Caldeirão da Bolsa

off tópic.. Pobres filhos... e

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Camisa Roxa » 19/5/2008 11:50

ninguém falou em despedir os mais velhos, apenas em colocá-los a concorrer em pé de igualdade com os restantes
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... forecasting exchange rates has a success rate no better than that of forecasting the outcome of a coin toss - Alan Greenspan (2004)
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por Sei lá » 19/5/2008 11:38

Camisa Roxa Escreveu:por outro lado a geração dos recibos verdes está na precariedade em que está porque existe uma geração que não pode ser despedida; conclusão: para que uns tenham direitos e regalias que nunca mais acabam, os jovens é que têm que se sacrificar; solução: desregulamentar as leis laborais


Presumo que se despedires os mais velhos ficas com o problema resolvido. E vais metê-los onde? No Tarrafal a pão e água? Ou preferes liberalizar a eutanásia?

Já agora, um dos problemas desta crise financeira, segundo o Soros ou o Buffet já nem sei bem, são os jovens a mais pelos corredores de Wall Street...

É sempre engraçado acusar os jovens de não fazerem escolhas correctas. Também é sempre engraçado ouvir dizer que o mercado está sempre em mutação.... até fico tonto com estas coisas... então está em mutação ou não?

Uma coisa é haver um nicho de mercado e meia duzia de escolhas para esse nicho têm saida, outra coisa é termos umas dezenas de milhares que têm de escolher um curso e as saidas são poucas. Da mesma forma uma coisa é acusar os que acabam de se formar em advocacia, porque quando entraram já o mercado estava saturado, mas outra coisa é acusar um jovem acabado de formar com um canudo para avaliador de propriedades / imóveis (era um must há 5 anos) e ninguém lhe dar emprego.
O mercado cega... nem uma ida a Cuba resolve. Cuba?!? :shock: Phone-ix!! Eles são socialistas pá!!!!
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por silvaxico » 19/5/2008 10:00

Camisa Roxa,

se se despedir a geração mais velha, fica tudo na mesma... a diferença é que passam a ser os mais novos a sustentar os mais velhos em vez de ser ao contrário.


O que se precisa é de melhor formação. Ter um "canudo" não é assim tão importante, é importante é ter um "canudo" que seja útil. Isso obriga a que a formação seja de qualidade e em áreas de interesse para o mercado.

Infelizmente cada vez se caminha mais no sentido contrário. Basta ver o desgoverno no ensino secundário em que o importante é ter gente a passar de ano e a pressão sobre as universidades para que produzam diplomados...
 
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por Camisa Roxa » 19/5/2008 9:33

a maior parte desses jovens qualificados tem cursos que não se enquadram no mercado de trabalho

os jovens e os seus pais cometeram portanto um erro na escolha do curso

por outro lado a geração dos recibos verdes está na precariedade em que está porque existe uma geração que não pode ser despedida; conclusão: para que uns tenham direitos e regalias que nunca mais acabam, os jovens é que têm que se sacrificar; solução: desregulamentar as leis laborais
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por Nico » 19/5/2008 9:33

Gostava de não ser mal interpretado, mas há por aí muita formação superior, pós-graduações e mestrados que não interessam ao país... Não no estado em que o país se encontra.
A partir daqui, nem sei quem culpabilizar... Se quem "fornece" tamanha oferta de formação superior, pós-graduações e mestrados inúteis (actualmente) ou os próprios estudantes.

Creio que o que faz falta é "educar" a mentaliadde dos alunos que no final do 12º ano devem decidir o rumo que querem dar à sua vida profissional.

Mais do que saber responder ao "Daqui a 3/5 anos quero ver-me como...", devem saber analisar que essa profissão/ramo consegue dar resposta às necessidades financeiras que a vida obriga.

Entre o estar a fazer o que se gosta a receber 500€ e estar a fazer o que me pode dar o dobro/triplo numa área de formação reconhecida pelo meio empresarial, creio que não hesitaria em optar pela 2º hipótese... (Sem esquecer que há a 3ª hipótese que é receber os mesmos 500€ e fazer o que não se gosta...)

É claro que todos precisamos do padeiro, do sapateiro, do servente de pedreiro ou do funcionario do call-center, etc... Porém não é necessário qualquer formação especial (seja ela superior, de pós-graduação ou mestrado) para tal...

Um abraço
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off tópic.. Pobres filhos... e

por mcarvalho » 19/5/2008 8:47

Pobres pais que confiaram nas promessas dos vigaristas



Jovens qualificados em risco de viver pior que os pais


19/05/2008


Têm entre 30 e 35 anos de idade, formação superior, pós-graduações e mestrados, mas ganham entre 500 e 800 euros e estão a recibos verdes ou com contratos a prazo. Este é o retrato de uma geração - a quem já chamam "geração 500 euros" - que não encontra um lugar ao sol no mercado de trabalho e continua a depender dos pais ou a ter mais do que um emprego para conseguir ter autonomia.

É uma geração que, apesar de mais qualificada, arrisca-se a viver pior do que os pais. Ter filhos ou comprar casa são decisões em muitos casos adiadas até que venham dias melhores. Uns mantêm-se assim por necessidade e enquanto a sorte não espreita. Outros decidiram arriscar, bateram com a porta e criaram o seu próprio emprego. Há quem equacione deixar o país.
 
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