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Caldeirão da Bolsa

Receita para acabar com a pobreza?

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Pata-Hari » 28/5/2008 14:24

JAM, tens toda a razão. Era para ti , o filantropo, que deveria reverter o lucro do que o gates criou. Nunca te perguntaste por alma de quem e o que é que tu tens que te faça merecer isso? a tua postura no mercado é essa em todos os temas que debatemos: "venha a nós" pelo simples facto de existirmos e independentemente do que criámos, do que geramos, do que nos esfolamos ou do mérito que tenhamos. Não achas isso de uma injustiça atroz e mesmo ridiculo? não achas que a história já demonstrou que não funciona?

Por alma de quem tu, o utilizador, deves ser o filantropo? qual é a dúvida que tens em como o que o gates criou enquanto empresa foi um milagre para milhares de empregados e milhares de industrias que beneficiam do que ele criou? porque carga de água o gates deveria ser despojado do mérito que tem e do valor para dar a tipos que a unica coisa que fazem é exigir "porque sim"?
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por Sei lá » 28/5/2008 14:19

Se o Bill Gates foi filantropo ao criar a Microsoft, então nós também somos todos filantropos pois somos nós que mantemos a máquina filantropica dele (quem usa Linux não é :mrgreen: ).

Quando começam a misturar filantropia com investimento e desenvolvimento... O investimento e desenvolvimento capitalista nunca precisaram de um rótulo de "filantropos" para se defenderem, valem pelo que produzem e ninguém questiona isso.

A discussão anda sempre em torno da distribuição dos proveitos que dai advêem.
O mercado cega... nem uma ida a Cuba resolve. Cuba?!? :shock: Phone-ix!! Eles são socialistas pá!!!!
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por bolo » 28/5/2008 14:08

Camisa Roxa Escreveu:não vês o mundo mudado porque a ajuda não muda o mundo; o que muda o mundo é o investimento, as empresas e o emprego;

a filantropia de biliões que buffet e gates fizeram é quase zero comparada com os verdadeiros benefícios que fizeram à sociedade simplesmente por terem criado as suas empresas. A Microsoft foi a verdadeira filantropia de Gates ao mundo!

Ser empresário é um acto de filantropia. Os empresários criam valor para os seus semelhantes, criam oportunidades de trabalho e de desenvolvimento pessoal e portanto contribuem, de forma muito significativa, para aliviar todos os males da humanidade que o fariseu tenta resolver com a esmola à saída da missa dominical.

Ser empresário é prestar um serviço público. Os empresários não comem mais hambúrgueres do que nós, parafraseando o Bill Gates, a riqueza que criam serve apenas para gerar mais riqueza. Ou porque é investida ou porque é poupada, permitindo que outros usufruam desse capital. Os liberais pensam que a riqueza gerada pelas empresas dá mais rendimento nas mãos dos empresários, os socialistas defendem que é mais útil nas mãos dos políticos que controlam o aparelho de Estado.


E vai uma Onda para o Camisa Roxa. Uuuuoooooouuuu!
Às vezes uma pequena jogada pode ser de mestre e o teu post foi-a na perfeição!
:clap:

Depois deste post teu, eu sou um dos que abanam o capaceto no teu avatar!
Acabei de me auto-promover a Principiante!
Aaahhgrrr,... os meus dedos não estalam!!!
TAMBÉM QUERO SER RICO! Por onde começo? Estou disposto a deixar de trabalhar!
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por Pata-Hari » 28/5/2008 11:05

Obrigado camisa :). Partilho inteiramente o que dizes (mas nem sempre tenho tempo para as escrever convenientemente). PVG, assino em baixo do post do camisa.
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por Camisa Roxa » 28/5/2008 11:02

pvg80713 Escreveu:pata,
já viu alguma coisa do fundo de beneficiencia do Bill ? era só a este aspecto que me referia...


