Caldeirão da Bolsa

Finanças Comportamentais

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por whitebala » 7/5/2008 11:44

Olá Rabbi

Acho muito interessante as tuas reflexões.
Na realidade para compreendermos algo imcompreensivel como os mercados é fundamental tentar compreender o espirito humano que os move.
E não é uma questão filosófica. È mesmo biológica pois todas as nossas atitudes têm obviamente uma base biologica (hormonal ou genética)

Abraço
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por Rabbi_Steinsaltz » 7/5/2008 2:24

Olá Amigos, Testosterona

O ultimatum game é uma experiência em economia onde dois indivíduos são obrigados a uma interação da seguinte forma: o primeiro jogador faz uma divisão em dinheiro; se o segundo jogador aceitar, ambos receberão a quantia proposta pelo primeiro jogador. Por exemplo, o primeiro jogador propõe ficar com $9 e o segundo com $1. Caso a proposta seja aceita, os jogadores receberão exatamente estes valores. Sendo rejeitada, não receberão nada.

Os economistas clássicos consideram que qualquer oferta que apresente um ganho para o segundo jogador, como uma divisão de $9 e $1, deveria ser aceita pelo segundo jogador. Entretanto, quando este jogo é realizado na prática, isto não tem ocorrido.

Diversas explicações são apresentadas para esta resposta. Recentemente Terence Burnham da Harvard University fez uma pesquisa somente com homens e a publicou no Proceedings of the Royal Society. Depois da resposta, Burnham coletou a saliva dos participantes para comparar o nível de testosterona dos participantes.

Já se sabia que o nível de agressividade do homem tem relação hormonal (aqui) Agora a pesquisa mostra que isto afeta também decisões econômicas. Os economistas consideram que isto é irracional, mas não é.
Conselhos do Rabbi Steinsaltz*
http://www.youtube.com/watch?v=LTEvZlv8Pfk
Lembremo-nos que investimos para nossa qualidade de vida melhorar, e que o dinheiro nos dá a oportunidade de melhorar não somente a nossa vida, mas também serve para contribuir e apoiar diversas causas nobres. Investir representa uma estrada em nossas vidas que nos leva a algum lugar, e é importante ter certeza que o destino vale a pena.

Poder-se-ia pensar que a falta de Deus somente aflige os Judeus, mas na realidade com este exílio, o mundo inteiro está em crise porque sua ausência afecta todos.
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por Rabbi_Steinsaltz » 1/5/2008 3:16

Olá Amigos, :oops:
Um artigo de Fernando Reinach, que escreve semanalmente no Estadão, sobre finanças comportamentais.

A relação entre a moral e as emoções é parte subjacente da trama de grande parte dos romances, filmes e novelas.

Nossas decisões morais são influenciadas por nossas emoções ou seriam as emoções efeitos de nossos conflitos morais? Até recentemente esse tipo de problema pertencia ao campo da filosofia e da psicologia, mas agora neurocientistas estão abordando essas questões experimentalmente.

Imagine que você se defronte com o seguinte problema: um pequeno vagão vem descendo sem controle por um trilho que desemboca em uma bifurcação. Cabe a você operar um comando que determina se o vagão vai para a direita ou para a esquerda. Se você desviá-lo para a esquerda ele vai atropelar e matar cinco pessoas. Se você desviá-lo para a direita ele vai matar uma única pessoa.

Diante desse dilema moral, a grande maioria das pessoas escolhe a solução do mal menor: desvia o vagão para a direita sacrificando um para salvar cinco. Imagine agora que o vagão vem descendo a ladeira em direção às cinco pessoas, mas, antes, vai passar por baixo de uma ponte. Você está em cima da ponte e tem de tomar uma decisão. Ou não faz nada e deixa as cinco pessoas morrerem ou agarra uma pessoa que está em cima da ponte e a lança sobre os trilhos para parar o vagão.

Apesar de o número de pessoas mortas ser idêntico em cada opção (cinco mortes ao invés de uma), a grande maioria das pessoas prefere deixar as cinco pessoas morrerem a tomar a atitude de fisicamente jogar uma pessoa inocente nos trilhos e causar sua morte.

Recentemente, esse e outros experimentos do mesmo tipo foram repetidos com pacientes com uma lesão no córtex pré-frontal. Seis pacientes foram escolhidos pelo fato de terem lesões causadas por tumores ou por derrames em uma região específica do cérebro que, se destruída, reduz a capacidade da pessoa de sentir emoções como empatia, culpa ou vergonha.

Apesar de não sentirem essas emoções, os pacientes tinham capacidade de raciocínio e inteligência normais. O que foi observado é que os pacientes com a lesão tomavam as mesmas decisões que as pessoas normais quando as escolhas morais não envolviam aspectos sentimentais muito próximos ao indivíduo. Assim, nos exemplos acima, esses pacientes reagiram da mesma maneira que pessoas normais no caso do desvio do vagão.

Ao contrário das pessoas normais, mesmo quando a decisão envolvia pessoas próximas, os pacientes com a lesão tendiam a escolher a opção lógica. No exemplo da ponte, não hesitavam em atirar uma pessoa da ponte para salvar outras cinco. A conclusão desse estudo é que nossas decisões morais são intrinsecamente dependentes de fatores emocionais, mas que essa influencia só altera o julgamento quando a decisão moral envolve pessoas ou situações muito próximas ao sujeito.

Esse resultado não é inesperado, afinal a própria Justiça reconhece que o julgamento moral das pessoas pode ser bloqueado quando a decisão envolve pessoas ou situações muito próximas a cada um de nós. O interessante é que, pela primeira vez, se obtém comprovação experimental para essa observação, inclusive com o mapeamento das regiões do cérebro envolvidas nos fenômenos. Aos poucos a biologia vai explicando fenômenos mentais que antes pareciam exclusividade da filosofia.
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por etcetras » 29/4/2008 23:55

Acho que é do interesse de todos sabermos a fonte do artigo.

Abraço!
 
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por Rabbi_Steinsaltz » 29/4/2008 23:32

Olá Amigos, :oops:


Finanças Comportamentais é comumente definido como a aplicação da psicologia a finanças na tentativa de explicar as decisões financeiras dos indivíduos.

As Finanças Comportamentais é uma importante inovação na teoria de finanças por envolver modelos tradicionais de finanças, economia, psicologia e também métodos quantitativos.

De forma interdisciplinar busca incorporar os aspectos psicológicos dos indivíduos no processo de alocação de recursos, avaliação e precificação de ativos, considerando, assim, a limitação na racionalidade dos investidores expressadas em ações que impactam no comportamento do mercado.

A racionalidade limitada dos investidores é um ponto de divergência com a Hipótese de Eficiência de Mercado que é a base, o pilar, da Teoria Moderna de Finanças.

Sabemos que o ser humano sofre de aversão ao risco e que na maioria dos casos somos guiados mais pelo instinto do que pelo estudo ou pelos números que nos são apresentados ou até mesmo pelas notícias que nos são passadas.

A racionalidade limitada dos investidores ocorre devido a vieses apresentados no processo de tomada de decisão.

Por exemplo, na década de 70, Tversky e Kahneman introduziram a Teoria do Prospecto ou Teoria da Perspectiva em substituição à Teoria da Utilidade Esperada.

A Teoria do Prospecto diz que:

framing: a maneira como um problema é apresentado pode alterar a decisão do investidor;
aversão à perda: os investidores tendem a realizar os ganho prematuramente e aumentar sua exposição ao risco na tentativa de recuperar perdas, e o sofrimento associado à perda é maior que o prazer associado a um ganho de mesmo valor
ineficiência do mercado: o mercado reage muito abaixo ou acima do que deveria.
Os temas apresentados acima, são alguns exemplos de situaçòes estudas hoje em pesquisas sobre Finanças Comportamentais.

O equilíbrio mental é quase tão importante quanto a análise dos mercados. A maioria dos investidores investem todo seu tempo, sua mente e sua alma, na tentativa de prever os movimentos do mercado e assim ganhar dinheiro, identificando alguma informação privilegiada que lhe garanta uma forma de antecipar-se as possíveis reversões e assim conseguir sair de suas posições minimizando o máximo possível suas perdas ou protegendo o seu lucro, com base na teoria dos mercados eficientes.
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por Rabbi_Steinsaltz » 25/4/2008 18:02

Olá Amigos, :oops:

