Já foram criados 106 mil postos de trabalho desde 2005
120 milhões em seis meses
Estado corta no subsídio de desemprego
O Estado atribuiu nos primeiros seis meses do ano menos 120 milhões de euros em subsídios de desemprego em comparação com o mesmo período de 2007. São menos 20 milhões por mês que não foram gastos com a população desempregada.
Fique a saber mais na edição desta segunda-feira do jornal 'Correio da Manhã'.
À tarde já devemos ter o resto do artigo.
Ee assim mesmo rapazes, vamos a eles, po-los a trabalhar !
Agora soo faltam mais 400,000 e estaa tudo a trabuquir que atee prende as urinas.
Assim ee que ee ! Toca a apertar com a corja dos malandros, forc,a Vieira da Silva, nao te encolhas !
Assim ee que ee ! Toca a apertar com a corja dos malandros, forc,a Vieira da Silva, nao te encolhas !


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Diz ministro das Finanças
Portugal criou quase 134 mil empregos desde que Governo tomou posse
2008/08/14 14:46Paula Gonçalves MartinsAAAA
País tem menos 30 mil desempregados que há um ano atrás e mais 73 mil trabalhadores
A economia portuguesa gerou uma criação líquida de 133.700 postos de trabalho desde o primeiro trimestre de 2005, ou seja, desde que o actual Governo entrou em funções, anunciou o ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, na conferência de imprensa que se seguiu ao Conselho de Ministros.
O ministro sublinhou que esta criação líquida de empregos se deu numa fase em que a economia portuguesa deu sinais de recuperação, apesar da conjuntura adversa internacional. Simultaneamente, lembrou, «o Governo conseguiu reduzir em 140 mil o número de funcionários na Administração Pública».
O ministro do Trabalho e Solidariedade Social, Vieira da Silva, também presente na conferência de imprensa, sublinhou igualmente que os números do INE traduzem um significativo aumento do emprego e que este foi o terceiro trimestre consecutivo de queda da taxa de desemprego.
Citando os dados do instituto, o ministro sublinhou que foram criados 73 mil postos de trabalho face há um ano atrás e o número de desempregados reduziu-se em 30 mil pessoas, e tudo isto num momento em que a população activa continuou a crescer.
Emprego nunca foi tão elevado
«Este é o valor mais elevado do emprego desde o início desta série estatística», sublinhou Vieira da Silva.
O governante adiantou que a criação de emprego foi feita sobretudo à custa de contratos de trabalho por conta de outrem e em sectores com elevado nível de qualificação, nomeadamente de nível superior.
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/not ... iv_id=1730
Portugal criou quase 134 mil empregos desde que Governo tomou posse
2008/08/14 14:46Paula Gonçalves MartinsAAAA
País tem menos 30 mil desempregados que há um ano atrás e mais 73 mil trabalhadores
A economia portuguesa gerou uma criação líquida de 133.700 postos de trabalho desde o primeiro trimestre de 2005, ou seja, desde que o actual Governo entrou em funções, anunciou o ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, na conferência de imprensa que se seguiu ao Conselho de Ministros.
O ministro sublinhou que esta criação líquida de empregos se deu numa fase em que a economia portuguesa deu sinais de recuperação, apesar da conjuntura adversa internacional. Simultaneamente, lembrou, «o Governo conseguiu reduzir em 140 mil o número de funcionários na Administração Pública».
O ministro do Trabalho e Solidariedade Social, Vieira da Silva, também presente na conferência de imprensa, sublinhou igualmente que os números do INE traduzem um significativo aumento do emprego e que este foi o terceiro trimestre consecutivo de queda da taxa de desemprego.
Citando os dados do instituto, o ministro sublinhou que foram criados 73 mil postos de trabalho face há um ano atrás e o número de desempregados reduziu-se em 30 mil pessoas, e tudo isto num momento em que a população activa continuou a crescer.
Emprego nunca foi tão elevado
«Este é o valor mais elevado do emprego desde o início desta série estatística», sublinhou Vieira da Silva.
O governante adiantou que a criação de emprego foi feita sobretudo à custa de contratos de trabalho por conta de outrem e em sectores com elevado nível de qualificação, nomeadamente de nível superior.
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/not ... iv_id=1730
As decisões fáceis podem fazer-nos parecer bons,mas tomar decisões difíceis e assumi-las faz-nos melhores.
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dvck Escreveu:E quantos empregos foram destruídos?
Esta história dos 150 mil postos de trabalho é uma autêntica falácia porque deve-se medir a criação líquida de postos de trabalho.
Por exemplo, o que interessa criar 100 mil postos de trabalho quando são destruídos 200 mil? Em termos líquidos perdemos 100 mil postos de trabalho.
Pois esta história é incrível, é um bocado como a outra, "eu não vou aumentar impostos se for primeiro ministro" e quase não houve um imposto que não tenha sido aumentado... que mais nos reservam estes governantes?! Esperta foi a Manuela Ferreira Leite, ao falar disso na grande entrevista, que "todos dizem que não aumentam impostos e quando vão para o governo é a primeira coisa que fazem" acho que ela já percebeu que é pela credibilidade que pode conquistar eleitorado... de qualquer forma terá de se demarcar do partido porque eles têm feito o mesmo o pior...
E eu pergunto, o que virá a seguir?! prometem que vão aumentar os trabalhadores 10%... e depois aumentam o IRS 9%



Epa, ultimamente estou mesmo "bota à baixo", tenho que parar de vir ao Caldeirão uns dias


Bom fim de semana para todos
Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
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E quantos empregos foram destruídos?
Esta história dos 150 mil postos de trabalho é uma autêntica falácia porque deve-se medir a criação líquida de postos de trabalho.
Por exemplo, o que interessa criar 100 mil postos de trabalho quando são destruídos 200 mil? Em termos líquidos perdemos 100 mil postos de trabalho.
Esta história dos 150 mil postos de trabalho é uma autêntica falácia porque deve-se medir a criação líquida de postos de trabalho.
Por exemplo, o que interessa criar 100 mil postos de trabalho quando são destruídos 200 mil? Em termos líquidos perdemos 100 mil postos de trabalho.
"I'm not normally a religious man, but if you're up there, save me, Superman!" (Homer Simpson)
Governo só conseguiu criar 96,6 mil novos empregos
16/05/2008
José Sócrates continua longe da meta dos 150 mil, traçada para a legislatura, revelam os dados do INE. Desde que o Governo tomou posse apenas foram criados 96,6 mil novos empregos.
Desde que o Governo tomou posse, no final do primeiro trimestre de 2005, apenas foram criados 96,6 mil postos de trabalho. José Sócrates continua longe da meta definida para a legislatura e que implicava a criação de 150 mil novos postos de trabalho em Portugal.
Os dados sobre o mercado do emprego, divulgados esta manhã pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), revelam que os primeiros meses de 2008 permitiram atenuar a destruição de emprego verificada no final do ano passado, mas ainda assim continuam a faltar 53,4 mil postos de trabalho para que o Executivo cumpra o que prometeu.
No final do primeiro trimestre de 2008, a população empregada estava nos 5.191 milhões, mais 55,3 mil pessoas do que no período homólogo e mais 2,8 mil do que no final de 2007.
http://www.bpionline.pt/comum/Com_Notic ... vegaScroll
16/05/2008
José Sócrates continua longe da meta dos 150 mil, traçada para a legislatura, revelam os dados do INE. Desde que o Governo tomou posse apenas foram criados 96,6 mil novos empregos.
Desde que o Governo tomou posse, no final do primeiro trimestre de 2005, apenas foram criados 96,6 mil postos de trabalho. José Sócrates continua longe da meta definida para a legislatura e que implicava a criação de 150 mil novos postos de trabalho em Portugal.
Os dados sobre o mercado do emprego, divulgados esta manhã pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), revelam que os primeiros meses de 2008 permitiram atenuar a destruição de emprego verificada no final do ano passado, mas ainda assim continuam a faltar 53,4 mil postos de trabalho para que o Executivo cumpra o que prometeu.
No final do primeiro trimestre de 2008, a população empregada estava nos 5.191 milhões, mais 55,3 mil pessoas do que no período homólogo e mais 2,8 mil do que no final de 2007.
http://www.bpionline.pt/comum/Com_Notic ... vegaScroll
As decisões fáceis podem fazer-nos parecer bons,mas tomar decisões difíceis e assumi-las faz-nos melhores.
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Que grande falácia
Ok criaram-se cento e tal mil postos de trabalho durante a legislatura de Sócrates... muito bem... e agora pergunto eu , e o que é que o governo teve a ver com isso ? Em quantos é que o governo teve intervenção directa ?
Pois então vejamos, imaginemos que o Zé das Couves cansa-se de plantar batatas e resolve abrir um negócio de distribuição. Colecta-se como empresário a título individual, investe as poupanças de uma vida e mais um empréstimo com juros altissimos. Contrata 3 funcionários e adquire 2 carrinhas. No dia seguinte temos o Socrates na televisão a dizer que já criou mais 4 postos de trabalho... Dahhh !!!! mas o pessoal n pensa !
