Ponto de Situação ( Parte 2 )
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Ponto de Situação ( Parte 2 )
Será que a crise actual pode ser comparável à crise de 1929/1933, considerada como o pior e mais longo período de recessão económica do século XX?
Foi na crise de 1929/33 que se assistiu a uma queda dos mercados bolsistas por cinco trimestres sucessivos (final de 1931/início de 1932), tendo esta representado uma correcção de 73,5% no S&P 500.
Embora existam inúmeras teorias sobre as causas da Grande Depressão, uma das mais aceites é o mau planeamento da política monetária. A Reserva Federal norte-americana actuou nos mercados financeiros através da redução da liquidez, de modo a controlar a inflação. No entanto, esta acção mostrou-se pouco eficaz, uma vez que se viria a comprovar que o problema era de deflação (precisamente o oposto), o que agravou mais a situação.
Foi necessário esperar cerca de quatro décadas para assistirmos a mais um prolongado período de correcção. No 1º trimestre de 1969 iniciou-se o único período da história com seis trimestres de correcção. No entanto, o índice norte-americano perdeu "apenas" 30% do seu valor, sendo que mais de metade dessa perda foi registada no último trimestre, tendo no trimestre seguinte (3º trimestre de 1970) recuperado 15,80%.
O gráfico seguinte demonstra a evolução histórica do S&P 500 desde 1928 até à data, destacando as maiores crises.
Após uma forte valorização nos anos 90, os mercados accionistas passaram por um novo ciclo de queda, com o rebentar da bolha especulativa de 2000. O excesso de optimismo tinha levado os analistas e investidores a acreditar que o crescimento exponencial das tecnológicas não teria fim à vista. Contudo, as empresas não conseguiram ir de encontro às elevadas expectativas e pressionaram os mercados para um novo ciclo de queda, que durou até 2003.
Analisando o crescimento de resultados do S&P 500 desde 2001, verificámos que a taxa de crescimento trimestral de EPS (resultados por acção) foi negativa desde o primeiro trimestre de 2001 até ao primeiro trimestre de 2002 (durante 5 trimestres). Ao retomarem a sua tendência positiva no segundo trimestre, começaram a encorajar novamente os investidores a entrar no mercado, com o índice norte-americano a dar sinais de recuperação no último trimestre de 2002.
No nosso estudo, não nos parece que a crise actual tenha paralelismo com os raros momentos de crise prolongada nos mercados financeiros. Analisando a evolução dos resultados do S&P 500, podemos verificar que os dois últimos trimestres de 2007 foram negativos em termos de crescimento homólogo, sendo que este decréscimo deverá manter-se nos dois primeiros trimestres de 2008. Ainda assim, os analistas estimam que a taxa de crescimento mais negativa tenha sido atingida no 4º trimestre de 2007 e pode mesmo estar centrada apenas no sector financeiro (para mais informações consulte a nossa edição semanal de Earnings Watch). O consenso aponta para que os resultados das empresas norte-americanas voltem a crescer no terceiro trimestre de 2008, sendo o quarto trimestre o melhor desde 2001 em termos de crescimento, o que nos parece animador, apesar da base de 2007 ser bastante deprimida. Assim, mesmo tendo em conta os receios de que a maior economia do mundo entre em recessão, reiteramos a ideia de que os mercados estão subvalorizados e de que na primeira metade do ano se poderão encontrar bons momentos de compra.
Cumprimentos e bons negócios
José AB Machado
Fonte:
Ramiro Loureiro
Telma Santos
Market Analysis
Millennium investment banking
Junto anexo igualmente três títulos que tanto técnica como fundamentalmente , entre outros , parecem excelentes opções numa óptica de investimento , tanto a curto como a longo prazo .
Sonae Capital , Target Médio 2.75€
Semapa , Target Médio 14.75€
ESAF , Target Médio 37.69€
Nota : A Sonae Capital não dispõe de indicador de “ MOMENTUM “ devido a não ter histórico suficiente.
Foi na crise de 1929/33 que se assistiu a uma queda dos mercados bolsistas por cinco trimestres sucessivos (final de 1931/início de 1932), tendo esta representado uma correcção de 73,5% no S&P 500.
Embora existam inúmeras teorias sobre as causas da Grande Depressão, uma das mais aceites é o mau planeamento da política monetária. A Reserva Federal norte-americana actuou nos mercados financeiros através da redução da liquidez, de modo a controlar a inflação. No entanto, esta acção mostrou-se pouco eficaz, uma vez que se viria a comprovar que o problema era de deflação (precisamente o oposto), o que agravou mais a situação.
Foi necessário esperar cerca de quatro décadas para assistirmos a mais um prolongado período de correcção. No 1º trimestre de 1969 iniciou-se o único período da história com seis trimestres de correcção. No entanto, o índice norte-americano perdeu "apenas" 30% do seu valor, sendo que mais de metade dessa perda foi registada no último trimestre, tendo no trimestre seguinte (3º trimestre de 1970) recuperado 15,80%.
O gráfico seguinte demonstra a evolução histórica do S&P 500 desde 1928 até à data, destacando as maiores crises.
Após uma forte valorização nos anos 90, os mercados accionistas passaram por um novo ciclo de queda, com o rebentar da bolha especulativa de 2000. O excesso de optimismo tinha levado os analistas e investidores a acreditar que o crescimento exponencial das tecnológicas não teria fim à vista. Contudo, as empresas não conseguiram ir de encontro às elevadas expectativas e pressionaram os mercados para um novo ciclo de queda, que durou até 2003.
Analisando o crescimento de resultados do S&P 500 desde 2001, verificámos que a taxa de crescimento trimestral de EPS (resultados por acção) foi negativa desde o primeiro trimestre de 2001 até ao primeiro trimestre de 2002 (durante 5 trimestres). Ao retomarem a sua tendência positiva no segundo trimestre, começaram a encorajar novamente os investidores a entrar no mercado, com o índice norte-americano a dar sinais de recuperação no último trimestre de 2002.
No nosso estudo, não nos parece que a crise actual tenha paralelismo com os raros momentos de crise prolongada nos mercados financeiros. Analisando a evolução dos resultados do S&P 500, podemos verificar que os dois últimos trimestres de 2007 foram negativos em termos de crescimento homólogo, sendo que este decréscimo deverá manter-se nos dois primeiros trimestres de 2008. Ainda assim, os analistas estimam que a taxa de crescimento mais negativa tenha sido atingida no 4º trimestre de 2007 e pode mesmo estar centrada apenas no sector financeiro (para mais informações consulte a nossa edição semanal de Earnings Watch). O consenso aponta para que os resultados das empresas norte-americanas voltem a crescer no terceiro trimestre de 2008, sendo o quarto trimestre o melhor desde 2001 em termos de crescimento, o que nos parece animador, apesar da base de 2007 ser bastante deprimida. Assim, mesmo tendo em conta os receios de que a maior economia do mundo entre em recessão, reiteramos a ideia de que os mercados estão subvalorizados e de que na primeira metade do ano se poderão encontrar bons momentos de compra.
Cumprimentos e bons negócios
José AB Machado
Fonte:
Ramiro Loureiro
Telma Santos
Market Analysis
Millennium investment banking
Junto anexo igualmente três títulos que tanto técnica como fundamentalmente , entre outros , parecem excelentes opções numa óptica de investimento , tanto a curto como a longo prazo .
Sonae Capital , Target Médio 2.75€
Semapa , Target Médio 14.75€
ESAF , Target Médio 37.69€
Nota : A Sonae Capital não dispõe de indicador de “ MOMENTUM “ devido a não ter histórico suficiente.
- Anexos
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