1º começa por ver as ajudas que ele deu para investigação à malária, doença que afecta a maioria dos países do 3º mundo

2º não vês o mundo mudado porque a ajuda não muda o mundo; o que muda o mundo é o investimento, as empresas e o emprego

3º por acaso o Bill Gates e o Buffet fizeram doações massivas em filantropia, mas e se não tivessem feito, qual era o problema? O dinheiro é deles, eles fazem o que querem ao dinheiro deles? Mas parece que há sempre muitas pessoas prontas a dizer aos outros o que fazer com o dinheiro deles (mas quando é com o deles está quieto)

4º a filantropia de biliões que buffet e gates fizeram é quase zero comparada com os verdadeiros benefícios que fizeram à sociedade simplesmente por terem criado as suas empresas. A Microsoft foi a verdadeira filantropia de Gates ao mundo!

5º este país continuará na miséria à conta das mentalidades mesquinhas de desvalorizar os empreendedores (os verdadeiros filantropos do mundo) e preocuparem-se apenas em tentar denegrir e atacar quem permitiu acrescentar riqueza à sociedade

Ser empresário é um acto de filantropia. Os empresários criam valor para os seus semelhantes, criam oportunidades de trabalho e de desenvolvimento pessoal e portanto contribuem, de forma muito significativa, para aliviar todos os males da humanidade que o fariseu tenta resolver com a esmola à saída da missa dominical.

Ser empresário é um acto de heroísmo, um serviço ao colectivo, em face de riscos aparentemente inultrapassáveis. Nos primeiros cinco anos de vida, 90% das empresas vão à falência e, das que sobram, nos cinco anos seguintes, vão à falência mais 90%. Como dizia um “big spender” que passou pelo governo há uns anos, é só fazer as contas: Só 1% das empresas têm sucesso aos 10 anos. E quantas sobrevivem mais de 50? Nem vale a pena responder!

Ser empresário é prestar um serviço público. Os empresários não comem mais hambúrgueres do que nós, parafraseando o Bill Gates, a riqueza que criam serve apenas para gerar mais riqueza. Ou porque é investida ou porque é poupada, permitindo que outros usufruam desse capital. Os liberais pensam que a riqueza gerada pelas empresas dá mais rendimento nas mãos dos empresários, os socialistas defendem que é mais útil nas mãos dos políticos que controlam o aparelho de Estado.

Estas reflexões surgiram na sequencia de um post anterior, com uma citação da Isabel Paterson sobre a filantropia. Alguns comentadores referiram-se, por exemplo, à vertente filantrópica do patrão da Microsoft. Para mim, o maior acto de filantropia do Bill Gates não foi a sua Fundação, o seu maior acto de filantropia foi a Microsoft. Thanks Bill.
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por Pata-Hari » 28/5/2008 10:58

pvg, isso não é olhar para o dedo quando se aponta a lua?
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por pvg80713 » 28/5/2008 10:06

pata,
já viu alguma coisa do fundo de beneficiencia do Bill ? era só a este aspecto que me referia...
 
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por Pata-Hari » 28/5/2008 10:02

Nada mudou...?!?!?! a microsoft nada mudou??? criou milhares de empregos, paga ordenados fantásticos aos melhores do mundo da sua area de actividade. Gerou tecnologia que permitiu incriveis avanços de produtividade. Caramba, nada mudou? Buffett financiou centenas de empresas geradoras de milhares de empregos.

Que fiquem ricos é uma consequência natural de terem criado algo de valor incrivel. Se não fosse a consequência, possivelmente teriam feito muito menos do que fizeram.

ALém do mais, por acaso são exemplos de gente que ficou rica, muito rica, com um mérito incrivel e, cereja em cima do bolo, que até escolheram partilhar essa riqueza através de donativos que as pessoas teimam em criticar, de muitos, muitos, muitos milhões. Algo de aparentemente incompreensivel para gente que teima em denegrir a imagem de quem fez mais pelos outros que muitos, muitos, muitos governos do mundo.
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Re: Mas entao...

por Camisa Roxa » 28/5/2008 9:35

bboniek00 Escreveu:Ora isso ee o que se observa: os Ricos mais Ricos e os Pobres mais Pobres,


errado: os ricos estão mais ricos mas os pobres estão menos pobres, qualquer estudo diz isso mas as pessoas continuam iludidas

Bastava isto:
Pessoas individuais ou grandes empresas de investimento que têm seu nome todos os anos na revista Forbes, e as que tivessem mais de 5.000.000.000 de dólares e que subissem na tabela, teriam que ter uma responsabilidade social e uma vontade de doar todos os anos 1% do ganho anual para uma grande e única instituição de caridade a nível mundial.
Bastava isto!