Atirem mas é ovos podres à cabeça desse gajo !!!
Pois então vejamos, imaginemos que o Zé das Couves cansa-se de plantar batatas e resolve abrir um negócio de distribuição. Colecta-se como empresário a título individual, investe as poupanças de uma vida e mais um empréstimo com juros altissimos. Contrata 3 funcionários e adquire 2 carrinhas. No dia seguinte temos o Socrates na televisão a dizer que já criou mais 4 postos de trabalho... Dahhh !!!! mas o pessoal n pensa !
Atirem mas é ovos podres à cabeça desse gajo !!!
Não duvido nada da estatística que apresentar para realçar a criação dos 150 000 postos de trabalho. Deve bater certo(se não disser quantos postos se perderam). Acho até que fará uma grande apresentação desses dados - Show-Off.
Dirá ainda que, "porreiro pá, porreiro", ainda fizeram muitíssimo melhor: Criaram 150 011 novos postos de trabalho.
Presa35
Dirá ainda que, "porreiro pá, porreiro", ainda fizeram muitíssimo melhor: Criaram 150 011 novos postos de trabalho.
Presa35
Economia 2008-02-15 14:15
Sócrates garante que vai atingir meta de criação de 150 mil postos de trabalho até ao ano que vem
O primeiro-ministro reafirmou hoje a sua promessa eleitoral de criar 150 000 novos empregos, tendo afirmado que estes serão uma realidade até ao final da legislatura, em 2009.
Pedro Duarte
Comentando hoje na entrada do Centro de Saúde de Torres Vedras os números do desemprego hoje divulgados pelo INE, e citado pela agência Lusa, Sócrates afirmou que "desde que iniciámos funções, a economia gerou 94 mil postos de trabalho, não vejo nenhuma razão para que no próximo ano e meio não consigamos ter mais emprego e atingir o nosso objectivo".
O INE revelou hoje que a taxa de desemprego em 2007 se situou nos 8,0%, acima das previsões do Governo de 7,8%, mas que no quarto trimestre do ano esta diminuiu para os 7,8%.
http://diarioeconomico.sapo.pt/edicion/ ... 90295.html
Sócrates garante que vai atingir meta de criação de 150 mil postos de trabalho até ao ano que vem
O primeiro-ministro reafirmou hoje a sua promessa eleitoral de criar 150 000 novos empregos, tendo afirmado que estes serão uma realidade até ao final da legislatura, em 2009.
Pedro Duarte
Comentando hoje na entrada do Centro de Saúde de Torres Vedras os números do desemprego hoje divulgados pelo INE, e citado pela agência Lusa, Sócrates afirmou que "desde que iniciámos funções, a economia gerou 94 mil postos de trabalho, não vejo nenhuma razão para que no próximo ano e meio não consigamos ter mais emprego e atingir o nosso objectivo".
O INE revelou hoje que a taxa de desemprego em 2007 se situou nos 8,0%, acima das previsões do Governo de 7,8%, mas que no quarto trimestre do ano esta diminuiu para os 7,8%.
http://diarioeconomico.sapo.pt/edicion/ ... 90295.html
As decisões fáceis podem fazer-nos parecer bons,mas tomar decisões difíceis e assumi-las faz-nos melhores.
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Fazer cosmética com os números do desemprego é tão fácil como:
Ó pá! Temos verba! Vamos fazer mais 20.000 estágios profissionais e assim as estatísticas já melhoram um pouco! Se fica algum depois lá ou não isso pouco importa! Dantes quando os mancebos iam à tropa era mais simples, mas agora nem isso!
Olhá lá! Vamos agora fazer convocatórias quinzenais aos desempregados! Se os gajos faltarem a duas convocatórias já os podemos riscar! Sempre são menos uns quantos!
Já viste isto? Há mais de 100.000 portugueses a trabalhar em Espanha! São riscados da Seg. Social e não vão aos Centros de Emprego! Que melhor queremos nós?
Vou ficar por aqui!
PS - Julgo que este tópico podia ir uma secção "off-topic".
Seja como for, em tempos de crise a tendência é para o desemprego aumentar. Não é de agora!

Ó pá! Temos verba! Vamos fazer mais 20.000 estágios profissionais e assim as estatísticas já melhoram um pouco! Se fica algum depois lá ou não isso pouco importa! Dantes quando os mancebos iam à tropa era mais simples, mas agora nem isso!
Olhá lá! Vamos agora fazer convocatórias quinzenais aos desempregados! Se os gajos faltarem a duas convocatórias já os podemos riscar! Sempre são menos uns quantos!
Já viste isto? Há mais de 100.000 portugueses a trabalhar em Espanha! São riscados da Seg. Social e não vão aos Centros de Emprego! Que melhor queremos nós?
Vou ficar por aqui!
PS - Julgo que este tópico podia ir uma secção "off-topic".
Seja como for, em tempos de crise a tendência é para o desemprego aumentar. Não é de agora!

"Os ciclos bolsistas antecipam os ciclos económicos"
OCDE 2008-02-11 00:05
Desemprego ao nível mais alto dos últimos 21 anos
OCDE fixa a taxa em 8,2%, um valor que não era visto desde 1986 e que torna mais distantes as promessas de Sócrates.
Denise Fernandes
A taxa de desemprego em Portugal atingiu os 8,2% em Dezembro do ano passado, registando o valor mais alto dos últimos 21 anos, de acordo com os últimos dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). Em Portugal, a taxa de desemprego não atingia valores tão altos desde 1986, ano em que se fixou em 8,8%.
Segundo a OCDE, a taxa de desemprego em Portugal subiu para 8,2% em 2007, contra os 7,7% registados em 2006 e os 7,6% verificados em 2005.
Os dados vão ao encontro dos valores publicados pelo Eurostat, a semana passada, que avançavam com uma taxa de desemprego em Portugal no mês de Dezembro de 8,2%. Aliás, segundo os dados do Gabinete de Estatística da União Europeia, Portugal é um dos três países entre os 27 em que o desemprego aumentou. Só mesmo Espanha teve um desempenho pior do que o de Portugal, registando, em 2007, uma taxa média de 8,3%.
Na altura, os economistas contactados pelo Diário Económico alertavam para o facto de o desemprego ser um problema estrutural, só possível de inverter com uma aceleração da economia, agora comprometida pela crise financeira mundial.
Segundo Cristina Casalinho, economista-chefe do BPI, a melhoria no mercado de trabalho é mais notória quando o crescimento da economia está acima dos 2,5%, mas nos próximos dois anos não se prevê que a taxa de crescimento atinja esse valor (a previsão de crescimento do Governo situa-se nos 2,2%).
Governo optimista
No entanto, o Governo português mantém o optimismo no crescimento, apesar de, na última actualização do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC), ter revisto em alta as projecções para o desemprego, admitindo que, pelo menos até 2010, o desemprego vai continuar a aumentar.
Os cálculos do Executivo, que são baseados no Instituto Nacional de Estatística (INE), apontam para uma taxa de desemprego de 7,2% para 2009, mais 0,6 pontos percentuais que o projectado há um ano. Para 2010, a revisão em alta teve a mesma magnitude, com o desemprego a fixar-se em 6,9%.
As projecções do Governo de José Sócrates confirmam assim que a criação do emprego em Portugal continua a não ser suficiente para compensar o aumento da população activa e a destruição de postos de trabalho, gerada pela reestruturação da indústria tradicional portuguesa.
Destruição do emprego mais qualificado
O Governo prometeu criar 150 mil empregos até final da legislatura e, de facto, desde que José Sócrates tomou posse, no primeiro trimestre de 2005, e até final de 2007, foram criados 106 mil postos de trabalho. À primeira vista, a leitura é positiva. Porém, no mesmo período, segundo os dados do INE, foram destruídos 167 mil postos de trabalho com maiores qualificações, entre dirigentes e quadros superiores, profissionais intelectuais e científicos e ainda técnicos de nível intermédio.
Estatísticas portuguesas
Em Portugal, existem discrepâncias entre os dados do desemprego registados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP). Os dados do IEFP são basicamente administrativos, já que se trata dos registos dos desempregados nos centros de emprego. Já o INE faz estimativas a partir de inquéritos a uma amostra de cerca de 20 famílias. O Governo usa os dados do INE para fazer previsões.
Dados da OCDE e do Eurostat
Tanto o Eurostat como a OCDE seguem os critérios da Organização Mundial do Trabalho (OIT) para calcular a taxa de desemprego. Ambos comparam os valores nacionais do desemprego de cada país, com base nas estatísticas mensais registadas (no caso português, os dados mensais dos centros de emprego) com os valores em série (como é o caso do INE, que publica os dados por trimestre).
http://diarioeconomico.sapo.pt/edicion/ ... 88078.html
Desemprego ao nível mais alto dos últimos 21 anos
OCDE fixa a taxa em 8,2%, um valor que não era visto desde 1986 e que torna mais distantes as promessas de Sócrates.
Denise Fernandes
A taxa de desemprego em Portugal atingiu os 8,2% em Dezembro do ano passado, registando o valor mais alto dos últimos 21 anos, de acordo com os últimos dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). Em Portugal, a taxa de desemprego não atingia valores tão altos desde 1986, ano em que se fixou em 8,8%.