Em períodos de estagflação, a bolha está nas matérias-primas - sempre.
Para sair do «crash» bolsista do ano 2000, os bancos centrais aumentaram a oferta monetária, cortaram as taxas de juro para os mínimos das últimas décadas, colocando-as abaixo da taxa de inflação e da taxa de crescimento económico.
Tudo isto para estimular a economia. Novamente foi gerada uma bolha no imobiliário e as bolsas recuperaram. Agora os banqueiros centrais estão preocupados com a inflação.
Foram eles que a criaram. Muitas pessoas contraíram empréstimos que não podem pagar, com taxas de juro artificialmente baixas.
Agora começam a sofrer as consequências. Segundo o economista John Williams, da Shadow Government Statistics, nos EUA, a inflação está a tocar nos 11%, muito acima do que é anunciado.
Isto significa que a economia americana já está em recessão. Todos os consumidores sabem por experiência própria que os preços estão a subir anualmente muito acima dos 2% ou 3% oficialmente anunciados.
Os bancos centrais vão ter de subir as taxas de juro antes que os preços se descontrolem completamente. Hoje em dia com a interligação dos mercados financeiros globais, o risco de uma perturbação num mercado como o imobiliário, a bolsa, obrigações ou derivados, pode rapidamente espalhar-se para os outros mercados.
As ligações entre estes mercados significa que há um risco sistémico nos mercados financeiros mundiais. Mesmo sem uma crise bancária, monetária ou do mercado de derivados que acelere esta quebra, ela acontecerá já entre 2009 e 2011.
A recessão económica mundial dos EUA e do mundo é já reconhecida por muitos economistas.
O reforço das políticas económicas e monetárias que têm sido usadas com o intuito de evitar uma recessão e que são a causa da situação actual, irão piorar a situação empurrando as economias para uma depressão.
Isto vai resultar na Segunda Grande Depressão, em que a economia irá decrescer e vamos assistir a altas taxas de inflação, altas taxas de juro e de desemprego.
As instituições financeiras mais sólidas irão resistir, as outras não. Este período de estagnação económica e inflação é também conhecido como estagflação.
A severidade e a duração da Segunda Grande Depressão são incertas, porque dependem das medidas que vierem a ser tomadas e de outras variáveis, mas com a dimensão actual dos desequilíbrios será dura e longa.
A prosperidade do último século foi alimentada também por energia baseada em petróleo barato. O que se passa agora não é que se estejam a esgotar o petróleo e o gás natural, o problema é que se está a consumir toda a capacidade disponível e recursos energéticos baratos.
O ‘Pico do petróleo’ está aqui - a produção máxima mundial de crude convencional foi atingida em 2005 e, desde então, entrou em declínio.
A procura continua a aumentar e a oferta não consegue manter o ritmo.
Com o preço do barril a ultrapassar os $100, a atenção pública vai passar a estar focada na escassez de energia, em vez do aquecimento global e ambiente.
A miséria vai viver lado a lado com grandes lucros, como costuma acontecerem períodos de crise.
O imobiliário continuará em queda, enquanto que as matérias-primas vão obter enormes retornos de investimento.
A divisão entre ricos e pobres aumentará ainda mais. A classe média continuará a ser esmagada, com o crescimento dos salários a não acompanhar a inflação.
A tendência de perda de poder de compra que se tem vindo a verificar nos últimos anos irá acelerar.
Os desequilíbrios após 18 anos de «bull market» nas principais bolsas, que terminou em 2000, conjugado com a maciça inundação de liquidez que criou as bolhas da dívida, bolsa e imobiliário, com o pico de petróleo, a população humana em 6,5 biliões e a crescer, são demasiados factores - e novos - que não estão contabilizados nas teorias tradicionais dos ciclos económicos.
Quais as melhores áreas para colocar os seus investimentos durante períodos de estagflação? Há que estar em sectores que beneficiam da inflação. Que são os metais preciosos, as matérias-primas agrícolas e a energia.
Um dos investimentos mais interessantes é a prata, que está agora por volta dos $20. A subida das matérias-primas já começou e vai ser a nova bolha.
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por Rabbi_Steinsaltz » 25/4/2008 0:42

Olá Amigos, :oops:

Os mercados de ativos de risco, como as bolsas de valores, são famosos por seus altos e baixos. A chamada finança comportamental (behavioral finance) é o campo que aborda as conseqüências dos movimentos dos mercados financeiros sobre o investidor. Nessa cadeira, os acadêmicos buscam compreender como as expectativas dos agentes são formadas e de que forma as reações mais comuns são determinadas.

O professor Amos Tversky - um dos fundadores desse campo de estudo - propôs a Teoria dos Prospectos em 1979, tomando por base um levantamento sobre o comportamento de investidores pessoa física frente às flutuações do mercado financeiro. Uma de suas principais observações é que as pessoas passam por um estresse maior quando experimentam perdas em um mercado de baixa do que se sentem recompensadas por ganhos semelhantes quando o mercado é de alta, mesmo que tal baixa e alta tenham sido da mesma proporção. Ou seja, há uma assimetria nas percepções geradas pelas flutuações do mercado. Não precisamos de um psicólogo para nos dizer que o investidor odeia perder dinheiro.

A grande maioria está perturbada com volatilidade recente dos mercados de risco. No entanto, caso estejamos tratando de um plano de investimentos bem desenhado e um investidor informado, uma parte significativa das apreensões naturais ao aplicador pode ser reduzida, o que tende a favorecer a boa gestão do patrimônio. Um plano sólido de investimentos trabalha sempre com a hipótese de que o mercado irá apresentar períodos de realização. A literatura financeira está repleta de estudos que demonstram a baixa capacidade dos agentes financeiros de antecipar consistentemente tais movimentos. Dessa forma, caso seu objetivo seja superar o retorno oferecido por aplicações conservadoras, como o oferecido por um fundo DI, tenha em mente que, durante alguns períodos, ao menos uma parte de sua carteira enfrentará momentos desfavoráveis. Isso é normal e deve ser visto como uma oportunidade para a gestão de seus recursos.

Se você formulou um plano de investimentos tomando por base suas limitações financeiras, objetivos e tolerância ao risco, não há motivos para apreensão quando o mercado apresenta suas habituais flutuações. A gestão disciplinada de uma alocação definida pelos 3 pontos acima é responsável pela maior parte do retorno de uma carteira que envolve investimentos em diferentes instrumentos financeiros e tenha horizonte amplo (via de regra superior a 12 meses) para acomodar as flutuações e propiciar tempo para que o potencial de alta dos ativos possa se materializar.

Já para o investidor que faz suas aplicações com base na percepção de que esse ou aquele mercado pode apresentar uma oportunidade para os próximos 30 dias, a recomendação que fica é menos tranquilizadora. Esse investidor precisa acompanhar de perto os movimentos dos ativos onde estão seus recursos, sobretudo indicadores antecedentes que possam sinalizar os movimentos futuros dessas aplicações, bem como a evolução do preço de cada um dos ativos de sua carteira.

Além disso, é necessário monitorar com atenção o cenário macroeconômico e político, interno e externo, para tentar prever o melhor momento de fazer ou desfazer posições. Dito isso, não parece razoável para a grande maioria dos investidores pessoa física, sobretudo o pequeno poupador, montar um plano de investimentos de longo prazo que acomode propensão ao risco, limitações orçamentárias, objetivos e que seja capaz de acomodar as flutuações do mercado ao longo do tempo? Nesse caso, a arte está em selecionar um gestor capaz de alocar os recursos em diferentes ativos de tal forma a atender os critérios mencionados.
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Poder-se-ia pensar que a falta de Deus somente aflige os Judeus, mas na realidade com este exílio, o mundo inteiro está em crise porque sua ausência afecta todos.
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por Rabbi_Steinsaltz » 23/4/2008 18:11

Olá Amigos,

“Agora somos todos keynesianos“. A famosa frase - dita pelo monetarista Milton Friedman em 1965 à revista “Time” e pelo ex-presidente americano Richard Nixon ao acabar com o padrão ouro, em 1971 - está de volta à ordem do dia. Afinal, o livre e desregulamentado mercado dá sinais de fraqueza inconteste e tem pedido cada vez mais a ajuda do Estado. A inadimplência nas hipotecas americanas gerou uma crise de solvência entre os bancos dos países ricos que foram, pouco a pouco, socorridos pelos diversos governos.

A necessidade de ampliação dos gastos públicos para evitar uma recessão maior passou a ser defendida por personalidades tão díspares quanto o presidente americano George W. Bush, passando por seu secretário do Tesouro, Henry Paulson, pelo diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional, Dominique Strauss-Kahn, e pelos candidatos democratas à presidência dos Estados Unidos, Hillary Clinton e Barack Obama. Bancos centrais, governos e até mesmo instituições financeiras privadas passaram a discursar em favor de mudanças na regulamentação para o sistema financeiro e de melhorias na atuação de entidades regulatórias em todo o mundo.

Bloomberg


Ben Bernanke, presidente do Fed, teve de explicar ao Congresso um empréstimo para o JPMorgan comprar o quebrado Bear Stearns, com garantia de títulos de má qualidade

O primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, e o ministro da Economia, Alistair Darling, tiveram de explicar a nacionalização do Northern Rock em fevereiro, após o socorro público ao banco, com empréstimos que chegaram a 55 bilhões de libras esterlinas (US$ 109 bilhões). O presidente do Fed, Ben Bernanke, teve de ir ao Congresso na semana passada para justificar o empréstimo de US$ 30 bilhões feito para o JPMorgan comprar o quebrado Bear Stearns, aceitando como garantia justamente títulos chamados de “lixo tóxico”, vinculados a hipotecas.

Em suas justificativas, Brown e Bernanke poderiam contar com a ajuda do professor Paul Davidson, um dos mais renomados economistas keynesianos. Para ele, a atitude do Fed no caso Bear Stearns “é o jeito certo de salvar o sistema do colapso” em um momento delicado como o atual. “Aparentemente, você está salvando um banco em particular”, comentou, em entrevista ao Valor, por telefone. “Mas, o que você realmente está salvando são as instituições financeiras como um todo, os mercados financeiros e os investidores maiores e também os menores”. Davidson, um dos fundadores e editor do “Journal of Post Keynesian Economics”, virá ao Brasil para participar do I Encontro Internacional da Associação Keynesiana Brasileira, que será fundada na ocasião.