mas que barbaridade! será que os biliões enterrados na ajuda a África não querem dizer nada? a ajuda perde-se pelo caminho e não passa de 1 remendo tão ténue que pouco ou nada adianta

a solução está precisamente no artigo da Pata: CRESCIMENTO ECONÓMICO: mais empresas, mais concorrência, mais investimento, mais emprego

o crescimento económico foi o factor que na História humana tirou mais gente da miséria mas há muitos que continuam a constatar o óbvio
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por pvg80713 » 28/5/2008 9:32

este não é um tópico... este é um u_tópico.

Então o Bill e o Warren não teem já para aí mais de 50 biliões para dar ? E nada mudou no mundo. Nada que se veja.

Aquilo, das ONG's é bem verdade, noutro dia a ver a RTP áfrica estava um Moçambicano a dizer que estes senhores só se preocupam é com as suas casas e jipes..

E fica aqui uma pergunta, o que posso eu fazer para ajudar alguém ?

E volto a colocar a propaganda da Kiva

www.kiva.org

um abraço a todos
 
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por Pata-Hari » 28/5/2008 9:18

Não é utópico, é exactamente o que sucede no capitalismo sendo que os modelos têm sido aplicados com maior ou menor sucesso em diferentes paises: vide caso americano (com um lado bem negro também), vide caso da Irlanda (que eu admito conhecer bastante mal para poder criticar ou defender com conhecimento de causa). O oposto ocorre nos regimes socialistas onde a preocupação da redistribuição colocada em primeiro lugar faz com que simplesmente não haja motivação para se correr riscos e se trabalhar mais do que o mínimo exigido porque esse risco e esforço adicional não é premiado.
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por bboniek33 » 28/5/2008 7:53

Pata-Hari Escreveu:"...

A redistribuição é um problema que acaba por ser secundário quando se consegue extrair de cada um o melhor que cada um tem para dar. E isso acontece quando se pode valorizar adequadamente esse valor.


..."

(Desculparas a truncagem)


A isto, eu, que sou um utopico-sonhador, chamo pura Utopia.
Principio das doutrinas teologicas e esotericas da existencia que sempre falhou devido aa natureza humana. Daih a tua frase ter "...quando se...", "...quando se...".
Pois ee. Foi um sonho lindo que acabou. 8-)
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por Crómio » 27/5/2008 22:07

Então Patinha... era este o artigo que estavas a falar no outro tópico...

Interessante. Muito.

Também muito interessante este teu último post, gostei e concordo plenamente.

A riqueza quando não é gerada pelo sofrimento dos outros ou pela criação de pobreza é nobre e deve ser partilhada ou distribuída por quem a gera.

Os "ricos nobres" normalmente são pessoas que distribuem a sua riqueza pelos mais necessitados, seja directamente, seja com criação ou patrocínio de causas no sentido de aliviar o sofrimento do outro.

Bem hajam.
Os outros... sofrem imenso.

Um Abraço
There are two kinds of investors: those who don't know where the market is headed, and those who don't know that they don't know.

William Bernstein
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por Pata-Hari » 27/5/2008 21:51

Não interessa acabar com os ricos nem a redistribuir tem que ser a preocupação principal porque essa preocupação, quando exacerbadamente exercida tem um efeito fortemente perverso. Interessa criar estruturas que permitam que os muito dotados possam ter retornos também muito significativos que sejam motivadores para que continuem a correr os riscos necessários para que novos projectos avancem. É fundamental que haja retorno muito significativo para capacidade muito significativa. Não me incomoda minimamente que haja gente obscenamente rica quando geram emprego e riqueza para muitos milhares de pessoas. A alternativa seria estes senhores não criarem novas empresas, não produzirem nada e não gerarem empregos (poderiam ser meros empregados). Sem os empreendedores corredores de riscos e sem que altos retornos lhes sejam atribuidos, estes não estariam dispostos a correr riscos.

