Caldeirão da Bolsa

opinião contrária

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Cubriclas » 28/4/2008 2:56

Subscrevo o que escreveu o Artista! 8-)
Uma boa análise é 90% do sucesso...os outros 10% é pura sorte...
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por StockGalaxy » 28/4/2008 2:43

Não se esqueçam do corretor que apostou tudo o que conseguiu em futuros na continuação do Bull Market e foi preso ( se bem que já foi libertado).

Este teve azar em estar do lado errado da tendência.


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por artista_ » 26/4/2008 11:00

Pois mas como diz o texto, fundos de alto risco, e eu pergunto quandos do género não levam o seus fundos de alto risco à falência!? esse é um caso de sucesso e até se usa o termo "simples" quando eu o vejo mais como uma jogada de sorte, como quem acerta nos números do Euromilhões (não é bem o mesmo mas não o risco é enorme!)...

Este tipo de histórias pode ser perigoso porque alimenta a idéia, sobretudo nos mais novos, que sto é "simples" basta estar atento para encontrar oportunidades que nos transformarão em milionários um dia destes...

A teoria dos contrários é perigosa porque na prática é muito difícil de tirar partido dela, eu vejo-a mais com algo que nos pode ir alertando para e não como algo que se deva usar na prática...

Bom fim de semana
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por rosario » 26/4/2008 10:05

Foi um belo tiro :shock:
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opinião contrária

por rsacramento » 26/4/2008 0:23

O homem que ganhou dinheiro com a maior crise financeira em 65 anos


PEDRO FERREIRA ESTEVES
Graças ao seu trabalho, Paulson recebeu o maior salário em Wall Street
Como é que alguém consegue ganhar um salário entre três e quatro mil milhões de dólares (1,9 e 2,5 mil milhões de euros) - o mais elevado em Wall Street em 2007 - durante uma crise financeira que o ex-presidente da Reserva Federal, Alan Greenspan, já classificou como "a pior desde a Segunda Guerra Mundial"? Simples: apostou que a crise ia ocorrer alguns meses antes de todos os outros o terem percebido.

Os resultados são facilmente perceptíveis. Enquanto os maiores bancos do mundo perdiam dinheiro pela sua exposição ao subprime (ver caixa em baixo), John Paulson, fundador de uma pequena gestora de fundos de alto risco (hedge funds), transformou os seis mil milhões de dólares que administrava em 28 mil milhões.

A receita parece simples, mas exigiu muita perspicácia, algum risco e enorme controlo emocional. De tal modo foi notável o trabalho de John Paulson, antigo director do Bear Sterns (ironicamente, a maior vítima da crise de crédito), que Greenspan fez questão de ser aconselhado pelo gestor nova-iorquino. E o guru George Soros, um dos homens mais ricos do mundo graças ao seu historial de investimentos proféticos, convidou-o mesmo para um almoço.

A história feliz de John Paulson ajuda a compreender melhor a origem e ramificações de uma crise que começou num segmento muito específico do crédito hipotecário e alastrou a todos os grandes bancos mundiais (ver caixa ao lado). E tudo porque Paulson decidiu desafiar a lógica convencional.

Em 2005, quando a economia dos EUA não dava sinais de fraqueza, o gestor que tinha lançado os seus próprios hedge funds dez anos antes começou a apostar num cenário de arrefecimento económico. Isto graças a um mecanismo financeiro complexo que permite rentabilizar os investimentos quando os activos subjacentes perdem valor. Apostou na dívida das fabricantes automóveis, mas falhou. Já um pouco nervoso, procurou outros mercados onde fosse visível uma "bolha". Mandou os seus colaboradores para o terreno. E estes regressaram com uma lista de pequenos sinais que indicavam que o crédito hipotecário atribuído a famílias de risco podia ser o primeiro a cair: os preços estavam a estagnar e as empresas de crédito mostravam-se pouco rigorosas. Consciente de que as agências de avaliação de dívida tinham sido muito generosas na classificação dos veículos associados ao subprime, Paulson e a sua equipa não tiveram dúvidas: apostar forte na deterioração deste mercado.

Depois de meses de alguma tensão, com sinais contraditórios sobre a evolução do mercado, surgiu, em Fevereiro de 2007, a notícia que, em todo o mundo, só alegrou Paulson: a New Century, uma das empresas do subprime, anunciou um prejuízo trimestral. A partir daí, iniciou-se uma espiral de perdas que ainda dura. Entretanto, os seus dois fundos dispararam 590% e 350%. E o dinheiro sob gestão quadruplicou. Apesar deste sucesso, Paulson continua a trabalhar e a olhar para outras oportunidades: as próximas apostas estão nos cartões de crédito e nos empréstimos automóveis.

publicado em 25/4 no dn
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