“Se os bancos falirem, os fundos de pensão dos trabalhadores também quebram e você vai ferir não apenas os bancos, mas um monte de gente inocente”, disse Davidson. Para ele, o modo certo de evitar esse “dano colateral” é o Estado assumir os ativos que ninguém quer, como os títulos e estruturas diversas vinculados às hipotecas. “Se as pessoas voltarem a pagar suas hipotecas e os títulos voltarem a ter valor, o JPMorgan poderá receber esses papéis de volta. Caso contrário, o Fed assume as perdas.” Nos Estados Unidos, no entanto, uma nacionalização como a do britânico Northern Rock jamais seria aceita, por razões “culturais”, afirma Davidson. Ele defende um socorro público em larga escala para todos os bancos com problemas.

A proposta de Davidson não é muito distante do que cogita fazer Darling, o ministro da Economia da Inglaterra. Segundo o jornal “Observer”, Darling estaria avaliando colocar todos os ativos contaminados pelas hipotecas americanas no balanço do Banco da Inglaterra por até três anos.

Segundo lembra Davidson, medidas desse tipo já foram adotadas nos Estados Unidos. “Os resultados foram positivos”, diz. Em 1933, conta, a administração do presidente Rossevelt criou a Home Owner’s Loan Corporation (HOLC), uma corporação pública com o objetivo de ajudar a refinanciar os mutuários e socorrer as financeiras e bancos envolvidos com empréstimos imobiliários. Ele lembra ainda a Resolution Trust Corporation, do governo Bush, Pai, que removeu os empréstimos em atraso dos balanços das cerca de 700 financeiras do setor imobiliário durante a crise de 1980.

Paralelamente a isso, o governo americano deveria entrar com garantias e linhas de crédito especiais para ajudar os mutuários com empréstimos em atraso a voltarem a pagar, de forma que a crise de solvência dos bancos e financeiras seja contida e que despejos em massa sejam evitados. É a única forma para evitar uma grande recessão, diz. “O governo americano não quebra, pois tem dívida em dólar, a moeda padrão do sistema de pagamentos internacional, e por isso pode ficar com as perdas e evitar que os bancos e mutuários quebrem”, afirma.

Davidson sugere ainda que o governo americano ajude a financiar investimentos na área de construção civil e indústrias relacionadas, também nos moldes do Plano Rossevelt, além de criar um amplo programa de investimento em infra-estrutura para estimular a economia. A idéia vem sendo defendida por senadores democratas como Christopher Dodd, presidente do comitê de bancos, habitação e assuntos urbanos do Senado americano.

O próprio governo Bush propôs medidas de ajuda aos mutuários, consideradas tímidas e insuficientes. Recentemente, o Senado aprovou projeto de lei do Executivo que autoriza empréstimos da Federal Housing Administration (FHA), o departamento federal de habitação, para mutuários com perspectiva de arresto do imóvel por falta de pagamento. O plano reduz o valor da entrada exigida dos compradores da casa própria de baixa e média renda que contraem empréstimos garantidos pelo governo federal, além de permitir a captação de financiamentos maiores. Mais: facilita a obtenção de empréstimos por mutuários cujos contratos de crédito imobiliário tiverem juros flutuantes e que estejam em datas próximas para renegociação. Ao anunciar o programa, no final do ano passado, Bush garantiu ainda que “o governo federal está tomando várias medidas regulatórias para tornar a indústria imobiliária mais transparente, confiável e justa”.

Até Dominique Strauss-Kahn, diretor-gerente do FMI, chegou a defender a atuação do Estado. “Eu realmente acho que a necessidade de intervenção pública na economia está ficando mais evidente”, declarou ao jornal “Financial Times”. Disse também que apóia uma injeção imediata de dinheiro público nos bancos, visto que os recursos privados parecem insuficientes. Em meio ao debate internacional, Gustavo Loyola, ex-presidente do Banco Central do Brasil, e o ex-ministro Maílson da Nóbrega aproveitaram a carona e saíram em defesa do Proer, o socorro aos bancos providenciado pelo governo brasileiro em 1995-1997. “Jamais imaginei que, em Londres, iria me encontrar de novo em meio a um debate semelhante ao vivido no Brasil na época do Proer, mas agora em nível global”, disse o brasileiro André Esteves, chefe mundial de renda fixa do UBS.

O tema está no centro do debate econômico às vésperas das eleições americanas. O candidato republicano, John McCain, defende que “não é função do governo americano recompensar aqueles que agem irresponsavelmente, sejam grandes bancos ou pequenos emprestadores”. Paul Volcker, ex-presidente do Fed, disse que o banco central “colocou-se acima dos princípios e práticas de um banco central construídos por tanto tempo” ao socorrer o Bear Stearns, ficando “à margem de seus poderes implícitos e legais”. E Alan Greenspan, outro ex-presidente do Fed, chegou a sugerir que o governo deixasse os preços das moradias e dos ativos vinculados a hipotecas caírem até que os investidores vissem barganhas e começassem a comprá-los. O economista Paul Krugman, articulista do “New York Times”, também tem criticado a ajuda aos bancos.

Um dos principais argumentos contra a ajuda ao mercado tem sido o chamado “risco moral”. Ao socorrer os mutuários e bancos, o governo estimularia esses agentes a realizar outros empréstimos inviáveis, na expectativa de que poderiam voltar a ter ajuda do Estado. A esse argumento, Davidson responde: Que se aplique a legislação. Foi o que aconteceu, recorda, logo após a crise de 29.

“Aqueles que não estudam história estão condenados a repetir erros passados”, alfineta Davidson. Ele propõe a volta de uma lei nos moldes da Glass-Steagall, aprovada no Congresso americano em 1933, que separou os bancos comerciais dos bancos de investimento. A idéia, na certa, deixa os banqueiros de cabelo em pé. “É necessário salvar os bancos deles mesmos”, diz.

Para Davidson, a crise atual só aconteceu por causa da desregulamentação do sistema bancário americano, que culminou com o fim da Glass-Steagall, em 1999. “Antes, quando bancos faziam empréstimos, tinham de manter essa dívida até o fim.” Por isso, tinham que investigar para quem emprestavam, de forma muito cuidadosa. “Se o tomador ficasse inadimplente, o banco teria a perda com o não-pagamento e com a venda da casa.” Até os anos 1980, diz Davidson, o Fed limitava a quantidade de ativos imobiliários que podia ser vendida a terceiros pelos bancos a uma porcentagem pequena do total.

Com o fim das regulamentações e da Glass-Steagell, “todo mundo passou a poder tomar crédito, pois em 30 a 60 dias o banco vendia esse empréstimo hipotecário para outra pessoa”. O banco, segundo Davidson, passou apenas a se preocupar se o tomador do empréstimo faria seu primeiro ou segundo pagamentos.Depois, as perdas com a inadimplência não seriam dele.

[Na crise atual] “o banco originador do crédito pôde se livrar desses empréstimos empacotando-os em ativos financeiros muito sofisticados, como as ‘collateralized debt obligations’” (CDOs), diz Davidson. O originador do empréstimo passou a ganhar comissão com a venda do empréstimo e não tinha de se preocupar com o custo de um possível não-pagamento. “O que aconteceu foi que mais e mais pessoas passaram a ser estimuladas a tomar empréstimos que não poderiam honrar.”

De acordo com Davidson, os bancos diziam que, com a securitização e derivativos, estavam criando instrumentos para transferir e espalhar melhor o risco. “Mas eles tornaram a situação mais perigosa e acabaram espalhado por todo o mundo as perdas com a inadimplência das hipotecas.” E acrescenta: “As pessoas, os fundos de pensão mais conservadores, compraram esses ativos pensando que eram seguros, líquidos, e que estavam com retornos atraentes”. Mas logo descobriram que não eram assim.”

Segundo Davidson, as agências de classificação de risco de crédito consideravam esses instrumentos seguros e davam a nota mais alta a eles, baseando suas projeções na observação do que aconteceu no passado, quando esses ativos imobiliários eram muito líquidos e seguros. Mas, com o fim das regulamentações, foi deixando de ser assim.

“Os bancos de investimento não se preocupavam realmente em verificar quem era o tomador, pois iriam repassar o empréstimos para outro alguém que muitas vezes não sabia o que estava comprando.” Segundo Davidson, nos depoimentos sobre a crise de 1929, a mesma situação veio à tona. Por isso, para Davidson, uma instituição financeira tem de escolher. Pode ser um banco comercial, fazer empréstimos às pessoas e ficar com eles até o fim, ou pode ser uma corretora ou banco de investimento e vender títulos e ganhar uma comissão. Paulson, o secretário do Tesouro americano, egresso do Goldman Sachs, já rejeitou sugestões como as de Davidson. Negou pedidos para que as autoridades reguladoras desmembrem as agências de classificação de crédito ou forcem os bancos emissores de títulos lastreados em hipotecas a manter uma parcela dos títulos que emitem.