A redistribuição é um problema que acaba por ser secundário quando se consegue extrair de cada um o melhor que cada um tem para dar. E isso acontece quando se pode valorizar adequadamente esse valor.
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Mas entao...

por bboniek33 » 27/5/2008 20:22

Se houve mais criacao de riqueza pelos ganhos de produtividade via tecnologia (aceito a premissa), temos de concluir que houve mais Concentracao da Riqueza. Ora isso ee o que se observa: os Ricos mais Ricos e os Pobres mais Pobres, isto transversalmente, quer dizer, a qualquer nivel, desde os nacionais atee ao continental (i.e. planetario).
Ora, quando se pensa em "acabar com os Ricos" trata-se de inverter essa tendencia obscena de concentracao das fortunas atraves dum processo de Distribuicao.

E os Ricos... quererao distribuir ??? :|
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por Pata-Hari » 27/5/2008 20:10

Eu acredito que sim! se comparares a qualidade de vida da população do mundo hoje em dia com a qualidade há séculos atrás, os ganhos em produtividade por via da tecnologia permitiram fazer com que haja simplesmente mais riqueza criada pelo mundo inteiro. O que não impede que continuem a haver demasiadas zonas de extrema pobreza.

Eu colocaria a questão de outra forma: será possivel eliminar a pobreza sem usar a capacidade de geração de riqueza dos ricos? e eu acredito que a resposta a isto é "não". As pessoas com capacidade de gerar riqueza são as que têm maior capacidade para igualmente gerar produção e emprego. E educação entra como factor essencial para acelerar esse processo.
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Eu pergunto-me...

por bboniek33 » 27/5/2008 20:06

Seraa possivel acabar com os Pobres sem acabar com os Ricos ? :?
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por Pata-Hari » 27/5/2008 19:55

Olha um exemplo do que eu dizia...

Charity: Aid workers raping, abusing children
Story Highlights
Aid workers and UN peacekeepers are sexually abusing vulnerable children

Children as young as 6 have been forced to trade food for sex and raped

Charity: A grotesque abuse of authority and violation of children's rights

By Stephanie Busari
For CNN

LONDON, England (CNN) -- Humanitarian aid workers and United Nation peacekeepers are sexually abusing small children in several war-ravaged and food-poor countries, a leading European charity has said.

Children as young as 6 have been forced to have sex with aid workers and peacekeepers in return for food and money, Save the Children UK said in a report released Tuesday.

After interviewing hundreds of children, the charity said it found instances of rape, child prostitution, pornography, indecent sexual assault and trafficking of children for sex.

"It is hard to imagine a more grotesque abuse of authority or flagrant violation of children's rights," Jasmine Whitbread, chief executive of Save the Children UK, said.

In the report, "No One To Turn To" a 15-year-old girl from Haiti told researchers: "My friends and I were walking by the National Palace one evening when we encountered a couple of humanitarian men. The men called us over and showed us their penises.

"They offered us 100 Haitian gourdes ($2.80) and some chocolate if we would suck them. I said, 'No,' but some of the girls did it and got the money."

Save the Children says almost as shocking as the abuse itself, is the "chronic under-reporting" of the abuses. It believes that thousands more children around the world could be suffering in silence.

According to the charity, children told researchers they were too frightened to report the abuse, fearful that the abuser would come back to hurt them and that they would stop receiving aid from agencies, or even be punished by their family or community.

"People don't report it because they are worried that the agency will stop working here, and we need them," a teenage boy in southern Sudan told Save the Children.

The charity's research was centered on Ivory Coast, southern Sudan and Haiti, but Save the Children said the perpetrators of sexual abuse of children could be found in every type of humanitarian organization at all levels.

Save the Children is calling for a global watchdog to tackle the problem and said it was working with the U.N. to establish local mechanisms that will allow victims to easily report abuse.

"We are glad that Save the Children continues to shed a light on this problem. It actually follows up on a report that we did in 2002 with Save the Children. I think every population in the world has to confront this problem of exploitation and abuse of children," said Ron Redmond, chief spokesman for the United Nations High Commissioner for Refugees in Geneva, Switzerland.

"The United Nations has a zero-tolerance policy. It's one that UNHCR takes very, very seriously. In refugee camps, we have implemented very strong reporting mechanisms so that refugees can come forward to report any abuses or alleged abuses."

In 2003, U.N. Nepalese troops were accused of sexual abuse while serving in the Democratic Republic of Congo. Six soldiers were later jailed.

