Caldeirão da Bolsa

Off-Topic: Multa: bio-combustíveis

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por vold » 28/4/2008 22:45

a unica precaução é a filtragem e as proporções, penso que por volta de 30% de oleo, 70% gasoleo, o que sempre dá para poupar algum.. e o unico incoveniente é o cheiro a batatas fritas que numa operação stop com policias mais rigorosos pode levar a que a mistura seja detectada.

no lidl aumentaram o oleo vegetal, porque muita gente ia la comprar para misturar no gasoleo, era à volta de 60 cts o litro e não precisava de ser filtrado.

isto nao acrescenta nada mas aqueles mercedes antigos andam a tudo incluindo a oleo :mrgreen:
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por charles » 28/4/2008 22:26

mendes-v Escreveu:Se quiseres mais informação procura aqui http://novaenergia.net/forum/
Mas a não ser que tenhas aceso a grandes quantidades de óleo vegetal usado, não será compensador adquirir óleo por usar (além de ser um "crime" usar óleo alimentar, não usado, para combustível)


Agradeço o link e recomendo, está muito interessante, li a entrevista deste link

http://novaenergia.net/forum/viewtopic. ... 71&start=0

vou explorar o restante forum a ver o que encontro sobre energias alternativas para veiculos a gasolina (Sem que tenha de ser GPL).

Valeu :wink: , obrigado aos restantes.
Cumpt

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por Crómio » 28/4/2008 22:06

mendes-v Escreveu:Se quiseres mais informação procura aqui http://novaenergia.net/forum/
Mas a não ser que tenhas aceso a grandes quantidades de óleo vegetal usado, não será compensador adquirir óleo por usar (além de ser um "crime" usar óleo alimentar, não usado, para combustível)


Excelente fórum!
Obrigado!

Abraço
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por Bzidroglio » 28/4/2008 22:00

Há uns anos(6/7) visitei 1 posto de recolha de óleos usados na zona de Torres Novas.
Esse oleo era predominantemente recolhido junto dos Mcdonalds e grandes áreas de restauração, decantado em Portugal e, quase limpo, enviado para Espanha, precisamente como componente principal do biodiesel.
Os espanhóis pagavam uma ninharia e ficavam com uma bela base de combustível.
Por cá, somos ricos...
Quando não há dinheiro, impostos sobre a classe média !
Depois dizem que os quadros da Função Pública têm de ser bem pagos...
Se até o macaco Adriano é capaz de gerir este "sitio"
Portugal no seu melhor !
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por jony_cash » 28/4/2008 21:43

pasil74 Escreveu:Entao que imposto vao cobrar a quem "queima" cá combustivel e compra na Espanha e acreditem que são milhares de litros por dia!!!!

Qualquer dia tenho de pagar um imposto qualquer por trazer o deposito cheio de espanha, ou entao prendem-me por "contabando".


CHUUUUUUU fala baixo :mrgreen: eles andam ai. É pena é o meu carro não andar a oleo de fritar que eu dizia-te como era :twisted:
 
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por mendes-v » 28/4/2008 21:41

Se quiseres mais informação procura aqui http://novaenergia.net/forum/
Mas a não ser que tenhas aceso a grandes quantidades de óleo vegetal usado, não será compensador adquirir óleo por usar (além de ser um "crime" usar óleo alimentar, não usado, para combustível)
 
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por Crómio » 28/4/2008 21:28

charles,

basicamente é isso que dizes.

o óleo é filtrado, misturado com o gasóleo, e aquecido antes de ir à bomba injectora.

Estas são as precauções recomendadas.

Pelos vistos há quem simplesmente ateste de óleo!
Este método os chassos é capaz de resultar
Tenho um Land Rover de 84 que trabalha a tudo, menos a gasolina!

Abraço
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por charles » 28/4/2008 21:25

Alguem pode fazer o obséquio de explicar isto do oleo de fritar, pelo que percebi até agora usado ou por usar, é só meter no deposito de um carro a gasoleo e este funciona normalmente, ou é misturada parte no gasoleo, só agora o pessoal começou a dispertar para isto, ou tem precisamente que ver com o preço que os combustiveis atingiram?
Tenho uma serie de interrogações sobre o assunto, se os entendidos poderem esclarecer agradeço!
Editado pela última vez por charles em 28/4/2008 22:07, num total de 1 vez.
Cumpt

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por MarcoAntonio » 28/4/2008 20:31

O que é curioso é que provavelmente são muitos mais os litros de combustível que são comprados em Espanha e consumidos em Portugal do que os litros de "oleo de fritar"...

E com esta prática o Estado só está a incentivar que os contribuintes optem por práticas que prejudicam o País e o Estado em vez de optarem por práticas que prejudicam o Estado mas beneficiam o País.