Para Davidson, a proposta regulatória feita recentemente por Paulson “não vai resolver problema nenhum e pode até criar mais problemas”. Segundo ele, o plano, que unifica a Securities and Exchange Commission (SEC, o órgão regulador das bolsas) com a Comissão Reguladora de Negociações com Contratos Futuros de Commodities dos Estados Unidos, dando mais poder à segunda, piora a situação. “A agência de commodities é mais orientada no sentido do livre mercado”, diz.

“Quando a Glass-Steagell foi repelida, eu disse que era um erro terrível”, comenta Davidson. “No entanto, eu não achava que seria tão ruim quanto acabou se tornando dez anos depois”. Davidson lembra que os bancos contabilizavam muitos desses ativos vinculados às hipotecas americanas fora de seus balanços por meio de SIVs (”structured investiment vehicles”), por exemplo. Mas, conforme lembrou ao Valor experiente gestor de recursos, o que esses grandes bancos têm agora é um passivo contingente com os clientes para os quais venderam esse “lixo tóxico”, uma exposição contra esses mesmos clientes por terem financiado essa venda, além de muitas vezes carregarem no próprio balanço as porções mais arriscadas (”equity”) dos veículos, que viraram “pó”.

Para solucionar o problema, são insuficientes as injeções de liquidez que o Fed tem feito por meio da forte redução nos juros básicos americanos - de 5,25% ao ano em setembro para 2,25% - e dos empréstimos no mercado monetário, na visão de Davidson. “A liquidez não é a solução para um problema que na verdade é de solvência”, diz. “É como tomar uma aspirina para curar o câncer: a aspirina pode ajudar a reduzir a dor, mas não cura a doença”.

Para Davidson, “a instabilidade atual no mercado foi causada pelos bancos na sua tentativa de securitizar, ou tornar líquidos, ativos que são amplamente ilíquidos, como as hipotecas”. Por isso, Davidson discorda de analistas citados pelo “The Wall Street Journal”, segundo os quais o momento seria de “fragilidade financeira”, nos moldes definidos por outro economista pós-keynesiano americano, Hyman Minsky, morto em 1996. Ele também não vê uma situação de “armadilha da liquidez”, na qual os juros nominais ficam próximos a zero e a autoridade monetária se torna incapaz de reanimar a economia, como Paul Krugman chegou a sugerir. “Embora economistas neo keynesianos como Paul Samuelson falem em armadilha de liquidez, o Keynes nunca viu uma situação desse tipo”, diz.

Para Davidson, o mercado financeiro “pode fazer maravilhas para o crescimento econômico, se propriamente desenhado e regulado”. Mas pode levar à recessão, desemprego e desigualdade se for usado erroneamente. “Essa é uma teoria pós-keynesiana”, afirma. Segundo ele, “a grande questão proposta por Keynes é como se deve desenhar a economia e os mercados financeiros para se ter certeza de que chegaremos o mais perto possível do pleno emprego”. Segundo ele, foi o que Keynes tentou na conferência de Bretton Woods, em julho de 1944: desenhar um sistema financeiro internacional e criar o pleno emprego global. Seria uma forma de minimizar os dois principais problemas do capitalismo: a incapacidade de atingir o pleno emprego e uma distribuição de renda inadequada e desigual. Keynes não acreditava que se teria uma completa distribuição de renda totalmente igualitária, diz Davidson. “Ele achava que era desejável que certa parcela de desigualdade fosse mantida”, comenta.

Os neokeynesianos não têm nada a dizer sobre o sistema financeiro internacional, critica Davidson. “Para eles, a razão para o desemprego existir mesmo com a economia em equilíbrio é você ter preços e salários rígidos”, comenta. “Dessa forma, se a demanda cai, preços e salários não caem, por que os monopólios - sejam de sindicatos de trabalhadores ou de empresas - impedem esses preços e salários de cair”. Para os neokeynesianos, “são os sindicatos e as grande corporações que causam os problemas de desemprego, o que não tem nada a ver com o que Keynes dizia.” Para Davidson, Keynes argumentava que não importa se existem perfeita competição e salários flexíveis - os mercados financeiros podem sempre causar problemas.

Valor Econômico
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por Rabbi_Steinsaltz » 18/4/2008 16:59

Olá Amigos,

Há três dias observamos um mercado global à beira do pânico. Como todos sabem, a origem desse movimento esteve no cenário externo, principalmente nos eventos ocorridos na China e nos EUA. Não cabe aqui discorrer sobre os detalhes de tais eventos, mas reforçar que, para a maioria dos analistas, não há motivos para que se revisem as perspectivas para a economia global este ano. Ou seja, o consenso do mercado não vê alteração nos fundamentos, os mesmos que justificaram a alta sustentada observada recentemente nos principais mercados de ativos de risco.

Como se explica, então, o nervosismo e a queda? O que resultou na evaporação de mais de US$ 100 bilhões de riqueza na bolsa chinesa em um dia? Basicamente, o que observamos em momentos como esse - no qual há um evento extremamente raro e inesperado afetando o mercado -, é uma tendência à maioria dos agentes de inferir que a realização do dia 27 de fevereiro tende a continuar. Basta ler nos jornais do dia seguinte às avaliações de analistas e gestores para verificarmos o quanto é concreta essa tendência. Isso nada mais é do que tentar prever o futuro com base no passado, a chamada Representatividade na teoria financeira comportamental ("Behavioral Finance").

Esse fator é acentuado pela ampla divulgação feita pela mídia sobre os estragos sofridos pelo mercado. Afinal, queda semelhante não era registrada há seis anos e meio, ou seja, um verdadeiro ponto fora da curva dada a distribuição de retornos historicamente observada nos mercados acionários. A disseminação de um fato raro, porém amplamente divulgado, recebe a denominação de "Saliência" na teoria financeira comportamental e é o principal combustível para o contágio de outros mercados não diretamente relacionados às notícias negativas originais.

O ingrediente final para alimentar a realização refere-se à necessidade que os agentes têm de agir em conformidade com o grupo onde estão inseridos (se todos estão vendendo, tendemos também a vender). Errar em companhia da maioria é menos estressante. Já conviver com as consequências de um erro em virtude de um posicionamento oposto ao do grupo é um constrangimento que a maioria evita. Esse é o principal combustível do efeito manada e que tende a acentuar o efeito contágio - que no dia 27 espalhou-se rapidamente -, começando na China, onde o Índice Xangai Composite fechou em queda de 8,84%, e encerrou o dia nos EUA, com o Dow Jones caindo 3,29%.

Tomando por base a opinião de seis economistas ouvidos pelo Valor na edição do dia seguinte à grande queda do mercado chinês, havia um claro consenso de que os fundamentos permanecem sólidos e de que provavelmente a normalidade dos mercados seria restabelecida em breve. Um indicador é a robustez dos preços das principais commodities metálicas, fortemente dependentes das perspectivas de crescimento global, tanto durante como após o fatídico pregão do dia 27.

Ora, se de fato a avaliação é esta, justifica-se um posicionamento oposto ao previsto para a maioria dos agentes pela teoria financeira comportamental como forma de obtenção de ganhos extraordinários. Isto é, se há indícios de que um movimento de manada formou-se com base em um fato raro porém de ampla divulgação (Saliência), e esse efeito magnificou a tendência natural que temos a inferir que o passado recente continuará se repetindo (Representatividade), o melhor que um investidor que acredita na solidez do cenário pode fazer é assumir novas e maiores posições em ativos de risco.

Agir de tal forma resultará em enorme desconforto, uma vez que a possibilidade de errar sozinho, ou seja, comprar ativos de risco no momento em que a manada está vendendo, pode criar um possível constrangimento com o qual a maioria dos gestores não está disposto a conviver, ainda que brevemente.

Aguardar até que a conjuntura esteja mais calma para que novas posições em ativos de risco sejam assumidas significa abrir mão de qualquer potencial de alta em prol da proteção da carteira, uma vez que a calma apenas será recobrada quando houver consenso de que o pior passou. Nesse instante, será tarde demais, pois os preços dos ativos já estarão refletindo essa expectativa.

A possibilidade de ganho no mercado sempre esteve nas mãos de quem consegue identificar fatores ainda não percebidos pelos demais agentes. Porém, não basta apenas percebê-los antes que os demais. É preciso traduzir tal percepção em posicionamentos nos ativos certos, na "ponta" certa (comprado ou vendido) antes que os demais também o façam. Esperar até o cenário clarear implica em evitar um risco e seu respectivo potencial de alta.

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por Rabbi_Steinsaltz » 17/4/2008 17:18

Olá Amigos,
:oops:
Na hora de tomar decisões sobre investimentos, a ignorância sobre as tendências de mercado pode ser a melhor conselheira.

A provocação é feita pelo ganhador do prêmio Nobel de economia em 2002, o psicólogo norte-americano Daniel Kahneman, 69. “Até tenho um analista que cuida das minhas finanças pessoais. Eu explico mais ou menos para ele o tipo de investimento que eu quero, mas não me interesso por saber quais as ações que estão em alta, qual o tipo de investimento que está na moda. Não quero ser tentado e acabar tomando decisões por impulso”, afirma o psicólogo.

Kahneman é considerado um dos fundadores da área de pesquisa denominada “finanças comportamentais”. Essa cadeira científica se dedica a tentar desvendar quais os mecanismos psicológicos que norteiam os humores do mercado.