Segundo a OCDE, a taxa de desemprego em Portugal subiu para 8,2% em 2007, contra os 7,7% registados em 2006 e os 7,6% verificados em 2005.
Os dados vão ao encontro dos valores publicados pelo Eurostat, a semana passada, que avançavam com uma taxa de desemprego em Portugal no mês de Dezembro de 8,2%. Aliás, segundo os dados do Gabinete de Estatística da União Europeia, Portugal é um dos três países entre os 27 em que o desemprego aumentou. Só mesmo Espanha teve um desempenho pior do que o de Portugal, registando, em 2007, uma taxa média de 8,3%.
Na altura, os economistas contactados pelo Diário Económico alertavam para o facto de o desemprego ser um problema estrutural, só possível de inverter com uma aceleração da economia, agora comprometida pela crise financeira mundial.
Segundo Cristina Casalinho, economista-chefe do BPI, a melhoria no mercado de trabalho é mais notória quando o crescimento da economia está acima dos 2,5%, mas nos próximos dois anos não se prevê que a taxa de crescimento atinja esse valor (a previsão de crescimento do Governo situa-se nos 2,2%).
Governo optimista
No entanto, o Governo português mantém o optimismo no crescimento, apesar de, na última actualização do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC), ter revisto em alta as projecções para o desemprego, admitindo que, pelo menos até 2010, o desemprego vai continuar a aumentar.
Os cálculos do Executivo, que são baseados no Instituto Nacional de Estatística (INE), apontam para uma taxa de desemprego de 7,2% para 2009, mais 0,6 pontos percentuais que o projectado há um ano. Para 2010, a revisão em alta teve a mesma magnitude, com o desemprego a fixar-se em 6,9%.
As projecções do Governo de José Sócrates confirmam assim que a criação do emprego em Portugal continua a não ser suficiente para compensar o aumento da população activa e a destruição de postos de trabalho, gerada pela reestruturação da indústria tradicional portuguesa.
Destruição do emprego mais qualificado
O Governo prometeu criar 150 mil empregos até final da legislatura e, de facto, desde que José Sócrates tomou posse, no primeiro trimestre de 2005, e até final de 2007, foram criados 106 mil postos de trabalho. À primeira vista, a leitura é positiva. Porém, no mesmo período, segundo os dados do INE, foram destruídos 167 mil postos de trabalho com maiores qualificações, entre dirigentes e quadros superiores, profissionais intelectuais e científicos e ainda técnicos de nível intermédio.
Estatísticas portuguesas
Em Portugal, existem discrepâncias entre os dados do desemprego registados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP). Os dados do IEFP são basicamente administrativos, já que se trata dos registos dos desempregados nos centros de emprego. Já o INE faz estimativas a partir de inquéritos a uma amostra de cerca de 20 famílias. O Governo usa os dados do INE para fazer previsões.
Dados da OCDE e do Eurostat
Tanto o Eurostat como a OCDE seguem os critérios da Organização Mundial do Trabalho (OIT) para calcular a taxa de desemprego. Ambos comparam os valores nacionais do desemprego de cada país, com base nas estatísticas mensais registadas (no caso português, os dados mensais dos centros de emprego) com os valores em série (como é o caso do INE, que publica os dados por trimestre).
http://diarioeconomico.sapo.pt/edicion/ ... 88078.html
As decisões fáceis podem fazer-nos parecer bons,mas tomar decisões difíceis e assumi-las faz-nos melhores.
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Manuel Pinho confiante na criação de 150 mil postos de trabalho até 2009
30/01/2008
O ministro da Economia, Manuel Pinho, manifestou-se confiante terça-feira à noite na criação de 150 mil postos de trabalho até 2009, uma promessa eleitoral do governo, e no crescimento da economia.
"Devo manter esse objectivo e tenho confiança em que lá vamos chegar", afirmou Manuel Pinho, em entrevista à SIC Notícias, lembrando que, apesar de a taxa de desemprego se situar nos 7,9 por cento e terem encerrado 65 mil postos de emprego, foram criados outros 105 mil.
O titular da pasta da Economia defendeu que a aposta deve continuar na captação de investimento, no incentivo às exportações e na "requalificação dos recursos humanos" .
Segundo Manuel Pinho, as perspectivas de crescimento económico "bateram as expectativas" em 2005, 2006 e 2007, sendo que, acrescentou, "este ano a economia vai crescer perto de dois por cento", devido à actividade empresarial.
Bpionline
30/01/2008
O ministro da Economia, Manuel Pinho, manifestou-se confiante terça-feira à noite na criação de 150 mil postos de trabalho até 2009, uma promessa eleitoral do governo, e no crescimento da economia.
"Devo manter esse objectivo e tenho confiança em que lá vamos chegar", afirmou Manuel Pinho, em entrevista à SIC Notícias, lembrando que, apesar de a taxa de desemprego se situar nos 7,9 por cento e terem encerrado 65 mil postos de emprego, foram criados outros 105 mil.
O titular da pasta da Economia defendeu que a aposta deve continuar na captação de investimento, no incentivo às exportações e na "requalificação dos recursos humanos" .
Segundo Manuel Pinho, as perspectivas de crescimento económico "bateram as expectativas" em 2005, 2006 e 2007, sendo que, acrescentou, "este ano a economia vai crescer perto de dois por cento", devido à actividade empresarial.
Bpionline
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Economia 2007-12-10 00:05
Sócrates admite mais desemprego em ano de eleições
Governo revê em alta desemprego para 2009. Executivo envia esta semana Novos números para Bruxelas: taxa passa de 6,6% para 7,2%.
Bruno Faria Lopes e Margarida Peixoto
O Governo reviu em alta as projecções para a taxa de desemprego até 2010, apesar de manter o optimismo quanto ao crescimento da economia portuguesa.
Na actualização anual do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) para o período entre 2007 e 2011 – que será discutido esta semana no Parlamento e enviado para Bruxelas – o Executivo prevê uma taxa de desemprego de 7,2% para 2009, mais 0,6 pontos percentuais que o projectado há um ano. Para 2010, a revisão em alta tem a mesma magnitude, com o desemprego a fixar-se nos 6,9%.
As projecções do Executivo confirmam que a criação de emprego continua a não ser suficiente para compensar o aumento da população activa e a destruição de postos de trabalho gerada pela reestruturação da indústria tradicional portuguesa.
“A manutenção de uma elevada proporção de desemprego de longa duração, num contexto de reestruturação do perfil produtivo, pode traduzir um desajustamento entre a oferta e a procura de trabalho”, refere o relatório do PEC, acrescentando a baixa qualificação dos recursos humanos como mais um dos “factores que dificultam uma evolução mais favorável no desemprego”.
Os economistas concordam com este diagnóstico do Governo. “É díficil que a taxa de desemprego tenha uma evolução positiva. Não é possível a economia reestruturar-se e gerar diminuição do desemprego ao mesmo tempo”, aponta o economista António Nogueira Leite. Luís Mira Amaral, ex-ministro da Economia, acrescenta: “A criação de empregos não é para quem os perdeu, mas para os jovens. No entanto, andámos a formar jovens sem interesse para o mercado de trabalho.”
A nova frente de batalha
Com o défice das contas públicas a deixar de ser o centro do debate económico em Portugal, é no crescimento e no emprego – na economia mais orientada para as pessoas – que a batalha política se irá focar até às eleições legislativas de 2009.
Ainda na semana passada, o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, voltou a dar um sinal da preocupação com que o Executivo olha para a situação do mercado de trabalho. “O desemprego continua a ser a maior preocupação que devemos ter e que deve merecer a nossa mais cuidada atenção”, afirmou em Bruxelas.
Contudo, mesmo com a economia a evidenciar alguma recuperação – o PEC assume a previsão de 2,2% de crescimento do PIB em 2008 e mantém o optimismo para 2009, com uma expansão de 2,8% – e as contas públicas a caminho do equilíbrio (défice zero em 2010), o desemprego continuará a estar entre os mais altos da zona euro.
“Este Governo não será julgado apenas pelo que fez nas contas públicas, por isso é natural que, já com alguma proximidade eleitoral, se escolham alternativas de governação, também focadas pela oposição”, comentava há dois meses ao Diário Económico o politólogo Manuel Meirinho, em reacção à entrevista dada por Teixeira dos Santos em Setembro, na RTP, na qual indicava o desemprego como a principal prioridade do Governo.
A economia em 2008 como vão evoluir os principais indicadores
Encontrar emprego vai continuar a ser uma tarefa difícil
Como a economia vai crescer a um ritmo lento, a criação de empregos vai continuar a não ser suficiente para compensar o ritmo de destruição de postos de trabalho. As alterações estruturais implicam que os sectores tradicionais são obrigados a modernizar-se e a libertar mão-de-obra, ao mesmo tempo que os sectores mais inovadores absorvem poucos trabalhadores.
