: nos futuros tens um lucro de 10. No realidade compraste a 15 e a 20 (custo total 35).
Se ao custo total subtraires o lucro da posição de futuros (10) ficas com um custo efectivo de 25, ou seja, em média 12.5...
Já te está a sair mais caro que os 10.
Tu cobres um montante (uma quantidade a um determinado preço) para um prazo. Se quiseres podes dilatar esse prazo. Mas se quiseres cobrir quantidades maiores, não podes. Tens de abrir novas posições (novas coberturas de risco) que já não serão ao mesmo preço (a menos que a cotação no mercado se mantenha).
Caraças pá. Não fui suficientemente rápido. Tinhas que tirar uma fotografia da minha asneirada.
Vingança romana.


Parabéns a ambos!! Fantástica e educativa discussão.
MarcoAntonio Escreveu:O erro tá aqui:Dwer Escreveu:(...)
Rollover para o mês seguinte. Futuro a 15.
Fim do mês 2: preço = 20
Conta físico: -5 -5; Conta futuros: +5+5.
O correcto é:
Rollover para o mês seguinte. Futuro a 15.
Fim do mês 2: preço = 20
Conta físico: -5 -10; Conta futuros: +5+5.
Com o preço a 20, o teu "prejuízo" é de 10 e não de 5.
Se quiseres também podes ver assim: nos futuros tens um lucro de 10. No realidade compraste a 15 e a 20 (custo total 35).
Se ao custo total subtraires o lucro da posição de futuros (10) ficas com um custo efectivo de 25, ou seja, em média 12.5...
Já te está a sair mais caro que os 10.
Tu cobres um montante (uma quantidade a um determinado preço) para um prazo. Se quiseres podes dilatar esse prazo. Mas se quiseres cobrir quantidades maiores, não podes. Tens de abrir novas posições (novas coberturas de risco) que já não serão ao mesmo preço (a menos que a cotação no mercado se mantenha).
Caraças pá. Não fui suficientemente rápido. Tinhas que tirar uma fotografia da minha asneirada.
Vingança romana.
Abraço,
Dwer
There is a difference between knowing the path and walking the path
Dwer
There is a difference between knowing the path and walking the path
MarcoAntonio Escreveu:Dwear, isso está mal, obviamente!
Isso é que era doce...
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O prolongamento do contrato diz respeito ao prazo que estás a cobrir e não ao montante. Tu tens sempre o mesmo montante (inicial) coberto. E partir do momento que consumiste mais do que tens coberto, sofres as variações directamente...
A unica forma de cobrires ad eternum é teres todo o consumo previsto e cobri-lo de inicio.
Tu se cobres 100 litros e ao fim de um mes prolongas, ao fim de dois meses continuas a ter uma posição sobre "100 litros" que varia nessa proporção.
Se gastaste 100 litros no primeiro mês, os 100 litros do segundo mês estão tudo menos cobertos...
Isto está super-simplificado mas também não interessa complicar porque não altera nada!
Tens razão. E o Tiago também. O hedging tem que ser cumulativo. Mas não tem que ser todo de uma vez.
No exemplo que eu dei teria que se acumular um contrato por mês, começando com um contrato.
Senão seria assim:
Ponto de partida: preço = 10
Compro um futuro a 10. Vencimento mensal.
Fim do mês 1: preço = 15
Conta físico: -5; Conta futuros: +5.
Rollover para o mês seguinte. Futuro a 15.
Fim do mês 2: preço = 20
Conta físico: -5-10; Conta futuros: +5+5.
Rollover para o mês seguinte. Futuro a 20.
Fim do mês 3: preço = 30
Conta físico: -5-10-20; Conta futuros: +5+5+10.
Rollover para o mês seguinte. Futuro a 30.
Fim do mês 4: preço = 10
Conta físico: -5-10-20+0; Conta futuros: +5+5+10-20.
Rollover para o mês seguinte. Futuro a 10.
Fim do mês 5: preço = 5
Conta físico: -5-10-20+0+5; Conta futuros: +5+5+10-20-5.