Para o norte-americano, a racionalidade das decisões tomadas por investidores dos mercados financeiros é contestável. Na verdade, as engrenagens dos sistemas econômicos mundiais são movidas por idéias pouco objetivas e instintos que beiram a irracionalidade. “Keynes [John Maynard Keynes (1883-1946), um dos economistas mais influentes do século 20] já havia detectado a grande influência que as emoções humanas exercem nos mercados ao criar a expressão ‘animal spirit’.”

Essa teoria sobre as características comportamentais dos agentes financeiros, que lhe valeu o prêmio Nobel, foi baseada em experimentos realizados nas duas últimas décadas. Nos testes, grupos de pessoas eram observadas durante simulações de compra ou venda de mercadorias. O resultado: nessas situações, os grupos analisados não conseguiam tomar suas decisões com base em prognósticos de longo prazo.

“Assim é o mercado. Ele é regulado por considerações de curto prazo. Esses jovens operadores não são capazes de fazer previsões racionais sobre os rumos futuros das finanças”, disse Kahneman, ontem, durante entrevista coletiva em São Paulo. O psicólogo visitou o Brasil para proferir palestras a convite do BankBoston.

Diante desse cenário aparentemente caótico, Kahneman foi questionado sobre quais seriam as formas de defesa que as economias emergentes –principais vítimas das oscilações de mercado– poderiam adotar para se defender. A resposta: “Sinceramente não sei”.

Na sua avaliação, entretanto, o estudo das finanças comportamentais pode ajudar os indivíduos a alcançar o equilíbrio no orçamento doméstico, por exemplo. “Nos EUA, os consumidores gastam muito e têm muita dificuldade para poupar. Ao conhecer melhor como as pessoas lidam com dinheiro, os fundos de pensão, por exemplo, podem criar formas mais eficientes para estimular seus clientes a economizar.”

Folha de S.Paulo em 13/08/2003
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por Rabbi_Steinsaltz » 17/4/2008 0:03

Olá Amigos, Comportamentos do investidor


O ser humano é muito menos racional do que nos faz crer as teorias tradicionais de finanças. A experiência tem mostrado que, no mercado financeiro, as decisões dos investidores, das mais simples às mais complexas, nem sempre seguem a racionalidade. No processo de julgamento, é muito comum esses investidores serem afetados por questões psicológicas, que pode levar a um comportamento equivocado no mundo dos investimentos, como as principais que são abordadas a seguir:

- Excesso de confiança e otimismo: Ocorrem quando as pessoas se classificam como acima da média e acham que os outros irão julgá-las melhores do que são realmente. Excesso de confiança sugere que o investidor superestima a habilidade de prever eventos futuros. Na prática, a grande maioria dos investidores não pode estar acima da média.

- Aposta errônea: Quando se trata de probabilidades, a falta de conhecimento pode levar a conclusões erradas. Considere uma série de 20 moedas que, quando jogadas, caíram todas com o lado "cara" virado para cima. Numa aposta errônea, pode-se pensar que é mais provável que a próxima moeda caia com o lado "coroa" virado para cima. Essa linha de raciocínio representa uma compreensão inexata de probabilidade, porque a chance de uma moeda não viciada cair com o lado "cara" para cima é sempre de 50%.

- Ancoragem: Daniel Kahneman e Amos Tversky (1974), conduziram estudo no qual uma roda com números de 1 a 100 seria girada. Os candidatos eram questionados se a porcentagem de países africanos membros das Nações Unidas era maior ou menor do que o número dado na roda. Em seguida os candidatos deveriam fazer uma estimativa atual desse valor. Tversky e Kahneman descobriram que esse valor apresentado na roda mostrou grande influência sobre as respostas dadas pelos candidatos. Por exemplo, quando a roda parou no número 10, a estimativa média dada pelos candidatos foi de 25%. Porém, quando parou no 60, a estimativa média foi de 45%.

- Contabilidade mental: É a tendência que as pessoas têm de separar seu patrimônio em partes com finalidades individuais. Existem casos de pessoas que têm uma poupança para os filhos e que usam o limite do cheque especial. Outras tratam o dinheiro da restituição do imposto de renda como se fosse um prêmio e reservam o valor para um gasto especial. Uma maneira de evitar o mau uso da contabilidade mental é sempre lembrar que o patrimônio, incluindo ativos e passivos, deve ser analisado de forma única.

- Tendência ao exagero e disponibilidade: Uma conseqüência de envolver emoções no mercado financeiro é a tendência ao exagero ante uma nova informação. Boas notícias devem aumentar o preço do ativo, e este não deve cair se nenhuma nova informação for dada. Às vezes, participantes do mercado financeiro criam um efeito de supervalorização do ativo. Segundo a teoria da disponibilidade, as pessoas tendem a dar maior peso às informações mais recentes para uma tomada de decisão. Por exemplo, imagine um acidente de carro que acaba de acontecer num trecho de rodovia de uso diário. É possível que, pelas próximas semanas, você dirigirá com mais cautela pela rodovia. Presenciar o acidente o induziu a tendência ao exagero, porém, em pouco tempo você voltará aos seus hábitos normais.

- Efeito Manada: Eventos no mercado financeiro, como o estouro da bolha da internet, continuam a acontecer dado o efeito manada, que é a tendência do indivíduo em imitar as ações de um grupo maior. Temos a necessidade de agir em conformidade com o grupo onde estamos inseridos. Errar em companhia da maioria é menos estressante. Já conviver com as conseqüências de um erro em virtude de um posicionamento oposto ao do grupo é um constrangimento que a maioria evita.

- Viés de confirmação: No mundo dos investimentos, esse viés sugere que é mais provável que o investidor busque informações que confirmem sua idéia inicial a respeito de um investimento em vez de fatos que contradigam sua opinião. Como conseqüência, isso pode resultar em um processo de decisão errado, dado o conjunto incompleto de informações disponíveis.Viés de retrospecto: Psicólogos atribuem esse viés a nossa necessidade inata de encontrar ordem no mundo por meio de explicações que nos levem a acreditar que os eventos são previsíveis. Muitas pessoas acham, agora, que os sinais da bolha de internet eram óbvios. Se a formação de uma bolha fosse óbvia na época, ela nunca teria existido, pois os investidores teriam medo de comprar à medida que os preços subiam.


Valor Econômico - 16/4/2008
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por Rabbi_Steinsaltz » 15/4/2008 16:13

Olá Amigos,

"Postergação é uma forma de comportamento auto-destrutivo, igual a uma droga ou jogatina. Como essas, sua origem é misteriosa, e seu tratamento difícil. (...) Piers Steel publicou uma grande revisão científica da questão da postergação no Psychological Bulletin (...) sua pesquisa contradiz uma grande teoria, que a postergação está associada a ansiedade (...) Parte do problema da postergação está em definir o que deve ficar em primeiro lugar. Nós todos temos dezenas de coisas que nós podemos fazer em qualquer momento particular (...)


Talmud
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por Rabbi_Steinsaltz » 14/4/2008 19:16

Olá Amigos, Não se ponham a pau não

O comissário europeu para os Assuntos Económicos e Monetários, Joaquin Almunia, manifestou hoje a enorme preocupação da UE relativamente aos elevados preços dos alimentos.

"Estamos extremamente preocupados, não só por causa do risco inflacionista na Europa, mas também devido às horríveis consequências nos países em desenvolvimento", afirmou aquele responsável em entrevista à rádio Bloomberg.

Com efeito, o aumento dos preços das matérias-primas tem vindo a intensificar a subida de preços dos bens alimentares essenciais, tendo já provocado manifestações em pouco por todo o mundo. No Egipto e no Haiti, as demonstrações de protesto já resultaram em mais de uma dezena de mortes.

Almunia pronunciou-se também sobre o mercado cambial, tendo afirmado que o euro está "sobreavaliado" face às moedas dos seus principais parceiros comerciais. "A actual taxa de câmbio do euro, não só face ao dólar, mas também face a todas as outras divisas dos nossos parceiros comerciais, está acima dos sinais transmitidos pelos nossos findamentais económicos", declarou o comissário europeu, sublinhando que já tinha feito esta afirmação junto do FMI.

"Podemos compreender a fraqueza do dólar por causa dos enormes défices na economia norte-americana e do risco de uma recessão. Mas não conseguimos compreender a evolução de outras moedas, que não estão a apreciar-se, apesar de os seus fundamentais serem bastante bons", acrescentou à rádio Bloomberg.

Recorde-se que o dólar caiu hoje contra o euro, depois de o G7 não ter conseguido convencer os investidores de que vão intervir para estimular a moeda norte-americana. A nota verde perdia 0,2%, para 1,5835 dólares por euro, a meio da sessão em Nova Iorque.

Relativamente aos sectores mais afectados por um euro mais forte, Almunia referiu a Airbus e a indústria aeronáutica. "A Airbus está a ter bastantes dificuldades, mas não é só essa empresa. Muitas outras do mesmo sector" estão a passar pelo mesmo, referiu, embora salientando que esse não é o caso em muitos outros sectores que, até agora, têm conseguido suportar a crise financeira.