É irónico, não é?

Assim de repente parece mais uma medida de desespero: já que não conseguimos taxar quem compra gasolina em Espanha, multamos quem usa óleo de fritar!
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por pasil74 » 28/4/2008 20:09

Entao que imposto vao cobrar a quem "queima" cá combustivel e compra na Espanha e acreditem que são milhares de litros por dia!!!!

Qualquer dia tenho de pagar um imposto qualquer por trazer o deposito cheio de espanha, ou entao prendem-me por "contabando".
 
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por MarcoAntonio » 28/4/2008 19:53

Já agora, uma pequena perspectiva do que se passa lá por fora:

http://en.wikipedia.org/wiki/Vegetable_ ... plications

Legal implications

The conversion of an automobile engine to burn vegetable oil is not legal under US Environmental Protection Agency guidelines.[7] The EPA has not fined anyone for doing so, but certain laws may have to change — or a certification process may need to be established — before VO conversions become more popular in the US.

Taxation of fuel

Taxation on SVO/PPO as a road fuel varies from country to country, and it is possible the revenue departments in many countries are even unaware of its use, or feel it insufficiently significant to legislate. Germany offers 0% taxation, resulting in their leading on most developments of the fuel use. However SVO/PPO as a road fuel will be taxed with 0,09 €/liter on January, the 1st of 2008 in Germany. From thereon it will rise up to 0,45 €/liter until 2012.

There seems to be no clear taxation system in the USA, however given the low rate of fuel taxation, it is unlikely to face anything unfavorable, although charges could vary from state to state. Production of biodiesel in some US regions may require motor fuel taxes to be paid, which are typically used to fund road construction costs.[8]

The Government of Canada exempted biodiesel from the federal excise tax on diesel in the March 2003 budget. In Ireland a pilot scheme is currently running (as of April 2006) whereby eight suppliers have been approved to sell SVO/PPO for use as a fuel without the payment of excise duty (Value Added Tax at 21% still applies, SVO from any other source still attracts excise duty at 36.8058 Euro cents per litre plus 21% VAT). Despite its use being common in France, it would appear there has been no legislation to cover this.

In the UK, it is legal once duty on the fuel is paid.[9] In the UK, drivers using SVO/PPO have been prosecuted for failure to pay duty to Her Majesty's Revenue and Customs. The rate of taxation on SVO was originally set at a reduced rate of 27.1p per litre, but in late 2005, HMRC started to enforce the full diesel excise rate of 47.1p per litre.

Following a review late 2006,[10] HM Revenue & Customs has announced changes regarding the administration and collection of excise duty of biofuels and other fuel substitutes (Veg Oil). The changes came into effect on June 30, 2007. There is no longer a requirement to register (enter premises) or pay duty on vegetable oil used as road fuel if you 'produce' (use) less than 2500 litres per year.[11] For those producing over this threshold the biodiesel rate now applies.

HMRC argued that SVOs/PPOs on the market from small producers did not meet the official definition of "biodiesel" in Section 2AA of The Hydrocarbon Oil Duties Act 1979 (HODA), and consequently was merely a "fuel substitute" chargeable at the normal diesel rate. Such a policy seemed to contradict the UK Government's commitments to the Kyoto Protocol and to many EU directives and had many consequences, including an attempt to make the increase retroactive, with one organization being presented with a £16,000 back tax bill. This change in the rate of excise duty has effectively removed any commercial incentive to use SVO/PPO, regardless of its desirability on environmental grounds; unless waste vegetable oil can be obtained free of charge, the combined price of SVO/PPO and taxation for its use usually exceeds the price of mineral diesel. HMRC's interpretation is being widely challenged by the SVO/PPO industry and the UK pure Plant Oil Association (UKPPOA) has been formed to represent the interests of people using vegetable oil as fuel and to lobby parliament.[12]


Como se constata não é uniforme e outros Estados adoptam comportamentos identicos ao do nosso Estado.

Mas também há os que se distanciam claramente, nomeadamente não cobrando multas até nova e mais concreta legislação estar desenvolvida ou implementando novos (e já agora, mais atractivos) impostos para os novos combustíveis.
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por silvaxico » 28/4/2008 19:38

Marco, a mim também não me choca nada. O Estado tem de "ir buscar" o dinheiro na mesma (a menos que se assuma que consegue gastar menos, mas isso é outra história).

Eu chamei a atenção para este ponto precisamente porque a maioria das pessoas com quem falo está convencida de que as energias renováveis não vão ser taxadas...
 
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por MarcoAntonio » 28/4/2008 19:34

Esta situação é grave, muito grave. Mas talvez não pelas razões que a generalidade está a apontar...