A year later, two U.N. peacekeepers were repatriated after being accused of abuse in Burundi, while U.N. troops also were accused of rape and sexual abuse in Sudan.

Last year, the U.N. launched an investigation into sexual abuse claims in Ivory Coast.

The vast majority of aid workers were not involved in any form of abuse or exploitation, but in "life-saving essential humanitarian work," Save the Children's Whitbread said.

But humanitarian and peacekeeping agencies working in emergency situations "must own up to the fact that they are vulnerable to this problem and tackle it head on," she said.

The aid agency said it had fired three workers for breaching its codes and called on others to do the same. The three men were dismissed in the past year for having had sex with girls aged 17 -- which the charity said is not illegal but is cause for loss of employment.

Other UK charities said they supported Save the Children's call for a global watchdog.

"Oxfam takes a zero-tolerance approach to sexual misconduct by its aid workers. All our staff across the world are held accountable by a robust code of conduct," Jane Cocking, Oxfam charity's humanitarian director said.

"We support Save the Children's calls for a global watchdog. We will do all we can to stamp out this intolerable abuse."
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por limpaesgotos » 27/5/2008 14:43

http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?ar ... &visual=26

O antigo Presidente da República pede uma reflexão profunda, no seio do PS, sobre questões prioritárias, como saúde, educação, trabalho e pobreza. Mário Soares assina um artigo de opinião no Diário de Notícias onde lança fortes críticas à política social do Executivo de José Sócrates.

...

http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?ar ... &visual=26



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E se começasse ele a dar o exemplo? O que ele custa ao país dá para alimentar quantas pessoas??

Uma receita para acabar com a pobreza:

Dar educação ás pessoas e meter as pessoas que podem a trabalhar, ou seja, ensinar as pessoas a pescar e não dar-lhes o peixe. Quem realmente não pode trabalhar, ajudá-las. Não esquecer que existem muitas pessoas que são pobres por opção, não lhes apetece ... Outra coisa, trabalho há muito, entretem e dá saude.

Cumprimentos.
Cumprimentos.


" Existem pessoas tão sumamente pobres que só têm dinheiro "
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por Pata-Hari » 27/5/2008 7:04

euroverde, é conhecido que as instituições de caridade tendem a ser organismos extraordinariamente ineficientes e mesmo corruptos em muitos casos...

Se calha o que eles defendem faz algum sentido: altas taxas de poupança e altas taxas de investimento (no qual podes incluir o humano, tecnologico... )
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por EuroVerde » 26/5/2008 21:49

Bastava isto:
Pessoas individuais ou grandes empresas de investimento que têm seu nome todos os anos na revista Forbes, e as que tivessem mais de 5.000.000.000 de dólares e que subissem na tabela, teriam que ter uma responsabilidade social e uma vontade de doar todos os anos 1% do ganho anual para uma grande e única instituição de caridade a nível mundial.
Bastava isto!
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por mlra » 26/5/2008 21:43

:clap: :clap: :clap: :clap: :clap: :clap:
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Receita para acabar com a pobreza?

por Pata-Hari » 26/5/2008 21:35

http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stori ... ies/330485

14:14 | Segunda-feira, 26 de Mai de 2008
Relatório da Comissão de Crescimento e Desenvolvimento
Peritos divulgam receita para acabar com a pobreza
O caminho para o desenvolvimento passa pelo aproveitamento das oportunidades da economia global e pelo empenho dos líderes políticos, defende um painel de especialistas. (Consulte no final do texto os links para o pdf com o relatório e para descarregar um vídeo da Comissão de Crescimento e Desenvolvimento)
Nelson Marques

Rui duarte Silva
O Brasil (na foto, a praia de Copacabana) foi um dos países envolvidos na elaboração do documento
O crescimento económico rápido e sustentável não é um milagre e muito menos uma utopia. Pode ser explicado e até repetido, desde que os líderes dos países em desenvolvimento assumam o compromisso de atingi-lo e aproveitem as oportunidades que a economia global oferece. Estas e outras conclusões são o resultado de dois anos de trabalho da Comissão de Crescimento e Desenvolvimento, impulsionada pelo Banco Mundial, que apresentou a semana passada o seu Relatório do Crescimento: estratégias para um crescimento sustentável e um desenvolvimento inclusivo.