Os salários não deverão acompanhar a subida dos preços
A maioria dos economistas ouvidos pelo Diário Económico tem pouca esperança que os aumentos salariais acompanhem o ritmo da inflação. Mira Amaral acrescenta que mesmo tendo Portugal salários abaixo da média europeia, a produtividade alcançada não justifica sequer o nível de salários actual. Daí que para a maioria dos portugueses seja mais provável perder poder de compra do que ganhar.
Os combustíveis e a alimentação vão ficar mais caros
Há duas categorias de bens nas quais os preços vão subir: os combustíveis e a alimentação. A escalada do preço do petróleo não deve dar tréguas e quando o dólar recuperar caminho, a Europa vai sentir o verdadeiro choque petrolífero. João Fernandes, economista-chefe do Finibanco, explica que devido à sobrevalorização do euro face ao dólar, os europeus estão a importar petróleo como se este estivesse a 70 dólares, em vez dos reais 90.
Os juros não deverão descer e o acesso ao crédito não vai ser mais fácil
Neste momento as taxas de juros de mercado estão bem mais elevadas do que a taxa directora do Banco Central Europeu (cerca de 0,9 pontos percentuais acima dos indicativos 4%). Daí que o BCE não tenha necessidade de subir a taxa de referência. Mas se a inflação se mantiver acima dos 2%, Trichet vai retomar o movimento de subida dos juros e as famílias vão voltar a sentir o orçamento esmagado pela subida das prestações. Este efeito é tanto mais grave quanto o nível de endividamento for excessivo, o que acontece com a maioria das famílias portuguesas.
O pessimismo vai dominar as expectativas dos agentes económicos
Com mais um ano de condições económicas difíceis, é pouco provável que os agentes económicos consigam afastar o pessimismo crónico que os afecta. As consequências são negativas: os investimentos tendem a ser adiados, porque não se perspectiva um retorno fácil, o que atrasa a retoma. Do mesmo modo, o consumo dos particulares tende a retrair-se, dificultando o crescimento económico.
As expectativas dos economistas são pouco animadoras
Paula Carvalho, Economista do BPI
“O próximo ano vai ser complicado do ponto de vista das famílias”, explica a economista. “Não se prevê um desagravamento do desemprego nem das condições de crédito. O crescimento económico poderá acelerar um pouco, sobretudo por via do investimento, mas não será o suficiente”, explica. Mesmo que “internamente se tenha conseguido algum progresso (cumprimos a meta dos 3% de défice), se o ambiente externo se agravar Portugal será afectado”, garante.
Carlos Andrade, Economista-chefe do ES Research
“2008 vai ser um ano em que a economia portuguesa vai enfrentar novos riscos durante uma recuperação vulnerável”, alerta Carlos Andrade. “Os riscos são consequência da crise dos mercados de crédito e financeiros, com spreads mais elevados, menor liquidez e um acesso mais restritivo”, acrescenta.Mesmo que as taxas de juro de mercado corrijam, “deverão ser mais elevadas do que em 2007”, já que o BCE tenderá a retomar a subida de juros assim que o mercado financeiro estabilizar, explica.
Luís Mira Amaral, Econom,ista e ex-ministro
“Não me parece que 2008 seja melhor do que este ano”, duvida Mira Amaral. “A conjuntura está extremamente difícil, com a crise financeira e os preços do petróleo a conduzir a um arrefecimento das economias. Vai ser extremamente difícil”, avisa. “Bem que o BCE gostaria de subir as taxas de juros, mas ainda não foi possível”, alerta o ex-ministro, relembrando o excessivo endividamento das famílias portuguesas.
Nogueira Leite, Economista
“Estou moderadamente optimista quanto a 2008”, refere António Nogueira Leite, “apesar da crise financeira e do seu impacto real na economia”. Mas há indicadores em que o pessimismo lidera: “É difícil que o emprego tenha uma evolução positiva”, garante, do mesmo modo que prevê que “os aumentos salariais sejam bastante modestos, pois não houve aumentos de produtividade muito significativos para justificar essa tendência”.
DE
Sócrates admite mais desemprego em ano de eleições
Governo revê em alta desemprego para 2009. Executivo envia esta semana Novos números para Bruxelas: taxa passa de 6,6% para 7,2%.
Bruno Faria Lopes e Margarida Peixoto
O Governo reviu em alta as projecções para a taxa de desemprego até 2010, apesar de manter o optimismo quanto ao crescimento da economia portuguesa.
Na actualização anual do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) para o período entre 2007 e 2011 – que será discutido esta semana no Parlamento e enviado para Bruxelas – o Executivo prevê uma taxa de desemprego de 7,2% para 2009, mais 0,6 pontos percentuais que o projectado há um ano. Para 2010, a revisão em alta tem a mesma magnitude, com o desemprego a fixar-se nos 6,9%.
As projecções do Executivo confirmam que a criação de emprego continua a não ser suficiente para compensar o aumento da população activa e a destruição de postos de trabalho gerada pela reestruturação da indústria tradicional portuguesa.
“A manutenção de uma elevada proporção de desemprego de longa duração, num contexto de reestruturação do perfil produtivo, pode traduzir um desajustamento entre a oferta e a procura de trabalho”, refere o relatório do PEC, acrescentando a baixa qualificação dos recursos humanos como mais um dos “factores que dificultam uma evolução mais favorável no desemprego”.
Os economistas concordam com este diagnóstico do Governo. “É díficil que a taxa de desemprego tenha uma evolução positiva. Não é possível a economia reestruturar-se e gerar diminuição do desemprego ao mesmo tempo”, aponta o economista António Nogueira Leite. Luís Mira Amaral, ex-ministro da Economia, acrescenta: “A criação de empregos não é para quem os perdeu, mas para os jovens. No entanto, andámos a formar jovens sem interesse para o mercado de trabalho.”
A nova frente de batalha
Com o défice das contas públicas a deixar de ser o centro do debate económico em Portugal, é no crescimento e no emprego – na economia mais orientada para as pessoas – que a batalha política se irá focar até às eleições legislativas de 2009.
Ainda na semana passada, o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, voltou a dar um sinal da preocupação com que o Executivo olha para a situação do mercado de trabalho. “O desemprego continua a ser a maior preocupação que devemos ter e que deve merecer a nossa mais cuidada atenção”, afirmou em Bruxelas.
Contudo, mesmo com a economia a evidenciar alguma recuperação – o PEC assume a previsão de 2,2% de crescimento do PIB em 2008 e mantém o optimismo para 2009, com uma expansão de 2,8% – e as contas públicas a caminho do equilíbrio (défice zero em 2010), o desemprego continuará a estar entre os mais altos da zona euro.
“Este Governo não será julgado apenas pelo que fez nas contas públicas, por isso é natural que, já com alguma proximidade eleitoral, se escolham alternativas de governação, também focadas pela oposição”, comentava há dois meses ao Diário Económico o politólogo Manuel Meirinho, em reacção à entrevista dada por Teixeira dos Santos em Setembro, na RTP, na qual indicava o desemprego como a principal prioridade do Governo.
A economia em 2008 como vão evoluir os principais indicadores
Encontrar emprego vai continuar a ser uma tarefa difícil
Como a economia vai crescer a um ritmo lento, a criação de empregos vai continuar a não ser suficiente para compensar o ritmo de destruição de postos de trabalho. As alterações estruturais implicam que os sectores tradicionais são obrigados a modernizar-se e a libertar mão-de-obra, ao mesmo tempo que os sectores mais inovadores absorvem poucos trabalhadores.
Os salários não deverão acompanhar a subida dos preços
A maioria dos economistas ouvidos pelo Diário Económico tem pouca esperança que os aumentos salariais acompanhem o ritmo da inflação. Mira Amaral acrescenta que mesmo tendo Portugal salários abaixo da média europeia, a produtividade alcançada não justifica sequer o nível de salários actual. Daí que para a maioria dos portugueses seja mais provável perder poder de compra do que ganhar.
Os combustíveis e a alimentação vão ficar mais caros
Há duas categorias de bens nas quais os preços vão subir: os combustíveis e a alimentação. A escalada do preço do petróleo não deve dar tréguas e quando o dólar recuperar caminho, a Europa vai sentir o verdadeiro choque petrolífero. João Fernandes, economista-chefe do Finibanco, explica que devido à sobrevalorização do euro face ao dólar, os europeus estão a importar petróleo como se este estivesse a 70 dólares, em vez dos reais 90.
Os juros não deverão descer e o acesso ao crédito não vai ser mais fácil
Neste momento as taxas de juros de mercado estão bem mais elevadas do que a taxa directora do Banco Central Europeu (cerca de 0,9 pontos percentuais acima dos indicativos 4%). Daí que o BCE não tenha necessidade de subir a taxa de referência. Mas se a inflação se mantiver acima dos 2%, Trichet vai retomar o movimento de subida dos juros e as famílias vão voltar a sentir o orçamento esmagado pela subida das prestações. Este efeito é tanto mais grave quanto o nível de endividamento for excessivo, o que acontece com a maioria das famílias portuguesas.
O pessimismo vai dominar as expectativas dos agentes económicos
Com mais um ano de condições económicas difíceis, é pouco provável que os agentes económicos consigam afastar o pessimismo crónico que os afecta. As consequências são negativas: os investimentos tendem a ser adiados, porque não se perspectiva um retorno fácil, o que atrasa a retoma. Do mesmo modo, o consumo dos particulares tende a retrair-se, dificultando o crescimento económico.