:arrow: Ponto 1

O Estado tem de cobrar impostos, é imperativo. E se não os cobra de uma forma, cobra-os de outra. Não apenas o nosso Estado mas todos de uma forma em geral...

Estes novos combustíveis acabarão por ser alvo de imposto, é uma questão de tempo e já se discuti isso lá por fora (creio até que nalguns países os biocombustíveis estão a ser desponibilizados já nas bombas e é claro, com o devido imposto).

Por cá o mecanismo ainda não foi criado...


:arrow: Ponto 2

Portugal é bastante energético-dependente e importa Energia. Cada unidade energética importada são euros que saiem do país ainda que pelo meio o Estado cobre imposto.

O País ganha portanto quando alguém "recicla combustíveis", pois são Euros que deixam de sair do país e muito provavelmente acabarão por ser igualmente objecto de imposto pois serão utilizados para consumir outros produtos.

O que se ganha é em eficácia. Desperdiça-se menos...





Se eu conseguisse alterar o meu carro para andar a água (é um cenário puramente hipotetico-académico) este Estado perseguia-me e eu era multado por utilizar um combustível que em muito beneficiaria o país...

Uma coisa é aplicar um imposto sobre a água, outra é perseguir os cidadãos prejudicando o país, apenas porque o Estado é lento a adaptar-se às novidades que beneficiam o país que administra!

Na sua sede de receitas e de minimizar o déficit a todo o custo, este Estado ficou cego e persecutório.


Nesta, como em muitas outras coisas alvo de debate recente, nota-se uma ansiedade do Estado em angariar receitas em detrimento de uma forma de estar no Mundo mais eficaz e inteligente.

Prioridade: receita. Depois: o resto.


Portanto, quando o tema é biocombustíveis, a preocupação do Estado é perseguir quem o utiliza e cobrar multas!

E eu acho isso muito preocupante...

Já se os biocombustíveis surgirem nas Bombas com o devido imposto, tudo correcto, a mim não me choca nada!
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por EyeHawk » 28/4/2008 12:19

Se essa noticia é fidedigna e está bem feita...
(porque cada vez menos confio em jornais e meios de comunicação social dado o quanto subtis conseguem ser na manipulação dos leitores)...

...Temos mais uma vez o Estado Parasitário a afirmar-se,
nem se trata do Governo "A" ou "B" ou "C"... é o Estado como Instituição em sí mesmo que se assume como Parasita da sociedade portuguesa porque tem de sustentar um funcionalismo público
(que ainda hoje não sabe nem quer saber de onde vem o dinheiro que o alimenta) composto por mais de 55% da população da Nação e que mantém os restantes cidadãos como reféns.

Claro que também existe a tal elite de funcionários públicos que todos nós sabemos quem são que têm interesse nesta Parasitismo Sistémico e
também existe a tal minoria de funcionários públicos que trabalham muito bem e sustentam o sistema e os restantes colegas...



silvaxico Escreveu:Agora noutra perspectiva:

Imaginem que era possível alterar todos os veículos para utilizarem (apenas) a energia solar. Quanto é que o Estado deixava de receber do imposto sobre combustíveis?

Acreditando que o futuro passa por energias alternativas, onde se irá depois buscar o dinheiro que hoje se recebe no ISP?


Não te preocupes porque é MUITO FÁCIL ir buscar imposto...
Taxa de Circulação, Taxa de Reciclagem de Paineís Solares, Imposto de Incineração de Materiais Verdes não Recicláveis...
Enfim...
Basta só usar a imaginação, fundamentar as decisões com uma RETÓRICA bem trabalhada, omitir o que não interessa ser do conhecimento público e... JÁ ESTÁ.

Muito fácil mesmo.

O Estado não pode ir abaixo.
É o garante da Democracia.
Não há alternativa.
No dia em que o Estado implodir...
Ui ui...
:shock:
 
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por Camisa Roxa » 28/4/2008 12:10

esta notícia deu-me vómitos!!!!
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por duartini » 28/4/2008 11:49

Paga-se imposto à mesma. Calcula-se pela potência do painél, paga-se pela radiação solar incidida e posteriormente convertida pelo painél. É assim, Portugal no seu melhor. Cambada de viciados, aguente-se quem puder.
 
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por pedrom » 28/4/2008 11:49

Estamos a precisar de outro 25 de abril!!!

Eu não me lembro bem como foi porque estava a passar do meu pai para a minha mãe na altura, mas pelo que dizem veio resolver alguns problemas parecidos com os que temos actualmente: prepotência do estado!!!
De que vale a pena correr quando estamos na estrada errada?
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por silvaxico » 28/4/2008 11:45

Agora noutra perspectiva:

Imaginem que era possível alterar todos os veículos para utilizarem (apenas) a energia solar. Quanto é que o Estado deixava de receber do imposto sobre combustíveis?