No que diz respeito aos desequilíbrios globais, o comissário salientou que a melhor receita já foi debatida há um ano em Washington. "Na anterior reunião de Primavera do FMI (...) chegou-se à conclusão que todos os intervenientes da economia global devem fazer os seus trabalhos de casa de forma a evitar desequilíbrios". "Temos de promover um processo ordeiro", acrescentou.

Para que os mercados recuperem a confiança dos investidores, Almunia salientou ainda que as recomendações do Fórum de Estabilidade Financeira e as prioridades definidas pelo G-7 devem ser rapidamente implementadas.

JN
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por Rabbi_Steinsaltz » 13/4/2008 23:54

Olá Amigos,

Quando dois aviões atingiram o World Trade Center, em um dos maiores atentados terroristas da história, os mercados mundiais desabaram. Seus efeitos duraram vários dias e alguns analistas acharam que nada voltaria ao que era antes pelo receio de novos ataques. Cinco anos e vários atentados depois - incluindo um em Madri e outro em Londres -, os agentes do mercado já não reagem com a mesma apreensão aos riscos do terrorismo. Esse comportamento ratifica uma nova teoria que estuda a ação dos investidores no ambiente econômico e que pode ajudar na montagem de estratégias de investimento tendo em vista mudanças globais, permitindo até tirar proveito delas.

As teorias que pregam que decisões econômicas não são pautadas apenas por motivos racionais já são bastante respeitadas entre agentes do mercado financeiro. Prova disso é seu desenvolvimento e questionamento, que resultaram na criação da nova Hipótese dos Mercados Adaptáveis (HMA), consolidada em artigo recente de Andrew Lo, economista do MIT Sloan School of Management. Sua tese é um meio do caminho entre aqueles que acham que o mercado é puramente racional - adeptos da Hipótese dos Mercados Eficientes (HME) - e os que acham que ele seria totalmente irracional, dadas as características psicológicas inatas de cada agente. A nova tese, segundo Lo, permitiria entender melhor fenômenos cíclicos da economia, como bolhas, e melhorar a administração de investimentos.

A HMA prevê, em resumo, que o mercado financeiro tende à racionalidade até que surjam alterações de conceitos básicos que tornem as previsões irracionais. Os agentes econômicos passariam por processos de adaptação a novas realidades. Exemplos recentes são a bolha da internet e reviravoltas do mercado com os atentados.

A tese clássica prevê que os agentes do mercado sempre agem racionalmente ao aplicar recursos, buscando a melhor relação entre retorno e risco. Já a psicologia comportamental diz o contrário, ou seja, que os agentes sempre agem movidos por emoções pessoais, como egoísmo, competição, medo e euforia. A HMA prevê ciclos, que, quando alterados, elevam a motivação irracional dos agentes do mercado, explica Ilan Ryfer, sócio responsável por estratégias de investimento da corretora Hedging-Griffo. Conforme a situação se acomoda ou torna-se mais corriqueira, os agentes vão retomando a racionalidade. Até que ocorra uma nova ruptura, como nos atentados.

Avanços tecnológicos, como a bolha das empresas pontocom no início da década, seriam o motivo mais comum de mudanças de ciclos econômicos que aumentam a irracionalidade do mercado. "No começo da onda de internet, as empresas do setor eram avaliadas muito acima de seu valor patrimonial e, atualmente, muitas não valem tanto ou desapareceram", diz o economista Ryfer. No entanto, ele avalia que a identificação de um novo período irracional, como o da atual bolha dos imóveis americanos, é difícil de ser comprovado ao longo do processo.

Segundo a tese dos mercados adaptáveis, pequenos ciclos em mercados e setores específicos ocorrem sistematicamente, oferecendo brechas para a busca de lucros mais altos com possíveis distorções irracionais o tempo todo. Mas a tese pura da psicologia comportamental prevê que não necessariamente um mercado com valores distorcidos por questões irracionais migrará para a racionalidade, lembra Vera Rita Ferreira, psicóloga econômica e representante nacional da Associação para Pesquisa em Psicologia Econômica (Iarep, na sigla em inglês). Exemplos são a bolha da internet, que demorou anos para estourar ou a bolha imobiliária nos EUA atualmente, já sinalizada há anos.

A HMA tem raiz na psicologia evolucionista, que prevê o aprendizado das pessoas, num paralelo com a teoria de Charles Darwin, explica Roberta Muramatsu, pesquisadora de finanças comportamentais e professora de economia do Ibmec-SP e do Mackenzie. Por essa teoria, certas pessoas teriam traços que os auxiliariam a identificar melhor os movimentos do mercado. "Esse é um dos motivos porque alguns gestores e investidores prosperam e outros não."

Copiar estratégias desses vencedores ajuda, mas é preciso compreender também que o ambiente econômico está em constante mutação e a mesma estratégia poderia não funcionar numa segunda vez, diz a economista. "Não dá para termos a pretensão de nos adaptarmos na mesma velocidade do ambiente", afirma Roberta, acrescentando porém que "também não somos fadados à irracionalidade".

A tese dos mercados adaptáveis traz aos estudos das finanças comportamentais o entendimento de que não são apenas as pessoas que interferem na economia, mas que o próprio ambiente é fator que influencia o comportamento financeiro, diz Roberta. "Hoje, temos de responder muito rápido a decisões econômicas, portanto podemos agir mais irracionalmente frente a uma novidade" explica. "Mas acredito na otimização e maximização das decisões com o tempo."

A tese evolucionista já é antiga nos debates sobre psicologia, embora controversa, mas sua incorporação reforça a aceitação de temas relativos à mente no universo dos economistas, diz Vera Rita. A tendência é que a discussão se amplie para além da psicologia econômica tradicional. Na semana passada, o psicólogo Waldemar Magaldi Filho lançou o livro "Dinheiro, saúde e sagrado", sobre o valor cultural, consciente e inconsciente, do dinheiro na vida das pessoas, tendo base nas teorias de Carl Gustav Jung, dissidente das teses de Sigmund Freud.

Artigo publicado no Valor Econômico (por Ricardo Viana)
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por Rabbi_Steinsaltz » 13/4/2008 14:54

Olá Amigos,

Já chega de Analise Tecnica no forúm.
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por mfsr1980 » 12/4/2008 23:53

Huumm....para além do streamer do AB7 tenho então que encher o espaço livre do monitor com postalinhos eróticos? :lol:

Um abraço de
Miguel Rodrigues
 
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Plágio

por HappyGuy » 12/4/2008 18:05

Caro Rabbi

Convém quando se copiam textos com direitos de autor, indicar a referência para os mesmos e preferencialmente um link.

A associação entre sexo e apetência para o risco foi publicada, com um texto exactamente igual ao seu, incluindo a piada da Playboy TV no blog da revista Carteira, às 3h21m da madrugada de 12 de Abril, 11h antes do Rabbi copiar o texto para este tópico.

O link para o post original é este: http://carteira.blogs.sapo.pt/23333.html

Cumprimentos,
HappyFather
http://caprichosdebolsa.blog.pt/ (inactivo)
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por Rabbi_Steinsaltz » 12/4/2008 16:24

Olá Amigos,

Há mais um elemento que explica a razão porque os investidores arriscam: sexo. Um grupo de jovens ficou mais predisposto a arriscar numa decisão financeira quando viu imagens eróticas do que quando olhou para imagens assustadoras, como fotografias de cobras, ou para algo mais neutral, como um agrafador. Um grupo de investigadores, liderado pelo professor Brian Knutson da faculdade de Psicologia da Universidade de Stanford, concluiu que as fotografias eróticas iluminam a mesma parte do cérebro que é estimulada pelas decisões financeiras arriscadas. O estudo foi publicado na última edição do "NeuroReport".
Na investigação, que envolveu 15 jovens heterossexuais, quando as sugestões eróticas activavam a parte cerebral reservada ao risco financeiro, os investidores ficavam bastante mais predispostos a arriscar em jogos financeiros aleatórios. Knutson sugere que não precisa de ser um incentivo claramente sexual: pode ser chocolate ou um bilhete de lotaria.
Da próxima vez que estiver quase a comprar uma acção ou um fundo arriscado, confirme que não tem a televisão sintonizada no Playboy TV
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por Rabbi_Steinsaltz » 11/4/2008 23:15

Olá Amigos, O investidor consciênte.

O investidor é um indivíduo que constrói sua realidade a partir de seu ponto de vista e de suas limitações. O investidor médio atribui maior valor às perdas que aos ganhos. A percepção da perda é duas vezes e meia maior que a de um ganho igual. Tal confirmação pode ser bem compreendida a partir de observações de operadores que não realizam suas posições com prejuízo, apostando que sua performance irá melhorar, ao passo que realizam seus ganhos com facilidade, numa visão enviesada de risco.

Contabilidade mental compacta o tempo. O longo prazo age a favor do investidor. No entanto, apesar de, a princípio, os investidores terem consciência disso, eles fazem uma medição de tempo mental em dias ou meses. Isso pode estragar uma história de investimentos bem-sucedida, numa visão mais uma vez enviesada. A isso os estudiosos chamam aversão a risco míope: a visão de longo prazo da carteira fica prejudicada, podendo o investidor projetar a performance de um negócio a partir da análise dos dois últimos trimestres, por exemplo. O investidor médio, muitas vezes, acredita que tudo já está no preço. O que acontece é que a teoria do mercado eficiente distorce a real visão do investidor, fazendo-o crer que existe razão onde, muitas vezes, não há.