As expectativas dos economistas são pouco animadoras
Paula Carvalho, Economista do BPI
“O próximo ano vai ser complicado do ponto de vista das famílias”, explica a economista. “Não se prevê um desagravamento do desemprego nem das condições de crédito. O crescimento económico poderá acelerar um pouco, sobretudo por via do investimento, mas não será o suficiente”, explica. Mesmo que “internamente se tenha conseguido algum progresso (cumprimos a meta dos 3% de défice), se o ambiente externo se agravar Portugal será afectado”, garante.
Carlos Andrade, Economista-chefe do ES Research
“2008 vai ser um ano em que a economia portuguesa vai enfrentar novos riscos durante uma recuperação vulnerável”, alerta Carlos Andrade. “Os riscos são consequência da crise dos mercados de crédito e financeiros, com spreads mais elevados, menor liquidez e um acesso mais restritivo”, acrescenta.Mesmo que as taxas de juro de mercado corrijam, “deverão ser mais elevadas do que em 2007”, já que o BCE tenderá a retomar a subida de juros assim que o mercado financeiro estabilizar, explica.
Luís Mira Amaral, Econom,ista e ex-ministro
“Não me parece que 2008 seja melhor do que este ano”, duvida Mira Amaral. “A conjuntura está extremamente difícil, com a crise financeira e os preços do petróleo a conduzir a um arrefecimento das economias. Vai ser extremamente difícil”, avisa. “Bem que o BCE gostaria de subir as taxas de juros, mas ainda não foi possível”, alerta o ex-ministro, relembrando o excessivo endividamento das famílias portuguesas.
Nogueira Leite, Economista
“Estou moderadamente optimista quanto a 2008”, refere António Nogueira Leite, “apesar da crise financeira e do seu impacto real na economia”. Mas há indicadores em que o pessimismo lidera: “É difícil que o emprego tenha uma evolução positiva”, garante, do mesmo modo que prevê que “os aumentos salariais sejam bastante modestos, pois não houve aumentos de produtividade muito significativos para justificar essa tendência”.
DE
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JAM Escreveu:Eu não sabia que o desemprego se calcula em número e não em percentagem. Será que pelo número se disfarça o problema?
Se o universo usado para o calculo aumentou, é natural que o numero de empregos aumente proporcionalmente, de outra forma quem cresce é o desemprego.
Tens razão e já vi num post anterior onde está o meu erro. Deixei-me ir na propaganda do governo

Parece que o saldo é negativo em cerca de 60 mil. Interessante que ainda há pouco mais de um mês o governo afirmava o que eu disse em cima... enfim, assim se vê como isto vai.
De qualquer das formas, mais interessante que ver os números "nus e crus" era ver isto distribuido por sectores. Era importante saber onde estão a ser criados empregos e onde estão a ser destruidos. O relatório tem essa informação? (como podem ver hoje estou muito preguiçoso)
Be Galt. Wear the message!
The market does not beat them. They beat themselves, because though they have brains they cannot sit tight. - Jesse Livermore
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Eu não sabia que o desemprego se calcula em número e não em percentagem. Será que pelo número se disfarça o problema?
Se o universo usado para o calculo aumentou, é natural que o numero de empregos aumente proporcionalmente, de outra forma quem cresce é o desemprego.
Se o universo usado para o calculo aumentou, é natural que o numero de empregos aumente proporcionalmente, de outra forma quem cresce é o desemprego.
O mercado cega... nem uma ida a Cuba resolve. Cuba?!?
Phone-ix!! Eles são socialistas pá!!!!

Não percebo porque é que está tudo a atacar os numeros e a insultar o PM quando pelos vistos quem não sabe fazer contas não é ele.
Foram criados 105 mil postos de trabalho. Ponto.
Que é que isso tem a ver com o desemprego aumentar? Porque é que tiveram que ser destruidos mais que 105 mil postos de trabalho? (não foram, a criação de postos de trabalho é positiva nos ultimos anos).
Então porque aumenta a taxa de desemprego? Serão as bruxas?
Simplesmente há mais pessoas para trabalhar agora do que havia há dois anos. Não se criou postos de trabalho em ritmo suficientemente rápido para absorver todos os novos trabalhadores.
Foram criados 105 mil postos de trabalho. Ponto.
Que é que isso tem a ver com o desemprego aumentar? Porque é que tiveram que ser destruidos mais que 105 mil postos de trabalho? (não foram, a criação de postos de trabalho é positiva nos ultimos anos).
Então porque aumenta a taxa de desemprego? Serão as bruxas?
Simplesmente há mais pessoas para trabalhar agora do que havia há dois anos. Não se criou postos de trabalho em ritmo suficientemente rápido para absorver todos os novos trabalhadores.
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Congresso das Comunicações 2007-12-04 12:10
Sócrates diz que a Economia já está a criar emprego
O primeiro-ministro afirmou hoje que, embora a taxa de desemprego nacional se encontre em níveis elevados, o Governo vê que a economia portuguesa se econtra a criar postos de trabalho.
Alda Martins
Ao falar esta manhã na abertura do congresso anual das Comunicações da APDC, e em reacção ao facto do Eurostat ter ontem revelado que Portugal tem a segunda taxa de desemprego mais elevada da zona euro, inferior apenas à da Grécia, José Sócrates disse que "apesar do desemprego se manter a um nível que não é concerteza o desejado, é notório que a economia já está a criar emprego
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Sócrates diz que a Economia já está a criar emprego
O primeiro-ministro afirmou hoje que, embora a taxa de desemprego nacional se encontre em níveis elevados, o Governo vê que a economia portuguesa se econtra a criar postos de trabalho.
Alda Martins
Ao falar esta manhã na abertura do congresso anual das Comunicações da APDC, e em reacção ao facto do Eurostat ter ontem revelado que Portugal tem a segunda taxa de desemprego mais elevada da zona euro, inferior apenas à da Grécia, José Sócrates disse que "apesar do desemprego se manter a um nível que não é concerteza o desejado, é notório que a economia já está a criar emprego
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2007-12-04 - 00:00:00
Números Eurostat
Doutores sem trabalho
O Eurostat, gabinete de estatística da União Europeia, lançou ontem o pânico entre os governantes portugueses ao anunciar que a taxa de desemprego em Outubro era de 8,5 por cento, colocando assim o nosso país no terceiro lugar entre os 27 Estados da UE.
Apesar da “correcção” anunciada ao início da noite, a verdade é que o desemprego continua a aumentar em Portugal, com particular incidência entre os jovens licenciados.
Segundo os números do terceiro trimestre divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), 64 700 portugueses com formação académica superior estavam no desemprego no final de Setembro. Mais 10 700 sem trabalho do que no mesmo mês de 2006 e mais 14 mil do que no trimestre que findou em Junho.
A taxa de desemprego entre os indivíduos com habilitações académicas superiores era, no terceiro trimestre, de 8,3 por cento (que compara com 6,5 por cento registado no segundo trimestre), com as mulheres a serem mais penalizadas – há uma taxa de desemprego de 9,6 por cento entre as universitárias.
Em relação aos números divulgados ontem pelo Eurostat – e depois de corrigido o erro – a taxa de desemprego em Portugal em Outubro foi de 8,2 por cento.
Fonte comunitária explicou à Lusa que o “desvio” de 0,3 pontos percentuais se terá devido a erro humano, designadamente ao facto de não ter sido tomado em conta o inquérito sobre as forças de trabalho. Deste modo, ao contrário do anunciado anteriormente, a taxa de desemprego não aumentou 0,2 pontos percentuais em Outubro face ao mês anterior, tendo, pelo contrário, descido ligeiramente (0,1 por cento). Este erro, precisou a mesma fonte, não altera os valores globais para a Zona Euro, onde a taxa de desemprego, corrigida das variações sazonais, estabilizou nos 7,2 por cento em Outubro, face aos 7,3 por cento verificados em Setembro.
O valor avançado pelo Eurostat relativamente a Portugal levou todos os partidos da oposição a pedir explicações ao Governo sobre o aumento da taxa de desemprego que se teria verificado em Outubro.
53 OPERÁRIAS FICAM SEM DOIS SUBSÍDIOS DE NATAL
A fábrica de confecções Dergui, em Paul, Covilhã, encerrou e deixou no desemprego e sem subsídios de Natal 53 trabalhadoras. A unidade têxtil chegou a laborar com mais de 250 trabalhadores, mas foi despedindo pessoal através de sucessivas reestruturações.
A 20 de Novembro, funcionários do Tribunal da Covilhã entraram nas instalações da Dergui e dirigiram-se ao gabinete da directora comercial, apreendendo documentos e procurando executar uma dívida a ex-funcionárias, no valor de 30 mil euros. Ainda foi carregado um camião com calças de ganga, como tentativa de cobrança coerciva.
Os esforços dos funcionários do tribunal foram em vão, pois a administração da empresa não compareceu e as autoridades encerraram os portões da fábrica.