O documento foi elaborado por um grupo de 21 especialistas, 15 dos quais procedentes de países em vias de desenvolvimento. Inclui políticos e altos funcionários, como os actuais governadores dos bancos centrais da China e da Indonésia, professores e economistas de países como o Brasil, Reino Unido, Suécia, Singapura, Peru, Egipto ou México, e até dois prémios Nobel: Michael Spence, que preside à comissão (ver entrevista no final deste texto), e Robert Solow.

Para elaborar o relatório, os especialistas analisaram 13 casos de crescimento económico sustentado no período pós-II Guerra Mundial: Botswana, Brasil, China, Hong Kong, Indonésia, Japão, Coreia do Sul, Malásia, Malta, Omã, Singapura, Taiwan e Tailândia. Todas estas economias tiveram pelo menos 25 anos consecutivos com um crescimento médio anual de 7 por cento, às quais se podia acrescentar a Índia e o Vietname, que somam 15 anos consecutivos de forte crescimento.

Impossível reduzir a pobreza sem crescimento

De acordo com o documento, estes países e territórios apresentam cinco pontos em comum: exploraram as oportunidades da economia global, mantiveram estabilidade macroeconómica, tiveram altas taxas de poupança e investimento, deram liberdade ao mercado para distribuir recursos e estabelecer preços, e tiveram governos empenhados, credíveis e capazes. Exemplos que, sublinham os autores, devem ser seguido pelos países em vias de desenvolvimento, apesar do abrandamento da economia mundial. Sem esse crescimento, sustentam, é impossível reduzir a pobreza.

"O relatório acaba de vez com a ideia errada de que é possível tirar pessoas da pobreza sem necessidade de crescimento económico", afirmou Spence, Nobel da Economia em 2001, na apresentação do documento. "O crescimento não é um objectivo em si mesmo. É importante porque é essencial para conseguir as coisas que preocupam todas as pessoas: redução da pobreza, emprego produtivo, educação, saúde e oportunidade de ser criativo". Ou seja, deve ser inclusivo, beneficiando todos. "Quanto mais equitativo for, maior a probabilidade de ser sustentável", explicou.

Abraçar a economia global

Segundo o economista, um dos erros de muitos líderes dos países menos desenvolvidos tem sido a aposta em criar uma economia nacional forte antes de entrar na economia global. "Esses não são processos sucessivos, mas sim paralelos", referiu. Segundo o relatório, as estratégias que se baseiam exclusivamente na procura interna acabam por atingir o seu limite. "O mercado interno é habitualmente demasiado pequeno para sustentar o crescimento a longo prazo".

Os países com crescimento económico elevado beneficiam da economia global de duas formas: por um lado, importam ideias, tecnologia e conhecimento; por outro, despoletam a procura global, o que gera um mercado muito mais amplo e elástico para os seus bens. "Dito de outra forma, importam o que o resto do mundo conhece e exportam o que o resto do mundo necessita", refere o documento.

Para crescer é preciso investir

Para além da adesão à economia global, outro alicerce fundamental do crescimento económico é o investimento. O relatório sugere que é necessário estabelecer um nível de investimento público e privado igual ou superior a 25 por cento do PIB. Os investimentos nas infra-estruturas, educação e saúde são cruciais.

Urge proteger os mais pobres do aumento dos preços dos alimentos


O relatório faz também referência à crise internacional gerada com o aumento do preço dos alimentos, alertando para a necessidade de uma acção imediata que proteja os mais pobres. Segundo o documento, uma vez resolvida a actual situação de emergência, as medidas para combater o fenómeno devem incluir o fim das proibições de exportação, redes de segurança e mecanismos de distribuição mais eficazes para proteger os mais vulneráveis das mudanças repentinas de preços e uma revitalização do investimento em infra-estruturas para a agricultura.

Os peritos recomendam ainda que as políticas que favorecem os biocombustíveis em detrimento dos alimentos sejam revistas e, se necessário, revogadas, e que sejam criadas reservas para os períodos de escassez temporária.