Bases referenciais inválidas. Armadilha bastante comum aos gestores e operadores de valores mobiliários, os múltiplos setoriais e os preços de mercado podem limitar o raio de visão dos participantes do mercado, à medida que criam sensações, muitas vezes, confortáveis para dizer se um negócio está caro ou barato. Dessa forma, o fato de uma companhia ser sempre associada às demais empresas comparáveis no mercado pode deixar de lado aspectos relevantes para um investidor fundamentalista, tais como qualidade do management, governança, tecnologia, capacidade financeira etc. Lembremos, por exemplo, de companhias como a América Latina Logística (ALL) e a IdéiasNet, holding operacional de investimentos em tecnologia da informação, com características únicas. Compará-las a quem?
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Poder-se-ia pensar que a falta de Deus somente aflige os Judeus, mas na realidade com este exílio, o mundo inteiro está em crise porque sua ausência afecta todos.
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por Woodhare » 10/4/2008 20:29

Olá Rabbi, obrigado por partilhares estas informações. Este tópico é bastante interessante e a informação que disponibilizaste altamente pertinente.

Tomei a decisão de investir apenas em acções que correspondam aos meus critérios e não me importo de desperdiçar oportunidades no processo, não vou correr atrás do comboio. Desta maneira não fico ansioso com o investimento, nem preocupado. Para mim um investimento que me deixa tenso e preocupado é um mau investimento, significa que não sei o que estou a fazer.

Também troquei a expectativa de um negócio que me vai deixar "rico" por uma estratégia de pequenos incrementos. O importante é ir acumulando capital como a formiguinha.
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por Rabbi_Steinsaltz » 10/4/2008 19:48

Olá Amigos, O Medo! :( :( :( :( :(

O medo é a principal reação emocional que o trader apresenta operando no mercado. Identificamos as raízes dessa reação e como modificar a forma de pensar para dominar essa situação.
Na convivência com traders, observamos um estado predominante em seu comportamento durante as operações: o medo.

Medo de ganhar e de perder.

Esse estado afeta de maneira contundente os resultados nas operações. E o fato de não serem percebidos, geralmente, acarretam conseqüências desastrosas. Mas, uma vez identificado, é possível transformá-lo em perspicácia e prudência.

Características essenciais para lucratividade.
O medo é um sentimento que nos leva a comportamentos que podem fugir ao nosso controle. Ele é inerente ao ser humano. Uma vez reconhecido e identificado, transforma-se numa ferramenta a mais na aplicação do conhecimento técnico.

Como identificar o medo?
O grande segredo está em reconhecer os seus pensamentos, pois são eles os geradores de seus sentimentos.
Uma das características marcantes dos investidores de sucesso é o exercício insistente do autoconhecimento, porque se convenceram que, através dessa pratica, conquistaram o autocontrole. Ou seja, adquirem um domínio maior de suas emoções, impulsos e intuição, sabendo utiliza-los. Conseguem, também, controlar o próprio medo. Dessa forma, faz suas operações com mais eficiência.

Para identificarmos o medo, devemos perceber a sensação que o provoca.
Imagine-se numa dessas situações:
1. Perda de algo desejado;
2. Perda de prestígio;
3. Necessidade de aprovação dos outros (rejeição, crítica, fracasso);
4. Perda de auto-estima (culpa ou ódio em relação a si mesmo).

Verificamos que uma vez dominado por essas sensações, o indivíduo tende a ignorar sua intuição e até mesmo os sinais externos (visuais e auditivos), que o previnam de perdas ou ganhos durante as operações de mercado.

Chamamos a isso de ansiedade. Na tentativa de livrar-se desse estado, o homem desenvolve vários comportamentos. No entanto, acaba por não se libertar da ansiedade, e sim mascará-la. Por exemplo:
Não aceitar na realidade um fato que o perturba - “fantasiando” que outros acontecimentos não são assim, que, na verdade, não aconteceram. Ex: Se você distorce as informações do mercado, não está enxergando a realidade do mesmo, mas sim criando uma ilusão.
Achar motivos aceitáveis para pensamentos e ações inaceitáveis. Ex: Modificar sua percepção do mercado para justificar uma compra, por exemplo, mesmo que o papel faça um fundo abaixo do fundo anterior, ao distorcer a informação, o traders pode acreditar que se trata apenas de uma pequena correção, quando na verdade se trata de uma mudança de tendência importante.
Desejar algo e, no entanto tomar atitudes contrárias. Ex: Sabe analisar o mercado muito bem, contudo não consegue ganhar dinheiro. Ele opera com eficiência por um período, executando sua metodologia com disciplina; todavia, bruscamente comete algum erro absurdo.
Estas são situações onde poderá se identificar no dia a dia e à medida que se conscientize da origem de sua ansiedade, terá iniciado o domínio sobre ela.

Pensamentos que geram medo.
Nosso pensamento original sobre “perder” ou “ganhar” tem origem em nossas teologias baseadas no medo.

Você foi criado em uma cultura que lhe ensinou que não é você o responsável por seus sentimentos, embora a verdade seja: você sempre foi o responsável.
É você a pessoa responsável pela sua maneira de sentir. Você sente aquilo que pensa e pode aprender a pensar de modo diferente sobre qualquer coisa -se resolver faze-lo. Pergunte a si mesmo se compensa sentir-se infeliz, deprimido ou magoado ou mesmo irado; depois, passe a examinar meticulosamente o tipo de pensamento que leva você a experimentar esses debilitantes sentimentos.

O medo do fracasso é, em nossa sociedade, um modo poderoso, inculcado na infância e muitas vezes carregado pela vida inteira.

Talvez você fique surpreso ouvindo isso, mas o fracasso não existe.

É simplesmente a opinião de outra pessoa sobre a maneira como deveria ter sido praticado determinado ato. Pode haver, contudo, ocasiões em que você falha em alguma determinada tarefa, de acordo com seus próprios padrões. O importante aqui é não equacionar o ato em termos de sua própria auto-estima. Não ter sucesso num esforço particular não significa fracassar como pessoa, mas simplesmente não ser bem sucedido nessa prova em particular, nesse particular momento presente.

Sem o insucesso, nada podemos aprender e, contudo, aprendemos a valorizar o êxito como o único padrão aceitável.

O conceito de “segurança” tão cobrado em nosso crescimento, referente a garantias externas, à posse de coisas tais como dinheiro, impõe todo um conjunto de pensamento organizado que o impede de viver seus momentos presentes. Viver de acordo com este plano pressupõe uma garantia de que tudo ocorrerá bem para sempre.

Segurança quer dizer saber aquilo que vai acontecer. Segurança quer dizer ausência de excitação, de riscos, de desafio.Além disso, segurança é um mito. E mesmo que não fosse um mito, seria uma horrível maneira de viver. A certeza das coisas elimina a exaltação e o desenvolvimento.
No decorrer de toda a sua vida, as emoções mais fúteis são o sentimento de culpa pelo que foi feito e a preocupação com o que poderia ter sido feito. Culpa quer dizer que você desperdiça seus momentos presentes imobilizado em consequência de um comportamento passado, enquanto que a preocupação é o estratagema que o mantém imobilizado no presente em função de alguma coisa futura - quase sempre alguma coisa sobre a qual não tem controle. Pode ver isso claramente se tentar pensar em si próprio sentindo-se culpado de um acontecimento que ainda deve ocorrer, ou preocupando-se com alguma coisa que já aconteceu. Embora uma reação vise ao futuro e a outra ao passado, ambas sevem ao propósito idêntico de mantê-lo aborrecido ou inerte no seu momento presente.

Não é o acontecimento de hoje que enlouquece os homens. É o remorso por alguma coisa que aconteceu ontem, e o temor do que o amanhã pode revelar. Ok?

Se você está fazendo planos e se a atividade do momento presente pode contribuir para um futuro mais conveniente, então isso não é preocupação. Só é preocupação quando você fica de alguma forma imobilizado, agora, por causa de um acontecimento
futuro.

Algumas sugestões para mudanças de pensamentos:
Comece a encarar seus momentos presentes como tempo para viver, em vez de se deixar obcecar pelo futuro.
Comece a enfrentar seus medos com o pensamento e o comportamento positivos.
Comece a encarar o passado como algo que nunca poderá se mudado, não importa a maneira como se sinta a respeito. Está acabado!
Comece a aceitar algumas coisas a seu respeito que você escolheu, mas de que os outros possam não gostar.
Reconsidere seu sistema de valores. Em que valores você acredita e quais são os que finge aceitar. Faça uma relação de todos esses falsos valores e decida-se a viver de acordo co um código de ética que seja estabelecido por você mesmo, e não por um que lhe tenha sido imposto pelos outros.
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por Rabbi_Steinsaltz » 10/4/2008 17:16

Olá Amigos, A Psicologia do dinheiro

É de conhecimento geral que o dinheiro mexe com as pessoas. O que não se sabia era o fato de que apenas pensar em dinheiro fosse algo tão poderoso a ponto de alterar as ações das pessoas.