Rollover para o mês seguinte. Futuro a 5.
Fim do mês 6: preço = 3
Conta físico: -5-10-20+0+5+7; Conta futuros: +5+5+10-20-5-2.
Rollover para o mês seguinte. Futuro a 3.
e por aí fora...
Quando o preço oscila recupera-se.
Mas quando vai permanentemente contra tem que se acumular. A necessidade de margem começa a crescer e pode-se levar um chimbalau.
Abraço,
Dwer
There is a difference between knowing the path and walking the path
Dwer
There is a difference between knowing the path and walking the path
O erro tá aqui:
O correcto é:
Rollover para o mês seguinte. Futuro a 15.
Fim do mês 2: preço = 20
Conta físico: -5 -10; Conta futuros: +5+5.
Com o preço a 20, o teu "prejuízo" é de 10 e não de 5.
Se quiseres também podes ver assim: nos futuros tens um lucro de 10. No realidade compraste a 15 e a 20 (custo total 35).
Se ao custo total subtraires o lucro da posição de futuros (10) ficas com um custo efectivo de 25, ou seja, em média 12.5...
Já te está a sair mais caro que os 10.
Tu cobres um montante (uma quantidade a um determinado preço) para um prazo. Se quiseres podes dilatar esse prazo. Mas se quiseres cobrir quantidades maiores, não podes. Tens de abrir novas posições (novas coberturas de risco) que já não serão ao mesmo preço (a menos que a cotação no mercado se mantenha).
Dwer Escreveu:(...)
Rollover para o mês seguinte. Futuro a 15.
Fim do mês 2: preço = 20
Conta físico: -5 -5; Conta futuros: +5+5.
O correcto é:
Rollover para o mês seguinte. Futuro a 15.
Fim do mês 2: preço = 20
Conta físico: -5 -10; Conta futuros: +5+5.
Com o preço a 20, o teu "prejuízo" é de 10 e não de 5.
Se quiseres também podes ver assim: nos futuros tens um lucro de 10. No realidade compraste a 15 e a 20 (custo total 35).
Se ao custo total subtraires o lucro da posição de futuros (10) ficas com um custo efectivo de 25, ou seja, em média 12.5...
Já te está a sair mais caro que os 10.
Tu cobres um montante (uma quantidade a um determinado preço) para um prazo. Se quiseres podes dilatar esse prazo. Mas se quiseres cobrir quantidades maiores, não podes. Tens de abrir novas posições (novas coberturas de risco) que já não serão ao mesmo preço (a menos que a cotação no mercado se mantenha).
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Dwer Escreveu:Nuno, acho que estás a laborar num erro: o objectivo de um hedge é fixar um preço de um item na estrutura de custos que permita à empresa operar. Com isto quero dizer que se o preço desse item disparar, a empresa não vai à falência.
A empresa faz a sua planificação de proveitos e custos a um ano. No caso que apresentei até pode fazer a um mês. Estabelece o preço aceitável para cada item na estrutura de custos e as estimativas de vendas. Para garantir que o preço da matéria prima se mantêm aceitável faz hedging. Mas os seus lucros dependem muito mais do que consegue vender do que com os custos que tem.
Não pode é correr o risco de falência por o preço de uma matéria prima disparar.
A empresa ao lado que não fez hedging pode até ganhar uns cobres. Mas esteve exposta a um risco incomportável. A falência.
O facto do preço da matéria prima oscilar é neutro para o negócio se se fizer hedging. O que se ganha de um lado recupera-se do outro.
Mas repara que vais estar a competir com empresas que podem apresentar preços muito mais baixos do que os teus.
Imagina que tinhas feito hedging com o Trigo qdo ele estava a 1000. Agora que ele está a 730 como é que podias competir com o teu vizinho que compra a matéria prima 27% mais barata? Neste caso és tu que estás exposto à falência, ou pelas perdas financeiras do hedge ou pelos preços mais elevados que és obrigado a praticar e que provocam vendas mais reduzidas.
Um abr
Nuno
Pluricanal... não obrigado. Serviço péssimo e enganador!!!
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