Numa carta de demissão entregue depois às funcionárias lê-se que o despedimento é motivado pela falta de “volume de encomendas”. Uma explicação que não convence Elisabete Lopes, de 28 anos, que trabalhou na empresa durante 14 anos, pois “nunca faltou ao trabalho”. A situação não era boa, admite a operária, adiantando: “Não estávamos à espera que fossem fechar.”
As funcionárias ficam sem o salário de Novembro, parte do subsídio de Natal do ano passado (225 euros) e os subsídios de férias e de Natal deste ano.
MINISTRO LAMENTA
O ministro do Trabalho, Vieira da Silva, afirmou ontem que o crescimento da economia ainda não está suficientemente dinâmico para criar novos empregos. Aquele responsável garantiu que tudo estava a ser feito para assegurar a protecção dos desempregados e lamentou que, mesmo com a correcção realizada pelo Eurostat, a taxa de desemprego continue acima dos oito por cento. Vieira da Silva manifestou a esperança de que a inversão desta tendência se verifique em 2008.
DEPOIMENTOS
"ESTOU SEM TRABALHO E SEM SUBSÍDIOS" Dário Zabumba, 25 anos, Évora
“Tirei o curso de Física e Química mas nunca fui colocado como professor. Ao fim de um ano e meio consegui emprego num hipermercado, mas depois de seis meses de trabalho não me renovaram o contrato e fui para o desemprego sem ter direito a subsídio. Continuo a tentar colocação no ensino, mas está muito complicado. Estou desempregado há sete meses. A inscrição no centro de emprego de pouco tem servido até agora.”
"SÓ UM EMPREGO E PRECÁRIO" Paulo Carneiro, 30 anos, Lisboa
“Terminei a licenciatura em Ciências da Comunicação há dois anos e até agora só consegui arranjar um emprego, precário e a recibos verdes, que durou pouco mais de um ano. Tratava-se de um serviço administrativo sem qualquer relação com aquilo que andei a estudar nos últimos quatro anos. Já tinha trabalhado antes de ir para a faculdade, mas decidi continuar os estudos para me especializar e para ganhar mais dinheiro. Afinal foi um contra-senso: tirei o curso e estou no desemprego.”
"NÃO HAVIA FALTA DE ENCOMENDAS" Elisabete Lopes, 28 anos, Covilhã
“Não estávamos à espera. Não podem dizer que não havia encomendas, porque nós não parámos um dia, havia sempre trabalho. Eu já trabalhava aqui à 14 anos, o que é metade da minha vida. Nem tiveram a decência de nos entregar os documentos para enviarmos ao centro de emprego. Foi o sindicato que os arranjou. Na verdade, nós nem conhecíamos o dono, nunca soubemos quem era, só conhecíamos a delegada comercial.”
NOVOS CASOS SURGEM EM SETÚBAL
Mais de 80 trabalhadores da empresa setubalense Unidos Panificadores, que receberam uma carta para ficar em casa durante dois meses, estão sob ameaça de desemprego, caso se concretize a falência da empresa proposta pelos accionistas.
“Estamos à espera de uma clarificação da situação por parte da empresa até à próxima quinta-feira, porque há situações insustentáveis para várias famílias, incluindo para algumas mães solteiras, que têm salários em atraso”, disse ontem Inácio Astúcia, adiantando que as dificuldades financeiras da empresa já se faziam sentir há alguns meses.
O sindicalista defende a suspensão imediata dos contratos de trabalho para que os trabalhadores beneficiem do subsídio de desemprego.
NOTAS
PSD QUER MUDANÇA
Hugo Velosa, do PSD, defende que só com “outra política” o número de desempregados poderá começar a descer
PCP ACUSA GOVERNO
Jerónimo de Sousa, líder do PCP, acusou o Governo de ter uma política “desastrosa” e centrada na redução do défice
CDS APONTA EMPRESAS
Paulo Portas disse as empresas é que criam os empregos, sublinhando que “hoje o clima não é favorável ao investimento”
BE EXIGE EXPLICAÇÕES
Francisco Louçã exigiu ontem a José Sócrates que discuta no Parlamento os números do desemprego
EUROSTAT VAI REVER
O ministro da Presidência, Silva Pereira, congratulou-se pela revisão dos dados do desemprego realizada pelo Eurostat
TAXA DE DESEMPREGO ZONA EURO (Outubro de 2007 – em percentagem)
GRÉCIA: 8,4
PORTUGAL: 8,2
FRANÇA: 8,1
ESPANHA: 8,1
ALEMANHA: 8,1
BÉLGICA: 7,4
FINLÂNDIA: 6,8
ITÁLIA: 5,9
SUÉCIA: 5,8
REINO UNIDO: 5,2
LUXEMBURGO: 4,9
IRLANDA: 4,4
ÁUSTRIA: 4,3
HOLANDA: 3,1
DINAMARCA: 2,9
PORTUGAL
POR INDICADORES / 3.º TRIMESTRE / VARIAÇÃO HOMÓLOGA (em relação ao ano passado)
População desempregada / 444,4 / 6,5%
Homens / 197,6 / 6,8%
Mulheres / 246,8 / 6,2%
Dos 15 aos 24 anos / 83,5 / -8,9%
Dos 25 aos 34 anos / 137,0 / 3,7%
Dos 35 aos 44 anos / 97,4 / 14,9%
Com 45 anos ou mais / 126,5 / 16,3%
Até ao básico – 3.º ciclo / 312,7 / 6,8%
Secundário e pós-secundário / 67,1 / -5,0%
Superior / 64,7 / 18,9%
POR REGIÕES
Norte: 7,9%
Centro: 5,1%
Lisboa: 9,2%
Alentejo: 7,3%
Algarve: 5,9%
Fonte: INE
Miguel Alexandre Ganhão / José Paiva / Lusa
Números Eurostat
Doutores sem trabalho
O Eurostat, gabinete de estatística da União Europeia, lançou ontem o pânico entre os governantes portugueses ao anunciar que a taxa de desemprego em Outubro era de 8,5 por cento, colocando assim o nosso país no terceiro lugar entre os 27 Estados da UE.
Apesar da “correcção” anunciada ao início da noite, a verdade é que o desemprego continua a aumentar em Portugal, com particular incidência entre os jovens licenciados.
Segundo os números do terceiro trimestre divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), 64 700 portugueses com formação académica superior estavam no desemprego no final de Setembro. Mais 10 700 sem trabalho do que no mesmo mês de 2006 e mais 14 mil do que no trimestre que findou em Junho.
A taxa de desemprego entre os indivíduos com habilitações académicas superiores era, no terceiro trimestre, de 8,3 por cento (que compara com 6,5 por cento registado no segundo trimestre), com as mulheres a serem mais penalizadas – há uma taxa de desemprego de 9,6 por cento entre as universitárias.
Em relação aos números divulgados ontem pelo Eurostat – e depois de corrigido o erro – a taxa de desemprego em Portugal em Outubro foi de 8,2 por cento.
Fonte comunitária explicou à Lusa que o “desvio” de 0,3 pontos percentuais se terá devido a erro humano, designadamente ao facto de não ter sido tomado em conta o inquérito sobre as forças de trabalho. Deste modo, ao contrário do anunciado anteriormente, a taxa de desemprego não aumentou 0,2 pontos percentuais em Outubro face ao mês anterior, tendo, pelo contrário, descido ligeiramente (0,1 por cento). Este erro, precisou a mesma fonte, não altera os valores globais para a Zona Euro, onde a taxa de desemprego, corrigida das variações sazonais, estabilizou nos 7,2 por cento em Outubro, face aos 7,3 por cento verificados em Setembro.
O valor avançado pelo Eurostat relativamente a Portugal levou todos os partidos da oposição a pedir explicações ao Governo sobre o aumento da taxa de desemprego que se teria verificado em Outubro.
53 OPERÁRIAS FICAM SEM DOIS SUBSÍDIOS DE NATAL
A fábrica de confecções Dergui, em Paul, Covilhã, encerrou e deixou no desemprego e sem subsídios de Natal 53 trabalhadoras. A unidade têxtil chegou a laborar com mais de 250 trabalhadores, mas foi despedindo pessoal através de sucessivas reestruturações.
A 20 de Novembro, funcionários do Tribunal da Covilhã entraram nas instalações da Dergui e dirigiram-se ao gabinete da directora comercial, apreendendo documentos e procurando executar uma dívida a ex-funcionárias, no valor de 30 mil euros. Ainda foi carregado um camião com calças de ganga, como tentativa de cobrança coerciva.
Os esforços dos funcionários do tribunal foram em vão, pois a administração da empresa não compareceu e as autoridades encerraram os portões da fábrica.
Numa carta de demissão entregue depois às funcionárias lê-se que o despedimento é motivado pela falta de “volume de encomendas”. Uma explicação que não convence Elisabete Lopes, de 28 anos, que trabalhou na empresa durante 14 anos, pois “nunca faltou ao trabalho”. A situação não era boa, admite a operária, adiantando: “Não estávamos à espera que fossem fechar.”
As funcionárias ficam sem o salário de Novembro, parte do subsídio de Natal do ano passado (225 euros) e os subsídios de férias e de Natal deste ano.