Entrevista a Michael Spence, presidente da Comissão de Crescimento e Desenvolvimento


"É impossível reduzir a pobreza sem crescimento económico"

De partida para a China e a Índia, onde vai apresentar e discutir o Relatório do Crescimento, o prémio Nobel da Economia em 2001 explicou ao Expresso, por e-mail, as chaves do crescimento económico

O crescimento económico é, per se, a resposta para a erradicação da pobreza?

É a razão para a generalidade da redução da pobreza nos últimos anos. Como o relatório sustenta, nos países mais pobres é impossível reduzir a pobreza sem crescimento económico.

Contudo, olha-se para países como a Índia ou a China, cujas economias estão em rápido crescimento, e encontramos um fosso abismal entre os mais ricos e os mais pobres. Porque é que isso acontece?

A distribuição da riqueza é relativa e a diminuição da riqueza é absoluta. Por isso, é possível que a pobreza desça e, ao mesmo tempo, aumente a desigualdade de rendimentos. Muitas pessoas não fazem distinção entre estas duas medidas mas elas são diferentes. A China é um exemplo de [um país onde existe] muita redução na pobreza e uma crescente desigualdade nos rendimentos.

Qual deve ser o papel dos governos no processo de crescimento económico?

Dito de uma forma curta e directa, devem promover a concorrência, investir na edução e nas infra-estruturas, prevenir uma desigualdade muito grande, assegurar que os mercados laborais e de capitais são flexíveis, e promover a urbanização.

Estão a fazê-lo nos países em vias de desenvolvimento?



Michael Spence defende que não se pode reduzir a pobreza sem que o crescimento económico seja uma realidade
Nos que apresentam crescimento elevado, sim.

Quais os ingredientes necessários para um crescimento económico sustentado?

Não existe uma fórmula secreta. Existem sim alguns requisitos, sem a maioria dos quais o crescimento sustentado é improvável e provavelmente impossível. É necessário aumentar o investimento em infra-estruturas e na educação, remover os constrangimentos à mobilidade no mercado de trabalho, estar comprometido com a economia global e promover um crescimento equitativo e inclusivo. Esses são os principais desafios.

Outro ponto mencionado no relatório é a promoção do investimento. Que áreas devem ser prioritárias?

No investimento público, a educação e as infra-estruturas são importantes. As prioridades, contudo, dependem do país e do que foi feito no passado.

Os mercados financeiros são importantes?

Ajudam, mas eles desenvolvem-se em paralelo com a economia. Mais importantes são as poupanças e os canais de poupança.

A dependência do petróleo, com a escalada do preço dos combustíveis, é uma ameaça para as economias ocidentais?

Não é perigoso, mas pode abrandar o crescimento. Contudo, acho que fornecerá um grande incentivo para um uso mais eficiente da energia. Espero uma resposta muito ampla em todo o mundo aos elevados preços do petróleo e do gás.

Que tipo de resposta?

Por exemplo, o uso de carros mais pequenos e mais eficientes do ponto de vista energético, melhor tecnologia, maior recurso aos transportes públicos e outras alternativas, etc.

Será possível, até 2015, reduzir para metade a percentagem de pessoas em pobreza extrema no mundo, como definido nos Objectivos do Milénio da ONU?

Depende das zonas do planeta. Em algumas partes da Ásia, isso já foi conseguido. Em lugares com ritmos de crescimento menores será difícil.

O relatório identifica o Brasil como uma economia que perdeu o seu momento. Não está o país numa nova fase de crescimento económico acelerado?

Esperamos que sim, mas é algo que ainda não está comprovado. O que é certo é que o crescimento acelerou depois de um longo período de crescimento lento que se seguiu a uma fase de crescimento económico sustentado.

Qual é a principal lição que os países em desenvolvimento podem tirar deste relatório?

Para os líderes, [é] a necessidade de uma governação pragmática, orientada para a resolução de problemas e focada, com determinação e persistência, no objectivo do crescimento e da redução da pobreza. E ainda um compromisso com a adesão à economia global.

Qual será o papel da comissão nos próximos anos? De que forma poderá ajudar os países a pôr estas ideias em prática?

As prioridades têm que ser definidas por cada país. A comissão ira trabalhar na discussão do relatório e depois extinguir-se-á. Acredito que o crescimento se irá espalhar mais no mundo em desenvolvimento e ser mais sustentável.


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