Isto foi comprovado recentemente em um estudo realizado com centenas de estudantes universitários que foram testados em diferentes experimentos. Todos estes experimentos foram realizados basicamente da mesma forma. As pessoas a serem testadas foram divididas em dois grupos, sendo que um deles tomou contado com palavras que indiretamente lembravam dinheiro, tais como “sucesso financeiro”ou “salário alto”, dentro de um jogo de palavras. O outro grupo jogou o mesmo jogo, mas sem palavras que se relacionavam a dinheiro. Após este jogo vários testes foram feitos, tais como observar o tempo que as pessoas testadas levavam para pedir ajuda para resolver um problema, ou mesmo o número de lápis que a pessoa recolhia quando alguém derrubava uma caixa cheia deles.

Os resultados são claros: o grupo do dinheiro demorou o dobro do tempo para pedir ajuda; recolheu bem menos lápis caídos; ofereceu menos tempo de sua ajuda para outra pessoa; preferiu atividades solitárias, como uma aula individual de cozinha, a um jantar com mais quatro pessoas de sua escolha. O simples fato de ficar em uma sala com dinheiro de brinquedo ou um quadro com cédulas antigas já alterava os padrões de reação das pessoas testadas.

E fica clara qual a tendência desta reação gerada pelo dinheiro. Tende à auto-suficiência de maneira individualista. Quando se trata de dinheiro, não se quer depender de ninguém e não se quer ter dependentes.

É realmente incrível como uma palavra ou uma imagem podem ter efeitos tão diretos nas nossas tomadas de decisão. E nos resta ficar atentos aos publicitários e economistas e ao que eles podem fazer de posse desse conhecimento.
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por Rabbi_Steinsaltz » 10/4/2008 15:30

Olá Amigos,
Insistência Irracional

A insistência irracional é um termo frequentemente utilizado em psicologia, economia e teoria dos jogos. Refere-se aquela situação onde as pessoas tomam decisão que são irracionais, mesmo com a evidência de que estejam provavelmente erradas. Inclui decisões vinculadas a dinheiro, tempo ou vidas humanas, para o caso de estrategias militares.

Este conceito está vinculado ao conceito de custo perdido.

Um exemplo citado refere-se a guerra agressiva travada por Robert Campeau para adquirir a empresa Bloomingdale´s. Outra situação ocorre quando duas empresas fazem uma guerra sem conseguir aumentar de forma significativa sua participação no mercado.
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por Rabbi_Steinsaltz » 10/4/2008 2:33

Olá Amigos, sem psicologia das negociações é impossível obter sucesso.

Grande parte dos investidores chega ao mercado de ações com planos já confeccionados, com poucas noções de psicologia das negociações e de gestão do dinheiro. A maioria depreda seu patrimônio e foge correndo. Outros, mais afortunados, continuam jogando, em busca de entretenimento.

Em seu livro Aprenda a Operar no Mercado de Ações, Alexander Elder, operador profissional e psiquiatra radicado nos Estados Unidos, defende que os operadores bem-sucedidos devem transpor várias barreias elevadas - e prosseguir na corrida de obstáculos. “Só ganha quem tem conhecimento e disciplina”, enfatiza.

Elder avalia que a intensidade do treinamento depende do emprego almejado. “Se você quiser ser faxineiro, uma hora de treinamento pode ser suficiente. Já se, por outro lado, você quiser realizar cirurgias, terá de aprender muito mais”.

Em relação à disciplina, o especialista completa que desenvolver, testar e seguir seu sistema de negociação é aprender a entrar e sair dos mercados em resposta a sinais predeterminados, em vez de saltar para dentro ou para fora ao sabor de impulsos.

Qual serão as metas e estratégias a serem usadas?
Por exemplo, você compra 500 ações da Petrobras. Embalado por boas notícias, os papéis sobem 10% em uma semana, proporcionado ganhos similares a sua remuneração salarial mensal. Qual sua reação? Será que vale a pena vender e realizar lucro? Ou será melhor comprar mais e aumentar as perspectivas de ganho?

Outro exemplo, você liga seu computador em uma bela tarde e vê que seus papéis perderam 4% de seu valor. Seu estômago dá um nó, você se inclina sobre a mesa e, dominado pela ansiedade, sente toda tensão do momento.

Duas perguntas importantes precisam ser respondidas: “qual é a minha meta de lucro?” e “como proteger meu capital?”. Ressaltando que o único motivo racional para se operar nos mercados é ganhar dinheiro, o experiente Elder conta que os operadores bem-sucedidos já sofreram duros golpes, mas aprenderam com seus erros e não voltaram a repeti-los.

Siga sempre o plano!
Em primeiro lugar, Elder ressalta que os perdedores adiam o reconhecimento das perdas. Já os vencedores aceitam os prejuízos ocasionais, os absorvem e seguem em frente. “Os operadores ruins compram a 35 e colam stop a 32. A ação chega a 33 e ele recua seu stop para 30. Esse é o erro fatal - transgrediu sua disciplina e violou seu próprio plano”.

A única forma de descobrir se suas operações estão sendo bem realizadas é manter bons registros, sobretudo um Diário de Operações e uma curva patrimonial. “Caso o ângulo de sua curva patrimonial incline para cima, com poucas guinadas para baixo, você estará em uma posição confortável. Caso contrário, estará fora de sintonia com o mercado e se sabotando”.

Por fim, Elder reitera que o bom operador assume total responsabilidade pelos resultados de todas as suas operações. “Você não pode culpar os outros por tirar seu dinheiro. Você precisa melhorar seus planos de operação e seus métodos de gestão do dinheiro. Isso levará tempo e exigirá muito estudo e disciplina”.
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por Rabbi_Steinsaltz » 10/4/2008 1:35

Mais do que nunca os partidários da escola comportamental estão conquistando adeptos no mercado de ações. Esses estudiosos estão convencidos de que as emoções - e não aspectos fundamentalistas de uma empresa ou de uma economia - é que estão no comando das decisões da média dos investidores. Eles tendem a reagir excessivamente a notícias boas ou ruins. Por isso, o efeito manada tem ocorrido com uma freqüência maior, deixando muitas vezes para trás os pilares da chamada "eficiência" do mercado.

O debate vem aumentando e, mesmo os partidários da eficiência do mercado, reconhecem que este é um fenômeno que não pode ser desconsiderado. Ao contrário. Tanto investidores como administradores de empresas têm de considerar esse aspecto em suas rotinas de trabalho.

Um estudo da consultoria McKinsey divulgado recentemente com considerações sobre os efeitos da atitude irracional de investidores também aponta algumas oportunidades para os executivo de empresas cujas ações tenham sido alvo de euforia ou nervosismo do mercado. No trabalho, assinado por Marc Goedhart, Timothy Koller e David Wessels, os estudiosos dizem que um momento de alta ou queda irracional dos preços das ações pode ser interessante para que o executivo da empresa considere algumas atitudes estratégicas.

Um exemplo é emitir ações quando os preços estão com alta que supera o valor intrínseco da empresa ou ainda aproveitar esses momentos para fazer aquisição de outros ativos utilizando as ações da empresa como moeda em lugar do desembolso de recursos. Já se os preços estão muito depreciados de forma irracional, o melhor é iniciar um programa de recompra das ações.

Para eles, é certo que o comportamento irracional do investidor leva o mercado para direções na maior parte das vezes errada, pressionando excessivamente o preço de uma ação tanto para cima como para baixo. Para os administradores dessas empresas, a questão crítica é saber com que freqüência esses desvios ocorrem, quando eles acontecem e se são significantes o bastante para afetar o processo de decisão de investimentos da empresa.

Já para você investidor, conhecer esse fenômeno e ficar atento as suas ocorrências é importante, basicamente porque ele pode proporcionar excelentes negócios tanto na hora de vender suas ações (aproveitando os momentos de alta irracional) quanto para recompor sua carteira de investimentos em momentos de nervosismo exagerado.

Afinal, isso é o que todos procuram: as ações baratas. Pois comprar uma ação barata é garantia de lucro, às vezes lucros enormes, capazes de construir fortunas ao longo do tempo.

No entanto, não se engane. O fato de o preço de uma ação estar baixo não significa que ela está barata. Os chamados investidores do contra ("contrarian investors") adoram esses momentos porque o que eles gostam é exatamente de ir contra o mercado. Assim, eles se dispõem a comprar uma ação depois de um declínio sustentado do preço, na expectativa de uma retomada. "Eles acreditam que uma ação que tenha perdido de 80% a 90% de seu preço no pico tem muito mais chances de ser uma pechincha", diz o professor Aswath Damodaran no livro "Mitos de Investimentos", editado no Brasil pela Prentice Hall.

Mas Damodaran adverte que a bonança depois da tempestade não é uma regra. Montar uma estratégia que foque apenas em ações perdedoras tem um risco elevado que não deve ser desprezado. Assim, diz Damodaran, é necessário uma análise mais acurada e o investidor deve colocar alguns filtros para formar essa carteira. Um deles que pode ser bastante útil nessa estratégia é o que ele chama de catalisadores de melhorias.

Por esse filtro, o investidor deve escolher entre as ações perdedoras apenas aquelas de empresas com resultados positivos no último trimestre e com aumento do lucro no exercício anterior. "A idéia, aqui, é a de que empresas que estejam ganhando dinheiro não apenas são de menor risco, como também têm mais liberdade para realizar as mudanças necessárias para chegar a um estado saudável", diz Damodaran.
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