MINISTRO LAMENTA
O ministro do Trabalho, Vieira da Silva, afirmou ontem que o crescimento da economia ainda não está suficientemente dinâmico para criar novos empregos. Aquele responsável garantiu que tudo estava a ser feito para assegurar a protecção dos desempregados e lamentou que, mesmo com a correcção realizada pelo Eurostat, a taxa de desemprego continue acima dos oito por cento. Vieira da Silva manifestou a esperança de que a inversão desta tendência se verifique em 2008.
DEPOIMENTOS
"ESTOU SEM TRABALHO E SEM SUBSÍDIOS" Dário Zabumba, 25 anos, Évora
“Tirei o curso de Física e Química mas nunca fui colocado como professor. Ao fim de um ano e meio consegui emprego num hipermercado, mas depois de seis meses de trabalho não me renovaram o contrato e fui para o desemprego sem ter direito a subsídio. Continuo a tentar colocação no ensino, mas está muito complicado. Estou desempregado há sete meses. A inscrição no centro de emprego de pouco tem servido até agora.”
"SÓ UM EMPREGO E PRECÁRIO" Paulo Carneiro, 30 anos, Lisboa
“Terminei a licenciatura em Ciências da Comunicação há dois anos e até agora só consegui arranjar um emprego, precário e a recibos verdes, que durou pouco mais de um ano. Tratava-se de um serviço administrativo sem qualquer relação com aquilo que andei a estudar nos últimos quatro anos. Já tinha trabalhado antes de ir para a faculdade, mas decidi continuar os estudos para me especializar e para ganhar mais dinheiro. Afinal foi um contra-senso: tirei o curso e estou no desemprego.”
"NÃO HAVIA FALTA DE ENCOMENDAS" Elisabete Lopes, 28 anos, Covilhã
“Não estávamos à espera. Não podem dizer que não havia encomendas, porque nós não parámos um dia, havia sempre trabalho. Eu já trabalhava aqui à 14 anos, o que é metade da minha vida. Nem tiveram a decência de nos entregar os documentos para enviarmos ao centro de emprego. Foi o sindicato que os arranjou. Na verdade, nós nem conhecíamos o dono, nunca soubemos quem era, só conhecíamos a delegada comercial.”
NOVOS CASOS SURGEM EM SETÚBAL
Mais de 80 trabalhadores da empresa setubalense Unidos Panificadores, que receberam uma carta para ficar em casa durante dois meses, estão sob ameaça de desemprego, caso se concretize a falência da empresa proposta pelos accionistas.
“Estamos à espera de uma clarificação da situação por parte da empresa até à próxima quinta-feira, porque há situações insustentáveis para várias famílias, incluindo para algumas mães solteiras, que têm salários em atraso”, disse ontem Inácio Astúcia, adiantando que as dificuldades financeiras da empresa já se faziam sentir há alguns meses.
O sindicalista defende a suspensão imediata dos contratos de trabalho para que os trabalhadores beneficiem do subsídio de desemprego.
NOTAS
PSD QUER MUDANÇA
Hugo Velosa, do PSD, defende que só com “outra política” o número de desempregados poderá começar a descer
PCP ACUSA GOVERNO
Jerónimo de Sousa, líder do PCP, acusou o Governo de ter uma política “desastrosa” e centrada na redução do défice
CDS APONTA EMPRESAS
Paulo Portas disse as empresas é que criam os empregos, sublinhando que “hoje o clima não é favorável ao investimento”
BE EXIGE EXPLICAÇÕES
Francisco Louçã exigiu ontem a José Sócrates que discuta no Parlamento os números do desemprego
EUROSTAT VAI REVER
O ministro da Presidência, Silva Pereira, congratulou-se pela revisão dos dados do desemprego realizada pelo Eurostat
TAXA DE DESEMPREGO ZONA EURO (Outubro de 2007 – em percentagem)
GRÉCIA: 8,4
PORTUGAL: 8,2
FRANÇA: 8,1
ESPANHA: 8,1
ALEMANHA: 8,1
BÉLGICA: 7,4
FINLÂNDIA: 6,8
ITÁLIA: 5,9
SUÉCIA: 5,8
REINO UNIDO: 5,2
LUXEMBURGO: 4,9
IRLANDA: 4,4
ÁUSTRIA: 4,3
HOLANDA: 3,1
DINAMARCA: 2,9
PORTUGAL
POR INDICADORES / 3.º TRIMESTRE / VARIAÇÃO HOMÓLOGA (em relação ao ano passado)
População desempregada / 444,4 / 6,5%
Homens / 197,6 / 6,8%
Mulheres / 246,8 / 6,2%
Dos 15 aos 24 anos / 83,5 / -8,9%
Dos 25 aos 34 anos / 137,0 / 3,7%
Dos 35 aos 44 anos / 97,4 / 14,9%
Com 45 anos ou mais / 126,5 / 16,3%
Até ao básico – 3.º ciclo / 312,7 / 6,8%
Secundário e pós-secundário / 67,1 / -5,0%
Superior / 64,7 / 18,9%
POR REGIÕES
Norte: 7,9%
Centro: 5,1%
Lisboa: 9,2%
Alentejo: 7,3%
Algarve: 5,9%
Fonte: INE
Miguel Alexandre Ganhão / José Paiva / Lusa
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Aumento de 0,2 pontos percentuais
Portugal tem 480 mil desempregados e é o terceiro país da UE com mais desemprego
A taxa de desemprego em Portugal subiu para 8,5 por cento em Outubro, a terceira taxa mais elevada entre os 27 países da União Europeia, segundo as estimativas do Departamento de Estatísticas das Comunidades Europeias (Eurostat), hoje divulgadas
A taxa de desemprego aumentou em Outubro 0,2 pontos percentuais, face ao mês anterior, invertendo a tendência de estabilização verificada desde Julho quando se manteve nos 8,3 por cento.
Em relação ao mesmo período do ano passado, a taxa de desemprego em Portugal aumentou 0,7 pontos percentuais, uma das subidas mais acentuadas entre os países europeus.
Portugal é o terceiro país da União Europeia com a taxa de desemprego mais elevada, apenas atrás da Polónia (8,8 por cento) e da Eslováquia (11,2 por cento).
Na Zona Euro, a taxa de desemprego, corrigida das variações sazonais, estabilizou nos 7,2 por cento em Outubro, face aos 7,3 por cento verificados em Setembro.
Na União Europeia a 27, a taxa de desemprego manteve-se nos 7 por cento, face ao mês de Setembro, e menos 0,8 pontos percentuais, face ao mesmo período do ano passado.
As mais baixas taxas de desemprego em Outubro ocorreram na Dinamarca (2,9 por cento), Holanda (3,1 por cento) e Chipre (3,8 por cento).
Na zona euro, a taxa de desemprego das mulheres situou-se em Outubro em 8,2 por cento, contra 6,5 por cento para os homens, o mesmo acontecendo em menor escala na UE, com taxas de desemprego de 7,6 por cento para as mulheres e de 6,4 por cento para os homens.
A taxa de desemprego dos jovens com menos de 25 anos situou-se em Outubro em 14,3 por cento na zona euro e 14,7 por cento na UE.
Lusa/SOL
Portugal tem 480 mil desempregados e é o terceiro país da UE com mais desemprego
A taxa de desemprego em Portugal subiu para 8,5 por cento em Outubro, a terceira taxa mais elevada entre os 27 países da União Europeia, segundo as estimativas do Departamento de Estatísticas das Comunidades Europeias (Eurostat), hoje divulgadas
A taxa de desemprego aumentou em Outubro 0,2 pontos percentuais, face ao mês anterior, invertendo a tendência de estabilização verificada desde Julho quando se manteve nos 8,3 por cento.
Em relação ao mesmo período do ano passado, a taxa de desemprego em Portugal aumentou 0,7 pontos percentuais, uma das subidas mais acentuadas entre os países europeus.
Portugal é o terceiro país da União Europeia com a taxa de desemprego mais elevada, apenas atrás da Polónia (8,8 por cento) e da Eslováquia (11,2 por cento).
Na Zona Euro, a taxa de desemprego, corrigida das variações sazonais, estabilizou nos 7,2 por cento em Outubro, face aos 7,3 por cento verificados em Setembro.
Na União Europeia a 27, a taxa de desemprego manteve-se nos 7 por cento, face ao mês de Setembro, e menos 0,8 pontos percentuais, face ao mesmo período do ano passado.
As mais baixas taxas de desemprego em Outubro ocorreram na Dinamarca (2,9 por cento), Holanda (3,1 por cento) e Chipre (3,8 por cento).
Na zona euro, a taxa de desemprego das mulheres situou-se em Outubro em 8,2 por cento, contra 6,5 por cento para os homens, o mesmo acontecendo em menor escala na UE, com taxas de desemprego de 7,6 por cento para as mulheres e de 6,4 por cento para os homens.
A taxa de desemprego dos jovens com menos de 25 anos situou-se em Outubro em 14,3 por cento na zona euro e 14,7 por cento na UE.