Acreditando que o futuro passa por energias alternativas, onde se irá depois buscar o dinheiro que hoje se recebe no ISP?
 
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por duartini » 28/4/2008 11:40

Palhaçada autêntica. Só paga imposto acima de 28litros, é meter sempre menos de 28 litros e imposto ná pá pa ******. Este país vai de mal a pior. Temos políticos cada vez mais viciados nas dr.... e por isso temos que andar a pagar os vícios deles. Só o Zé Povinho é que é atacado por todas as frentes.
 
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por silvaxico » 28/4/2008 11:23

Devem pedir desculpa como neste caso...

http://videos.sapo.pt/IJzsjrWKNUpPQoi7u7Gj
 
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por TheTraveler » 28/4/2008 11:18

AS PU*** AO PODER!!! Porque com os filhos não vamos a lado nenhum...


Deve tar quase a saír a notícia do costume: Epá, desculpem lá, foi engano, nós NUNCA íamos pensar nem fazer uma coisa dessas...
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Off-Topic: Multa: bio-combustíveis

por silvaxico » 28/4/2008 10:54

Mais uma daquelas coisas que não se percebem neste país...

Retirado do Público:

A junta de freguesia da Ericeira foi multada em sete mil euros por utilizar óleos reciclados para mover os carros do lixo, em vez de comprar combustíveis fósseis, pelo que o Estado se considera lesado. O presidente da junta, citado pela TSF, já garantiu que não vai pagar a multa.

Joaquim Casado explicou que há vários anos que recorrem aos óleos usados mas que só agora a Direcção-Geral de Finanças do Ministério da Economia e a Direcção-Geral das Alfândegas o informaram da necessidade de legalizar a produção de biodiesel. “Fiz todos os esforços para me legalizar e, depois de preencher uma série de requisitos, fiquei espantado ao deparar que a quota está esgotada no país”, acrescentou o presidente da junta.

A ASAE multou, assim, a Ericeira em sete mil euros por lesar o Estado ao “deixar de comprar combustíveis fósseis”, não arrecadando este “a percentagem de 50 por cento”. Contudo, Joaquim Casado já adiantou que não vai pagar a multa, até porque a freguesia recebe apenas 55 mil euros do orçamento geral do Estado.

O presidente social-democrata já pediu ajuda a vários grupos com assento parlamentar e a várias associações ambientalistas mas obteve poucas respostas. Por agora, os carros de lixo da Ericeira deixaram de usar biodiesel.

A junta de freguesia da Ericeira afirma que foi pioneira na recolha porta-a-porta dos óleos usados que começou por entregar a uma empresa de produção de biodiesel. "Com esse dinheiro comprámos fotocopiadoras para todas as escolas do ensino básico e só mais tarde é que se avançou para a produção própria de bio-combustível", disse Joaquim Casado.

Freguesia sente-se injustiçada por ser amiga do ambiente

"A nossa imagem é reconhecida por muitas autarquias do nosso país que nos visitam e tentam seguir o exemplo dos nossos projectos", afirma o presidente da junta numa carta dirigida a todos os grupos parlamentares da Assembleia da República onde denuncia o que considera "uma sanção injusta" junto de quem "tenta ser amigo do ambiente".

Segundo o autarca, a junta recolhe óleo alimentar "em todos os estabelecimentos de restauração, hotéis e escolas" tendo criado "oleões" de rua junto dos ecopontos. Mensalmente e desde há vários anos a junta de freguesia recolhe entre quatro a cinco mil litros de óleo vegetal usado. Desde Junho de 2007 os óleos são valorizados numa central de transformação onde é produzido bio-combustível e glicerina.

"O respectivo bio-combustível é utilizado em 14 viaturas da junta de freguesia, a parte restante ofertamos aos bombeiros do concelho e às instituições particulares de solidariedade social do concelho, assim como cinco litros ao cidadão comum que o queira experimentar na sua viatura", adianta o autarca social-democrata.

Com a glicerina estão a ser feitas experiências para a produção de sabão e sabonete com o objectivo de ser doado às 144 famílias carenciadas da região. "É de ficar consternado com a atitude que nos é aplicada, sem compreensão, sem apelo à preservação do ambiente, sem valorização ao produto já utilizado, visando única e simplesmente a receita financeira", conclui.

Ao mesmo tempo Joaquim Casado informa que tem em circulação uma viatura modificada que funciona através de um sistema de painéis foto-voltaicos e que utiliza energia solar. "Temos a viatura a circular diariamente sem custos com energia, que é 100 por cento ecológica. Será que teremos que pagar um imposto adicional por aproveitamento do sol?", interroga a freguesia da Ericeira.
Editado pela última vez por silvaxico em 28/4/2008 11:56, num total de 1 vez.
 
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