Mota-Engil vive "querido mês de agosto". Ações sobem há 10 sessões

[artista_]

Como sabem dou aulas, embora esteja naquele grupo de pessoas que o Sócrates diz que "não são professores ainda"...

Relativamente a este assunto tenho mais dúvidas que certezas... mesmo relativamente aos chumbos, há países em que os alunos passam sempre, pelo menos até ao 9º ano, e eu tenho dúvidas se isso seria ou não melhor...

Mas há duas ideias que gostaria de deixar aqui...teria muitas mais mas seria chato e prefiro deixar aquelas que, no contexto deste tópico, mais me parecem pertinentes:

1. Acho ridículo que a Srª Ministra venha dizer que acha que se "chumba muito em Portugal"... se ela acha isso mude a legislação! Mas a forma como o diz parece-me uma comunicação à sociedade de que os professores é que são culpados... e eu garanto-vos que os professores já têm as fasquias bem baixas, como o Marco disse, não sei até que ponto é correcto baixar as fasquias e não deixar que os bons alunos vão mais longe?! mas é muito difícil gerir uma sala de aula, cada vez mais difícil... ao mesmo tempo é aliciante!!!

2. Parece-me que a Educação em Portugal está mal, muito mal mesmo. Os problemas são vários, a maioria deles decorrem dos tempos que vivemos e dos problemas sociais e económicos do país... Neste cenário parece-me imprescindível que todos dêm o seu contributo para a causa, governo, ministério da educação, professores, pais, e todos os que, de uma forma ou de outra, estão ligados ao ensino, têm de trabalhar em conjunto e unir esforços para se melhorar isto... um dos problemas da sociedade portuguesa é que é muito fechada!

Já agora, não sei se se lembram do Tópico recente que coloquei aqui sobre o novo "estatuto do aluno", um trabalho que fiz com colegas meus no âmbito da profissionalização... pois bem tentámos, de várias formas, uma posição do Ministério em relação a alguns pontos do novo estatuto do aluno, há dois meses que estamos à espera, isto é inaceitável num país desenvolvido... a pouca participação e interesse que referido tópico teve aqui no forum também não deixa de ser significativa, criticar é fácil, participar é mais difícil

Cumprimentos para todos

[Crómio]

Ora vejamos assim de repente:

Arguidos:

Valentim Loureiro (Pres. da Camara de Gondomar e de mais uma dúzia de entidades, indiciado por 34 crimes no famoso Apito Dourado)

Pinto da Costa (Sempre se recusou a candidatar-se e concerteza ganharia por qualquer partido, também envolvido no Apito Dourado e mais umas quantas)

Avelino Ferreira Torres (Marco de Canavezes, presidente da Câmara e do Clube lá da terra, ameaças e tentativa de homicídio a testemunha fulcral de acusação))

A promiscuidade entre o futebol e o poder é o mais gritante sinal da degradação política do nosso país.


Fátima Felgueiras (Presidente da Câmara de Flgueiras - saco azul e fuga para Brasil)

Carmona Rodrigues Presidente da Câmara de Lisboa - (Bragaparque e afins)

O que é feito destes senhores?
Que penas estão a cumprir?

Nem falemos do caso Moderna (Paulo Portas) ou do caso Casa Pia (alguém se lembra?) pois isso até é de muito mau gosto falar...

Depois os menos mediáticos:

José Apolinário (Presid. Câmara de Faro - caso de licenciamento de urbanizações)

Carlos Sousa (Pres. C. Setúbal - reformas antecipadas e por inteiro a 60 funcionários)

Nélson de Carvalho (Pres. Cam. Abrantes - irregularidades na área financeira, recursos humanos e empreitadas)

An so yon, and so yon... a lista é grande meus caros.

Os pequenos são em maior (muito maior) número e fazem a transição do alto político para a "gente comum".
O cerne é o mesmo. Mas cheira diferente.

Mas claro, também existem os ex-ministros CEO's...

Um abraço

[dvck]

O que verdadeiramente importa para o Ministério... o que diz a dona Maria de Lurdes:

A governante frisa ainda os custos financeiros das reprovações: «Se o aluno custa 3000 euros por ano, quando chumba passa a custar 6000. E se chumbar outra vez custa 9000». E o impacto aumenta nas situações de abandono escolar: «É um investimento não recuperável».

No curto prazo é óbvio que chumbar os alunos sai mais caro. Mas também me parece óbvio que no longo prazo sai muito mais caro à sociedade passá-los a todos.

[Crómio]

Mas as declarações que colocaste não são acerca disso...

O que não é lógico é querer ter bons resultados num investimento medíocre e mal planeado.

Aqui não me parece que a "culpa" seja da "Dona Lurdes" mas de um sistema de governação que desde há 34 anos gere mal os seus investimentos e cujo povo (do qual o sistema é constituido) olha incessantemente para o seu umbigo.

Com estas bases nunca poderá haver bom retorno em qualquer investimento, seja ele a saúde, a justiça, a educação ou qualquer outro.

"Eles"... somos nós.

Um abraço

[MarcoAntonio]

Não é lógico, é ilógico.

Porque resulta em "passagens" à força, apenas para poupar dinheiro. O que por sua vez resulta igualmente em investimento sem o devido retorno.

Sempre o abandono escolar sai mais barato, não tem grande retorno mas o investimento também é menor.

Obviamente não estou a favor do abandono escolar, estou contra é "passagens" só para iludir e poupar no orçamento. O resultado é uma geração pejada de individuos sem formação real, apenas uma máscara de formação, um faz de conta.

Note-se que o baixar da fasquia, o baixar da exigência, tem um efeito dominó e vai repercurtir-se nos indivíduos que à partida não teríam problemas com um sistema mais exigente.

Ai a obsessão com o déficit. Só vai resultar em que nos afastemos mais e mais do resto da Europa.

Andamos aqui a falar do exemplo Finlandês durante semanas. Para quê? Para nada. Isso não interessa para nada enquanto as prioridades estiverem todas trocadas!...

[silvaxico]

O que não é lógico é a pressão exercida junto dos professores para reduzir custos, passando os alunos todos...

[Crómio]

Parece-me um raciocínio lógico...

[silvaxico]

O que verdadeiramente importa para o Ministério... o que diz a dona Maria de Lurdes:

A governante frisa ainda os custos financeiros das reprovações: «Se o aluno custa 3000 euros por ano, quando chumba passa a custar 6000. E se chumbar outra vez custa 9000». E o impacto aumenta nas situações de abandono escolar: «É um investimento não recuperável».