Lusa/SOL
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O Mercado de Trabalho em Portugal 2007-11-19 00:05
Portugal perdeu 167 mil empregos qualificados
O desemprego continua a crescer entre os licenciados. Segundo o INE, as profissões com menor valor acrescentado continuam a ganhar peso nos números nacionais.
Luís Reis Ribeiro
Há cada vez menos empregos qualificados e o desemprego continua a crescer entre os licenciados em Portugal.
Desde que o Governo de José Sócrates chegou ao poder, no primeiro trimestre de 2005, foram criados 106 mil empregos, sublinhou o primeiro-ministro na passada sexta-feira, congratulando-se com os números do Instituto Nacional de Estatística (INE) relativos ao terceiro trimestre, divulgados nesse mesmo dia. O Governo socialista tem como meta criar 150 mil empregos até final da legislatura, pelo que o número é, numa primeira leitura, positivo.
Contudo, no mesmo período houve uma destruição de 167 mil postos de trabalho com maiores qualificações – dirigentes e quadros superiores, profissionais intelectuais e científicos e técnicos de nível intermédio. Segundo o INE, eram 1,372 milhões de trabalhadores no primeiro trimestre de 2005, mas recuaram para 1,205 milhões no terceiro trimestre deste ano. Uma quebra de 12%, que fez diminuir este tipo de empregos de 27% para 23% do total.
Os especialistas garantem que estas não são boas notícias, uma vez que mostram que o modelo de crescimento mais intensivo em tecnologia e inovação não permite resolver o problema estrutural do mercado de trabalho. A conclusão é que são os empregos de menor valor acrescentado – cafés, restaurantes, engomadorias, serviços de limpeza e manutenção, ‘call centers’, serviços de vendas, escritórios – os que mais contribuem para aliviar o grave problema do desemprego.
António Nogueira Leite, professor de Economia da Universidade Nova de Lisboa, considera que “o mercado de trabalho não está à procura de qualificações muito elevadas e deixou de recrutar um conjunto de profissões mais ligadas ao ensino”. Para além disso, “não são apenas os cursos de letras que têm poucas saídas profissionais; os licenciados em economia, gestão e direito também estão com dificuldades crescentes em encontrar trabalho”, observa.
Em compensação, os grupos profissionais menos qualificados ganharam peso, mostram os dados do INE. Neste contingente estão os trabalhadores dos serviços às empresas (empregadas de limpeza e seguranças, por exemplo), vendedores, pessoal administrativo, agricultores, operários, manobradores de máquinas e trabalhadores não qualificados. Em 2005 este tipo de emprego valia 73%, hoje está em quase 76% do total. Volvidos dois anos e meio de Governo, o pessoal dos serviços e vendedores aumentou quase 20%, os não qualificados 8%, os operários 12%, os agricultores/pescadores 4%.
Eduardo Catroga, empresário e economista, confere que há um “desajustamento crónico” entre a formação das pessoas e aquilo que as empresas procuram. Francisco Van Zeller, presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP), vai mais longe e assegura que só há criação significativa de emprego “nas áreas onde o valor acrescentado é mais baixo”, sublinhando que “não há investimentos com escala” nas áreas mais inovadoras e de alta tecnologia pois faltam pessoas com qualificações à altura.
Paula Carvalho, economista do Banco BPI, observa que “ainda estamos a viver os efeitos das más opções do passado”. “É preciso que os jovens estejam a escolher agora os cursos certos no contexto da actual política económica para que no futuro este problema se esbata”.
Um sinal preocupante dizem os analistas
António Nogueira Leite, Professor da Universidade Nova
“O Estado deixou de recrutar um conjunto de profissões, as ligadas ao ensino, por exemplo. Penso que o desemprego vai continuar alto e a criação de emprego baixa. Também não é possível mais, com a economia a crescer pouco [2%]”.
Francisco Van Zeller, Presidente da CIP
“As pessoas, mesmo as mais qualificadas, como os antropólogos, os licenciados em Jornalismo, em História, em Literatura, ou não encontram emprego ou estão a aceitar trabalhos mal pagos”.
Eduardo Catroga, Economista e empresário
“A economia portuguesa está num processo de reestruturação lento, mas que tem de continuar e ser aprofundado. Há uma série de profissões que as empresas procuram, mas para as quais não há pessoas com qualificações necessárias”.
Paula Carvalho, Economista do Banco BPI
A taxa de desemprego pode ter estabilizado em 7,9% da população activa no terceiro trimestre, mas subiu em termos homólogos, o que é um mau sinal. A
Portugal perdeu 167 mil empregos qualificados
O desemprego continua a crescer entre os licenciados. Segundo o INE, as profissões com menor valor acrescentado continuam a ganhar peso nos números nacionais.
Luís Reis Ribeiro
Há cada vez menos empregos qualificados e o desemprego continua a crescer entre os licenciados em Portugal.
Desde que o Governo de José Sócrates chegou ao poder, no primeiro trimestre de 2005, foram criados 106 mil empregos, sublinhou o primeiro-ministro na passada sexta-feira, congratulando-se com os números do Instituto Nacional de Estatística (INE) relativos ao terceiro trimestre, divulgados nesse mesmo dia. O Governo socialista tem como meta criar 150 mil empregos até final da legislatura, pelo que o número é, numa primeira leitura, positivo.
Contudo, no mesmo período houve uma destruição de 167 mil postos de trabalho com maiores qualificações – dirigentes e quadros superiores, profissionais intelectuais e científicos e técnicos de nível intermédio. Segundo o INE, eram 1,372 milhões de trabalhadores no primeiro trimestre de 2005, mas recuaram para 1,205 milhões no terceiro trimestre deste ano. Uma quebra de 12%, que fez diminuir este tipo de empregos de 27% para 23% do total.
Os especialistas garantem que estas não são boas notícias, uma vez que mostram que o modelo de crescimento mais intensivo em tecnologia e inovação não permite resolver o problema estrutural do mercado de trabalho. A conclusão é que são os empregos de menor valor acrescentado – cafés, restaurantes, engomadorias, serviços de limpeza e manutenção, ‘call centers’, serviços de vendas, escritórios – os que mais contribuem para aliviar o grave problema do desemprego.
António Nogueira Leite, professor de Economia da Universidade Nova de Lisboa, considera que “o mercado de trabalho não está à procura de qualificações muito elevadas e deixou de recrutar um conjunto de profissões mais ligadas ao ensino”. Para além disso, “não são apenas os cursos de letras que têm poucas saídas profissionais; os licenciados em economia, gestão e direito também estão com dificuldades crescentes em encontrar trabalho”, observa.
Em compensação, os grupos profissionais menos qualificados ganharam peso, mostram os dados do INE. Neste contingente estão os trabalhadores dos serviços às empresas (empregadas de limpeza e seguranças, por exemplo), vendedores, pessoal administrativo, agricultores, operários, manobradores de máquinas e trabalhadores não qualificados. Em 2005 este tipo de emprego valia 73%, hoje está em quase 76% do total. Volvidos dois anos e meio de Governo, o pessoal dos serviços e vendedores aumentou quase 20%, os não qualificados 8%, os operários 12%, os agricultores/pescadores 4%.
Eduardo Catroga, empresário e economista, confere que há um “desajustamento crónico” entre a formação das pessoas e aquilo que as empresas procuram. Francisco Van Zeller, presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP), vai mais longe e assegura que só há criação significativa de emprego “nas áreas onde o valor acrescentado é mais baixo”, sublinhando que “não há investimentos com escala” nas áreas mais inovadoras e de alta tecnologia pois faltam pessoas com qualificações à altura.
Paula Carvalho, economista do Banco BPI, observa que “ainda estamos a viver os efeitos das más opções do passado”. “É preciso que os jovens estejam a escolher agora os cursos certos no contexto da actual política económica para que no futuro este problema se esbata”.
Um sinal preocupante dizem os analistas
António Nogueira Leite, Professor da Universidade Nova
“O Estado deixou de recrutar um conjunto de profissões, as ligadas ao ensino, por exemplo. Penso que o desemprego vai continuar alto e a criação de emprego baixa. Também não é possível mais, com a economia a crescer pouco [2%]”.
Francisco Van Zeller, Presidente da CIP
“As pessoas, mesmo as mais qualificadas, como os antropólogos, os licenciados em Jornalismo, em História, em Literatura, ou não encontram emprego ou estão a aceitar trabalhos mal pagos”.
Eduardo Catroga, Economista e empresário
“A economia portuguesa está num processo de reestruturação lento, mas que tem de continuar e ser aprofundado. Há uma série de profissões que as empresas procuram, mas para as quais não há pessoas com qualificações necessárias”.
Paula Carvalho, Economista do Banco BPI
A taxa de desemprego pode ter estabilizado em 7,9% da população activa no terceiro trimestre, mas subiu em termos homólogos, o que é um mau sinal. A
As decisões fáceis podem fazer-nos parecer bons,mas tomar decisões difíceis e assumi-las faz-nos melhores.
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Emprego, Postos de trabalho eh uma coisa...
...ocupacao PRECARIA paga eh outra. E o senhor Socrates sabe que estah a dizer uma verdade falaciosa. Mas o Povo eh Sereno...

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